Buscar

Prévia do material em texto

Avaliação Online 1 Resultados para Simone Santos Silva 
 
Pontuação desta tentativa: 15 de 15 
Enviado 24 set em 21:54 
Esta tentativa levou 32 minutos. 
 
Pergunta 1 
1,5 / 1,5 pts 
"A crítica do marxismo ao capitalismo tem um significado moral, ainda que 
certamente não se reduza a ele, pois o capitalismo é criticável também 
por não satisfazer as necessidades vitais da imensa maioria da 
humanidade. Na verdade, este sistema não conseguiu oferecer os bens 
materiais e sociais e para levar não a ‘boa vida’ da qual desfruta a 
minoria privilegiada, mas sim para viver nas condições humanas 
indispensáveis, no que tange à alimentação, moradia, saúde, segurança ou 
proteção social. Contudo, o capitalismo de ontem e de hoje pode e deve 
ser criticado pela profunda desigualdade no acesso à riqueza social e às 
injustiças que derivam dela; pela negação ou limitação das liberdades 
individuais e coletivas ou por sua redução – quando as reconhece – a um 
plano retórico ou formal; por seu tratamento dos homens – na produção e 
no consumo – como simples meios ou instrumentos. Tudo isso entranha a 
asfixia ou limitação dos valores morais correspondentes: a igualdade, a 
justiça, a liberdade e a dignidade humana." Fonte: VÁZQUEZ, Adolfo 
Sánchez. Ética e marxismo. In: La teoria marxista hoy – problemas e 
perspectivas. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 
2006. (Coleção campus virtual). 
 
Segundo essa formulação da visão de Marx a respeito da sociedade, do 
capitalismo e da ética que permeia esses elementos, podemos afirmar que: 
 Para Marx, os valores morais em uma sociedade capitalista eram 
hipócritas, pois constituiam um fator de disputa entre as classes 
sociais. 
 
 
Correto! 
 Para Marx, os valores da moral vigente eram hipócritas, não em si 
mesmos, mas porque eram irrealizáveis e impossíveis numa sociedade 
capitalista violenta. 
 
 
 Para Marx, não há valores morais vigentes nas sociedades capitalistas, 
apenas a luta do homem contra si mesmo. 
 
 
 Para Marx, os valores morais dependiam do consumo irrestrito do modo de 
produção por parte dos valores ideológicos das classes. 
 
 
 Para Marx, os valores morais somente poderiam ser compreendidos 
mediante uma revolução com a tomada de poder pelo proletariado. 
 
 
 
Para Marx, todas as preocupações morais estariam subentendidas às 
questões sociais, muitas vezes violentas por causa da exploração. Em 
certo sentido, seriam hipócritas por causa de problemas na sociedade, e 
não nas regras de valor. 
 
 
Pergunta 2 
1,5 / 1,5 pts 
Em nossa sociedade, muitas vezes, não somos conduzidos a ponderar a 
respeito do que é certo ou errado. Geralmente aceitamos o que é certo e o 
que errado de modo passivo. Isso nos conduz, muitas vezes, a recuperar a 
origem de muitos termos de modo a refletir melhor sobre o seu uso 
moderno. O termo ética, por exemplo, é recorrentemente utilizado em 
diversas circunstâncias, mas sua origem etimológica pode nos auxiliar a 
compreender melhor sua polissemia. 
 
Neste sentido, de qual maneira podemos destacar a origem etimológica da 
palavra ética? Marque a alternativa correta. 
 Do grego ethos, que significa modo de viver. 
 
 
Correto! 
 Do grego ethos, que significa modo de ser, caráter. 
 
 
 Do grego ethos, que significa correto. 
 
 
 Do grego ethos, que significa homem. 
 
 
 Do grego ethos, que significa sociedade. 
 
 
 
Nesta questão, espera-se que o aluno demonstre reconhecer a origem do 
termo ética, do grego caráter, o que denuncia, desde a sua origem, o 
campo que será foco de seu estudo. 
 
 
Pergunta 3 
1,5 / 1,5 pts 
Diversas sociedades, em diferentes tempos ao longo da história da 
humanidade, tiveram um conceito a respeito do que era bom e, 
consequentemente, do que seria ruim. Quando pensamos na filosofia moral, 
entretanto, as diversas abordagens apresentadas possuem uma diferença em 
relação à compreensão dos aspectos morais por parte da sociedade. 
Geralmente, a sociedade lida com o conceito de bom e ruim mediante o 
hábito adquirido culturalmente. 
Sobre a diferença entre a abordagem da filosofia moral e a sociedade 
vinculada ao hábito, marque a alternativa correta. 
 A filosofia moral ocupa-se com uma visão displicente em relação às 
questões éticas. 
 
 
Correto! 
 A filosofia moral busca uma reflexão que problematize os valores 
morais. 
 
 
 A filosofia moral busca uma interpretação unívoca de significados 
morais. 
 
 
 A filosofia moral preocupa-se com uma visão científica das questões da 
ética. 
 
 
 A filosofia moral busca uma interpretação multicultural dos valores 
morais. 
 
 
 
A filosofia busca problematizar e analisar com rigor os diversos 
problemas relacionados às questões morais, ao contrário da abordagem 
cultural da sociedade, que aceita os valores sem discutir suas origens. 
 
 
Pergunta 4 
1,5 / 1,5 pts 
“O imperativo categórico é, portanto, único, que é este: age apenas 
segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne 
lei universal” (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. 
Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59). 
 
Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é 
considerada ética quando: 
 É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio 
de autoconservação. 
 
 
Correto! 
 A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a 
ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade. 
 
 
 O conhecimento do mundo, a priori, reflete no ser humano em sua 
capacidade universal de ser moral e ético. 
 
 
 Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro 
para a ação humana. 
 
 
 Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham 
universal e necessariamente. 
 
 
 
Para Kant, a razão que nos permite julgar nossos atos é comum a todos os 
seres e, por consequência, deve denotar um dever universal a todos. 
 
 
Pergunta 5 
1,5 / 1,5 pts 
A constatação de que somos todos iguais em termos biológicos é algo 
recente na história da humanidade. Somente a partir da genética pudemos 
verificar que nossa espécie é uma só, apesar de, culturalmente, esta 
constatação não fazer parte do imaginário da maioria das pessoas. 
 
De acordo com o que foi expresso no trecho acima e também com base nos 
conceitos de raça e etnia, é correto afirmar que: 
 Etnia é uma definição que depende da origem tribal, e raça está ligada 
aos grandes centros urbanos. 
 
 
 Etnia é um conceito biológico, e raça é um conceito histórico. 
 
 
 Etnia está vinculada às características oriundas de nosso DNA, enquanto 
raça é um conceito que não se aplica ao seres humanos. 
 
 
 Etnia está ligada às características físicas, enquanto raça está ligada 
às origens primitivas. 
 
 
Correto! 
 Raça se refere às culturas diversas, sem base científica, enquanto 
etnia é parte da identidade de cada grupo social. 
 
 
 
Raça é um conceito cultural, atribuído pelos seres humanos sem base 
científica. Já a etnia é parte da identidade de cada grupo social. 
 
 
Pergunta 6 
1,5 / 1,5 pts 
Leia com atenção o seguinte trecho extraído da obra de Aristóteles: 
 
Que o homem seja um animal político no mais alto grau do que uma abelha 
ou qualquer outro animal vivendo num estado gregário, isso é evidente. A 
natureza, conforme dizemos, não faz nada em vão, e só o homem dentre 
todos os animais possui a palavra. Assim, enquanto a voz serve apenas 
para indicar prazer ou sofrimento, e nesse sentido pertence igualmente 
aos outros animais [...] o discurso serve para exprimir o útil e o 
prejudicial e, por conseguinte, também o justo e o injusto; pois é 
próprio do homem perante os outros animais possuir o caráter de ser o 
único a ter o sentimento do bem e do mal, do justo e o injusto e de 
outras noçõesmorais, e é a comunidade destes sentimentos que produz a 
família e a cidade (ARISTOTE. La politique. Trad. J. Tricot. Paris: Vrin, 
1982). 
 
O filósofo, nesta passagem, afirma que: 
 O homem se diferencia dos outros animais por ser um zoon politikon 
(animal político). 
 
 
Correto! 
 O homem se diferencia dos outros animais por ser um zoon politikon 
(animal político) e possuir o discurso lógico ou logos. 
 
 
 O homem se diferencia dos outros animais por ser capaz de falar e, com 
isso, utilizar um discurso lógico. 
 
 
 O homem se diferencia dos outros animais apenas por ser um zoon 
politikon (animal político) com voz. 
 
 
 O homem se diferencia dos outros animais por ser capaz de falar. 
 
 
 
Para Aristóteles, somos animais políticos (zoon politikon) que possuem um 
logos ou capacidade de discursar, e não apenas emitir sons de dor ou 
prazer. 
 
 
Pergunta 7 
1,5 / 1,5 pts 
Leia com atenção o seguinte trecho: 
 
[...] o conhecimento genético emergente tem o potencial de transformar 
noções contemporâneas de coesão social e de identidades coletivas [...] 
estão também em jogo questões ligadas à auto-estima e valorização, coesão 
social, acesso a recursos e formas de remediar injustiças historicamente 
produzidas. 
(BRODWIN, P. Genetics, identity, and the anthropology of essentialism. 
Anthropological Quarterly, n. 75, p. 323-330, 2002) 
 
Quando Brodwin diz que ocorre “acesso a recursos e formas de remediar 
injustiças historicamente produzidas”, ele se refere a questões de raça e 
etnia, pois: 
 Ao longo do tempo, nunca houve um estudo sério a respeito das raças e 
de suas implicações na desigualdade social. 
 
 
 Ao longo do tempo, se concluiu que o ser humano poderia ser dividido 
por raças, sendo que haveria uma única raça com as melhores habilidades. 
 
 
 Ao longo do tempo, houve muitas divisões erradas a respeito das 
diversas raças de seres humanos. 
 
 
 Ao longo do tempo, a capacidade científica do homem sempre foi limitada 
para a compreensão dos elementos biólogicos das raças de seres humanos. 
 
 
Correto! 
 Ao longo do tempo, se pensou que o ser humano poderia ser dividido por 
raças, sendo que haveria uma raça com habilidades melhores do que a 
outra. 
 
 
 
Por muito tempo, o ser humano pensou que biologicamente seria possível 
compreender a condição humana por meio do conceito de raça, o que 
ocasionou situações de racismo. Biologicamente, não há evidências para a 
divisão dos seres humanos por raça. 
 
 
Pergunta 8 
1,5 / 1,5 pts 
Leia com atencão o seguinte trecho: 
 
“Supliquei, pedi um sinal, enviei mensagens ao Céu: nenhuma resposta. O 
Céu ignora até o meu nome. Eu me perguntava, a cada minuto, o que eu 
poderia ser aos olhos de Deus. Agora, já sei a resposta: nada. Deus não 
me vê, Deus não me ouve, Deus não me conhece. Vês este vazio sobre nossas 
cabeças? É Deus. Vês esta brecha na porta? É Deus. Vês este buraco na 
terra? É Deus ainda. A ausência é Deus. O silêncio é Deus. Deus é a 
solidão dos homens. Eu estava sozinho: sozinho, decidi o Mal; sozinho 
inventei o Bem. Fui eu quem trapaceou, eu quem fez milagres, eu quem se 
acusa, agora, eu, somente, quem pode absolver-me. Eu, o homem”. 
 
(SARTRE, Jean-Paul. O diabo e o bom Deus. Trad. Maria Jacintha. São 
Paulo: Difusão Européia do Livro, 1964. p. 223) 
 
Sartre, além de influente na filosofia, ficou famoso com seus romances, 
como é o caso deste intitulado O diabo e o bom Deus. Apesar de ateu, 
Sartre dizia que a questão de Deus existir ou não era irrelevante. 
Segundo o existencialismo de Sartre, por quais motivos podemos julgar que 
Deus existir ou não seria irrelevante à condição humana? 
Correto! 
 Porque somos livres, e as escolhas dessa liberdade dependem apenas de 
nós. 
 
 
 Porque Deus sempre nos auxiliará a decidir o melhor para nós. 
 
 
 Porque estamos condenados a sentir angústia. 
 
 
 Porque a liberdade é a negação da existência divina. 
 
 
 Porque Sartre queria construir uma filosofia da angústia. 
 
 
 
Para Sartre, estamos sozinhos em nossas escolhas; ninguém, nem mesmo uma 
divindade, possui qualquer atuação em nossas escolhas. 
 
 
Pergunta 9 
1,5 / 1,5 pts 
Leia com atencão o seguinte trecho: 
 
“O que o existencialismo afirma é que o covarde se faz covarde que o 
herói se faz herói; existe sempre, para o covarde, uma possibilidade de 
não mais ser covarde, e, para o herói, de deixar de o ser.” 
 
(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. A imaginação: 
Questão de método. Seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. 
Trad. Rita Correira Guedes, Luiz Roberto Salinas Forte, Bento Prado 
Júnior. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 14). 
 
Podemos relacionar o trecho acima com o seguinte conceito sartreano: 
 Má-fé. 
 
 
 Devir. 
 
 
Correto! 
 Liberdade. 
 
 
 Ontologia. 
 
 
 Crença. 
 
 
 
O ser humano é o único responsável por si mesmo. Sua liberdade significa 
sempre escolher e ser sempre o único responsável por essa escolha. 
 
 
Pergunta 10 
1,5 / 1,5 pts 
Leia com atenção o seguinte trecho: 
 
“Precisamos capacitar os jovens a se tornarem participantes ativos na 
cultura de mídia; porém, não basta apenas participação ou criatividade 
por si próprias. É preciso, também, que sejam participantes críticos, 
desenvolvendo um entendimento mais amplo das dimensões econômicas, 
sociais e culturais da mídia”. 
 
(BUCKINGHAM, David. Precisamos realmente de educação para os meios? 
Comunicação & Educação, ano XVII, n. 2, jul./dez. 2012, p. 41-60) 
 
É possivel analisar o trecho acima com base no existencialismo sartreano 
e concluir que: 
Correto! 
 Os jovens devem ser críticos para exercerem sua liberdade, pois há uma 
tendência do homem em restringi-la para evitar a angústia. 
 
 
 Os jovens devem permanecer passivos e evitar a má-fé, cuja origem se 
encontra no intuito de comprensão da angústia. 
 
 
 Os jovens devem evitar decisões que sejam contrárias ao que conhecem de 
si mesmo em relação aos desafios de aprendizado do mundo. 
 
 
 Os jovens devem lidar com a liberdade a todo custo, o que significa 
sempre pensar antes de agir, buscando nas relações sociais uma ajuda em 
suas decisões. 
 
 
 Os jovens são incapazes de lidar com a liberdade e a obrigação. 
 
 
 
Quando nos relacionamos com o mundo, podemos notar que muitas vezes 
deixamos de escolher ou de compreender melhor o que poderíamos fazer. O 
motivo é evitar o sentimento de angústia, mas esta é necessária, pois a 
escolha e o sentimento por ela causados são inevitáveis.

Mais conteúdos dessa disciplina