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PROCESSOS DE GESTÃO DO TEMPO Entradas, ferramentas/técnicas e saídas Nesta leitura você conhecerá mais detalhadamente os processos de gestão do tempo, identificando as entradas, técnicas/ferramentas e saídas utilizadas em cada um. Leia e avalie o melhor uso destes instrumentos no seu próximo projeto. Multiplique seu tempo! Processos de gestão do tempo - 1 - SUMÁRIO PROCESSOS DE GESTÃO DO TEMPO .................................................................... 2 ENTRADAS, FERRAMENTAS/TÉCNICAS E SAÍDAS ..................................................... 2 DETALHANDO OS PROCESSOS: ENTRADAS, FERRAMENTAS/TÉCNICAS E SAÍDAS ...................................................................................................... 3 1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA ............................................... 3 2. DEFINIR AS ATIVIDADES .............................................................................. 5 3. SEQUENCIAR AS ATIVIDADES ........................................................................ 6 4. ESTIMAR OS RECURSOS DA ATIVIDADE ............................................................. 8 5. ESTIMAR A DURAÇÃO DAS ATIVIDADES........................................................... 10 6. DESENVOLVER O CRONOGRAMA .................................................................. 13 7. CONTROLAR O CRONOGRAMA ..................................................................... 16 Processos de gestão do tempo - 2 - Processos de gestão do tempo E N T R A D A S , F E R R A M E N TA S / T É C N I C A S E S A Í D A S Neste conteúdo você conhecerá: Gerenciamento do tempo Detalhando os processos: Entradas, ferramentas/técnicas e saídas L E I T U R A Gerenciamento do tempo O Gerenciamento do Tempo é uma área do conhecimento do gerenciamento de Projetos que, por envolver o controle de prazos, tem uma relação direta com os custos e, por conseguinte, com a gestão eficiente dos projetos. Administrar o tempo, no gerenciamento de projetos – seja de turismo ou não, inclui processos para a gestão dos prazos do projeto, entregas, atividades, recursos, execução e finalização. Envolve um controle eficiente e previsão de tempo hábil para administrar contratempos, antecipando problemas irreversíveis e estimativas com alto índice de precisão. Por conseguinte, as metodologias utilizadas devem ser eficientes, contemplando fontes de referência, da bibliografia internacional, de boas práticas e de lições aprendidas. Esta área do conhecimento contempla sete processos que interagem entre si e com outras áreas do conhecimento. Seis deles na etapa de planejamento do ciclo de vida do projeto e um deles, o monitoramento do cronograma, na etapa de monitoramento e controle: Processos de gestão do tempo - 3 - Ciclo de vida do projeto Processo Planejamento Planejar o gerenciamento do cronograma Planejamento Definir as atividades Planejamento Sequenciar as atividades Planejamento Estimar os recursos da atividade Planejamento Estimar a duração das atividades Planejamento Desenvolver o cronograma Monitoramento e controle Controlar o cronograma Os processos em geral se conectam pelos resultados que produzem, contemplando entradas (insumos necessários como, por exemplo, documentos), ferramentas e técnicas (metodologias aplicadas) e saídas (resultados) diferentes, tal como serão apresentados a seguir; contudo, em alguns projetos de escopo menor, os processos da gerência do tempo na fase de planejamento (seis dos sete processos) podem ser tão interligados que são realizados concomitantemente como um único processo de curta duração. Detalhando os processos: entradas, ferramentas/técnicas e saídas 1. Planejar o gerenciamento do cronograma O plano de gerenciamento do cronograma estabelece a política e a metodologia que rege o cronograma, definindo procedimentos, documentação para gerenciar, realizar e controlar o cronograma; identificando a ferramenta, formato e critérios mais adequados. O plano de gerenciamento do cronograma é um componente do plano de gerenciamento do projeto, que indica como as contingências do cronograma serão reportadas e avaliadas e ajustadas, se necessário. Assim, ele inclui como entradas (insumos), o plano de gerenciamento do projeto que fornece informações sobre o escopo do projeto, que guia a definição de atividades e respectivas durações e, ainda, outras informações sobre custos, riscos e comunicações relativas ao cronograma. Processos de gestão do tempo - 4 - O termo de abertura do projeto também é uma entrada na medida em que resume os marcos e os requisitos de aprovação do projeto e que interferem neste plano. Como por exemplo, a data de inauguração de ginásios em grandes eventos esportivos. No mais, os fatores ambientais da organização também interferem neste plano de gerenciamento de cronograma, pois representam fatores internos e externos que podem interferir no projeto, como a cultura e estrutura organização (se há perfil colaborativo, se há influência da gerencia do projeto frente ao organograma institucional), condições de mercado, infraestrutura, fornecedores e respectivos desempenho e reputação, condições de uso de alguns serviços e demais padrões do setor. Por fim, os ativos de processos referem-se à experiência e memória gerencial da instituição, no sentido de dispor de orientações de procedimentos padrão, lições aprendidas, modelos e demais ferramentas e informações que podem contribuir com sucesso do projeto. A partir das entradas, as metodologias desta etapa contemplam: a opinião especializada - consiste em consultar um especialista por meio de consultas individuais ou em formato de painel (discussões de grupo, pesquisas de opinião) para recomendar sobre uma determinada temática e respectivos métodos indicados considerando o ambiente e as lições aprendidas de projetos similares; a Técnica Analítica - é a escolha de métodos para estimar e elaborar o cronograma, como execução de tarefas em paralelo, software de gerenciamento de projetos, antecipações e esperas, avaliação de desempenho do cronograma etc.; e as reuniões - tratam de encontros entre a equipe (ou parte) do projeto ou com outras partes interessadas como sponsor ou demais stakholders, como os Conselhos de Turismo. Como resultado deste processo (saída), o Plano de gerenciamento do cronograma pode dispor de mais detalhamento ou ser generalista, desde que estabeleça os critérios e atividades necessários ao desenvolvimento, monitoramento e controle do cronograma, determinando, por exemplo, modelo de cronograma, nível de exatidão das estimativas, unidades de medida utilizadas (de tempo, custos etc.), procedimentos, processo de atualização, limites de controle, regras de medição do desempenho, formato de relatório e descrição dos processos. Processos de gestão do tempo - 5 - Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do projeto Termo de abertura do projeto Fatores ambientais “da empresa” Ativos de processos organizacionais Opinião especializada Técnicas analíticas Reuniões Plano de gerenciamen to do cronograma 2. Definir as atividades Neste processo, identificam-se os principais elementos do projeto (produto ou serviço), definindo as ações necessárias para as entregas, frente ao tempo e custos possíveis. A partir do plano de gerenciamento do cronograma, do escopo do projeto (que estipula as entregas, restrições e premissas do projeto documentadas), dos fatores ambientais (cultura, política, procedimentos e sistemas de informação de gerenciamento de projetos) e ativos (lições aprendidas, modelos, etc.) da instituição, dividem-se as ações ou pacotes de trabalhoem atividades que dão subsídios à estimativa, programação, execução, monitoramento e controle dos trabalhos do projeto. As ferramentas e técnicas utilizadas na definição de atividades do cronograma incluem: a Técnica de Decomposição - é aquela desmembra os pacotes de trabalho e entregas do escopo do projeto em atividade mais esmiuçadas, menores, contemplando todas as atividades e facilitando seu gerenciamento. Para maior assertividade, o ideal é que envolva a equipe do projeto nesta tarefa; o planejamento em ondas sucessivas - é uma técnica interativa de decomposição das atividades, em que os planos de trabalho são mais detalhados progressivamente, de acordo com a proximidade do prazo e maior conhecimento dos eventos. Ou seja, existem concomitantemente vários níveis de detalhamento dos planos de trabalho conforme o ciclo de vida do projeto; e a opinião especializada – que se refere à consulta a um especialista na temática do projeto e em cronograma, seja terceiro ou membro da equipe. Processos de gestão do tempo - 6 - Como saídas ou resultados desta etapa é produzida a lista de todas as atividades do cronograma nominadas e com detalhamento do trabalho no escopo; são também identificados (até por códigos) atributos relacionados às atividades, como duração, recurso e custo envolvido, ou ainda responsável pela execução. Como demarcação de tempo (sem duração identificada), seja obrigação contratual ou opcional, é produzida uma listagem de marcos do projeto como saída. Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do cronograma Linha de base do escopo Fatores ambientais “da empresa” Ativos de processos organizacionais Decomposição Planejamento em ondas sucessivas Opinião especializada Lista das atividades Atributos das atividades Lista de marcos 3. Sequenciar as atividades Este processo inclui ações para definir a sequência lógica do projeto, isto é, o encadeamento e a relação das atividades, seja manualmente ou com apoio de softwares, para maior eficiência perante as limitações do escopo. Neste sentido, deve incluir não só as relações de dependência entre atividades e marcos, mas também a previsão de tempo de espera e antecipação prevenindo contratempos. Para sua realização, são necessárias como entradas o plano de gerenciamento do cronograma (em que se estipula método e ferramenta do cronograma), a lista de atividades e marcos e respectivos atributos (um maior esforço ou demanda de recurso pode alterar a ordem das ações, por exemplo), além do escopo, fatores ambientais “da empresa” e ativos de processos organizacionais que interferem em praticamente todos os processos. Processos de gestão do tempo - 7 - Exemplo Mesmo que um destino turístico produza um material de divulgação de qualidade para promoção na Feira ABAV (Associação Brasileira das Agências de viagem), pode ficar impossibilitado de distribui-lo, caso inclua a divulgação de um prestador de serviço turístico sem cadastro no CADASTUR (ou em situação irregular); e atrasar esta ação até sua adequação (quando todos prestadores estejam cadastrados ou que exclua do material aqueles “inadimplentes”). Como ferramentas e técnicas para sequenciar atividades, há o Método do Diagrama de Precedência - MDP, determinação de dependência e antecipações e esperas. No MDP, as atividades são nós ligados graficamente por um ou mais relacionamentos lógicos para mostrar a sequência; representando o cronograma por um diagrama de precedência. Este é o método usado pela maioria dos pacotes de software de gerenciamento de projetos, onde os comandos estabelecem as relações de início e término entre as atividades. Além da precedência, a determinação de dependência pode impactar as sequencias das atividades, sejam obrigatórias (contratuais), arbitrárias (selecionadas como sequencia mais eficiente), externas (dependência externa a equipe do projeto) ou interna (estão sob o controle da equipe). Algumas atividades podem demandar antecipação ou espera, como por exemplo, eventos em atrativos turísticos naturais que tem acessibilidade muito comprometida no mau tempo, neste caso, a equipe de gerenciamento do projeto define e documenta as dependências passíveis de mudança sem por isso substituir o propósito do cronograma. São saídas deste processo: o diagrama de rede do cronograma, que ilustra as relações lógicas e dependências das atividades, seja manualmente ou por software de gerenciamento de projetos; e as atualizações nos documentos do projeto, como lista de atividades, marcos etc. Processos de gestão do tempo - 8 - Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: 4. Estimar os recursos da atividade Para se elaborar e gerenciar um cronograma e o tempo deve ser realizada a estimativa quantificada dos recursos necessários – material, pessoas, equipamentos, etc. - relativos aos custos quanto ao tempo (duração) e uso. Neste sentido, são entradas deste processo: o plano de gerenciamento do cronograma como documento norteador e que identifica as unidades de medida; a lista de atividades e atributos relacionados que necessitarão de recursos e por isso avaliação; o calendário de recursos que identifica quando e por quanto tempo os recursos estarão disponíveis durante o projeto; registro dos riscos para estudar seu impacto nos recursos; estimativa de custos, que pode afetar a sua seleção; e Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do cronograma Lista de atividades Atributos das atividades Lista de marcos Declaração do escopo do projeto Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais Método do diagrama de precedência (MDP) Determinação de dependência Antecipações e esperas Diagramas de rede do cronograma do projeto Atualizações nos documentos do projeto Processos de gestão do tempo - 9 - os fatores ambientais e ativos de processos organizacionais. Na gestão pública, os recursos de projetos podem ser afetados pelos orçamentos estipulados pelo o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA. Como ferramentas e técnicas para estimar recursos, utiliza-se: a opinião especializada; a análise de alternativas de recursos no cronograma, como por exemplo, ponderar entre produzir e comprar; dados publicados para auxílio a estimativas (pesquisa a publicações de índices de produção); estimativa bottom-up, que calcula os pacotes de trabalho pelo somatório dos custos estimados de cada atividade que os compõe e software de gerenciamento de projetos. Como saídas apresenta: requisitos de recursos das atividades, que quantifica e identifica a tipicidade de cada recurso por atividade; estrutura analítica dos recursos, que representa a hierarquia dos recursos por tipo (por exemplo, diferentes equipamentos de turismo de aventura e categoria, tal como o exemplo abaixo: Processos de gestão do tempo - 10 - Exemplo de Estrutura Analítica dos Recursos - EAR (Fonte: Blog MundoPM Gerenciamento de Custos em Projetos1) atualizações nos documentos do projeto, como calendário de recursos, lista de atividades etc. Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: 5. Estimar a duração das atividades Este processo determina a duração do tempo necessário para concluir cada atividade, ou seja, é a estimativa do número de períodos de trabalho por atividade com os recursos previstos. 1 Disponível em: http://blog.mundopm.com.br/wp-content/uploads/2014/04/eap- recursos.jpgEntradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do cronograma Lista das atividades Atributos das atividades Calendários dos recursos Registro dos riscos Estimativas dos custos das atividades Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais Opinião especializada Análise de alternativas Dados publicados para auxílio às estimativas Estimativa bottom-up Software de gerenciament o de projetos Requisitos de recursos das atividades Estrutura analítica dos recursos Atualizações nos documentos do projeto http://blog.mundopm.com.br/wp-content/uploads/2014/04/eap-recursos.jpg http://blog.mundopm.com.br/wp-content/uploads/2014/04/eap-recursos.jpg Processos de gestão do tempo - 11 - Para se estipular o tempo de cada trabalho: o plano de gerenciamento direciona a metodologia adequada; a lista de atividades e atributos; bem como requisitos, calendário e estrutura analítica dos recursos limitam e influenciam a duração; o escopo do projeto impacta pela restrição de condições, determina períodos de relatoria, entre outros; o registro de riscos direciona se é necessária alguma adaptação; e os fatores ambientais e ativos de processos organizacionais completam as entradas como referência de procedimentos padrão. Este processo envolve vários tipos de técnicas e ferramentas possíveis: opinião especializada; estimativa análoga que calcula a duração como base em projeto análogo; estimativa paramétrica, técnica que estabelece relações estatísticas com base nos parâmetros do próprio projeto; estimativa de três pontos, calcula a duração por uma escala de incertezas, entre mais provável, otimista e pessimista; técnica de tomada de decisão em grupo, que envolve abordagens da equipe; análise de reservas, como o próprio nome, inclui períodos de tempo relativos a riscos previstos e aceitos. A estimativa da duração é elaborada progressivamente, mediante os processos de entrada; com a melhoria e ciência dos dados a exatidão das estimativas de duração melhora, eliminando inclusive a necessidade de reserva de contingência. Como saída este processo inclui as estimativas das durações das atividades e atualizações nos documentos. Processos de gestão do tempo - 12 - Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do cronograma Lista de atividades Atributos das atividades Requisitos de recursos das atividades Calendário dos recursos Declaração do escopo do projeto Registro dos riscos Estrutura analítica dos recursos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais Opinião especializada Estimativa análoga Estimativa paramétrica Estimativas de três pontos Técnicas de tomada de decisão em grupo Análise de reservas Estimativas de duração das atividades Atualizações nos documentos do projeto Processos de gestão do tempo - 13 - 6. Desenvolver o cronograma O modelo de cronograma que estabelece o processo interativo de realizar a sequência lógica de todas atividades do projeto, correlacionando duração, recursos, e datas de início e término, é o desenvolvimento do cronograma. Para estabelecê-lo as referências são: o plano de gerenciamento do cronograma que estabelece o método; a lista de atividades que deve conter e os atributos que deve considerar; o diagrama de rede do cronograma, que ilustra as sequencias lógicas das atividades; os requisitos e calendário de recursos para avaliar sua disponibilidade; a estimativa das durações das atividades; o escopo e restrições e premissas incutidas; o registro dos riscos que podem afetar este modelo; as designações do pessoal do projeto, que refere-se a documentação de pessoal, como organograma, memorandos, por vezes editais de seleção pública; a estrutura analítica dos recursos para detalhar e analisar recursos e fazer relatoria; e os fatores ambientais e ativos de processos organizacionais completam as entradas como referência de procedimentos padrão, referenciando por exemplo um modelo de calendário do projeto. Como ferramentas e técnicas possui: análise de rede do cronograma, que define o modelo do cronograma a partir de variadas técnicas de estimativa de antecipação e atrasos no início e término do projeto; método do caminho crítico que estuda o caminho da rede (sequência de atividades) mais longo (de maior duração) para estimar tempo mínimo do projeto; método da corrente crítica, que calcula reservas (buffers) no cronograma, com base nos impactos das incertezas e riscos dos recursos no caminho crítico; Processos de gestão do tempo - 14 - técnicas de otimização de recursos, para equilibrar no cronograma demanda e disponibilidade dos recursos; técnicas de criação de modelos, que calculam os impactos ao projeto, perante diferentes cenários de incertezas; antecipações e esperas ajustados na análise da rede; compressão de cronograma encurtando a duração do projeto sem prejuízo do escopo, seja com maior ingestão de recursos ou com a realização de atividades paralelas, por exemplo; ferramenta de cronograma que pode estar associada a softwares de gerenciamento de projetos ou métodos manuais na modelagem e aceleração do desenvolvimento do cronograma. Como saídas ou resultados esta etapa apresenta: a linha de base do cronograma, que é o modelo aprovado pelas partes interessadas; o cronograma do projeto propriamente dito, com apresentação gráfica ou tabular de atividades com duração, recursos e marcos; dados do cronograma, que o descrevem incluindo restrições, premissas e permite seu controle; calendários do projeto, que identifica a disponibilidade temporal para completar atividades agendadas; e atualização no plano de gerenciamento do projeto e nos documentos do projeto (como registro de riscos, por exemplo). Processos de gestão do tempo - 15 - Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do cronograma Lista de atividades Atributos das atividades Diagrama de rede do cronograma do projeto Requisitos de recursos das atividades Calendários de recursos Estimativa das durações das atividades Declaração do escopo do projeto Registro dos riscos Designações do pessoal do projeto Estrutura analítica dos recursos Fatores ambientais da empresa Ativos de processos organizacionais Análise de rede do cronograma Método do caminho crítico Método da corrente crítica Técnicas de otimização de recursos Técnicas de criação de modelos Antecipações e esperas Compressão de cronograma Ferramenta de cronograma Linha de base do cronograma Cronograma do projeto Dados do cronograma Calendários do projeto Atualizações no plano de gerenciamen to do projeto Atualizações nos documentos do projeto Processos de gestão do tempo - 16 - 7. Controlar o cronograma Para atualizar, gerenciar, prevenir e corrigir desvios do cronograma planejado é realizado o processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto por meio do controle do cronograma a fim de assegurar o alcance dos objetivos que motivaram a realização do projeto. Para permitir este controle são necessários: o documento que descreve como o projeto deve ser executado, controlado, monitorado e planejado (plano de gerenciamento do projeto), o cronograma literalmente como referênciapara acompanhamento; dados de desempenho do trabalho e calendário para acompanhar o progresso real e planejado das atividades; dados do cronograma que o descrevem e especificam restrições; e ativos de processos organizacionais que podem conduzir procedimentos padrão. Com base nas entradas mencionadas, as técnicas e ferramentas de controle do cronograma relacionadas são: a análise de desempenho, que compara prazos e atividades previstas e realizadas; software de gerenciamento de projetos, como Microsoft Project que alia a ferramenta de cronograma; técnicas de otimização de recursos, para acompanhar e ajustar a utilização mais eficiente dos recursos; técnicas de desenvolvimento de modelos, para previsão e ajustes frente a riscos; antecipações e esperas que possam ser necessárias na execução do projeto; compressão do cronograma para ajustes a linha base do cronograma e ferramenta de cronograma que automatizam seu desenvolvimento, tais como o Microsoft Project e o Primavera. Processos de gestão do tempo - 17 - Por fim, a utilização destas técnicas permite como saídas ou resultados dos processos de controle do cronograma: informações sobre desempenho, estimado em índices (de desempenho ou de variação de prazo), documentado e apresentado aos stakeholders; previsões do cronograma, estimados a partir do desempenho; solicitação de mudanças, quando necessárias medidas preventivas ou corretivas e consecutivas atualizações no plano de gerenciamento do projeto, nos documentos do projeto e nos ativos de processos organizacionais, se confirmadas as mudanças (podendo alterar cronograma, registro de riscos e definir novas lições aprendidas, por exemplo). Resumidamente o fluxo deste processo, dá-se da seguinte maneira: Nota-se nos processos em geral, que sua interligação são os resultados que produz, ou seja, ao fim de um processo, seus resultados são as entradas que geram o processo seguinte. Entradas Ferramentas Saída Plano de gerenciamento do projeto Cronograma do projeto Dados sobre o desempenho do trabalho Calendários do projeto Dados do cronograma Ativos de processos organizacionais Análises de desempenho Software de gerenciamento de projetos Técnicas de otimização de recursos Técnicas de desenvolviment o de modelos Antecipações e esperas Compressão do cronograma Ferramenta de cronograma Informações sobre o desempenho do trabalho Previsões de cronograma Solicitações de mudança Atualizações no plano de gerenciamento do projeto Atualizações nos documentos do projeto Atualizações nos ativos de processos organizacionais Processos de gestão do tempo - 18 - Ainda que alguns itens difiram nas entradas, os planos de gerenciamento do projeto e/ou do cronograma aparecem em todos os processos como referência de como proceder, enquanto que as caraterísticas da instituição gestora (perfil e mercado que atua, ou seja, análise interna e externa) e seus ativos de processos organizacionais, ou seja, os modelos e procedimentos adquiridos em experiências anteriores dão especificidade, personalidade, a cada projeto. Os ativos, aliás, não apenas impactam os processos como fatores de entrada, mas também são atualizados como resultado do processo de controle do cronograma, ou seja, ele oferece experiências de lições aprendidas e adquire lições e experiências ao fim do próprio projeto que influencia. Neste sentido, uma boa prática é registrar as lições aprendidas no desenvolvimento e encerramento do projeto, mas também estudar projetos anteriores de sua instituição e respectivas metodologias que são pontos fortes (e que podem ser modelos) ou a melhorar (que devem ser evitados). B I B L I O G R A F I A 1. Project Management Institute – PMI. Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). — 5ª edição. 2013. 2.VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. Rio de Janeiro: Brasport, 2005. IMPORTANTE Todas as informações deste conteúdo são apenas um guia, podendo ser usado ou não pelos gestores públicos e adaptados conforme necessário. Existem ainda outras ferramentas de gerenciamento de projetos.
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