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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO PEDAGOGIA Marina Alves de Castro MATRÍCULA: 202008634709 PCC História da Educação Revisitando a História da Educação Professora: Thauana Paiva de Souza Gomes Brasília – DF 2020 1. INTRODUÇÃO Este relatório de Proposta Prática como Componente Curricular, tem por objetivo relatar a formação dos sujeitos e das sociedades no mundo e no Brasil. Identificar a características dos modelos educacionais no curso da pedagogia, assim como suas contribuições para a formação dos sujeitos e das sociedades, reconhecer a importância do diálogo produtivo entre história da educação e da pedagogia, bem como enumerar as contribuições dos povos e dos fatos históricos na constituição dos modelos de formação do sujeito e nas instituições do conhecimento. Quando se trata de formação dos sujeitos e das sociedades, teremos que fazer uma viagem no tempo para podermos fazer uma melhor análise sobre a sociedade que vivemos hoje. É preciso revisitar a história da educação para compreender o fazer pedagógico, uma vez que o homem é um ser histórico, que retoma seu passado para projetar o futuro. A Educação está presente em todas as sociedades desde os momentos iniciais da vida em sociedade e passa por diversas mudanças ao longo do tempo. A sociedade, de uma forma ou de outra, se educa. A educação molda o homem e, a depender da finalidade dela na sociedade, pode ser utilizada como forma de denominação ou de libertação. É necessário que haja educação para que a sociedade se desenvolva, tenha cidadãos críticos. A evolução da educação está intrinsecamente ligada à evolução da sociedade, não há mudanças sem educação e podemos pensar os indivíduos como agentes construtores de história, ou seja, podemos perceber a importância da educação na sociedade e na formação cultural, social e econômica dela. 2. Desenvolvimento 2.1 Educação no Mundo Período Antigo • Sociedades tribais É complexo determinar exatamente o início histórico dos processos educacionais. De certo, desde o início das civilizações houve a transmissão do conhecimento dos seres humanos mais velhos para os mais jovens. Nesta época, caracterizada pela existência de comunidade com estruturas sociais mais simples, o ensinar era um ato de sobrevivência e continuidade. Nas comunidades tribais, por exemplo, as crianças aprendiam imitando os adultos nas atividades diárias, nas cerimônias e nos rituais. As crianças aprendem “para a vida e por meio da vida”, sem a designação de indivíduos nem de espaços físicos especialmente destinados à tarefa de ensinar. O objetivo da imitação era ajustar a criança ao seu ambiente físico e social através das aquisições das experiências. Os chefes de família e os sacerdotes eram os principais indivíduos a transmitir os saberes através de suas praticas e da contação de histórias. As cerimônias de iniciação eram utilizadas para apresentar o indivíduo à comunidade que transmitirá a ele as informações necessárias para que ele se ajuste e se adeque. • Antiguidade Oriental Já nas sociedades orientais havia segmentos privilegiados com acesso ao saber e direitos políticos, diferentemente dos lavradores, comerciantes, artesãos e outros membros destas sociedades. O domínio da língua escrita era restrito e possui caráter sagrado. Tem o início o dualismo escolar que oferecia um ensino privilegiado para as classes dominantes e pouco ou nenhum acesso ao conhecimento para a grande maioria da população. Nas civilizações orientais não havia ainda propostas pedagógicas. As preocupações com a educação surgem nos livros sagrados através de regras de condutas e de enquadramento das pessoas, sistemas religiosos e morais. • Educação no período Greco A história da educação no período Greco é o berço da civilização e da pedagogia, tendo como seus principais representantes: Sócrates, Aristóteles e Platão. Neste período, as crianças viviam a primeira infância em família, assistidas pelas mulheres e submetidas à autoridade do pai que poderia reconheça-las ou abandoná-las, que escolhia seu papel social e era seu tutor legal. A educação grega era centrada na formação integral do indivíduo quando não existia a escrita, a educação era ministrada pela própria família, de acordo com a tradição religiosa. A transmissão da cultura grega se dava também através das inúmeras atividades coletivas (festivais, banquetes e reuniões). A escola ainda era elitizada, atendendo apenas aos jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes ricos. O ensino das letras e dos cálculos demorou um pouco mais para se difundir, já que nas escolas a formação era mais esportiva que intelectual. De modo geral, podem-se distinguir três fases na educação romana: a latina original, de natureza patriarcal; a influenciada pelo helenismo e criticada pelos defensores da tradição e a fusão entre a cultura romana e a helenística que incorpora elementos orientais mas nitidamente confere uma supremacia aos valores gregos. • Educação na Roma Antiga A educação na Roma antiga teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar particularmente o civil romano, considerado superior aos indivíduos de outros povos pela consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis romanos eram, porém, formados antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe que por sua vez, era menos submissa e marginal em comparação com as mulheres gregas. A mulher em Roma era conhecida como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos ao confiá-los a pedagogos e mestres. O papel do pai, cuja auctoristas é destinada a formar os futuros cidadãos, é colocado no centro da vida de seus descendentes (moral, estudos e a vida social). Já as mulheres a educação consistia na preparação para cumprir o papel de esposas e mães. Com o tempo, a mulher romana conquistou maior autonomia na sociedade. Enquanto os gregos se aprofundaram no estudo da lógica, da filosofia e das ciências naturais, os romanos priorizaram o estudo da retórica. Sêneca, Plutarco e Quintiliano foram alguns dos principais expoentes da educação romana. • Idade Média – A formação do homem de fé Na idade média o processo de educação foi creditada a igreja. As escolas funcionavam anexas às catedrais ou às escolas monásticas, muitas funcionavam nos mosteiros A igreja católica assumiu toda a tarefa de disseminar a educação e a cultura no mediavo. Os professores eram bispos, sacerdotes, monges e lecionava as chamadas sete artes liberais: gramática, retórica, lógica, aritmética, geografia, astronomia e música que mais tarde constituíram o currículo de muitas universidades. Os cursos oferecidos eram em latim e exigia-se do estudante muito empenho e dedicação. Neste momento quem estudava era a elite. Grande parte dos estudantes vinha da nobreza. Os nobres decidiam quais filhos iriam para formação técnica, para área militar ou formação religiosa. Os jovens romanos e cristãos frequentavam as mesmas escolas, liam os mesmos textos, recebiam as mesmas instruções. O modelo educacional da igreja era uma cópia o modelo do Império Romano. O ensino precisava de autorização cedida pelos bispos e pelos diretores das escolas eclesiásticos, que com medo de perderem a influência, dificultavam ao máximo essa concessão. Os mais pobres, como camponeses e seus filhos, sem recursos financeiros e preços às obrigações servis, não tinham acesso a educação escolar, ficando sem saber ler e escrever por toda vida. • Educação na Idade Moderna Nesse período de profundas transformações destacam-se as seguintes: consolidação da burguesia, revolução comercial do século XVI, consolidação dos Estados Nacionais e fortalecimento das monarquias absolutistas. Nesse período, as grandes navegaçõesmotivaram a conquista e a dominação de novos territórios, como América Central e América do Sul. Esse contexto proporcionou o desenvolvimentos de um pensamento que o priorizava o aspecto racional e científico, pautado pelo antropocentrismo. O Renascimento resgatou aspectos da cultura greco-romana e, em todas as áreas uma nova imagem de mundo desponta: na pintura, arquitetura, escultura, na literatura, músicas, políticas e sociedade em geral. É nesse período que a educação se torna um fator importante para a programação do pensamento moderno e da secularização do saber. A Reforma Protestante no século XVI teve papel crucial para o estabelecimento definitivo do capitalismo e contribuiu para a democratização do ensino, uma vez que demandava uma educação geral e mais abrangente para que todos, sem distinção e discriminação, pudessem ler as Sagradas Escrituras, a fim de buscarem a Deus no texto sagrado. Descartes é outra figura histórica que vale ser mencionada devida sua obra “Discurso Método”, onde elenca o paradigma cartesiano e a estruturação de ciclos e pré- requisitos disciplinares. Com o Renascimento foram retomadas antigas e importantes práticas pedagógicas e democráticas. A critica ao modelo escolástico e a necessidade de retomada do modelo dialético educacional tornou-se cada vez mais evidente. Um dos primeiros nomes a criticar o modo instrutivo da Escolástica foi John Amos Comenius, autor de “Dictatica Magna” (1638) que julgava ineficazes e excessivos os métodos de ensino medievais e pregava que havia de se desenvolver formas em que o professor lecionasse menos e o aluno aprendesse mais, A importância da obra foi tanta que muitos consideram Comenius como pai da didática moderna. Este, além de combater o sistema medieval, defendia a ideia do ensino de “tudo para todos” e estabeleceu-se como o primeiro teórico a respeitar os sentimentos e inteligência infantil. Sua obra consistia em realizar uma racionalização de todas as ações educativas, desde a teoria didática até os paradigmas do cotidiano docente. A prática educacional deveria agir como os processos naturais. Nas relações pedagógicas, seriam levadas em consideração as possibilidades e os interesses do infante. O professor seria um profissional, não um missionário, e teria a devida remuneração para isso. A organização temporal e do currículo levaria em consideração os limites físicos e a necessidade, tanto dos docentes quanto dos discentes de outros afazeres. Com o Iluminismo, a educação já não depende da Igreja em nenhum aspecto é de livre pensamento. Uma das mais importantes obras para a História da Educação elaborada neste período foi produzida por Jean-Jacques Rousseau e é conhecida como “Emilio ou da educação”. Rousseau afirma que educação deve levar o homem a agir por interesse naturais, e não por imposição de regras exteriores e artificiais, tornando-se assim, dono de si.A proposta pedagógica apresentada era inovadora e defendia que o aluno construísse seu próprio conhecimento a partir da interação, fazendo Rousseau um dos precursores do Construtivismo. Outros grandes pensadores da pedagogia desse período são Pestalozzi, Herbat e Froebel. 2.2 Educação no Brasil A educação no Brasil apresenta em cada período de sua história, realidades e contextos diferentes, mas que, não difere o modelo de educação destinado às classes populares. Uma educação domesticadora, elitista, racionaria, em precárias condições, privando-as assim de uma educação democrática, libertadora, transformadora e realmente de qualidade. A história do Brasil é marcada por exploração, violência, desrespeito às diferenças culturais e privilégio de alguns em detrimento da grande maioria da população. • Educação no Brasil Colonial A educação durante o período colonial com a chegada do elemento europeu a terras brasileiras inicia-se um choque cultural que rebaixava o índio, o negro e enaltecia o branco. A Igreja Católica reagiu à Reforma Protestante com a sua Contra Reforma que foi um movimento de reformar o clero e de implantação de estratégias para conter o avanço do protestantismo. Dentre as estratégias de reação da Igreja Católica, destacavam-se a criação da “Companhia de Jesus” ou ordem dos Jesuítas, em 1540, e a convocação do “Concílio de Trento”, em 1545, ambos sobre a administração do papa Paulo III. A Companhia de Jesus foi fundada, em 1534, pelo militar espanhol Inácio de Loyola, que baseou toda a estrutura da companhia no modelo militar. Os jesuítas eram considerados “soldados de Jesus” e pretendiam combater as críticas protestantes através da catequização e da instituição de escolas religiosas. As obras educativas dos jesuítas estavam integradas à política colonizadora, foi durante quase dois séculos responsável (quase exclusiva) pela educação no período colonial. Além de ser um ensino totalmente acrítico e alheio à realidade da vida na colônia, foi aos poucos se transformando em uma educação de elite. Os Jesuítas monopolizaram a educação e implementaram o Ratio Studiorium, um conjunto de orientações metodológicas pedagógicas para o Ensino Jesuítico. O sistema jesuítico foi extinto pelo Marquês de Pombal que, influenciado pelos pensamentos iluministas, transfere a responsabilidade da educação para o estado, Até os dias de hoje, muitos conceitos implementados por Loyola, como a matriz curricular, segue sendo utilizados. • Educação no Período Imperial do Brasil Objetivo fundamental da educação no Período Imperial era a formação das classes dirigentes. Para isso, ao invés de procurar montar um sistema nacional de ensino, integrado em todos os seus graus e modalidades, as autoridades preocuparam-se mais em criar algumas escolas superiores e em regulamentar as vias de acesso e seus cursos, especialmente através do curso secundário e dos exames de ingresso ao estudos de nível superior. Em 1823, foi instituído o Método Lancaster ou “ensino mútuo”, em que, após treinamento, um aluno (decorriam) ficaria incumbido de ensinar a um grupo de dez alunos (decúria), diminuindo, portanto, a necessidade de um número maior de professores. Em 1824, a primeira Constituição Brasileira garantia a instrução primaria e gratuita a todos os cidadãos. Em 1827, uma lei determinou a criação de escolas de escolas de primeiras letras em todos os lugares e vilas, além de escolas para meninas. O ato adicional de 1834 e a Constituição de 1891 descentralizaram o ensino, mas não ofereceram condições às províncias de criar uma rede organizada de escolas, o que acabou contribuindo para o descaso com o ensino público e para que ele ficasse nas mãos da iniciativa privada, acentuando ainda mais o caráter classista e acadêmico, gerando assim um sistema dual de ensino: de um lado, uma educação voltada para a formação das elites, com os cursos secundários e superiores; de outro, o ensino primário e profissional, de forma bastante precária , para as classes populares. • Educação na primeira República Os anos de 1889 e 1930 são marcados pelas primeiras tentativas de se pensar a Educação. Mas o ensino para além de ler e escrever é para poucos, as camadas populares recebem instrução básica apenas para o trabalho nas fábricas e nos campos. Com a Proclamação da República, o Brasil adota o federalismo e o poder, até então centralizado no imperador, é dividido entre o presidente e os governos estaduais, que passam a ser responsáveis também pela Educação Básica daquele período. A dualidade do sistema educacional brasileiro, que conferia ao povo uma educação dessemelhante daquela conferida à elite, é herdada pela Primeira República juntamente com a desorganização que se arrastou durante o período monárquico. O modelo educacional que privilegiava a educação da elite, em detrimento da educação popular, é posto em questão na Primeira República. Mas os ideais republicanosque pretensamente alimentavam projetos de ver um novo Brasil traziam, intrinsecamente, resquícios de um velho tempo, cujas bases erguiam as colunas da desigualdade social, em que, no cenário real, estavam de um lado a classe pobre, sempre relegada a segundo plano; de outro, a classe dominante, expandindo cada vez mais os seu privilégios. A educação após a Revolução de 1930 (1930-1937). O Decreto nº 19.850, de 11 de abril de 1931, criou o Ministério da Educação e as secretarias de Educação dos estados, em 1932, com o ideal de educação obrigatória, gratuita e laica, entre outros, surgiu o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, com o objetivo de tornar público o que era e o que pretendia o Movimento Renovador. A Educação durante o Estado Novo (1937 - 1945) e o governo populista (1945 – 1964). As discussões e reivindicações do período anterior e as conquistas do movimento renovador, expresso na Constituição de 1934, são consideravelmente enfraquecidas e até em alguns casos suprimidas pela Constituição de 1937. A educação como direito de todos está claramente expressa em seu Art. 166. O Art. 167 afirma que o ensino deverá ser ministrado pelos poderes públicos, embora livre à iniciativa particular, respeitando as determinações legais, para que o direito a educação fosse realmente assegurado, a Constituição destinava, em seu Art. 167, 10% do orçamento da União e 20% dos estados, que, embora insuficientes, representavam um avanço para que esse direito fosse assegurado. Contudo, “apesar da mudança de regime” e da nova constituição a legislação educacional, herdada do Estado Novo vigorou até 1961, quando teve início a vigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional até a aprovação da LDBEN de 1961, foram 13 anos (1948 - 1961). Durante esse período, a luta pela escola pública e gratuita intensificou-se. Numerosas campanhas com participação popular reivindicavam a ampliação e a melhoria do atendimento escolar para que, de fato, o direito constitucional “a educação é um direito de todos”, fosse consolidados. • A Educação durante o Regime Ditatorial (1964 - 1985) Se a educação antes do Período Ditatorial, com as ideias de universalização e democratização, nunca conseguiu consolidá-las, nesse período ela se distanciou mais desse ideal, pois se pautou na repressão, na privatização do ensino, continuou privilegiando a classe dominante com o ensino de qualidade e deixando de fora as classes populares, oficializou o ensino profissionalizante e o tecnicismo pedagógico , que visava unicamente preparar mão de obra para atender às necessidades do mercado e desmobilizou o magistério com inúmeras e confusas legislações educacionais. A educação brasileira de 1985 à atualidade. Em 5 de outubro foi promulgada uma nova Constituição foi criada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação acional, a Lei nº 9.394, promulgada em 20 de dezembro de 1996. A Carta Magna e a nova LDB dão suportes legais para que o direito a uma educação de qualidade seja realmente consubstanciado, assegurando a formação integral do indivíduo e a sua inserção consciente, crítica e cidadã na sociedade. Em 1996, o Governo Federal elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecendo diretrizes para a estruturação e reestruturação dos currículos escolares de todo o Brasil, em função da cidadania do aluno e de uma escola realmente de qualidade. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), criado em 1968, mantém vários programas que objetivam proporcionar mais autonomia às escolas, suprir as carências e oferecer aos alunos melhores condições de acesso e permanência na escola e de desenvolvimento de sua potencialidade. Com a finalidade de democratizar o acesso ao Ensino Superior, em 2005 foi aprovada a Lei nº 11.096, que instituiu o Programa Universidade para Todos (Pro Uni), que concede bolsas de estudos em instituições de ensino superiores particulares a estudantes de escolas públicas de baixa renda e/ou estudantes de escolas particulares na condição de bolsistas utilizando como referência a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As bolsa podem ser parciais, com descontos de 25% ou 50%, e integrais. Também foi criado o Sistema de Seleção Unificada – Siso, que visa substituir os exames tradicionais das universidades públicas; criado pelo Governo Federal seleciona estudantes com base na nota do Enem, assim como o Pro Uni; dentro dele, as bagas estão divididas em ampla concorrência e as cotas para estudantes de escolas públicas e baixa renda, entre outros aspectos. Em 2007, foi promulgado a Lei da Fundeb, que se caracteriza como a maior fonte de recursos destinados para a educação; eles são distribuídos de acordo com o número de alunos matriculados nas redes estaduais e municipais estabelecido pelo Censo Escoarem março de 2007 houve o lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, que, por meio de inúmeros programas, objetiva suprir as deficiências e carências da educação brasileira e superar um estágio de educação ainda limitado. BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM (BNCC) A BNCC, prevista no artigo 10 da Constituição de 1988, instituída pela LDB nº 9.394/1996 e fundamentada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica. Os currículos de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio do Brasil serão norteados por ela. A BNCC operacionalizará os fundamentos das Diretrizes, indicando os conteúdos de cada ano de escolaridade da parte comum do currículo, ou seja, o que deve ser ensinado em todo território nacional e o que se espera alcançar em cada etapa da Educação Básica. Os conteúdos estabelecidos pela Base esperam alcançar a formação não apenas na dimensão cognitiva, mas nas demais dimensões que envolvem a condição humana. Espera-se formar para a cidadania, formar valores que permitam a boa convivência social e desenvolver o desejo pela pesquisa ampliando os horizontes através do conhecimento. A BNCC deverá ser aplicada por todo sistema de ensino das redes públicas e privadas. Os estados, os municípios e a rede particular de ensino devem adequar a Base à cultura local respeitando as diferentes origens culturais, sem macular o sentido primeiro da CNCC que é a universalização do Currículo Comum para todo Brasil. PROPOSTA PEDAGÓGICA A Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional propõe de forma incisiva a autonomia da escola em construir seu plano pedagógico, através da participação de todos os interessados alunos, professores, pais e funcionários. Por meio dela, a comunidade escolar exerce sua autonomia financeira, administrativa e pedagógica. Ao fazer a pesquisa para esse relatório compreendi que a proposta pedagógica, projeto político – pedagógico ou projeto educativo é a identidade da escola que estabelece as diretrizes básicas e a linha de ensino e atuação na sociedade. Compromisso assumido e formalizado por professores, pais, alunos, funcionários e líderes comunitários em torno do mesmo projeto educacional. Elaborar esse documento é uma oportunidade para escolar escolher o currículo e organizar espaço e o tempo de acordo com as necessidades de ensino. Além da proposta pedagógica temos o planejamento pedagógico é fundamental para que a gestão escolar organize as atividades, estabelece o calendário e traçar as metas para o início do ano letivo. Compreendo que este planejamento deve ser a base que sustenta todas as decisões, objetivos e rumos da escola no ano letivo. A proposta pedagógica depois de formulada deve nortear, juntamente com o Regime Escolar, todas as ações da escola, devendo explicitar os fundamentos teórico – metodológicos, objetivos, tipo de organização eas formas de implantação e avaliação da escola. Na proposta pedagógica da Escola Marista para Educação Infantil consta: construção de valores, estímulo ao desenvolvimento de habilidades artísticas e fóruns. Já a proposta pedagógica para o Ensino Fundamental consta o aprendizado dentro e fora da sala de aula, como: ambientes de aprendizagem físicos e digitais, acompanhamento individual e espaços adequados à idade entre outros. 3. Conclusão O ser humano consiste na necessidade de se socializar e para que o ser humano se torne um ser social ele necessita da EDUCAÇÃO. Percebemos que com o tempo o ser humano teve que aprender a viver e não mais sobreviver e essa linha de aprendizagem evoluem com o passar dos tempos. Ao chegar à Grécia, o berço da filosofia ocidental, trouxe para o mundo o modelo de pensar e a educação se torna um quesito de poder para quem tem maior poder aquisitivo. No Brasil não foi diferente, contudo com o surgimento das linhas pedagógicas a visão de educação muda e todos tem o direito, mas não o acesso à mesma. 4. Referências Bibliográficas https://serenna.jusbrasil.com.br/artigos/605451719/historia-da-educacao-no-mundo-e- no-brasil
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