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1/26 Lista de Exercícios : História | Introdução 1. (Uece 2019) No ano de 1472, o filósofo italiano Marsílio Ficino, em uma carta, apresenta sua opinião sobre a imprensa: segundo ele, esta invenção resulta de uma característica própria de uma época de ouro. Trata-se de uma época em que as antigas artes liberais se uniram a uma invenção que caracteriza a fase a) contemporânea da história. b) industrial da história. c) moderna da história. d) clássica da história. 2. (Fepar 2019) O cristianismo trouxe uma concepção de devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da Criação até o Juízo Final, foi adaptada em forma secular pelo moderno pensamento histórico [...] A articulação em Antiguidade – Idade Média – Idade Moderna foi enunciada pelo alemão Cristoph Cellarius (1634– 1707); de início, correspondia à interpretação e valorização pelos humanistas de uma história cultural europeia ocidental. Ao final do século XIX [...] afirmou-se no mundo ocidental uma divisão baseada em grandes marcos ou eventos, que se denomina “periodização clássica”. Considere o texto, a linha do tempo e seus conhecimentos de História para avaliar as afirmativas. ( ) A Idade Antiga, por ter maior duração, disponibiliza ao historiador maior número de fontes históricas escritas do que a Idade Moderna, que compreende pouco mais de 3 séculos. ( ) Enquanto o ano 1 marca, na periodização clássica, o tempo decorrido depois de Cristo (d.C.), a Civilização Islâmica tem o início de seu calendário no ano 622, quando ocorreu a hégira, a retirada do profeta Maomé de Meca para Medina. ( ) O ano de 476, data da queda do Império Romano do Ocidente, marca um período de instabilidade (com triunfo dos germânicos e conflitos entre eles) e de uma economia de base rural, com antigos escravos e colonos transformados em servos de gleba, na estrutura feudal que foi sendo definida. ( ) A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos ocorreu em 1453, no século XV. A data marca o fim da Idade Média, quando estava em marcha a expansão das cidades e o capitalismo comercial, ao qual se vincula o movimento das Grandes Navegações, cujo objetivo inicial era o comércio de especiarias diretamente nas fontes. ( ) No ano de 1789 teve início a Revolução Francesa. A data marca o início da Idade Contemporânea, com a redação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que consagrava o igualitarismo no plano econômico e a defesa da república como forma de governo. 3. (Uepg-pss 1 2019) Existem diferenças claras entre o que compreendemos por tempo cronológico e por tempo histórico. A respeito deste último, assinale o que for correto. 01) Historiadores se valem das formas de organizar e viver de uma sociedade para afirmar que um determinado tempo histórico se diferencia de outro. 02) A passagem de um tempo histórico para outro pode ser marcada por permanências de hábitos, ideias e comportamentos. 04) Há diferenças temporais entre os tempos históricos. Por exemplo: a Idade Média durou cerca de 1000 anos, enquanto a Idade Moderna pouco mais de 300 anos. 08) Para os historiadores, a chamada Idade Contemporânea teve início em 1789, com a Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 1 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 2/26 Lista de Exercícios : História | Introdução Revolução Francesa, e se prolonga até os dias atuais. 4. (Udesc 2018) O conhecimento histórico acadêmico ou científico é construído, prioritariamente, por meio de práticas de investigação e análise. Para a construção do conhecimento histórico, as fontes ou vestígios são, portanto, elementos fundamentais. Analise os itens abaixo, e coloque (V) para o que for fonte histórica e (F) para o que não for fonte histórica. ( ) Jornais e Revistas ( ) Fotografias ( ) Documentos oficiais de Estado ( ) Cartas e documentos pessoais Assinale a alternativa correta, de cima para baixo. a) V – V – V – V b) V – F – F – F c) F – V – V – V d) V – V – F – F e) F – V – V – F 5. (Ufu 2018) Objeto de estudo da nova historiografia, a “(...) história da vida cotidiana e privada é a história de pequenos prazeres, dos detalhes quase invisíveis, dos dramas do banal, do insignificante, das coisas deixadas ‘de lado’.” DEL PRIORI, Mary. História do cotidiano e da vida privada. In: CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Esse fragmento de texto aborda a inovação do conhecimento histórico a partir da segunda metade do século XX, conhecida como Nova História. Desde então, novos sujeitos tornaram-se objetos da pesquisa histórica, observando-se o seu protagonismo em diferentes esferas sociais. Com base nessa informação, é INCORRETO afirmar que compuseram o novo grupo de indivíduos estudados a) as mulheres atenienses na Grécia clássica. b) os imperadores e os generais da Roma antiga. c) as comunidades manicomiais e as étnicas. d) os afrodescendentes no continente americano. 6. (Uel 2018) Leia o texto a seguir. Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer. (Disponível em: <https://pt.wikiquote.org/wiki/Blade_Runner>. Acesso em: 11 jul. 2017.) Esta é uma fala do androide Roy que queria eliminar Decard, no filme Blade Runner, o Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley Scott. No entanto, no combate, Roy o salvou da morte. Essa reflexão apresenta a noção de uma existência construída por múltiplas experiências as quais, que por serem as memórias de Roy, se perderiam para sempre. Com base nos conhecimentos hoje predominantes sobre os fundamentos da história, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) A História privilegia, nos seus estudos, as experiências coletivas dos grandes grupos humanos, excluindo a vida do indivíduo comum. ( ) A historiografia desconsidera a memória oral para registrar as formas culturais de compreensão do mundo. ( ) Nos museus e cemitérios, descansam os personagens históricos cujas ideias não mais afetarão os vivos. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 2 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 3/26 Lista de Exercícios : História | Introdução ( ) Memória e história são noções diferentes, mas se complementam e interagem quando depoimentos orais são registrados em documentos. ( ) Um fato histórico gera uma diversidade de documentos, e as interpretações sobre ele ressignificam o seu teor. Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, F, F, V, F b) V, F, V, F, V c) V, V, F, V, F d) F, F, F, V, V e) F, V, V, F, V 7. (Udesc 2018) A História, segundo o historiador Marc Bloch, pode ser definida como a ciência do homem no tempo. Quando estudada em instituições escolares, ela é, comumente, dividida em: Idade Antiga, Idade Medieval, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Sobre este modelo de organização do tempo histórico em períodos ou idades, analise as proposições. I. O modelo acima foi instituído na Grécia durante o século IV a.C. por Aristóteles que, na época, assumia as funções de tutor de Alexandre da Macedônia. II. A adoção deste modelo demonstra o forte vínculo existente entre os programas escolares de história e a tradição europeia, na medida em que as idades são organizadas a partir de processosocorridos majoritariamente no Continente Europeu. III. O modelo citado foi desenvolvido e institucionalizado em 1837, pelo Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, e refere-se, exclusivamente, aos processos ocorridos a partir do Descobrimento do Brasil, em 1500. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I é verdadeira. b) Somente a afirmativa III é verdadeira. c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 8. (Uece 2017) História, como área do conhecimento, possui, hoje, especificidades que a definem, dentre as quais encontra-se a característica de a) ater-se apenas a documentos escritos, não aceitando como fonte outros tipos de informação tais como informações originadas na oralidade ou produzidas pela mídia. b) não se ater apenas aos fatos realizados por governantes e poderosos, tomando os eventos cotidianos e as práticas sociais como importantes temas históricos. c) entender o tempo histórico e o tempo cronológico como iguais, uma vez que ambos são caracterizados por ter medidas constantes e exatas de tempo. d) reconhecer apenas grandes eventos documentados oficialmente como um fato histórico. 9. (Uece 2017) Os marcos utilizados pela História que delimitam o início e o fim de períodos históricos reúnem características que determinaram rupturas significativas em relação a uma fase precedente. Estabeleça a correspondência entre os períodos históricos e os acontecimentos que os caracterizam, numerando a Coluna II de acordo com a Coluna I. Coluna I Coluna II 1.História Contemporânea ( )Invenção da escrita 2. História Moderna ( ) Descoberta da América 3. História Medieval ( ) Revolução Industrial 4. História Antiga ( )Fim do Império Romano do Ocidente 5. Pré-História ( ) Revolução urbana A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 5, 3, 2, 1, 4. b) 4, 2, 1, 3, 5. c) 2, 4, 3, 1, 5. d) 3, 2, 4, 5, 1. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 3 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 4/26 Lista de Exercícios : História | Introdução 10. (Upe-ssa 2 2016) A criação e o enraizamento de mitos políticos, como é o caso de Tiradentes, devem ser entendidos na concretude das experiências e das referências sociais que “naturalizaram” a sua aceitação, permitindo sua circulação, seu reconhecimento e facilitando sua apropriação pela população. FONSECA, Thais Nívia de Lima. A Inconfidência Mineira e Tiradentes vistos pela imprensa. A vitalização dos mitos (1930-1960). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 22, nº 44, pp. 439-462, 2002. (Adaptado) As representações da imagem de Tiradentes, considerando-se as informações obtidas no texto, estão ligadas na história brasileira a) à criação do império. b) à liberdade e ao patriotismo. c) ao movimento pós-colonial. d) à defesa do regime colonial. e) ao republicanismo e ao escravismo. 11. (Enem 2ª aplicação 2016) A história não corresponde exatamente ao que foi realmente conservado na memória popular, mas àquilo que foi selecionado, escrito, descrito, popularizado e institucionalizado por quem estava encarregado de fazê-lo. Os historiadores, sejam quais forem seus objetivos, estão envolvidos nesse processo, uma vez que eles contribuem, conscientemente ou não, para a criação, demolição e reestruturação de imagens do passado que pertencem não só ao mundo da investigação especializada, mas também à esfera pública na qual o homem atua como ser político. HOBSBAWN, E.; RANGER, T. A Invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984 (adaptado). Uma vez que a neutralidade é inalcançável na atividade mencionada, é tarefa do profissional envolvido a) criticar as ideias dominantes. b) respeitar os interesses sociais. c) defender os direitos das minorias. d) explicitar as escolhas realizadas. e) satisfazer os financiadores de pesquisas. 12. (Uece 2016) Leia atentamente o seguinte excerto: “Se o homem comum não conhece as suas origens ele é como um macaco louco. Ele não conhece ao certo as relações de sua grande família, é como um dragão descomunal. Ele que não conhece as circunstâncias e o curso das ações de seu nobre pai e avô é como um homem que, tendo preparado a dor para seus filhos, joga-os neste mundo”. MOMIGLIANO, A. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: EDUSC, 2004, p.55 Do trecho acima, depreendem-se algumas características da escrita da História, quais sejam: a) conservação da memória do passado, quadro cronológico e interpretação dos acontecimentos. b) conhecimento da natureza, origem das espécies animais e lembrança ancestral. c) dialética socrática, valores teóricos e morais e busca pela verdade intrínseca da origem humana. d) atitude crítica em relação ao registro dos acontecimentos, desinteresse pelo passado e árvore genealógica. 13. (Upe-ssa 1 2016) A Europa é uma criação feita diante do outro. Suas fronteiras são culturais e se opõem em três ao que não é Europa: a Ásia, os Árabes, que assediam a Europa, primeira frente antieuropeia; o ‘leste’ sempre indefinido; e finalmente o Oceano”. FEBVRE, Lucien. A Europa – gênese de uma civilização. Bauru: Edusc, 2004, p. 118-121. (Adaptado) Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 4 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 5/26 Lista de Exercícios : História | Introdução O trecho acima representa certa historiografia europeia, que se caracteriza pelo a) Multiculturalismo – valoriza as contribuições das diversas populações na criação da civilização europeia. b) Orientalismo – entende o Oriente como uma criação pacífica e igualitária do Ocidente. c) Eurocentrismo – entende a Europa como centro da civilização, ameaçada pela barbárie e obrigada a expandir os limites da Humanidade. d) Humanismo – percebe uma mesma essência em todas as manifestações do gênio humano, disfarçada por elementos culturais diversos. e) Materialismo Histórico – privilegia os elementos econômicos sobre os culturais e políticos. 14. (Udesc 2015) “A incompreensão do presente nasce fatalmente da ignorância do passado. Mas talvez não seja menos vão esgotar- se em compreender o passado se nada se sabe do presente.” Marc Bloch. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 65. Assinale a alternativa que contém a definição de história mais coerente com a citação do historiador Marc Bloch. a) A História é a ciência que resgata o passado para explicar o presente e fazer previsões sobre o futuro. b) A História é uma ciência que visa promover o entretenimento dos expectadores do presente e um conhecimento inútil sobre o passado. c) A História é, tal como a literatura, uma narrativa sobre o passado determinada pela imaginação do historiador. d) A História é a ciência que se refugia no passado para não compreender as questões do presente. e) A História é uma ciência que formula questões sobre o passado a partir de inquietações e experiências vividas no presente. 15. (Ueg 2015) Salve duque glorioso e sagrado Ó Caxias invicto e gentil! Salve, flor de estadista e soldado! Salve herói militar do Brasil! Refrão do Hino a Caxias. In: BITTENCOURT, Circe (Org.). Dicionário de datas da História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2007. p. 194. A exaltação da figura do Duque de Caxias por setores do Exército Brasileiro contrasta com a a) indiferença do governo republicano que não concedeu ao militar nenhuma homenagem no calendário cívico nacional. b)desconstrução de seu papel heroico por uma historiografia crítica que valoriza as massas em detrimento dos grandes líderes. c) denúncia formal de crimes de guerra e de genocídios cometidos por Caxias durante a campanha da Guerra do Paraguai. d) valorização de sua figura na cultura popular que transformou seu nome em sinônimo de seriedade e patriotismo. 16. (Uern 2015) Leia os textos. Tão objetiva é a História para os positivistas que um de seus maiores ensinamentos é a busca incessante de fatos históricos e sua comprovação empírica. Daí a necessidade, como pregavam, de se utilizar na pesquisa e análise o máximo de documentos possíveis. (Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html .) A nova história não estuda épocas. [...] Aqui reside o conceito de “História de Longa Duração”. Segundo Braudel, a história situa-se em três escalões: a superfície, uma história dos acontecimentos que se insere no tempo curto; a meia encosta, uma história conjuntural, que segue Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 5 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 6/26 Lista de Exercícios : História | Introdução um ritmo mais lento; e, em profundidade, uma história de longa duração, que põe em causa os séculos. (Disponível em: http://www.klepsidra.net/klepsidra7/annales.html .) Os textos expõem duas concepções historiográficas: Positivista e da Nova História, ou Escola dos Annales. Ao analisá-los, é possível inferir que a) ambos concordam que a história é um verdadeiro exercício de erudição, acima de qualquer ciência e dos progressos da humanidade. b) para os positivistas, a história é uma ciência secundária, embora consiga obter a totalidade sobre todos os fatos não deixando dúvidas no que se refere à sua veracidade. c) os historiadores tradicionais pensam na história como essencialmente uma narrativa dos acontecimentos, enquanto a Nova História está mais preocupada com a análise das estruturas. d) a busca dos fatos, segundo os representantes dos Annales, é feita pela observação minuciosa dos textos e documentos oficiais, da mesma maneira que o químico, ou outro cientista, o faz. 17. (Uern 2015) É impossível compreender seu tempo para quem ignora todo o passado. Ser uma pessoa contemporânea e também ter consciência das heranças, consentidas ou contestadas. (René Remond. in Bittencourt, C. Ensino da História. Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez. 2004. p. 155.) A história tem um caráter instrumental para a compreensão das experiências sociais, culturais, tecnológicas, políticas e econômicas da humanidade ao longo do tempo. Sobre o papel da história na formação da cidadania, assinale a alternativa correta. a) O ensino da história não apenas contribui para o desenvolvimento da consciência, mas dá suporte à construção da própria identidade do indivíduo. b) No decorrer dos períodos históricos, a fundamentação teórica que incita a obediência às leis foi a principal contribuição da história na formação cidadã. c) A história, em uma visão contemporânea, passou a ter como prioridade o estudo do presente, dando ao passado um caráter arcaico e antiquado, dispensável à pesquisa histórica. d) A história como ciência básica e fundamentalmente teórica incide de forma relativa e tênue nas atividades práticas da vida humana, tendo, portanto, neutralidade em relação à política. 18. (Ucs 2015) Por muito tempo, os historiadores acreditaram que deveriam e poderiam reproduzir os fatos “tal como tinham ocorrido”. Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, é correto afirmar que a) os historiadores, ao privilegiarem a realidade dos fatos, esperavam produzir um conhecimento científico que analisasse os processos e seus significados, abrindo espaço para a subjetividade humana em suas análises. b) era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade absoluta, como forma de expressar a neutralidade do historiador. c) era uma história temática, na medida em que acreditava que tudo o que o homem fazia e, até mesmo o que ele não fazia, poderia ser considerado fato histórico. d) os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas ordinárias. e) o fundamental era compreender o funcionamento econômico da sociedade, que é o Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 6 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 7/26 Lista de Exercícios : História | Introdução determinante de tudo e garante a neutralidade do historiador. 19. (Uel 2015) Leia o texto a seguir. Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memória; portanto receio, inexatamente): “Em todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época. A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca. Adaptado de: BLOCH, M. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. p.56. Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a escola historiográfica que se posiciona sobre esse tema e a tese correspondente. a) Escola Metódica – compreende a origem como o princípio dos estudos históricos. b) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica. c) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens. d) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo. e) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas. 20. (Udesc 2015) “A descoberta avivou o espírito do passado. D. Paula forcejou por sacudir fora essas memórias importunas; elas, porém, voltavam, ou de manso ou de assalto, como raparigas que eram, cantando, rindo, fazendo o diabo. D. Paula tornou aos seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar a toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara da sobrinha como sendo a mais graciosa coisa do mundo, e aos teatros, e às cartas, e vagamente, aos beijos; mas tudo isso – e esta é a situação – tudo isso era como as frias crônicas, esqueleto da história, sem a alma da história.” ASSIS, Machado de. D. Paula. Várias histórias. 3. Ed. São Paulo: Martins Claret, 2013, p.128. Em relação à citação acima, assinale a alternativa correta. a) A memória de D. Paula era voluntária, pois ela se esforçava para lembrar-se dos bailes, teatros e amores do passado. Essa memória pode ser comparada à história produzida pelos historiadores. Nos dois casos os fatos do passado são resgatados para compor a alma da história. b) A alma da história necessita das crônicas – esqueleto da História – mas não pode ser confundida com esta. c) A memória de D. Paula era involuntária, chegava sem ser convidada, invadia sua mente e a transportava para os tempos de sua juventude; essa memória pode ser comparada à história, visto que o passado construído pelo historiador chega até ele de forma involuntária, como uma espécie de espírito ou alma dos tempos, e a função do historiador é tão somente acolher os fatos e registrá-los por escrito. d) A memória de D. Paula era voluntária, como as crônicas que sustentam o esqueleto da história, sendo, por isso, confundida com a alma da história. e) As cartas, os bailes, teatros e até beijos trocados no passado por D. Paula expressam o mais íntimo de sua alma; são fontes que comprovamo quanto foi feliz e amada no passado. Nesse sentido, são evidências que encarnam o espírito da história que ela vivenciou. 21. (Uern 2015) Leia os textos. Quinta-feira, 9 de abril de 1992. Dear Mimmy, Não estou indo à escola. Nenhuma escola de Sarajevo está funcionando. O perigo sobrevoa as colinas que nos cercam. Apesar disso, tenho a Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 7 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 8/26 Lista de Exercícios : História | Introdução sensação de que pouco a pouco a calma está voltando. Já não se ouvem as fortes explosões das granadas nem dos tiros. Só uma rajada de vez em quando, depois o silêncio volta bem rápido [...]. Zlata. (Disponível em: http://www.aridesa.com.br/servicos/click_profess or/claudia_alencar/resumos/genero_diario.pdf.) Umberto Eco é um intelectual que transita com rara habilidade por áreas do pensamento que não se bicam. Ele é um teórico respeitado no campo da semiótica e um literato de mão-cheia. Veja parte de sua entrevista à Revista Veja: Veja – Na sua opinião, que impacto a internet vai ter na cultura? Eco – Pela primeira vez, a humanidade dispõe de uma enorme quantidade de informação a um baixo custo. No passado essa informação era custosa, implicava comprar livros, explorar bibliotecas. Hoje, do centro da África, se você estiver conectado, poderá ter acesso a textos filosóficos em latim. É uma mudança e tanto. (Disponível em: http://veja.abril.com.br/especiais/digital4/entrevis ta.html.) Em relação aos textos apresentados (um diário e uma entrevista), e ao conceito de fonte histórica, é correto afirmar que a) o segundo texto não pode ser considerado fonte histórica adequada, pois não contém comprovação documental. b) ambos são considerados fontes históricas e podem servir como apoio e fundamentação para estudos históricos. c) o primeiro texto pode ser considerado uma fonte fidedigna da história, pois está registrado num documento escrito. d) nenhum representa fontes históricas, pois estão relacionados à cultura imaterial, referindo-se a relatos orais e pessoais. 22. (Uern 2015) Em um sítio dentro da área de proteção ambiental de Lagoa Santa/MG, onde foi encontrado, em 1975, o crânio de Luzia, a “primeira brasileira” – como ficou conhecida –, os arqueólogos e antropólogos estão desenterrando um tesouro pré-histórico. Os 35 esqueletos descobertos ali, desde 2001, revelam práticas da cultura mais antiga do país de, aproximadamente, 11 mil anos atrás. (Revista Planeta. Novembro de 2014. Ano 42 - Ed. 504, p. 36.) Sobre as relações que se estabelecem entre a antropologia, a arqueologia e a história, é correto afirmar que a) as pesquisas arqueológicas servem para identificar as características genéticas e biológicas de povos ancestrais, mas se limitam a esses aspectos. b) práticas funerárias e até outros hábitos do cotidiano de nossos antepassados podem ser descobertos através das pesquisas arqueológicas e antropológicas. c) os métodos utilizados pela arqueologia e antropologia atuais são tão minimalistas que não deixam dúvidas acerca dos hábitos e costumes dos povos primitivos. d) devido à fragilidade do material que normalmente é encontrado nas escavações (ossos e fósseis), não se pode utilizar tecnologias mais avançadas nessas pesquisas. 23. (Uece 2015) Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que a) não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 8 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 9/26 Lista de Exercícios : História | Introdução autoridade competente da época e do local do qual fazem parte. b) são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos, paleógrafos e paleontólogos. c) são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de imagens. d) são os mapas geográficos e históricos, e as linhas temporais, cronologias específicas dos calendários geomorfológicos. 24. (Upe 2014) A cultura material estudada pelo arqueólogo insere-se, sempre, em um contexto histórico muito preciso e, portanto, o conhecimento da história constitui aspecto inelutável da pesquisa arqueológica. Assim, só se pode compreender a cerâmica grega se conhecermos a história da sociedade grega, as diferenças entre as cidades antigas, as transformações por que passaram. (FUNARI, Pedro Paulo. Arqueologia. São Paulo: Contexto, 2003. p. 85.) Com base nas afirmações acima, assinale a alternativa CORRETA. a) A Arqueologia, diferentemente da História, concentra seus estudos na análise da cultura material, negligenciando fontes escritas e orais. b) A relação interdisciplinar entre a Arqueologia e a História é apresentada no texto como um fator essencial na análise da cultura material. c) Os estudos arqueológicos pouco retratam as sociedades pré-históricas tendo em vista a ausência de fontes não materiais sobre esses povos. d) A arqueologia não contribuiu para o estudo de regiões africanas como o Sudão e o Egito, tendo em vista a exclusividade da análise das tradições orais no estudo dessas sociedades. e) História e Arqueologia só constroem uma relação interdisciplinar nos estudos sobre a pré- história e a antiguidade, em que a análise da cultura material é o cerne das pesquisas. 25. (Uema 2014) É preciso advertir desde já que esse sistema quadripartite [dividido em quatro partes] de organização da história universal é um fato francês. Em outros países, o passado está organizado de modo diferente, em função de pontos de referência distintos. CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? Sobre a história e os historiadores. Trad. de Marcos A. da Silva. São Paulo: Ática, 1995, p. 93. O texto faz referência a um “sistema quadripartite”, ainda muito presente nos materiais didáticos de História do Ensino Básico no Brasil. Esse “sistema” divide a história em Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Sobre essa divisão, o autor observa que a a) conceituação de história universal é sempre francesa. b) divisão da história em períodos prejudica o seu estudo. c) periodização da história em alguns países é equivocada. d) sistematização da história não depende das referências do passado. e) organização da história como campo de estudo é uma construção cultural. 26. (Upe 2014) Existe em todo historiador, em toda pessoa apaixonada pelo arquivo uma espécie de culto narcísico do arquivo, uma captação especular da narração histórica pelo arquivo, e é preciso se violentar para não ceder a ele. Se tudo está arquivado, se tudo é vigiado, anotado, julgado, a história como criação não é mais possível: é então substituída pelo arquivo transformado em saber absoluto, espelho de si. Mas se nada está arquivado, se tudo está apagado ou destruído, a história tende para a fantasia ou o delírio, para a soberania delirante do eu, ou seja, para um arquivo reinventado que funciona como dogma. (ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006, p. 09.) Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 9 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 10/26 Lista de Exercícios : História | Introdução Refletindo sobre o historiador e sua relação com os arquivos,o texto nos mostra que a) todo conhecimento histórico se encerra dentro dos arquivos, e o historiador é um mero reprodutor de documentos oficiais. b) só por meio do arquivo, no século XXI, ele pode retratar o passado tal qual foi. c) essa relação é ambivalente, e, ao mesmo tempo em que ele necessita do arquivo para legitimar sua narrativa, deve ter o cuidado de não transformá-lo num saber absoluto. d) no seu trabalho, é melhor a ausência de arquivo que o excesso. e) todo conhecimento histórico é produzido sem necessidade dos arquivos. 27. (Uea 2014) As ciências, as técnicas, as instituições políticas, as ferramentas mentais, as civilizações apresentam ritmos próprios de vida e de crescimento. (BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a história, 1969. Adaptado.) No fragmento, o historiador Fernand Braudel critica a classificação da história em grandes períodos unificados e homogêneos, ao ressaltar que a) a mudança histórica é orientada pelas concepções que os homens têm da política, da sociedade e da economia. b) as sociedades humanas seguiram, a partir da Revolução Industrial, um mesmo modelo de transformação histórica. c) as artes, a cultura e a tecnologia modificam-se, diferentemente dos fatos políticos, de maneira muito semelhante. d) a existência social dos homens é múltipla e que os elementos que a compõem modificam-se de forma desigual no decorrer do tempo. e) a economia é a determinação mais poderosa na vida dos homens e que a história da humanidade é impulsionada pelas novidades técnicas. 28. (Uern 2013) Ao longo da história da humanidade, as pessoas têm produzido objetos com as mais variadas intenções: machados de pedra, roupas, utensílios domésticos, casas etc. Nas mãos do historiador, esses e outros registros, vistos como evidências históricas, são chamados de documentos ou fontes históricas. Sobre as fontes históricas, é correto afirmar que a) as fontes não documentais perderam muito de sua credibilidade após o advento da escrita, pois não são consideradas oficiais. b) só passam a ser consideradas fontes históricas aquelas com comprovação científica em laboratórios, no que diz respeito à datação e origem. c) o patrimônio imaterial de uma sociedade também e considerado como fonte histórica, uma vez que pode retratar a própria essência dessa cultura. d) os documentos oficiais, como inventários “post mortem”, testamentos e certidões, têm maior respaldo histórico, pois constituem conteúdo irrefutável. 29. (Upe 2013) A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele. BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 79. (Adaptado). Sobre as fontes históricas, com base no texto acima, assinale a alternativa CORRETA. a) O pensamento marxista aboliu a utilização de fontes escritas nas pesquisas históricas. b) A afirmação do texto sintetiza a nova perspectiva historiográfica sobre as fontes históricas. c) Os utensílios produzidos pelo homem se enquadram como registros arqueológicos e não como fontes para o historiador. d) Marc Bloch, no texto, defende a primazia das fontes escritas. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 10 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 11/26 Lista de Exercícios : História | Introdução e) A escola positivista foi a primeira a fazer uso da chamada história oral. 30. (Uem 2013) Considerando a cartografia e sua importância como recurso para os estudos históricos e geográficos, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Trata-se de uma prática muito antiga, pois, desde os primórdios da civilização, os grupos humanos registram percursos, delimitam territórios, assinalam vias de circulação e marcam sua passagem pelos lugares. 02) Os ingleses e os egípcios são considerados os pais da cartografia, sendo seus inventores. A cartografia contribuiu para a orientação dos navegadores ingleses nas viagens de descobrimento realizadas no século XII. 04) Por meio da cartografia, os povos antigos deixaram gravadas – em pedras, madeira, papiros ou argila – suas impressões sobre os espaços em que viviam e sobre as relações sociais de sua comunidade. 08) A Bíblia Cristã foi o primeiro documento escrito sobre pergaminhos com o uso dos recursos cartográficos. O original da Bíblia, escrito em aramaico, foi descoberto no século XI, no Egito, e se encontra exposto no Museu do Vaticano. 16) Para chegar aos atuais sistemas informatizados e baseados em sensores remotos orbitais de alta precisão, a cartografia passou pelos avanços da Grécia antiga, pelas conquistas dos povos árabes e chineses, além daquelas referentes ao período do Renascimento europeu e das grandes navegações marítimas. 31. (Uern 2013) O herói revela-se ao mundo por seus trabalhos fabulosos. Pratica atos de coragem, salva pessoas e, muitas vezes, sacrifica a própria vida por uma causa maior que ele mesmo (...). Em nossa sociedade, era comum construir determinadas memórias enaltecendo os heróis. Mas também e possível construí-la (a memória) destacando ações, lutas e conquistas coletivas, como lutas por direitos iguais, direito a terra, saúde... (Cabrini, Conceição. História temática: diversidade cultural e conflitos. Ensino Fundamental. 3ª Ed. Reform. São Paulo: Scipione, 2009. Coleção História Temática. Cap. Mito e memória histórica.) Acerca do significado de “sujeito histórico” e do seu papel real na construção da história, é correto afirmar que a) só se pode considerar o sujeito como de fato “sujeito histórico” caso sua ação gere mudanças efetivas e positivas para a construção de instituições sociais significativas ao estabelecimento da ordem social vigente. b) o sujeito histórico, visto na história, é diferente daquele descrito na historiografia, pois essa, como meio oficial de transmissão de cultura às gerações vindouras, seleciona apenas os fatos realmente relevantes e coletivos. c) o sujeito histórico, na verdade, representa cada ser humano em contextos históricos distintos com suas especificidades e características que, atuando em grupo ou isoladamente, produz ações para si e/ou para a coletividade. d) as novas tendências historiográficas lançam a ideia de que só é válido o estudo das massas, do cotidiano e das mentalidades, invalidando, portanto, o conceito e a necessidade da existência de um “sujeito histórico” específico. 32. (Ufpe 2013) Entre as diversas concepções que norteiam os estudos históricos, destaca-se a Nova História, a qual: ( ) compreende a História como a ciência que estuda os fatos ocorridos no passado humano, utilizando como suporte para a construção desse conhecimento apenas as fontes escritas. ( ) tem como foco de análise a evolução das sociedades humanas e as mudanças ocorridas através dos movimentos sociais, Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 11 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 12/26 Lista de Exercícios : História | Introdução utilizando como testemunhos principais os documentos manuscritos. ( ) corresponde a uma concepção surgida no século XIX, que acredita ser a História mestra da vida, constituindo-se uma ciência por possuir objetos e métodos próprios de análise. ( ) surgida no início do século XX, consiste no estudo da História como uma área do conhecimento humano de caráter multidisciplinar, que rompe com a “História narrativa”, postulandoa “História problema”. ( ) defende a ideia de que a realidade social é culturalmente constituída, compreendendo-a em suas múltiplas dimensões, utilizando-se de uma gama variada de fontes ou testemunhos históricos. 33. (Uern 2012) Leia o texto a seguir. O que e História? E quem garante que a História É a carroça abandonada Numa beira da estrada Ou numa estação inglória A História é um carro alegre Cheio de um povo contente Que atropela indiferente Todo aquele que a negue É um trem riscando trilhos Abrindo novos espaços Acenando muitos braços Balançando nossos filhos [...] (Canción por la unidad de Latino América. Pablo Milanes e Chico Buarque) Baseado no fragmento e na ação dos sujeitos históricos, analise. I. Os autores remetem a uma reflexão sobre o papel e a função da História na sociedade. II. A História é feita pelos sujeitos históricos que são indivíduos, grupos ou classes sociais participantes dos acontecimentos históricos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações cotidianas na luta por transformações ou permanências. III. Os autores, no fragmento, passam a ideia de uma História pronta e acabada, inerte à realidade. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, II, III b) I, II c) II, III d) III e) 34. (Unioeste 2012) Sobre a História, enquanto disciplina, é INCORRETO afirmar que a) construir a história é uma tarefa de investigação e o historiador a faz mediante o estudo desinteressado e neutro dos vestígios que documentam a atividade humana. b) o historiador formula as perguntas a serem feitas aos documentos selecionados e ele o faz com base em sua cultura e suas escolhas. c) muitos historiadores, até meados do século XX, privilegiavam o estudo do documento escrito e davam preferência aos documentos oficiais. d) os documentos escritos ainda são considerados fontes fundamentais para a compreensão dos fatos, mas, nas últimas décadas, a noção de documento se ampliou. e) o estudo das fontes e a crítica dos documentos são partes fundamentais do processo de investigação histórica. 35. (Ufg 2012) Analise a imagem e leia os artigos da Lei n. 4897 a seguir. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 12 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 13/26 Lista de Exercícios : História | Introdução Art. 1º Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, é declarado patrono cívico da Nação Brasileira. Art. 2º As Forças Armadas, os estabelecimentos de ensino, as repartições públicas e de economia mista homenagearão a excelsa memória desse patrono, nela inaugurando, com festividades, no próximo dia 21 de abril, efeméride comemorativa de seu holocausto, a efígie do glorioso republicano. LEI Nº 4.897, de 9 de dezembro de 1965. Declara Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Patrono da Nação Brasileira. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/ fed/lei/1960-1969/lei-4897-9-dezembro-1965- 368995-publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 27 ago. 2011. As sucessivas representações sobre Tiradentes exemplificam o fenômeno de apropriação do passado, tal como se observa na pintura, elaborada no início da República, e na lei, promulgada durante o regime militar. Essas apropriações, em suas épocas, objetivavam a) referendar o caráter religioso da Inconfidência. b) unir a sociedade contra os ideais estrangeiros. c) justificar a ação inconfidente contra o governo. d) enfatizar o sacrifício individual em prol da nação. e) destacar o caráter violento da história nacional. 36. (Uespi 2012) A Igreja Católica centralizou ações políticas e não se descuidou de aumentar seu poderio econômico na Idade Média. Teve, também, presença na formulação do pensamento e na construção da cultura da época. Um dos pensadores mais expressivos foi Santo Agostinho, que: a) era favorável ao fim das crenças baseadas apenas na fé, procurando seguir os princípios das concepções de mundo de Platão. b) escreveu As Confissões, obra de valor para o catolicismo, responsável pela defesa da razão e da igualdade social entre os seus adeptos. c) construiu reflexões que influenciaram Calvino e Lutero na efetivação da reforma protestante nos tempos modernos. d) compartilhou com as teorias de Tomás de Aquino, todas voltadas para defesa da fé absoluta no poder de Deus. e) criticou os excessos cometidos pelos papas da época, exigiu maior liberdade religiosa e o fim das crenças politeístas. 37. (Ulbra 2012) Leia o texto abaixo: As imagens, a Internet, a televisão, os MPs, o telefone e tudo o mais que permite ao sujeito articular com os mundos mexeu, descaradamente, com o tempo pluralizando-o e transformando-o em bites. As viagens podem ser ao passado, ao futuro e, quando interessante, a um presente que pode ser lento ou perene, entre outras coisas. As reprises de seriados e novelas sobrepõem tempos acavalando o passado e o presente. Em tempos de rádio-novela ou mesmo nos primórdios da televisão, as tramas duravam até dois anos, como foi o caso da novela de rádio “O direito de nascer”. Hoje, em tempos pós-modernos, não conseguimos lembrar ao certo quais novelas ocorreram no ano em que estamos. Os seriados de televisão podem provocar vivências em ritmo lento ou podem em Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 13 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 14/26 Lista de Exercícios : História | Introdução pouco tempo transitar por uma infinidade de informações ou, ainda, vender a ideia de uma vida em tempo real na TV. Os programas de auditório, principalmente em sábados e domingos, sobrepõem cenários, atores e enredos; os filmes para cinema são consumidos em casa pela via do DVD e feitos em série ou etapas que confundem a ordem das estórias. Todas essas novidades do mundo em que vivemos colocam o sujeito em um mix de tempo e espaço ao alcance das mãos. Roberto dos Santos. Pós-modernidade, história e representação: cultura negra e identidade. Mouseion, v. 3, n. 5, p. 68-82, Jan.-Jul./2009. Disponível em http://www.unilasalle.edu.br/museu/mouseion/po s_modernidade_cultura_negra.pdf Qual alternativa abaixo está em consonância com a ideia de tempo histórico apresentado pelo texto? a) A análise histórica precisa levar em consideração que o tempo e as informações são relativizadas pelos sujeitos. b) A História é uma ciência estática que mantém as mesmas ideias desde a sua criação. c) O tempo histórico somente pode ser medido pela sequência de datas e fatos heroicos. d) O passado define os caminhos da História, de tal forma que o presente não atua na construção do conhecimento histórico. e) As informações apresentadas pelos meios de comunicação devem ser utilizadas, sem questionamento, para a construção da Ciência Histórica. 38. (Uern 2012) Leia. As diferentes percepções do tempo Percepção I “Quando olhamos as horas no relógio e programamos os nossos compromissos, temos uma vivência bastante comum do tempo cronológico.” (Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.12) Percepção II “O tempo é muito mais do que as horas marcadas por um relógio, ou os dias de um calendário, ou os anos de um século, é também tradição, mentalidade e ritmo.” (Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. Volume Único. Ensino Médio. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva 2005, p.13) De acordo com as percepções depreende-se que a) ambas tratam de noções do tempo cronológico. b) ambas tratam de noções do tempo histórico. c) a percepção I trata do tempo histórico e a percepção II do tempo cronológico. d) a percepçãoI trata do tempo cronológico e a percepção II do tempo histórico. e) 39. (Ucs 2012) O estudo e a escrita da História são realizados com base em pesquisas documentais e interpretações de fatos históricos. Como não é possível reconstruir o passado tal como aconteceu, os historiadores utilizam fontes, que podem ser interpretadas de maneiras diferentes, e, por isso, existe uma grande diversidade de produções historiográficas a respeito de um mesmo tema. No decorrer do tempo, o conceito, o uso e o critério de seleção das fontes históricas mudou. Atualmente, é correto afirmar que a) toda fonte histórica é necessariamente escrita, as demais são consideradas fontes pré- históricas. b) o historiador deve priorizar as fontes com notória imparcialidade, tais como jornais e revistas, que retratam o dia a dia de uma cidade, um estado ou mesmo um país, da forma mais fiel possível. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 14 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 15/26 Lista de Exercícios : História | Introdução c) filmes, obras literárias, histórias em quadrinho e pinturas não podem ser consideradas fontes históricas, pois não têm compromisso com a verdade. d) as diversas manifestações artísticas, como escultura, pintura ou uma canção, podem ser consideradas fontes históricas, na medida em que retratam o espírito de um tempo. e) o documento escrito, de preferência o oficial, imprime um caráter de seriedade ao trabalho do historiador, evitando que ele trabalhe com mentiras e falsificações. 40. (Upe 2011) A História é uma área do conhecimento, que sofreu várias inovações metodológicas no século XX. Essas inovações provocaram mudanças que estão ligadas à eclosão da Escola dos Annales. Nessa perspectiva, é correto afirmar que a) a Escola dos Annales reafirmou os postulados positivistas, reforçando uma história política como a única perspectiva de análise da sociedade. b) a produção cultural humana assim como as mentalidades, o imaginário, o cotidiano e a cultura popular foram vistos como novos interesses de estudo dos historiadores. c) a análise econômica desaparece da pauta de temáticas estudadas pela História após o advento dos Annales. d) a única preocupação dos historiadores influenciados pelo pensamento dos Annales se refere à cultura. e) não existem ainda hoje ecos do pensamento dos Annales nos estudos sobre a história do Brasil. 41. (Unesp 2011) Um autor do século VI assim descreveu o rei Átila, que, comandando os hunos, chegou às portas de Roma: Homem vindo ao mundo em um entrechoque de raças, terror de todos os países, não sei como ele semeava tanto pavor, a não ser pela ligação que se fazia de sua pessoa com um sentimento de terror. Tinha um porte altivo e um olhar singularmente móvel, se bem que cada um de seus movimentos traduzisse o orgulho de seu poder. (...) sua pequena-estatura, seu peito largo, sua cabeça grande, seus olhos minúsculos, sua barba rala, sua cabeleira eriçada, seu nariz muito curto, sua tez escura, eram sinais de suas origens. (Jordanes. Getica XXXV (c. 551), citado por Jaime Pinsky (org.). O modo de produção feudal, 1982.) Ao representar Átila, que imagem dos bárbaros o autor transmite? 42. (Ufsm 2011) Leia os textos: Texto I "A intensa radiação solar na região equatorial é responsável direta pelas altas taxas de evaporação da água de sua superfície, levando à formação de massas de ar quente e úmido que condicionam os altos índices pluviométricos observados. Assim, elevadas temperaturas, intensa radiação solar e muita chuva caracterizam o clima das regiões tropicais e nos fazem entender as luxuriantes formações florestais e as riquezas dos recifes de corais típicos dessas latitudes. Esses fatores reunidos explicam, ainda, a elevada produtividade associada aos referidos ecossistemas." UZUNIAN & BIRNER. Biologia. São Paulo: Harbra, 2007. p.820. Texto II "É seguramente fácil encontrar casos de correlação íntima entre um fato geográfico e um fato social. A contiguidade* de duas regiões, planície e montanha, onde a ordem dos trabalhos não é a mesma e onde as colheitas amadurecem em datas diferentes, torna disponíveis os trabalhadores que alugarão periodicamente seus braços. A presença de uma grande cidade faz nascer à sua porta cultivos especiais, associados a hábitos igualmente especiais, como o dos Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 15 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 16/26 Lista de Exercícios : História | Introdução horticultores. A ocorrência bem localizada de um produto de primeira necessidade pode engendrar consequências sociais e políticas." VIDAL DE LA BLANCHE, Paul. As condições geográficas dos fatos sociais. http://www4.fct.unesp.br/raul/ saude_ambiental/ condicoes_geograficas_faros_sociais.pdf *contiguidade = proximidade, vizinhança. O desenvolvimento das ciências neste século XXI oferece uma variedade de explicações sobre os processos que envolvem as relações entre os seres humanos e os ecossistemas. A História, ciência social, na medida em que estabelece o diálogo e o debate com os demais campos do conhecimento científico, pode confrontar explicações e buscar novas e mais abrangentes formas de entender o conjunto dos processos que envolveram as ações humanas ao longo do tempo e nos diversos espaços. Como se pode perceber, através das informações da Biologia e da Geografia nos textos apresentados, essa abertura é possível e necessária, porque a História é uma ciência cada vez mais a) pragmática. b) experimental. c) teórica. d) interdisciplinar. e) factual. 43. (Ufba 2010) Vivemos num mundo muito diferente daquele em que nossos bisavós viveram. De lá para cá, as mudanças foram muitas. Hoje, por meio do fax, pode-se enviar uma carta ao Japão em menos de um minuto. Com um telefone celular, pode-se conversar com alguém que esteja sentado no banco de uma praça. Pela Internet, pode-se visitar o Louvre — um museu francês que contém obras de artistas de diferentes épocas e de várias partes do mundo — sem sair de casa. Hoje é possível também viajar em trens e aviões muito mais velozes do que os que nossos bisavós conheceram. Se compararmos o modo de se vestir e de se enfeitar do tempo dos nossos bisavós com o atual, veremos que aí também houve mudanças acentuadas. [...] Para muitas pessoas, a História lembra apenas velharia, túmulos de reis, cidades em ruínas, papéis roídos por ratos. Lembra um passado frio, distante, morto. Mas a ideia que temos de História é outra. Acreditamos que faz sentido estudar o passado porque ele nos ajuda a compreender o presente. (BOULOS JÚNIOR, 2004, p. 8-9). Com base no texto, indique dois componentes indispensáveis à construção do conhecimento histórico. 44. (Enem 2ª aplicação 2010) De fato, que alternativa restava aos portugueses, ao se verem diante de uma mata virgem e necessitando de terra para cultivo, a não ser derrubar a mata e atear-lhe fogo? Seria, pois, injusto dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus descendentes, e com razão, por continuarem a queimar as florestas quando há agora, no início do século XIX, tanta terra limpa e pronta para o cultivo à sua disposição. SAINT-HILAIRE Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847]. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP,1975 (adaptado). No texto, há informações sobre a prática da queimada em diferentes períodos da história do Brasil. Segundo a análise apresentada, os portugueses a) evitaram emitir juízo de valor sobre a prática da queimada.b) consideraram que a queimada era necessária em certas circunstâncias. c) concordaram quanto à queimada ter sido uma prática agrícola insuficiente. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 16 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 17/26 Lista de Exercícios : História | Introdução d) entenderam que a queimada era uma prática necessária no início do séc. XIX. e) relacionaram a queimada ao descaso dos agricultores da época com a terra. 45. (Ufg 2010) Leia o texto a seguir. Origens do regime feudal, diz-se. Onde buscá-las? Alguns responderam em “Roma”. Outros “na Germânia”. As razões dessas miragens são evidentes […]. Das duas partes, sobretudo, eram empregadas palavras – tais como “benefício” (beneficium) para os latinos, “feudo” para os germanos – das quais essas gerações persistiram em se servir, ainda que lhes conferindo, sem se dar conta, um conteúdo quase inteiramente novo. Pois, para o grande desespero dos historiadores, os homens não têm o hábito, a cada vez que mudam o costume, de mudar de vocabulário. BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar. p. 58. (Adaptado). Neste fragmento, Marc Bloch discute de que forma os historiadores lidam com a questão das origens, indicando que a a) origem dos fenômenos históricos deve ser buscada no encadeamento dos acontecimentos, o que confere à História um sentido de continuidade. b) origem é o ponto de partida da mudança que demarca a ruptura com as formas históricas precedentes. c) ideia de origem desconsidera a cronologia, ferramenta metodológica que concede sentido à explicação histórica. d) busca da origem dos fenômenos históricos encobre a relação entre as forças de conservação e de mudança que compõem a vida social. e) origem dos fenômenos históricos pode ser encontrada na permanência dos costumes e do uso do vocabulário. 46. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Em que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010. Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória. b) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo. c) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram. d) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo. e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 17 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 18/26 Lista de Exercícios : História | Introdução 47. (Unesp 2010) A Ilíada, de Homero, data do século VIII a.C. e narra o último ano da Guerra de Troia, que teria oposto gregos e troianos alguns séculos antes. Não se sabe, no entanto, se esta guerra de fato ocorreu ou mesmo se Homero existiu. Diante disso, o procedimento usual dos estudiosos tem sido: a) desconsiderar os relatos atribuídos a Homero, pois não temos certeza de sua procedência, nem se eles nos contam a verdade sobre o passado grego. b) identificar na obra, apesar das dúvidas, características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens. c) desconfiar de Homero, pois ele era grego e assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da completa neutralidade que todo relato histórico deve ter. d) acreditar que a Guerra de Troia realmente aconteceu, pois Homero não poderia ter imaginado tantos detalhes e personagens tão complexos como os que aparecem no poema. e) descartar o uso da obra como fonte histórica, pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a Ilíada é um relato literário e não foi escrita com rigor e precisão científica. 48. (Udesc 2009) Algumas análises observam que, durante um longo tempo, as populações indígenas e afrodescendentes foram invisibilizadas na escrita da História de Santa Catarina. Comente a exclusão ou o ocultamento dessas populações na escrita da História. 49. (Enem 2009) Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social ¯ o oposto da interligação com objetivos internos ¯ trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico, não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro. Sequências brasileiras. São Paulo: Cia. das Letras,1999 (adaptado). Acerca das expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é: a) Brasil, um país que vai pra frente. b) Brasil, a eterna esperança. c) Brasil, glória no passado, grandeza no presente. d) Brasil, terra bela, pátria grande. e) Brasil, gigante pela própria natureza. 50. (Udesc 2009) "A Proclamação da República, seja pelo que ela oferece como momento de ruptura institucional, seja pela complexidade do quadro de transição em que se deu, ou ainda pelo imprevisível de seu desfecho, tem sido um dos temas mais revisitados pela historiografia, isto é, pelos historiadores que trabalham a História do Brasil. Rastrear estas várias visões sobre o 15 de novembro de 1889 permite quase sistematizar o pensamento historiográfico no Brasil, pois respeitados estudiosos de nossa ciência histórica não têm resistido ao seu fascínio, ou melhor dizendo, ao seu desafio." (MARTINS, Ana Luiza. "Despertar da República". São Paulo: Editora Contexto, 2001, p.14) Disserte sobre uma das visões fornecidas pela História que explique as circunstâncias que resultaram na queda do regime monárquico e na Proclamação da República no Brasil. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 18 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 19/26 Lista de Exercícios : História | Introdução 51. (Enem cancelado 2009) Para uns, a Idade Média foi uma época de trevas, pestes, fome, guerras sanguinárias, superstições, crueldade. Para outros, uma época de bons cavaleiros, damas corteses, fadas, guerras honradas, torneios, grandes ideais. Ou seja, uma Idade Média “má” e uma Idade Média “boa”.Tal disparidade de apreciações com relação a esse período da História se deve a) ao Renascimento, que começou a valorizar a comprovação documental do passado, formando acervos documentais que mostram tanto a realidade “boa” quanto a “má”. b) à tradição iluminista, que usou a Idade Média como contraponto a seus valores racionalistas, e ao Romantismo, que pretendia ressaltar as “boas” origens das nações. c) à indústria de videojogos e cinema, que encontrou uma fonte de inspiração nessa mistura de fantasia e realidade, construindo uma visão falseada do real. d) ao Positivismo, que realçou os aspectos positivos da Idade Média, e ao marxismo, que denunciou o lado negativo do modo de produção feudal. e) à religião, que com sua visão dualista e maniqueísta do mundo, alimentou tais interpretações sobre a Idade Média. Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 19 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 20/26 Lista de Exercícios : História | Introdução Gabarito Resposta da questão 1: [C] Somente a alternativa [C] está correta. Grandes fatos históricos que ocorreram no século XV podem marcar o início da Idade Moderna, entre eles, a Queda de Constantinopla, a invenção da imprensa e o descobrimento da América em 1492. Resposta da questão 2: F – V – V – V – F. 1ª afirmativa: Falsa, porque a Idade Moderna não produziu menos fontes escritas do que a Idade Média. Aliás, a produção escrita era mais facilitada na Modernidade; 5ª afirmativa: Falsa, porque a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão não propôs o igualitarismo no plano econômico, apesar de exigir o fim das estruturas feudais na França. Resposta da questão 3: 01 + 02 + 04 + 08 = 15. Há diversas formas de compreender a temporalidade. Enquanto o tempo cronológico tem como referência as horas, dias, meses, anos etc., o tempo histórico leva em consideração as dimensões sociais, culturais, econômicas, políticas, religiosas. No tempo histórico observamos permanências e rupturas em relação à política, economia, religião. Os historiadores dividiram o processo histórico em “Idades”, tais como: Antiga, Média, Moderna e Contemporânea levando em consideração a história da Europa no âmbito da política. Resposta da questão 4: [A] Todos os elementos citados constituem fontes históricas. Fonte Histórica é todo elemento capaz de apresentar algum indício de um tempo passado. Resposta da questão 5: [B] Somente a alternativa [B] está correta. Tributária da Escola dos Analles, a Nova História ampliou a noção de documento e novos sujeitos históricos tornaram-se objetos de pesquisa, tais como, a bruxaria, as mulheres, as festas, a morte, etc. Os imperadores e os generais romanos já eram estudados pela historiografia tradicional. Resposta da questão 6: [D] Somente a alternativa [D] está correta. [I] Falsa. A História não privilegia o estudo das experiências coletivas de grupos humanos, pois também estuda a vida de indivíduos comuns, não estando, portanto, excluídos de sua análise. [II] Falsa. A História se utiliza também da memória oral de indivíduos e coletividades, registrando as culturas e formas de compreensão do mundo, tornando, assim, o conhecimento histórico sobre as diversas experiências mais completo e plural. [III] Falsa. Os personagens históricos com suas obras expressam por meio delas suas ideias; dessa forma, são constantemente relembrados por essas contribuições, que continuam influenciando nossas sociedades. [IV] Verdadeira. Quando a memória, por meio de depoimentos orais, fica registrada em documentos, como gravações, por exemplo, interage com a história porque produz novas possibilidades de compreensão dos acontecimentos. [V] Verdadeira. Um determinado fato histórico se expressa em diversos documentos (pinturas, fotografias, diários, leis), e as atividades de interpretação sobre esses materiais podem mudar e aprimorar a compreensão sobre o teor do referido fato. Resposta da questão 7: [E] As afirmativas [I] e III] estão incorretas porque a linha do tempo foi feita à posteriori dos principais acontecimentos que ela descreve, já no século XX. Logo, não foi desenvolvida na Grécia Antiga. Além disso, os marcos referenciais da linha são europeus e, por isso, ela não foi desenvolvida pelo IHGB. Resposta da questão 8: [B] Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 20 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 21/26 Lista de Exercícios : História | Introdução Os conceitos de macro-história e micro- história são amplamente difundidos no “fazer” História enquanto ciência atualmente. Resposta da questão 9: [B] Os marcos transitórios da História, todos definidos a partir da ocidentalidade, são: a Pré- História, marcada pela Revolução Urbana (a partir do advento da agricultura), tem fim com a invenção da escrita, que inaugura a História Antiga. Depois dela, a História Medieval é encerrada com a queda do Império Romano do Ocidente e a fase seguinte – História Moderna – tem como marca as Grandes Navegações que levam ao achamento da América. Por fim, a História Contemporânea foi marcada pelas Revoluções Industriais. Resposta da questão 10: [B] Somente a proposição [B] está correta. A questão aponta para a apropriação da imagem de Tiradentes após a sua morte. Logo no início da Proclamação da República brasileira, em 1889, e dentro de uma perspectiva Positivista, Tiradentes tornou-se herói nacional, símbolo da República, afinal a jovem República precisava construir heróis para integrar a sociedade e unir passado e presente. A imagem de Tiradentes não foi esquecida na primeira metade do século XX, foi utilizada para reforçar a ideia de liberdade e patriotismo. Resposta da questão 11: [D] O processo de produção histórica é pessoal: cada historiador, ao analisar uma fonte, faz a ela as “perguntas” que acha conveniente para o objeto da sua pesquisa. Nesse sentido, cabe ao historiador deixar claro qual a intenção e o objetivo de suas escolhas de pesquisa. Resposta da questão 12: [A] O conhecimento das origens configura conservação da memória do passado; as circunstâncias e o curso das ações configuram quadro cronológico; e o conjunto dessas habilidades configura interpretação dos acontecimentos. Essas são as características da escrita da História presentes no texto. Resposta da questão 13: [C] O texto do historiador Lucien Febvre possui um caráter etnocêntrico através de um olhar europeu. É uma visão ocidental que deita raízes na Grécia antiga quando surgiu a ideia de “bárbaro”, ou seja, bárbaro é todo aquele que não possui a cultura grega. O Eurocentrismo tem o mesmo viés, de conceber a Europa como o centro da civilização. Vale dizer que esta postura etnocêntrica-eurocêntrica está ultrapassada. Resposta da questão 14: [E] Somente a proposição [E] está correta. A questão remete ao texto do historiador francês Marc Bloch que integrava o grupo dos Analles. A questão pode ser respondida a partir das alternativas incorretas. A História não visa fazer previsões sobre o futuro, não significa um conhecimento inútil sobre o passado, não é determinada pela imaginação do historiador e não se refugia no passado para não compreender o presente. Resposta da questão 15: [B] A questão remete ao importante personagem histórico Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, considerado o patrono do exército brasileiro. Porém sua biografia está vinculada a truculência contra as massas populares principalmente na revolta chamada Balaiada ocorrida no Maranhão,1838-1841, quando ajudou a derrotar os insurgentes a retomaram o poder da província. Uma historiografia mais crítica vinculada as massas populares desconstrói seu papel de herói construído pela historiografia oficial. Resposta da questão 16: [C] Existe uma diferença fundamental entre a escola Positivista e a Escola dos Annales: a primeira considera que o estudo histórico deve Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 21 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 22/26 Lista de Exercícios : História | Introdução basear-se no maior número de fontes para narrar um acontecimento e segunda pressupõe que o estudo histórico deve ser profundo, buscando analisar as estruturas que contribuíram para que um acontecimento superficial ocorresse. Resposta da questão 17: [A] O estudo da História, ao apresentar a gerações presentes os fatos, acontecimentos e modificações gerados pelas gerações passadas, desenvolve a consciência e a identidade dos indivíduos enquanto cidadãos. Resposta da questão 18: [B] A corrente historiográfica que praticava o contar a história tal como ela ocorreu buscava produzir uma história linear e cronológica, que levava em consideração os personagens principais e as datas, não levando em consideração as nuances por detrás dos fatos. Resposta da questão 19: [C] A Escola dos Analles surgiu em 1929 na França através de vários historiadores como March Bloch. A escola criticou o pensamento positivista que considerava fonte histórica apenas documentos escritos. Assim, o grupo dos analles ampliou a noção de documento histórico e começou a estudar novas temas como a história da morte, festas, bruxaria, história da mulher, da sexualidade, etc. A linguagem da narrativa histórica fugiu daquele rigor acadêmico e ganhou contornos literários. Na década de 1950, surgiu a História Nova herdeira dos analles. A escola dos analles considerava a narrativa Mitológica vinculada a busca das origens. Resposta da questão 20: [B] O texto do escritor brasileiro Machado de Assis defende que a História necessita das crônicas, porém não pode se confundir com a mesma. Este gênero literário é o esqueleto da História, ou seja, contribui muito com o trabalho do historiador na construção de sua narrativa histórica. Resposta da questão 21: [B] Fonte Histórica: tudo aquilo que, produzido pelo homem ou trazendo traços de sua interferência, pode nos proporcionar acesso à compreensão do passado humano. Referência da citação: www.escritadahistoria.blogspot.com.br A partir da definição apresentada acima, podemos concluir que os dois textos são fontes históricas e, logo, contribuem para o estudo histórico. Resposta da questão 22: [B] As pesquisas arqueológicas e antropológicas servem como ferramenta para ajudar a História a esclarecer os primórdios da Humanidade. Resposta da questão 23: [C] Somente a proposição [C] está correta. A questão remete a importância das fontes históricas enquanto documentos imprescindíveis para a narrativa histórica. A doutrina Positivista defendia que somente documentos escritos eram fontes históricas, isto significa que antes da escrita não havia História, era a Pré-História. Porém, esta concepção Positivista foi muita criticada pela Escola dos Analles que surgiu na França a partir de 1930 e que culminou na “Nova História”. Os historiadores dos Analles ampliaram a noção de documento histórico, são vários, como documento escrito, oral, pinturas, diferentes tipos de imagens, etc. Assim o termo Pré-História está ultrapassado. Resposta da questão 24: [B] A alternativa [B] está correta. A História enquanto ciência necessita de outras disciplinas para melhor compreensão do processo histórico. Neste sentido, a Economia, a Geografia, a Sociologia, a Filosofia, a Antropologia, Arqueologia, entre outras, são fundamentais para a compreensão do homem em sua totalidade. O trabalho do arqueólogo está sempre inserido em Todos direitos reservados - www.seliganessahistoria.com.br - Página 22 de 26 http://www.seliganessahistoria.com.br/ 23/26 Lista de Exercícios : História | Introdução um determinado contexto histórico. Só se compreende a arte cerâmica de uma civilização se conhecer a história desta mesma civilização. As demais proposições estão equivocadas. A arqueologia não negligencia as fontes escritas e orais. As escavações arqueológicas são fundamentais para a melhor compreensão da Pré- História. Sem dúvida a arqueologia contribuiu para o estudo do Egito. História e Arqueologia possuem uma relação interdisciplinar nos estudos sobre a Pré-História, a Antiguidade bem como outros períodos da História. Resposta da questão 25: [E] Jean Chesneaux em sua obra “Devemos fazer tábula rasa do passado?” elabora uma interessante reflexão sobre teoria da História e sobre a relação entre passado e presente. Mostra como o passado é narrado a luz do presente ao afirmar que “o controle do passado e da memória coletiva pelo aparelho ideológico de Estado dirige sua atenção para as fontes. Ora se mutila e se deforma, ora se faz silêncio completo” e que o passado está organizado de forma diferente em outros países. O sistema tripartite que divide a História em Antiga, Média, Moderna e contemporânea tem como referência somente a História da Europa. Queda de Roma em 476, queda de Constantinopla em 1453, Revolução Francesa em 1789. Assim, Chesneaux entende que a organização da História é uma construção cultural conforme aponta a alternativa [E]. Resposta da questão 26: [C] Somente a proposição [C] está correta. O texto é bem claro quanto à relação entre o arquivo e o historiador. É uma relação ambígua oscilando entre a necessidade do arquivo para a construção da narrativa, porém não pode se transformar em um saber absoluto. As demais alternativas estão em desacordo com o texto apresentado. Todo o conhecimento histórico não se esgota com o arquivo, faz se necessário o papel do historiador. É fundamental a presença do arquivo para o historiador. Resposta da questão 27: [D] Somente a alternativa [D] está correta. O grande historiador francês Fernand Braudel em sua obra “Escritos Sobre a História” fornece elementos importantes para a teoria da História ao trabalhar com a ideia da “longa duração”. Critica, por exemplo, o hábito dos historiadores de criar grandes períodos dentro da História e estudá-lo de forma unificada e homogênea. Este tipo de abordagem engessa e atrapalha o bom entendimento da História. A vida humana é múltipla e dinâmica modificando de forma desigual ao longo do tempo. Daí que Braudel afirma que “as ciências, as técnicas, as instituições políticas, as ferramentas mentais, as civilizações apresentam ritmos próprios de vida e de crescimento”. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 28: [C] A proposição [C] está correta. Os historiadores valorizam todos os registros históricos de uma civilização seja ele escrito ou não. O patrimônio imaterial de uma sociedade como expressões culturais, músicas, saberes, festas, danças, entre outros, são valorizados pelos historiadores como forma de expressão de uma determinada cultura. O Positivismo do século XIX valorizava apenas documentos escritos, daí o termo Pré-História, ou seja, onde não há escrita não há história. Porém a partir de 1950 com a Nova História tributária da Escola dos Analles ampliou- se a noção de documento valorizando outras fontes históricas não escritas. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 29: [B] Para o estudo da História,
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