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116
Unidade II
5 TRANSFORMAÇÕES EM FRASES SIMPLES
O estudo da frase foi (e continua) a ser bastante aprofundada pela linha gerativista, que traz grandes 
contribuições para essa área. O modelo gerativista apresentado é de Noam Chomsky, que tornou os 
sintagmas SN + SV seus maiores objetos de estudo. 
A frase é, na síntese de Souza e Silva e Koch (1989), definida como todo enunciado suficiente por si 
mesmo para estabelecer comunicação. Consiste na organização e combinação de elementos linguísticos, 
conforme certos princípios. O material organizado recebe o nome de proposição (P) ou oração (O) e pode 
ser veiculada pelo locutor sob o modo da asserção, da pergunta, ordem, entre outros tipos de frase (T). 
A primeira regra de constituição de toda e qualquer frase é:
F → T + P
Significa que o símbolo à esquerda (F = Frase) pode ser reescrito ou analisado pela sequência de 
símbolos à direita da seta (T = Tipo + P = Proposição ou oração).
De O, em português, são geradas frases simples do português:
O → SN + SV (SP)
SN → (Det) (Mod) N (Mod)
 pro
 ∆
Det (pré-det) det-base (pós-det)
Mod SA 
 SP
SP prep + SN
 adv
SA → (intens) (SPA) Adj (SP C)
 V (intens) SN SP C (SP A)
SV → SA SP C 
 Cóp SN
 SP
 V (intens) SN SP C (SP A)
SV → SA SP C 
 Cóp SN
 SP
Unidade II
117
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Postula-se, assim, a gramática sintagmática.
 Saiba mais
A descrição e explicação da gramática sintagmática da língua portuguesa 
foram eficientemente explorados pela linguista brasileira Ingedore Koch. 
Juntamente com a estudiosa Maria Cecília Souza e Silva, Koch lançou um 
dos livros pioneiros sobre a nossa língua: 
SOUZA E SILVA, M. C. P.; KOCH, I. V. Linguística aplicada ao português: 
sintaxe. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1989.
5.1 Tipos obrigatórios
Os tipos obrigatórios são: o declarativo, o interrogativo, o imperativo e o exclamativo. Esses tipos 
unem-se ora ao subtipo afirmativo, ora ao negativo.
O tipo declarativo afirmativo combina com toda e qualquer oração, sem sofrer transformações 
obrigatórias de concordância:
• i. Decl. Afirm. + o ministro anunciar + passado + as novas providências no final desta semana
• ii. No final desta semana, o ministro anunciou as novas providências.
Na forma i, o verbo se encontra na forma neutra, o infinitivo, seguida pela marca do tempo. Sobre 
essa estrutura opera a T. concordância, com o acréscimo ao tempo da marca de número e pessoa, que 
ocorre entre o V e o SN, fazendo o verbo concordar com o seu sujeito.
O tipo interrogativo afirmativo pode ter como base (escopo) toda a oração ou então um constituinte. 
No primeiro caso, temos sempre frases que exigem resposta sim ou não, conforme o exemplo:
• i. Inf. af. + você ir comigo ao teatro
• ii. Você vai comigo ao teatro?
O sistema arbóreo simplificado fica assim:
E. P. F
T
Int. af. Você ir comigo ao teatro
O
118
Unidade II
No segundo caso, as mudanças ocorridas dependem da função e do valor semântico do escopo 
(base) da interrogação: quem, que, onde, quando etc. Exemplo:
a. 
i. Int. af. + alguém levar Cristina ao cinema.
ii. Quem levou Cristina ao cinema?
b.
i. Int. af. + Jorge dizer algo a meu respeito
ii. O que disse Jorge a meu respeito?
c.
i. Int. af. + Luísa deixar o casaco em algum lugar
ii. Onde Luísa deixou o casaco?
d. 
i. Int. af. + os pedreiros terminar a obra em dado momento
ii. Quando os pedreiros terminarão a obra?
No sistema arbóreo, o tipo interrogativo afirmativo é explicitado pela marca QU-, o constituinte 
sobre o qual recai a interrogação. 
E. P. F
T
Int. af. Luísa deixar o algum lugarcasaco em
N
O
SP ASN
V
Det Det
QU-SN
N N
prep SN
SV
Sobre essa E. P. (estrutura profunda), opera a transformação da interrogação de constituintes:
• a extraposição do constituinte QU- para o início da oração;
• a substituição do constituinte marcado pela partícula interrogativa onde.
119
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
O processo de transformação fica assim:
T. Interr.
em oalgum
ONDE
casacolugar Luísa deixou
O
SVSP A
N V SN
DetDet
QU-
NN
prep SN
SN
O tipo exclamativo não provoca alterações, além do acréscimo da entonação que lhe é própria, na 
língua oral, e do acréscimo do sinal de exclamação, na escrita. 
• i. Excl. + você estar bonita com este vestido novo
• ii. Você está bonita com este vestido novo!
Os tipos imperativo afirmativo e negativo podem exprimir ordem, pedido, conselho, súplica. Essas 
diversas expressões diferenciam-se na entonação, pelo acréscimo de por favor, cuidado etc.
Verbos que exprimem acontecimentos independentes da nossa vontade, tais como caber, 
poder e nascer, não são marcados no imperativo. Determinados traços do predicado atribuídos 
ao sujeito, como qualidades inerentes – tais como ser alto, ser feio, ser mortal etc. – não são 
expressos no imperativo.
A transformação de imperativo acontece em duas etapas:
• alterações na forma do verbo relativas ao modo imperativo;
• apagamento do SN sujeito.
adizertu verdadeImp. af.
FE. P.
T
SN SV
O
Det
V
N
SN
 
120
Unidade II
T. imp.
a verdadeImp. af.
SV
O
V
Det N
SN
Em relação às orações negativas, a negação pode recair sobre a oração como um todo ou sobre um 
dos seus constituintes (ninguém, nada etc.). No primeiro caso, a partícula não é introduzida diante do 
verbo, conforme o exemplo:
a.
i. Decl. + neg + o presidente sancionar a lei
ii. O presidente não sancionou a lei.
b.
i. Int. + neg. + as crianças ir ao parque
ii. As crianças não foram ao parque
c.
i. Imp. + neg. + você acusar os colegas
ii. Não acuse os colegas
No segundo caso, a alteração é maior, consistindo na substituição do item lexical indefinido que a 
negação tem por escopo:
i. Decl. + neg + alguém dizer a verdade
ii. Ninguém disse a verdade
No diagrama arbóreo, um exemplo de oração do tipo negativo:
121
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
o sancionar leipresidente aDecl. Neg.
FE. P.
T
SN SV
O
Det
Det
VN
N
SN
T. Neg.
o a leipresidente não sancionou
O
SN
Neg V SNDet
Det
N
N
SV
Exemplo de aplicação
I. Preencha a caixa com palavras de modo a constituir frases:
Quadro 26 
a. 
tipo Material 
Decl SN SV
N V SP
b.
tipo Material 
Inter SN SV SP
Det N V prep SN
II. Aplique o tipo interrogativo às proposições:
O presidente virá a São Paulo na próxima semana.
Qu- alguém roubou as joias da rainha.
Você comprou esses livros de astrologia Qu- em algum lugar
Qu- algo estava pichado no muro
Você conheceu este rapaz Qu- de alguma maneira
122
Unidade II
5.2 Tipos facultativos
Os tipos facultativos são o passivo e o enfático. 
Para a transformação passiva, a oração deve apresentar a estrutura sujeito – verbo – objeto direto, 
sendo o sujeito agente (animado ou dotado de força, movimento) e o verbo de ação. 
i. Decl. afirm. pass + a bicicleta atropelar o pedestre
ii. O pedestre foi atropelado pela bicicleta
A oração passiva apresenta-se nas formas analítica e sintética. A passiva analítica tem como 
diagramação arbórea:
a atropelar pedestrebicicleta oDecl. af. Pass
FE. P.
T
SN SV
O
Det
Det
VN
N
SN
T. Pass.
Det N
o atropelar bicicletapedestre ser -do per aDecl. af. 
F
T
SN SV
O
Det
Prep
VN
SN
SP
A passiva analítica acarreta uma reordenação na ordem dos elementos que compõem a oração:
• extraposição do SN objeto para a posição de sujeito;
• extraposição do sujeito para depois do verbo, antecedido da preposição por (per), vindo assumir a 
função de agente da passiva;
• modificação na forma verbal, à qual se adiciona o auxiliar ser, que passa a ser suporte de tempo, 
recebendono verbo principal a marca de particípio (-do para os verbos regulares).
123
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
 Lembrete
A transformação do tipo passivo analítico é visualizada, também, na 
gramática tradicional:
i. Muitas pessoas leem este jornal diariamente.
ii. Este jornal é lido por muitas pessoas diariamente.
O agente da passiva nem sempre é expresso. O seu apagamento ocorre quando o sujeito da forma 
ativa é indefinido; nos demais casos, esse apagamento é facultativo, dependendo de uma opção 
do falante:
a.
i. Alguém salvará o doente.
ii. O doente foi salvo.
b.
i. A imprensa divulgou amplamente a notícia.
ii. A notícia foi amplamente divulgada.
A passiva pronominal exige o preenchimento do SN sujeito da estrutura profunda por um pronome 
indefinido. Um exemplo de passiva pronominal:
• Alguém alugar apartamentos mobiliados.
• Apartamentos mobiliados alugam-se.
• Alugam-se apartamentos mobiliados.
A T. passiva pronominal (sintética) pode ser assim formalizada:
alguém
pron. ind.
alugar mobiliadoapartamentoDecl. Pass
F
T
SN SV
O
N
V
SA
SN
124
Unidade II
apartamentos alugam-semobiliadosDecl.
F
T
SN SV
V
O
N SA
T. Pass. Pron.
T. Extr. Alugam-se apartamentos mobiliados.
As modificações pela passiva pronominal são:
• extraposição do SN sujeito para a posição de sujeito;
• apagamento do agente da passiva, que é indeterminado;
• acréscimo do pronome apassivador se à forma verbal;
• extraposição do SN sujeito para depois do verbo.
O tipo enfático é também outro tipo facultativo. O tipo enfático manifesta-se por meio da expressão 
de realce é que, mas a ênfase pode recair sobre qualquer dos elementos da oração (sujeito, verbo etc.), 
conforme os exemplos:
• Eu é que não vou obedecer a essa determinação.
• É no teatro que encontrarei meus amigos.
• É Maria que eu estou procurando.
A ênfase pode ser expressa, também, por meio da reiteração de elementos do material (pleonasmo, 
anacoluto) e do acréscimo de outras partículas de realce (como, ora, mas etc.) acompanhado, geralmente, 
o tipo exclamativo.
A negação enfática é obtida pelo uso de nunca, jamais.
• Os alunos, estes não aceitaram a imposição da diretora.
• A mim, você não me engana.
• As rosas, colhi-as de madrugada.
• Como Campinas cresceu nos últimos anos!
• Ora vejam só que ousadia!
• Mas outra vez esse barulho!
• Nunca esquecerei as suas ofensas.
125
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
A visualização no diagrama arbóreo da frase do tipo enfático é:
Você é que esteve em casa (a expressão enfática é que):
Você
Pron.
estar casaem
Decl. af. enf.
FE. P.
T
SN SV
O
prep
cóp
SN
N
SPc
Você
Pron. é que
esteve casaem
Decl. af. enf.
F
T
SN SV
O
prep
cóp
SN
N
SPc
Exemplo de aplicação
As atividades a seguir são propostas por Souza e Silva e Koch (1989). 
I. Aplique o tipo passivo quando possível. Justifique as impossibilidades.
a. Mário envia as cartas de Luís a Carla.
b. A criança pesa 30 kg.
c. Os jornais teriam veiculado notícias sensacionais para atrair o público.
d. Sérgio tem entregado com regularidade seus relatórios.
e. Os alunos da universidade tinham espalhado notícias sobre a greve.
f. As padarias tornaram a entregar aos consumidores pães feitos com trigo deteriorado.
g. Os governantes começaram a discutir o assunto da abolição de subsídios ao trigo.
II. Aplique o tipo passivo pronominal:
a. Alguém abriu o cofre.
b. A gente enxerga melhor os defeitos alheios.
c. A gente encontrou fosseis muito antigos.
126
Unidade II
d. As pessoas constroem represas para produzir eletricidade.
e. Às vezes, as pessoas consideram pouco inteligentes aqueles que têm ideias próprias. 
III. Faça a transformação da frase do tipo enfático em diagrama arbóreo:
• Eu é que fui avisado de tua chegada.
• Este anúncio, ele foi feito pela nossa agência.
Comentários: Na atividade I, a transformação para o tipo passivo pode ocorrer em oração como 
Mário envia as cartas de Luís a Carla, que se torna: As cartas de Luís a Carla são enviadas 
por Mário. Temos a extraposição do SN objeto para SN sujeito e a presença do agente da passiva. 
No entanto, em frases como A criança pesa 30 kg é considerada agramatical a transposição para a 
passiva. Não aceitamos uma passiva assim: 30 kg são pesados pela criança.
Na atividade II, um exemplo de transformação é:
• Alguém abriu o cofre.
• O cofre abriu-se.
Na atividade III, a frase é do tipo declarativo afirmativo enfático passivo e no diagrama fica assim:
Eu eu
pron.
pron.
avisar chegadaade
Decl. af. enf.
FE. P.
T
SN SV
O
prep
Det.
V
SN
N
SPcSN
Tipo Enf.
Eu eu
pron. é que
pron.
avisar chegadaade
Decl. af. enf.
F
T
SN SV
O
prep
Det.
V
SN
N
SPcSN
127
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
T. pas. 
Eu
pron.
avisar -do
ser
chegadaade
Decl. af. pas.
F
T
SN SV
O
prep
Det.
V
SN
N
SPc
A segunda frase é do tipo declarativo afirmativo enfático passivo e fica assim visualizada:
agênciaNossa fez este anúncio
Decl. af. pas. enf.
FE. P.
T
SN SV
O
Det.
Det.
VN
N
SN
anúncioEste fez per a nossa agência
Decl. af. pas. 
F
T
SN SV
O
Det.
ser -do
Det
Det-base pós-det
prep.
VN
N
SN
SPc
anúncioEste fezele
pron
per a nossa agência
Decl. af. enf 
F
T
SN SVSN
O
Det.
Det
Det-base pós-det
prep
VN
N
SN
SPc
128
Unidade II
5.3 Transformações de pronominalização: clítica e oblíqua
Existem transformações que não dependem do tipo da frase, como é o caso das de pronominalização. 
São dois os tipos de pronomes pessoais em língua portuguesa: os retos e os oblíquos (além dos pronomes 
de tratamento).
 Lembrete
Os pronomes pessoais do caso reto são: eu, tu, ele/nós, vós, eles. Os 
pronomes do caso oblíquo são: me, mim; te, ti; se, o, lo, no, lhe; nos, vos.
Somente os pronomes retos existem no nível da estrutura profunda (EP); os oblíquos átonos e tônicos 
resultam da transformação dos primeiros.
A transformação clítica transforma um pronome reto da EP em pronomes oblíquos na estrutura 
superficial, quando este exerce a função de complemento verbal não regido de preposição.
• Tânia chamou- me
te
nos
vos
eu
tu
nós
vós
Tânia chamar
SN SV
OE. P.
VN SN
T. Clítica
me
te
nos
vos
Tânia chamou
SN SV
O
VN SN
A transformação oblíqua refere-se à transformação do pronome reto da estrutura profunda em 
pronome oblíquo tônico na estrutura superficial, quando este estiver antecedido de preposição, 
constituindo um SP C ou SP A.
129
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
• Mário trouxe este presente para mim
ti
nós
vós
É possível também a permuta de posição, dentro do SV, entre o SN e o SPC. Pode ocorrer ainda a 
cliticização, que implica o apagamento da preposição:
• Mário trouxe para mim este presente.
• Mário trouxe-me este presente.
A transformação fica assim visualizada:
eu
tu
nós
vós
Mário trazer este parapresente pron
SN SV
OE. P.
VN SN
Det prepN SN
SPc
mim
ti
nós
vósMário trouxe este parapresente
pron
SN SV
O
VN SN
Det prepN SN
SPc
T. oblíqua
130
Unidade II
Mário trouxe mim esteeste presente
SN SV
O
VN SPc
Detprep NSN
pro
SN
T. permuta
Mário trouxe esteme presente
SN SV
O
VN SP
Detprep NSN
pro
SN
T. Cliticização
Exemplo de aplicação
Represente as estruturas profundas das frases e indique as transformações aplicadas para a obtenção 
das estruturas superficiais:
a. Ontem, Gilberto levou-nos ao cinema.
b. Eu te disse a verdade.
c. Mandaram-me flores.
d. Encontre-me na porta do cinema.
e. José contou esta piada para mim.
f. Maria comprou para nós este lanche.
5.4 Transformações de pronominalização: reflexiva
A T. reflexiva acontece quando ocorrem dois SN idênticos e correferenciais, como o exemplo:
• A menina enfeitava-se diante do espelho.
• A jovem guardou o segredo para si.
131
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Temos a seguinte estrutura profunda da frase A menina enfeitava-se diante do espelho:
A menina enfeitar Márioa o espelhomenina diantede
SN SV SP
Det
Det Det
V prepN
N N
SN SN
Ao operar a transformação reflexiva clítica, obtemos:
O
A menina enfeitou se o espelhodiante de
SN SV SP
Det
Det
V prepN
N
SN
pro
SN
A estrutura profunda da segunda frase fica assim:
O
A jovem guardar ao jovemsegredo para
SN SV
SPDet
Det
Det
V
prep
N
N
N
SN
SN
A transformação reflexiva oblíqua chega a:
O
A jovem guardou o segredo para si
SN SV
SPDet
Det
V
prep
N
N
SN
SN
pro
132
Unidade II
Exemplo de aplicação
Atribua a cada uma das frases a letra correspondente à explicação da ocorrência da partícula se:
a: É o resultado da transformação de um SN.
b: É o resultado da transformação de um SP.
c: É o resultado de transformações de acréscimo. 
d: É parte integrante do verbo.
( ) Maria tem se dedicado aos estudos.
( ) Reescreveu-se mais uma página da história.
( ) Cândido retirou-se do aposento.
( ) O aluno queixou-se ao diretor.
( ) O menino cortou-se com o vidro.
( ) Refizeram-se os cálculos da obra.
( ) Ele se esqueceu de mim.
( ) Necessita-se de mecânicos gabaritados.
( ) Os grevistas retiraram-se da fábrica.
( ) Lili dá-se ares de grande dama.
Comentário: O resultado é:
(d) Maria tem se dedicado aos estudos.
(b) Reescreveu-se mais uma página da história.
(a) Cândido retirou-se do aposento.
(d) O aluno queixou-se ao diretor.
(a) O menino cortou-se com o vidro.
133
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
(b) Refizeram-se os cálculos da obra.
(d) Ele se esqueceu de mim.
(a) Necessita-se de mecânicos gabaritados.
(a) Os grevistas retiraram-se da fábrica.
(b) Lili dá-se ares de grande dama.
6 TRANSFORMAÇÕES EM FRASES COMPLEXAS
Neste tópico do livro-texto iremos tratar do período composto, que tem a combinação de duas ou 
mais orações. Tal combinação pode ser realizada por meio de procedimento sintático de:
• coordenação ou combinação;
• subordinação ou encaixamento.
Na subordinação, as regras são de substituição e, na coordenação, são de adição. 
 Saiba mais
Além da linha gerativa de Chomsky, há outras, sendo uma delas a de 
Tesnière, para quem o verbo é o nó dos nós, que amarra a si imediata ou 
mediatamente todos os termos da oração – e, como resultado, temos 
oração substantiva, adjetiva ou adverbial.
Uma obra que apresenta a linha de Tesnière é a de Flávia Carone:
CARONE, F. B. Morfossintaxe. 6. ed. São Paulo: Ática, 1997.
6.1 Transformações de encaixamento: completivas
As frases encaixadas ou subordinadas podem ser de três tipos:
• completivas: encaixadas no lugar de um SN;
• circunstanciais: encaixadas na posição de um SP A;
• relativas: encaixadas na posição de modificadores adjetivais do nome.
134
Unidade II
As completivas ou substantivas são aquelas que complementam a oração matriz, funcionando como: 
• sujeito (SUJ);
• objeto direto (OD);
• objeto indireto (OI);
• complemento nominal (CN);
• predicativo (PRED);
• aposto (AP).
O SN no qual se opera o encaixe é um termo como algo, alguma coisa, isto, uma coisa. São 
expressões pró-formas, vazias de significado. Vejamos:
a.
i. Algo é importante
 SUJ
ii. Todos os membros do Conselho apresentar sugestões.
iii. É importante a apresentação de sugestões por todos os membros do Conselho.
iv. É importante que todos os membros do Conselho apresentem sugestões.
b.
i. Ele desejava algo.
 OD
ii. Os companheiros colaborar na pesquisa.
iii. Ele desejava a colaboração dos companheiros na pesquisa.
iv. Ele desejava que os companheiros colaborassem na pesquisa.
c.
i. Nós precisamos de algo.
 OI
135
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
ii. Os colegas criticar este trabalho.
iii. Precisamos da crítica dos colegas a este trabalho.
iv. Precisamos de que os colegas critiquem este trabalho. 
d. 
i. A possibilidade de algo lhe deu forças para a luta.
 CN
ii. Ele realizar o seu sonho.
iii. A possibilidade de realização do seu sonho deu-lhe forças para a luta.
iv. A possibilidade de que realizasse o seu sonho deu-lhe forças para a luta.
e.
i. O jovem tinha certeza de algo.
 CN
ii. O jovem ser promovido.
iii. O jovem tinha certeza de sua promoção.
iv. O jovem tinha certeza de que seria promovido.
f. 
i. A nossa esperança é algo.
 PRED
ii. A equipe triunfar nos jogos decisivos.
iii. A nossa esperança é o triunfo da equipe nos jogos decisivos.
iv. A nossa esperança é que a equipe triunfe nos jogos decisivos.
g.
i. Nossa vontade é esta: algo.
 AP
136
Unidade II
ii. Os convidados ficar satisfeitos.
iii. Nossa vontade é esta: a satisfação dos convidados.
iv. Nossa vontade é esta: que os convidados fiquem satisfeitos.
A completiva será classificada, portanto, conforme a posição ocupada na frase pelo SN no qual ela 
for encaixada:
 O O O
SN SV SN SV SN SV
V SN V SP
prep SN
ALGO
(subj)
ALGO
(obj.dir.)
ALGO
(obj. ind.)
 O O O
SN SV SN SV SN SP
SN SNcóp SN
ALGO
(pred.)
Item 
genérico 
ALGO
(apos.)
ALGO
(compl. nom.)
ALGO
(compl. nom.)
O
SN
Det
Prep
Prep
SN
SN
Det
VN
N
∆ ∆SPc
SPc
SN
SNSV SV
O
O encaixamento das completivas pode ocorrer por meio do complementizador que, introduzindo 
oração substantiva desenvolvida, e pelo –R, o qual introduz oração substantiva reduzida.
Quando a oração completiva é introduzida pelo que, a transformação de encaixamento obedece a:
• encaixamento de O2 no lugar da pró-forma algo;
• acréscimo do complementizador. 
137
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Vejamos o exemplo:
• Eduardo sabe que Cristina viajou.
Eduardo Cristina Viajarsabe ALGO
OE. P.
SN
N
SNSV
V SN N V
SV
O
T. Encaix.
T. Encaix.
Eduardo Cristina viajousabe QUE
comp O2
O1
SN
N
SN
N
SV
V
SV
V
SN
Quanto ao complementizador –R, o encaixamento de uma completiva de uma oração reduzida 
de infinitivo. Nesse caso, a transformação de encaixamento recebe o nome de T. infinitiva. 
Exemplo:
• Luís espera vencer as dificuldades.
As transformações ocorridas são: 
• encaixamento de O2 no lugar da pró-forma ALGO de O1;
• acréscimo do complementizador –R (desinência modo temporal de infinitivo, indicando que o 
verbo assumirá necessariamente a forma infinitiva);
• apagamento do SN idêntico da completiva. 
Vejamos o gráfico:
138
Unidade II
Luís vencer dificuldadesespera Luís as-R
comp O2
O1
SN
N
SN
N V
Det
SN
N
SV
SV
V SN
Luís vencer dificuldadesespera as
O1
SN
N
V SN
Det N
SV
V SN
O2
SV
T. apag. do SN idêntico de O2
No exemplo, a completiva infinitiva exerce a função de objeto direto. Porém, ela pode também 
exercer as funções de:
• sujeito;
• objeto indireto;
• complemento nominal;
• predicativo;
• aposto.
Temos, como exemplos:
• É preciso ter fé nos homens.
• Gosto de observar a movimentação das formigas.
• Sentia uma vontade imensa de libertar-se de todas as amarras.
139
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
• Meu sonho é conhecer o mundo todo.
• Roberto só tinha um desejo: contribuir para o progresso da ciência.
Exemplo de aplicação
As atividades são adaptações das propostas por Souza e Silva e Koch (1989).
I. Sublinhe as orações completivas e classifique-as quanto à função sintática (oração subordinada 
substantiva subjetiva, oração subordinada substantiva objetiva direta, oração subordinada substantiva 
objetiva indireta, oração subordinada substantiva completiva nominal, oração subordinada substantiva 
predicativa, oração subordinada substantivaapositiva).
a. Convém que os alunos cheguem cedo.
____________________________________________________________________________________
b. Achamos que nosso professor não é muito exigente.
____________________________________________________________________________________
c. A possibilidade de executar a tarefa é bem remota.
____________________________________________________________________________________
d. A verdade é que ninguém o estima.
____________________________________________________________________________________
e. O gerente persuadiu o empregado a pedir demissão.
____________________________________________________________________________________
f. O mestre pediu que fizéssemos o trabalho com atenção.
____________________________________________________________________________________
g. É difícil convencer João a deixar a bebida.
____________________________________________________________________________________
II. Agora, dê a estrutura profunda correspondente das frases do exercício em árvore.
140
Unidade II
6.2 Transformações de encaixamento: circunstanciais e relativas
As circunstanciais, denominadas de adverbiais, são orações que se encaixam na posição de um SP A 
modificador da matriz.
i. O público deixou o recinto quando o espetáculo terminou.
ii. o público deixou o recinto antes que o espetáculo terminasse.
iii. O público deixou o recinto depois que o espetáculo terminou.
Geralmente, esse processo é representado da seguinte forma:
O recinto certo momentopúblico o emdeixou
OE. P.
SN SV SP
V prep.SN SNDet
Det Det
N
N N
O espetáculo terminar
O
SN SV
VDet N
O recinto o espetáculo terminoupúblico o quandodeixou
O1
SN SV SP
V CIRCSN O2Det
Det SN
Det
N
N SV
N V
T. Circ.
As circunstâncias são: causa, consequência, condição, comparação, proporcionalidade, conformidade, 
finalidade, concessão. O gráfico a seguir permite visualizar as diversas relações que podem ser expressas 
por meio de orações circunstanciais: 
141
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Os aviões sairão do Brasil
O
SN SV SP A
em dado momento
por uma razão
com uma consequência 
com uma condição
em comparação com algo 
à proporção de algo 
de conformidade com algo 
para certo fim
apesar de algo
de certa maneira
As orações relativas, denominadas adjetivas na gramática tradicional, podem ser:
• restritivas: funcionam como sintagma adjetival e se apresentam encaixadas na posição de um 
modificador do nome;
• apositivas: funcionam como aposto e se originam de frases coordenadas na estrutura profunda.
As relativas restritivas são encaixadas na posição de um SA, representado por uma pró-forma, 
denominada especificado (E), que pode ser substituída tanto por um só léxico (exemplo: inteligente) 
quanto por um sintagma (exemplo: de Júlio) ou por uma oração (exemplo: a menina estuda medicina). 
Exemplos:
• Falei com a menina inteligente.
• Falei com a menina de Júlio.
• Falei com a menina que estuda medicina.
As orações restritivas fazem parte do SN, formando com ele um único constituinte. 
 Observação
A prova de que a oração restritiva faz parte do SN pode ser obtida por 
meio da transformação passiva, que transforma o SN sujeito, incluindo a 
relativa, em agente da passiva.
Vejamos o exemplo:
i. A moto que estava pintada de vermelho atropelou a velhinha.
ii. A velhinha foi atropelada pela lambreta que estava pintada de vermelho.
142
Unidade II
Agora vejamos os exemplos de completiva restritiva, que exerce diferentes funções sintáticas: 
sujeito, objeto direto, objeto indireto, adjunto adverbial de lugar, complemento adverbial de lugar, 
adjunto adnominal.
a.
i. Eu comi o peixe.
ii. O peixe estava estragado.
iii. Eu comi o peixe que estava estragado. (que = função de sujeito)
b.
i. O peixe estava estragado.
ii. Eu comi o peixe.
iii. O peixe que eu comi estava estragado. (que = função de objeto direto)
Para o processo de transformação de relativização, temos as seguintes etapas:
• encaixamento de ii em i ao lado SN idêntico (antecedente);
• extraposição do SN idêntico para a posição inicial da oração encaixada;
• pronominalização relativa do SN idêntico da oração encaixada. 
Podemos visualizar no diagrama arbóreo:
• Eu comprei os selos que você pediu.
SN
pro
Eu selos xoscomprei
OE. P.
SV
V SN
Det N SA
143
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
SN
pro
Você selosospediu
O
SV
V SN
Det N
Eu você pediu os seloscomprei selosos
O1
SN
pron
SV
V SNSN
Det
Det
SN1
Vpron
N
N
SV
SN2
SA
O2
T. Rel. E1 
Eu pediuvocêos seloscomprei selosos
O1
SN
pron
SV
V SNSN
Det
Det
SN2 SN1
VpronN
N
SV
SA
O2
T. Rel. E2 
144
Unidade II
Eu pediuvocêquecomprei selosos
O1
SN
pron
SV
V SNSN
Det
SN2 SN1
Vpron
N
SV
SA
O2
T. Rel. E3 
Exemplo de aplicação
As atividades propostas são de autoria Souza e Silva e Koch (1989).
I. Coloque nos parênteses a letra correspondente à especificação semântica que cada uma das 
orações deverá obedecer para se encaixar no nódulo SP à esquerda:
Maria chorar
O
SN SV
N V
SP
a) em certo momento
b) por uma causa
c) com uma condição
d) com uma sequência
e) em comparação com algo
f) à proporção de algo
g) de conformidade com algo
h) para certo fim
i) apesar de algo
j) de certa maneira
( ) para impressionar o namorado
( ) antes de casar
( ) como um chuveiro aberto
( ) à medida que o trem afastava
( ) depois de saber da morte da tia
( ) a ponto de convencer os policiais
( ) caso não ganhe o relógio
145
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
( ) segundo foi combinado com o diretor da peça
( ) já que ninguém lhe dava atenção
( ) apesar de não haver motivo para tanto
( ) derramando copiosas lágrimas
II. Encaixe uma oração na outra por meio de um pronome relativo:
a. Os mitos são histórias. Essas histórias são aceitas como verdadeiras e não como ficção.
b. Os discursos narrativos documentam a constante procura do homem para entender o universo 
e a si mesmo. Os mitos eram transmitidos de geração a geração através de discursos narrativos.
6.3 Coordenação de orações
A coordenação constitui-se de combinação de partes ou de orações estruturalmente independentes. 
Assim, 
• Ricardo e Mário são parecidos.
A estrutura profunda pode ser assim visualizada:
O
SN SV
CópSN ..........e.......... SNSN SASN
Mário sãoRicardo parecidos
Vejamos outra situação:
• O vereador falava e gesticulava.
A estrutura profunda é assim constituída:
O
O1 ...........................e................................ 02
SNSN
Det Det
SNSN
SN SN
SVSV
N V VN
vereador vereadorfalavaO o gesticulava
146
Unidade II
Considerando elementos diferentes, como no próximo exemplo:
• Roberto e Mariana jogam tênis.
O
SN SV
VSN ...........e........... SNSN SNSN
NN
MarianaRoberto tênisjogam
A oração coordenada pode ser:
• aditiva;
• adversativa;
• explicativa;
• conclusiva;
• alternativa.
 Observação
As orações coordenadas são independentes entre si por possuírem os 
elementos sintáticos: sujeito, verbo, complemento (se for necessário). 
Exemplo de aplicação
I. Determine as estruturas profundas das frases e indique as transformações operadas para chegar 
às estruturas superficiais:
a) Carlos jogou tênis e Marcos treinou futebol.
b) O garotinho e o cachorro correram de medo.
c) O papagaio falava e gritava.
d) Ontem conversei com Fernando e Mário.
e) Camila foi atropelada pelo caminhão e morreu.
147
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
II. Ao fim deste tópico do livro-texto, em que você entrou em contato com um método bem diferente 
da gramática normativa/tradicional para analisar as orações e deparou-se com muitos termos novos, 
proponho que você monte um glossário com destaque aos termos da linguística gerativa e faça uma 
breve definição de seu significado. Não se esqueça: em ordem alfabética.
Quadro 27 
Termos Definição/ significado
 Resumo
Nesta unidade, a oraçãoem língua portuguesa é tratada sob o enfoque 
da linguística gerativa, seguindo os preceitos de Noam Chomsky.
Os princípios de organização da estrutura frasal relacionam os constituintes 
imediatos, que podem ser dispostos em diagramas arbóreos. Esse diagrama 
permite visualizar a estrutura frásica ao mesmo tempo em que mostra que 
cada componente está relacionado ao outro de modo hierárquico.
148
Unidade II
Há a constatação que a língua portuguesa possui um componente 
sintático que responde pela formulação de orações.
Para estudar a sintaxe gerativa, faz-se necessário rever conceitos de 
classes de palavra, uma vez que as classes gramaticais têm papel relevante 
no gerativismo, pois é por meio delas que são estudados os determinantes, 
os modificadores, os núcleos e todos os sintagmas.
 Exercícios
Questão 1. A seguir, leia e observe a capa da revista Veja: 
Figura 8 – Capa da revista Veja de 10 de outubro de 2001
Agora, analise as afirmativas que seguem:
I – O sintagma nominal Fé cega e mortal é formado pelo núcleo duplo fé: Fé cega e fé mortal: o 
primeiro explícito e o segundo elíptico.
II – Na estrutura profunda, o SN Fé cega e mortal é formado por dois SNs idênticos nos seus 
núcleos e diferentes nos seus modificadores.
III – A chamada de capa da revista, na estrutura profunda, é formada por um SN → N + dois 
modificadores.
149
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
IV – A conjunção coordenativa e estabelece a adição entre os dois SNs internos ao SN oracional.
Está correto o que se afirma apenas em:
A) I, II e IV.
B) II, III e IV.
C) I e II.
D) I, II, III e IV.
E) II e IV.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: observe o esquema arbóreo:
SN
O
SN
N NMód. Mód.
...........e........... SNSN
Fé (fé)cega mortal
Podemos perceber que o sintagma nominal (SN) Fé cega e mortal é formado pelo núcleo duplo fé. 
II – Afirmativa correta.
Justificativa: observe o esquema arbóreo:
SN
O
SN
N NMód. Mód.
...........e........... SNSN
Fé (fé)cega mortal
Na estrutura profunda, esse SN é constituído por dois SNs idênticos nos seus núcleos (fé) e diferentes 
nos seus modificadores (cega/mortal). 
150
Unidade II
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a chamada de capa da revista, na estrutura profunda, é formada por um SN, que se 
divide em dois SNs internos, compostos por N + modificador, cada um.
IV – Afirmativa correta.
Justificativa: observe o esquema arbóreo:
SN
O
SN
N NMód. Mód.
...........e........... SNSN
Fé (fé)cega mortal
A conjunção coordenativa e estabelece a adição entre os dois SNs internos ao SN oracional, 
conforme o esquema.
Questão 2. Agora é que são elas é uma telenovela brasileira produzida e exibida no horário das 18 horas 
pela Rede Globo, no período de 24 de março a 6 de setembro de 2003, contendo 143 capítulos. Foi 
escrita por Ricardo Linhares e dirigida por Roberto Talma. 
No título da novela, temos:
A) O tipo obrigatório declarativo e o tipo facultativo passivo.
B) O tipo obrigatório exclamativo e o tipo facultativo enfático.
C) O tipo obrigatório declarativo e o tipo facultativo enfático.
D) O tipo obrigatório declarativo e os tipos facultativos passivo e enfático.
E) O tipo obrigatório imperativo e o tipo facultativo passivo.
Resposta correta: alternativa C. 
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: o tipo obrigatório é o declarativo, mas o tipo facultativo não é o passivo. 
151
MORFOSSINTAXE APLICADA DA LÍNGUA PORTUGUESA
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o tipo facultativo é o enfático, mas o tipo obrigatório não é o exclamativo. 
C) Alternativa correta.
Justificativa: o tipo obrigatório é o declarativo e o tipo facultativo é o enfático (é que). A alternativa, 
portanto, está correta.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: o tipo obrigatório é declarativo, mas não há os tipos facultativos passivo e enfático. No 
título da novela Agora é que são elas há apenas o tipo facultativo enfático.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o tipo obrigatório não é o imperativo e o tipo facultativo não é o passivo. As duas 
afirmações estão incorretas.

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