Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
E st a d o s S em i S o b er a n o s, N ã o S o b er a n o s e O rg a n iz a çõ es In te rn a ci o n a is Estados Semi-Soberanos Diversa é já a situação dos Estados semi-soberanos, relatiamente aos quais se verifica, da óptica do Direito Internacional, uma limitação na sua capacidade, limitação que pode ter diversas causas, assum como atingir diversos aspectos daquela soberania internacional, devendo distinguir-se os seguintes exemplos Estados Confederados, do prisma de cada uma das unidades que integra a confederação, vêem a sua soberania internacional limitada nos assuntos que ficaram delegados na estrutura confederativa, tal como os mesmos foram definidos notratado que a fundou. Não se trata de uma limitação total porque mantém a capacidade internacional nos domínio não abrangidos pela actividade de confederação, que por natureza nunca absorve todos os assuntos que integram a política internacional de um Estado. Os Estados vassalos reflectem a existência de um vínculo feudal, através do qual o Estado suserano, em troca do exercício de poderes internacionais, confere protecção e segurança ao Estado vassalo. Não existindo hoje exemplos deste tipo de vínculo, foi ele utilizado algumas vezes nos séculos passados. Os Estados protegidos, numa situação próxima dos Estados Vassalos, colocam-se numa posição de minoridade relativamente ao Estado protector, a quem conferem um mandato para o exercício de certos poderes internacionais, em troca de protecção e de ajuda. Tal como os anteriores, são situações históricas. Estados exíguos - ou, noutra nomenclatura, os micro-Estados ou os Estados-Lilipute - são Estados que, por causa da sua pequenez territorial, não são aceites à plenitude da capacidade jurídico-internacional, embora possam exercer alguns poderes que se lhes reconhecem, naturalmente sendo impossível esquecer o óbice de essa exiguidade se, na verdade, impeditiva da assunção de maiores responsabilidade na cena internacional. Estados neutralizados são os Estados que por acto unilateral interno ou por tratado internacional, ficaram decepados do seu poder de intervir em assuntos de natureza militar no plano internacional, separando-se dos Estados neutros, esstes correspondendo a uma opção momentânea de não intervir num determinado conflito armado, beneficiando do estatuto de neutralidade. Os Estados Federados são verdadeiramente Estados, mas por força da sua inclusão numa federação perdem parte da respectiva capacidade internacional, nos termos previstos notexto institutivo da respectiva estrutura federativa, tendo sido disso um bom exemplo algumas das repúblicas da ex-URSS, embora noutras situações pera ser total, devendo neste caso integrar o grupo dos Estados não soberanos. Os Estados membros de Organizaçóes supranacionais são Estados que, ao fazerem parte destas entidades internacionais, deixam de exercer a plenitude da sua soberania internacional, delegada ou transferida para a órbita daquelas, as quais podem impor as suas decisões mesmo contra a vontade dos Estados que as incorporam. Estados Não Soberanos A Teoria Geral do Estado assinala ainda a existência dos Estados não soberanos, que não dispõe de soberania do ponto de vista do Direito Internacional, mas nem por isso deixam de ser considerados Estados, verdadeiros Estados para o Direito Constitucional, fundados nos respectivos textos constitucionais. Os Estados Federados, pertencentes a federações mais amplas, na sequência do exemplo precursor dos Estados Unidos da América, mantêm a sua soberania interna, com os poderes que a identificam, incluindo o poder constituinte, e estabelecem uma estrutura de separação entre o nível estadual e o nível federal. Os Estados federados, nesta sua versão, não são sequer sojeitos de Direito Internacional, por terem transferido a totalidade dos respectivos poderes para o nível federal. Os Estados membros de uniões reais, que se inserem nestas estruturas estaduais compósistas, também mantêm a sua soberania interna, ainda que limitada, mas diferentemente do que sucede com os Estados federados, alguns dos órgãos daqueles podem ser comuns à união real, numa lógica de fusão do poder estadual superior com os poderes estaduais subjacentes. Organizações Internacionais As organizações internacionais estribam-se numa vontade comum que pretende estugar a cooperação internacional entre os Estados, mas em que não está presente uma dimensão territorial que seja determinante na definição do exercício do poder que lhe foi atribuído, ao mesmo tempo que se difereciam das organizações internacionais não governamentais, que não ostentam qualquer elemento político. Entrando no Estudo dogmático das organiações internacionais, começa-se apreciar o respectivo conceito como incorpora dois elementos fundamentais: 1) elemento organizacional: atende à formação de uma nova pessoa colectiva, de substrato associativo e com carácter de permanência, dotada de órgãos príprios, que lhe imputam uma vontade funcional em nome de interesses privativos, diversos dos sujeitos que a promoveram; PLANO JURÍDICO as O.I. têm personalidade jurídica própria, o que as distinguem de meras conferências intergovernamentais. PLANO POLÍTICO – na maioria das vezes a vontade política dos Estados-membros é coincidente com a vontade da própria organização. PLANO DE DIREITO – são imputáveis às O.I. os atos praticados pelos seus órgãos em conformidade com o seu tratado constitutivo, desde que respeitem o Princípio da Especialidade. 2) Elemento Internacional: esta nova entidade ser regulada pelo Direito Internacional, não sendo primeiro criada por qualquer Direito Interno, assim se distinguindo, de entre outros motivos, das organizações não governamentais, que aqui têm a sua sede jurídica inicial. Critério das Atribuições: separa as organizações de fins gerais - as organizações que desenvolvem múltiplas atribuições, nos diversos campos da actividade que se coloca ao poder público interno . das organizações de fins especiais - as organizações que se alinham na prosecução de algumas finalidades apenas. (1) Cooperação política – fins políticos (conselho da europa). (2) Cooperação económica – fins económicos (OCDE, FMI, BM). (3) Cooperação militar – manutenção de paz e segurança dentro de certa área geográfica (NATO). (4) Cooperação social e humanitária – proteção do indivíduo ou grupos sociais e promoção do bem-estar físico, intelectual e social (FAO,OMS, OIT). (5) Cooperação cultural, cientifica e técnica (UNESCO, ICAO). O critério dos membros: distingue as organizações universais ou para-universais - aquelas que agregam a totalidade ou quase totalidade da sociedade internacional, dada a sua vocaçáo universalista - das organizações regionais e locais - aquela que, diferentemente, se desenvolvem num âmbito restrito de sujeitos, ao confinarem-se a regiôes ou zonas do Globo. Critério do Acesso: diferencia entre as organizações que não admitem mais nenhum membro para além daqueles que delas fazem parte a título constitutivo - náo tendo, por isso, qualquer vocação proselitista - e as organizações que, inversamente, estão disponíveis para a entrada de novos membros - assim partilhando os seus fins com outros novos membros. O critério dos poderes dissocia as organizações inter-governamentais - as organizações que, agindo com base na regra da unanimidade, não podem impor as respectivas deliberações aos respectivos membros - e as organizações supranacionais - as organizações que, podendo deliberar com base na regra da maioria, têm a faculdade de subordinar a vontade dos respectivos Estados. Critério da duração: leva em consideração a distinção que se deve produzir entre as organizações permanentes - aquelas que têm uma duração indeterminada - e as organizaçãoes temporárias - que têm uma vigência limitada porque se destinam a servir interesses que não são duradouros;
Compartilhar