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Atividades com contos - Clarice Lispector

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Prévia do material em texto

Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9
Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED 
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR 
 
 
 
 
 
ODETE GUALBERTO 
 
 
 
 
A LEITURA DE CONTOS DE CLARICE LISPECTOR: UMA REFLEXÃO 
PARA A VIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2013 
2 
 
ODETE GUALBERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
A LEITURA DE CONTOS DE CLARICE LISPECTOR: UMA REFLEXÃO 
PARA A VIDA 
 
 
Projeto de Intervenção Pedagógica 
apresentado ao Programa de 
Desenvolvimento Educacional – PDE da 
Secretaria de Estado da Educação do 
Paraná – SEED. 
Área de Conhecimento: Língua 
Portuguesa 
Orientador: Prof. Bruno Bohomoletz de 
Abreu Dallari 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2013 
3 
 
PRODUÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA 
A leitura de contos de Clarice Lispector: 
Uma reflexão para a vida 
 
A temática proposta tem como finalidade 
repensar o papel da leitura dos contos de Clarice 
Lispector, oportunizando melhores condições de 
interpretação das diferentes práticas do uso da 
língua – leitura, oralidade e escrita- através dos 
contos. 
O público alvo são os alunos do nono ano do Ensino 
Fundamental do Colégio Estadual Antônio Lacerda 
Braga, em Colombo. 
Os objetivos desse material didático são: 
incentivar a leitura de contos; estimular o gosto pela 
"contação" recriá-los através de textos orais e 
escritos. 
A metodologia utilizada será qualitativa, com 
base no método recepcional. Motivação para a 
prática da leitura; compartilhamento de 
conhecimentos; debates, interpretação dos contos 
escritos e orais, pesquisas, dramatizações e outras 
atividades. 
O método recepcional utilizado em sala de 
aula: o primeiro passo do professor seria o de 
efetuar a determinação do horizonte de expectativas 
4 
 
da classe, a fim de prever estratégias de ruptura e 
transformação do mesmo. Esse horizonte de 
expectativas conterá os valores prezados pelos 
alunos, em termo de crenças, modismos, estilos de 
vida, preferências quanto ao trabalho e lazer, 
preconceitos de ordem moral e social e interesse na 
área de leitura. As características desses horizontes 
podem ser constatadas através de técnicas 
variadas: como observação direta do 
comportamento, pelas reações espontâneas a 
leituras realizadas nos contos de Clarice Lispector e 
através da expressão dos próprios alunos em 
debates, discussões, respostas às entrevistas e 
questionários, dramatizações e outras 
manifestações quanto a sua experiência da obra. 
A análise comparativa das experiências de 
leitura, a sala debaterá sobre seu próprio 
comportamento em relação aos contos lidos levando 
em conta os desafios enfrentados, os processos de 
superação dos obstáculos textuais, tais como 
pesquisas empreendidas para compreensão de 
composição. Este é o momento dos alunos 
verificarem que conhecimentos ou vivências 
pessoais, proporcionaram a eles facilidades de 
entendimento do texto. O papel do professor neste 
momento é o de provocar seus alunos e criar 
condições para que eles avaliem o que foi alcançado 
e o que resta a fazer. Conscientes das suas 
possibilidades de conhecimento da literatura, partem 
5 
 
para outros contos ou textos o que proporciona uma 
motivação. 
O foco da leitura em diferentes funções sociais, 
buscando sempre o letramento do aluno. 
 
Fundamentação Teórica 
 
A ideia de explorar o gênero conto dentro da 
prática desenvolvida no ambiente escolar. A 
necessidade de trazer o aluno para o mundo 
imaginário e confrontá -lo com o mundo real e social 
da leitura e escrita. 
Alguns requisitos básicos, para que o aluno 
atinja tal estágio de atuação: 
a) Refere-se à quantidade e à qualidade de 
informações que o sujeito recebe, o que exige 
que o professor esteja preparado para 
selecionar textos referentes à realidade do 
aluno, e ao mesmo tempo, capazes de romper 
com ela; 
b) Apontar a importância do desenvolvimento da 
capacidade de refletir sobre a literatura e os 
fatores estruturais de seu material por parte dos 
alunos. Dessa forma, com o aprimoramento da 
leitura numa percepção estética e ideológica 
mais aguda e com visão crítica sobre sua 
6 
 
atuação e a de seu grupo, o aluno torna-se 
agente de aprendizagem, determinando ele 
mesmo a continuidade do processo, num 
constante enriquecimento cultural e social. 
Portanto o que constitui um processo de 
aprendizagem é envolver o estudante em atividades 
onde ocorra a interação com o objeto de estudo, no 
caso os contos de Clarice Lispector. 
Clarice Lispector nasceu numa pequena aldeia 
Tchetchelnik, na Ucrânia em 1925 e mudou-se com 
a família para o Brasil em janeiro de 1926. Morou 
em Alagoas e em Pernambuco e aos 12 anos, 
passou a viver no Rio de Janeiro, cursou a 
Faculdade Nacional de Direito. O primeiro livro 
publicado em 1943 – Perto do coração selvagem 
ano em que se casa com um diplomata, e o último 
livro em 1977, A Hora da Estrela – ano em que a 
escritora falece no Rio de Janeiro. Uma das maiores 
escritoras brasileira. 
A literatura produzida por Clarice Lispector não 
se preocupa com a construção de um enredo 
tradicionalmente estruturado. Ela busca a 
compreensão da consciência individual, marcada 
sempre pela introspecção dos personagens. Trata 
da condição feminina, da dificuldade de 
relacionamento humano, da hipocrisia dos papéis 
socialmente definidos. 
7 
 
Portanto a aprendizagem está relacionada com 
a motivação para contemplar e integrar os contos de 
Clarice Lispector, no envolvimento de adquirir 
conhecimento socialmente, que são construídos com 
o tempo. 
A necessidade educacional para o leitor 
conseguir decodificar e relacionar um conto com 
outras situações vividas, e descobrir um mundo novo 
dentro de cada conto. 
Dentro do gênero literário: conto é uma narrativa 
ficcional curta, condensada, que apresenta poucos 
personagens, ações, tempo e espaço reduzido. O 
enredo é geralmente estruturado em introdução, 
desenvolvimento, clímax e conclusão e as 
personagens são mais aprofundadas 
psicologicamente. Emprega geralmente padrão da 
língua. 
Para Evely Boruchovitch “Encontrar meios 
pelos quais a concepção de Inteligência como 
possível de ser plenamente e adequadamente 
ampliada pelo contexto educacional é um desafio 
importante que nos permitirá caminhar ao sentido da 
promoção de uma motivação adequada à 
aprendizagem autorregulada em nossos alunos”. 
(página 112), (Livro a Motivação). A linguagem é 
vista como um fenômeno social, que nasce da 
necessidade de interação entre as pessoas. Tendo 
como base teórica as reflexões do Círculo de 
8 
 
Bakhtin: [...] Toda a palavra comporta duas faces. 
Ela é determinada tanto pelo fato de que precede 
de alguém, como pelo fato de que se dirige a 
alguém. Ela constitui justamente o produto da 
interação do locutor e do ouvinte. Toda palavra 
serve de expressão a um em relação ao outro. [...]. 
Nos conceitos bakhtinianos de gênero 
primário e secundário, Roxane Rojo propõe uma 
dissociação entre gênero e texto e associa a nação 
de gênero à de discurso enquanto produto de um 
enunciador. Mais elaborados como “instrumentos 
semióticos complexos” e apropriação dos recursos 
do letramento não podemos ignorá-la enquanto 
forma, pois, está voltada para o conhecimento 
histórico-social. 
Para Magda Soares: letramento é o resultado 
da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever: 
o estado ou a condição que adquire um grupo social 
ou um indivíduo como consequência de ter-se 
apropriado da escrita. O letramento cobre uma vasta 
gama de conhecimento, habilidades, capacidades, 
valores, usos e funções sociais. O conceito de 
letramento envolve, portanto,sutilezas e 
complexidades difíceis de serem explicadas em uma 
única definição. Uma definição que é priorizada é a 
que dá ênfase nas habilidades individuais de ler e 
escrever, nos usos, funções e propósitos da língua 
escrita no contexto social. 
9 
 
Segundo a UNESCO – apud SOARES, Magda, 
1958, (p. 4) é letrada a pessoa que consegue tanto 
ler quanto escrever com compreensão uma frase 
simples e curta sobre sua vida cotidiana. E no 
sentido social quando participa de atividades nas 
quais o letramento é necessário para o efetivo 
funcionamento de seu grupo e comunidade, na vida 
diária, nas situações que requerem o uso da leitura 
ou da produção de textos escritos, com o direito de 
assumir suas responsabilidades cívicas e políticas. 
Enquanto, Luiz Antônio Marcuschi, sugere uma 
relação entre letramento e oralidade, evitando a 
nação de autonomia e supremacia da escrita 
vinculada ao contexto de produção; com a inserção 
da fala e da escrita na cultura e vida social. 
Portanto, os elementos se interpenetram, sejam 
em termos de função social, potencial cognitivo, 
práticas comunicativas, nível de organização, estilos, 
estratégias de formulação, tudo e um texto 
colaborativo da prática do letramento. 
A narração, argumentação, exposição, diálogo 
são tipos textuais, mais do que textos concretos e 
completos são designações para sequências típicas. 
Os gêneros são cristalizações linguísticas de 
práticas sociais. 
10 
 
Chegamos à conclusão que o letramento é uma 
prática social estreitamente relacionada a situações 
de poder social e etnograficamente situada. 
A falta de interesse dos alunos com relação à 
leitura é grande; são diversos os motivos entre eles: 
a dificuldade de compreender o contexto que as 
narrativas contemplam. 
O contato que existe com práticas pedagógicas 
que valorizem a leitura crítica impedem a construção 
do saber. 
Por isso, os diversos campos das atividades 
humanas estão ligados ao uso da linguagem, e para 
comunicar – se bem é necessário à leitura como 
conhecimento e interação social como um todo. 
A necessidade educacional de motivar e manter 
essa motivação ressalta a importância do papel do 
professor e da família nessa empreitada. 
Para Bakhtin, a valorização da fala, o 
enunciado, afirma sua natureza social, não 
individual: a fala está indissoluvelmente ligada às 
condições da comunicação, que por sua vez, estão 
sempre ligadas às estruturas sociais. 
A literatura produzida por Clarice Lispector se 
preocupa com as condições sociais do individuo e 
não com a construção de um enredo 
tradicionalmente estruturado. Ela busca a 
11 
 
compreensão da consciência individual, marcada 
sempre pela introspecção das personagens. 
Trata da condição feminina, da dificuldade de 
relacionamento humano, da hipocrisia dos papéis 
socialmente definidos. Portanto a necessidade 
educacional para o leitor conseguir decodificar e 
relacionar um conto com outras situações vividas e 
descobrir um mundo novo dentro de cada conto, 
pois, a linguagem é vista como um fenômeno social, 
que nasce da necessidade de interação entre as 
pessoas. Tendo como base teórica as reflexões do 
Círculo de Bakhtin. “ [ Toda a palavra comporta 
duas faces. Ela é determinada tanto pelo fato de que 
procede de alguém, como pelo fato de que se dirige 
a alguém. Ela constitui justamente o produto da 
interação do locutor e do ouvinte. ] “ 
Escolhi Clarice Lispector, pois, ela se distingue 
como iniciadora do romance metafísico no Brasil e 
as características de uma ficção – aventura, que 
além de contar sobre o assunto, busca desvendar 
por meio da palavra, o mistério do mundo e das 
ideias, domínio pouco explorado. 
O domínio do enunciado puramente ligado à 
exploração do vocábulo e se entretém na 
enunciação, a interioridade é sentida ao mesmo 
tempo em que se lê o conto, como se imaginasse a 
cena em si. 
12 
 
O estilo de Clarice Lispector é construído pela 
metafísica, pois, seus contrastes trazem ao texto 
muita imaginação e a complexidade que os tornam 
atraentes. 
Do simbólico a lógica discursiva: a sedução, 
num corpo aparentemente convencional, numa 
sequencia linguística, levando em conta o 
aprendizado como um todo. 
Roland Barthes tratou das unidades narrativas 
utilizando, como critério de depreensão das 
mesmas, a significação. Em contraste com a vida, a 
arte não possui ruídos, constituindo um sistema que 
desconhece unidades perdidas. Tudo é significativo, 
embora os graus de significação sejam variáveis. 
As produções literárias de Clarice Lispector 
despertam a tensão semântica do discurso, 
mantendo o contato com o narrador, como 
verdadeiros núcleos. Privilegiar a estratégia 
digressiva evadindo-se da abordagem direta, sem os 
discursos, tantas vezes inquietantes e estatizados, 
da logicidade verbal. A prática digressiva é uma 
tradição de intertextualidade, porque ao deslocar-se, 
Clarice Lispector cria, estrategicamente, em espaço 
paródico-diálogo de vozes em que narra, subsidiária 
e paralelamente, os fatos. 
Além da consciência de linguagem é o 
desempenho guiado pelo senso de pesquisa e de 
13 
 
descoberta do mundo: ponto de encontro de uma 
proliferação de vozes. O universo textual de Clarice 
Lispector deixa-se flagrar – espelho invertido e 
revertido – no estranhamento e na revolução 
paródica. 
O diálogo entre dois eus funda-se na utopia de 
uma práxis inaugural, digressão da subjetividade 
pretensamente única, rompendo a completude 
estabilizadora dos discursos lógicos. 
 
Uma estrutura recorrente 
 
Nos romances e contos, Clarice Lispector trata 
da condição feminina, das dificuldades de 
relacionamento humano, da hipocrisia dos papéis 
socialmente definidos, da busca pelo eu. 
As narrativas apresentam uma estrutura 
semelhante, que o crítico Affonso Romano de 
Sant’Anna definiu em quatro passos: 
A personagem é disposta numa determinada 
situação cotidiana. 
Prepara-se um evento que é pressentido 
discretamente pela personagem (algo como uma 
inquietação). 
Ocorre o evento que ilumina sua vida (epifania). 
14 
 
Apresenta-se o desfecho, no qual a situação da 
vida da personagem, após a epifania, é 
reexaminada. 
O trabalho com a linguagem é fundamental para 
que esse processo de autodescoberta adquira a 
dimensão intimista que permite, ao leitor, 
acompanhar os efeitos, na personagem, do 
momento de iluminação. A autora promove, na 
forma do texto, uma desconstrução equivalente 
àquela vivida pelas personagens, fazendo com que 
a própria linguagem assuma uma função libertadora. 
Outra característica recorrente, na ficção de 
Clarice, é a presença constante de animais (cavalo, 
galinha, barata, aranha, búfalo, gato, etc.) que 
representam o “coração selvagem” da vida, que 
pulsa descontrolada, sem se submeter às regras e 
expectativas sociais. Essa é uma forma também 
revolucionária de simbolizar a busca incessante das 
personagens pela libertação das amarras sociais e o 
mergulho no irreversível processo de individuação. 
3° Geração do Modernismo ou pós-modernismo 
– (Geração 45 até os dias atuais). 
Contexto histórico: 
Criação do ONU; 
Publica-se a Declaração dos Direitos Humanos; 
Fim da ditadura Vargas (redemocratização); 
15 
 
Inicio da guerra-fria (norte-americanos e soviéticos). 
Os contos de Clarice Lispector respeitam as 
características fundamentais do gênero. Seguem o 
mesmo eixo mimético dos romances, assente na 
consciência individual como limiar originário do 
relacionamento entre o sujeito narrador e a 
realidade, o que resultam do ponto de vista 
assumido pelo sujeito narrador em relação ao 
personagem. O episódio único que serve de núcleo 
é um momento de tensão conflito – é um momento 
de crise interior condicionado e qualificado em 
função do desenvolvimento. Essa tensão conflitiva 
estabelece uma ruptura do personagem com o 
mundo. Porém a crisedeclarada que raramente se 
resolve através de um ato, mantem-se do principio 
ao fim, seja como devaneio ou aspiração, de embate 
de sentimentos. 
O confronto pelo olhar, troca de olhares entre as 
personagens. O poder mágico do olhar e do 
descortino contemplativo silencioso. A existência e 
liberdade, contemplação e ação, linguagem e 
realidade, o eu e o mundo, conhecimento das coisas 
e relações intersubjetivas, são os pontos de 
referência do horizonte de pensamento que se 
descortina na ficção de Clarice Lispector. 
O que importa é a inquietação, o desejo de ser, 
o predomínio da consciência reflexiva, a violência 
interiorizada nas relações humanas o impulso ao 
16 
 
dizer expressivo e o descortinar silencioso das 
coisas. 
A temática marcadamente existencial com 
tópicos de filosofia da existência e mais ao 
existencialismo de Sartre. 
A perspectiva mística suplantada a existencial 
inerente à temática da obra, a subjetividade, e, 
portanto a experiência interior, o existencialismo do 
próprio individuo, que mesmo quando ama, precisa 
de cólera. O dizer modifica o sentir sujeito a estados 
imutáveis. A acuidade reflexiva e a inquietação 
formam os elos inseparáveis da consciência de si. 
A coisificação pelo olhar, perigo que espreita os 
personagens de Clarice Lispector um aspecto do 
regime conflitivo de suas relações mútuas. 
O silêncio é a origem e o destino que sustenta a 
diferença do sentido assinalada pelo paradoxo e a 
própria linguagem mostra uma realidade 
indeterminada. A escritura assombrada pelo silêncio, 
porque pela presença mística da coisa, é uma 
escritura conflitiva, que problematiza as relações 
entre linguagem e realidade. Escrever é dilatar o 
tempo decompondo em instantes sucessivos. 
A ficcionista expôs-se a si mesma, o 
dilaceramento de sua escritura equívoca que só 
possui e cria uma realidade negativa. A obra de 
17 
 
Clarice Lispector se reveste de uma importância 
exemplar, de um valor indiscutível. 
Como a crônica o conto é um texto curto que 
pertence ao grupo dos gêneros narrativos ficcionais. 
Caracteriza – se por ser condensado, isto é, por 
apresentar poucas personagens, ações e tempo e 
espaço reduzidos. 
 
A estrutura do enredo 
 Introdução ou apresentação – geralmente 
coincide com o começo da história; é o momento em 
que o narrador apresenta os fatos iniciais, as 
personagens e, às vezes, o tempo e o espaço. 
Desenvolvimento ou complicação – é a parte do 
enredo em que é desenvolvido o conflito. 
Clímax – é o momento culminante da história, 
ou seja, aquele de maior tensão, no qual o conflito 
atinge o seu ponto máximo. 
Conclusão ou desfecho – é a solução do 
conflito, que pode ser surpreendente, trágica, 
cômica, etc., e corresponde ao final da história. 
 
FELICIDADE CLANDESTINA 
 Felicidade => qualidade ou estado de feliz; 
ventura; contentamento. 
18 
 
Bom êxito; sucesso. 
 Clandestina => ilegítimo; ilegal; feito em 
segredo; quem entra ilegalmente num país ou 
mesmo num meio de transporte. 
Mas possuía o que qualquer criança devoradora 
de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. 
Mas que talento tinha para a crueldade (prazer 
em fazer o mal; maltratar os outros). Ela todo era 
pura vingança. Comigo exerceu com calma 
ferocidade (caráter cruel) o seu sadismo. Na minha 
ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que 
ela me submetia: continuava a implorar-lhe 
emprestados os livros que ela não lia. Até que um 
dia, quando eu estava à porta da sua casa, ouvindo 
humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua 
mãe; disse firme e calma para a filha: você vai 
emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E 
você fica com o livro por quanto tempo quiser”. 
Como contar o que se seguiu? Eu estava 
estonteada, (deslumbrada, tonta, maravilhar-se) e 
assim recebi o livro na mão. Acho que não disse 
nada. Peguei o livro, comprimia-o contra o peito. 
Meu peito estava quente, meu coração pensativo. A 
felicidade sempre iria ser clandestina para mim, 
(fluxo de consciência). Parece que eu já pressentia. 
Como demorei! Eu vivia no ar. Havia orgulho e poder 
em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes 
19 
 
sentava-me na rede, balançando-me com o livro 
aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. 
Não era mais uma menina com um livro: era uma 
mulher com o seu amante. 
 
1 – Leitura do conto Felicidade Clandestina de 
Clarice Lispector. 
2 – No conto Felicidade Clandestina, vamos 
pesquisar no dicionário palavras cujo sentido você 
desconheça, para esclarecer o significado no 
contexto. 
3 – Qual o conflito apresentado? 
4 – Quem são os personagens? 
5 – Onde a história acontece? 
6 – Quando a história poderia ter acontecido? Por 
que não há indicações precisas de tempo? 
7 – Qual o clímax do conto? 
8 – É possível deduzir qual a condição 
socioeconômica das duas meninas que conversam? 
A partir de que indicativos? 
9 – Comentários sobre a situação em si do conto. 
10 – Em círculo, debate sobre Felicidade 
Clandestina. 
20 
 
11 – Pode – se afirmar que o conto está expondo, de 
forma figurada, um pensamento sobre a sociedade. 
Que pensamento é esse? 
12 – Os requintes de crueldades constituem tema de 
vários contos de Clarice Lispector. Nesse conto, o 
que pode estar gerando o sentimento desumano, o 
gosto em fazer o mal ou a insensibilidade? 
13 – Comentários sobre o conto em questão, em 
círculo, colocaram suas ideias. 
 
Contos próximos e distantes do mundo real. O 
conto é um texto ficcional, narra uma história 
inventada ou recriada por um autor. Entretanto, 
segundo o grau de aproximação entre o mundo real 
e o da ficção, podem – se reconhecer diferentes 
tipos de contos. 
1 – Realista – os elementos ( fatos, personagens, 
tempo, lugar ) representam uma realidade possível; 
– Fantásticos – baseiam–se em elementos da 
realidade, mas apresentam os fatos de uma maneira 
diferente do modo habitual, muitas vezes de maneira 
assombrosa. 
 
UMA AMIZADE SINCERA 
Conhecemo-nos no último ano da escola. 
Chegamos a um ponto de amizade que não 
21 
 
podíamos mais guardar um pensamento: um 
telefonava logo ao outro, marcando um encontro 
imediato. Esse estado de comunicação continua 
chegou a tal exaltação que, no dia em que nada 
tínhamos a nos confiar, procurávamos com alguma 
aflição um assunto. Às vezes um telefonava 
encontrávamo-nos, e nada tínhamos a nos dizer. 
Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados. 
Experimentávamos ficar calados, mas tornávamo-
nos inquietos logo depois de nos separarmos. 
Quando minha família mudou para São Paulo e 
ele morava sozinho, pois sua família era do Piauí, foi 
quando o convidei para morar em meu apartamento. 
Que rebuliço de alma. Radiantes, arrumávamos 
nossos livros e discos, preparávamos um ambiente 
perfeito para a amizade. 
Queríamos tanto salvar o outro. Amizade é 
matéria de salvação (fluxo de consciência). 
Mas como se nos revelava sintética a amizade. 
Não havia paz. Só muito depois eu ia compreender 
que estar é também dar. Um aperto de mão 
comovido foi o nosso adeus no aeroporto. Sabíamos 
que não nos veríamos mais. Mais que isso: que não 
queríamos nos rever. E sabíamos também que 
éramos amigos. Amigos sinceros. 
 
22 
 
1 – Leitura do conto Uma amizade sincera de Clarice 
Lispector. 
2 – Comentários sobre amizade. 
3 - O que é uma amizade sincera? Exemplos. 
4 - Qual o tipo de comunicação eles mantinham? 
5 – Quais os primeiros sinais de perturbação entre 
eles? 
 6 – Qual o significado: “Queríamos tanto salvar o 
outro. Amizade é matéria de salvação.” Dentro do 
contexto. 
7 – Por que eles consideravam a amizade insolúvel? 
8 – A solidão e a falta de paz entre eles eram 
constante. Justifique. 
9 – Por que as pessoas se presenteiam? Justifique. 
10 – Você daria outro final ao conto? Qual? Por 
quê? 
11 – Como se classifica o conto Amizade sincera?12 – Que fatos podem ser considerados possíveis 
no mundo real? 
13 – Um grupo de três integrantes e comecem a 
planificar um conto sobre amizade, utilizando os 
passos propostos a seguir. O planejamento é 
provisório, servirá para produzir as primeiras ideias. 
Mais adiante, poderão modificá-lo. 
23 
 
Tipo de conto: 
Título: 
Lugar: 
Tempo: 
Personagens: 
Enredo: 
Clímax: 
Expansão dos fatos: 
Como você já viu, a estrutura do conto pode 
apresentar uma situação inicial, um conflito e uma 
estrutura tão simples. É preciso despertar o 
interesse do leitor e, para isso é importante o modo 
como se desenvolve ou se expande cada uma 
dessas partes. Expansões são ações que ampliam 
ou desenvolvem uma ação fundamental. 
1 – Em que parte do conto – início, conflito, 
resolução – o relato se deteve? 
2 – Que tipo de expansão – descrição, comentário 
ou explicação – predomina no conto? Por quê? 
3 – Fazer um grande círculo para comentários e 
debates sobre o conto. 
 
 
24 
 
O PRIMEIRO BEIJO 
 Os dois mais murmuravam que conversavam: 
era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme. 
- Vá nunca beijou uma mulher antes de me beijar? 
- Sim, já beijei antes uma mulher. 
- Quem era ela? 
 Não sabia como dizer. 
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. 
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, 
e foi o que fez. 
O ônibus parou, todos estavam com sede, mas 
ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de 
pedra, antes de todos. 
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-
os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. 
Era a vida voltando e com esta encharcou todo o 
seu interior arenoso até se saciar (fluxo de 
consciência). A vida havia jorrado dessa boca de 
uma boca para outra. Intuitivamente, confuso na sua 
inocência, sentia intrigado: mas não é de uma 
mulher que sai o líquido vivificador, o liquido 
germinador de vida... Olhou a estátua nua. 
Ele a havia beijado. 
Perplexo, num equilíbrio frágil. 
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou 
de uma fonte oculta nele à verdade. Que logo o 
encheu de susto e logo também de um orgulho 
antes jamais sentido. Ele... (fluxo de consciência). 
25 
 
Ele se tornara homem. 
 
1 – Leitura do Conto O primeiro beijo. 
2 – Como se inicia o conto? 
3 – Quais os personagens? 
4 – Qual o conflito surgido? Por quê? 
5 – “Ficar quieto, sem quase pensar e apenas 
sentir, era tão bom”. Justifique. 
6 – A sede começa com o brincar com a turma, falar 
bem alto, mais alto que o barulho do motor do 
ônibus da excursão, rir, gritar, pensar, sentir, puxa 
vida. Como deixava a garganta seca. Que atitude o 
personagem tomou? Explique. 
7 – No texto: “E soube então que havia colado sua 
boca na boca da estátua de pedra. A vida havia 
jorrado dessa boca, de uma boca para outra”. Que 
associação o personagem faz? Justifique. 
8 – Releia o texto, em que também se verifica 
ambiguidade: “Estava em pé, docemente agressivo, 
sozinho no meio dos outros, de coração batendo 
fundo espaçado, sentindo o mundo se transformar. 
A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta 
com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil”. 
a) Que sentidos podem depreender desse trecho? 
26 
 
b) Levante hipóteses: Por que o personagem se 
sentia assim? 
c) O que representa a estátua da mulher de pedra? 
9 – Nos gêneros narrativos, a sequência de fatos 
que mantêm entre si uma relação de causa e efeito 
constitui o enredo. Um dos mais importantes 
elementos que compõem o enredo é o conflito. 
Identifique o conflito do conto. 
10 – No desfecho do conto geralmente ocorre à 
solução do conflito ou uma revelação para o 
personagem. A revelação acontece quando um fato 
ou uma situação muda o modo de agir do 
personagem, levando - o a romper com 
determinados valores a questionar seu modo de 
vida, etc. 
No desfecho do conto ocorre a solução do conflito, 
uma revelação ou ambos? Justifique. 
11 – O discurso indireto livre – consiste na fusão da 
fala ou do pensamento do personagem com o 
discurso do narrador. 
Destaque do conto, os trechos que correspondem 
ao discurso indireto livre. 
12 – Reúna – se com seus colegas (máximo de três) 
e juntos concluam: 
- Quais as características do conto? 
27 
 
- Seu grupo irá pesquisar, escolher, produzir e expor 
um conto com uma temática livre. 
13 – Cada grupo lerá e debaterá os contos criados. 
 
Os diálogos e as vozes entre os contos: 1) 
Felicidade Clandestina, 2) Uma Amizade Sincera e 
3) O Primeiro Beijo, são uma constante da escritora 
Clarice Lispector em suas obras; há a tomada de 
consciência, quando ela conversa com seu interior, 
há uma mudança de comportamento, uma 
transformação em suas atitudes, uma maturidade. 
1) “Não era mais uma menina com um livro: era 
uma mulher com seu amante”. 
2) “Queríamos tanto salvar o outro. Amizade é 
matéria de salvação”. 
3) “A vida havia jorrado dessa boca, de uma 
boca para a outra. Ele se tornara homem”. 
As narrativas de Clarice Lispector sublinham a 
precariedade e o nomadismo da consciência e da 
existência, entre as aleluias e as agonias de ser. 
Para Bakhtin, todas as vivências interiores do 
outro individuo – sua alegria, seu sofrimento e 
finalmente, propósito semântico, ainda que nada 
disso se manifeste em nada exterior, se enuncie, se 
reflita em seu rosto, na expressão do seu olhar... 
A vivência moral do outro têm uma exterioridade 
interior voltada para mim, e vou contemplar como 
olhos interiores. 
Os três eixos básicos do pensamento: 
28 
 
1. Unicidade do ser e 
do evento; Base da concepção 
dialógica da linguagem. 2. Relação eu/outro; 
3. Dimensão axiológica 
 
Toda interpretação é a correlação de dado texto 
com outros textos. O comentário é a índole dialógica 
dessa relação. 
O lugar da filosofia começa onde termina a 
cientificidade exata e começa a heterocientificidade; 
é a metalinguagem de todas as ciências. 
Segundo DALLARI, a literatura não era apenas 
uma referência formal. Seus conteúdos também 
eram considerados como referência: ali se discutia 
política, filosofia, ciência, sociedade, a psicologia e 
as emoções humanas, se fazia reflexões sobre a 
natureza humana, suas expectativas, desejos, 
fantasias, etc. 
As abordagens educacionais e de letramento 
produzem a capacitação de comunicação do aluno, 
realçando os aspectos práticos e profissionais. 
Os jovens querem ou são livres, fazendo o que 
bem entendem, se fecham em seu mundo e vivem 
em outra realidade, nunca participam da realidade 
onde estão inseridos. Assim como Clarice Lispector 
está em seu mundo interior, mas ao mesmo tempo 
querendo ficar só. Criando situações, diálogos que 
mais parece um monólogo, pois, ela conversa com o 
seu interior e imagina uma resposta para os seus 
questionamentos. Assim são os jovens que criam 
diálogos para uma situação também imaginária, que 
29 
 
ele supõe que pode ocorrer por causa do seu 
envolvimento com determinadas situações. 
Clarice Lispector dá importância às vozes dos 
contos e participa como narrador personagem. 
Essa é a relação que existe entre os jovens que 
querem e vivem o seu mundo interior, agindo como 
se fosse o único e que o mundo girasse ao seu 
redor. Para Clarice Lispector o mundo interior é o 
mais importante, pois, ela se completa e vive feliz 
dessa maneira. Os personagens são interiorizados, 
ela se coloca em seu lugar, algumas vezes não faz 
distinção entre as personagens e si mesma. Essa 
forma de ser de Clarice Lispector que chama 
atenção dos seus leitores jovens, que se identificam 
com a mesma. Clarice Lispector “Mas o Deus é hoje: 
seu reino já começou”. 
 
I. Valorização das experiências de leitura 
trazidas pelo aluno: 
Perguntar aos alunos quais foram os contatos 
que tiveram com uma leitura durante a escolarização 
e se estes contatos foram prazerosos. 
 
II. A leitura na formação do cidadão: 
Mostrar que a leitura, apesar de ser uma prática 
individual se socializada podefazer a diferença na 
vida das pessoas, uma vez que as tornam 
detentoras de novos conhecimentos e de novas 
possibilidades. 
30 
 
 
III. Apresentação do gênero literário conto: 
Expor aos alunos quais são as características 
do gênero literário conto. 
 
IV. Leitura dos contos: 
Apresentar o título dos contos Felicidade 
Clandestina, Uma Amizade Sincera e o Primeiro 
Beijo que serão lidos e solicitar que pensem sobre o 
enredo e verbalizem suas impressões. 
 
V. Representação da leitura por imagens e 
desenhos: 
Solicitar que os alunos façam desenhos ou 
recortes de imagens de revistas ou jornais que 
tenham relação com a história lida e produzem um 
quadro. 
 
VI. Exibição de filmes relacionados com os temas 
trabalhados nos contos: 
Selecionar filmes relacionados à temática dos 
contos lidos. 
 
VII. A música e a leitura: 
Propor que os alunos relacionem alguma 
música que tenham ouvido à temática dos contos 
lidos. 
31 
 
 
VIII. Leitura coletiva dos contos escolhidos: 
Fazer uma roda de leitura para que os contos 
sejam lidos coletivamente. 
 
IX. Roda de conversa: 
Conversar com os alunos para saber se foi 
significativa a experiência que tiveram com a leitura 
dos contos. 
 
X. Produção de conto: 
Propor aos alunos que produzam o seu próprio 
conto com tema escolhido por eles. 
 
REFERÊNCIAS 
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São Paulo. 
BARTHES, R (2002) O Prazer do Texto, Ed. Elos, 
São Paulo. 
BAKHTIN, M. (2003) Estética da Criação Verbal. 
Martins Fontes, São Paulo. 
BAKHTIN, M. (1988) Marxismo e Filosofia da 
Linguagem. Hucitec, São Paulo. 
GNERRE, M. (1985) Linguagem, Escrita e Poder. 
Martins Fontes, São Paulo. 
32 
 
SCOTOLO, I. (2008) O Discurso Midiático: 
articulação entre representações e produção dos 
sentidos. In A Leitura como Ofício, Scotolo, I. (org.). 
Ed. Porto de Idéias, São Paulo. 
VIGOSTKY, I. (1987) A Formação Social da Mente. 
São Paulo, Martins Fontes. 
DALLARI, Bruno B. A. (2010), Mídia, cidadania e as 
novas práticas de letramento. 
NUNES, Benedito de (1973), Leitura de Clarice 
Lispector. 
FARACO, Carlos Alberto (2010), Linguagem e 
Diálogo. As ideias Linguísticas do Circulo de 
Bakhtin. 
FIORIN, José Luiz (2008), Introdução ao 
Pensamento de Bakhtin. 
SOARES, Magda (2012), Letramento, um tema em 
três gêneros. 
GOMES, André Luís (2008), Seminário 
Internacional, Clarice em cena: 30 anos depois. 
Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua 
Portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental, 
MEC, 1997. 
Parâmetros Curriculares Nacionais – Língua 
Portuguesa. Terceiro e quarto ciclos do ensino 
fundamental. Secretaria de Educação Fundamental, 
MEC, 1998.

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