Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO FICHA TÉCNICA Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha, Eduardo Colonelli, Weliton Ricoy Torres Ano do projeto: 1998 Projeto original: Ramos de Azevedo (1896-1900) Local/Endereço: Praça da Luz, 2 – Luz, São Paulo – SP Área total: 10.815m² Outras intervenções: 1973,1993 (pintura) Perspectiva Pinacoteca + entorno. Fonte: disponível em <https://images.adsttc.com/media/images/5740/caf5/e58e/ce6e/c900/0066/slideshow/pmrpi_23.jpg?1463864 042>. Acesso em 21 de março de 2019 PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO LOCALIZAÇÃO Está localizada na cidade de São Paulo, no Bairro da Luz, na esquina da rua Praça da Luz com a Avenida Tiradentes. 1. Jardim da Luz; 2. Estação Júlio Prestes; 3. Edifício utilizado pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) durante a ditadura militar; 4. Estação da Luz e Museu da Língua Portuguesa; 5. a estação de Metrô Luz; 6. o Mosteiro da Luz; 7. o anexo Museu de Arte Sacra de São Paulo; Implantação e localização da Pinacoteca. Fonte: Google Maps. Acesso em 25 de março de 2019 1 2 3 5 4 6 7 Prédio da Pinacoteca e do Liceu de Artes e Ofícios, 1905, São Paulo, SP. Fonte: disponível em http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2007/espaco78abr/0cultura02.htm#>. Acesso em: 28 de março de 2019. CONTEXTUALIZAÇÃO Estação da Luz e parte da Pinacoteca à direita em 1903. Fonte: https://historiadesaopaulo.files.wordpress.com/2010/12/slide0232.jpg. Acesso em: 25 de março de 2019 Estação da Luz atualmente Fonte: https://www.flickr.com/photos/betofelix/7142108601. Acesso em: 25 de março de 2019 O edifício está inserido no que fora inicialmente uma zona entre os Rios Tietê e Tamanduateí que sofria com inundações, conhecida como Campo de Guaré, tornou-se bairro em 1601, data que também marca o início de sua ocupação. A construção da Estação da Luz, em 1865, que levou à valorização da área. Nesse contexto de expansão e em um momento em que não existiam salões públicos para exibição de obras de arte na capital, foi projetado pelo engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928) o edifício que abrigaria o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). As aulas dos cursos se iniciam no ano de 1900, ainda com o prédio parcialmente concluído. O edifício, de estilo neoclássico, está inserido na Praça da Luz, local frequentado pela aristocracia da época. HISTÓRICO DE USOS (1973 – 2000) 1973 1982 1989 1994 1998 2000 Após ampla reforma, a Pinacoteca é reaberta O prédio é tombado pelo Condephaat Faculdade de Belas Artes sai do edifício Projeto de Paulo Mendes da Rocha tem início na reforma geral Conclusão do projeto de Paulo Mendes da Rocha O projeto de restauro do prédio recebe Prêmio Arq. Mies van der Rohe para a América Latina Edifício abriga o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). 1900 Corte longitudinal antes da reforma, mostrando pátios internos descobertos e o vazio no octógono central. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Acesso em 21 de março de 2019 Fachada principal (leste) do projeto original, evidenciando a cúpula que não foi construída. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Acesso em 21 de março de 2019 O projeto previa a construção de uma cúpula, nunca concluída. O fato do projeto não ser executado como um todo gerou algumas problemáticas, acabou desenvolvendo poços de umidade. Na construção foram empregados materiais importados como pinho-de-riga e cerâmica francesa. A edificação tem estrutura portante em tijolos cerâmicos de barro. O PROJETO ORIGINAL A entrada de serviço ficava na mesma fachada, porém no pavimento térreo. As principais linhas de circulação contornavam o octógono central, um átrio de três pavimentos acessível apenas em uma arena no pavimento térreo. Formado por três pavimentos e com dois pátios internos. No centro do primeiro piso localiza-se o saguão central, com altíssimo pé-direito e janelas voltadas para o interior. Plantas-baixas pavimento térreo, pavimento de acesso e segundo pavimento. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Acesso em 21 de março de 2019 O PROJETO DE PAULO MENDES DA ROCHA A intervenção, como um todo, buscou valorizar a estrutura original do edifício, mantendo a alvenaria em seu estado original. Os pátios internos foram substituídos por salões e ficaram dispostos com pé direito triplo. Com isso foi possível manter a entrada de luz natural, evitar a questão da umidade e garantir (através da ventilação) as condições originais de respiração para o núcleo da Pinacoteca Nas fachadas as colunas - de forma harmônica - seguem os ideais das ordens clássicas junto com os frisos. O frontão, marca a centralidade da fachada Sul (atualmente o acesso principal ) A Pinacoteca sofreu grandes mudanças em sua composição, as quais possibilitam o espaço ser mais acessível e amplo para o público alvo. O edifício neoclássico passa a desenvolver suas atividades de maneira mais fluida e interessante. Todas as intervenções aplicadas contrastam - em cor e materialidade - com os elementos originais do edifício. PLANTAS-BAIXAS 1.Via de acesso de serviço 2.Praça da Luz 3.Pátio 4.Portaria 5.Foyer 6. Auditório 7. Cafeteria 8. Laboratório de Restauro 9. Montagem 10. Galeria 11. Marcenaria 12. Depósito 13. Conservação 14. Museologia 15. Biblioteca 16. Acervo provisório 17. Serviço funcionários 18. Casa de máquinas 19. Depósito 20. Elevador 1.Exposição de acervo 2.Exposição de esculturas 3.Galeria 4.Varanda 5.Vazio 6.Passarela metália 7.Elevador 8.Escada técnica 1.Praça da Luz 2.Varanda 3.Acolhimento 4.Exposições temporárias 5.Galeria 6.Octógono 7.Saguão 8.Belvedere 9.Passarela metálica 10. Vazio 11. Elevador 12. Administração 13. Diretor 14. Loja 15. Praça de serviço O PROJETO DE PAULO MENDES DA ROCHA O projeto não alterou a planta original, mas com a instalação de passarelas que atravessam os pátios ofereceu uma nova maneira de percorrer o edifício. Além das intervenções na forma da edificação, a infraestrutura foi completamente adaptada ao uso e legislação atuais. A cobertura de vidro, sustentada por uma trama metálica, protege a alvenaria e oferece iluminação natural aos pátios internos, que se dissipa pelos demais ambientes. As janelas voltadas aos dois pátios internos foram conectadas por passarelas metálicas. Uma das intervenções nas aberturas foi a retirada da estrutura evidenciando as largas paredes de tijolos de barro. Para ampliar ainda mais a incidência de luz, foram retiradas aproximadamente cem esquadrias de suspensão que vedavam o espaço interno do edifício, desta forma o ambiente se expande visualmente destacando sua estrutura original e permitindo uma clareza espacial dos ambientes. Passarelas metálicas. Fonte: disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/787997/pinacoteca-do-estado- de-sao-paulo-paulo-mendes-da-rocha>. Acesso em: 25 de março de 2019. Cobertura de vidro. Fonte: disponível em: <https://www.galeriadaarquitetura.com.br/Img/projeto/SF1/3010/pinacoteca- de-sao-paulo1017.jpg>. Acesso em: 25 de março de 2019. COMPOSIÇÃO ANTIGO x NOVO Como já visto antes, o edifício previa uma cúpula, entretanto não sendo executada, configurou uma forma bem diferente do original. Em meio a tantas modificações foram mantidas algumas marcas de usos pré- existentes, como os vazios deixados na alvenaria por andaimes provisórios. Cortes longitudinais comparando o projeto original e o atual. Fonte: disponível em: <https://images.adsttc.com/media/images/5740/c86e/e58e/ce6e/c900/0056/slideshow/Corte_A.jpg?1463863401>. Acesso em: 25 de março de 2019. De no m ina çã od os am bie nt es Plantas baixas Pinacoteca. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULOPlantas baixas Pinacoteca. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO DEFINIÇÃO FORMAL Segundo Francis Ching no Livro Arquitetura Forma, Espaço e Ordem AGLOMERAÇÃO DE ESPAÇOS COM ORGANIZAÇÃO CENTRALIZADA E SIMÉTRICA “É possível utilizar a simetria ou uma configuração axial para fortalecer e unificar porções de uma organização aglomerada e ajudar a articular a importância de um espaço ou grupo de espaços dentro da organização.” “Uma organização aglomerada se baseia na proximidade física para relacionar seus espaços (...) pode aceitar também espaços dessemelhantes em termos de tamanho forma e função, porém relacionados um ao outro pela proximidade por um recurso de ordenação como simetria ou um eixo.” Distribuição e disposição equilibrada com espaços equivalentes em lados opostos Organização Centralizada “Um espaço central dominante ao redor do qual uma série de espaços secundários é agrupada.” Planta Baixa 1º Pavimento A disposição interna dos ambientes é bem definida, possuindo clareza e rigidez. A planta baixa se desenvolve de maneira simétrica possuindo um centro octogonal e configurando formas regulares em seu entorno. A volumetria é simétrica, bem definida por planos murais lisos que demonstram a simplicidade e pureza da forma e da estrutura, portanto, não possui adornos. A fachada procura relacionar a proporção, os cheios e vazios, a cobertura, e equilíbrio. A fachada se organiza por um eixo central, definindo uma simetria entre as aberturas CIRCULAÇÃO, ACESSOS E FLUXOS As passarelas metálicas conectam longitudinalmente os espaços e permitem contemplar o pé direito triplo. A circulação vertical se dá através de elevadores e escadas helicoidais ambos de metal. Segundo Francis Ching no Livro Arquitetura Forma, Espaço e Ordem, a circulação da Pinacoteca pode ser definida como: CIRCULAÇÃO FECHADA E ABERTA EM UM DOS LADOS Resultados de uma análise a partir dos movimentos dos visitantes na Pinacoteca Estudos de fluxos de usuários na Pinacoteca na planta original, depois da restauração e com a situação de uso. Fonte: BECK, Mateus Paulo; ARQUITETURA, VISÃO E MOVIMENTO: O DISCURSO DE PAULO MENDES DA ROCHA NA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Pág. 65 e 66 Acesso público Acesso serviço Circulação Vertical (escada) Circulação Vertical (elevador) Circulação Horizontal (passarelas) LEGENDA Cesare Brandi “a integração deverá ser sempre e facilmente reconhecível; mas sem que por isto se venha a infringir a própria unidade que se visa a reconstruir” “que qualquer intervenção de restauro não torne impossível mas, antes, facilite as eventuais intervenções futuras” Camillo Boito Pinacoteca de são Paulo ao revestimento branco na fachada leste, que se mostra uma intervenção posterior, não da margem a equívocos, assim como as intervenções mais significativas no local. A obra de restauração como conjunto é harmoniosa, porém internamente foi adicionado um assoalho de madeira, cuja autenticidade pode levar dúvida a população. Tratando-se do entendimento da obra como documento, há pontos questionáveis com relação ao edifício analisado. As janelas internas não são adições, mas sim subtrações que não indicam que já houve molduras ali, alteração que se destina apenas para a melhor observação do céu a partir das claraboias. Ruskin A partir de Ruskin a Pinacoteca de São Paulo não seria um restauro interessante, já que foi um restauro intervencionista, com adição de peças, como escadas e afins, nela há peças em exposição de períodos contraditórios, mesmo que não sejam fixas, além de se desviar de sua função de liceu de artes e ofícios para tornar-se um museu. Um ponto positivo é a questão memorial, que pelas marcas é possível observar. ANÁLISE CRÍTICA BASEADA NAS TEORIAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL ANÁLISE CRÍTICA BASEADA NOS DOCUMENTOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL Carta Internacional sobre o Turismo Cultural [...]1.1 O património cultural é um recurso simultaneamente material e espiritual. É testemunho do desenvolvimento histórico. Desempenha um papel importante na vida contemporânea e deve ser acessível, física, intelectual e emocionalmente, ao grande público (...). ( ICOMOS, 1999,p.3). Dessa maneira ao pensar nas intervenções que adicionam elementos na Pinacoteca de São Paulo, os quais, passarelas que ligam os pátios internos, as rampas e elevadores, vemos então o senso de inclusão e acolhimento dos que desfrutam do espaço, permitindo a acessibilidade e fluidez. Tratando-se da acessibilidade, conta também com obras acessíveis a deficientes visuais, como algumas esculturas táteis Carta de Atenas Ao observar o entorno da Pinacoteca de São Paulo observamos ruídos provenientes da fiação elétrica e de geradores de energia, que apesar de interferirem na fachada são necessários, uma vez que a fiação não é subterrânea na cidade e os equipamentos são volumosos. Outro ponto negativo a se considerar é a retirada da vegetação original pela adição de pedra portuguesa no acesso principal, o que vai contra o que mostra a Carta de Atenas sobre a interferência visual Recomenda-se, sobretudo, a suspensão de toda publicidade, de toda presença abusiva de postes ou fios telegráficos, de toda indústria ruidosa, mesmo de altas chaminés, na vizinhança ou na proximidade dos monumentos, de arte ou de história (IPHAN, 1931, p: 2). Carta de Veneza Segundo a Carta de Veneza o restauro tem pontos positivos e negativos: Artigo 4º - A Conservação dos monumentos exige, antes de tudo, manutenção permanente. Artigo 11º - As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas ( ICOMOS, 1964, p. 3) Artigo 6º - A conservação de um monumento implica a preservação de um esquema em sua escala. Enquanto subsistir, o esquema tradicional será conservado, e toda construção nova, toda destruição e toda modificação que poderiam alterar as relações de volume e de cores serão proibidas. (ICOMOS, 1964, p.2. Grifo nosso) FÁBRICA DE SAL – CONVERSÃO DO ANTIGO EDIFÍCIO FABRIL NO CENTRO EDUCACIONAL FICHA TÉCNICA Arquitetos: Rafael Perrone e Márcio do Amaral Data do projeto: 2001 Data de execução da obra: 2003 Área do projeto: aproximadamente 12.000m² Visual Fábrica de Sal + entorno. Fonte: disponível em <>. Acesso em 25 de março de 2019 1 2 3 5 4 Implantação e localização da Fábrica de Sal 1. Terreno do moinho; 2. Sistema Viário; 3. Praça Matriz; 4. Estação Ferroviária; 5. Centro Baixo. Fonte: disponível em <>. Acesso em 25 de março de 2019 FÁBRICA DE SAL – CONVERSÃO DO ANTIGO EDIFÍCIO FABRIL NO CENTRO EDUCACIONAL LOCALIZAÇÃO A antiga Fábrica de Sal, está localizada no centro histórico do município de Ribeirão Pires, São Paulo – SP. Mais precisamente na Avenida Humberto de Campus, nº 84 É circundada pela Estação Ferroviária, pela Praça Matriz, pelos Centros Baixo e Alto. Localização do município em relação a cidade de SP. Fonte: disponível em <Google Maps>. Acesso em 25 de março de 2019 CONTEXTUALIZAÇÃO Em 1910 a construção foi comprada por José Mortari e passou a ser conhecida como Moinho Mortari. A partir dai o moinho cresce de tamanho em função do aumento da produção e começam a ser anexados à construção original novos galpões em alvenaria. O moinho ganha importância e passa a ser um agente de desenvolvimento urbano da cidade de Ribeirão Pires, começam a surgir loteamentos em regiões próximas à fábrica durante os anos 1920, como, por exemplo, a Vila Mortari. A área em estudo teve em 1999 uma transformação significativa com a ampliação de espaços livres, requalificação de calçadas e equipamentos públicos. A proposta de requalificar o espaço surgiu com a ideia de conectar os centros e a comunidade. Pois desde que a Fábrica de Sal foi desativada no inicio dos anos de 1990, o espaço estava sendo depredada e sem uso. Como valores materiais o complexo em si era uma construção de valor, pois todas as suas etapas de usos deixaram suas marcas, mesmo não sendo da mesma tipologia do moinho,mas em questão imaterial o espaço construído e suas partes mostravam para a comunidade quem esteve no espaço e como usaram. Mesmo o projeto não levando em conta este fator e descaracterizando suas marcas do tempo, a fabrica ficou como se só aquele modo edificado era o certo (Moinho Mortari), descaracterizando a historia do lugar. Moinho já desativado e desocupado, em 1998. Fonte: disponível em: Acesso em 25 de março de 2019 O moinho foi implantado estrategicamente ao lado da ferrovia e próxima à área central e à Igreja da Matriz. O formato do terreno e a implantação dos edifícios do moinho são resultantes do traçado do ramal da ferrovia. O terreno da fábrica fica entre os centros junto da linha férrea que seccionou a malha urbana da cidade. CONTEXTUALIZAÇÃO Notificação sobre a aceitação do espaço de tombamento da fábrica de sal, pelo Condephaat, o que já garantia proteção para o prédio. Fonte: disponível em <https://issuu.com/arqlab2018/docs/issu_arq uivo2>. Acesso em 29 de março de 2019 Documento do CONDEPHAAT, anunciando o inicio do reconhecimento da fábrica como patrimônio. Fonte: disponível em: <https://issuu.com/arqlab2018/docs/issu_arq uivo2>. Acesso em 29 de março de 2019 Quando a executado o projeto do Centro Educacional o edifício do Moinho não era um bem tombado. No dia 27 de fevereiro 2018, a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo publicou no Diário Oficial o tombamento do edifício do Moinho Fratelli Maciotta, conhecido popularmente como a antiga Fábrica de Sal, pelo CONDEPHAAT. O pedido de tombamento do local foi feito em 2015, após o trabalho conjunto de historiadores e memorialistas do município, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio, com estudo técnico e histórico anexado pelo CATP – Conselho de Defesa do Patrimônio de Ribeirão Pires. Há diversas camadas de significados que qualificam a Fábrica de Sal como patrimônio cultural: o valor histórico relativo à industrialização do Estado de São Paulo, o valor da sua arquitetura industrial, o valor de uso como equipamento público, o valor urbanístico de um espaço qualificado da cidade e marcante em sua paisagem e o valor afetivo da população que há anos vem tentando sensibilizar o poder público para a preservação da área. HISTÓRICO DE USOS (1898 – 2018) 1898 - 1916 1916 - 1930 1932 1940 1946 - 1996 2004-2009 2018 Molino de Semole Fratelli Maciotta & C Moinho de Fubá (Moinho Mortari) Depósito de pólvora durante a Revolução Constitucio- nalista, entre setembro e outubro Fábrica de Salitre; Fábrica de Adubos e Fertilizantes e Fábrica de Seda Moenda e refinaria de sal Carmine Cartelesa Centro Educacional Ibrahim Alves de Lima Novo projeto para Centro Cultural e tombado pelo Condephaat PROJETO ORIGINAL MOLINO DE SEMOLE FRATELLI MACIOTTA & C A edificação do moinho Fratelli Maciotta, basilar para a urbanização da cidade, remonta o período em que surgem os primeiros pavilhões industriais do estado de São Paulo. Suas características arquitetônicas. Em termos arquitetônicos, o que se pode extrair da técnica construtiva são o seu sistema de travamento de tijolos, chamado de “aparelho flamengo”, constituído de fiadas de ½ tijolo por dois inteiros com rejunte de um centímetro para o bom assentamento e firmeza. A argamassa de saibro, bastante arenosa, era feita de cal e areia grossa. A fundação, com cerca de dois metros de profundidade, é constituída de largos blocos de granito. Os pavimentos, as portas, esquadrias, caixilhos e assoalhos eram de madeira e a cobertura feita de telhas nacionais. Havia uma fornalha abaixo do nível térreo sobre a qual ficava um reservatório de água, que fazia parte do sistema de caldeira flamo- tubular e que, provavelmente encontra-se aterrada. PROJETO DE AMPLIAÇÃO FÁBRICA DE SAL D A E B I H C G F Edificação do Moinho, entrada original e planta cadastral do Moinho. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO”. Acesso em 25 de março de 2019 A - Deposito de gãos, farelo e farinha. B - Sala sem identificação. C - Onde ficavam os cilindros que faziam a moenda do trigo. D - Sala de máquinas, onde ficavam os dinamos geradores de energia. E - Local onde funcionavam uma caldeira. F –Pavilhão ou galpão onde ficavam o farelo, o trigo e a farinha. G –Provavelmente ficava uma fornalha. H – Provavelmente uma tenda ou construção rústica para serraria. I - Uma plataforma de carga e descarga. Apesar da importância da fábrica no desenvolvimento da cidade existem poucos registros que documentam a transformação do edifício. O sal da refinaria afetou grande parte da estrutura de concreto dos anexos, e após a desativação da fábrica até o início dos estudos para o projeto do centro educacional, ficou visivelmente abandonada. Em 2000, as edificações em ruínas foram desapropriadas. Em 1946 o Moinho é adaptado para ser transformado numa refinaria de sal. Neste momento foram construídos, além dos anteriores, anexos realizados sem quaisquer critérios projetuais. Houve um excessivo descuido técnico que provocou a descaracterização e deterioração das construções originais. Com os acréscimos feitos ao longo dos anos a fábrica se descaracterizou da original, foram feitos para seus usos por que necessitavam de mais espaço e com isso não se importavam com a arquitetura do local. PROJETO DE RAFAEL PERRONE E MÁRCIO DO AMARAL Depois de várias definições, o edifício da fábrica de sal tinha como função ser um centro de formação dos professores da cidade. Do edifício original foram mantidos três pavilhões e a chaminé. Definiu-se na configuração final do projeto a incorporação do bloco dos fundos do corpo principal e a reconstrução dos portais da época do Moinho Mortari. Para isso o programa de necessidades deveria abrigar um auditório, espaços para a internet, salas de aulas e de atividades, espaços para reuniões e seminários, exposições transitórias e outros tipos de encontros. Edificação do Moinho, entrada original. Fonte: disponível em: <>. Acesso em 25 de março de 2019 CENTRO EDUCACIONAL Refazer a memória do prédio original do moinho caracterizando sua forma, escala e desenho com relação à cidade. Resgatar as características do prédio permitindo que, em alguns pontos, fossem reconhecidas as marcas deccorentes dos anos de descuido. Restaurar a chaminé por ser o símbolo da edifícação industrial. Evidenciar a relação com a ferrovia DIRETRIZES PROJETUAIS Fachada lateral – pavilhão 2 com destaque para a sala de aula em balanço. Deste modo para a proposta do Centro educacional foi destruir o que descaracterizou o espaço, assim até a chaminé iria voltar a aparecer por inteiro, pois os acréscimos a envolveram. A proposta no qual foi executada, as alterações feitas depois do moinho não tinham importância arquitetônica, por este motivo foram demolidas. 1º PAVIMENTO 2º PAVIMENTO 3º PAVIMENTO Sanitários Auditório Café Sala A de exposições Sala B de exposições Exposições Mezanino A Mezanino B Sala de Aula Banheiro Sala de Aula Plantas baixas. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 PROJETO DE RAFAEL PERRONE E MÁRCIO DO AMARAL Criaram eixos para estimular a integração espaço e cidade. A edificação central possui pé direito duplo e as laterais térreas. Revelar as transformações sofridas pelas edificações de forma didática, destacando intervenções de preexistência e revelando, em alguns pontos, o descaso com que se tratou a construção da fábrica ao longo da sua vida. Sala de aula Sanitários Auditório Cortes do projeto do Centro Educacional. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 Mudaram o uso e incorporaram volumes a preexistência na tentativa de criar uma nova composição e um novo organismo, fundindo arquiteturas para que resultem numa nova volumetria, num novo significado e possibilitando a nova utilização. Metal das tesouras referenciando a estrutura original. Aberturas ritmadas; Diferenciação de materialidade;Edificação do Moinho com maior hierarquia; Elementos reconstruídos; Abertura que não existe mais; “vazios” com fechamento de vidro; Vista interna. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 1º PAVIMENTO 2º PAVIMENTO Circulação Vertical Acessos Fluxo Plantas baixas. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 CIRCULAÇÃO, ACESSOS E FLUXOS 3º PAVIMENTO ÁREA PRESERVADA x ÁREA DESTRUÍDA x ÁREA CONSTRUÍDA Implantação da Fábrica de Sal.. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 25 de março de 2019 Implantação Centro Educacional. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 Preservada Construída Destruída Delimitação Tem como diretriz linhas geométricas para posicionar as edificações, a secretaria se relaciona com o posicionamento da fábrica no terreno e a escola com a seringueira que já existia no terreno, fazendo com que a edificação a envolvesse. Centro educacional com a igreja e linha férrea. Por sua dimensão, a sua presença no entorno imediato é marcante. Também existe a idéia de arquitetura do fragmento, pois não existe uma continuidade contextual entre os três edifícios. É uma colagem de estruturas formais heterogêneas. E podemos dizer que existe uma colisão de estruturas formais pois há um contraste nos materiais sem negar a existência. Mesma linguagem que explora a volumetria, transparência e o jogo cromático; Vista aérea do canteiro de obras, 2004. Acesso em 25 de março de 2019 ANÁLISE DA HIERARQUIA DE VOLUMES E FACHADAS ANÁLISE DA HIERARQUIA DE VOLUMES E FACHADAS Elemento reconstruído Fachada Oeste. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 Fachada Frontal / Sudeste. Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 Fachada posterior / norte . Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 DEFINIÇÃO FORMAL “Uma organização linear normalmente consiste em espaços repetitivos, semelhantes em termos de tamanho, forma e função. Pode também consistir em um espaço linear único que organiza, ao longo de seu comprimento, uma série de espaços que diferem em termos de tamanho, forma e função. Em ambos os casos, cada espaço ao longo da sequência está exposto para o exterior” Segundo Francis Ching no Livro Arquitetura Forma, Espaço e Ordem: COMPOSIÇÃO ANTIGO x NOVO Planta por dentro foi totalmente modificada, apenas deixaram as fachadas e parte das laterais. Acessos são os mesmos. Partes demolidas. Recostituiram os portais da época do Moinho Motari. Adaptação as necessidade. Na recuperação do edificio foram encontrados arcos no salão principal que permitiu descobrir porões de pedra. • John Ruskin – anti-intervencionista, edificações adicionais e edificio industrial como um elemento de herança; • Viollet-Le-Duc – Forma orginal, influencia a restauração e reutilização. • Riegl – Respeitar as varias fases como meio histórico. Planta cadastral Moinho. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Planta Centro educacional. Fonte: Fonte: disponibilizada pelo arquiteto do projeto. Acesso em 25 de março de 2019 SOLUÇÕES TÉCNICAS Auditório, Sala de exposição, Sala de exposição. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Auditório internamente. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Detalhe da junção da alvenaria existente e reconstruída e detalhe telhado. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Passarela de acesso ao mezanino. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Escada metálica e elevador hidráulico para acesso ao pavimento intermediário e superior. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Vista interna. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Embasamento chaminé. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Fachada com os primeiros sinais de recuperação arquitetônica. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Edificações em arco que foram demolidas. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Galpão não original do moinho onde foi construído o auditório do centro cultura. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Passarela de acesso ao mezanino e Estrutura da edificação demolida. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 SOLUÇÕES TÉCNICAS Em outro ângulo, vigas que dão suporte ao pavimento superior encontram-se firmes apos anos, 2004. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Vistas da área de exposição. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Edificação central em obra, estrutura da circulação vertical. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Vigas de aço carbono resistentes à ação corrosiva do sal, até hoje permanecem firmes no local; Cobertura completamente refeita com tesouras metálicas em vermelho, com mesmo caimento das de antes, telhas vermelhas, piso elevado para adequação das poltronas. O edifício de exposições, menor que os outros restam apenas a fachada posterior e parte de seu embasamento lateral externa com caixilho de metal e vidro, posterior em chapa metálica em vermelho. A parede de dentro removida, para ampliar o espaço de exposição. SOLUÇÕES TÉCNICAS Procedimento de recuperação genérico dos arcos do porão. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Procedimento de recomposição do vão central do prédio com reutilização de tijolos. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 SOLUÇÕES TÉCNICAS Modelo de execução do coroamento da chaminé. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Rachadura aparente na chaminé que comprometia sua estabilidade foi sanada e permanece em pé até os dias atuais, 2004. Fonte: GERGH, Lucianna C. P. “SOOBREPOSIÇÕES DE ARTQUITETURA COMO FORMA DE INTERVIR NO ESPAÇO URBANO CONSOLIDADO. Acesso em 23 de março de 2019 Todos os elementos necessários para a recuperação do edifício e para a adaptação de seu uso foram devidamente destacados de modo a não se mesclarem com os originais e reforçarem o caráter histórico do edifício. Materiais usados, em uma escolha cromática, obtendo um grande contrasteentre as arquiteturas e seus tempos, sendo possível decifrar a arquitetura preexistente e a atual intervenção. Posteriormente a chaminé sofreu um tratamento em suas trincas e foi reforçada com cintas. Teve, também, sua porção superior recuperada, aprumada e foi refeito o desenho do acabamento de seu coroamento. Os tijolos retirados, em bom estado, foram reutilizados na recomposição e complementação das alvenarias, possibilitando uma mínima necessidade de encomenda de tijolos, em dimensões especiais, para a complementação do conjunto. Para a restauração e recomposição das alvenarias foram utilizados diversos procedimentos técnicos. Esses procedimentos foram indicados por meio de cadernos de detalhes com desenhos e orientações. Para a fixação das estruturas metálicas foram desenhadas diversas ligações conforme necessidade técnicas ou expressivas. A retirada dos muros das ruas adjacentes e a colocação dos gradis para a ferrovia oferecem aos passantes a possibilidade de utilização dos espaços coletivos. As novas aberturas valorizam o edifício recuperado e refazem a compreensão do significado da ferrovia para sua implantação e desenho da cidade; SOLUÇÕES TÉCNICAS PROJETO SESI Perspectiva do centro de educacional do SESI. Fonte: disponível em <https://issuu.com/arqlab2018/docs/issu_arquivo2>. Acesso em 30 de março de 2019 Modificações em elemento de fachada e uso de espaço de exposição para espaço de estudo. Fonte: disponível em <https://issuu.com/arqlab2018/docs/issu_arquivo2>. Acesso em 30 de março de 2019 Implantação de novo projeto com modificação de paisagismo travessia na linha ferrea. Fonte: disponível em <https://issuu.com/arqlab2018/docs/issu_arquivo2>. Acesso em 30 de março de 2019 O projeto do SESI ira fazer uma intervenção no construí, mas utilizando as edificações já existentes. Reformulando os espaços internos, com usos voltados ao ensino, como por exemplo o galpão que abrigava o anfiteatro, tem como proposta uso esportivo mas seguindo o raciocínio de que os equipamentos não obedecem os padrões oficiais e servindo apenas para recreação. Os outros espaços vão continuar com as mesmas funções, apenas modificando o da fabrica que não será de espaços de exposição, mas para uso de leitura e estudo. ANÁLISE CRÍTICA BASEADA NAS TEORIAS DO PATRIMÔNIO CULTURAL Ruskin Viollet-Le-Duc - Ruinas da edificação do Moinho; - Edificações da Escola e Secretaria, como usos de apoio; -Todas as construções ao longo do complexo é uma parte da historia, a memória da comunidade; - Linha férrea; - Intervenções; - Não fazer distinções entre elementos novos e os originais. - Se colocar no lugar do arquiteto da época - Alerta sobre os perigos de “cair na hipótese” - Compreensão do tecido urbano como patrimônio; - Caráter histórico; - Documento histórico, acréscimos e modificações no decorrer da vida do monumento, descrevem sua autenticidade; - Contra restauro estilístico - Respeitar as várias fases como meio histórico. - Acaba com a distinção entre monumento histórico e monumento artístico, pois todo monumento histórico é ao mesmo tempo monumento artístico e vice-versa, Alöis RieglGustavo Giovannoni
Compartilhar