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Esportes de raquete - programa Brasil Profissionalizado

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Prévia do material em texto

SUZANA GONZAGA DA SILVA
ATUALIZAÇÃO PEDAGÓGICA
ESPORTES 
DE RAQUETE
PROGRAMA BRASIL PROFISSIONALIZADO
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para melhoria de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento do País. Esse objetivo, dos governos esta-
duais e federal, visa à melhoria da competitividade de nossos produtos 
e serviços, vis-à-vis com os dos países com os quais mantemos relações 
comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de 
forma contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas 
– Etecs e Classes Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria 
Estadual de Educação e com Prefeituras). Esse esforço fez com que, de 
agosto de 2008 a 2011, as matrículas do Ensino Técnico (concomitante, 
subsequente e integrado, presencial e a distância) evoluíssem de 92.578 
para 162.105. Em 2018 foram registradas 435.004 inscrições para 119.891 
vagas em cursos para os períodos da manhã, tarde, noite e integral. 
A garantia da boa qualidade da educação profissional desses milhares de 
jovens e de trabalhadores requer investimentos em reformas, instalações, 
laboratórios, material didático e, principalmente, atualização técnica e pe-
dagógica de professores e gestores escolares.
A parceria do Governo Federal com o Estado de São Paulo, firmada por 
intermédio do Programa Brasil Profissionalizado, é um apoio significativo 
para que a oferta pública de Ensino Técnico em São Paulo cresça com a 
qualidade atual e possa contribuir para o desenvolvimento econômico e 
social do Estado e, consequentemente, do País. 
Almério Melquíades de Araújo 
Coordenador do Ensino Médio e Técnico
Projeto de formação continuada de professores da educação profissional do 
Programa Brasil Profissionalizado - Centro Paula Souza - Setec/MEC
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
Emilena Lorezon Bianco
Chefe de Gabinete da Superintendência
Armando Natal Maurício, respondendo pelo expediente
REALIZAÇÃO
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Coordenador
Almério Melquíades de Araújo
Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão - Cetec 
Capacitações 
Responsável
Lucília dos Anjos Felgueiras Guerra
Responsável Brasil Profissionalizado
Silvana Maria Brenha Ribeiro
Professora Coordenadora de Projetos
Talita Miranda
Parecer Técnico
Marcelo Ferreira Lima
Revisão de Texto
Leonor de Fátima Bueno Wanderley
Projeto Gráfico e diagramação
Diego Santos
APRESENTAÇÃO
A atividade física auxilia na ampliação do conhecimento motor, cognitivo e 
sociocultural, além de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e estar 
presente nas escolas, clubes, hotéis e acampamentos. Para que se torne algo 
atrativo, os profissionais que trabalham nesses locais necessitam de ativida-
des inovadoras, que chamem a atenção do público para a prática. 
Diante desse desafio, a capacitação “Esportes de Raquete” traz novos olha-
res para esportes que, muitas vezes, são chamados de “elitizados” e com 
os quais as pessoas não teriam tanto contato. O material foi elaborado 
pela professora Suzana Gonzaga da Silva, formada na Escola de Educação 
Física da Universidade do Estado de São Paulo e treinadora nacional da 
Confederação Brasileira de Tênis. 
A proposta é abordar alguns esportes de raquete como o tênis de campo, 
badminton, tênis de mesa e tênis de praia (ou beach tennis), e estruturar um 
planejamento de atividades em cada uma das modalidades citadas e realizar 
a construção dos equipamentos com material alternativo para a prática. 
Esperamos que o conteúdo seja proveitoso, estimulante e que os esportes 
de raquete possam aperfeiçoar ainda mais suas aulas. 
Aproveite o material!
Um grande abraço
Talita Miranda
Coordenadora de Projetos – Educação Física
Cetec - 2019
SUMÁRIO
Introdução e conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Conhecendo os esportes de raquete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Tênis de campo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Badminton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Tênis de mesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Tênis de praia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Estrutura geral de planejamento de atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Dez princípios de sucesso para aulas de 
esportes de raquete no contexto escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Progressões para o ensino do tênis: considerações iniciais . . . . . . . . . . . . . 42
O ensino dos golpes por progressões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Oficinas ou circuito de habilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Jogos e brincadeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Modelos de planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Avaliações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Ilustrações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
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Esta autora foi uma atleta de alto rendimento no tênis de campo, trazen-
do muitos títulos nacionais e internacionais para o Estado de São Paulo 
nos anos 70 e 80. Devido ao supertreinamento e excesso de competições 
na tenra idade, abandonou a prática do esporte durante sua graduação 
em Educação Física na Universidade de São Paulo, e só voltou a praticá-lo 
no último ano de faculdade.
Uma crise que parecia interminável com a questão da competição foi o 
trampolim para a busca de leituras que pudessem explicar o jogo, que 
justificassem sua existência em nossas vidas, que explicassem como ele 
pode ser útil em nosso desenvolvimento - além do puro entretenimen-
to. Essas leituras trouxeram muitos insights e a vontade de utilizar o tênis 
como ferramenta educativa, que continua vigorosa até os dias de hoje.
Os esportes de raquete que iremos aprender aqui oferecem aos professo-
res de Educação Física a oportunidade de mesclar dinâmicas cooperati-
vas e de oposição para meninos e meninas conjuntamente, pois não há o 
contato físico direto. A falta de material esportivo e de espaço de quadras 
oficiais não serão empecilhos: tudo pode ser adaptado com materiais re-
ciclados, em espaços tão pequenos como 15 X 10 m. 
Ao elaborarmos um programa escolar de Educação Física, é importante 
que tenhamos refletido um pouco sobre as perguntas: “a quem se desti-
na o programa?”, “em que contexto social esses alunos estão inseridos?”, 
“para que desenvolverei determinada modalidade, e não outra”, “o que 
pretendo alcançar?”, entre outras.
A autora concorda com Oberteuffer e Ulrich, quando dizem que “para a 
Educação Física, o fato mais importante da natureza humana é a unidade 
do ser. É possível falar-se de ‘mente’, ‘corpo’, ‘alma’, mas esses aspectos 
da vida somente têm significado ao se interrelacionarem ou se ligarem à 
integralidade do homem”. (1)
Como educadores físicos que somos, é importante que possamos en-
tender nosso papel na formação desse ser integral através da atividade 
psicomotora. Mas, também precisamos enfrentar a realidade dos tempos 
atuais: a atividade física de crianças e jovens caiu de modo assustador.
INTRODUÇÃO E CONCEITO
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De acordo com uma revisão de artigos nacionais e internacionais feita so-
bre sedentarismo em adolescentes ainda em 2007 (2), o número de ado-
lescentes sedentários já era alarmante de norte a sul do Brasil. No estudo 
de Silva et al., 93,5% dos estudantes da cidade de Maceió foram classifica-
dos como sedentários. Em adolescentes de 11 anos de idade, pertencen-
tes à Corte de Nascimentos de 1993, da Cidade de Pelotas, RS, Hallal et al. 
encontraram um percentual de sedentarismo de 58%. 
Que desafios temos então? Queremos ampliar o “cardápio” de atividades 
psicomotoras que possam trabalhar o ser integral, para podermos envol-
ver cada vez mais crianças e jovens no universo do jogo “olho no olho” 
e do movimento. A criança e o jovem precisam de um jogo para chamar 
de seu, pois, segundo Jean Chateau, “... é pelo jogo, pelo brinquedo, que 
crescem a alma e a inteligência”. (...) Uma criança que não sabe brincar, (...) 
será um adulto que não saberá pensar.” (3) 
Trazer crianças e jovens para o jogo se justifica, então, não apenas pelo 
aspecto da saúde pública propagado pela Organização Mundial da Saúde 
(4), mas também pelo aspecto formativo. Resolução de problemas, auto-
conhecimento, respeito, paciência, cooperação, inteligência interpessoal, 
superação e autoestima: tantas competências e valores podem ser desen-
volvidos através de jogos que envolvem movimento!
Conhecer o Plano Político Pedagógico (PPP) de sua escola, o entorno no 
qual está inserida, as características de desenvolvimento e crescimento 
de seus alunos, e as competências estimuladas através dos esportes de 
raquete (tênis, badminton, tênis de mesa e vôlei de praia) é fundamental 
para organizar um programa de aulas que estimule a atividade física sau-
dável dentro e fora dos muros escolares, que possa engajar seus alunos à 
prática da atividade física durante toda a vida.
As modalidades de raquete precisam “conversar” com os princípios peda-
gógicos da escola, com suas crenças e valores, e apresentar um projeto de 
melhoras almejadas pela comunidade. Outro ponto importante ao apre-
sentar essas modalidades às crianças e jovens, despertando-as para dife-
rentes possibilidades de movimento, é que o professor tenha condições 
de encaminhar seus alunos para a continuidade no esporte. É imperativo 
que o professor conheça os locais próximos da escola onde acontecem 
aulas e treinamentos das modalidades oferecidas nas aulas de Educação 
Física (equipamentos públicos, CEUs, SESCs, projetos sociais, entre outros).
Traremos os esportes de raquete para as aulas de Educação Física das 
ETECs através de quatro eixos principais: 
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PREPARAÇÃO PARA A CIDADANIA
Ainda de acordo com Oberteuffer e Ulrich, “a educação tem se interessa-
do pelo desenvolvimento dos valores morais, éticos e espirituais, e tem 
tentado torná-los compatíveis com os objetivos sociais e valores perma-
nentes importantes. (...) Como as estruturas sociais tornaram-se cada vez 
mais complexas, como o bem-estar de todos depende cada vez mais da 
compreensão de todos, a necessidade de princípios morais comuns tor-
na-se mais imperativa”. (5) 
Que valores podemos trabalhar nas crianças e jovens através dos espor-
tes de raquete? Os quatro esportes tratados nesta apostila foram criados 
pensando na prática de homens e mulheres conjuntamente, como vimos 
na introdução acima: todos têm uma rede que divide a quadra ao meio e 
impede o contato físico direto de seus praticantes. 
Tanto o tênis de campo como o tênis de mesa foram criados em castelos 
europeus durante a Idade Média, nos quais valores como respeito, gen-
tileza e fairplay (jogo justo) eram muito importantes, e até hoje esses 
valores são entendidos como “marca registrada” dessas modalidades.
A resiliência, que de acordo com Maria Angela Mattar Yunes “é frequen-
temente referida por processos que explicam a ‘superação’ de crises e ad-
versidades em indivíduos, grupos e organizações” (6), é uma competência 
cada vez mais discutida tanto nos meios acadêmicos como nos corpora-
tivos e empresariais. Em nossos quatro esportes de raquete, os pratican-
tes precisam se refazer mental, física e emocionalmente para o próximo 
ponto imediatamente após o término do anterior, que pode ter envolvido 
trocas de bola que chegam a viajar a mais de 200 km por hora.
Os quatro esportes podem ser praticados nas categorias simples (um jo-
gador de cada lado), em duplas (dois jogadores de cada lado, podendo 
ser dois homens, duas mulheres, ou um homem e uma mulher) e equi-
pes, e nenhum praticante dessas quatro modalidades chega a um bom 
nível treinando sozinho: cooperação e empatia são fundamentais tan-
to no processo de ensino e aprendizagem como no treinamento de alto 
rendimento. 
Outros valores inerentes à prática esportiva como disciplina, paciência, 
autonomia, garra e criatividade podem ser estimulados através desses 
esportes também. 
E você professor, que valores pensa 
em trabalhar com seus alunos?
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PERCEPÇÃO DE COMPETÊNCIA PESSOAL
O conhecimento do trabalho de Mestrado em Psicologia do Esporte do 
Prof. Ms. Eduardo Figueiredo, que foi tenista e é professor de tênis atual-
mente, sobre percepção de competência pessoal (7), correlacionando-a 
com a prática de atividades físicas regulares e com o abandono do espor-
te no alto rendimento, trouxe à atenção da autora uma das razões para 
crianças e jovens desistirem das atividades físicas. 
A psicóloga norte-americana Susan Harter (8) vem estudando, des-
de 1985, como crianças e jovens se percebem, envolvendo cinco áreas: 
Competência Escolar ou Acadêmica, Competência Atlética, Competência 
Social, Aparência Física e Condutas de Comportamento, e seus estudos 
influenciaram o trabalho de Figueiredo e também tem influenciado enor-
memente as ações pedagógicas da autora.
Em nossa experiência, é muito importante que as crianças e jovens se per-
cebam competentes para aprender as habilidades constituintes de um 
jogo e, assim, se interessarem em continuar praticando-o por mais tempo. 
Conseguimos isso oferecendo desafios adequados ao nível de habilidade 
deles, ou seja: nem muito difíceis, nem muito fáceis (desafio ótimo), e au-
mentando progressivamente o nível de complexidade das tarefas
O papel do professor/facilitador então é o de encontrar, numa mesma ta-
refa, maneiras de deixá-la mais ou menos desafiadora, estimulando todos 
os jovens do grupo a se engajarem. Crianças e jovens adoram desafios!
E você, professor, já teve uma experiência 
positiva de engajamento dos seus 
alunos através do desafio ótimo?
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SUSTENTABILIDADE 
Como pensar nosso mundo de hoje sem refletir sobre sustentabilidade? 
E como pensar num país com poucos recursos públicos para o desenvol-
vimento dos esportes, como o Brasil, sem esperar a liberação de verbas 
das prefeituras e governos estaduais para a compra de material esportivo? 
Em 2014, foi criado o Transforma, programa de educação dos Jogos 
Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, que levou capacitações presenciais e 
virtuais para professores da rede pública, mostrando modalidades olím-
picas pouco comuns nas escolas brasileiras, com a confecção de materiais 
esportivos alternativos, muitos feitos a partir de reciclados. As videoaulas 
produzidas então trazem muitos exemplos de como improvisar material 
esportivo para a prática de tênis e badminton (9), mas é simples adaptar 
para tênis de mesa e tênis de praia, como veremos na prática.
Vários professores e alunos criativos brasileiros começaram a confeccionar 
seu próprio material partindo de materiais reciclados. Garrafas pet, emba-
lagens tetrapack, boas de piscina de bolinhas, cabides de arame, meias 
de nylon velhas, caixas de papelão e palitos de churrasco, entre outros, se 
transformam em bolas, rede e raquetes para a iniciação esportiva e nin-
guém tem mais a desculpa de falta de dinheiro para sair da velha fórmula“futebol para os meninos e queimada para as meninas”.
E você professor, já improvisou 
material esportivo em sua prática?
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INTERDISCIPLINARIDADE
Em nossos cursos de esportes de raquete nas aulas escolares de Educação 
Física ou no contraturno escolar, sempre pensamos em como as modali-
dades podem conversar com as disciplinas “de sala de aula”. Contagem 
(Matemática), confecção dos materiais de jogo (Artes), história da mo-
dalidade (História e Geografia), termos específicos (Inglês e Português), 
são conteúdos que fazem parte dos programas ou blocos dos esportes 
de raquete, que podem agregar mais valor e dar mais sentido às práticas 
esportivas.
Além da interdisciplinaridade, ao criar um ambiente de jogo completo, 
podemos atrair para a atividade mesmo alunos que tenham dificuldades 
motoras, ou desafios intelectuais e físicos, para os diferentes “papéis” en-
volvidos numa determinada modalidade. No esporte tênis, por exemplo, 
podemos pensar nos papéis de “árbitro de cadeira” (que fala a contagem 
e faz com que se cumpram as regras do jogo), “árbitros de linha” (que veri-
ficam se as bolas foram dentro ou fora: no tênis de campo profissional te-
mos 10 pessoas cuidando disso!), de “coach” (que no caso de competições 
por equipes pode ficar dentro da quadra dando instruções), de “repórter” 
ou “comentarista”, etc.
E você professor, já se valeu da 
interdisciplinaridade em suas 
aulas de Educação Física? 
Já inseriu seus alunos nas aulas 
contemplando a possibilidade dos 
diferentes papéis que envolvem uma 
partida de esporte de competição?
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Quais são os esportes de raquete que você conhece? Tênis de mesa e tênis 
de campo são os mais conhecidos no Brasil, ou eram, já que nas praias 
brasileiras o tênis de praia (beach tennis) tem sido uma verdadeira febre. 
Jogos como tamboréu (no qual uma bolinha é rebatida com um imple-
mento que parece um pandeiro) e “raquetinha” (muito parecido com o 
tênis, mas as raquetes são feitas de madeira ou carbono, sem cordas) ocu-
param nossas praias por muito tempo também, mas não chegaram a se 
organizar como esportes olímpicos. 
Badminton, squash e paddle são esportes praticados em quadras fecha-
das, e não fazem tanto sucesso no Brasil como os três de tênis (campo, 
mesa e praia) devido ao nosso clima quente na maior parte do ano, mas 
possuem federações e torneios organizados em muitos centros urbanos 
brasileiros. O paddle, dentre os esportes praticados em espaços fechados, 
é o que mais cresce no Brasil atualmente, por ser o mais fácil de aprender 
e praticar.
A prática dos esportes de rebater com regras organizadas e aumento de 
popularidade na Europa do século XVIII vem ao encontro da necessida-
de dos nobres ingleses e franceses de terem jogos que não envolvessem 
contato físico direto, e que pudessem ser praticados conjuntamente por 
homens e mulheres. Não é coincidência que, com pouca distância de 
tempo e espaço, surgiram o tênis, o críquete, o golfe, o tênis de mesa e o 
badminton.
Vamos conhecer um pouquinho da história, das regras principais e dos 
principais atletas brasileiros nas quatro modalidades escolhidas para este 
Curso de Capacitação. Além de chamar a atenção dos professores para a 
interdisciplinaridade possível, trabalhando a contextualização histórica e 
geográfica dos esportes, e também as línguas portuguesa e inglesa, pode 
ser interessante refletir aa respeito:
CONHECENDO OS 
ESPORTES DE RAQUETE
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1. do processo coletivo de criação das regras de um jogo: por que vi-
rar de lado, por que o tempo de descanso, para que o sorteio, entre 
tantas reflexões possíveis;
2. o processo moral de zelar pelo cumprimento das regras, para que o 
jogo possa acontecer e que o campeão realmente reflita o melhor 
jogador/time naquele momento;
3. das qualidades desenvolvidas pelos principais atletas brasileiros 
para a alta performance esportiva, em esportes pouco populares, 
como é o futebol, que portanto recebem menos apoio financeiro e 
estrutural para se desenvolverem;
4. em situações de jogos individuais, o que representa o adversário? 
precisamos odiá-lo para vencer? ou precisamos vencer dentro de 
nós para lidar com os desafios propostos pelos adversários? – entre 
outras reflexões possíveis. Tim Gallwey (10) ilumina essas questões 
tão importantes em seu livro “O Jogo Interior do Tênis”. Sua leitura 
pode trazer um novo olhar sobre o papel do adversário na vida dos 
praticantes de esportes individuais.
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HISTÓRIA DA MODALIDADE
Jogos de bola rebatida pela mão ou por apetrechos como pedaços de 
madeira têm divertido os seres humanos desde períodos pré-históricos. 
Durante o auge do Império Romano, perto do século III, praticava-se uma 
grande variedade de jogos com bola, sendo que pelo menos quatro des-
ses jogos são identificáveis razoavelmente por desenhos e escritos e for-
mam a base de alguns jogos utilizando raquetes como estes que tratare-
mos neste curso.
Figura1. Romanos - Reprodução 
do século XIX
Os monges franceses praticavam nos 
monastérios do século XII jogos im-
pulsionando a bola com as mãos num 
primeiro momento (Jeu de Paume). 
A palavra tenez em francês significa 
“segura”, ou “tenha cuidado, aí vai”, e 
era dita antes de um ponto ser inicia-
do com o saque. A primeira vez que a 
palavra tennis foi escrita de forma le-
gível foi em um poema inglês de 1399. 
Antes ainda, em 1380, um outro poeta 
inglês falava de personagens partici-
pando de um jogo chamado “rackets”. 
É seguro afirmar que formas ances-
trais do atual jogo de tênis eram bem 
conhecidas no século dezesseis, tanto 
em cortes francesas quanto inglesas. 
TÊNIS DE CAMPO
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Figura 2. O jogo antigo de tênis
A seguir, apresentamos uma linha do tempo resumida do tênis.
NO MUNDO
Séc. XII e XIII - Jeu de Paume (jogo da palma da mão, no qual a bola era 
rebatida com a mão revestida por luvas).
Séc. XV, XVI - Ao longo dos anos, raquetes foram introduzidas, surgindo 
jogos nos castelos europeus e monastérios chamados court tennis (joga-
dos nos salões fechados), real tennis até o lawn tennis (jogado nos jardins 
gramados de castelos).
Figura 3. Court tennis: desenho alemão do séc. XVIII
1875 - A proposta de patente do major inglês Walter Wingfield para o 
lawn tennis (tênis sobre a grama) foi aprovada em uma reunião pública em 
Londres em 25 de maio: esta é a data oficial da criação do esporte.
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Figura 4. Pintura de 1753, representando Guillaume Barcellon, 
construtor das quadras e bolas oficiais da corte de Luiz XV
1877 - Primeiro torneio de Wimbledon, 
jogado em grama, o torneio mais tradicio-
nal do tênis que existe até hoje.
1880 - Iniciam-se torneios entre EUA e 
Inglaterra.
1896 - O tênis estreia nos Jogos Olímpicos. 
1900 - Mulheres competiram nos Jogos 
Olímpicos de Paris.
1913 - Criação da Lawn Tennis Federation e 
uniformização das regras.
1924 - Esporte presente nos Jogos 
Olímpicos apenas como demonstração 
até este ano.
1968 - Voltou a ser demonstrado nas 
Olimpíadas do México.
1975 - Lawn saiu do nome da entidade, e 
deu início à International Tennis Federation.
1984 - Ainda participando como de-
monstração nos Jogos Olímpicos de Los 
Angeles.
1988 - Recolocado nos Jogos Olímpicos 
valendo medalhas em Seul.
Figura 5. Kit de sphairistiké ou lawn tennis criado 
pelo Major Walter Wingfield em 1874
NO BRASIL
Quando os ingleses vieram para o Brasil, 
no fim do século XIX, para atuar no pro-
cesso de urbanização das cidades de São 
Paulo e do Rio de Janeiro, trouxeram na 
bagagem raquetes e bolinhas para jogar 
tênis. As primeiras quadras das quais se 
tem notícia foram construídas em Niterói, 
no Rio Cricket Club, em 1888.
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1892 - Primeiras quadras construídas em solo paulistano, no SãoPaulo Athletic Club, fundado por imigrantes ingleses.
1898 - Alemães contribuem para a implantação do esporte no País, 
tanto em Porto Alegre como em São Paulo.
1904 - Primeiro torneio interclubes (cidade de São Paulo).
1913 - Primeiro campeonato estadual (estado de São Paulo).
1930 - Realização do primeiro campeonato aberto de tênis brasilei-
ro, no Tênis Clube de Santos.
1932 - Brasil estreava na Copa Davis (o torneio mundial por equipes 
masculinas) com o melhor tenista brasileiro da época, Nelson Cruz, 
acompanhado de Ricardo Pernambucano.
1955 - Fundação da Confederação Brasileira de Tênis.
1958 - Primeiro título mundial brasileiro (Maria Esther Bueno, cam-
peã de duplas femininas em Wimbledon).
1959 - Maria Esther atinge o topo do ranking mundial de simples.
2000 - Gustavo Kuerten atinge o topo do ranking mundial de 
simples.
2016 - Bruno Soares atinge o topo do ranking mundial de duplas.
2018 - Marcelo Melo atinge o topo do ranking mundial de duplas. 
REGRAS BÁSICAS
Figura 6. Desenho e medidas da quadra oficial de tênis
23
De acordo com o site oficial da Confederação Brasileira de Tênis (12), o 
tênis é disputado nas categorias simples (masculinas e femininas), duplas 
(masculinas, femininas e mistas) e por equipes.
A bola deve ser rebatida com a raquete por cima da rede, e quicar no 
máximo uma vez na área de jogo adversária. As principais linhas são: as 
laterais de duplas e de simples, a linha de fundo e a linha de saque. A qua-
dra mede: 23,77 X 8,23 m nas simples, e a largura sobe para 10,97 m nas 
duplas. A rede tem a altura no centro de 0,914 m e nos postes de 1,07 m.
Antes de iniciar um jogo de tênis, é feito um sorteio para que os joga-
dores escolham se querem sacar ou receber, ou de que lado querem 
iniciar o jogo. O sacador inicia o jogo ao lado direito da linha central, e 
tem duas chances para sacar e acertar a área de saque diagonalmen-
te oposta. Cada jogador saca durante um game completo, e sucessi-
vamente alterna o saque com o adversário a cada game disputado. 
Os pontos do jogo se chamam 15 - 30 - 40 - game. Na contagem de 40 
iguais, são disputados mais dois pontos (vantagem e game). Os joga-
dores mudam de lado ao final do primeiro game de cada set, e subse-
quentemente a cada 2 games. Um set é um conjunto de 6 games. Para 
se vencer uma partida oficial de tênis o jogador precisa ganhar 2 sets. 
Em caso de empate de contagem de games em 6 a 6, é disputado um tie 
break até 7 pontos corridos. Em alguns torneios, o terceiro set é substi-
tuído por um match tie break até 10 pontos. Tanto no tie-break como no 
match tie-break, os jogadores mudam de lado a cada 6 pontos jogados. 
Nos Torneios Grand Slam (Aberto da Austrália, Aberto da França, 
Wimbledon e Aberto dos Estados Unidos), os jogos masculinos são dis-
putados em melhor de 5 sets: neste caso para vencer a partida o tenista 
precisa vencer 3 sets!
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Figura 7. Teliana Pereira e Marcelo Melo em disputa de duplas mistas (Rio 2016)
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RAQUETES, BOLAS E PISOS
As raquetes adultas medem aproximadamente 70 cm de comprimento e 
pesam algo entre 260 e 314 g. No mercado encontramos raquetes mais 
simples e baratas feitas de alumínio com encordoamento de nylon, mas 
as profissionais são constituídas principalmente de grafite, e são encordo-
adas com multifilamentos sintéticos que procuram imitar a tripa natural. 
As bolas, feitas de borracha vulcanizada envolvidas com feltro misto feito 
de lã natural e lã sintética, devem ter um diâmetro maior do que 6,35 cm e 
menor que 6,67 cm, e um peso maior que 56,7 g e menor que 58,5 g. 
Desde 2010, as bolas com quique mais lento que as bolas utilizadas pelos 
profissionais - vermelha, 75% mais lenta; laranja, 50% mais lenta e verde, 
25% mais lenta - são utilizadas para o aprendizado do jogo por pessoas 
de qualquer idade e nas competições oficiais para crianças até 10 anos.
As raquetes infantis produzidas pelo mercado são proporcionais à altura 
da criança, e encontramos raquetes de 17, 19, 21, 23, 25 e 26 polegadas 
(respectivamente em centímetros: 43,18 cm, 48,26 cm, 53,34 cm, 58,42 cm, 
63,5 cm e 66,04 cm). Para efeito deste curso confeccionaremos raquetes 
de 23 polegadas (aproximadamente 60 cm) com moldes cortados em cai-
xas de papelão recicladas.
O tênis normalmente é disputado em quadras de saibro (pó de tijolo), ci-
mento, carpete ou grama. As quadras poliesportivas de piso de madeira 
envernizada podem ser usadas para a prática, mas a bola corre rápida de-
mais, portanto é desaconselhável para jogadores avançados.
GOLPES BÁSICOS DO TÊNIS
O saque é rebatido por cima da cabeça ou pelo lado do corpo, com a bola 
sendo lançada ao ar e logo rebatida. Quando o jogo começa, a bola pode 
ser rebatida depois do primeiro quique pelo lado dominante do jogador, 
com a palma da mão voltada para a bola (forehand) ou com as costas da 
mão apontando a bola (backhand). Depois de retornar o saque, a qual-
quer momento a bola pode ser rebatida também no ar pelos lados do 
corpo (os voleios), e por cima da cabeça (smash).
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Em maio de 2012 o australiano Samuel Groth cravou o saque mais rápido do 
mundo: 263 km/h. Entre as meninas, a recordista é a espanhola Georgina Perez, 
com 220 km/h em fevereiro de 2018.
O pesquisador e treinador de tênis norte-americano John Yandell, baseado em 
São Francisco, usou uma câmera de alta definição e um software especial para 
contar a média de rotações realizada por uma bola rebatida com toda força 
por Rafael Nadal. “Os primeiros tenistas que foram avaliados por mim foram 
Sampras e Agassi. Eles batiam forehands com topspin que em geral realizavam 
entre 1.800 a 1.900 rotações por minuto. Federer está batendo com uma quan-
tidade incrível de topspin também, certo? 2.700 rotações por minuto. Bem, 
medimos um forehand do Nadal que teve impressionantes 4.900 rotações por 
minuto. Sua média foi de 3.200 rpm.”
CURIOSIDADES
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HISTÓRIA DA MODALIDADE
Figura 8. Ilustração chinesa mostrando o jogo precursor do badminton
As raízes do badminton, como as do tênis, podem ser 
encontradas na antiga Grécia, China e Índia, e estão 
muito ligadas a um jogo infantil de taco e peteca. 
Oficiais ingleses conheceram esse jogo como poo-
na – já praticado com a rede –, quando estavam ser-
vindo na Índia nos anos de 1860, e quando trazido à 
Inglaterra recebeu o nome de badminton. Em 1873, o 
Duque de Beaufort apresentou o jogo aos seus ami-
gos da corte inglesa em seu palácio campestre na ci-
dade de Gloucestershire, chamado Badminton House 
– daí o nome que rebatizou o esporte. (13)
O badminton era jogado com raquetes bem leves, que rebatiam uma pe-
teca feita originalmente de uma esfera de cortiça com 16 penas de ganso, 
que pesavam perto de 5 g. Essas petecas originais – também chamadas 
de volantes – ainda são usadas até hoje, mas as manufaturadas sintetica-
mente também são aceitas pela Federação Internacional de Badminton. 
Apresentamos a seguir linha do tempo do badminton, bem resumida. 
NO MUNDO
1899 - Houve a primeira realização de um torneio na Inglaterra, 
apenas masculino. No ano seguinte, o primeiro torneio feminino 
foi organizado por lá.
1930 - Durante esta década o badminton ganhou força em países 
como Dinamarca, Estados Unidos e Canadá.
1934 - Surgiu a Federação Mundial de Badminton, situada em 
Gloucestershire, na Inglaterra, que organizou o primeiro Mundial do 
esporte em 1948.
1966 - O badminton foi incluído no programa dos Jogos da 
Comunidade Britânica realizados em Kingston, capital da Jamaica.
1972 - Estreia olímpica da modalidade em Munique, em caráter de 
demonstração, o que ocorreu também em 1988, em Seul, onde en-
trou como esporte de exibição.
1977 - Primeiro Campeonato Mundial organizado pela Federação 
Mundial de Badminton. 
1992 - O badminton passou a fazer parte do programa oficial nos 
Jogos Olímpicos em Barcelona, com disputasde simples e duplas 
para homens e mulheres.
1995 - Inclusão nos Jogos Pan-Americanos.
1996 - O evento de duplas mistas foi incluído nos Jogos Olímpicos 
de Atlanta.
NO BRASIL
1938 - O badminton já era praticado no Clube dos Ingleses em 
Santos.
1984 - Realização da Primeira Taça São Paulo de Badminton.
1993 - Fundação da Confederação Brasileira de Badminton.
1994 - Confederação Brasileira de Badminton filia-se ao Comitê 
Olímpico Brasileiro.
2007 - Brasil conquista sua primeira medalha nos Jogos Pan-
Americanos do Rio de Janeiro, com os atletas Guilherme Kumasaka 
e Guilherme Pardo (bronze em duplas masculinas).
2019 - Os brasileiros Fabrício Farias e Jaqueline Lima acabam de ven-
cer a medalha de prata em duplas mistas, e Jaqueline Lima e Samia 
Lima levaram o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Badminton, 
disputados em abril no México.
REGRAS BÁSICAS
Figura 9. Quadra oficial de badminton com medidas
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demonstração, o que ocorreu também em 1988, em Seul, onde en-
trou como esporte de exibição.
1977 - Primeiro Campeonato Mundial organizado pela Federação 
Mundial de Badminton. 
1992 - O badminton passou a fazer parte do programa oficial nos 
Jogos Olímpicos em Barcelona, com disputas de simples e duplas 
para homens e mulheres.
1995 - Inclusão nos Jogos Pan-Americanos.
1996 - O evento de duplas mistas foi incluído nos Jogos Olímpicos 
de Atlanta.
NO BRASIL
1938 - O badminton já era praticado no Clube dos Ingleses em 
Santos.
1984 - Realização da Primeira Taça São Paulo de Badminton.
1993 - Fundação da Confederação Brasileira de Badminton.
1994 - Confederação Brasileira de Badminton filia-se ao Comitê 
Olímpico Brasileiro.
2007 - Brasil conquista sua primeira medalha nos Jogos Pan-
Americanos do Rio de Janeiro, com os atletas Guilherme Kumasaka 
e Guilherme Pardo (bronze em duplas masculinas).
2019 - Os brasileiros Fabrício Farias e Jaqueline Lima acabam de ven-
cer a medalha de prata em duplas mistas, e Jaqueline Lima e Samia 
Lima levaram o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Badminton, 
disputados em abril no México.
REGRAS BÁSICAS
Figura 9. Quadra oficial de badminton com medidas
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As competições oficiais de badminton são jogadas geralmente em qua-
dras cobertas pois o vento, mesmo que suave, afeta demais a trajetória da 
peteca. Já o badminton recreativo é uma opção superpopular de esporte 
ao ar livre praticado por toda família. A quadra oficial mede 13,4 m X 5,2 m 
para os jogos de simples, e tem a largura de 6,1 m para duplas. A rede tem 
1,5 m de altura e o recuo oficial necessário nas laterais e fundos da quadra 
é de 1,3 m. Basicamente o jogo consiste em rebater a peteca para lá e para 
cá por cima da rede dentro das dimensões da quadra.
Um ponto de badminton é disputado até que um dos participantes deixe 
a peteca cair do seu lado da rede. Cada partida tem três jogos ou games 
de 21 pontos cada, e vence quem ganhar dois. Se houver empate em 20 
a 20, leva o jogo/game quem abrir dois pontos primeiro. No entanto, se o 
placar for de 29 a 29, quem fizer o ponto seguinte é o vencedor. 
Em um game há um intervalo de um minuto assim que o primeiro partici-
pante ou dupla atingir os 11 pontos. Os participantes mudam de lado ao 
final do primeiro jogo e do segundo, caso haja mais um – no terceiro jogo, 
eles trocam quando um atleta ou dupla atingir primeiro os 11 pontos. 
Antes de cada partida, um sorteio é feito para definir quem começa sa-
cando. O serviço muda de lado apenas quando o sacador perde o ponto. 
Nas duplas, os participantes se alternam. A dinâmica do saque é parecida 
com a do tênis: em diagonal, alternando de lado – se o placar de quem 
serve é par, ele saca da esquerda, e da direita se for ímpar – e para uma 
área específica. Entretanto, os movimentos do serviço para cada esporte 
são bem diferentes.
Cada peteca pesa entre 4,74 e 5,5 gramas, e por razões de aerodinâmica 
têm suas 16 penas retiradas todas de uma mesma asa de um mesmo gan-
so (ou pato). Durante uma partida, ela pode atingir até 400 km/h. A sua 
base é feita de cortiça ou poliuretano e tem no centro um chumbo para 
manter a sua direção. Como são leves e frágeis, especialmente as feitas 
de penas, num jogo oficial chegam a ser usadas entre 7 a 10 petecas e 
podem chegar a velocidades perto ou até acima dos 300 km/hora.
A raquete de badminton normalmente é feita de materiais resistentes mas 
leves, como fibra de carbono ou titânio, pensando cerca de 100 gramas. A 
sua medida máxima é de 68 centímetros de comprimento e é constituída 
por cordas entrelaçadas na vertical e na horizontal. Essas raquetes podem 
suportar desde 7 a 11 quilos de força.
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Figura 10. No badminton também há a categoria de duplas mistas
OS GOLPES DO BADMINTON
Neste esporte os golpes são feitos todos com a peteca no ar, pelo lado 
dominante (forehand), pelo lado não dominante (backhand) ou por cima 
da cabeça. O saque, como no tênis, é o golpe que dá início ao ponto.
É o esporte de raquete mais rápido do mundo. A velocidade da peteca de pena 
em um jogo profissional chega a 340 km/h. A peteca de pena do badminton é 
feita com penas de ganso, e dizem que só se pode retirar 3 penas de cada ganso 
e que estas devem ser da asa esquerda, já que o ganso dorme do lado direito, 
amassando assim essa asa. O badminton exige muita concentração. Para se ter 
uma ideia em um jogo de tênis a bola fica em jogo 8% do tempo, já no futebol 
americano, das 2 horas de duração da partida, a bola fica em jogo apenas 14 
minutos. No badminton a peteca fica em jogo 45% do tempo total. Para compe-
tir no badminton é necessário ter explosão, ótimo reflexo e coordenação moto-
ra. Em cerca de 20 segundos, chega-se a bater na peteca entre 40 a 50 vezes. O 
badminton exige constante ação de alta concentração, corridas, saltos, viradas, 
alongamentos, etc. Durante uma partida chega-se a correr quase 2 km.
CURIOSIDADES
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HISTÓRIA DA MODALIDADE
Como foi falado anteriormente, o tênis de mesa também surgiu por volta 
de 1880 na Inglaterra (14). Era praticado logo depois do jantar pelas fa-
mílias da classe alta, como alternativa ao lawn tennis, e foi originalmente 
chamado de ping-pong. Os equipamentos eram improvisados: livros em-
pilhados como redes, tampas de caixa de charutos eram raquetes, e a par-
te arredondada das rolhas eram as bolinhas. O nome oficial do jogo tênis 
de mesa foi adotado em 1921-1922 quando da retomada da Associação de 
Ping-Pong, que havia sido criada em 1902.
NO MUNDO
1884 - A primeira menção ao tênis de mesa de um catálogo de pro-
dutos esportivos é de F.H. Ayres, na Inglaterra.
1902 - Associação de Ping-Pong é criada em 1902.
1920 - Tênis de mesa está sendo jogado em vários países fora da 
Inglaterra.
1926 - Fundação da Federação Internacional de Tênis de Mesa, reu-
nindo representantes da Inglaterra, Alemanha, Hungria, Suécia, 
Índia, Dinamarca, Tchecoslováquia, Áustria e País de Gales. Primeiro 
torneio mundial em Londres.
Anos 1950 - Esporte tem grande impulso nos países asiáticos, nota-
damente China, Japão e Coreia.
1977 - O Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu o tênis de 
mesa como esporte olímpico.
1980 - Primeiro torneio mundial profissional foi organizado, com a 
vitória do chinês Guo Yuehua.
1981 - Em setembro deste ano, o COI reconhece a ITTF como ór-
gão diretivo oficial do tênis de mesa, em Baden-Baden. O COI de-
cide que o tênis de mesa deve ser incluído no programa Jogos 
Olímpicos de Seul, em 1988.
TÊNIS DE MESA
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1983 - O tênis de mesa passou a fazer parte dos Jogos Pan-
Americanos, em Caracas na Venezuela. 
1988 - Torna-se um esporte olímpico em Seul.
Figura 11. Dupla mista no tênis de mesa 
NO BRASIL
1905 - O tênis de mesa chega a São Paulo por meio de turistas in-
gleses. O nome era o mesmo utilizado em Londres (ping-pong),as-
sim como a diversidade de regras aplicadas.
1912 - A modalidade começa a ser praticada de forma mais organi-
zada, com a disputa do primeiro campeonato por equipes, vencido 
pelo Vitória Ideal Clube.
1924 - Primeiros registros do tênis de mesa no Rio de Janeiro, onde 
a prática já ocorria no Vasco da Gama.
1926 - Surge a Liga Paulistana, cujo campeonato oficial de estreia 
foi conquistado pelo Castelões Futebol Clube.
1929 - O alemão Máximo Cristal traz ao Brasil a primeira raquete com 
pino. No mesmo ano, o atual campeão Afins Sociedade Recreativa 
retira-se da Liga para fundar a Associação Paulista de Ping-Pong.
1940 - Intensifica-se o movimento de desenvolvimento do tênis 
de mesa no Brasil, com adoção das regras internacionais. Em no-
vembro, é inaugurada a primeira mesa do país, no Clube Atlético 
Fazenda Estadual. No ano seguinte, a antiga Associação de Ping-
Pong transforma-se em Federação Paulista de Tênis de Mesa. Meses 
depois, é fundada no Rio a Federação Metropolitana de Tênis de 
Mesa, apoiada pelos grandes clubes da cidade.
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1942 - Cariocas e paulistas aprovam a tradução das regras e assi-
nam convênios que levam à oficialização do tênis de mesa pela 
Confederação Brasileira de Desportos (CBD). 
1946 - É disputada a primeira edição do Campeonato Brasileiro de 
Tênis de Mesa.
1980 - É fundada a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
1983 - Brasil conquista suas primeiras medalhas no torneio de tênis 
de mesa dos Jogos Pan-Americanos, em Caracas, na Venezuela.
1984 - O Brasil organiza seu primeiro Mundialito – atual Aberto do 
Brasil – no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A com-
petição é promovida pela CBTM, e é um dos torneios abertos da 
América Latina reconhecidos pela Federação Internacional de 
Tênis de Mesa (ITTF).
1988 - Claudio Kano e Carlos Kawai representam o Brasil na estreia 
do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos, em Seul, na Coreia do Sul.
1996 - Hugo Hoyama dá ao Brasil o melhor resultado de sua histó-
ria em Jogos Olímpicos, ao alcançar as oitavas de final em Atlanta, 
nos Estados Unidos, quando eliminou o campeão mundial Jorgen 
Persson (Suécia).
2018 - O mesa-tenista carioca Hugo Calderano alcança o Top-10 do 
ranking mundial individual.
REGRAS BÁSICAS
Figura 12. Dimensões oficiais da mesa utilizada pelo esporte
De acordo com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (14), basica-
mente o jogo envolve rebater a bolinha por cima da rede para o campo 
adversário, e a bola pode quicar no máximo uma vez na mesa. São dispu-
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tados 11 pontos corridos. Quem vencer faz um game. Se empatar em 10 a 
10, é preciso jogar até que haja diferença de dois pontos
As partidas de simples são disputadas em melhor de 7 games, quem ven-
cer 4 ganha o jogo. Já nos eventos por equipes - máximo de três integran-
tes - as partidas são disputadas em melhor de 5 games. São disputadas 
cinco partidas de simples, o time que vencer primeiro três confrontos, 
vence. Na simples, cada jogador saca duas vezes. Se empatar em 10 pon-
tos, cada jogador saca uma vez. Nas duplas, cada jogador saca uma vez, e 
rebate uma vez, alternadamente. As categorias são como no tênis de campo: 
simples e duplas femininas, simples e duplas masculinas e duplas mistas.
MESA, REDE E RAQUETE 
A parte superior da mesa de jogo deve ser retangular e é denominada 
superfície de jogo (mesa). Os lados verticais do tampo da mesa não fa-
zem parte da superfície de jogo. Suas dimensões devem ser de 2,74 m de 
comprimento, 1,52 m de largura e 0,76 m de altura, permitindo um quique 
uniforme da bola em torno de 23 cm quando lançada de uma altura de 
30 cm. A cor da mesa deve ser escura e fosca contendo linhas brancas de 
2 cm de largura ao longo das extremidades laterais e das linhas de fundo 
da mesa. A superfície de jogo, ainda, deve ter uma linha central de largura 
de 3 mm que divide cada lado da mesa em duas partes a fim de ser utili-
zada em jogos de duplas.
A rede é o conjunto do pano da rede, da suspensão e dos postes-supor-
tes, incluindo os ferros que a fixam à mesa. A rede deve ter a altura de 
15,25 cm e deve se prolongar 15,25 cm para fora de cada lado da mesa.
A raquete usada nas competições de tênis de mesa pode ser de qualquer 
tamanho, forma ou peso, porém a lâmina deve ser plana e rígida. Além 
disso, pelo menos 85% do material da raquete em relação à espessura 
deve ser de madeira natural.
O lado da raquete utilizado para bater na bola deve ser coberto por uma 
borracha com pinos para fora tendo uma espessura máxima de 2 mm ou 
uma borracha sanduíche com pinos para dentro ou para fora tendo uma 
espessura máxima de 4 mm.
As raquetes devem ter pelo menos um material de cobertura que não 
deve se estender além dos limites da lâmina da raquete, bem como não 
deve ser curto a ponto de permitir que a bola bata diretamente na madei-
ra da raquete.
Obrigatoriamente, o material de cobertura deve ser de cor fosca sendo 
vermelho-vivo de um lado e preto do outro. Mesmo que um dos lados 
não possua cobertura, essas cores devem ser aplicadas uma em cada lado 
da raquete.
Antes do início de uma partida, as raquetes de cada jogador devem ser 
verificadas pelos árbitros e pelo jogador adversário. Iniciada a partida, a 
raquete não deve ser trocada sem o consentimento do árbitro e do adver-
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sário. É feito o sorteio como no jogo de tênis (atletas escolhem sacar ou 
receber ou de que lado querem iniciar).
Para iniciar um ponto a bola deve ser lançada para cima (16 cm no míni-
mo), da palma da mão livre na vertical e, na descida, deve ser batida de 
forma que ela toque primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede 
sem tocá-la e toque no campo do recebedor. O saque deve ser dado atrás 
da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta. Cada atleta tem 
direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos pontos 
seja 2 (dois) ou seus múltiplos. Com o placar 10-10, a sequência de sacar 
e receber deve ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um 
saque até o final do jogo.
OS GOLPES DO TÊNIS DE MESA
Neste esporte os golpes são feitos todos como no tênis de campo: além 
do saque (lançar a bola e golpeá-la), temos o golpe deixando a bola quicar 
e golpeando-a pelo lado dominante com a palma da mão voltada para o 
golpe (forehand); pelo lado não dominante, com as costas da mão apon-
tando para a bola (backhand) ou de voleios e “cortada” (sem deixar a bola 
quicar na mesa).
Jogadores de alto nível podem fazer jogadas com giros de até 9.000 rotações 
por minuto.
As bolas de tênis de mesa não são totalmente vazias. Elas são pressurizadas 
com gás.
Na China, a maioria das crianças é avaliada muito cedo para ver se possuem 
habilidades e talento para esportes como ginástica e tênis de mesa. Caso sejam 
consideradas talentos, elas recebem treinamento rigoroso desde cedo na área 
de maior potencial.
A velocidade alcançada após uma cortada de um atleta adulto no tênis de 
mesa, geralmente supera a velocidade de 200 km por hora. Tal situação ainda é 
mais complicada para quem tem de defender o golpe, pois o tempo de reação 
(milésimos de segundo) e a distância percorrida pela bola – inferior a 3 metros, 
na maioria das vezes – são muito curtos.
CURIOSIDADES
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HISTÓRIA DA MODALIDADE
NO MUNDO
De acordo com o site oficial da Confederação Brasileira de Tênis (12), que 
regulamenta os torneios oficiais praticados no País, o beach tennis foi cria-
do em meados dos anos 1970 a 1980 na província de Ravenna, na Itália, 
quando jogadores de clubes próximos começaram a jogar tamboréu e 
frescobol em quadras de vôlei de praia. Depois de alguns anos, a altura da 
rede baixou para 1,70 m para aumentar a velocidade do jogo. Em 1996 o 
esporte começou a se profissionalizar, e as regras foram organizadas em 
1997 com a criação da Federação Internacional de Beach Tennis na Itália. 
Em 2008a Federação Internacional de Tênis assumiu a responsabilidade 
por desenvolver o beach tennis ao redor do mundo, criando o Beach Tennis 
Tour (BTT). Atualmente mais de 300 torneios são organizados dentro do 
calendário do BTT.
Figura 13. Tênis de praia na categoria de duplas mistas 
TÊNIS DE PRAIA
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NO BRASIL
A modalidade chegou ao Brasil em 2008 no estado do Rio de Janeiro. 
Desde então, o beach tennis vem crescendo rapidamente para outras ci-
dades litorâneas brasileiras. Ganhou popularidade, inclusive, nas cidades 
não praianas, como Belo Horizonte, Brasília e Araraquara. Entre os locais 
onde há um maior número de praticantes estão Rio de Janeiro, Fortaleza, 
Santos, Vitória, Florianópolis, Porto Alegre, Mogi das Cruzes, Guarujá, 
João Pessoa, Salvador, Campina Grande, Cachoeira de Itapemirim, Novo 
Hamburgo, Natal, Brasília, Maringá e São Paulo. Hoje, segundo a ITF, o 
Brasil é a segunda maior força do mundo neste esporte, atrás apenas da 
Itália, o país criador da modalidade.
Atualmente, a Confederação Brasileira de Tênis é a entidade que regula o 
beach tennis no País. Apesar do esporte ser relativamente novo no Brasil, 
o País já conseguiu resultados significativos como o terceiro lugar no 
Campeonato Mundial em Ravenna (2008), o primeiro lugar na Copa das 
Nações em Aruba (2010), campeão no mundial por equipes (2013), cam-
peão mundiais na Sérvia (2016), campeão sul-americano (2014) e campeão 
pan-americano (2014, 2015, 2016 e 2017). Em 2017 foi realizado o maior 
evento de beach tennis no mundo, em Niterói, que contou com a partici-
pação de 700 atletas. Teve chaves de amadores e profissionais, valendo, 
para esses últimos, pontos no ranking mundial da ITF.
O sucesso do beach tennis no Brasil e no mundo deve-se à facilidade com 
que uma pessoa aprende a jogar e pela diversão que ele proporciona, 
mesmo para quem nunca praticou antes. Além disso, é uma excelente op-
ção para quem quer melhorar o condicionamento físico e cuidar da saúde.
Uma das pioneiras da modalidade no Brasil foi a tenista Bicampeã Pan-
americana de tênis, a carioca Joana Cortez. Ela conquistou seu primeiro 
torneio em setembro de 2010, em Nova York, e passou a ser a primeira 
atleta “não italiana”, ao lado da também carioca Samantha Barijan, a al-
cançar a primeira colocação no ranking mundial. Em seguida, se destacou 
o carioca Vinícius Font, que também chegou ao posto de número um.
O primeiro torneio de beach tennis realizado no Brasil foi na cidade de 
Florianópolis em dezembro de 2010, com 36 tenistas inscritos. Na sema-
na seguinte o Rio de Janeiro foi sede do segundo campeonato em solo 
brasileiro. 
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REGRAS BÁSICAS E EQUIPAMENTOS
Figura 14. Dimensões da quadra de tênis de praia
O beach tennis é praticado em quadra com superfície de areia medindo 
16 m X 8 m para as partidas de duplas e 16 m X 4,5 m para as partidas de 
simples. As regras são bem parecidas com as do tênis, exceto que a bola 
deve ser golpeada sempre antes de quicar na quadra, e na contagem, os 
games não têm vantagem. As partidas de simples são disputadas em sets 
até 6 games e as de duplas até 9 games, com diferença de 2 games. Em 
caso de igualdade de games a 6/6 (simples) ou 9/9 (duplas), joga-se o tie-
-break. No tie-break, vence o jogador ou a dupla que primeiro chegar a 7 
com diferença de 2 pontos ou a outro número superior a 7, com a mesma 
diferença. Os jogadores mudam de lado sempre que fizerem 4 pontos. 
O saque por baixo também é permitido e qualquer jogador pode receber 
o saque. O ponto é vencido quando a bola bate na quadra adversária ou 
quando o adversário joga fora ou na rede. O saque é efetuado atrás da 
linha de fundo, de qualquer parte. No jogo de duplas mistas, o jogador 
masculino é obrigado a sacar por baixo. Existe apenas um serviço e a bola 
deve ser golpeada antes de tocar o solo.
As categorias da modalidade são as mesmas do tênis: simples, duplas e 
duplas mistas.
A raquete de beach tennis deve atender às normas da IFBT (Federação 
Internacional de Beach Tennis) para as competições oficiais. As raquetes 
têm, no máximo, 50 cm de comprimento, 26 cm de largura e 3,8 cm de 
espessura. Na superfície utilizada para fazer o contato com a bola, o com-
primento não pode exceder 30 cm e existem furos que variam de 9 mm a 
13 mm de diâmetro, feitos para reduzir a resistência do ar e tornar o mo-
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vimento mais fácil de ser executado. Atualmente, são utilizados diversos 
materiais na fabricação das raquetes, permitindo, dessa maneira, que pes-
soas de todas as idades e níveis de experiência possam praticar o esporte.
A bola utilizada é a de tênis com baixa pressão. Inicialmente, era usada a 
bola verde (Estágio 1 do Programa Play and Stay da ITF), que é 25% mais 
lenta se comparada à bola tradicional de tênis. Porém, para deixar o jogo 
mais lento e os pontos mais longos, a bola de cor laranja (Estágio 2), que 
é 50% mais lenta, tornou-se oficial dos torneios do circuito profissional da 
ITF. Apesar dessa importante mudança na regra, nos torneios regionais, 
que não contam pontos para o ranking mundial, a organização do evento 
pode escolher entre um modelo ou outro.
GOLPES DO TÊNIS DE PRAIA
Neste esporte os golpes são feitos todos com a bola no ar como no bad-
minton, podendo ser pelo lado dominante (forehand), pelo lado não do-
minante (backhand) ou por cima da cabeça (smash). O golpe que inicia o 
ponto também é chamado de saque.
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A seguir, apresentamos uma sugestão para a estruturação do planeja-
mento de atividades escolares envolvendo os esportes de raquete. 
Cada ciclo de esportes de raquete com aproximadamente 8 a 10 aulas 
envolverá a mesma estrutura para as 4 diferentes modalidades:
Aula 1 - História e regras principais de cada modalidade, de prefe-
rência mostrando o espaço de jogo oficial com as medidas e cenas 
de jogos profissionais, apontando os principais golpes e jogadas.
Aula 2 - Confecção do material de jogo e de medalhas a partir de 
reciclados (pode ser feito na aula de Artes, e aí ganhamos mais um 
dia de prática!).
Aula 3 - Deslocamentos, exercícios só com bola, só com raquete, e 
bola+raquete.
Aula 4 - Golpe pelo lado dominante (forehand ou “palma da mão”).
Aula 5 - Golpe pelo lado não dominante (backhand ou “costas da 
mão”).
Aula 6 - Combinação dos golpes palma da mão e costas da mão.
Aula 7 – Autolançamento e saque.
Aula 8 - Jogos de encerramento e distribuição das “medalhas inter-
nas” (autoavaliação).
Esta estrutura básica pode ser desenvolvida em mais tempo, com os te-
mas práticos ocupando duas ou mais aulas. O tênis é o esporte mais com-
plexo dos quatro apresentados neste curso, e vem com as progressões de 
ensino bem detalhadas. 
O raciocínio das progressões do tênis é aproveitado para as outras moda-
lidades, pois combinando as habilidades de deslocamento, conhecimento 
do equipamento e dos golpes, das mais simples à mais complexas, o pro-
fessor certamente obterá sucesso no processo de ensino e aprendizagem. 
Ao combinar as tarefas em progressões de ensino, há dez princípios peda-
gógicos básicos que auxiliam bastante o processo, como veremos a seguir.
ESTRUTURA GERAL 
DE PLANEJAMENTO 
DE ATIVIDADES
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Apresentamos aqui dez princípios básicos para o sucesso de aulas de 
Educação Física que envolvam habilidades motoras com bola e raquete 
para grandes grupos de alunos, princípios esses que serão demonstrados 
nas aulas práticas, a saber:
•	 Trabalhar as habilidades em sequência: explorar cada material pri-
meiro individualmente, depois em duplas, e finalmente em grupos 
maiores, em sistema cooperativo num primeiro momento (criança 
ou jovem sozinho explora a habilidade ou o material, depois com 
um colega, depois num grupo maior), antes de partir para as ativi-
dades de oposição/ competição.
•	 Promover muita interatividadeao longo da aula, perguntando e 
desafiando os alunos às tarefas propostas. Com a pergunta “quem 
consegue?” mobilizamos os jovens à prática. Depois, aumentando 
ou diminuindo o desafio: “quem consegue rebater mais vezes?”, ou 
“quem não conseguiu rebater com a raquete ainda, será que con-
segue rebater com a mão?” 
•	 Estimular o revezamento entre os grupos de trabalho e parcerias 
durante as atividades, para que os alunos mais habilidosos e menos 
habilidosos possam interagir. Cada jovem idealmente trabalha com 
três pessoas diferentes na mesma aula.
•	 Planejar sempre duas maneiras de dificultar e duas maneiras de fa-
cilitar uma tarefa, para que todos os seus alunos se sintam desafia-
dos (desafio ótimo).
•	 Tarefas com alvos: ao propor tarefas com bola, designar alvos 
para aumentar o controle de bola, o volume de prática, a organiza-
ção dos espaços e a segurança dos alunos. 
•	 Tarefas quantificadas: vamos rebater 10 bolas, vamos acertar 4 
bolas no alvo, vamos rebater 12 bolas sem deixá-la cair, etc; são me-
didas que garantem um volume de prática homogêneo entre os 
alunos e coloca uma meta concreta para ser atingida por eles.
•	 Planejamento dos espaços de jogo, de contenção e sinalização: 
quanto mais organizado e sinalizado o espaço de jogo, melhor. Dá 
trabalho, mas vale a pena!
•	 Intensidade: é preciso saber dosar a intensidade das tarefas, para 
promover volume de prática e ativação cardiovascular. Tarefas in-
tensas demais ou de menos desmotivam os alunos.
DEZ PRINCÍPIOS DE 
SUCESSO PARA AULAS DE 
ESPORTES DE RAQUETE 
NO CONTEXTO ESCOLAR
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•	 Dinamismo: as atividades precisam ser dinâmicas, e o professor 
também. Ao designar tarefas cooperativas, o professor consegue 
circular pela turma e oferecer feedback para todos os alunos.
•	 Oficinas: a formatação de atividades em circuito ou “oficinas” é 
uma boa estratégia para oferecer práticas variadas e coerentes ao 
redor de um mesmo fundamento da modalidade que está sendo 
ensinada.
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Apresentaremos a progressão do tênis prioritariamente nesta capacita-
ção por se o esporte mais complexo dos quatro. As mesmas ideias de di-
nâmicas poderão ser aproveitadas pelos professores para as outras mo-
dalidades, sendo que no tênis de mesa veremos que qualquer mesa pode 
ser usada para o início da prática.
Existem diversas progressões de ensino possíveis para o aprendizado dos 
golpes do tênis, e todas utilizam o sistema Play and Stay (em inglês, “Jogue 
e Fique”, que é o sistema criado pela Federação Internacional de Tênis em 
2007 para estimular a prática do esporte, no qual os praticantes usam três 
gradações de velocidade de bola, mais lentas que as usadas pelos profis-
sionais, em espaços progressivamente maiores). Em nosso programa de 
tênis nas escolas, utilizamos principalmente a bola vermelha (75% mais 
lenta) e espaços de 5,5 a 6,5 X 11 m. A escolha do tipo de progressão utili-
zada no ensino depende:
•	 Da idade e do nível de habilidade dos alunos;
•	 Do número de alunos;
•	 Do nível de compreensão dos alunos, isto é, se eles são capazes 
de assimilar a informação técnica transmitida verbalmente. Quanto 
mais jovem for o aluno, mais “visual” deve ser a informação;
•	 Das instalações e materiais disponíveis.
Para praticar o tênis em um nível aceitável o aluno deve desenvolver dois 
tipos de habilidades:
1. As habilidades de recepção: envolvem a capacidade de julgar 
corretamente o espaço percorrido pela bola adversária (velocida-
de, efeito, trajetória, etc.) e a colocação do corpo em uma posição 
que lhe permita rebater um tipo de golpe determinado. Para isto é 
necessário, em primeiro lugar, identificar corretamente a trajetória 
da bola e, em segundo lugar, deslocar-se adequadamente em sua 
direção.
2. As habilidades de projeção: envolvem a capacidade de desenvol-
ver e utilizar as técnicas necessárias para, uma vez posicionado cor-
retamente, poder golpear a bola na direção do alvo desejado.
PROGRESSÕES PARA 
O ENSINO DO TÊNIS: 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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Nossa capacitação inclui exercícios com o objetivo de desenvolver ambos 
os tipos de habilidades, e nele observarmos o seguinte:
1. Geralmente, o golpe não se divide em seus componentes, ou seja, 
o ensinamos de maneira global.
2. Os jogadores aprendem observando, imitando e jogando: o trei-
nador dá poucas informações verbais, e se utiliza principalmente 
de demonstrações. Para esta capacitação os professores apren-
derão os fundamentos básicos do tênis e encontrarão na internet 
as referências de vídeos das outras modalidades na internet para 
pesquisa.
3. Ao realizar as tarefas cooperativas, os alunos exercitam tanto suas 
habilidades de projeção como as de recepção.
A autora tem tido experiência com a iniciação através dos exercícios suge-
ridos nesta apostila com alto grau de aderência às atividades: os iniciantes 
brincam ativamente e se divertem, e ficam com vontade de continuar par-
ticipando das próximas aulas. 
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Existem várias formas de ensinar os golpes básicos dos esportes de raque-
te aos alunos iniciantes. É importante assegurar-se de que as progressões 
das quais se utiliza o professor permitam que o aluno desenvolva tanto 
suas habilidades de projeção como de recepção. Normalmente, os alunos 
iniciantes devem se orientar pela seguinte sequência para desenvolver 
seu golpe.
1. Familiaridade com a raquete e a bola: primeiramente apenas a 
bola, na sequência apenas a raquete e finalmente atividades unin-
do a bola e a raquete;
2. Habilidade de projeção e recepção (sem raquete), lançando e pe-
gando a bola sozinho, depois em cooperação dois a dois;
3. Habilidade de projeção, rebatendo a bola para cima ou para baixo 
sozinho, com um alvo no solo (no caso do tênis). Autolançamento 
com a base em cruz para aprendizado dos apoios alinhado, semia-
berto, aberto e fechado;
4. Exercícios de projeção e recepção (mão-mão, mão-raquete, raque-
te-raquete) dois a dois:
•	 em cooperação, tentando devolver a bola para o companheiro e
•	 em oposição, tentando vencer o companheiro ao golpear a bola de 
forma que dificulte sua rebatida.
A seguir são indicados alguns exemplos de progressões para o ensino do 
jogo de tênis. Toda essa progressão será realizada na prática durante esta 
capacitação:
O ENSINO DOS GOLPES 
POR PROGRESSÕES
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PROGRESSÕES PARA O ENSINO DOS GOLPES DE FUNDO
Figura 15. Progressão no Método Suzana Silva
No diagrama da Figura 15, L são lançadores e R são rebatedores. As minir-
redes podem ser substituídas por fitas de plástico zebradas ou elásticos 
de costura.
Número de alunos: até 28 (em quadra poliesportiva cabem até 7 quadri-
nhas de 5 m de largura).
Material: 14 bolas (uma bola por dupla)
Rolar dois a dois – dois a dois, posicionados nas linhas laterais da quadra 
frente a frente, rolam uma bola entre si. Variação: ver qual dupla faz 10 
passes primeiro. 
Quicar dois a dois – dois a dois, posicionados nas linhas laterais da quadra 
frente a frente, lançam de baixo para cima, tentando fazer a bola quicar 
três vezes antes de chegar ao companheiro. Depois duas. Depois uma.
MATERIAL: 14 bolas, 14 arcos (um arco e uma bola por dupla).
Fase 1 - Lançar por baixo e agarrar dois a dois: dois a dois, com um arco 
no chão na metade da distância entre eles, cada dupla procura lançar a 
bola de baixo para cima e dentro do arco. Variação: cada aluno coloca sua 
raquete no chão à sua frente, e lança a bola de baixo para cima na raquete 
do amigo. 
Fase 2 - Um lança, outro rebate: mesmo exercício anterior, arco no meio 
dos dois, um lança a bola com a mão ao arco, outro rebate bola ao arco. 
Depois de quatro acertos, trocam posições. 
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Fase 3 - Um faz o autolançamento (raquete) para o arco, o outro agarra 
com a mão. Depois de quatro acertos,trocam posições. 
Fase 4 - Os dois rebatem: mesmo exercício anterior, os dois rebatem ao 
arco. Caso haja dois arcos, os dois alunos procuram acertá-los.
MATERIAL: elástico ou fita plástica zebrada de 30 m, 14 bolas, 14 
arcos.
Mesma sequência anterior, com o elástico fazendo o papel da rede. 
Dois a dois, dois arcos no chão, um autolança para o arco do outro, por 
cima do elástico. Depois de lançar ao arco, o outro rebate ao arco, por 
cima do elástico.
Finalmente os dois rebatem por cima do elástico, tentando acertar os ar-
cos do chão.
Progressão ITF
Fase 1 - O aluno joga sozinho. Rebate bola para cima de modo que a bola 
quique em uma área-alvo no chão. Importante: alunos flexionam os joe-
lhos quando a bola quica no chão.
Fase 2 - Dois a dois, mesma atividade, cada aluno rebate uma vez para 
cima.
Fase 3 - O aluno e um companheiro jogam com rede imaginária ou por 
cima de um obstáculo dirigindo a bola para seus respectivos alvos
Fase 4 - O aluno e um companheiro jogam a bola por cima da rede diri-
gindo aos seus respectivos alvos. Os jogadores podem tocar a bola duas 
vezes, a primeira para controlá-la e a segunda para rebatê-la.
Fase 5 - Pouco a pouco, os alunos vão se afastando da rede, aumentando 
o gesto de preparação e de acompanhamento gradativamente (sempre 
dirigindo a bola a seus respectivos alvos).
Fase 6 - Os jogadores disputam pontos. Determinar regras.
Notas:
1. Ao começar todo bate-bola os jogadores devem deixar a bola quicar 
antes de rebatê-la. Base de apoio alinhada e semiaberta.
2. Boas demonstrações do golpe modelo devem ser realizadas regular-
mente pelo professor.
3. Dar oportunidade aos alunos para que façam o gesto do golpe modelo 
sem bola.
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PROGRESSÃO PARA O ENSINO DO SAQUE
MATERIAL: 14 arcos, 14 bolinhas, 14 a 28 raquetes – no caso de ter apenas 
14 raquetes, metade da classe treina o saque, a outra metade são os rece-
bedores. É até legal para treinar habilidades de recepção de saque, e para 
os sacadores já terem noções de direcionamento de bola.
Fase 1 - Alunos se colocam nas linhas laterais da quadra poliesportiva, 
opostos dois a dois, frente a frente, e arremessam a bola um para o outro. 
Verifique: o pé dos alunos não toca a linha durante o arremesso com a 
mão dominante, e o arremesso deve ser forte o suficiente para quicar na 
quadra apenas uma vez. Realizar pelo menos 10 arremessos corretos (na 
direção do companheiro)
Fase 2 - Posicionar as raquetes dos alunos no chão em diagonal com o pé 
da frente, para praticarem o lançamento com a mão não dominante. Os 
alunos praticam o lançamento, de forma que a bola caia sobre a raquete. 
Depois, os alunos lançam a bola com a mão não dominante e a agarram 
com a mão dominante acima da cabeça (imitando a coordenação do sa-
que). Em seguida, praticam o lançamento conjugado com a elevação do 
braço com raquete. (“Voo da água”). Continuar a verificar o equilíbrio.
Fase 3 - O professor demonstra o saque completo, começando com ra-
quete e bola unidos, contando três tempos: 1. Braços abaixam – 2. Braços 
levantam, lançamento – “E”. Braço com raquete faz a “laçada” atrás das 
costas – 3. Contato com a bola. Trabalhando ainda dois a dois, um aluno 
saca e o outro recepciona com as mãos depois de um quique. Após dez 
acertos, trocam posições. 
Fase 4 - Ainda nas linhas laterais da quadra um aluno saca e o outro rebate 
de volta. Após 10 acertos, trocam posições. Verificar equilíbrio.
Nota: Em todas as fases anteriores é aconselhável criar uma maneira de o 
aluno perceber seu equilíbrio ou eventual perda de equilíbrio através do 
movimento de seus pés. Durante o levantamento da bola ou rebatida, o 
equilíbrio deve ser mantido com perfeição. A perda do equilíbrio se deve 
geralmente a um levantamento de bola deficiente.
Fase 5 - Jogo de minitênis entre dois alunos, um saca e outro devolve ne-
cessariamente para iniciar o ponto. Findo o game, trocam posições.
Nota: Pode ser necessário decompor o movimento do saque em suas 
partes integrantes. No entanto, isto deve ser feito somente se após certo 
tempo o aluno não consegue atingir coordenação suficiente para reba-
ter a bola por cima da cabeça com o movimento completo. A divisão do 
movimento em suas partes integrantes também pode ser utilizada como 
método de correção (por exemplo, se o aluno sacar sem flexionar o co-
tovelo podemos pedir para que coloque primeiro a raquete por trás da 
cabeça e logo levante a bola para rebatê-la). MAS, SEMPRE VOLTAR AO 
MOVIMENTO COMPLETO NO FINAL. O professor deve sensibilizar: empu-
nhadura - posição inicial - posição “troféu” - contato.
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PROGRESSÃO PARA O ENSINO DO VOLEIO
MATERIAL: 1 bolinha, 1 arco e 2 raquetes por dupla de alunos
Fase 1 - O aluno se posiciona inicialmente com as palmas das mãos unidas 
à frente do corpo. O companheiro lança a bola e o aluno pega com a mão 
direita. A mão permanece fixa depois de pegar a bola (para o voleio de 
revés deve rebater a bola com as costas da mão – é legal usar bolas bem 
leves e grandes).
Fase 2 - Segurando a raquete pelo final do cabo, o aluno rebate a bola 
com as cordas. O passo à frente com pé do lado oposto ao golpe coincide 
com impacto. Gradativamente o aluno vai descendo a mão na empunha-
dura até o cabo da raquete caso esta seja grande para ele. Para evitar um 
gesto de preparação excessiva, o aluno pode ficar de costas junto à cerca 
ou parede.
Fase 3 - Um aluno lança a bola de baixo para cima e o companheiro vo-
leia na direção de um alvo no chão. O aluno lançador pega a bola após 
cada golpe. Depois de 10 acertos, trocam posições (lançador e rebatedor). 
Primeiro uma sequência de voleios pelo lado dominante, em outra aula 
pelo lado não dominante, em outra aula alternando voleios forehand e 
backhand.
Fase 4 - Os alunos se posicionam um de frente para o outro em posição de 
voleio e trocam bolas (primeiro forehand, depois backhand).
Fase 5- O companheiro lança a bola de forma aleatória (alta baixa, à direi-
ta, de revés). O aluno tenta devolver a bola às mãos do lançador com um 
golpe controlado e voltar à posição de expectativa antes que seu compa-
nheiro pegue a bola (níveis Intermediário e Avançado).
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PROGRESSÃO PARA ENSINO DO SMASH
MATERIAL: 1 bolinha por dupla
Goleiro pernalta – dois a dois, junto à cerca da quadra. Um lança de baixo 
para cima, tentando passar a bola por cima do companheiro, o outro pro-
cura interceptar com apenas uma mão. Trocam posições.
Bobinho – três a três, um no centro. Dois companheiros tentam passar a 
bola pelo alto, o terceiro procura interceptar. Marcar tempo para troca de 
posições.
MATERIAL: bolinhas, raquetes, arcos
Posição “troféu” – alunos se colocam junto à rede na posição de preparar 
um smash. Companheiro ou professor lançam de baixo para cima. Alunos 
fazem contato com a bola (1 ponto), rebatem (2 pontos), rebatem por 
cima da rede na direção do alvo (3 pontos), ou rebatem de volta e o com-
panheiro consegue agarrar (4 pontos).
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Para o aprendizado dos esportes tênis, badminton e beach tennis fica fácil 
visualizar e adaptar tarefas que aproveitem este circuito de habilidades 
montado para uma aula de tênis. As 6 estações, da esquerda para a direi-
ta, envolvem:
1. deslocamentos com obstáculos (barreirinhas e escadinhas);
2. em duplas, rolar bola com a raquete através de minigols feitos de 
coninhos;
3. em duplas, lançar a bola com a mão na direção de um arco e agar-
rar com um coninho;
4. em duplas, lançar a bola com a mão e volear a bola com a raquete 
por cima de um obstáculo;
5. em duplas, lançar a bola com a mão e rebater a bola com a raquete 
depois de um quique;
6. em duplas, trocar bolas cooperativamente por cima de um 
obstáculo.
Figura 16. Exemplo de esquema de quadra para o aprendizado em 
circuito ou “oficinas”
OFICINAS OU CIRCUITO 
DE HABILIDADES
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Obviamente beach tennis e badminton envolverão mais atividades com a 
bola sendo golpeada no ar, tanto pelo lado dominante como pelo lado 
não dominante.
Depois de um ciclo de aulas no qual os alunos estiverem dominando razo-
avelmente a bola, o espaço de jogo do tênis e de beach tennis pode subir 
para 18 m (extensão da quadra de voleibol). Neste caso as bolas indicadas 
serão do Estágio 2 (laranjas, 50% mais lentas do que a bola usada pelos 
profissionais de tênis). Lembre-se de que essas bolas são as oficiais para 
o jogo de beach tennis. A extensão da quadra de badminton é menor do 
que a de tênis e a de beach tennis (13,4 m), mas vale a ideia para distribuir 
alunos para tarefas em circuito também. No diagrama a seguir, um exem-
plo de rodízio de atividades numa aula em grupo para a quadra laranja. 
Apesar da legenda, podemos comportar mais alunos designando tarefas 
para mais crianças fazerem fora do espaço de jogo.
Figura 17. Esquema de revezamento de posições para aulas de tênis, 
beach tennis e badminton
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Pensando em alunos do Ensino Médio, pode ser que algumas dessas ativi-
dades pareçam “bobinhas”. Mas, devido à pouca experiência e oportuni-
dade de prática de atividades físicas, o repertório dos jovens geralmente é 
bastante limitado e esses jogos e brincadeiras podem estimular para que 
todos participem das aulas, por serem bem divertidas.
Essas atividades podem ser dadas no aquecimento inteligente, pensando 
numa sequência: individual - dois a dois - pequenos grupos - grandes gru-
pos. Podem, ainda, ser adaptadas para todas as modalidades.
Alguns desses jogos serão também apresentados durante as aulas práti-
cas desta capacitação:
JOGOS E BRINCADEIRAS
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JOGOS DE DESLOCAMENTOS (D)
1) CORRIDA PARA AS LINHAS: O professor anuncia em voz alta o nome de 
uma das linhas da quadra poliesportiva (lateral - do fundo - central - da 
área - do garrafão) para a qual as crianças deverão correr e encostar a ra-
quete na linha pedida para marcar um ponto. 
2) DANÇA DOS ARCOS: Alunos dançam uma música cantada pelo profes-
sor. Quando ele parar de cantar, alunos correm para os arcos (terá um a 
menos). Termina quando sobrar um aluno.
3) ARCO-VIVO: Alunos ao longo da linha de fundo devem girar o arco no 
chão, correr até a rede e voltar, entrando no arco antes que este pare de 
girar.
4) CORRIDA MALUCA: Cada dupla deve correr da linha de fundo, tocar a 
rede e voltar, carregando uma bolinha amparada pela ponta dos cabos 
da raquete de cada um. Cada aluno segura a raquete pela garganta, sem 
ampará-la no tronco (esta brincadeira só dá certo com raquetes de alumí-
nio ou grafite).
5) BARRA MANTEIGA: Cada equipe fica em uma linha lateral de frente para 
a outra. Alternando, um aluno caminha até a outra equipe e terá que bater 
na mão de um colega. O colega tentará pegá-lo antes que o aluno volte 
para seu lugar.
6) PEGA-PEGA: Dentro de uma metade da quadra, podem variar os tipos: 
normal, americano (batendo na mão para ser salvo), do garçom (todos 
equilibrando bola na raquete).
7) CORRIDA DE TEMPO: O professor cria um circuito com os materiais 
(escadinha, arco, elástico) e marca o tempo de cada aluno. Vence o mais 
rápido.
E você professor, tem ideias de brincadeiras 
usando apenas o corpo? Quais deslocamentos 
específicos da modalidade pretende estimular?
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JOGOS DE CONTROLE DE BOLA (B)
8) BOLICHE: crianças posicionadas atrás da linha lateral devem rolar a bola 
na direção da linha lateral oposta. Vence a criança cuja bola chegar e parar 
mais perto da linha.
9) NEYMAR MALUCO: crianças procuram “rebater” a bola usando várias 
partes do corpo: coxas, braços, pés, ombros, peito, cabeça, etc.
10) MALABARES: lançar e recuperar com uma mão só, fazer o mesmo ba-
tendo uma palma, o mesmo dando um salto, o mesmo dando uma volti-
nha no lugar, etc.
11) PASSA-PASSA: crianças passam uma bola entre elas, de várias manei-
ras: rolando, lançando, arremessando, lançando com e sem quique, com 
dois quiques, usando duas bolas, etc.
12) GOL A GOL: rolando a bola com as mãos ou chutando com os pés, 
duas crianças procuram fazer e defender seu minigol, feito com dois dis-
cos ou cones.
13) SORVETÃO: uma criança lança a bola com a mão, e recupera com um 
cone na outra mão (com e sem quique). Revezar os cones de mão. Em se-
guida mesma brincadeira com duas crianças (uma lança, a outra recupera 
com o cone).
14) NARIZ - ORELHA - BOLA!: duas crianças frente a frente no corredor de 
duplas, com uma bola no chão entre elas. Devem movimentar as pernas 
no lugar, e ao sinal do professor colocar ambas as mãos na parte do corpo 
correspondente. Quando o professor falar “bola”, quem conseguir pegar a 
bola do chão primeiro vence.
15) QUANTO MENOS MELHOR: dois times em campos diferentes, com o 
mesmo número de bolas cada um. Ao sinal do professor, crianças arre-
messam suas bolas para o campo adversário. Em um minuto, param de 
arremessar. O time que tiver menos bolas vence!
E você professor, tem ideias de brincadeiras 
usando apenas a bolinha? Quais desafios as 
bolas pequenas apresentam aos educandos?
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JOGOS DE CONTROLE DA RAQUETE (R)
16) CONHECENDO A RAQUETE: Alunos com sua raquete a frente no chão 
terão de tocar com a mão dominante na parte da raquete anunciada pelo 
professor (cabeça - garganta - cabo).
17) CARREGANDO A RAQUETE: Raquetes dos alunos colocadas sobre a 
linha de saque. Alunos se deslocam de costas para a tela. Ao sinal do pro-
fessor, cada aluno deverá pegar sua raquete e correr de volta. O vencedor 
será o primeiro que passar pela linha de fundo. Professor varia a forma de 
dar a largada (som, gesto, etc.).
18) PASSA-RAQUETE: Cada equipe de alunos forma uma fila onde eles te-
rão que passar uma raquete o mais rápido possível, de diferentes formas: 
por cima, lado, entre as pernas, etc.
19) TROCA-TROCA DE RAQUETES: A) Dupla - alunos equilibram a raque-
te no solo com a cabeça para baixo. Quando o professor gritar “já” cada 
aluno deve pegar a raquete do outro antes que caia no chão. B) Círculo - 
professor determina o sentido (direita ou esquerda) dos alunos em círculo.
Professor, algumas atividades de raquete 
foram pensadas para as raquetes de alumínio 
encontradas no mercado, outras podem 
ser realizadas com as raquetes feitas com 
material reciclado. Caso as atividades sejam 
bem aceitas, vale a pena checar se há um 
clube de tênis na comunidade que possa 
fazer doações para a sua escola. Com 
8 a 14 raquetes seus alunos já poderão 
ter o gostinho do jogo de verdade!
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JOGOS DE CONTROLE DE BOLA/RAQUETE (B/R)
20) EQUILÍBRIO BOLA-RAQUETE: Alunos equilibram a bola com a raquete 
de diferentes formas: duas mãos, uma mão, agachando, um pé só, dando 
voltas.
21) CORRIDA DO GARÇOM: Alunos formam duas equipes atrás da linha de 
fundo. O primeiro de cada fila tem que correr até a rede e voltar, equili-
brando a bola na raquete e entregar para o próximo. Vence a equipe que 
completar uma ou duas rodadas.
22)TATURANA: O grupo é dividido em duas filas, onde o primeiro passa a 
bola da sua raquete para a de seu companheiro de trás e corre para o fim 
da fila. Vence a equipe que completar uma volta sem que a bola caia no 
chão.
23) PASSEIO DO CACHORRINHO: Alunos movimentam-se de diferentes 
formas (no corredor, sobre as linhas, em ziguezague), rolando a bola pelo 
chão junto da raquete como um cachorrinho obediente.
24) ROLA-BOLA: Alunos em dupla (utilizando corredor) ou em círculo ro-
lam a bola com a raquete, observando empunhaduras (direita e esquerda).
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JOGOS DE GOLPES DE FUNDO
25) GOLEIRO MARAVILHA: Professor faz um gol e rola ou quica bolas para 
aluno defender com a raquete (como hóquei). Depois, 3 alunos tentam fa-
zer o gol com a bola rolando na direção de um aluno

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