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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE PEDAGOGIA 
NOME
IGUALDADE DE GÊNERO: Como lidar com esse dilema em âmbito escolar? 
CIDADE
2019
NOME
IGUALDADE DE GÊNERO: Como lidar com esse dilema em âmbito escolar? 
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Educação a Distância; Educação e Diversidade; Metodologia Científica, Políticas Públicas da Educação Básica; Práticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem; Psicologia da Educação e da Aprendizagem; Ética, Política e Cidadania
Tutora eletrônica: 
CIDADE
2019
Sumário
Sumário	2
INTRODUÇÃO	3
2. DESENVOLVIMENTO	4
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	5
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	6
12
1. INTRODUÇÃO
O presente portfólio sobre os desafios relacionados à igualdade de gênero dentro do espaço escolar se consubstancia em toda história de preconceito do Estado Brasileiro, fazer com que jovens e crianças entendem que homens e mulheres são iguais, num país onde muitos pais agridem/desrespeitam/abusam/maltratam as esposas na frente de seus filhos não é uma tarefa fácil.    
  Contudo, há possibilidades que podem contribuir para diminuição da desigualdade, bem como com a influência positiva para promoção de igualdade de gênero no ambiente escolar, dentre estas possibilidades está à educação pautada na igualdade, por exemplo, permitindo que as meninas joguem futebol, da mesma forma o investimento em palestras que motivem o respeito e o combate a qualquer tipo de preconceito contra as mulheres, seja no ambiente escolar, seja em todos os estratos da sociedade.
Pensar a escola numa perspectiva da promoção da educação para a diversidade humana implica em superar os inúmeros desafios que ainda persistem neste campo, mas também, reconhecer a escola como um espaço de convívio com a diferença e um dos lugares mais importantes para a discussão e formação de atitudes. Sendo assim, é preciso tratar da diversidade na escola, especificamente a diversidade de gênero propondo a reflexão e o aprofundamento teórico de professores e funcionários a fim de que possam compreender que nos diferentes contextos históricos, políticos, sociais e culturais algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas gerando tensões e conflitos. 
Também se faz necessário que profissionais da educação se envolvam e se comprometam com a educação da diversidade possibilitando aos alunos e alunas um ambiente escolar que convive respeitando as diferenças.
Devem-se respeitar todos os gêneros a fim de desenvolver uma sociedade melhor e justa para todos. 
2. DESENVOLVIMENTO
“Coisas de menina” e “coisas de menino”. Provavelmente, você já deve ter ouvido falar nisso muitas vezes. O que seriam coisas de menina? Usar roupas cor-de-rosa, brincar de boneca, aprender a arrumar a casa, sentar de perna fechada... E as coisas de menino? Jogar futebol, brincar na rua, andar sem camisa... E a lista de atividades, direitos e deveres diferentes vai aumentando conforme a gente vai crescendo. Menina tem que se arrumar, ficar bonita e não sair por aí namorando todo mundo. Meninos podem namorar mais à vontade e muitos começam a trabalhar fora mais cedo. 
A gente pode ver as diferenças entre as formas como criamos meninas e meninos olhando para nossas próprias vidas ou a de nossas irmãs ou irmãos, amigas, amigos... Mas você já se perguntou como aprendemos que uma menina ou um menino deve se comportar? E já se perguntou por que aprendemos isso e quais as possíveis conseqüências desse aprendizado? 
É sobre a construção de papéis para homens ou mulheres que tratam as normas de gênero. O conceito de gênero refere-se a como atitudes, comportamentos e expectativas são formados com base no que a sociedade define e espera sobre “ser homem” e “ser mulher”. Essas normas vão influenciar muitas coisas na nossa vida desde a infância (as brincadeiras, a vida escolar, a relação com a família) e adolescência (escolha da profissão, idéias sobre casamento, namoros e outros relacionamentos, trabalho, lazer) e também na fase adulta (trabalho, casamento, responsabilidades, lazer, etc.). Todas essas idéias são ensinadas e reforçadas.
As escolas se esforçam para criar ambientes que propiciem as melhores condições para os estudantes aprenderem. Contudo, o ambiente escolar também é cenário de uma importante diversidade de conflitos e de situações de violência entre os próprios estudantes que podem causar problemas graves de convivência. A experiência mostra que trabalhar a favor do diálogo, da inclusão, da resolução de conflitos, da deslegitimização da agressão em qualquer uma de suas formas, da elaboração de regras de convivência com a participação dos alunos e alunas e a aproximação com as famílias diminui significativamente a violência na escola e os conflitos entre pare.
Assim, considera-se que os enfoques preventivos na escola, isto é, enxergar os conflitos como parte do trabalho de forma integral e a convivência como conteúdo transversal, são uma via privilegiada para transformar essas situações de forma positiva, assegurando a convivência escolar harmônica e um ambiente saudável para aprender e ensinar. 
Uma escola que leva em consideração e compreende sua comunidade assume o trabalho cotidiano de lidar com os problemas, o que implica vê-los, escutá-los, reconhecê-los e, sobretudo, dar-lhes espaço, abrir-lhes as portas. Negar os conflitos e problemas, ocultá-los ou ignorá-los não detém a violência; ao contrário, leva a sua potencializarão, naturalização e legitimação. 
Lidar com a violência e com os problemas que surgem dela implica assumir um desafio. Há de serem capaz de propor ferramentas que permitam considerar as situações sob várias perspectivas, como a época/tempo, as condições sociais e emocionais dos meninos e meninas, os vínculos familiares e os envolvimentos na instituição escolar, seja entre pares ou adultos.
Pensar a escola numa perspectiva da promoção da educação para a diversidade humana implica em superar os inúmeros desafios que ainda persistem neste campo, mas também, reconhecer a escola como um espaço de convívio com a diferença e um dos lugares mais importantes para a discussão e formação de atitudes. 
Conforme Ortiz (2007), tratar da diversidade na escola requer posicionar-se contra processos de discriminação e preconceitos e também perceber que nos diferentes contextos históricos, políticos, sociais e culturais algumas diferenças foram naturalizadas e inferiorizadas gerando tensões e conflitos. 
O mesmo autor ainda contribui dizendo que as sociedades são marcadas pela diversidade e esta existe em situações históricas determinadas, e encontra-se situada num contexto determinado. Toda diferença é produzida socialmente e é portadora de sentido histórico (ORTIZ, 2007). 
Com essa concepção, compreendemos que a diversidade está inserida na cultura e esta é uma construção histórica criada pelos seres humanos em decorrência de sua adaptação ao meio social nas diferentes épocas e modelos de sociedade, e se constitui em meio a relações de poder politicamente construídas. 
Chauí (2000), recorrendo a antropólogos e autores como Marx, Kant, dentre outros, nos mostra que a cultura tem vários significados como as obras humanas que se manifestam em determinada civilização, mas também a relação que os humanos estabelecem com os outros humanos, com o tempo e com o espaço.
 A cultura representa as lutas reais de seres humanos reais que produzem e reproduzem suas relações sociais, se diferenciando da natureza e dos demais seres em diferentes classes sociais (CHAUÍ, 2000). 
A construção social da diversidade é muito mais complexa do que simplesmente uma classificação do que é diferente, pois ela abrange uma série de questões políticas, sociológicas, linguísticas que vai desde as particularidades das comunidades à universalização de direitos. 
No Brasil, de acordo com Gomes (2012), são os movimentos sociais, principalmente os de caráter identitário (indígenas, negros, quilombolas, feministas, dentre outros)que colocam na pauta social esses direitos à diversidade. Esses movimentos atuam questionando a forma como a escola, o Estado e as políticas públicas tratam a diversidade cobrando respostas públicas e democráticas e reivindicando que a escola nos seus diferentes níveis e modalidades considere a relação entre desigualdade e diversidade. 
Como a escola é uma instituição social que está inserida na cultura, produz e reproduz os valores presentes na sociedade propagando discriminações e preconceitos, essas desigualdades sociais transformam-se em desigualdades escolares. Neste contexto, o gênero enquanto construção social do feminino e do masculino e elemento das relações sociais surgem como uma dessas vozes silenciadas na sociedade e está presente particularmente na escola. Os padrões de comportamento pertencentes às culturas, como visto anteriormente, durante muito tempo fundamentaram-se em argumentos biológicos que reproduzem desigualdades sociais relevantes entre os sexos. 
O corpo faz parte de um contexto histórico e não pode ser apenas natural. Ele é mutável e suscetível a intervenções. As diferenças que hierarquizam homens e mulheres estão constantemente sendo produzidas no meio social através de discursos, filmes, músicas, revistas, livros, imagens, propagandas entre outras (GOELLNER, 2007). Beauvoir (1967, p. 9), com a célebre frase: “Não se nasce mulher, torna se mulher,” mostrou ao mundo que a mulher não tem um destino biológico, ela é formada dentro de uma cultura que define politicamente qual o seu papel no seio da sociedade. Segundo Louro (1997), desde o seu início, a instituição escolar que nos foi legada se incumbiu de separar os sujeitos através de vários mecanismos de classificação que vão desde separar adultos de crianças, ricos de pobres bem como meninos de meninas. 
É indispensável questionar não somente o que se ensina, mas também a forma como se ensina. Esses questionamentos estão em consonância com documentos que apresentam diretrizes sobre o papel do Estado Democrático brasileiro que norteiam a Educação. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), a escola é responsável por uma educação que envolva os alunos no meio social, político e histórico do país buscando a cidadania como forma de transformação da sociedade. 
A escola deve valorizar a pluralidade cultural e posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de orientação sexual, de etnia ou outras características individuais e sociais (PCNS, 1998). As questões de gênero são abordadas em um caderno especial chamado PCN- Temas Transversais- Orientação sexual (MEC, 1998). As Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual do Estado do Paraná (2010), questiona a idéia de diretriz tradicional e propõe inventar propostas pedagógicas que reflitam e problematizem os saberes normatizados e naturalizados a respeito do gênero e da sexualidade. Também reconhece os sujeitos dessas relações como sujeitos de classe, com direitos civis e sociais que precisam ser garantidos nos espaços escolares.
A imposição de padrões e a intolerância com a diversidade têm gerado discriminação, ódio, preconceito e violência. E a escola? Como tem lidado com essas questões sociais? Contribuindo com a reflexão sobre a escola, Freire (2003) considera que educar é construir, libertar homens e mulheres do determinismo, passando a reconhecer o seu papel na história, considerando a sua identidade cultural na sua dimensão individual e coletiva. Nesse sentido, entende-se que o espaço escolar reproduz, produz, mas também pode desconstruir relações que oprimem e construir relações que libertem tendo em seus princípios a dignidade humana e a igualdade de direitos. Desta forma, eis que surgem os seguintes questionamentos: como o Colégio Estadual Industrial de Francisco Beltrão-PR tem encarado esses fatos no seu interior? Tem garantido em suas ações a reflexão o reconhecimento a respeito da diversidade? E as relações de gênero, são discutidas? Como os profissionais vêem essa questão?
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola é a instituição que faz o caminho da vida familiar, privada e vida pública. E infelizmente, ela própria produz e reproduz muita das violências que aqueles apontados como desiguais viverão ao longo da vida. Ela teria que ser, antes de tudo, o lugar onde as pessoas serão educadas, não apenas no ângulo de conteúdos tomados como eminentemente acadêmicos, como também do ponto de vista da formação de cidadãos que, esperamos que fossem responsáveis e solidários. O ponto de vista histórico e sociocultural da sexualidade e do gênero vem ganhando evidência nos meios acadêmicos, mas a sensibilização das pessoas não se estabiliza num curto período. É fundamental uma proposta durável de discussão dos temas no ensino formal, indicando para que os cursos superiores, englobem no currículo essas questões. Talvez em virtude da transversalidade do tema, este acaba sendo menos apreciado dentro do planejamento, e em alguns casos não é incluído. Da mesma maneira, há a necessidade de formação contínua para profissionais da educação, envolvendo gestores e pessoal de base que trabalham diretamente com crianças e adolescentes, além de realizações de consolidação das atuações dentro das instituições escolares. A adolescência é uma fase de transição em que requer atenção por parte de todos os membros ao redor do adolescente, visto que nesta etapa se tornam comuns o preconceito e aceitação com o próximo. Em virtude de a Lei Brasileira impor a igualdade como um princípio para a sociedade, as diferenças vêm sendo rotuladas a serem descontraídas, objetivando respeitar a vivência de cada um no decorrer dos séculos. Posto isto, é fundamental que a família, escola e equipe docente busquem a construção de projetos que estimulem o respeito, pois se acredita que os mesmos possam auxiliar o desenvolvimento do adolescente neste período no qual é considerado de difícil compreensão.
“Temos o direito de ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito de ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades” (Boaventura de Souza Santos)
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS,Maria;FERRERA,Daniela. Metodologia Cientifica, Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,2016
BEAUVOIR, S. de. O Segundo Sexo, V.I. Tradução Sérgio Milliet: São Paulo,
Difusão Europeia do Livro 1970. E Vol. II A Experiência Vivida, 1970.
CIZOTO,Sonelise; CARTONI,Daniela.Ètica, Política e Sociedade. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,2016
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
FRETA,Márcia;PNTO,Rosangela;FERRONATO,Raquel. Psicologia da educação e da aprendizagem. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,2016
GOELLNER, VILODRE. Corpo, Gênero e Sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 3 ed. Petrópolis RJ: Vozes 2007, IX Congresso Nacional de Educação- EDUCERE III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia 26 a 29 de outubro de 2009 PUCPR.
LOURO, G.L. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e Teoria
Queer.Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
NICÈSIO,Guilherme;ALMEIDA,Mácia;CONCEÇÂO, Lucy. Política pública na educação básica. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,2015
PARANÁ. Diretrizes curriculares de gênero e diversidade sexual da
secretaria de estado da educação do Paraná. Secretaria de Estado da
Educação – SEED, 2010.
PREVTALLI,Ivete;VEIRA,Hamilton.Educação e Diversidade. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,2017
RIBERO,Jussara Aparecida.Os desafio da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Produções Didático- Pedagógicas. Volume II. Paraná: Versão Online,2016.
 TROMPTER, Annete. Educação obre gênero na infância. Caderno de Apoio do desafio da desigualdade .São Paulo: Escritório Nacional, 2016.Disponível em: https://plan.org.br. Acesso em:10 out.2019

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