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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Resolução de Exercícios
Olga João Saifora – 708193971
Curso: Administração Pública
Filosofia 
2o Ano
Chimoio, Junho de 2020 
	
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Aspectos organizacionais
	· Capa
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	· Índice
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	· Introdução
	0.5
	
	
	
	
	· Discussão
	0.5
	
	
	
	
	· Conclusão
	0.5
	
	
	
	
	· Bibliografia
	0.5
	
	
	
Conteúdo
	
Introdução
	· Contextualização
(Indicação	clara	do problema)
	
1.0
	
	
	
	
	· Descrição dos objectivos
	1.0
	
	
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	2.0
	
	
	
	
Análise	e discussão
	· Articulação e domínio do discurso	académico
(expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual)
	
2.0
	
	
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo
	
2.0
	
	
	
	
	· Exploração dos dados
	2.0
	
	
	
	Conclusão
	· Contributos	teóricos práticos
	2.0
	
	
	Aspectos gerais
	
Formatação
	· Paginação, tipo e tamanho de	letra, paragrafo, espaçamento entre linhas
	
1.0
	
	
	
Referências Bibliográficas
	Normas APA 6ª edição	em citações	e bibliografia
	· Rigor	e	coerência	das citações/referências bibliográficas
	
4.0
	
	
Recomendações de melhoria:
1
Índice
1.	Introdução	1
2.	Fundamentação Teórica	2
2.1.	A filosofia é a Demanda, Procura e não a Posse da verdade	2
2.2.	O Objecto de Estudo da Filosofia com Ciência dos Porquês	2
2.3.	Características das Atitudes Filosóficas	2
2.3.1.	Espanto	2
2.3.2.	Duvida	3
2.3.3.	Admiração	3
2.3.4.	Radicalidade	3
2.3.5.	Rigor	3
2.4.6.	Insatisfação	4
2.3.6.	Questionário	4
2.3.7.	Universalidade	4
2.4.	Disciplinas da Filosofia	4
2.4.1.	Psicologia Experimental	4
2.4.2.	Lógica	5
2.4.3.	Ética	6
2.4.4.	Estética	7
2.4.5.	Teoria do Conhecimento	7
2.4.6.	Metafísica	8
2.4.7.	Antropologia Filosófica	9
2.5.	O Mito e a Filosofia	9
2.6.	Diferença do Período Cosmológico (Naturalista) do Período Antropológico na Filosofia	10
2.7.	Consciência Moral	14
2.7.1.	Graus da Consciência Moral	16
2.8.	Características da Ética Individual, Social e Profissional	16
2.9.	Problemas da Teoria do Conhecimento	18
2.10.	Faculdade que nos da Conhecimento	21
3.	Conclusão	23
4.	Referência bibliográfica	24
1. Introdução 
Neste trabalho de pesquisa, abordasse-a acerca da filosofia, sendo esta uma forma de pensamento organizado,  conceitual e que tem a capacidade de movimentar o próprio pensamento por meio da identificação e da formulação de problemas, ou seja, a Filosofia é, por natureza,  problematizadora, evitando fornecer respostas prontas para as questões levantadas e criando novas questões, novas perguntas e novos problemas que fazem com que o pensamento nunca cesse seu ciclo de existência. Não importando, por ora, a sua origem certa, o importante é saber que não há uma resposta única e definitiva para a pergunta “o que é filosofia?”. Diversos filósofos, em diversos locais e épocas diferentes, responderam a essa pergunta, não necessariamente de uma maneira explícita. Muitos o fizeram por meio da prática (fazendo as suas filosofias), cada qual do seu modo. Para os gregos pré-socráticos, a Filosofia era uma maneira racional de se investigar a origem do universo por meio da formulação de teorias contrárias, muitas vezes, às afirmações dos mitos. Para Sócrates, a Filosofia seria um olhar para dentro de si e uma forma de extrair as ideias verdadeiras sobre aquilo que o próprio ser humano desenvolveu mediante a criação das sociedades.
2. Fundamentação Teórica 
2.1. A filosofia é a Demanda, Procura e não a Posse da verdade 
Para Platão (427-347 a.C), a primeira atitude do filósofo é admirar-se. A admiração é a condição de onde deriva a capacidade de problematizar, o que marca a Filosofia não como posse da verdade, mas como sua busca.
A Filosofia é um ramo do saber que procura entender os conceitos ou as essências de tudo que existe no mundo, criando, assim, as definições conceituais.  Os conceitos, que nascem daquelas definições, são, por sua vez, significados complexos que movimentam problemáticas. Os problemas também são processos pelos quais a Filosofia funciona.
Para Kant, filósofo alemão do século XVIII, “não há filosofia que se possa aprender; só se pode aprender a filosofar”. Isto significa que a filosofia é, sobretudo, uma atitude, um pensar permanente. É um conhecimento instituinte, no sentido de que questiona o saber instituído.
Um problema, uma pergunta, uma questão é um processo que visa a procurar uma definição sobre algo. Perguntar “o que é?”, “como é?” ou “por que é?” é formular um problema, e responder a essa pergunta é criar um conceito. Portanto,  perguntar o que é a Filosofia é uma atitude filosófica.
2.2. O Objecto de Estudo da Filosofia com Ciência dos Porquês
A Filosofia é entendida como a ciência dos porquês. Pretende explicar o porquê de todas as coisas, procurando os fundamentos íntimos, a origem e explica (ao da vida e mundo humanos). Vimos que a Filosofia a universal na medida em que o seu objecto de estudo é o todo e as suas questões são gerais (englobam a totalidade e dizem respeito a toda a humanidade) e não se relacionam com aspectos individuais e particulares da realidade. Dizemos também que a filosofia e um saber universal porque todo o homem pode filosofar e ser filósofo.
2.3. Características das Atitudes Filosóficas
2.3.1. Espanto 
Aristóteles afirmava que a filosofia tinha a sua origem no espanto, na estranheza e perplexidade que os homens sentem diante dos enigmas do universo e da vida. E o espanto que os leva a formular perguntas e os conduz a procura das respectivas soluções. Como refere Eugen Fink, o espanto torna o evidente em algo incompreensível, o vulgar em extraordinário. O espanto no Individuo rompe com a tendência (natural) de achar que a ordem das coisas no mundo a nossa volta e simplesmente 6bvia, que "as coisas são como são porque tinham de ser assim mesmo.
2.3.2. Duvida 
Ao filosofo exige-se que duvide de tudo aquilo que a assumido como uma verdade adquirida. Ao duvidar, o filósofo distancia-se das coisas, quebrando desta forma a sua relação de familiaridade com elas. O que era natural torna-se problemático. O que então emerge a urna dimensão inquietante de insatisfação e problematiza. Ao Reflexão começa exactamente a partir do exame daquilo que se pensa ser verdadeiro. A dúvida exige, do filósofo, uma reflexão sobre as coisas.
2.3.3. Admiração
O filosofo exige se admirando de tudo que e assunto como uma verdade dita. Ao admirar das coisas ai chega a vontade que querer procurar as verdades por meio da admiração. 
2.3.4. Radicalidade 
Procura a raiz e a origem dos problemas; o que caracteriza as questões filosóficas e o aprofundamento do problema e não a busca de soluções imediatas.
2.3.5. Rigor 
O questionário radical que anima o verdadeiro filósofo não e mais do que um acto preparatório pala fundar um novo saber sobre bases mais sólidas, O conhecimento em se funda- se na crítica e no rigor. A atitude do filósofo (e do aprendiz de filosofo) perante o conhecimento o de crítica, ou seja, este questiona e avalia constantemente o seu próprio conhecimento, colocando sempre em dúvida a verdade e adequação ao real desse mesmo conhecimento. Tem consciência dos limites do conhecimento e questiona -se, colocando sempre sob crítica e auto - avaliação do seu próprio conhecimento. 
A critica filosófica e feita com rigor e não admite ambiguidade, as ideias contraditórias e os termos impreciso.
2.4.6. Insatisfação 
A filosofia revela-se uma desilusão para quem quiser encontrar nela respostas as suas inquietações o que um aprendiz de filosofia encontra são perguntas, problemas para que não confie em nenhuma autoridade excepcionar a sua razão para que duvide das aparências e senso comum. A única "receita" que os filósofos lhe dão e que faça da procura do saber um modo dúvida, que não se satisfaz (a com nenhuma conclusão, queira saber sempre mais e mais.
2.3.6. Questionário
É umadas atitude filosófica, o filosofo questiona tudo que esta a sua volta. Para o alcance da verdade. 
2.3.7. Universalidade 
A filosofia é ainda um saber universal, pois exprime preocupações e problemas que preocuparam a Humanidade durante todos os tempos.
O alcance das questões filosóficas não se circunscreve a realidade particularmente, os problemas filosóficos dizem respeito a todos os homens. A Filosofia coloca questões e problemas que são filosóficos na medida em que são universais, interessam a toda a humanidade, dizem respeito a todos os homens e todas as épocas, em todas as culturas e em todas as localizações geográficas. 
2.4. Disciplinas da Filosofia
2.4.1. Psicologia Experimental 
O objecto da psicologia experimental é o comportamento observável, a fim de testar modelos e teorias matemáticas sobre diversos aspectos do mesmo: prestar atenção, perceber, recordar, aprender, decidir, reagir emocionalmente e interagir. Os testes às teorias e modelos são experimentais, isto é, implicam a manipulação de variáveis ditas independentes e o registo rigoroso e a medição precisa do que acontece às variáveis dependentes. Por exemplo, manipular a intensidade da luz e registar e medir a velocidade de reacção de pressionar uma determinada tecla face a um estímulo sonoro. As observações que ocorrem nesses estudos experimentais permitem a formulação de leis, tal como em física ou química. Porém, o rigor do conhecimento científico em psicologia experimental implica um rigoroso controlo das potenciais variáveis parasitas ou confundentes. Por exemplo, se se quiser saber em que medida manipular a intensidade da luz influencia a velocidade de reacção de pressionar uma determinada tecla face a um estímulo sonoro, terá de se controlar rigorosamente qualquer variação sonora no ambiente em que ocorre a experiência. Caso contrário não saberemos se as variações na velocidade de reacção são devidas às mudanças produzidas na intensidade luminosa ou às mudanças aleatórias da intensidade sonora. 
Na psicologia experimental os conceitos são rigorosamente definidos, sendo as definições do tipo operacional. Do mesmo modo, os termos (ou nomes) usados para designar os conceitos são universais. Não é admitida a ambiguidade que ocorre com muita frequência em outras áreas da psicologia. A maioria dos estudos experimentais em psicologia ocorre em ambiente laboratorial, apesar de também poderem ser feitas experiências em ambiente natural, como pretexto para testar modelos desenvolvidos e testados em laboratório ou para gerar ideias que serão testadas nas condições de rigor draconiano dos laboratórios. Em psicologia social é frequente efectuarem-se testes "experimentais" em ambiente natural (tido "apanhados" realizados pelas cadeias de televisão) que geram hipóteses a testar posteriormente em laboratório. 
A psicologia experimental pode recorrer tanto a sujeitos humanos como a outros animais, admitindo como paradigma de referência a teoria evolucionista das espécies.
2.4.2. Lógica 
A lógica (do grego clássico logos, que significa palavra, pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico), é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia. Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida. Assim, a lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correcto, sendo, portanto, um instrumento do pensar. 
A aprendizagem da lógica não constitui um fim em si. Ela só tem sentido enquanto meio de garantir que nosso pensamento proceda correctamente a fim de chegar a conhecimentos verdadeiros. Podemos, então, dizer que a lógica trata dos argumentos, isto é, das conclusões a que chegamos através da apresentação de evidências que a sustentam. O principal organizador da lógica clássica foi Aristóteles, com sua obra chamada Organon. Ele divide a lógica em formal e material. 
Um sistema lógico é um conjunto de axiomas e regras de inferência que visam representar formalmente o raciocínio válido. Diferentes sistemas de lógica formal foram construídos ao longo do tempo quer no âmbito escrito da Lógica Teórica, quer em aplicações práticas na computação e em Inteligência artificial. 
Tradicionalmente, lógica é também a designação para o estudo de sistemas prescritivos de raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se "deveria" realmente pensar para não errar, usando a razão, dedutivamente e indutivamente. 
2.4.3. Ética 
A palavra Ética é originada do grego ethos, (modo de ser, carácter) através do latim mos (ou no plural mores, costumes, de onde se derivou a palavra moral). Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade. 
Ética, pode ser definida como a disciplina filosófica que busca reflectir sobre os sistemas morais elaborados pelos homens, buscando compreender a fundamentação das normas e interdições próprias e cada sistema moral. 
Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica, e buscando explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinónimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim; a moral é o conjunto que orientam o comportamento humano tendo como base os valores próprios a uma dada comunidade. 
Como as comunidades humanas são distintas entre si, tanto no espaço quanto no tempo, os valores podem ser distintos de uma comunidade para outra, o que origina códigos morais diferentes. 
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas no escopo da ética.
2.4.4. Estética 
Estética (do grego aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objecto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenómenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo. 
A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da metafísica, lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthetica do educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois volumes (1750-1758). Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a Natureza, adicionando elementos de sentimento a realidade percebida. Assim, o processo criativo está espelhado na própria actividade artística. Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento grego clássico que entendia a arte principalmente como mimesis da realidade. 
Na antiguidade - especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.
2.4.5. Teoria do Conhecimento 
A teoria do conhecimento interessa-se pela investigação da natureza, fontes e validade do conhecimento.Entre as questões principais que ela tenta responder estão as seguintes: O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir meios para defendê-lo contra o desafio céptico? Essas questões são, implicitamente, tão velhas quanto à filosofia. 
Mas, primordialmente na era moderna, a partir do século XVII em diante - como resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Locke (1632-1704) em associação com a emergência da ciência moderna – é que ela tem ocupado um plano central na filosofia. Basicamente é conceituada como o estudo de assuntos que outras ciências não conseguem responder e se divide em quatro partes, sendo que três delas possuem correntes que tentam explicá-las: O conhecimento como problema, Origem do Conhecimento e Essência do Conhecimento Possibilidade do Conhecimento.
2.4.6. Metafísica 
Aristóteles é considerado o "pai" da metafísica. Metafísica (do grego met = depois de, além de; physis = natureza ou físico) é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo. A saber, é o estudo do ser ou da realidade. Se ocupa em procurar responder perguntas tais como:O que é real? O que é natural? O que é sobrenatural? 
O ramo central da metafísica é a ontologia, que investiga em quais categorias as coisas estão no mundo e quais as relações dessas coisas entre si. A metafísica tenta, também esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo, incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objectos e suas propriedades, espaço, tempo, causalidade, e possibilidade. 
O sentido da palavra metafísica deve-se a Aristóteles e a Andrónico de Rodes. 
Aristóteles nunca utilizou esta palavra, mas escreveu sobre temas relacionados à physis e sobre temas relacionados à ética e à política, entre outros semelhantes. Andrónico, ao organizar os escritos de Aristóteles, o fez de forma que, espacialmente, aqueles que tratavam de temas relacionados à physis viessem antes dos outros. Assim, eles vinham além da física (Meta = depois, além; Physis = física). Neste sentido, a metafísica é algo intocável, que só existe no mundo das ideias. 
Assim, conscientemente ou não, Andrónico organizou os escritos de forma análoga à classificação dos dois temas. Ética, política, etc., são assuntos que não tratam de seres físicos, mas de seres não físicos existentes apesar da sua imaterialidade. 
Em resumo, a Metafísica trata de problemas sobre o propósito e a origem da existência e dos seres. Especulação em torno dos primeiros princípios e das causas primeiras do ser. Muitas vezes ela é vista como parte da Filosofia, outras, se confunde com ela.
2.4.7. Antropologia Filosófica 
Antropologia filosófica é a antropologia encarada metafisicamente; é antes aquela parte da filosofia que investiga a estrutura essencial do homem; contudo, este ocupa o centro da especulação filosófica, na medida em que tudo se deduz a partir dele, na medida em que ele torna acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. Ou seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue da antropologia mítica, poética, teológica, e científico natural ou evolucionista por dar uma interpretação basicamente ontológica do homem. É também uma disciplina filosófica ou movimento filosófico que tem relações com as intenções e os trabalhos de Scheler, mas não está unido ao conteúdo específico desse autor. 
Concentra-se no estudo das estruturas fundamentais do Homem. Converte-se numa ontologia, na medida em que nos conduz à questão do significado do “Ser”. O Homem torna-se para si mesmo o tema de toda a especulação filosófica: interessa estudar o Homem e estudar tudo o mais apenas em relação a ele. O que é mais significativo é o conhecimento do Homem, e não o de nós próprios enquanto individualidade. Estuda, também, o carácter bio psicológico do Homem, verifica o que o Homem faz com suas disposições bioquímicas dentro de seu ambiente biológico que possa diferenciá-lo de outros animais.
2.5. O Mito e a Filosofia 
A mente humana é naturalmente inquiridora: quer conhecer as razões das coisas. Basta ver uma criança fazendo perguntas aos pais. Mas às mesmas perguntas podem ser dadas diversas respostas: respostas míticas, teológicas, científicas e filosóficas, com isso identifica-se vários aspectos que norteiam o estudo do mito a da filosofia, são elas:
· O mito exerce uma função semelhante à da filosofia, enquanto representa o modo de autocompreender-se dos povos primitivos, com o objectivo de fornecer e responder aos questionamentos existenciais, cósmicos e culturais, ou seja, fornecer uma explicação para os acontecimentos da natureza e da existência humana: para a guerra e a paz, para a bonança e a tempestade, para a abundância e a carestia, para a saúde e a doença, para o nascimento e a morte;
· A filosofia nasce por meio de longo processo histórico, surge promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento racional, sem, entretanto, romper bruscamente com todos os conhecimentos do passado. Durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilharam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia. Essa passagem do mito à razão “significa precisamente que já havia, de um lado, uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está incluído o poder do lendário”;
· O mito pode ser contraditório. A Filosofia não admite contradições;
· O mito está relacionado ao passado e a filosofia se pretende a temporalidade; e
· Embora existam esses aspectos de continuidade, a filosofia surge como algo muito diferente, pois resulta de uma ruptura quanto à atitude diante do saber recebido. Enquanto o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona, a filosofia problematizada e, portanto, convida à discussão. Enquanto no mito a inteligibilidade é dada, na filosofia ela é procurada. A filosofia rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes divinos na explicação dos fenómenos. Ainda mais: a filosofia busca a coerência interna, a definição rigorosa dos conceitos, o debate e a discussão e surge, portanto, como pensamento abstracto.
2.6. Diferença do Período Cosmológico (Naturalista) do Período Antropológico na Filosofia
Os períodos da Filosofia não correspondem exactamente a essas épocas, já que ela não existe na Grécia homérica e só aparece nos meados da Grécia arcaica. Entretanto, o apogeu da Filosofia acontece durante o apogeu da cultura e da sociedade gregas; portanto, durante a Grécia clássica.
Existem quatro grandes períodos da Filosofia grega, nos quais seu conteúdo muda e se enriquece, são:
i. Período pré-socrático ou cosmológico, do final do século VII ao final do século V a.C., quando a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.
ii. Período socrático ou antropológico, do final do século V e todo o século IV a.C., quando a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas (em grego, ântropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome de antropológico).
iii. Período sistemático, do final do século IV ao final do século III a.C., quando a Filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto do conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da ciência.
iv. Período helenístico ou greco-romano, do final do século III a.C. até o século VI depois de Cristo. Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos primeiros Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.
Pode-se perceber que os dois primeiros períodos da Filosofia grega têm como referência o filósofo Sócrates de Atenas, donde a divisão em Filosofia pré-socrática e socrática,ondes deixa plasmado a diferença entre esses dois períodos.
a) Período pré-socrático ou cosmológico
Os principais filósofos pré-socráticos foram:
· Filósofos da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
· Filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
· Filósofos da Escola Eleata: Parménides de Eléia e Zenão de Eléia;
· Filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.
As principais características da cosmologia são:
· É uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da Natureza, da qual os seres humanos fazem parte, de modo que, ao explicar a Natureza, a Filosofia também explica a origem e as mudanças dos seres humanos.
· Afirma que não existe criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do nada (como é o caso, por exemplo, na religião judaico-cristã, na qual Deus cria o mundo do nada). Por isso diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”. Isto significa: a) que o mundo, ou a Natureza, é eterno; b) que no mundo, ou na Natureza, tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer, embora a forma particular que uma coisa possua desapareça com ela, mas não sua matéria.
· O fundo eterno, perene, imortal, de onde tudo nasce e para onde tudo volta é invisível para os olhos do corpo e visível somente para o olho do espírito, isto é, para o pensamento.
· O fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna é o elemento primordial da Natureza e chama-se physis (em grego, physis vem de um verbo que significa fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer, produzir). A physis é a Natureza eterna e em perene transformação.
· Afirma que, embora a physis (o elemento primordial eterno) seja imperecível, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo, seres que, ao contrário do princípio gerador, são perecíveis ou mortais.
· Afirma que todos os seres, além de serem gerados e de serem mortais, são seres em contínua transformação, mudando de qualidade (por exemplo, o branco amarelece, acinzenta, enegrece; o negro acinzenta, embranquece; o novo envelhece; o quente esfria; o frio esquenta; o seco fica úmido; o úmido seca; o dia se torna noite; a noite se torna dia; a primavera cede lugar ao verão, que cede lugar ao outono, que cede lugar ao inverno; o saudável adoece; o doente se cura; a criança cresce; a árvore vem da semente e produz sementes, etc.) e mudando de quantidade (o pequeno cresce e fica grande; o grande diminui e fica pequeno; o longe fica perto se eu for até ele, ou se as coisas distantes chegarem até mim, um rio aumenta de volume na cheia e diminui na seca, etc.). Portanto o mundo está em mudança contínua, sem por isso perder sua forma, sua ordem e sua estabilidade.
b) Período socrático ou antropológico
As características gerais do período socrático:
· A Filosofia se volta para as questões humanas no plano da ação, dos comportamentos, das ideias, das crenças, dos valores e, portanto, se preocupa com as questões morais e políticas.
· O ponto de partida da Filosofia é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz de reflexão. Reflexão é a volta que o pensamento faz sobre si mesmo para conhecer-se; é a consciência conhecendo-se a si mesma como capacidade para conhecer as coisas, alcançando o conceito ou a essência delas.
· Como se trata de conhecer a capacidade de conhecimento do homem, a preocupação se volta para estabelecer procedimentos que nos garantam que encontramos a verdade, isto é, o pensamento deve oferecer a si mesmo caminhos próprios, critérios próprios e meios próprios para saber o que é o verdadeiro e como alcançá-lo em tudo o que investiguemos.
· A Filosofia está voltada para a definição das virtudes morais e das virtudes políticas, tendo como objecto central de suas investigações a moral e a política, isto é, as ideias e práticas que norteiam os comportamentos dos seres humanos tanto como indivíduos quanto como cidadãos.
· Cabe à Filosofia, portanto, encontrar a definição, o conceito ou a essência dessas virtudes, para além da variedade das opiniões, para além da multiplicidade das opiniões contrárias e diferentes. As perguntas filosóficas se referem, assim, a valores como a justiça, a coragem, a amizade, a piedade, o amor, a beleza, a temperança, a prudência, etc., que constituem os ideais do sábio e do verdadeiro cidadão.
· É feita, pela primeira vez, uma separação radical entre, de um lado a opinião e as imagens das coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos, nossos hábitos, pelas tradições, pelos interesses, e, de outro lado, as ideias. As ideias se referem à essência íntima, invisível, verdadeira das coisas e só podem ser alcançadas pelo pensamento puro, que afasta os dados sensoriais, os hábitos recebidos, os preconceitos, as opiniões.
· A reflexão e o trabalho do pensamento são tomados como uma purificação intelectual, que permite ao espírito humano conhecer a verdade invisível, imutável, universal e necessária.
· A opinião, as percepções e imagens sensoriais são consideradas falsas, mentirosas, mutáveis, inconsistentes, contraditórias, devendo ser abandonadas para que o pensamento siga seu caminho próprio no conhecimento verdadeiro.
· A diferença entre os sofistas, de um lado, e Sócrates e Platão, de outro, é dada pelo fato de que os sofistas aceitam a validade das opiniões e das percepções sensoriais e trabalham com elas para produzir argumentos de persuasão, enquanto Sócrates e Platão consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou imagens das coisas, como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena da realidade.
2.7. Consciência Moral 
Segundo Kant (1997), na imensa literatura sobre o conceito de consciência produzida na história da filosofia, em especial na área da filosofia moral, é sem dúvida na obra de Kant que encontramos as concepções mais elaboradas e com maior impacto para o pensamento filosófico contemporâneo. Sendo assim, faz sentido que exploremos em determinados textos de Kant algumas formulações daquele conceito e nos concentremos em certos aspectos da sua argumentação a favor da sua centralidade e autonomia num sistema de filosofia moral. Contudo, antes de iniciar esta exploração do conceito na obra kantiana, será conveniente sublinhar que, na filosofia contemporânea, aquilo a que chamamos “consciência moral” tem sido explicado, tanto na sua génese, como nas suas funções, de formas diferentes e até contraditórias relativamente à concepção de Kant. Sem elaborar sobre este tema (ele próprio merecendo um tratamento à parte – veja-se, neste mesmo Dicionário de Filosofia Moral e Política, a entrada Ética Evolutiva), é possível afirmar-se que muitos filósofos contemporâneos compreendem a consciência em geral e a consciência moral em particular, como um resultado da evolução da espécie e da espécie humana em particular.
Para qualquer das posições acima mencionadas, a consciência moral não possui autonomia face ao determinismo biológico ou cultural. É precisamente neste ponto que a filosofia moral de Kant, assim como as que a continuam, se distancia das filosofias evolutivas contemporâneas que praticam espécies diferentes de reducionismo biológico. A diferença essencial é que, contra qualquer determinismo desse tipo, a acção humana é compreendida como podendo envolver motivações ou causas, cuja origem se encontra naquilo a que Kant chama racionalidade prática, a qual é exercida por cada pessoa, individualmente considerada. Trata-se de uma faculdade que os sujeitos têm de representar fins, os quais funcionam como motivos ou causas das acções do próprio sujeito e que este considera como sendo motivações genuinamente suas. Será possível pois defender a existência de uma consciência moral a partir do momento em que aceitamos que o sujeito é capaz de avaliaras suas acções como algo que pode escapar a determinismos, quer de ordem biológica, quer cultural. Passa a ser plausível que alguém que se considere liberto desse determinismo forme, por exemplo, um sentimento de responsabilidade ou uma consciência de culpa que não formaria se considerasse as suas acções apenas como o resultado de forças que em última análise o condicionam. É evidente que é possível questionar a verdade dessa suposição por parte do indivíduo: não será auto-ilusório afirmar que esta ou aquela acção, esta ou aquela decisão são genuinamente nossas, interiores, independentes de qualquer determinismo eterno? A demonstração de que de facto existem motivações para a acção genuinamente internas constitui o eixo argumentativo da filosofia moral de Kant. Se essa demonstração tiver sucesso, faz sentido acrescentar que o sujeito moral é alguém que dá regras a si mesmo. É nesta linha que se deve aprofundar a teoria kantiana da consciência moral.
Na perspectiva ético e moral, a consciência é a espontaneidade livre e racional, para escolher, deliberar, e agir conforme à liberdade aos direitos alheios e deveres. É a pessoa dotada de vontade livre e de responsabilidade. É a capacidade para compreender e interpretar sua situação e condição (física, mental, social, cultural, histórica), viver na companhia dos outros segundo as normas e os valores morais definidos por sua sociedade, agir tendo em vista fins escolhidos por deliberação e decisão, realizar as virtudes e, quando necessário, contrapor-se e opor-se aos valores estabelecidos em nome de outros, considerados mais adequados à liberdade e à responsabilidade.
A consciência moral (pessoa) e a consciência política (o cidadão) formam-se pelas relações entre as vivências do eu e os valores e as instituições de sua sociedade ou de sociedade ou de sua cultura. São as maneiras pelas quais nos relacionamos com os outros por meio de comportamentos e práticas determinadas pelos códigos morais (que definem deveres, obrigações, virtudes), e políticos (que definem direitos, deveres e instituições colectivas públicas), a partir de modo como uma cultura e uma sociedade determinadas definem o bem e o mal, o justo e o injusto, o legítimo e o ilegítimo, o legal e o ilegal, o privado e o público. O eu é uma vivência e uma experiência que se realiza por comportamentos; a pessoa e o cidadão são consciência como agente (moral e político), como práxis. 
Em sua essência, a consciência é um vazio, um nada, um silêncio que nos possibilita sentir e escutar, reflectir e querer. Nela ouvimos a voz do nosso ser. Na vida familiar, a consciência é considerada apenas uma vivência. 
Platão definiu a consciência como o “diálogo da alma consigo mesma”. A alma interroga a si mesma sobre que relação e compromisso têm ela com essa outra realidade, que se dá a conhecer no íntimo diálogo consigo mesma.
2.7.1. Graus da Consciência Moral
Distinguem-se três graus da consciência: 
i. Consciência passiva: aquela na qual temos uma vaga e uma confusa percepção de nós mesmos e do que se passa à nossa volta, como no devaneio, no momento que precede o sono ou o despertar, na anestesia, e sobretudo, quando somos muito criança ou muito idosos. 
ii. Consciência vivida, mas não reflexiva: é nossa consciência afectiva, que tem a peculiaridade de ser egocêntrica, isto é, de perceber os outros e as coisas apenas a partir de nossos sentimentos com relação à elas, como por exemplo, a criança que bate numa mesa ao tropeçar nela, julgando que a “mesa faz de propósito para machucá-lo”. Nesse grau de consciência não conseguimos superar o eu e o outro, o eu e as coisas. É típico por exemplo, das pessoas apaixonadas, para as quais o mundo existe a partir de seus sentimentos de amor, ódio, cólera, alegria, tristeza, etc. 
iii. Consciência activa e reflexiva: aquela que reconhece a diferença entre interior e o exterior, entre si e os outros, entre si e as coisas. Esse grau de consciência é o que permite a existência da consciência em suas quatro modalidades, que são: o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito.
2.8. Características da Ética Individual, Social e Profissional
A ética, enquanto ramo base do conhecimento, tem por finalidade agregar o comportamento humano no interior de cada sociedade. Qualquer sociedade enfrentará os dilemas atribuídos à moral e à ética. Os dilemas morais fazem parte do reflexo das acções das pessoas, surgindo a partir das consequências da acção e reacção de um determinado indivíduo frente a um acontecimento. 
Segundo Mario Alencastro (1997, p.89), a ética profissional consiste em um conjunto de normas de conduta que devem ser sugeridas e executadas durante o exercício profissional. As acções reguladoras da ética atingem o desempenho profissional, fazendo com que o profissional respeite à semelhança do próximo. 
A ética individual consiste na construção continuamente inacabada, pois persiste até o fim da vida. O ser humano, desde seu nascimento, está sujeito à influência social, primeiramente por intermédio da família, depois pela influência social na escola, entre amigos, com os meios de comunicação, dentre outros. Essas influências são adquiridas aos poucos, fazendo com que se manifeste o aspecto moral social. Assim, o indivíduo tem o livre arbítrio para acatar determinada norma devido sua reflexão social, podendo ser chamada de interiorização. (ALENCASTRO, 1997, p.90).
Sung e Silva (1995, p. 66) analisam as questões referentes à ética individual diante da ética profissional. Os autores enfatizam que a ética individual passou a fazer parte do quotidiano social após o crescimento do capitalismo, já que a filosofia seguida pelos defensores da cultura capitalista era de defender de todas as maneiras os interesses individuais, independente da consequência recaída ao colectivo. 
Sung e Silva (1995, p.67), explicam ainda que “quando o espírito da defesa do interesse próprio é o mais forte numa empresa, é impossível criar o espírito de equipe, um item fundamental para aumentar a produtividade da empresa, tão necessária num mercado competitivo”. Os autores declaram que esses factores levaram os executivos e os estudiosos e teóricos da administração a se atentarem sobre as questões éticas, enxergando que a ausência de ética e a simples defesa do interesse próprio põem em perigo a sobrevivência das empresas e, portanto, dos seus próprios empregos. (SUNG; SILVA, 1995, p. 66).
Os valores individuais ligados à formação, à família do indivíduo, são importantes. No entanto, pesquisas indicam que “provavelmente a qualidade ética do grupo do trabalho, e não do desenvolvimento moral, é o mais importante para a determinação do comportamento das pessoas na empresa”. (ENRIQUEZ, 1997, p.07)
Para Enriques, 1997, a Ética Social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de outra, representam a experiência colectiva de pessoas e culturas. Esse tipo de ética geralmente age como uma espécie de “código de conduta” que governa o que é e o que não é aceitável, além de fornecer uma estrutura para assegurar que todos os membros da comunidade sejam cuidados.
A ética padrão é tipicamente orientada pela moral individual que determina o certo ou errado.
Dentro de uma sociedade, o foco geralmente é mais sobre o que pode ser considerado um comportamento apropriado para as pessoas como um todo.
As pessoas percebem as coisas de maneira diferente, no entanto, e várias culturas compartilham crenças frequentemente opostas; como tal, o que é considerado “certo” para um grupo pode não ser necessariamente e universalmente consistente – e definir a ética social como um absoluto é muitas vezes muito difícil.
Existem alguns padrões gerais que os membros da maioria das sociedades devem aderir no decorrer da interacção regular entre si. Às vezes, isso se reflecte em leis ou códigos legais – como proibições contra assassinato e roubo, por exemplo.
Textos religiosos como a Bíblia às vezes podem ser usados como base para o clima ético de uma sociedade. Mais frequentemente, porém, são coisas que devem ser feitas ou nãofeitas por nenhuma outra razão que sejam as “coisas certas a fazer”. A proverbial “regra de ouro” de “faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. se encaixa bem neste modelo.
Na maioria dos lugares, as empresas também seguem os princípios da ética social. Isso pode vir na forma de fontes e embalagens ecológicas ou “verdes”, por exemplo. A responsabilidade local também pode desempenhar um papel – os líderes corporativos muitas vezes se sentem obrigados por normas éticas a doar uma percentagem dos lucros anuais para instituições de caridade locais, por exemplo, ou para incentivar os funcionários a se envolverem com serviços comunitários ou oportunidades de voluntariado na área próxima. Muitos vêem isso como uma maneira de uma empresa “devolver” às comunidades que lhes permitem ter sucesso em primeiro lugar.
2.9. Problemas da Teoria do Conhecimento
A Teoria do Conhecimento, também chamada de Gnosiologia, é o campo da Filosofia que se dedica ao estudo do conhecimento.
De modo geral, a Teoria do Conhecimento tende a priorizar temas ligados à origem, limites e natureza de temas considerados cognitivos, ou seja, ocupa-se em entender, estudar e validar o conhecimento, a possibilidade de existência do conhecimento e quais os fundamentos, origens e valores.
Os quatro (4) problemas de conhecimento são:
· Possibilidades de conhecimento;
· Origem de conhecimento;
· Natureza de conhecimento; 
· Valor ou níveis de conhecimento. 
i. Possibilidades de conhecimento encontramos duas correntes que são:
· Dogmatismo; e 
· Cepticismo. 
Cepticismo a palavra vem do grego, skeptikos, que significa olhar a distancia, examinar, observar que considera o céptico tanto observa e considera que conclui, nos casos mais radicais, pela impossibilidade do conhecimento, e nas tendências moderas, pela suspensão provisória de qualquer juízo. 
O cepticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega e o seu fundador e Pirro de Elis (360-275 a.c), que viajo até a Índia e lá estudou, e propôs a adaptação do cepticismo prático. 
Dogmatismo a palavra vem do Grego dogmatikos, significa, que funda em princípios ou relativo a uma doutrina dogmatismo e a doutrina segundo a qual o Homem pode atingir a certeza. 
a) As suas escolas são:
Nova academia, Arcesilau (315-241a.c.) e Carnéades (213-129 a.c.) desenvolveram mais perspectivas teóricas, que refutavam concepções absolutas de verdades e mentira. 
ii. Origem do conhecimento as principais correntes são:
Empirismo vem do grego que significa “experiencia” o empirismo, sustenta que todo o conhecimento e de raiz particular e contingente, a posteriori, visto que procede internamente da experiencia, isto e fundamento e a fonte de todo e qualquer o conhecimento e experiencia sensível, responsável pela existência das ideais na razão e controlando o trabalho da própria razão, pois o valor e o sentido da actividade racional dependem do que e determinado pela experiencia. 
Os principais representantes são: Francis Bacon, Jhon locke e David Hume.
O racionalismo doutrina que afirma que todo que existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser demonstrado de fato, como a origem do Universo. O racionalismo e baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori ou seja conhecimento que não vêem da experiencia e são elaborado somente com a razão. 
A sua escola é: Rene Descartes (1646-1716), Spinoza (1632-1677), Leibniz (1646-1716) e Friedrick Hegel (1770-1831).
iii. Natureza de conhecimento e as principais correntes são:
Realismo 
É a posição filosófica que afirma a existência objectiva ou em si da realidade externa como como uma realidade racional em si e por si mesma e, que afirma a existência da razão objectiva. 
Tipos de realismo 
Existem 3 tipos de realismo que são: 
· Realismo ingénuo; 
· Realismo natural; e
· Realismo crítico. 
Em suma o realismo reduz-se em duas partes que são: Realismo Natural e Critico. 
As suas principais Escolas são: Russel, Samuel Alexander, Jasper, Sartre, Lukacs e Kosik. 
Idealismo 
E a tendência filosófica que reduz toda a existência ao pensamento. 
Immanuel Kant formula o idealismo, no qual objecto e algo que só existe em uma relação de conhecimento. Que diz todo o conhecimento de objecto, sempre submetido a modos especificamente humanos de conhecer, como as ideias de espaço e tempo, dos objectos em si, que jamais serão conhecidos. 
As suas principais Escolas são: Immanuel Kant, Johann Gottlib e Friedrich Hegel.
iv. Níveis de conhecimentos
Os níveis de conhecimentos encontramos basicamente os tios de conhecimentos aqui neste trabalho de pesquisa, vamos falar sobre os principais tipo de conhecimento que são: 
Senso comum ou popular e conhecimento do povo que nasce da experiência do dia-a-dia, também e chamado de conhecimento empírico. 
Conhecimento científicos este tipo de conhecimento baseia-se na experiencia ou simplesmente na comprovação de alguns fenómenos existem métodos para alcance deste conhecimento. 
Segundo Galileu (1564-1642), nasceu a ciência moderna pois, e determinado o objecto e o método desta ciência. A ciência como objecto a descoberta das leis que presidimos fenómenos sensíveis e como método, serve-se da observação sistemática e, quando possível, da experimentação. 
Conhecimento filosófico enquanto as ciência estudam uma parte da realidade sensível filosofia questiona toda as coisas, procurando saberá sua essência (o que e), sua origem (de onde vem?),seu destino (para onde vai?), seu sentido (por que). 
Conhecimento teológico é os conhecimentos que provem da religião. Em suma a verdade pode ser encontrada tanto em caminho da investigação (NAS ciências e na filosofia), como pelo caminho da revelação e do encontro com o Transcendente (típico da experiencia religiosa). O homem responde a “REVELAÇÃO de DEUS através da Fé.” 
As principais Escolas são: Muçulmanos, Cristianismo, Budismo e Curandeirismo. 
2.10. Faculdade que nos da Conhecimento
As faculdades do conhecimento são:
· Se sensação;
· Percepção;
Ao entender de Marinela Chauí (2000: 151) o conhecimento sensível também é chamado de conhecimento empírico ou experiência sensível e suas formas principais são a Sensação e a Percepção.
A Sensação é o que nos dá as qualidades exteriores e interiores, isto é, as qualidades dos objectos e os efeitos internos dessas qualidades sobre nós. Na sensação vemos, tocamos, sentimos, ouvimos qualidades puras e directas: cores, odores, sabores, texturas. Sentimos o quente e o frio, o doce e o amargo, o liso e o rugoso, o vermelho e o verde, etc. Assim, Japiassú & Marcondes (2001: 173) define a “Sensação como uma impressão subjectiva e interior advinda dos sentidos e causada por algum objecto que os excita ou estimula”.
Percepção designa o acto ou a função cognoscitiva à qual se apresenta um objecto real. Segundo Abbagnano (2007: 149) Percepção é o acto de perceber, acção de formar mentalmente representações sobre objectos externos a partir dos dados sensoriais. A sensação seria assim a matéria da percepção. Todas as percepções da mente humana se incluem em dois tipos distintos que são: Impressões e Ideias. A diferença entre uma e outra consiste nos graus de força e vivacidade segundo os quais atingem a mente chegando até o pensamento e a consciência. Aquelas percepções que penetram com mais força podem chamar-se de impressões compreendendo todas as nossas sensações, paixões e emoções. Por Ideias considero as imagens pálidas dessas no pensamento e no raciocínio.
3. Conclusão 
No presente trabalho de pesquisa conclui-se, que consciência produzida na história da filosofia, em especial na área da filosofia moral, é sem dúvida na obra de Kant que encontramos as concepções mais elaboradas e com maior impacto para o pensamento filosófico contemporâneo. Sendo assim, faz sentido que exploremos em determinados textos de Kant algumas formulações daquele conceito e nos concentremos em certos aspectos da sua argumentação a favor da sua centralidade e autonomia num sistema de filosofiamoral. Contudo, antes de iniciar esta exploração do conceito na obra kantiana, será conveniente sublinhar que, na filosofia contemporânea, aquilo a que chamamos “consciência moral” tem sido explicado, tanto na sua génese, como nas suas funções, de formas diferentes e até contraditórias relativamente à concepção de Kant. Sem elaborar sobre este tema (ele próprio merecendo um tratamento à parte – veja-se, neste mesmo Dicionário de Filosofia Moral e Política, a entrada Ética Evolutiva), é possível afirmar-se que muitos filósofos contemporâneos compreendem a consciência em geral e a consciência moral em particular, como um resultado da evolução da espécie e da espécie humana em particular.
4. Referência bibliográfica 
· ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. S. Paulo: Martins Fontes. 2007. 
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· CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
· CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia: dos Pré-socráticos a Aristóteles. 2 ed., revista e ampliada. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, vol. 1, p. 20.
· CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005, p. 19.
· ENRIQUEZ, Eugène. Os desafios éticos nas organizações modernas. Revista de Administração de Empresas, São Paulo: FGV-EAESP, v. 37, n. 2, p. 6-17, abr./jun. 1997.
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· VICENTE, J.Neves.Razao e Dialogo, Introducao a filosofia10º ano porto editora, porto, 1998. 
· JASPERS, KARl.introducao ao pensamento filosófico, editora Cultrix.S.Paulo
· Kant, I. (1997), Lectures on Ethics, ed. Peter Heath e J. B. Schneewind, Cambridge University Press, Cambridge.
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· JAPIASSÚ, Hilton. & MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3ª Edição. R. Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. 
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