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Princípios do diagnóstico laboratorial das micoses UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS PARNAÍBA DISCIPLINA: MICOLOGIA PROF.: GUSTAVO P. PEREIRA 2014.1 Alexandra Carvalho George Jéssica Moreira Nara Leão Mário Oliveira Rosa Viana Fase Pós-Analítica Fase analítica Fase Analítica Fase Pós-Analítica Fase pré- analítica Fase Analítica Coleta Transporte Recebimento Processamento Microscopia Culturas Relato e Análises dos Resultados Interações com Epidemiologistas Manutenção de Amostras e Registros Diagnóstico preciso Fases do Diagnóstico laboratorial Introdução SIDRIM & ROCHA, 2004 Fases do Diagnóstico laboratorial Introdução SIDRIM & ROCHA, 2004 Uso de antifúngicos Amostras encaminhadas Suspensão Ficha padrão SIDRIM & ROCHA, 2004 Coleta da amostra Fase pré-analítica Unhas Pelos , Cabelos, barba e bigode Líquidos corpóreos ou lavados Órgãos Pele e mucosas 4 Mudar imagens 4 ZAIZ et al., 2010; ANVISA, 2004; VERMELHO et al., 2006 Assepsia Lâmina dermatológica/bisturi sem fio de corte Jarbas Porto Debridação da lesão Coleta da amostra Fase pré-analítica Pele 5 ZAIZ et al., 2010 Coleta da amostra Fase pré-analítica Pelos e Cabelos Região de alopécia Auxílio pinça flambada Lâmpada de Wood Antibioticoterapia prévia COLOCAR UMA IMAGEM 6 ZAIZ et al., 2010 Tesouras, limas, alicates de unhas e curetas dermatológicas Região de progressão e confluência Swabs ou pipeta Pasteur Região mais adentro da matriz ungueal Coleta da amostra Fase pré-analítica Onicomicoses ZAIZ et al., 2010 Swab Exame direto e cultura Solução salina Refrigerar Boca Ânus Vagina Biópsia ou raspagem Coletar as escamas Curetagem ou biópsia 4 swabs Coleta da amostra Fase pré-analítica Mucosas, orifícios naturais e secreções diversas SIDRIM & ROCHA, 2004 Conjuntiva Córnea Coleta da amostra Fase pré-analítica Tecidos e Órgãos Raspagem ou debridação Duas regiões bem demarcadas Solução salina Temperatura ambiente por até 24 horas Procurar imagem de micose ocular 9 Coleta da amostra Fase pré-analítica Punção lombar 3-5ml em tubo estéril Temperatura ambiente LCR Sangue Assepsia Anticoagulante MINAMI, 2003 Procurar imagem de micose ocular 10 20-30ml do jato intermediário Frasco estéril Punção suprapúbica Urina Máximo de 2 horas para análise Fezes Swab retal Máximo 2 horas Cary-Blair MINAMI, 2003 Coleta da amostra Fase pré-nalítica 11 MINAMI, 2003 Punção Antissepsia Refrigeração Pus e líquidos patológicos Coleta da amostra Fase pré-analítica Amostra expectorada naturalmente Saneamento bucal Frascos estéreis Escarro Aspirados Processamento Procurar imagem de micose ocular 12 MINAMI, 2003 Coleta da amostra Fase pré-analítica Características de uma boa amostra Consistência Coloração Odor Aspectos macroscópicos Características da amostra analisada Aspectos microscópicos Mudar imagens 13 Detecção e Identificação dos Fungos de Importância Médica. Agência de Vigilância Sanitária. Módulo VII. 2004 Coleta da amostra Fase pré-analítica Processamento da amostra Exame microscópico e cultura Pelos, cabelos, escamas de unha e pele Centrifugação Líquor, secreções e fluídos corporais Semeado por esgotamento Urina FAZER UM ESQUEMA!!! 14 Coleta da amostra Fase pré-analítica Processamento da amostra Digestão com enzima Exame microscópico e cultura Escarro Fragmentação → coloração/cultura Tecidos Centrifugação e cultura Sangue Principais técnicas para diagnóstico em micologia médica Compêndio de micologia médica 16 Coloração da amostra Fase analítica KOH ou NaOH Pelos, pele, unha, escarro, exsudatos espessos e outros materiais densos É um reativo que clarifica e digere o material clínico Fonte: MEDRANO, D. J. A. Perfil de sensibilidade de cepas de Coccidioides posadasii a associação de drogas antimicrobianas. Universidade Federal do Ceará - Programa de Pós-graduação em Ciências Medicas (Tese). Fortaleza, 2010. 156 p. Coccidioides sp. 17 Coloração da amostra Fase analítica Lactofenol azul de algodão Lactofenol Fluido de montagem Azul de algodão Corante Fonte: MEDRANO, Delia Jéssica Asteta. Perfil de sensibilidade de cepas de Coccidioides posadasii a associação de drogas antimicrobianas. FORTALEZA. 2010. (Tese) Doutorado em Microbiologia Médica- Universidade Federal do Ceará. 2010. O lactofenol azul de algodão é composto de lactofenol, que atua como fluido de montagem, e de azul de algodão, um corante. Os organismos suspensos no fluido de montagem são rapidamente mortos pela presença do fenol que age como citotóxico, precipitando proteínas celulares e inativando sistemas enzimáticos essenciais. O ácido lático preserva as estruturas fúngicas. A visualização e preservação de fungos através deste sistema são excelentes, uma vez que não ocorre plasmólise (retração do volume das células por perda de água) ao matar os organismos. O azul de algodão é incorporado à fórmula como corante diferencial para quitina e celulose, elementos da parede celular dos fungos. 18 Coloração da amostra Fase analítica Tinta Nanquim Líquor, urina, secreções ou exsudatos Fungos capsulados Erro frequente: confundir linfócitos com células de leveduras Nanquim preto Criptococccus Criptococoma.Fonte: <http://anatpat.unicamp.br/nptcripto1c.html#esfregnanquim>. Nanquim preto. Estes preparados examinados sem coloração adicional destacam os fungos contra o fundo negro dado pela tinta Nanquim, variando a altura do condensador e a abertura do diafragma, é possível visualizar detalhes da estrutura interna dos fungos, melhor que com qualquer dos métodos precedentes. 19 Coloração da amostra Fase analítica Coloração de Gram Gram + Discrimina elementos fúngicos de artefatos existentes em urina, secreções e fezes Exceção Aspergillus flavus Cryptococcus neoformans SIDRIM &ROCHA, 2004 Cryptococcus neoformans – leveduras encapsuladas com brotamentos e de tamanho variável, mostrando um padrão puntiformes devido à retenção irregular da coloração. Aspergillus – esta amostra não retém a coloração do violeta cristal e cora-se com Gram negativa 20 Coloração da amostra Fase analítica Giemsa, Leishman ou Wright Histoplasma capsulatum Medula óssea, sangue, aspirados e secreção cutânea CORA AS CÉLULAS EVIDENCIANDO O FUNGO FAGOCITADO. 21 O calcoflúor white (CFW) é um agente clareador – celulose e quitina Coloração da amostra Fase analítica Calcoflúor Utilizado em combinação com o KOH DANIELLE L. H.; MARYAM Gerami-Nejad; CASSANDRA Kistler-Anderson; CHERYL A. Gale. Hyphal Guidance and Invasive Growth in Candida albicans Require the Ras-Like GTPase Rsr1p and Its GTPase-Activating Protein Bud2p. American Society for Microbiology. 2005 Candida albicans Tinha nigra. Disponível em:<http://anatpat.unicamp.br/lampele2a.html>. Avaliação dos padrões de reações teciduais Coloração da amostra Fase analítica Hematoxilina-Eosina Cora o tecido – ressalta a morfologia fúngica Cromoblastomicose - Phialophora LÂMINHA – TINHA NIGRA - Paciente masculino, 37 anos, branco, transplantado renal há 2 meses. Apresenta lesões eritêmato-descamativas difusas na pele. Tinha (do latim tinea). São um grupo de micoses superficiais, limitadas às camadas queratinizadas ou semiqueratinizadas da pele (epiderme, pelos e unhas). Os fungos (dermatófitos) utilizam a queratina como alimento. Os principais gêneros são: Microsporum, Tricophyton e Epidermophyton. As tinhas são denominadas conforme a área acometida: tinha do couro cabeludo, da barba, do pé e da mão, tinha corporal, crural (períneo, regiões glúteas e parede abdominal), e das unhas (onicomicose). A epiderme está recoberta por hiperortoceratose lamelar. De permeio ao estrato córneo, e nos infundíbulos foliculares, notam-se estruturas fúngicas, na forma de hifas e esporos. 23 Aspergilose. Fonte: http://anatpat.unicamp.br/biinflaspergilose1c.html Coloração da amostra Fase analítica Grocoot Impregnação pela prataCortes de tecido e esfregaço Aspergilus A técnica de Grocott é simples, feita em cortes de parafina, e permite demonstração dos fungos com grande elegância. Baseia-se numa oxidação inicial dos cortes em ácido crômico, seguida pela impregnação na solução de metenamina prata na estufa a 60ºC. É fundamental o acompanhamento da reação sob microscópio já após os primeiros 10 minutos, para interromper no ponto ótimo. Isto é feito colocando a lâmina em tiossulfato de sódio. Impregnação excessiva leva ao escurecimento de outras estruturas, principalmente fibras colágenas, e o preparado perde em especificidade e qualidade. Resultado - fundos marrom a negro, tecido claro. Pode-se recorrer a contracoloração com hematoxilina (não realizada no material demonstrado abaixo) para visualização do tecido. IMAGEM - Fungos invadindo vasos. Os fungos do gênero Aspergillus exibem grande predileção por vasos. Com facilidade, invadem paredes vasculares, causando vasculite necrosante e trombose, o que promove as lesões vistas na macroscopia: estas podem ser isquêmicas e/ou hemorrágicas, com predomínio de abscessos. 24 Fungos que contêm cápsula mucopolissacarídica Diferencia o Cryptococcus de outros fungos similares em tamanho e forma Núcleos – azul Mucinas - róseo para vermelho Outros elementos – amarelo Coloração da amostra Fase analítica Mucicarmim Criptococoma. Fonte: <http://anatpat.unicamp.br/nptcripto1b.html#muci>. Glicogênio, mucinas neutras, membranas basais e evidenciar a maior parte de fungos e parasitas em tecidos Produz artefatos facilmente confundíveis com Histoplasma e Eporothrix Glicogênio, mucina, membrana basal, fungos - vermelho Núcleos - azul Coloração da amostra Fase analítica Periodic-Acid-Schiff (PAS) C. neoformans A reação histoquímica do ácido periódico e reativo de Schiff para grupos açúcar (para procedimento técnico, clique) demonstra o corpo celular do fungo em cor magenta forte e a cápsula polissacarídica em róseo. Realça os parasitas contra o tecido de fundo e dá detalhes dos limites entre cápsulas de fungos vizinhos nos aglomerados. Células em reprodução são também elegantemente demonstradas. 26 FONTE: http://www.ijpmonline.org/viewimage.asp?img=IndianJPatholMicrobiol_2011_54_1_216_77417_u5.jpg Coloração da amostra Fase analítica Fontana-Masson Evidencia a parede celular fúngica por reagir com pigmentos de melanina, bem como grânulos argentafins Núcleos – rosa Grânulos argentafins – preto C. neoformans Masson-Fontana mancha marrom mostrando a formas de leveduras negras da C. neoformans (Masson-Fontana, × 1000) 27 Pelos, unhas, escamas de pele Exame microscópico + KOH Líquor Exame microscópio + tinta nanquim, coloração de gram, coloração de Giemsa ou panótica Fluidos oculares Exame microscópico com KOH ou com coloração de gram Sangue ,medula óssea ZAITS Exame direto da amostra Fase analítica Resumindo... 28 1-Exame microscópico + KOH, 2 - Exame microscópio + tinta nanquim, 3 -Exame microscópio com coloração de gram, 4 - Exame microscópico com coloração de Giemsa ou panótica Exame direto da amostra Fase analítica Resumindo... Detecção e Identificação dos Fungos de Importância Médica. Agência de Vigilância Sanitária. Módulo VII. 2004 Exame microscópico + KOH Exame microscópio + tinta nanquim Exame microscópio com coloração de gram Exame microscópico com coloração de Giemsa ou panótica 29 Meios de cultura Fase analítica Aspectos micro e macromorfológicos Isolamento Manutenção Estocagem Enriquecimento Estruturas de ornamentação e frutificação Cor verso/reverso Rosa começa aqui 30 Seletivo Não seletivo Para a cultura e isolamento primário de fungos, é necessário a utilização de dois meios de cultura A seleção do tipo de meio é feita de acordo com a experiência clínica do analista + dados clínicos repassados pela equipe médica Semeadura da amostra Fase analítica Para a cultura e isolamento primário de fungos é necessário a utilização de 2 meios de cultura: Meios seletivos e não-seletivos. Os meios seletivos são aqueles que contém algumas substâncias inibitórias que acabam que inibido o crescimento de alguns fungos e favorecendo o crescimento de outros. Enquanto que os meios não seletivos são aqueles que não apresentam inibidores, desse modo permite o crescimento de uma variedade de microrganismos. A seleção dos meios é feito de acordo com as informações clínicas fornecidas ao laboratório. Ex: O tipo de amostra (raspado de pele, unhas, sangue, LCR) pois cada amostra requer um processamento específico. O local de onde essa amostra foi coletada no caso das unhas (onicomicose) limbo as infecções estão mais relacionadas a dermatófitos, enquanto no leito mais relacionado a leveduras-Candidas como foi falado pelo professor. E claro que a experiência do analista também não poderia ficar de fora. 31 Amostra semeada na superfície dos meios de cultura Inoculação – alça de níquel-cromo ou pipeta Pasteur O material não deve ser colocado em profundidade no ágar Temperatura de incubação para todas as amostras Fase analítica Procedimentos de semeadura As amostras clínicas devem ser inoculada na superfície do ágar com movimento de zig-zag para separar eventuais contaminantes da amostra, podendo ser utilizado para essa finalidade a alça de níquel ou a pipeta paster quando se refere a amostra líquida. O material não deve ser inoculado em profundidade do ágar, mas sim na superfície para não interferir no crescimento fúngico. Levando em consideração a temperatura de incubação de cada fungo, pois assim como na bacteriologia, os fungos também apresentam uma temperatura de incubação ótima. A temperatura de incubação para todas as amostras é recomendado uma temperatura de 30ºC devido a possibilidade do agente etiológico ser oportunista. 32 Fase analítica Procedimentos de semeadura Secreção respiratória Líquor Urina Fluidos corporais Swabs Pele, pelos e escamas Tecidos Sangue Fluidificação, centrifugação - sedimento Centrifugação - sedimento Centrifugação - sedimento Centrifugação - sedimento Centrifugação - sedimento Nenhum Fragmentação-maceração-imprint Semeadura - esfregaço Pus, secreções de abscesso Nenhum NENHUM – significa que a amostra não precisa passar por nenhum tratamento prévio Tendo em vistas a diversidade das amostras que chegam no laboratório, temos de saber quais procedimentos tomar para poder fazer a inoculação no meio de cultura. Em amostras muito liquefeita recomenda-se a centrifugação para a concentração da amostra e só depois a inoculação. Ex:. Secreções respiratórias fluidificadas como: líquor, urina (principalmente), fluidos corporais (pleura, ascítico, sinovial, pericárdio, gástrico, brôquico). Amostras obidas com Swabs (mucosa oral, nasal, olhos e conduto auditivo) deve ser embebido com salina e depois centrifugado. Para tecidos recomenda a fragmentação ou maceração da amostra e logo após fazer o imprint em lâmina. Esse procedimento tem como objetivo melhor expo microrganismo ligado ao tecido. A preparação do esfregaço a partir da amostra clínica não é recomendado devido a baixa sensibilidade, desse modo, recomenda-se que a amostra seja semeada em meio de cultura, e só depois se preparar a cultura em lâmina. Para pus, abscesso, pele, pelos e escamas não necessita de nenhuma preparação. 33 Aspergillus glaucus Cultivo primário de fungos Meios de cultura Fase analítica Ágar sabouraud dextrose Dextrose Peptona Leveduras O meio de cultura Ágar Sabouraud dextrose é um meio utilizado em larga escala para o cultivo primário de uma variedade de fungos (filamentosos, leveduriformes, e alguns dimórficos). São utilizados em especial para o cultivo de dermatófitos uma vez que as característica macro e microscópica são descritas a partir da sua caracterização nesse meio. Em alguns casos esse ágar é acrescido antibióticos para impedir o crescimento de bactérias que possam vir prejudicar o isolamento de fungos. E para o isolamento de fungos ditos patogênicos na maioria dasvezes utilizam-se Ágar mycosel que possui tanto antifúngico como antibiótico, que na maioria das vezes é cicloeximida e clorofenicol 34 Meios de cultura Fase analítica SABHI Infusão de coração, cérebro, peptona, sais, glicose, sangue e clorofenicol Sporothrix schenckii Isolamento de fungos patogênicos, não-patogênicos e dermatófitos Blastomyces dermatitidis Histoplasma capsulatum Ágar sabouraud-infusão de cérebro e coração. É um meio enriquecido, uma variação do ágar sabouraud dextrose. Utilizado para o isolamento de fungos patogênicos, não-patogênicos e dermatófitos. 35 Meios de cultura Fase analítica Ágar arroz Gênero Microsporum Estruturas de frutificação M. Audoinii → Microsporum Diferencia Produção de clamidosporos M. canis Facilita o aparecimento de estruturas de frutificação, especialmente dos macroconídios do gênero microsporum . Utilizado para diferenciar o Microsporum audoinii das demais espécie de Microsporum, uma vez que esse que essa espécie não se desenvolve nesse meio de composição pobre. 36 Meios de cultura Fase analítica Lactrimel Meio enriquecido Estruturas de frutificação e ornamentação Mel de abelhas Farinha de trigo Solução de leite M. canis É um meio que permite o aparecimento de várias estruturas fúngicas de ornamentação e de frutificação, facilitando a identificação das estruturas fúngicas das espécie em geral. 37 Meios de cultura Fase analítica Ágar Batata Estruturas de frutificação e ornamentação Microcultivo Candida albicans Meio enriquecido Utilizado para a realização de microcultivo de fungos filamentosos e estoque de cepas fúgicas. Esse meio estimula a produção de macro e microconídios em microcultivo em lâmina. Pode ser encontrada na forma desidratada com a denominação de: Ágar batata (DIFCO), potato dextrose agar (OXOID), Ágar pomme-de- terre 38 Meios de cultura Fase analítica Ágar Mycosel Seletivo Antibióticos Fungos inibidos clorofenicol: Cryptococcus neomorfans, Trichosporon beigelli, espécie de Candida e Aspergillus Cloranfenicol Cicloeximida Farinha de soja + glicose Microsporum canis Colônia plana, cotonosa, branca, radiada em fundo, em fundo amarelo ouro-micélio vegetativo É um meio seletivo utilizado para o isolamento de fungos patogênicos a partir de amostras contaminadas. O ágar consiste em digerido de farinha de soja suplementado de glicose, cicloeximida e clorofenicol. Fungos sensiveis como Cryptococcus neomorfans, Trichosporon beigelli, espécie de candida e aspergillus e alguns fungos saprófitos e oportunitas também não crescem nesse meio. 39 Meios de cultura Fase analítica Ágar Fubá Dextrose Pigmento avermelhado Estruturas de frutificação Trichophyton rubrum – demais espécies Diferencia Fubá de milho dextrose Usado para diferenciação de Trichophyton rubrum das demais espécie de Trichophyton com base na produção de pigmento avermelhado desse fungo. 40 Meios de cultura Fase analítica Ágar ureia de Christensen Trichophyton Diferenciar T. mentagrophytes T. rubrum Hidrólise da ureia + Hidrólise da ureia - Leveduras dos filos Ascomicotina e Basidiomicotina Peptona, Glicose, NaCl, Fosfato de potássio, monobásico, Fenol vermelho, ureia Meios de cultura Fase analítica Dixon Promove o crescimento de fungos lipofílicos Malassezia furfur ASD Antibióticos Óleo de oliva Bili de boi Malassezia sp Promove o crescimento de fungos lipídicos, especialmente leveduras do gênero Malassezia. 42 Identificação e diferenciação Candida de interesse médico Peptona Mistura cromogênica Cloranfenicol Meios de cultura Fase analítica CHROMagar Diferencia as espécie de Candida, baseado-se nas diferentes coloração adquirida pelas colônias. Sendo muito útil nos casos de infecções mistas, facilitando a diferenciação das espécie envolvidas. Candidas albicans – são verdes, C. krusei- coloração rósa, C. tropicalis- coloração púrpura, C. glabrata- coloração azul metálica 43 Meios de cultura Fase analítica CHROMagar Candidas albicans – são verdes, C. krusei- coloração rósa, C. tropicalis- coloração púrpura, C. glabrata- coloração azul metálica 44 Fase analítica Microcultivo Cultivo em lâmina estudar aspectos microscópicos característicos Micélio vegetativo e micélio reprodutivo ou de frutificação Cultivo em lâmina também chamado de microcultivo, é uma técnica utilizada para estudo dos aspectos microscópicos característico de micélio vegetatativo ou de frutificação. A técnica consiste em uma câmera úmida contendo uma lâmina de vidro colocada sobre um bastão de vidro colocado sobre um bastão de vidro em forma de U. Onde um pequeno quadrado de ágar batata é semeado com fungo a ser estudado. Uma lamínula é colocada sobre o bloco de ágar, e após o crescimento satisfatório a lamínula é retirada e colocada em uma lâmina corada com lactofenol azul de algodão e depois submetida a estudo microscópico do fungo. 45 SIDRIM & ROCHA, 2004 Tamanho Bordas Textura Relevo Pigmentação Aspectos macroscópicos Fase analítica Alexandra começa aqui 46 SIDRIM & ROCHA, 2004 Hifa Conidióforo Conídeos Clamidosporos Outras características Aspectos microscópicos Fase analítica Coccidioidis sp. Algodonosa, branca ou acinzentada, reverso creme - amarronzado ao envelhecer Hifa hialina, septado com artroconídios e de parede celular espessa Aspectos gerais dos fungos Fase analítica Macro e micromorfologia Aspectos gerais dos fungos Fase analítica Macro e micromorfologia Trichophyton verrucosum Glabrosa a velutosa, relevo rugoso, branco-amarelo ocre. Presença de cadeias formadas por clamidoconídios grandes. Epidermophyton floccosum Aspectos gerais dos fungos Fase analítica Macro e micromorfologia Algodonosas, com relevo umbilicado, pulverulenta Macroconídeos em cacho Paracoccidiodes brasiliensis Aspectos gerais dos fungos Fase analítica Macro e micromorfologia Endurecida,franjas nas bordas, de centro elevado, irregular e com a superfície de cor branca Célula com múltiplos brotamentos Trichophyton mentagrophytes T. rubrum Não perfura Perfura o pelo radialmente Teste fisiológico Fase analítica Teste de perfuração do pelo in vitro Prova nutricional Fase analítica Teste de pigmentação em ágar batata T. mentagrophytes T. rubrum Meio vermelho 53 Testes anatomopatológicos Fase analítica Demonstração de elementos fúngicos em tecido Diagnóstico de micoses subcutâneas e sistêmicas 54 Lâmpada de Wood Fase analítica Auxílio diagnóstico Tinea capitis Pitiríase versicolor Eritrasma Corynebacterium minutissimum Fluorescência vermelho-coral. Tinea capitis: pelos infectados com alguns dermatófitos emitem fluorescência de cores variadas, como: Microsporum canis ou M. audouini – verde-azulada; Trichophyton schoenleini – verde-palha. Pitiríase versicolor: escamas infectadas com Malassezia spp. emitem fluorescência em tom prateado. Eritrasma: escamas infectadas com Corynebacterium minutissimum – fluorescência vermelho-coral. 55 Meios de cultura Fase analítica Ágar Trichophyton T1-T7 Trichophyton T1 Ácido casamínico (sem vitaminas), Fosfato monopotássico, Sulfato de magnésio, Dextrose T2 T1+inositol Requerimento vitamínico T6 T3 T4 T5 T7 T1+inositol+tiamida T1+tiamida T1+ácido nicotínico T. verrucosum T. tonsuras de T. violaceum T. equinum Nitrato de amônio, Fosfato monopotássico, Sulfato de magnésio, Dextrose Requerimento vitamínico Trichophyton - T. megninni de T. rubrum T6 + sol. de histidina 56 Meios de cultura Fase analítica Ágar Trichophyton T1-T7 Meios sem inoculação 57 SIDRIM & ROCHA, 2004 Meios de cultura Fase analítica Ágar Trichophyton SIDRIM & ROCHA, 2004 Identificação de leveduras Fase analítica SIDRIM & ROCHA, 2004 Alçada de colônia isolada Suspensão em 5 ml de soro ou plasma Incubar a 37°C Por 3h Depositar uma gota da suspensão sobre lâmina e cobrir com lamínula Examinar ao microscópio óptico A presença de tubo germinativoProva do tubo germinativo Fase analítica Extensão filamentosa de uma célula leveduriforme que tem cerca da metade da largura e três a quatro vezes o comprimento da célula-mãe. 60 Auxanograma Fase analítica Álcoois, proteínas e aminoácidos – fontes de nitrogênio - meio isento de nitrogênio Levedura irá assimilar e crescer em volta de determinadas fontes Pelo halo de turvação resultante do crescimento 61 Auxanograma Fase analítica Identificação das principais leveduras de interesse médico 62 Fase analítica Diagnóstico Imunológico Maior sensibilidade Reações sorológicas Reações sorológicas Epidemiologia e monitorização – Diagnóstico? Eficiência relacionada à: sensibilidade, especificidade e reprodutibilidade Antígenos – extratos brutos – conferem maior positividade – reatividade cruzada – componentes antigênicos comuns 63 glicoproteína de 43 kDa- Ag imunodominante Positivo para 1/32 Diagnóstico Imunológico Fase analítica Imunodifusão em gel O teste de ID é o principal método diagnóstico de Pb, e utiliza antígenos de leveduras concentrados e/ou soro de referência. É um teste bastante simples e que não requer equipamentos de alto custo o que consequentemente estimula sua utilização. Apresenta sensibilidade superior a 80% e especificidade superior a 90%, variando de acordo com o antígeno utilizado . É um teste baseado na formação de imunocomplexos que precipitam de acordo com seu peso molecular. O que se observa no teste é de uma a três bandas de precipitina, sendo o número de bandas relacionado com os títulos de FC, informando que baixos títulos indicam infecção localizada e altos títulos, infecção disseminada. O teste de imunodifusão baseia-se no princípio de reação entre anticorpos circulantes contra epítopos do fungo no organismo do paciente e um preparado antigênico que irá reagir formando um imunocomplexo, visualizado a olho nu pela formação de uma linha de precipitação em lâmina. Alguns trabalhos relatam a glicoproteína de 43 kDa, denominada p43, como o antígeno imunodominante em P. brasiliensis. Esta glicoproteína exerce papel importante frente à adesão a laminina, o que favorece a infecção e disseminação do fungo para os tecidos (VICENTINI et al., 1994; BLOTTA et al., 1993). Este antígeno está presente em grandes concentrações em pacientes acometidos com a forma aguda da PCM, consequentemente estes pacientes apresentam elevadas concentrações de anticorpos antigp43, apresentando bons resultados frente ao teste de imunodifusão (MENDES-GIANNINI et al., 1990; BLOTTA et al., 1993). 64 Diagnóstico Imunológico Fase analítica Intradermorreação Diagnóstico Imunológico Fase analítica ELISA elevada sensibilidade e especificidade variável Boa correlação com a clínica Reatividade cruzada –histoplasmose, candidíase e doença de Jorge Lobo Diagnóstico molecular Fase analítica Identificação de fungos a nível de espécie Diagnóstico precoce de infecções fúngicas invasivas Especificidade e sensibilidade, rapidez REVER SLIDES 67 Obrigada pela atenção! Detecção e Identificação dos Fungos de Importância Médica. Agência de Vigilância Sanitária. Módulo VII. 2004 SIDRIM, J. L. C.; ROCHA, M. F. O. Micologia Médica à luz de autores contemporâneos. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004 ZAITZ, C.; MARQUES, S. A., RUIZ, L. R. B.; FRAMIL, V. M. de S. Compendio de Micologia Médica. 2ª ed. Guanabara Koogan. 2010 LACAZ Referências bibliográficas
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