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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA GRAVIMETRIA: Determinação de NaCl no soro fisiológico Disciplina: Química Analítica Professor: Miguel Alunas: Alane Cangani Andréa Campos Henrique Jaster Irineu Carlotto Maira Akemi Renata Senna PONTA GROSSA 2008 1. Introdução 1.1. Análise Gravimétrica A análise gravimétrica ou gravimetria, é um método analítico quantitativo cujo processo envolve a separação e pesagem de um elemento ou um composto do elemento na forma mais pura possível. O elemento ou composto é separado de uma quantidade conhecida da amostra ou substância analisada. A gravimetria engloba uma variedade de técnicas, onde a maioria envolve a transformação do elemento ou radical a ser determinado num composto puro e estável e de estequiometria definida, cuja massa é utilizada para determinar a quantidade do analito original. O peso do elemento ou radical pode ser calculado a partir da fórmula química do composto e das massas atômicas dos elementos que constituem o composto pesado. A análise gravimétrica está baseada na medida indireta da massa de um ou mais constituintes de uma amostra. Por medida indireta deve-se entender converter determinada espécie química em uma forma separável do meio em que esta se encontra, para então ser recolhida e, através de cálculos estequiométricos, determinada a quantidade real de determinado elemento ou composto químico, constituinte da amostra inicial. A separação do constituinte pode ser efetuada por meios diversos: precipitação química, eletrodeposição, volatilização ou extração. 1.2. Soro fisiológico O soro fisiológico é uma solução de água destilada e cloreto de sódio (NaCl). Em cada solução 0,9% (em massa) correspondem a NaCl, ou seja, em cada 100 ml deste soro encontram-se 0,9 g de sal. Em 100mL do soro fisiológico existem 0.354 gramas do íon sódio e 0,546 gramas do íon cloreto. A presença do sal faz com que a solução apresente, normalmente, pH=7. Devido às suas características é utilizado em várias situações: é utilizado em medicina em pessoas que apresentam sintomas diversos, como gripes, respostas alérgicas, limpeza de ferimentos externos (por exemplo, cortes e queimaduras) e desidratação (meio intravenoso). Em laboratórios pode ser utilizado como meio de soluções, por exemplo, quando se pretende preparar uma solução para observar ao microscópio. O soro fisiológico pode, ainda, ser utilizado na limpeza de lentes de contato. Precauções: Alguns soros fisiológicos contêm aditivos e por esse motivo não podem ser utilizados em oftalmologia. Este tipo de soro pode ser encontrado, por exemplo, em qualquer supermercado, e pode ser utilizado por qualquer pessoa. 2. Materiais • Soro fisiológico Texon ; • Funil poroso; • Bastão de vidro; • Ácido Nítrico concentrado (HNO3); • Nitrato de Prata 0,1M (AgNO3); • Papel de Alumínio; • Vidro de relógio; • Água destilada; • Béquer de 250 mL; • Bico de Bunsen; • Proveta; • Filtrador à vácuo. 3. Procedimento 1. Encaparam-se com papel alumínio um béquer de 250mL e um funil/cadinho poroso; 2. Transferiu-se 50mL de soro fisiológico Texon para o béquer de 250mL; 3. Adicionou-se 0,5mL de ácido nítrico concentrado à solução; 4. Adicionou-se 75mL de Nitrato de Prata 0,1M até um ligeiro excesso; 5. Aqueceu-se a solução até quase fervura, com agitação constante, em chama baixa do bico de Bunsen. Manteve-se esta temperatura até coagulação do precipitado e o líquido sobrenadante tornar-se límpido. Deixou-se o precipitado em repouse por 2 a 3 minutos para a separação do precipitado e crescimento dos cristais; 6. Testou-se se houve precipitação completa, adicionando-se mais algumas gotas de AgNO3 até o líquido sobrenadante não mais turvar; 7. Deixou-se o béquer com a solução em repouso por 30 minutos, ao abrigo da luz, coberto com vidro de relógio e envolto com papel alumínio; 8. Filtrou-se o precipitado à vácuo em cadinho poroso também encapado com papel alumínio; 9. Lavou-se o precipitado com água destilada; 10. Deixou-se secando por 30 minutos, em local escuro e pesou-se; 11. Realizou-se os cálculos para a determinação de cloreto de sódio em amostra de soro comercial e discutiu-se os resultados. 4. Resultados e Discussão 4.1. Resultados V(AgNO3) Massa (AgNO3) Massa (NaCl) Concentração NaCl Erro Amostra 1 2,6575 mL 0,3856g 0,1343g 1,11% 23,33% Amostra 2 4,4291 mL 0,3550g 0,1222g 0,81% 10% 4.2. Discussão Durante a análise gravimétrica do soro fisiológico tomaram-se algumas medidas para que os resultados fossem precisos. Uma destas medidas foi encapar com papel alumínio tanto o béquer, quanto o cadinho poroso pois o nitrato de prata é fotossensível e degrada-se com a luz. Outra foi deixar que o precipitado se formasse em repouso para que s cristais formados fossem homogêneos e grandes, facilitando a filtração. Tomando estas medidas, obtiveram-se resultados satisfatórios para a concentração de cloreto de sódio no soro fisiológico TEXON, nominalmente de 0,9 %. As concentrações encontradas foram de 1,11 e 0,81%. 5. Conclusão A análise gravimétrica do cloreto de sódio em soro fisiológico indicou uma concentração média de 0,96%(m/V). BIBLIOGRAFIA [www.dracena.unesp.br/graduacao/arquivos/quimica_geral/Gravimetria.pdf] [meumundosustentavel.com/eco-glossario/recursos-hidricos/ - 37k]
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