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Psicologia social

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
Carina Francislene Gomes Barbosa
Tatiana Chafão
Tarefa do siga 4 semana 
ARIQUEMES - RO
2020
Carina Francislene Gomes Barbosa 
 Tatiana Chafão 
Tarefa do siga semana 4 
Trabalho apresentado ao curso de psicologia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente como requisito parcial à obtenção de créditos na disciplina de Psicologia social II.
Profº Orientador: Ana Cláudia Yamashiro
Ariquemes – RO
2020
QUESTÃO 25, 2006
Segundo o psicólogo social e sociólogo francês Sergei Moscovici, a representação social é uma produção coletiva que tem como uma de suas dimensões a atitudes ou orientação geral de grupos em relação ao objeto da representação., por sua vez, afirma: “o racismo, além de conveniente enquanto legitimação da dominação do branco sobre indivíduos de cor e de ricos sobre pobres, é um mecanismo através do qual uma sociedade fundamentalmente desigual, mas baseada numa ideologia fundamentalmente igualitária, racionaliza as suas desigualdades. Para isso, a ciência, o trunfo do liberalismo, veio para provar que os homens não são iguais.”
Nesse contexto, o preconceito racial e a violência que o acompanha:
(A) são predominantemente manifestação da lógica que rege as relações sociais em sociedades profundamente desiguais e hierarquizadas.
(B) são manifestações de uma natural divisão social do trabalho em sociedades complexas, que requer a classificação das pessoas segundo suas aptidões naturais.
C) são inevitáveis, pois a espécie humana é biologicamente agressiva e sempre haverá grupos violentos em relação a algum objeto de representação coletiva.
(D) não pertencem ao âmbito das representações sociais, pois decorrem de uma reação natural da espécie humana de medo diante do que é diferente.
(E) não pertencem ao âmbito das relações de poder, pois são desencadeados pelos próprios negros, que se encontram em estágios pouco evoluídos de civilização e cultura.
Parte 1: Objetiva
Assinale a alternativa correta
Alternativa A é a correta
Parte 2: Dissertativa
Justifique a alternativa assinalada escrevendo um texto versando sobre os aspectos: racismo; agressividade; colonialismo; ideologia
Texto
O caminhar da humanidade se faz com passos que medem os séculos e as melhores unidades da história é a “era”, e não os dias, os anos, nem mesmo as décadas, e diante da nossa era estamos na era da Globalização, uma era pautada por uma sociedade líquida onde tudo muda muito rápido ,essa era é construída por uma pirâmide hierárquica, onde uma minoria favorecida encontra-se no topo e os menos favorecidos encontram-se mais próximos da base. A desigualdade foi vista em diferentes épocas da história humana e segue padrões de organização diferentes a depender do período e das convenções sociais, vivemos tempos nos quais a igualdade não é um bem evidente por si só ,entre os desfavorecidos ela é vista como uma capacidade de conquistar feitos e realizações, ás quais se tenha motivos para dar valor. Mas, nem todos tem a oportunidade de conquistar feitos e realizações, pois, os ambientes indicam a ausência ou presença de contextos de acesso e de possibilidades dos próprios, quanto maior e melhor a situação financeira de cada indivíduo mais oportunidades terão e o caminhar de quem possui poucos recursos será cada vez mais propenso as dificuldades para se manter numa sociedade rígida pelo consumo.
As evoluções tecnológicas trouxeram muitas riquezas, mas em contrapartida causaram a marginalização de milhões de pessoas no mundo, a globalização, instrumento do processo das evoluções tecnológicas e a modernização produtiva, acelera a diminuição de postos de trabalho no mundo todo.
Há uma nova tendência racista voltada para o preconceito, tendo como princípio básico a cor da pele e a origem, a desigualdade entre grupos descendentes, famílias, linhagens e raças está cada dia mais evidente entre as categorias humana. O preconceito de origem tem suas bases nas disparidades econômicas e sociais acarretando o crescimento do fluxo migratório no mundo.
Pessoas de cor, pobres e aquelas que não têm uma educação adequada são tripudiadas, discriminadas e oprimidas como se não tivessem valor algum. Essa é a marca do preconceito, tratar as pessoas mal por causa da sua cor e falta de estrutura. Será que um documento, Plano de Ação ou Declaração poderá erradicar o racismo algum dia? Diante da globalização creio que as diferenças ficará cada dia mais acirrada e gerará mais disputa e intolerância com as necessidades do próximo, o clima está cada dia mais hostil e agressivo entre as comunidades, é preto contra branco, hetero contra homossexual e transsexual, cristão contra católico, direita contra esquerda e por ai vai, não está tendo consenso e empatia, porque está tudo muito superficial, muito fácil de trocar e manusear se não for do agrado da pessoa. Se alguém defende uma ideia é atacado e o pior nem sabe por quem e nem o porquê, diante disso somente os indivíduos bem preparados, que sabem transformar dados e informações em conhecimentos e com formação ética, terão condições de enfrentar os desafios e ameaças e aproveitar as oportunidades em benefício da sociedade.
Em todas as sociedades, as relações sociais são regidas por uma lógica, em parte explicita e em parte oculta. Em sociedades altamente desiguais e hierárquicas, essa lógica inclui a naturalização do preconceito e da violência. O preconceito racial e a violência decorrente são legitimados com base em vários pressupostos, incluindo o direito a privilégios e benefícios do segmento dominante da população. Esse segmento dominante da população é uma caracterização do colonialismo , pois, os grupos impõem suas concepções de mundo social de acordo com suas conveniências, portanto ,os interesses dos grupos são os determinantes de produção das representações sociais .
O preconceito e a violência raciais são produzidos por meio de representantes sociais que determinam e orientam atitudes e comportamentos, são eles próprios produtos sociais baseados em ideologias que legitimam o processo de governança, a divisão do trabalho e as competências pessoais decorrem das necessidades individuais e coletivas. É gerado nas relações sociais, ou seja, essa demanda não é natural, mas baseada em construções.
REFERÊNCIAS 
Entrevista transcrita do jornal O Estado de S. Paulo, de 12 de junho de 1988. Caderno 2.
CIVILLE, R. The Internet and the poor, Cambridge, 1995.
MASUDA, Yoneji. A sociedade da informação como sociedade pós-industrial. Tradução de Kival Chaves Weber e Angela Melim. Rio de Janeiro: IPEA, Brasília, DF: PNUD, 1996.
Relatório sobre o desenvolvimento humano no Brasil - Rio de Janeiro: IPEA; Brasília, DF: PNUD, 1996.

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