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PRODUÇÃO ACADÊMICA: FICHAMENTO ALUNO(S): REGIVANIA BIBLIOGRAFIA: Princípio da Educação de crianças fisicamente defectivas. CITAÇÕES E COMENTÁRIOS: Citação (pág.) Comentário “ Nossa escola especial, ao invés de retirar a criança de um mundo isolado, costuma desenvolver nela hábitos que a conduzem ao isolamento maior, acentuando sua separação. Devido a essas falhas, não apenas a educação geral da criança é paralisada, como também, às vezes, a preparação especial a ela dirigida reduziu-se a zero. Por exemplo, a fala nos surdos-mudos. Em que pese o bom planejamento de ensino da fala, este permanecem estado rudimentar para a criança surda-muda porque o mundo fechado em que vive não cria necessidade dela.” p.28 Este trecho descreve como uma escola especial, em vez de integrar a criança a um ambiente inclusivo, muitas vezes promove hábitos que a isolam ainda mais, aumentando sua separação. Como resultado dessas deficiências, não apenas a educação geral da criança é prejudicada, mas também, por vezes, a educação especial direcionada a ela se torna ineficaz. Por exemplo, o ensino da fala para surdos-mudos pode ser planejado adequadamente, porém, devido ao ambiente isolado em que vivem, a necessidade de aprender a falar não é estimulada, resultando em pouco progresso nessa área. “Quando estamos diante de uma criança cega como objeto de educação, importa-nos enfrentar não tanto a própria cegueira quanto os conflitos que surgem quando ela entra em contato com a vida, momento em que se produz o deslocamento dos sistemas que definem as funções do comportamento social da criança. Por isso, parece-me que, do ponto de vista pedagógico, a educação dessa criança se reduz a corrigir completamente esses deslocamentos sociais. A situação seria a mesma se tivéssemos diante de nós uma luxação física da mão que se deslocou da articulação. É preciso encaixar o órgão Este trecho aborda a abordagem educacional em relação a uma criança cega. Em vez de focar apenas na cegueira em si, o texto destaca a importância de lidar com os conflitos que surgem quando a criança interage com o mundo ao seu redor. Esses conflitos resultam no deslocamento dos sistemas que definem as funções do comportamento social da criança. Portanto, do ponto de vista pedagógico, a educação dessa criança se concentra em corrigir esses deslocamentos sociais, assim como corrigir uma luxação física. A educação visa integrar a criança cega na sociedade e compensar sua deficiência física, garantindo afetado. A tarefa da educação consiste em introduzir a criança cega na vida e criar a compensação de sua insuficiência física. A tarefa é conseguir que a alteração da ligação social com a vida se conduza por outro caminho.” p. 30 que ela possa se conectar com a vida de uma maneira significativa. “Em nossas escolas para surdos-mudos, tudo se orienta contra os interesses infantis. Os instintos e as aspirações infantis não são nossos aliados na tarefa educativa, mas nossos inimigos. Aplica-se um método especial que, de antemão, orienta-se contra a criança, pretendendo-se violentá-la a fim de lhe inculcar a fala muda. Esse método coercitivo se mostra inadmissível na prática; a força dos fatos o condena ao desaparecimento. Não extraio daí a conclusão de que o método oral seja impróprio para a escola. Apenas quero dizer que nenhum problema acerca de um método especial pode ser apresentado dentro dos marcos estreitos da pedagogia especial. A questão do ensino da fala oral não diz respeito ao método de articulação. É preciso abordá-la sob o ponto de vista do imponderável.” p.38 Este trecho discute a abordagem educacional em escolas para surdos-mudos, destacando que essas instituições frequentemente adotam métodos que vão contra os interesses e aspirações naturais das crianças. O texto critica o uso de um método coercitivo que visa forçar as crianças a aprenderem a fala, o que é considerado inaceitável na prática e destinado a desaparecer devido à sua falta de eficácia. No entanto, o autor não argumenta que o método oral em si seja inadequado para a escola, mas sim que nenhum método especial pode ser discutido dentro dos limites estreitos da pedagogia especial. Em vez disso, a questão do ensino da fala deve ser abordada considerando-se fatores imponderáveis, ou seja, aspectos que não podem ser facilmente previstos ou quantificados. “A nova pedagogia da criança defectiva exige, em primeiro lugar, a rejeição audaz e decidida de todo o caduco Adão do antigo sistema com suas lições de silêncio, colares, ortopedia e cultura sensorial; em segundo lugar, a consideração rigorosa, lúcida e consciente das tarefas reais da educação social dessa criança. Essas são as premissas necessárias e inevitáveis da tardia e lentíssima reforma revolucionária da criança defectiva.” P. 46 Esse trecho discute os princípios fundamentais da nova abordagem pedagógica para crianças com deficiências. Em primeiro lugar, destaca- se a necessidade de rejeitar de forma corajosa e decisiva os métodos antiquados do passado, como ensinar o silêncio, usar colares, ortopedia e focar apenas na cultura sensorial. Em segundo lugar, enfatiza-se a importância de considerar cuidadosamente as verdadeiras tarefas da educação social para essas crianças. Essas premissas são descritas como essenciais e inevitáveis para a reforma revolucionária tardia e gradual no ensino das crianças com deficiências. “Em que consiste nossa divergência mais radical com o Ocidente a esse respeito? Unicamente, no fato de que, lá, esses são problemas de caridade social e, para nós, trata- se de questões de educação social. Lá, é uma questão de ajuda ao inválido e de proteção social contra o delinquente e o mendigo; em nosso país, trata-se da lei geral de educação para o trabalho. É extremamente difícil a mentalidade filantrópica em relação ao inválido. Com frequência, encontram-se afirmações de que esses casos biogênicos apresentam interesse não tanto para a educação especial como para a caridade social. Nisso consiste a falsidade radical da formulação anterior do problema. A questão da educação das crianças fisicamente defectivas se encontra, até agora, em último plano, sobretudo porque, durante os primeiros anos da revolução, questões mais urgentes reclamaram nossa atenção. Agora, chegou o momento de situar amplamente esse problema no campo da atenção social.” p. 50 Este trecho destaca a diferença fundamental entre a abordagem do Ocidente e a abordagem da nova pedagogia em relação às crianças com deficiências. No Ocidente, essas questões são vistas principalmente como problemas de caridade social, envolvendo ajuda aos inválidos e proteção social contra a delinquência e a mendicância. No entanto, na nova pedagogia, essas questões são encaradas como problemas de educação social, visando à integração dessas crianças na sociedade por meio da educação para o trabalho. O autor ressalta a dificuldade em erradicar a mentalidade filantrópica em relação aos inválidos e destaca a falsidade da ideia de que esses casos biogênicos são mais pertinentes à caridade social do que à educação especial. Finalmente, o autor argumenta que, agora, é o momento de priorizar amplamente a questão da educação das crianças com deficiências no âmbito da atenção social.
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