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Obesidade: definição, causas e consequências

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Obesidade - 12/03/2019 
 
Definição: distúrbio de composição corporal definido 
pelo excesso absoluto ou relativo de gordura 
corporal. 
Definição pratica: índice de massa corporal (IMC) = 
peso (Kg)/altura^2 (m)
Quadrinho classificação 
IMC é conta burra porque não leva em 
consideração massa magra (osso e músculo) x 
massa gorda (tecido adiposo). Um fisiculturista tem 
IMC alto e não é obeso, porque ele tem muita massa magra. 
- Estoque de energia: reservatório de glicogênio (fígado e músculo) e principalmente de gordura 
(tecido adiposo).
- Corpo humano: capaz de armazenar 300x mais calorias sob a forma de gordura do que sob a 
forma de carboidratos (glicogênio). Nosso deposito de glicogênio termina em 2 dias, nosso 
deposito de gordura dura muito mais tempo pra se esgotar. Magro x obeso em privação de 
alimento o obeso suporta muito mais tempo que o magro. 
Manter balança: ingestão alimentos x gasto energético FOTO 
Se desregra essa doença ou tem baixo peso ou tem sobrepeso/obesidade. Tem que haver um 
equilíbrio entre o que a gente come e o que a gente gasta. 
Obesidade tem fator relacionado a ambiente. 
- Doença poligênica 
- Aumento expressivo da prevalência esta relacionada a alterações no meio ambiente (aumento 
do consumo de alimentos altamente calóricos e redução do gasto energético pela atividade 
física). Antigamente o homem caçava pra obter alimento, hoje em dia a comida vem ate a 
gente. Gasto energético cada vez mais tende a diminuir. 
- Crianças obesas a partir de 6 anos: risco 50% de obesidade na vida adulta. Criança obesa = 
adulto obeso. Habito alimentar deve ser alterado já na infância. 
- Síndromes genéticas associadas a obesidade: 
* Síndrome de Prader-Willi: causa genética mais comum de 
obesidade. Paciente não tem controle de saciedade, comem 
compulsivamente (trancar a geladeira com cadeado para 
controlar). Irritabilidade, agressividade, retardo mental, 
hipogonadismo (leva a ausência de testosterona - quando repõe 
testosterona pet fica ainda mais agressivo). Muito difícil de tratar. 
***Obesidade é uma consequência do ambiente obesogênico em um indivíduo geneticamente 
predisposto.*** 
Pessoas que comem muito e não engordam e vice-
versa. Ai entra a questão genética. 
Paciente que tem resistência genética a 
obesidade tanto faz você botar ele pra comer 
mais porque ele não vai se tornar obeso. Mas se 
você pega um paciente com obesidade genética 
ele já começa obeso, se você submete ele a um 
ambiente obesogênico ele engorda ainda mais. 
Pessoa com forte predisposição genética ela pode 
ate começar com um IMC baixo mas se você 
submete ela a um ambiente obesogênico o IMC 
dela vai mais do que dobrar. 
Isso é muito importante, tem sempre que ver a 
genética + ambiente em que a pessoa vive. 
Excesso alimentar e falta de gasto energetico.	 
Fisiologia IV - Gabriella Grabikoski Aula 3
Determinantes do desequilibrio energético: 
1. Aumento da ingesta alimentar
2. Redução do gasto energético: pessoa sedentária 
3. Aumento da capacidade de estocar gordura
4. Diminuição da capacidade de oxidação de gorduras: gordura faz nosso estoque de energia, 
se não conseguimos queima gordura a gente vai ganhar peso. 
*Hipotálamo: regulação do mecanismo de fome e saciedade. 
Estudo recente sobre alteração hipotalâmica. 
MAIOR CAPACIDADE DE ESTOCAR GORDURA: 
- Se tem lipogênese aumentada você vai estocar mais 
- Efeitos hormonais: Cushing -> excesso de 
cortisol. Excesso de corticoide faz efeito 
hormonal que leva o indivíduo a ter maior 
capacidade de estocar gordura. 
DIMINUICAO DO GASTO ENERGETICO:
- Baixo gasto energético de repouso 
- Pouca massa magra: se a pessoa tem menos 
músculo ela tem menos metabolismo basal. 
- Sedentarismo 
- Perda ponderal 
- Deficiência hormonal 
OXIDACAO DEFICIENTE DE GORDURA:
- Contrario da resistência a insulina, paciente vai 
catabolizar mais… ??? Oxidar menos gordura e 
ganhar mais 
- Menor lipólise 
- Maior atividade da LPL
- Produção de glicose aumentada pelo organismo. 
Metabolismo energetico 
—> Gasto energetico total: 
- 60-75%: gasto energético de repouso (GER), 
metabolismo de tecidos e órgãos, pra nos mantermos 
em pé e respirando 
- 15-20%: gasto energético pela atividade física (GEAF)
- 10%: termogênese alimentar: o que se gasta fazendo o 
metabolismo do alimento que ingerimos. 
Grafico de colunas 
Indivíduo sedentário e não sedentário o que vai mudar é 
justamente no GEAF. Indivíduo não sedentário tem gasto 
importante pela atividade física, então tem um gasto 
energético total diário maior. Isso acaba aumentando um 
pouquinho indiretamente do gasto energético total (?) 
apesar da porcentagem ser menor, se você jogar pro total 
vai ter um gasto em repouso maior, por Kcal. Os 10% se 
mantém iguais no sedentário e no não sedentário. 
Se você coloca aquele músculo pra trabalhar mais você 
faz ele gastar mais energia, e faz o gasto energético 
diário ser maior. 
—Relação neuroendócrina do balanço energético: 
Controle da fome e da saciedade…
No hipotálamo temos 2 núcleos: 
núcleo da anorexigênese 
(saciedade- diminuição do apetite) e 
outro que é o da orexigênese (fome 
- aumento do apetite). Precisa ter 
equilíbrio entre esses 2 núcleos para 
controlarmos fome e saciedade; não 
pode ter um funcionando mais que 
o outro ou vice-versa. 
Estudo brasileiro que saiu semana 
passada que é tentar controlar a 
nossa fome. 
Temos no organismos diferentes 
locais/sítios que liberam 
neuropeptídeos ou hormônios que 
vão estimular ou um ou outro pra 
fazer esse controle. 
Por exemplo, no estômago temos a 
grelina que vai estimular o apetite. 
Estimula o neuropeptídio Y que 
inibe a orexigênese, diminuindo a 
fome. 
No tecido adiposo tem a leptina que vai inibir a orexigênese e estimular a anorexigênese, ou seja, 
estimula a saciedade. portanto, a leptina é um hormônio anorexigênico, que estimula a 
saciedade. 
No pâncreas a insulina tem o mesmo efeito da leptina, vai inibir a orexigênese. 
Na hora que comemos temos glicose e estimula a liberação de insulina, então é um mecanismo 
que vai mostrar por corpo de que se a insulina tá aumentando é porque tem alimento, então pode 
parar de comer, ou seja, inibir a orexigênese. 
Se a insulina tá baixa ela vai deixar de inibir e assim vai estimular o apetite. 
Então é necessário um balanço entre esses hormônios.
Visão, memória do alimento tem relação, porque a gente como o que é bom. 
Tecido adiposo e metabolismo de TG: 
- Reserva de TG no tecido adiposo: maior reserva de energia do corpo humano que vem através 
dos triglicerídeos armazenados no tecido adiposo. 
- Oxidação do TG: 1g = 9,3kcal 
- TG representa 85% do peso no adipócito
- Oxidação glicogênio: 1g =. 4,1kcal
- Com esses valores é possível observar que o tecido adiposo fornece muito mais energia para o 
nosso organismo do que o glicogênio. 
- Estoque de energia no organismo: tecido adiposo, fígado, músculo e no sangue com 
percentual muito baixo. 
- Em um homem de 70kg tem aproximadamente 13 mil gramas de TG; ou seja, 120 mil kcal.
- No fígado e no músculo a quantidade de glicogênio é muito mais baixa. E como o glicogênio 
produz muito menos kcal, a quantidade final é muito menor. 
- Então nossa maior reserva de energia é o TG dos adipócitos. Quantidade maior e produz mais 
kcal. 
—> Metabolismo do triglicerídeo: 
- Armazenamento de TG: 
*Maioria dos TG nos adipócitos vem dos quilomícrons (dieta) e VLDL (metabolismo dos AG 
fabricados no fígado). 
*QM e VLDL ——————> AG ——————> deposito dentro do adipócito
 
Estimulam a lipase lipoproteica: insulina e glicocorticoide. Tirar o que tá no sangue e fazer 
armazenando no local de origem. 
Inibe lipase lipoproteica: catecolaminas, 
GH e testosterona 
Então essa é a via de armazenarmos TG. 
A enzima lipase lipoproteica é o 
regulador mais importante pra deposição 
de TG. Se não temos ou essa enzima 
não funciona, a gente não vai guardar TG 
e vai ficar tudo no sangue. 
- Lipólise(quebra)
TG esta armazenado no tecido adiposo e é quebrado pela enzima lipase hormônio-sensível 
formando ácidos graxos. 
Essa enzima é estimulada por catecolaminas e inibida por insulina (porque ela quer manter 
guardado aqui dentro). 
Na aula anterior: cetoacidose diabética sem insulina vai produzir corpos cetônicos, nesse caso de 
agora não vai ter essa enzima, então vai ficar saindo e vai voltar AG na periferia, e a partir do AG 
forma corpos cetônicos, porque se você não tem insulina pra inibir, ela vai ficar funcionando e vai 
ficar tirando nossa reserva do tecido adiposo. 
O aumento de AG -> captação 
hepática de AG -> conteúdo intra-
hepático de TG (porque entra tudo na 
circulação portal) -> secreção e 
síntese de TG -> aumenta formação 
intramuscular de TG e ajudar a 
causar resistência insulínica. 
Obeso tem muita insulina mas não 
consegue com que ela faça ação. 	 
Tecido adiposo como órgão endócrino e imune 
—> Proteinas secretadas pelos adipócitos: 
1. Hormonios 
2. Citocina 
3. Proteinas de matriz extracelular
4. Fatores de complemento: imunidade 
5. Enzima 
6. Proteínas de fase aguda: inflamação 
7. Outras 
-Prostaciclina: faz vasoconstrição 
-> fator que associado propicia 
aumento da PA
-Inibidor do ativador de 
plasminogênio tipo 1: estado pró-
trombótico 
LEPTINA 
- Inibe anorexigênese ???? Confirmar 
minuto 24:40
- Produzida predominantemente no tecido adiposo 
- Indicador das reservas energéticas (massa de tecido adiposo) e modulador do balanço 
energético 
- Quanto maior tecido adiposo -> maior leptina (teoricamente)
- Diminui expressão de neuropeptídeos orexigênicos (aqueles que estimulam a apetite) e 
aumenta expressão de anorexigênicos no hipotálamo. 
- Mutação em ratos que não produzem leptina -> rato obeso 
- Reduz drasticamente com jejum -> sinal de “jejum” para hipotálamo -> aumenta apetite e 
diminui gasto energético. 
- Se a gente tá no jejum, e ela (leptina) reduz no jejum, ela vai deixar de inibir a orexigênese e vai 
deixar de estimular a saciedade, então você vai passar a comer mais. 
- Aumenta lipólise e diminui lipogênese. 
- Vai inibir a fome e aumentar a saciedade 
- Grande problema: se ela é uma reserva do nosso organismo e o obeso tem muito tecido 
adiposo e ela é produzida la, era pro obeso ter menos leptina porque ele não precisa ficar 
tendo estimulo de fome. So que o obeso tem aumento da leptina, isso porque tem um 
desbalanço a nível talâmico, é uma resistência central a leptina que acontece no obeso. Então 
não adianta a leptina ficar la tentando inibir a fome e estimular a saciedade, ela não consegue 
agir com a função dela que é essa. So que o obeso, por mais que ele tenha leptina aumentada 
pra inibir a fome e aumentar a saciedade, a mesma não tem ação central. portanto, existe um 
nível alto de leptina mas ela não consegue ter a ação da mesma por causa da resistência. 
ADIPONECTINA 
- Hormônio do bem 
- Proteína mais abundante produzida pelos adipócitos
- Reduzida em obesos e na resistência a insulina. Então 
paciente obeso tem adiponectina diminuída e 
consequentemente aumento da resistência a insulina. 
- Efeito anti-inflamatório 
- Aumenta sensibilidade a insulina e inibe inflamação vascular. 
- Diminui gliconeogênese e lipogênese -> diminui reserva
- Diminui inflamação 
- Aumenta oxidação AG e captação de glicose -> menos AG e 
glicose na circulação 
- Diminui morte de cardiomiócitos
- Diminui apoptose de células beta pancreáticas -> em obesos 
ocorre mais morte das células beta porque o obeso tem 
pouca adiponectina, então o mesmo vai ter diminuição da 
formação da insulina.
- Diminui células espumosas (proliferação CML - camada media 
do músculo vascular) -> aumenta produção dessas células 
que vão participar do processo de aterosclerose. 
- Diminui apoptose de adipócitos 
- Por estar REDUZIDO nos obesos os processos ocorrem todos ao contrário: resistência a 
insulina, processo inflamatório, apoptose de células beta e com isso o obeso pode chegar la 
no diabetes mellitus tipo 2. 
RESISTINA 
- Hormônio que induz resistência a insulina em obesos -> diabetes mellitus tipo 2 
GRELINA 
- Hormônio produzido pelas células enteroendócrinas do estômago 
- Potente secretagogo/estimulador do hormônio do crescimento e estimulante do apetite.
- Níveis de grelina diminuem durante as refeições e aumentam com o jejum. Se você tá 
comendo você estimula (????? Acho que seria DIMINUI) a liberação de grelina e ai você 
diminui a fome. Se você tá em jejum, você aumenta os níveis de grelina pra estimular a fome. 
- Níveis elevados em indivíduos em obesos.
Obesos = aumento leptina -> resistência central a leptina 
Obeso também tem resistência a grelina
***Então o obeso tem a leptina aumentada, e com isso ele não vai ficar inibindo a orexigênese, 
então vai ficar estimulando a fome. Além disso, o obeso também tem grelina aumentada, que 
também estimula a orexigênese. Então tem 2 fatores que estão estimulando a fome. 


GLUCAGON LIKE-PEPTIDE 1 (GLP-1):
- Produzido pelas células L do intestino delgado; liberado em resposta a presença de 
macronutrientes na mucosa intestinal e aos reflexos neurais originados na parte superior do 
intestino. Então o GLP-1 só é liberado se a gente se alimentar. 
- Medicações mais novas para o tratamento de obesidade estão relacionadas ao GLP-1, os 
mesmos são análogos desse hormônio, onde eles tentam reproduzir o mesmo efeito exercido 
pelo tal.
- Meia vida baixa (3-4min): por isso não nos beneficiamos tanto da ação dele, por isso usa-se o 
remédio. 
- Age fisiologicamente como uma incretina -> interfere no esvaziamento gástrico e na motilidade 
intestinal que diminui, promove aumento da secreção de insulina, inibe a secreção de 
glucagon. Com isso o organismo percebe que você não precisa mais comer. 
- GLP-1 portanto tem um efeito anorexigênico, diminuindo o apetite. 
———FATORES CLINICOS E COMPLICACOES DA OBESIDADE———
As complicações da obesidade ocorrem em diferentes 
locais, hipertensao, hiperglicemia, alteração articular, 
osteoartrite, entre outros. 
1. Sindrome metabólica: 
- Não é uma manifestação única, é um conjunto de sinais 
laboratoriais e clínicos que vão compor essa síndrome. 
- Apresenta relação direta com o grua da obesidade 
- 1/4 da população mundial tem síndrome metabólica pois 
esta relacionada ao aumento de peso 
- Fisiopatologia: fatores genéticos e ambientais. Isso 
porque a obesidade é uma doença poligênica; a 
síndrome metabólica também… é aquele indivíduo que 
não é tao obeso mas que tem as complicações da 
síndrome metabólica. 
- Relação com a obesidade centrípeta. 
- Relacionada não apenas com excesso de peso mas também com uma alteração na 
distribuição da adiposidade corporal
- Aumento tecido adiposo visceral e diminuição tecido adiposo subcutâneo (braço, perna) -> 
maior liberação de AGL e citocinas inflamatórias na circulação. COLOCAR IMAGEM com isso 
começam todos os efeitos colaterais e complicações da obesidade principalmente a central. 
Isso ocorre pois temos diferença na ação do adipócito visceral e do adipócito subcutâneo. 
-> Adipócito subcutâneo: 
* Células menores 
* Maior facilidade de se multiplicar
* Mais respondidos ao efeito antipolítico da insulina
* Capacidade de armazenar grandes quantidades de AGL (triacilglicerol) 
* Produzem poucas citocinas inflamatórias
-> Adipócito visceral:
* Células maiores
* Pouca multiplicação 
* Metabolicamente mais ativos 
* Atividade lipolítica mais acentuada: deixa 
mais AG na circulação. 
* Acumulam dentro dele menos AGL
* Produzem muitas citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL-6, PCR, PAI-1)
* Com a inflamação sistêmica faz resistência a insulina, estresse oxidativo e aterosclerose. E ai 
começa toda síndrome metabólica. 
Excesso de citocinas pró-inflamatórias -> inflamação 
Localizada no tecido adiposo -> inflamação sistêmica
—Obesidade ginecóide x obesidade andróide. Obesidade androide é 
essa obesidade centrípeta, abdominal.O formato em pera que falamos 
é a obesidade ginecóide, da mulher, localização da obesidade 
principalmente no quadril. 
“obesidade do bem” -> ginecóide, justamente porque a maior 
quantidade de gordura esta localizada no quadril, que é tecido adiposo 
subcutâneo, não libera tanto substancias metabolicamente ativas. 
Definição: 
-> Criterios NCEP-ATP III (2001):
- Presença de 3 ou mais dos seguintes: 
1. Obesidade abdominal (>102cm em homens e >88 em mulheres)
2. TG > 150 mg/dL
3. HDL < 40 MG
4. Glicemia de jejum >100
-> Critérios IDF (2005)
- Leva em consideração a obesidade central, que precisa estar presente. 
- Medida de circunferência abdominal. Normal mulher < 80 cm e homem < 90cm 
- Se a pessoa tem circunferência abdominal abaixo disso não precisa investigar porque não tem 
síndrome metabólica. 
RESUMO: 
Fator ambiental e genético. Fator ambiental: obesidade, não pratica de atividade física, 
tabagismo e estresse. Fatores genéticos: genótipo e fenótipo econômicos. Juntar ambiente + 
genético. 
Tecido adiposo aumentado -> metabolismo alterado dos AG livres -> liberação adipocinas (IL, 
TNF) -> estimula leptina, aldosterona, angiotensina, fatores pró-tromboticos -> ativa SRAA, 
sistema nervoso simpático -> aumento reabsorção de sódio, vasoconstrição 
Outra tabela (não tinha no slide): não quer que a gente saiba isso. Se for levar isso a nível mais 
especifico, a gente vê que no final a maioria vai tá com resistência a insulina… outros efeitos que 
são muito específicos pra gente. O que ela quer que a gente saiba é alteração do sistema 
nervoso simpático, aumento reabsorção sódio e agua pela ativação do SRAA. 
2. Diabetes Mellitus tipo 2 
3. Dislipidemia: altamente aterogênica 
- Aumento TG 
- Redução HDL: lipoproteína de alta densidade
- Aumento LDL: nosso principal estoque de colesterol. 
*Importante lembrar que a lipoproteína é uma associação de colesterol, de éster de colesterol 
com triglicerídeo + proteínas. E são essas proteínas que vão fazer diferença na densidade da 
lipoproteína, determinando se vai ser uma lipoproteína de alta ou baixa densidade; porque o 
núcleo delas é idêntico. O que vai fazer diferença é a apoproteina que tem na superfície, o LDL 
tem uma apoproteina só que é a B100, já o HDL tem 2 apoproteinas, o que aumenta sua 
densidade. 
4. Hipertensão arterial sistêmica 
5. Doença arterial coronariana 
6. Doença cerebrovascular e tromboembólica 
- AVC isquêmico
- TVP
- TEP	
**Acantose nigricans -> associada a obesidade porem também pode estar 
associada a síndromes paraneoplásicas, principalmente de neoplasias do 
trato gastrointestinal. 
Para saber distinguir a causa é necessário olhar o paciente como um todo. 
7. Doença pulmonar 
- Doença pulmonar restritiva (causada pelo excesso de peso)
- Síndrome de obesidade-hipoventilação (Sd Pickwick)
- Apneia do sono - o que aumenta risco de hipertensão e riscos cardiovasculares e são os 
pacientes que dormem ao longo do dia mas que a qualidade do sono é muito ruim. 
8. Doença musculoesquelética 
- Gota: cristalização de acido úrico em articulações - acido úrico vem do metabolismo das 
purinas (adenina e guanina) - então a ingesta alimentar do obeso é rica em alimentos que 
contem grande quantidade de purinas (carne vermelha, cerveja…). Então esse obeso tem 
maior produção de acido urino junto com a menor excreção do mesmo. Quando esse ácido 
úrico se deposita nas articulações gera uma artrite gotosa. 
Articulação mais acometida -> dedão - primeiro pododáctilo. 
- Osteoartrose: mais acometidos -> joelhos por causa do peso assim como o quadril. 
9. Câncer: produção aumentada de ROS -> produção de TFK-beta -> vias mitogenicas 
alternativas -> mais chance de neoplasias. 
Alem disso, la no tecido adiposo a gente tem a aromatase que transforma testosterona em 
estrogenio. 
Produção e excreção das purinas -> foto se você tem um aumento do acido úrico por aumento 
da produção e diminuição da excreção você pode fazer a gota. 
Pode ter gota em outros lugares como cotovelo, mão…
10. Doença geniturinária em mulheres 
- SOP: existe um receptor de insulina no ovário e a insulina também estimula LH então todas as 
mulheres podem ter mais chance de SOP;
- Incontinencia urinarias: pelo peso 
- Aumento da pressão intrabdominal e pélvica. 
11. Doença gastrointestinal 
- Doença do refluxo gastroesofágico: retorno do estômago para o esófago justamente pelo 
aumento da pressão intraabdominal, ou se o paciente já não tem um esfíncter tão funcionante. 
- Litíase biliar: acontece principalmente no obeso que tá perdendo peso porque você tem que 
metabolizar mais o colesterol só que você satura os sais biliares de colesterol e começa a fazer 
calculo biliar. 
- Pancreatite: pelo deposito de gordura em tecido peripancreático e com isso começa a ter 
inflamação podendo levar a pancreatite. 
- Doença hepática gordurosa não-alcóolica: excessiva liberação de AGL
AG que é liberado no tecido adiposo visceral cai direto na circulação portal 
e vai se acumular no tecido hepático fazendo acumulo de acido graxo. 
Aquelas citocinas infalamatórias também vão cair direto no tecido hepático 
e ai você faz acumulo de gordura e começa a cirrose hepática não 
alcoolica. 
Evolução: obesidade -> esteatose (30-90%) -> esteato-hepatite não 
alcoólica (alteracao no laboratório- transaminases) -> cirrose -> carcinoma 
hepatocelular. 
Importante tratar para não ir evoluindo. 
Mortalidade esta relacionada ao IMC, diretamente 
proporcional. 
IMC > 35 risco alto mortalidade. 2x mais do que 
quando comparado a pessoas que tem IMC normal. 
Mortalidade em geral no paciente obeso está 
aumentada.

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