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CAP VIII - REVISÃO DO PROJETO HIDRÁULICO • Revisão do projeto hidráulico A revisão do projeto hidráulico tem com objetivo reduzir a profundidade dos poços de visitas (PVs), diminuindo assim a profundidade da rede e os volumes escavados e de bota-fora. Outra oportunidade é procurar um melhor aproveitamento da tubulação trabalhando, sempre que possível, com h/D = 0,82. Nesta relação o raio hidráulico e a velocidade alcançam seu valor máximo. Deve-se verificar o recobrimento mínimo das canalizações, aqui fixado em 1,0 m em qualquer ponto acima da geratriz superior do tubo. Para definição das cotas de fundo dos PV’s, serão adotados os seguintes critérios: • recobrimento mínimo de 1,0 m acima da geratriz superior do tubo; • espessura da parede do tubo igual a 10 % do diâmetro do mesmo. Recobrimento mínimo • declividade da galeria igual a declividade longitudinal da rua (ic = it) o ganho de energia potencial (it * L) é igual a perda de carga distribuída no trecho (ic * L) já que LP e LE são paralelas e ic = it . • declividade da galeria maior que a declividade da rua (ic > it) Toda vez que a declividade da rua (it) for pequena deve-se aumentar o valor da declividade da galeria (ic) para evitar-se um aumento desnecessário em seu diâmetro. Entretanto, a profundidade do PV de jusante será acrescida do valor dh =(ic -it)*L, devendo-se sempre que possível evitar profundidades superiores a 6 metros, que exigem maiores cuidados com escavação, escoramento, bota-fora, reaterro e com o lençol freático. • declividade da galeria menor do que a declividade da rua (ic < it) Sempre que a declividade da rua for elevada pode-se recuperar a profundidade do PV de jusante no valor dh = (it - ic)*L, entretanto o valor da declividade no trecho deverá respeitar o recobrimento mínimo de 1,0 metro da galeria no PV de jusante. Assim : h - dh > 1 + D + e e = 10% D (espessura da parede da galeria) h - dh > 1 + 1,1 D Deve-se sempre que possível trabalhar com h/D = 0,82 que é o valor que conduz à declividade econômica, pois o raio hidráulico apresenta um máximo, sendo a velocidade maior neste ponto (V82 = 1,14 Vpleno). Na relação h/D = 0,82 a vazão é igual a vazão a plena seção (Q = Qc) embora tenhamos o tubo parcialmente cheio. A máxima vazão ocorre na relação h/D = 0,93 e assume valor 7% maior do que Qpleno, entretanto o regime de escoamento neste ponto é instável pois o líquido diante de uma interferência pode tocar facilmente a geratriz superior da galeria aumentando o perímetro molhado em função da seção plena e como conseqüência perde-se bruscamente raio hidráulico, velocidade e vazão . Regime de Escoamento O escoamento num canal aberto ou fechado pode ocorrer tanto no regime lento como no regime rápido. Para se saber em qual das duas condições de escoamento nos encontramos é necessário comparar com as condições críticas de escoamento. Quando o escoamento se der em condições críticas a energia específica é mínima e o regime oscila entre rápido e lento tornando-se instável. Deve-se fugir destas condições. E = h + v2/2g No regime critico h/2 = v2/2g E = 3/2 h PROCESSO DE CÁLCULO DA REVISÃO DO PROJETO HIDRÁULICO Nos trechos PV6-PV5, PV5-PV4 e PV4 - PV3 não será feita nenhuma revisão, pois fixou-se a profundidade inicial dos PV’s em 2,0 metros e como a declividade da galeria é igual a do terreno, a rede não sofreu nenhum aprofundamento nestes dois trechos iniciais. Nossa revisão começa no trecho PV3 – PV2 onde h/D = 0,51 apresenta um valor baixo podendo-se alterar a declividade da galeria para um valor menor que a do terreno buscando diminuir a declividade dos PV’s (ic < it ). Trecho PV3 - PV2 Dados: Q = 1,216 m3/s D = 0,80 m η = 0,013 L = 107 m h/D = 0,51 CT (PV3) = 762,80 m CT (PV2) = 759,60 m Ir = 3,0% ig = 3,0 % Da tabela de elementos hidráulicos de condutos circulares, tem-se: Para h/D = 0,83 η. . ,315 / / Q D i8 3 1 2 0= i83 = = 2 3/8 315,0*8,0 1216013,0 x 0,0083 m/m = 0,83 % (ig<< it) Com esta declividade no trecho PV3-PV2, o tubo junto ao PV2 não terá o recobrimento mínimo necessário. Assim deve-se recalcular a declividade em função deste recobrimento mínimo. Verificação da declividade com o recobrimento mínimo no PV2 Cota da geratriz superior do tubo CFM(PV2) = 759,60 - 1,88 = 757,72 CFJ(PV3) = 760,41 – degrau do PV3 = 760,41 - 0,81 = 759,60 m Ig = (759,60 - 757,72)/107 = 1,78 % Com esta nova declividade da galeria no trecho, a energia tenderá a diminuir pois embora ocorra um aumento no valor de h/D, o valor da velocidade cairá e da energia cinética também. Com isto o degrau de 0,82 existente junto ao PV3 diminuirá e como estamos trabalhando com o recobrimento mínimo de 1,0 m junto ao PV2 este será perdido. Portanto sugerimos adotar um valor de ig = 2,05% neste trecho, valor ligeiramente superior ao mínimo calculado de 1,78 afim de antecipar os possíveis problemas de diminuição do degrau no PV3 e a perda do recobrimento junto ao PV2. O valor de declividade foi obtido de uma planilha de excell que é iterativa e verifica o valor do recobrimento junto ao PV2 que deve ser de 1,0 m. Cálculo das Linhas de Energia AC = π .D2 4 = = 4 8,0. 2π 0,5026 m2 RC = D 4 0 8 4 = = , 0,2 m VC = 013,0 )02,0.()2,0(. 2/13/22/13/2 = η iRC = 3,70 m/s QC = AC.VC = 0,5026 * 3,70 = 1,86 m 3/s Q/QC = 0,65 h/D = 0,59 h = 0,8 * 0,59 = 0,47 m V/VC=1,07 V=1,07 * 3,70 = 3,96 m/s V 2/2g = 0,80m LEJ(PV3) = 760,41 + 0,47 + 0.80 = 761,68 m > 761,08m Degrau = 761,68 - 761,08 = 0,60 m CFJ(PV3) = 760,41 - 0,60 = 759,81 m CFM(PV2) = 759,81 - (0,02 * 107) = 757,67 m LEM(PV2) = 757,67 + 0,47 + 0,80 = 759,94 m Recobrimento junto ao PV2 acima da geratriz superior da galeria Recobrimento = (759,60 - 757,67) + 0,88 = 1,05 m > 1,0 m Ok ! Apresentamos a planilha decorrente da revisão do projeto hidráulico onde a relação h/D é a melhor possível respeitado o recobrimento mínimo e como decorrência tem-se a menor profundidade da rede possível. • Verificação das Condições de Escoamento nas Ruas “Y” e “Z” • Trecho YA Sub-bacias 15, 16, 10 e 17 iL = %9,3039,0 109 8,762767 == − V = sm /64,1 016,0 )039,0(*)075,0(*75,0 2/13/2 = O tempo de percurso na sarjeta do trecho: tps= 66 64,1 109 == v L segundos = 1,1 minutos tc A= 14,1 + 1,1 = 15,2 minutos 90,0 18,0 )152,15( )5(*32 + =I = 1,99 mm/min Cpond =(2,89 * 0,5 + 0,29 * 0,9) / 3,18 = 0,54 Q = 166,67 * 0,54 * 1,99 * 3,18 = 572 l/s i = 3,9 % ⇒ F = 0,48 Qt = 4,16 * (0,039) 1/2 = 821 l/s Qadm = 821 * 0,48 = 394 l/s ( para um lado somente ). Ok! • Trecho ZA iL = 0,37% V = sm /50,0 016.0 )0037,0(*)075,0(*75,0 2/13/2 = tps= 218 50,0 109 == v L segundos =3,6 minutos tc C= 17 + 3,6 = 20,6 minutos 90,0 18,0 )156,20( )5(*32 + =I = 1,71 mm/min Cponderado = 55,0 91,2 90,047,050,006,150,038,05,000,1 = +++ xxxx Q = 166,67 * 0,55 * 1,71 * 2,91 = 457 l/s i = 0,37% ⇒ F = 0,40 Qt = 4,20 * (0,0037) 1/2 = 255 l/s Qadm = 255 * 0,40 = 100 l/s Não Ok! Precisa de Galeria no trecho! • Galeria no trecho ZA Q = 457 l/s it = 0,37 % Embora o PV2 tenha profundidade de 2,96 metros, a Cota de Fundo de Montante da galeria no PV2 é de 757,69 m, apresentando um degrau de 1,05 m. Assim a declividade da galeria no trecho ZA poderá ser de: Ig = 760,00 – (1 + 1,1D) – 757,69 = 1,31 – 1,1D Arbitrando D = 0,50 m Ig = (1,31 – 0,55) / 109 = 0,7% D = 155 1 2 3 8 , . / / Q i η ⇒ D = 8/3 2/1007,0 013,0*457,0 55,1 = 0,57 m ⇒ 600 mm i83 = = 2 3/8 315,0*6,0 457,0013,0 x 0,0054 m/m = 0,54 % • Projeto hidráulico da galeria Q = 457 l/s ig = 0,54 % η = 0,013 D = 0,600 m AC = πD 2 4 = π 0 4 2,6 = 0,283 m2 RC = D 4 0 4 = = ,6 0,15 m VC = 013,0 )0054,0.()15,0(. 2/13/2 2/13/2 = η iRC = 1,58 m/s QC= AC.VC = 0,283 * 1,58 = 0,45 m 3/s Q/QC = 1,00 h/D = 0,83 ∴ h = 0,83 * 0,60 = 0,50 m V/VC = 1,14 ∴ V = 1,14 * 1,58 = 1,80 m/s v 2/2g = 0,16 m CFJ PVA = 760 – 1,0 – 0,60 – 0,06 = 758,34 m LEJ PVA = 758,34 + 0,50 + 0,16 = 759,00 m CFM PV2 = 758,34 – 0,0054 * 109 = 757,75 m LEM PV2 = 759,00 – 0,59 = 758,41 ou LEM PV2 = 757,75 + 0,50 + 0,16 = 758,41 m LEJ PV2 = 759,95 m Degrau = 759,95 – 758,41 = 1,54 m Novo CFJ PV2 = 757,75 – 1,54 = 756,21 m CFJ PV2 existente = 756,64 m A nova profundidade do PV2 será de: H (PV2) = 759,60 – 756,21 = 3,39 m REVISÃO DO PROJETO HIDRÁULICO PV DE MONTANTE (x) PV DE JUSANTE (y) Trecho (PVx- PVy) Q (L/s) D (m) L (m) C T P V x (m ) C T P V y (m ) Rua i83 G al e ria Q/Q c h/D V/Vc h (m) V (m/s) V2/ 2g (m) R ec o br im . (m ) LEJ CFJ CFM LEM D eg ra u (m ) P ro f. do P V x PV6-PV5 772,05 771,10 765,30 766,3 0 2,00 PV5-PV4 766,22 756,30 761,05 762 0 2,00 PV4-PV3 470 0,6 112 763,0 762,8 0,2 0,57 0,57 1,01 0,83 1,14 0,50 1,87 0,18 1,70 761,73 761,05 760,41 761,1 0,53 1,95 PV3-PV2 1216 0,8 107 762,8 759,6 3,0 0,83 2,05 0,69 0,6 1,07 0,48 3,77 0,72 1,00 761,62 759,88 757,69 758,9 1,05 2,92 PV2-PV1 2058 0,8 92 759,6 755,5 4,4 2,37 3,3 0,77 0,65 1,10 0,52 5,83 1,73 1,03 759,95 756,64 753,60 755,9 0 2,96 PV1-LAN 2150 0,8 12 755,5 755,2 3,0 2,59 2,6 1,01 0,82 1,14 0,66 4,83 1,19 0,99 755,45 753,60 753,29 755,1 0 1,90 η = 0,013
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