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ANÁLISE DE ESTRUTURA TRELIÇADA Lucia Edyenne de Carvalho Souza 01235266 Engenharia Civil Analise o case a seguir: Em uma cidade isolada, o secretário de obras precisa construir uma ponte de emergência em um vão de 12 metros. Ele possui um estoque grande de barras de mesma seção transversal, e irá utilizá-las para fazer uma treliça de cada lado da ponte, como mostra a figura a seguir, apoiando a ponte nos dois nós superiores desses lados (indicado em cinza na figura), o que totalizará quatro nós que receberão o carregamento total, calculado em 60000 N. Um vereador da oposição disse que o projeto do secretário está errado, e que ele deveria usar barras menores, aumentando a quantidade de pontos para 6, propondo uma treliça como mostra a próxima figura. Para descobrir qual é a melhor treliça, eles propuseram um cálculo para o engenheiro responsável pela obra, multiplicando a maior força encontrada (em módulo) em uma barra de cada solução pelo comprimento total de barras utilizadas na treliça. O menor valor seria considerado o vencedor. A ideia é ter a melhor relação entre força máxima e quantidade de material utilizado. Para realizar os cálculos necessários conforme indicado na figura 1, precisamos realizar algumas operações matemáticas, e o método escolhido foi o método dos nós. O primeiro passo é encontrar as forças atuantes na treliça, onde a mesma deve estar em equilíbrio. Para isso chamaremos os pontos de apoio de Ra e Rb, e com relação ao carregamento da ponte de 60.000N (ou 60KN) aplicada nos 4 nós superiores das duas treliças paralelas, será dividida entre eles: 60𝐾𝑁 4 = 15𝐾𝑁, tendo assim, 15KN de carga atuante em cada nó superior. Encontrando o momento das forças em Ra; para sentido horário sinal negativo, e para sentido anti-horário sinal positivo. ΣMA = 0; ΣMA = −15 ∗ 6 − 15 ∗ 8 + Rb ∗ 24 = 0 ≫ Rb = 90 + 270 24 ≫ Rb = 15KN Somatório das forças em Y; ΣFy = 0; ΣFy = Ra − 15 − 15 + 15 = 0; Ra = 15 + 15 − 15; Ra = 15KN Cálculo dos nós Para este método é necessário encontrar o ângulo da treliça, logo tgα = Co Ca ≫ tgα = 3 6 ≫ tgα = 0,5 ≫ α = arctg0,5 ≫ α = 26,57 ≈ 27° • Nó 1 sen27° = Fy3 F3 ≫ Fy3 = sen27° ∗ F3 ≫ 𝐹𝑦3 = 0,45 ∗ 𝐹3 cos27° = Fx3 F3 ≫ Fx3 = cos27° ∗ F3 ≫ 𝐹𝑥3 = 0,89 ∗ 𝐹3 ΣFy = 0 ≫ Ra + Fy3 = 0 ≫ 15 + 0,45 ∗ F3 = 0 ≫ F3 = −15 0,45 ≫ 𝐹3 = −33,33𝐾𝑁 ΣFx = 0 ≫ 𝐹1 + 𝐹𝑥3 = 0 ≫ 𝐹1 + 0,89 ∗ 𝐹3 = 0 ≫ 𝐹1 + 0,89 ∗ (−33,33) = 0 ≫ 𝐹1 − 29,66 = 0 ≫ 𝐹1 = 29,66𝐾𝑁 • Nó 4 𝐹𝑦3 = 𝑠𝑒𝑛27° ∗ 𝐹3 ≫ 𝐹𝑦3 = −15,13𝐾𝑁 Fx3 = cos27° ∗ F3 ≫ Fx3 = −29,7KN 𝐹𝑦4 = 𝑠𝑒𝑛27° ∗ 𝐹4 ≫ 𝐹𝑦4 = 0,45 ∗ 𝐹4 𝐹𝑥4 = 𝑐𝑜𝑠27° ∗ 𝐹4 ≫ 𝐹𝑥4 = 0,89 ∗ 𝐹4 ΣFy = 0 ≫ −15 − (−15,13) − 0,45 ∗ F4 = 0 ≫ −0,45F4 = −0,13 ≫ F4 = 0,13 0,45 ≫ 𝐹4 = 0,29𝐾𝑁 ΣFx = 0 ≫ −Fx3 + Fx4 + F7 = 0 ≫ −(−29,7) + 0,89 ∗ 0,29 + F7 = 0 ≫ F7 = −29,96KN Por se tratar de uma treliça simétrica, podemos replicar os resultados encontrados das forças 1, 3 e 4, para as forças 2, 6 e 5, logo temos: F1 = 29,66 KN F2 = 29,66 KN F3 = -33,33 KN F4 = 0,29 KN F5 = 0,29 KN F6 = -33,33 KN F7 = -29,96 KN Para encontrar o comprimento das barras diagonais, utilizamos Pitágoras a2 = b2 + c2 ≫ a2 = 62 + 32 ≫ a = 6,71m ΣBarras = 12 + 12 + 6,71 + 6,71 + 6,71 + 6,71 + 12 = 62,84m Maior força encontrada (em módulo) = |33,33KN| Logo, 62,84m*33,3KN = 2.094,5 Para a proposta do vereador, temos: 60.000N (ou 60KN) aplicada nos 6 nós superiores das duas treliças paralelas, será dividida entre eles: 60𝐾𝑁 6 = 10𝐾𝑁, tendo assim, 10KN de carga atuante em cada nó superior. Encontrando o momento das forças em Ra; para sentido horário sinal negativo, e para sentido anti-horário sinal positivo. ΣMA = 0; ΣMA = −10 ∗ 4 − 10 ∗ 12 − 10 ∗ 20 + Rb ∗ 24 = 0 ≫ Rb = 40 + 120 + 200 24 ≫ Rb = 15KN Somatório das forças em Y; ΣFy = 0; ΣFy = Ra − 10 − 10 − 10 + 15 = 0; Ra = 30 − 15; Ra = 15KN Cálculo dos nós • Nó 1 Encontrando o ângulo da barra 4, temos: tgα = Co Ca ≫ tgα = 3 6 ≫ tgα = 0,5 ≫ α = arctg0,5 ≫ α = 26,57 ≈ 27° sen27° = Fy4 F4 ≫ Fy4 = sen27° ∗ F4 ≫ 𝐹𝑦4 = 0,45 ∗ 𝐹4 cos27° = Fx4 F4 ≫ Fx4 = cos27° ∗ F4 ≫ 𝐹𝑥4 = 0,89 ∗ 𝐹4 ΣFy = 0 ≫ Ra + Fy4 = 0 ≫ 15 + 0,45 ∗ F4 = 0 ≫ F4 = −15 0,45 ≫ 𝐹4 = −33,33𝐾𝑁 ΣFx = 0 ≫ 𝐹1 + 𝐹𝑥4 = 0 ≫ 𝐹1 + 0,89 ∗ 𝐹4 = 0 ≫ 𝐹1 + 0,89 ∗ (−33,33) = 0 ≫ 𝐹1 − 29,66 = 0 ≫ 𝐹1 = 29,66𝐾𝑁 • Nó 5 Encontrando o ângulo da barra 5, temos: tgα = Co Ca ≫ tgα = 3 2 ≫ tgα = 1,5 ≫ α = arctg1,5 ≫ α = 56,3 ≈ 56° 𝐹𝑦4 = 𝑠𝑒𝑛27° ∗ 𝐹4 ≫ 𝐹𝑦4 = −15,13𝐾𝑁 Fx4 = cos27° ∗ F4 ≫ Fx4 = −29,7KN 𝐹𝑦5 = 𝑠𝑒𝑛56° ∗ 𝐹5 ≫ 𝐹𝑦5 = 0,83 ∗ 𝐹5 𝐹𝑥5 = 𝑐𝑜𝑠56° ∗ 𝐹5 ≫ 𝐹𝑥5 = 0,56 ∗ 𝐹5 ΣFy = 0 ≫ −10 − (−15,13) − 0,83 ∗ F5 = 0 ≫ −0,83F5 = −5,13 ≫ F5 = 5,13 0,83 ≫ 𝐹5 = 6,18𝐾𝑁 ΣFx = 0 ≫ −Fx4 + Fx5 + F10 = 0 ≫ −(−29,7) + 0,56 ∗ 6,18 + F10 = 0 ≫ F10 = −33,16KN • Nó 2 Encontrando o ângulo da barra 6, temos: tgα = Co Ca ≫ tgα = 3 4 ≫ tgα = 0,75 ≫ α = arctg0,75 ≫ α = 36,86 ≈ 37° 𝐹𝑦5 = 𝑠𝑒𝑛56° ∗ 𝐹5 ≫ 𝐹𝑦5 = 5,12𝐾𝑁 Fx5 = cos56° ∗ F5 ≫ Fx5 = 3,46KN 𝐹𝑦6 = 𝑠𝑒𝑛37° ∗ 𝐹6 ≫ 𝐹𝑦6 = 0,6 ∗ 𝐹6 𝐹𝑥6 = 𝑐𝑜𝑠37° ∗ 𝐹6 ≫ 𝐹𝑥6 = 0,8 ∗ 𝐹6 ΣFy = 0 ≫ 5,12 + 0,6 ∗ F6 = 0 ≫ 0,6F6 = −5,12 ≫ F6 = − 5,12 0,6 ≫ 𝐹6 = −8,5𝐾𝑁 ΣFx = 0 ≫ −Fx5 − F1 + Fx6 + F2 = 0 ≫ −3,46 − 29,66 + 0,8 ∗ (−8,5) + F2 = 0 ≫ F2 = 39,92KN Por se tratar de uma treliça simétrica, podemos replicar os resultados encontrados das forças 1, 4, 5, 6 e 10, para as forças 3, 9, 8, 7 e 11, logo temos: F1 = 29,66 KN F2 = 39,92 KN F3 = 29,66 KN F4 = -33,33 KN F5 = 6,18 KN F6 = -8,5 KN F7 = -8,5 KN F8 = 6,18 KN F9 = -33,33 KN F10 = -33,16 KN F11 = -33,16 KN Para encontrar o comprimento das barras diagonais, utilizamos Pitágoras Barras 4 e 9 = a2 = b2 + c2 ≫ a2 = 62 + 32 ≫ a = 6,71m Barras 5 e 8 = a2 = b2 + c2 ≫ a2 = 22 + 32 ≫ a = 3,6m Barras 6 e 7 = a2 = b2 + c2 ≫ a2 = 42 + 32 ≫ a = 5m ΣBarras = 8 + 8 + 8 + 6,71 + 3,6 + 5 + 5 + 3,6 + 6,71 + 6 + 6 = 66,62m Maior força encontrada (em módulo) = |39,92KN| Logo, 66,62m*39,92KN = 2.659,5 Conclusão • Projeto idealizado pelo engenheiro 62,84 metros de barra * 33,3KN de maior força = 2.094,5 • Projeto idealizado pelo vereador 66,62 metros de barra * 39,92KN de maior força = 2.659,5 Levando em consideração que a melhor proposta seria a de menor valor encontrado entre as duas pontes, chegamos à conclusão que o projeto do engenheiro será o vencedor.
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