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AULA 1 INTRODUÇÂO AOS ESTUDOS HISTORICOS


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AULA 1- INTRODUÇÂO AOS ESTUDOS HISTORICOS
Plano de Ensino
Conteúdos:
Disciplina de caráter propedêutico, abordando de maneira introdutória conceitos centrais na área, a saber: História, memória e tempo, suas relações, interdependências, tensões e oposições.
Competências e habilidades:
Compreender as diferenças entre História e memória. Reconhecer a diferença entre História, historiografia e fonte histórica. Conhecer os fundamentos da epistemologia histórica: memória e tempo. Compreender as diferenças entre tempo e temporalidade; tempo histórico e tempo social; sincronia e diacronia.
Conversa Inicial
Ao iniciarmos o estudo da História, muitos são os questionamentos que podemos levantar.
Será que a maneira como estudamos História hoje é a mesma que estudavam os alunos em 1889, quando o Brasil se tornou uma República? Será que os textos dos livros didáticos utilizados nas escolas durante a ditadura militar brasileira são os mesmos utilizados ainda hoje? Será que os historiadores, no século XIX, utilizam em suas pesquisas as mesmas fontes, os mesmos tipos de documentos que os historiadores utilizam hoje em dia, como leis, cartas, fotografias, monumentos?
São muitas as questões! E são elas que vamos tentar responder em nossa aula de hoje.  
http://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 
Tema 01: O que é História?
De acordo com o Dicionário Michaelis, “História é o estudo científico relativo ao passado de um povo, nação, período ou indivíduo, a partir de dados documentais”. A primeira questão importante que podemos depreender do conceito de História com base no dicionário é de que História é uma ciência. A segunda é que, para o resgate do passado, para a realização de estudos históricos, bases documentais são utilizadas. Mas, como ciência, quem estuda, pesquisa, escreve ou reescreve a História? São especialistas: os historiadores. Como cientistas, utilizam métodos específicos de análise de fontes, de documentos e tem como fundamento, como base, determinada tradição histórica. 
http://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 
O que o historiador Marc Bloch quis dizer ao afirmar: “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado”? É preciso que reflitamos sobre o conceito de ignorância. Quando chamamos, ou melhor, xingamos uma pessoa de ignorante, o que queremos dizer? Ignorar é desconhecer, ignorar é desprezar. Dessa forma, podemos concluir que, para Bloch, os indivíduos que desconhecem e desprezam a própria história não são capazes de compreender o seu presente, o momento no qual estão inseridos. “A história, portanto, é uma das melhores maneiras que temos de raciocinar sobre o mundo, de nos instrumentalizar para que possamos agir menos ingenuamente, e conhecermos mais o presente” (Fontoura Júnior, 2016, p. 11).
Qual a função da História?
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Compreendendo que a História, apesar de ser uma ciência, não é uma ciência exata, na qual verdades históricas podem ser questionadas, revisitadas, revisadas pelos historiadores, trazer um único conceito de fato histórico é praticamente impossível, pois o mesmo dependerá do lugar, do tempo ao qual o historiador está inserido ou da própria historiografia. Para os historiadores do século XIX, como Ranke, os fatos históricos eram ações de heróis nacionais, como o “Grito do Ipiranga”, ou os grandes eventos políticos, como as “Diretas Já”. Já os historiadores no início do século XX, como Lucien Febvre, passam a conceituar como fatos históricos todos os atos ou ações humanas significativas que destaquem mudanças ou permanências ocorridas na vida coletiva e que podem ser descritas e analisadas pela História. 
O que são fatos históricos? 
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Tema 04: Fontes históricas
Na História tradicional, somente os documentos escritos, oficiais, poderiam ser utilizados pelo historiador. A partir de um “novo” olhar da História no início do século XX, quando o conceito de História como verdade absoluta é “quebrado”, todos os vestígios humanos passam a ser utilizados como fontes históricas: pinturas, fotografias, revistas, jornais, objetos de uso cotidiano, habitações, cartas, diários, canções, vídeos etc. 
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Tema 05: Sujeitos históricos
Este “novo” olhar da História também mudou o conceito de sujeito histórico. Se, para os historiadores do século XIX, somente os grandes heróis nacionais, como líderes políticos e religiosos, eram alvo das pesquisas históricas, a partir do século XX, todos os indivíduos, em grupo ou isoladamente, participantes ou não de mudanças ou permanências históricas, passam a ser encarados como protagonistas da História, podendo ser trabalhadores, patrões, escravos, reis, camponeses, políticos, prisioneiros, crianças etc. 
Quem são os sujeitos da História?
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Na Prática
1. François Furet, em sua obra “Oficina da História”, discute a diferença entre a história-narrativa e a história-problema. Ele inicia sua discussão afirmando: “fazer história é contar uma história”. Contar é, na realidade, dizer aquilo que aconteceu [...]. É restituir o caos de acontecimentos que constituem o tecido de uma existência, a trama de uma vida” (1986, p. 81). Leia o primeiro capítulo da obra de Antônio Fontoura Jr e responda: Somente historiadores contam, escrevem História? Qual a diferença da história narrada por um jornalista e por um historiador? A diferença das obras produzidas por ambos pode ser utilizada para explicar o que é história do ponto de vista acadêmico?
2. Pesquise exemplos dos diferentes tipos de fontes históricas descritos no quadro apresentado em aula.
Assista ao vídeo a seguir e veja como aplicar os conhecimentos desta aula.
http://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/
Assista agora a conclusão da nossa aula. Acompanhe no vídeo a seguir!
Referências
BLOCH, Marc. Introdução à História. Lisboa: Europa-América, 1987.
BORGES, Vavy Pacheco. O que é História. São Paulo: Brasiliense. 1995.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Uma introdução à História. São Paulo: Brasiliense, 1994.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo. Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
FONTOURA JÚNIOR, Antônio. Teoria da História. Curitiba: Intersaberes, 2016.
FURET, François. A oficina da História. Lisboa: Gradiva, 1986.