Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DIADÁTICA DO TÊNIS E ESPORTES COM RAQUETES Manaus - 2016 DIDÁTICA DO TÊNIS E ESPORTES COM RAQUETES AUTORES: ISRAEL DE AZEVEDO BARRETO ROGERIO MARCHIORETTO SUMÁRIO Introdução Orientações para estudo Ementa Objetivos de ensino-aprendizagem 1. UNIDADE 1 – Introdução aos Esportes com Raquetes 1.1. Apresentação das modalidades 1.2. História do tênis 1.3. História do tênis de mesa 1.4. História do badminton 2. UNIDADE 2 – Regras Básicas dos Esportes com Raquetes 3.1. Regras básicas do tênis 3.2. Regras básicas do tênis de mesa 3.3. Regras básicas do badminton 3. UNIDADE 3 – Materiais e Equipamentos: Raquetes, Redes, Bolas e Peteca 4. UNIDADE 4 - Ensino dos Esportes com Raquetes 4.1. Educação Psicomotora 4.2. Jogos Pré-desportivos 4.3. Aplicação de Temas Transversais 5.UNIDADE 5 – Fundamentação Técnica 5.1 Empunhadura da Raquete 5.2 Noções de Efeito e de Velocidade 5.3 Serviço e Recepção 5.4 Fundamento de Ataque e Defesa 6.REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO Este trabalho tem o objetivo de orientar profissionais da área de educação física de utilizar como conteúdo para as aulas de escolar as modalidades que se caracterizam pela utilizam de raquetes, tendo a pretensão que contribuir para a utilização na prática profissional. Existe uma gama de modalidades com raquetes, porém fixaremos como conteúdo as três modalidades olímpicas com raquetes: o tênis, tênis de mesa e badminton. As modalidades serão abordadas de uma forma diversificada, afim de ter a oportunidade de se conhecer o desporto formal, como também a possibilidade das adaptações necessária para se atingir os diversos objetivos de sua prática na educação física escolar. Os jogos com raquetes serão apresentados como possibilidade diversificada do que observados dentro dos conteúdos mais utilizados nas aulas de educação física, as quais apresentam temas muito mais ligados aos jogos desportivos coletivos. Tendo a intenção da concepção do indivíduo integral, o qual as opções pedagógicas estarão centradas não apenas na questão, mas também na cognitiva e afetiva, consistindo como a postura ética dos praticantes das modalidades, como algo de grande valia para o processo educacional. Afim de explorar as possibilidades descritas acima, este trabalho está pautado na exploração dos conteúdos descritos, no intuito de oferecer ferramentas a professores para a ministração de conteúdos pertinentes a prática pedagógica. Orientações para estudo Caro aluno, este trabalho se apresenta, para que você possa encontrar subsídios para desenvolver suas aulas de uma forma dinâmica, intencional e coerente. O texto está escrito com uma linguagem acessível, no entanto, colocamo-nos a disposição para eventuais esclarecimentos. Foi também realizado um esforço na produção de alguns vídeos, no intuito de facilitar a assimilação dos conteúdos. Com a sincera preocupação de melhorar o aprendizado dos conteúdos, é aconselhável a busca de novos conhecimentos, os quais podem complementar as informações aqui descritas. Caro aluno, se você tiver dúvidas, estas deverão ser constar nos chats, como também nos e-mails enviados pelos professores, desta forma teremos condições de orientá-los de forma mais efetiva. Procure dedicar a leitura dos textos auxiliares que enviaremos a você. Para finalizar, é importante a sua aplicação, pois sem ela não haverá aprendizagem. Desejamos que as informações contidas possam ser úteis para a sua formação profissional. Ementa Evolução histórica. Fundamentos, técnicas e aspectos pedagógicos no processo ensino-aprendizagem. Regras oficiais. Noções éticas do esporte. Desenvolvimento de materiais alternativos para a prática. Objetivo Geral Ampliar o repertório de conhecimentos desportivos dos futuros profissionais, favorecendo por meio da diversidade de experiências motoras e atividades esportivas uma formação que aprimore e enriqueça sua formação, favorecendo a uma prática docente diferenciada que tanto poderá desenvolvida no contexto escolar quanto em escolinhas de Tênis, ou em clubes, ou ainda em condomínios onde exista espaço físico para a prática desse esporte. Objetivos Específicos: • Conhecer a ascensão da modalidade esportiva no Brasil e no mundo. • Vivenciar os Fundamentos e técnicas articulados com o processo ensino-aprendizagem. • Analisar a importância do Tênis na formação integral do ser humano. • Estudar a teoria, técnica, tática e da prática do jogo individual e em duplas; 1. UNIDADE 1 – Introdução aos Esportes com Raquetes 1.1. Apresentação das modalidades Para os Jogos Olímpicos da Era Moderna, três são as modalidades que se utilizam de raquetes: tênis, tênis de mesa e badminton. Essas modalidades se caracterizam não apenas pela utilizam da raquete, mas também pela divisão dos campos com uma rede na divisão, um implemento a ser golpeado, além de todas as modalidades possuírem disputas por individual e duplas. A diferença entre as modalidades consiste além da pontuação e da ordem dos saques, na dinâmica do jogo. Enquanto no badminton que é jogado com uma peteca, deve-se impedir que a mesma toque ao seu próprio campo, no tênis de mesa há a obrigatoriedade de que a bola toque em seu lado da mesa. O tênis, possui as duas possibilidades e apesar das três modalidades apresentar características semelhantes, nome de fundamentos iguais, as regras necessitam ser diferenciadas e em muitos casos como a pontuação, são bem diferentes. Como vantagem, observa-se a possibilidade de poucos jogadores, pois enquanto modalidades coletivas é necessário vários jogadores para se fazer um jogo, as modalidades com raquetes, precisam de apenas dois. Os materiais para o jogo formal, apesar de apresentarem preço um pouco elevado, pois os de melhor qualidade são importados, podem ser facilmente adaptados, o que possibilita a sua prática mesmo em espaços improváveis. O contato direto com o implemento (bola ou peteca) também consiste em uma grande vantagem, pois em comparação com as modalidades coletivas, por exemplo, esse contato em número de vezes é bem menor. Pelo fato do jogo também apresentar um adversário, as tarefas do jogo tem como característica de serem abertas, o que pode desenvolver a capacidade cognitiva com a prática esportiva. 1.2. História do Tênis Há muitas teorias para o surgimento do tênis, mas há um consenso de que a França estabeleceu as bases reais do jogo com o surgimento do "jeu de paume" (jogo da palma), no final do século XII e início do XIII. No tênis primitivo as raquetes não eram empregadas. Os jogadores usavam as mãos nuas e depois optaram por usar luvas. No século XIV, já havia jogadores que usavam um utensílio de madeira em forma de pá, conhecido como "battoir" e que mais tarde recebeu um cabo e também as cordas trançadas. Era o nascimento da raquete, uma invenção italiana. Com o tempo, o tênis deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde apareceu o "court- paume", jogo similar, disputado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua prática. Muitos reis da França tinham no "jeu de paume" sua principal diversão, chegando a ponto de o rei Luís XI decretar "que a bola de tênis teria uma fabricação específica: com um couro especialmente escolhido, contendo chumaçode lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer espécie de musgo". Para se ter uma ideia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez construir em Órleans, cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras. Em plena "Guerra dos Cem Anos", o rei Carlos V condenou o "jeu de paume", declarando que "todo jogo que não contribua para o ofício das armas será eliminado". Com tal proibição, lembrando que o jogo era praticado até aos domingos, pode-se deduzir que o novo esporte alcançou uma grande popularidade na França. Com a Revolução Francesa, as Guerras Napoleônicas, o esporte praticamente desapareceu junto com a destruição das quadras. No século XIX, um jogador J. Edmond Barre, que se sagrou campeão da França em 1829 e conservou o título por 33 anos, até 1862. Extraído da Confederação Brasileira de Tênis. 1.3 História do Tênis de Mesa Três dos modernos jogos populares de raquete descendem diretamente do antigo jogo medieval de “Tênis”, que costumava ser jogado tanto ao ar livre quanto em espaços fechados. Todos nasceram e evoluíram na Inglaterra durante a Segunda metade do Século XIX: o Tênis de Campo, praticado com uma bola mais macia – Borracha coberta de felpo, em terrenos gramados; o Tênis de Mesa (do mesmo modo um passatempo social) em salas comuns; e Badminton, no qual usava-se uma peteca no lugar de uma bola. Todos os 3 são hoje em dia esportes atléticos que exigem rapidez e destreza. As primeiras lembranças registradas do Tênis de Mesa revelam um jogo rude iniciado por estudantes universitários com livros dispostos no lugar de uma rede, e por militares que o praticavam com equipamentos improvisados no país e no exterior. A primeira menção de um catálogo de produtos esportivos é de F.H. Avres, 1884. A mais primitiva patente até agora encontrada em conexão com o jogo foi a no. 19.070 de 1891, de Charles Baxter de Moreton – in – the Marsh, Gloucestershire, England. Raquetes podiam ser de madeira, papelão ou tripa animal, coberturas algumas vezes por cortiça, lixa ou tecido; bolas de cortiça ou borracha, redes de diferentes alturas, algumas vezes consistindo de apenas um simples fio; mesas em diferentes tamanhos, partidas com contagens de 10, ou 20, ou 100, saque com um quique inicial na metade da mesa do sacador (o atual sistema), ou diretamente na outra metade da mesa de encontro a um espaço limitado ou não, porém com a obrigatoriedade do sacador estar afastado da linha de fundo da mesa. Nunca figuravam menos de 4 tipos diferentes de duplas. E em qualquer caso, o que era virtualmente o mesmo tipo de jogo tinha muitos nomes. Nesse mesmo séc. XIX, um corredor de maratonas inglês aposentado – James Gibb – voltou de uma viagem de negócios dos Estados Unidos com bolas de celuloide de brinquedo, que ele imaginou pudessem ser úteis para esse jogo em seu país. Ouvindo-as serem golpeadas por raquete oca, de cabo longo e feita de pergaminho (pele de carneiro), então popular, associou os sons produzidos pela bola na raquete com as palavras pingue-pongue, dando origem ao nome do jogo. Ele submeteu esse nome ao amigo-vizinho John Jaques fabricante de produtos de esporte de Groydon. Este registrou-o através do mundo (os direitos para “USA” foram mais tarde vendidos de Jaques para Parker Bros) e ajudado por esse feliz coloquialismo, o jogo passou a ser uma mania elegante na virada do século. Tão rápido quanto cresceu ele morreu, e permaneceu quiescente na Grã Bretanha por 18 anos. O colapso talvez possa ser atribuído a várias causas: o grande número de sistemas de jogos rivais e supostos organizadores (nada menos de 14 livros de instruções são registrados no Catálogo da Biblioteca do Museu Britânico, que foram confeccionados neste curto período), uma certa monotonia do jogo quando jogado com equipamento inadequado e a invenção (em 1902) da borracha com pinos para a superfície da raquete, possibilitando tão grande efeito e velocidade que criou um enorme e imediato abismo entre experts e estreantes. Um programa maior ocorreu na Europa Central. Em 1905/1910 o jogo foi introduzido em Viena e Budapeste por um representante de máquinas de escrever e futebolista amador – Edward Shires. Mesmo anteriormente (provavelmente em 1889) – implementos para jogar o Tênis de Mesa chegaram ao Japão, vindo da Grã Bretanha, o que resultou numa peculiar distribuição que durou, na China, Coréia e Hong-Kong, até final de 1920. Mas ambos esses transplantes vieram produzir sementes importantes em etapas posteriores da história. O Renascimento foi iniciado na Inglaterra e em seguida no país de Gales. Em 1922, após a 1ª Guerra Mundial, J.J. Payne de Luton, um organizador dos velhos tempos, e Percival Bronfield de Beckenham, um campeão nacional inglês adolescente em 1904, seguidos por ª F. Carris de Manchester, como também por outros veteranos e novatos (o assinante dessa carta sendo um desses), formaram uma Associação de pingue-pongue mas, encontrando-se legalmente impedidos por uma marca registrada, dissolveram-se incontinenti e se reorganizaram no mesmo dia sob o velho nome do jogo. Eles redigiram cuidadosamente as regras do jogo, com o intuito de obter sua aceitação nacional por todos os adeptos, e estimularam a criação e venda de alto padrão de equipamentos. O sistema de duplas escolhido foi o que era praticado em outras épocas em Manchester. Quatro anos mais tarde as regras tiveram penetração e foram de boa vontade aceitas no exterior. O Código então tornou-se a base das regras internacionais, e o nome Tênis de mesa o oficial, quando a I.T.T.F. foi fundada em 1926. As modificações do jogo adotadas desde então têm sido: - A altura da rede de 6,34” por 6”. - A proibição do uso da mão livre para criar efeito no saque (uma invenção dos EUA nos anos de 1930). - A padronização parcial da raquete; a regra atual estabelece uma lâmina simples de madeira, ou coberta diretamente por uma borracha com pinos, ou por “sandwich” (uma camada de borracha de esponja por baixo dessa cobertura). - Uma regra de limite de tempo (adaptada a regra da U.S.T.T.A.), limitando a duração dos sets (21 pontos) em 15 minutos. Com base nessas regras o diminuto espaço e tempo requeridos, em comparação com muitos outros esportes atléticos, o Tênis de Mesa em 76 tornou-se um esporte de massa, com 124 Associações filiadas à I.T.T.F., muitas delas com centenas de milhares de jogadores filiados (URRS e China: respectivamente, mais do que um milhão e mais do que 2 milhões). Extraído da Federação Paulista de Tênis de Mesa. 1.3 História do Badminton Foi na Índia que o Badminton nasceu, com o nome de Poona. Oficiais ingleses a serviço neste país gostaram do jogo e levaram-no para a Europa. O "poona" passou a se chamar Badminton quando, na década de 1870, uma nova versão do esporte foi jogada na propriedade de Badminton, pertencente ao Duque de Beaufort's, em Gloucestershire, Inglaterra. Em 1934 foi fundada a Federação Internacional de Badminton (IBF), com nove membros: Canadá, Dinamarca, Escócia, França, Holanda, Inglaterra, Nova Zelândia e País de Gales. Sua sede se situa, logicamente, em Gloucestershire. Nos anos seguintes mais países se tornaram membros, especialmente após a estreia do esporte nas olimpíadas de Barcelona, em 1992. Hoje em dia, existem 130 países membros da IBF, e o número tende a crescer. Existem, na atualidade, seis torneios principais promovidos pela IBF: Thomas Cup (campeonato mundial masculino de equipes), Uber Cup (campeonato mundial feminino de equipes), Sudirman Cup (equipes mistas), World Championship, World Juniors e World Grand Prix Finals. Em 1995 o Badmintonfoi incluído nos XII Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, Argentina, e foi jogado novamente, em 1999, nos XIII Jogos Pan-Americanos em Winnipeg, Canadá. Depois disso, a modalidade se firmou no evento sendo esporte que conta medalhas até hoje. Inclusive, em 2007 nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro o Brasil conquistou sua primeira medalha na competição. O feito histórico para o Badminton brasileiro foi conseguido pelo atletas Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo que conquistaram medalha de bronze na categoria de dupla masculina. Extraído da Confederação Brasileira de Badminton ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. Listar as vantagens e desvantagens da prática dos esportes de raquetes; 2. Analisar as diversas possibilidades do ensino dos esportes com raquetes no âmbito da educação física escolar; 3. Criar materiais alternativas para a prática de esportes com raquetes. UNIDADE 2 – Regras Básicas dos Esportes com Raquetes 2.1 Regras Básicas do Tênis 1 – A Quadra de Tênis - O espaço onde é jogado tênis é uma quadra retangular, dividida ao meio por uma linha central. Esta linha subdivide a quadra em duas, originando duas meias–quadras. 2 - Jogadores – o tênis pode ser jogado entre duas pessoas – jogo de simples – ou entre quatro pessoas – jogo de duplas. Em caso de duplas, os corredores laterais são anexados como área de quadra. 3 - Set – é o nome dado à divisão de uma partida de tênis, composta por vários games. Um set é finalizado com 6 games vencidos por um dos lados, com diferença mínima de 2 games (6-4). Havendo empate em 5-5, o set continuará até um desempate em 7-5. Empates com 6-6 serão decididos por tie breacker. Uma partida é geralmente decidida em melhor de 3 sets. Os grandes torneios (Grand Slam) são decididos em melhor de 5 sets. 4 - Game – etapa do set definido a favor de quem completar 4 pontos primeiro, mantendo-se o mesmo sacador até seu final. Seis games de um mesmo jogador definem o set. Se perde pontos quando: • Sacar na rede ou fora da zona de saque do adversário, nas duas tentativas; • Deixar a bola quicar por duas vezes seguidas na sua metade da quadra; • Devolver a bola na rede; • Devolver a bola fora dos limites determinados pelas linhas da quadra adversária. Se ganha pontos quando: • Sua bola de saque ou golpe não for devolvida pelo adversário; • O adversário cometer qualquer das falhas listadas no item anterior. 5 - Tie breaker – game de desempate ao final do set (6-6), onde cada saque bom vale 1 ponto. O primeiro jogador sacará no 1º, 4º e 5º pontos. O segundo sacará no 2º, 3º, 6º e 7º pontos, e assim sucessivamente. Vence o game quem acumular 7 pontos primeiro. Empates de 6-6 no 12 breaker são decididos no “vai a dois”. 6 - Contagem de pontos – O tênis possui um intricado sistema de pontuação, que subdivide o jogo em games/jogos e sets/partidas. Grosso modo, um game é um conjunto de pontos (15-30-40-game) e um set é um conjunto de games (1-2-3-4-5-6-set). Cada game tem um jogador responsável por recolocar a bola em jogo: fazer o serviço ou sacar. Um game é decidido em quatro pontos, na seguinte ordem: 1º ponto = 15, 2º ponto = 30, 3º ponto = 40, 4º ponto = game. Empates em 40/40, chamados de Deuce, serão decididos na base do “vai a dois”, ou seja, quando um dos jogadores fizer dois pontos seguidos. 7 - Saque ou serviço – o sacador tem sempre duas chances para acertar seu serviço. O game se inicia com um saque da metade direita da quadra em direção à metade oposta, no sentido diagonal. Ele será considerado válido se o primeiro contato da bola for com a zona de saque do adversário ou, se houver um contato da bola com a fita da rede antes de chegar à zona de saque, o jogador terá direito a uma segunda tentativa. Na sequência do game, os saques se alternarão nos lados esquerdo e direito, na mesma metade da quadra. Pisar na linha no momento do saque é considerado falta – foot fault. 8 – Invasão – O jogador não pode em hipótese alguma ultrapassar os limites estabelecidos pela rede de jogo. Acontecendo isso, perde o ponto que está sendo disputado. 2.1 Regras Básicas do Tênis de Mesa Tênis de Mesa e Pingue-Pongue têm regras semelhantes, sendo que o primeiro constitui-se em algo organizado e mais competitivo, enquanto o segundo é o esporte mais descontraído. É a brincadeira, é o lazer. A MESA -Têm 2,74m de comprimento e 1,525mm de largura e 76cm de altura. Pode ser feita de qualquer material, na cor escura e fosca, produzindo um pique uniforme de bola padrão oficial (aprovada pela ITTF); tendo uma linha branca de 2cm de largura em toda a sua volta. Para os jogos de duplas, ela é dividida em duas partes iguais por uma linha branca de 3mm de largura, no sentido do comprimento. A REDE - A rede estende-se por 15,25cm além das bordas laterais da mesa e tem 15,25cm de altura, devendo ser de cor escura e devem possuir a sua parte superior branca. A BOLA - Deve ser feita de celuloide ou plástico similar, nas cores branca ou laranja e fosca, pesar 2,7g e ter diâmetro de 40mm. A RAQUETE: 1 - A raquete pode ser de qualquer tamanho, forma ou peso e constituída de madeira natural em 85% do material. 2 - O lado usado para bater na bola deve ser coberto com borracha com pinos para fora tendo uma espessura máxima de 2mm, ou por uma borracha "sanduíche" com pinos para fora ou para dentro, tendo uma espessura máxima de 4mm. 3 - O lado não usado para bater na bola deve ser manchado de cor diferente da borracha e só deve ser vermelho vivo ou preto. 4 - A raquete tem que ter duas cores diferentes, para ser usada, e essas cores só podem ser, preto e vermelho vivo. 5 - Não é permitido jogar com o lado de madeira. A PARTIDA: 1 - Constitui-se de sets de 11 (onze) pontos. Pode ser jogada em qualquer número de sets ímpares (um, três, cinco, sete, nove...). No caso de empate em 10 pontos, o vencedor será o que fizer 2 pontos consecutivos primeiro. 2 - O atleta que atua o 1º set num lado é obrigado a atuar no lado contrário no set seguinte. 3 - Na partida quando houver "negra" (1 a 1), (2 a 2) ou (3 a 3) , os atletas devem mudar de lado logo que o atleta consiga 05 pontos. O SAQUE: 1 - A bola deve ser lançada para cima (16cm no mínimo), da palma da mão livre na vertical e, na descida, deve ser batida de forma que ela toque primeiro no campo do sacador, passe sobre a rede sem tocá-la e toque no campo do recebedor. 2 - O saque deve ser dado atrás da linha de fundo ou numa extensão imaginária desta. 3 - Cada atleta tem direito a 2 (dois) saques, mudando sempre quando a soma dos pontos seja 2 (dois) ou seus múltiplos. Ex.: 2 a 2 = 4 = 6 a 6 = 12. 4 - Com o placar 10-10, a sequência de sacar e receber deve ser a mesma, mas cada atleta deve produzir somente um saque até o final do jogo. 5 - O direito de sacar ou receber primeiro ou escolher o lado deve ser decidido por sorteio (ficha de duas cores), sendo que o atleta que começou a sacar no 1º set começará recebendo no 2º set e assim sucessivamente. 6 - O sacador deverá sacar e retirar o braço da mão livre da frente da bola de modo que nada esteja entre a bola e o adversário a não ser a rede e suportes. UMA OBSTRUÇÃO (NÃO VALE PONTO): A partida deve ser interrompida quando: 1 - O saque "queimar" a rede. 2 - O adversário não estiver preparado para receber o saque (e desde que não tenha tentado rebater a bola). 3 - Houver um erro na ordem do saque, recebimento ou lado. 4 - As condições de jogo forem perturbadas (barulho, etc). UM PONTO: A não ser que a partida sofra obstrução (não vale ponto), um atleta perde um ponto quando: 1 - Errar o saque. 2 - Errar a resposta. 3 - Tocar na bola duas vezes consecutivas. 4 - A bola tocar em seu campo duas vezes consecutivas. 5 - Bater com o ladode madeira da raquete. 6 - Movimentar a mesa de jogo. 7 - Ele ou a raquete tocar a rede ou seus suportes. 8 - Sua mão livre (que não está segurando a raquete) tocar a superfície da mesa durante a sequência. CORREÇÃO DA ORDEM DE SACAR, RECEBER OU LADO: Se um atleta der um ou mais saques além dos dois de direito, a ordem será restabelecida assim que for notado, tendo o adversário que completar o múltiplo de dois. Se no último set possível, os atletas não trocarem de lado quando deveriam fazê-lo, deve trocar, imediatamente, assim que se perceba o erro. A contagem será aquela mesma de quando a sequência foi interrompida. Em hipótese alguma haverá volta de pontos. Todos os pontos contados antes da descoberta do erro deverão ser confirmados. JOGOS DE DUPLAS: 1 - O saque tem que ser feito do lado direito do sacador para o lado direito do recebedor. 2 - Cada atleta só pode bater uma só vez na bola. 3 - A ordem do saque é estabelecida no início do jogo e a sequência será natural: Atleta A saca para o X Atleta X saca para o B Atleta B saca para o Y Atleta Y saca para o A que, saca para o X e assim, sucessivamente, cada atleta vai dando 2 saques. No empate 10-10, cada um só dá 1 saque por vez. 4 - Se a bola do saque tocar a rede (queimar), e cair no lado esquerdo do recebedor - além da linha central - o sacador deverá perder o ponto. VESTIMENTA: Camisa, shorts e saias podem ser de qualquer cor ou cores exceto que, quando uma bola branca está em uso somente gola e as mangas da camisa podem ser brancas, e, quando uma bola laranja está em uso, somente àquelas partes podem ser de cor laranja. 2.3 Regras Básicas do Badminton 1) Para começar o jogo: - com uma moeda ou com a própria peteca, faça um sorteio. O vencedor tem a opção de servir (sacar), receber ou optar por um dos lados da quadra. Os atletas têm direito a um aquecimento de dois minutos antes do início do jogo. 2) Posição na quadra no começo de um game: - a pessoa que serve deve ficar dentro da área de serviço no lado direito da quadra (olhando para a rede). Quem recebe fica do outro lado da rede dentro da área de serviço no lado direito da quadra, na diagonal de quem serve. Nos jogos em duplas, o parceiro pode ficar em qualquer lugar da quadra desde que não bloqueie a visão do recebedor. 3) Posição de quem serve: - se o placar de quem serve for par, o serviço deve ser feito do lado direito da quadra. Se o placar for ímpar, do lado esquerdo da quadra. Nos jogos em duplas a regra é a mesma. O servidor permanece servindo sempre que ele ou sua dupla ganhar o rali. 4) Serviço: - os saques, no Badminton, sempre são realizados na diagonal, como no tênis. No exemplo abaixo, o jogador A saca para o jogador X. O serviço, tanto no jogo de simples quanto no de duplas, inicia-se pelo lado direito da quadra de quem serve que deve lançar a peteca obliquamente sobre a rede, para o seu lado esquerdo da quadra adversária - Vencendo o ponto, continua servindo o mesmo jogador, devendo inverter a sua posição na quadra. Servirá, então, na sua esquerda para o seu lado direito da quadra adversária. Havendo perda do ponto, o serviço passa para o lado adversário. - o recebedor não deve se mexer até que quem serve golpeie a peteca. Quem serve tem que: manter parte de ambos os pés numa posição imóvel no chão; acertar a base da peteca primeiro; a peteca inteira ficará abaixo da linha de cintura no instante em que é golpeada; o cabo da raquete do servidor no instante em que a peteca é golpeada apontará para baixo; o movimento da raquete será contínuo até o final do serviço. 5) Durante o jogo: - se o jogador ganhar a disputa da jogada (rali), ele marca um ponto, mudando o lado do serviço e continuando a servir. Se ele perde o rali, seu oponente marca um ponto e passa a servir. Nos jogos em duplas, se a dupla servidora ganhar o rali, um ponto é marcado e o servidor muda de lado e continua a servir. Se eles perderem o rali, o serviço passa para a dupla adversária. 6) Servindo ou recebendo do lado errado: - se um erro de área de serviço for cometido, o erro não será corrigido e o jogo continuará sem mudança na área de serviço dos jogadores. 7) O let ocorre quando: - ocorre uma interferência de fora do jogo como, por exemplo, uma peteca de outra quadra que cai na sua quadra. 8) Será considerado falta: a) se o atleta (raquete ou roupa inclusive) encostar na rede enquanto a peteca está em jogo; b) se a peteca acerta o jogador, sua roupa, teto ou arredores da quadra; c) se a peteca cair fora das linhas da quadra (a linha é considerada parte da quadra); d) se o jogador invade ou acerta a peteca no lado oposto da rede (não vale 'carregar' a peteca); e) se a peteca for golpeada duas vezes do mesmo lado da quadra; f) se houver interferência com a peteca, mau comportamento ou 'cera', o jogador perde o serviço ou o oponente ganha um ponto; g) se o parceiro do recebedor receber o serviço; h) se o servidor faz o movimento e erra a peteca. - obs.: se a peteca acertar a rede e cair do lado oposto, o serviço é válido, desde que ela caia na área de serviço. 9) Fim do jogo: - os jogos são disputados num total três games. O vencedor é o que ganhar dois games primeiro. Em todas as modalidades, os games são de 21 pontos. Se houver empate em 20 pontos, vencerá aquele que abrir 2 pontos de vantagem. Havendo empate em 29, vencerá aquele que fizer 30 pontos. O jogador que venceu o primeiro game serve primeiro do outro lado da quadra no novo game. O ganhador do segundo game muda de lado e começa servindo no terceiro game. No terceiro game, o jogador muda de lado e continua servindo no décimo primeiro ponto. 10) Tempo durante o jogo: - sempre que o 1º jogador/dupla atingir 11 pontos um tempo de 60 segundo é concedido. Esta regra vale para qualquer game. - nos intervalos do 1º para o 2º game e do 2º para o 3º game (se houver) um intervalo de dois minutos é concedido. 11) Quadra: O badminton pode ser praticado ao ar livre, mas o ideal é que ele seja jogado em quadra coberta, onde não ocorram correntes de ar. Não é aconselhado também o uso de sistema de ventilação que movimente o ar, o que atrapalharia o jogo. O piso da quadra deve ser feito de material antiderrapante, e suas marcações serão feitas de cores facilmente identificáveis (branco ou amarelo). O espaço entre a quadra e as paredes que cercam o recinto não deve ter menos de 1m (até as paredes laterais), e de um 1,5m (para as paredes de fundo). A rede de badminton deve ficar a 1,55m de altura do chão. Ela deve ter uma trama bem esticada de forma que seus fios superiores fiquem no mesmo alinhamento dos postes. a rede pode ser fixada em postes ou em suportes fora da área da quadra. ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. Qual a diferença da pontuação do Tênis e Badminton? 2. Qual a diferença na execução do saque dessas duas modalidades? 3. Como saber a ordem correta do saque no tênis de mesa? 4. Utilizar ou Mudar alguma regra de uma modalidade com raquetes com um fim interdisciplinar. UNIDADE 3 – Materiais e Equipamentos: Raquetes, Bolas e Peteca Da mesma forma que se torna fácil a adaptação e construção de materiais, torna-se difícil a prática também com materiais de melhor qualidade nas três modalidades, já que a maioria dos materiais são importados e além da dificuldade de serem encontrados no comércio de uma forma geral, são acrescidos de pesados impostos de importação. Sendo assim, mostraremos características básicas dos materiais das três modalidades. 3.1 Equipamentos do Tênis A raquete de tênis é um dos implementos mais antigos. Atualmente as raquetes tem uma abertura na armação para reduzir a resistência do ar, com uma área de batida menor e corda mais fina. Os materiaisutilizados mais modernos são com fibra de carbono, a mesma utilizada em foguetes, possuindo várias medidas e modelos diferentes, de acordo com a preferência de cada jogador. A bola de tênis pode ultrapassar os 200 km/h em um saque, possuindo como material básico a borracha. É dividida em duas partes, as quais são coladas em alta temperatura e enchidas com nitrogênio em forma de gás. A cor amarela ou verde limão usadas nas bolinhas, auxilia a arbitragem para ajudar os árbitros na visualização das jogadas próximas as linhas que compõe a quadra de jogo. 3.2 Equipamentos do Tênis de Mesa Podemos encontrar as raquetes de tênis de mesa para três fins específicos: lazer, iniciação e competição. As raquetes para lazer são as mais baratas e em geral não produzem matérias capazes de imprimir velocidade e efeito a bola. As raquetes de iniciação, já são vendidas com os revestimentos, possuem velocidade e viscosidade (responsável pelo efeito) suficiente para aprendizagem dos primeiros golpes do tênis de mesa. As raquetes de competição são divididas em duas partes: a madeira e o revestimento (borracha). As melhores raquetes são vendidos separadas o revestimento e a madeira. De acordo com a regra, a madeira constituirá ao menos 85% da área da raquete, sendo possível a composição de outros tipos de materiais como fibras de carbono ou de vidro. O tipo de árvore a qual foi extraída a madeira, o número de lâminas e a disposição dessas darão característica ao implemento. Essas possibilidades terão como repercussão maior a velocidade. Em geral, os fabricantes descrevem em suas embalagens as características de cada madeira. A madeira deverá variar de acordo com o estilo do jogador. Mesatenistas ofensivos possuem madeiras mais rápidas, enquanto os defensivos possuem as mais lentas, pois possuem o objetivo de desacelerar o jogo. As regras do tênis de mesa obrigam que os jogadores se utilizem de revestimentos, também podendo serem chamados de borrachas. De acordo com a regras, esses revestimentos devem possuir o símbolo da ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa) para que possam ser utilizados no jogo. As propriedades de atrito e composição do revestimento da borracha, bem como a dureza da esponja, influenciam diretamente as possibilidades de se imprimir efeito na bola. Logo, as combinações entre os revestimento, denotam as possibilidades de efeito, velocidade e controle das borrachas. A camada mais externa do revestimento é chamada de borracha e a mais interna de esponja. A borracha pode ser com pinos externos e com pinos internos. Quando apresentam os pinos externos por possuírem menos atrito, eles diminuem as possibilidades de se imprimir efeito à bola, pois neste tipo o atrito é menor. A camada exterior dos revestimentos de pinos externos são denominadas de lisas, podendo apresentar superfícies com viscosidade (própria para imprimir efeito) e anti-spin (para anular o efeito). Cada mesatenista deverá procurar a combinação correta de acordo com o seu estilo de jogo. A bola de tênis de mesa possui classificações para a sua prática, sendo classificada por estrelas. Bolas uma estrela são apropriadas para treinamento, enquanto que as bolas de três estrelas são ideais para competições. 3.3 Equipamentos do Badminton O badminton se caracteriza como um jogo que não apenas se utiliza de raquetes, mas principalmente pela utilização da peteca. A peteca pode ser de material sintético ou de plumas. Sintética sendo utilizada para a iniciação e a de plumas para o nível competitivo. As petecas sintéticas são mais baratas e mais duráveis, as de penas não duram muito, devido aos fortes golpes. A velocidade da peteca está ligada com o tamanho e a temperatura e umidade do local onde o badminton será jogado, ou seja, terá influência direta da resistência do ar. A raquete pode ser metálica ou de carbono, variando o peso e flexibilidade, sendo o carbono mais leve e mais flexível. As cordas feitas de fibra sintética ficam presas na armação da raquete. As cordas deverão ter a pressão adequada, não devendo ser muito frouxas e nem muito apertadas. Com os cuidados devidos, um encordoamento bem feito pode durar de dois a três anos. O preço da raquete também é variável e de uma forma geral, raquetes de qualidade inferior são as mais baratas. Os cuidados são muito importantes com as mesmas, pois o calor e a umidade, podem danificar as mesmas. ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. Caracterize o equipamento de cada modalidade com raquete. 2. Que tipo de materiais podemos construir para se iniciar cada modalidade com raquetes? UNIDADE 4 – O Ensino dos Esportes com Raquetes 4.1 Educação Psicomotora Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. A psicomotricidade está relacionada com o processo de maturação, no qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas, sendo sustentada pelo movimento, intelecto e afeto. Para Martins e Camargo (1999), alguns aspectos são fundamentais para o desenvolvimento motor: Percepção: é a habilidade do indivíduo de ligar significados aos objetos, acontecimentos e situações. Equilíbrio: é a habilidade de assumir e manter qualquer posição contra a ação da gravidade. A continuidade do equilíbrio resulta da interação dos músculos que trabalham para manter o corpo sobre sua base. Lateralidade: é a interiorização da noção da diferença entre direita e esquerda. É a habilidade de controlar os dois corpos juntos ou separadamente e é a base motora dos conceitos de espaço. Imagem do Corpo: é o conceito que o indivíduo tem de seu próprio corpo e suas partes. Tal conceito envolve o conhecimento de: - a estrutura física do corpo e suas partes; - os movimentos e funções do corpo e de suas partes; - a posição do corpo e suas partes em relação umas às outras partes e aos outros objetos. Auto Imagem: envolve o conceito psicológico de como a criança percebe a si própria como pessoa. É a auto avaliação de seu valor e mérito pessoal. Associação Visual Motora: diz respeito à habilidade de integrar satisfatoriamente respostas visuais e motoras na forma de uma ação física. Permite que o indivíduo controle os movimentos e desloque-se fácil e regularmente de um lugar para outro. Coordenação: é a habilidade do corpo de integrar a ação dos músculos de maneira a executar um movimento específico ou uma série de movimentos comuns da melhor forma possível. De acordo com o envolvimento de seguimentos corporais, se apresenta em: - Coordenação Motora Grossa - resulta do desenvolvimento do esqueleto ou dos grandes músculos para produzir o movimento total e eficiente do corpo. - Coordenação motora fina (uso dos pequenos músculos) é resultante do desenvolvimento dos músculos a ponto de ser possível realizar pequenos movimentos específicos (cortar, escrever, pegar, etc.) Movimento de Locomoção: são os movimentos básicos executados quando nos deslocamos de um lugar para o outro (andar, correr, pular, etc.). Movimentos Uniformes: são habilidades motoras executadas consecutivamente por um número de vezes ou que tem continuidade por um período de tempo. Orientação Espacial: diz respeito à habilidade de escolher um ponto de referência para estabilizar funções e organizar objetos numa perspectiva correta. Envolve o conhecimento do corpo e sua posição, bem como as posições das outras pessoas e objetos em relação a um determinado corpo no espaço. Direcionalidade: é a noção de espaço fora do corpo e envolve: - conhecimento das direções em relação à direita e esquerda, dentro e fora e para cima e para baixo; - a projeção da pessoa no espaço;- a avaliação das distâncias entre os objetos. Coordenação Entre os Olhos e Mãos: se refere à habilidade de usarmos ao mesmo tempo tanto os olhos quanto as mãos para executarmos uma tarefa. Coordenação Entre Olhos e Pés: diz respeito à habilidade de usarmos ao mesmo tempo tanto os olhos quanto os pés para executarmos uma tarefa. Mira Ocular: é a habilidade dos olhos de trabalharem juntos seguindo (localizando) um objeto em movimento ou de focalizar de um objeto a outro. Cinestesia: é a noção que se tem do movimento muscular e o gasto de energia ao executarmos uma habilidade. Habilidade de Percepção Motora: são aquelas que indicam a interligação entre os processos perceptivos ou sensórios e atividade motora ou a habilidade do indivíduo de receber, interceptar e responder corretamente tanto os estímulos externos quanto externos. A aprendizagem da percepção motora envolve todos os sentidos da visão, audição, tato, paladar, olfato bem como envolve o desenvolvimento dos movimentos de cinestesia. Exploração do Movimento: é o método de ensino de Educação Física que se vale da liderança do professor, da descoberta por parte do aluno e da resolução de problemas. Educação do Movimento: é aquela parte do processo educativo total que resulta em respostas de movimentos humanos expressivos e eficientes. Envolve tempo, espaço, energia e fluxo, elementos básicos do movimento. 4.2 Jogos Pré-desportivos São jogos com intuito de fornecer entretenimento com estímulos físicos e mentais, apresentando estruturas semelhantes aos dos esportes. São providos de adaptações, em geral do desporto formal e visam principalmente a ação com crianças, no qual o importante é termos uma intencionalidade na prática pedagógica. Jogo de Peteca: Trata-se de um desporto individual ou de duplas parecido com o tênis e com o vôlei de praia. Para jogar precisamos de uma peteca e uma quadra com rede. Lembrando que o Badminton possuis as próprias medidas da quadra, altura da rede, etc., mas se pode começar o seu aprendizado através de um jogo de peteca. Neste jogo, a peteca é arremessada ao ar de um jogador para o outro, tendo uma rede de vôlei no centro. O objetivo é fazer com que a mesma toque o solo numa área definida. Uma outra forma de se praticar esta atividade, é jogar a peteca em roda entre os colegas sem deixá-la cair no chão. Jogo de Frescobol: Também pode-se ter uma outra vivência prática para começar o aprendizado do badminton, é através do frescobol. Esse jogo pode ser utilizado para o aprendizado de outra modalidade esportiva além do badminton que é o tênis. É preciso duas raquetes de madeira ou fibra e uma bola de borracha. Basta posicionar-se de frente para o companheiro, mantendo uma distância de 8 metros, aproximadamente, segurar a raquete para acertar a bola e mandá-la para o seu colega rebater. O jogo é interrompido quando a bola cai no chão. Aula Psicomotora: Para utilizar essas atividades, podemos utilizar bolas maiores, mesmo sem as raquetes e estimular a criança a desenvolver movimentos e contatos diferentes com a bola. Pode-se fazer também trabalhos em duplas para se rolar a bola. Jacaré no Rio (Idade 5-6 anos): Os alunos deverão estar um de frente para o outro, devendo o chão estar marcado e cada um com uma raquete e a dupla com uma bola. O “jacaré” deverá passar pelo meio do “rio” e as crianças tentarão acertá-lo rolando a bola com a raquete. Para aumentar a dificuldade da atividade, o jacaré poderá alternar a velocidade. Rolando a Bola (7-8 anos): As crianças podem ser divididas em duplas e separada por uma rede, porém geralmente com um barbante para que a bola possa passar por debaixo da rede. As crianças deverão rolar a bola e antes de golpear novamente deverão parar a bola em uma ação anterior. A criança pode se utilizar de formas diferentes de parar a bola. Progressão Instantânea do Rali: Cada criança deverá ficar com sua raquete e bola. Após isso deverá golpear e bola e deixá-la tocar no solo, ao dominar essa fase deverá fazer o mesmo em duplas. Uma nova progressão é feita com uma linha para separar a dupla, conduzindo após essa etapa para o jogo com redes, podendo depois ser colocados alvos na quadra. Aquecimento Dinâmico (7-8 anos): As crianças são espalhadas pela quadra e cada uma com uma bola para manusear. Deverão utilizar as mãos direita e esquerda para pagar lançar e pegar, alternando velocidade, altura e tempo de lançamento. A sincronia com o movimento dos pés também se torna importante. Podendo algumas vezes fazer movimentos lentos com as mãos e rápidos com os pés e vice-versa. Outras variações também podem ser feitas como passar entre as pernas, jogar muito alto, quicar. Voleio em Círculo: Os alunos ficarão em círculo cada um com sua raquete e deverão volear a bola sem deixar cair. O professor pode lançar o desafio da maior quantidade de golpes sem deixar a bola cair. 4.3 Temas Transversais Eles não são disciplinas, são temas auxiliares das aulas e permeia as aulas. A ideia da utilização dos temas transversais é de construir conceitos e não apenas coletar informações a respeito. Deve ser ministrado em um processo contínuo de acordo com o planejamento das aulas. A ideia básica é a de incluir questões sociais ao currículo escolar. Os temas transversais nas aulas de Educação Física devem ser explorados para estimular a reflexão e, contribuindo para a construção de uma visão crítica em relação à prática e aos valores inseridos na disciplina e no meio social. Os objetivos dos temas transversais no ensino fundamental apontam a necessidade de que: - os alunos se tornem capazes de eleger critérios de ação pautados na justiça; - detectar e rejeitar a injustiça quando ela se fizer presente; - criar formas não - violentas de atuação nas diferentes situações da vida. Tomando essa ideia central como meta, cada um dos temas traz objetivos específicos que os norteiam. De acordo com os PCNs, os Temas Transversais são: Ética: Reflete a preocupação para que a escola realize um trabalho que incentive a autonomia na constituição de valores de cada aluno. São quatro blocos temáticos principais: - respeito mútuo, que deve ser exercido na interação com adversários; - justiça, onde presença de um “juiz”, as regras e os acordos firmados entre os participantes são formas de aprender a valorizar o sentido de justiça; - diálogo, comunicação e troca de informações entre os participantes; - solidariedade, quando é vivenciada se trabalha em equipe. A ética trabalha com valores e atitudes presentes na cultura corporal de movimento, além de aspectos morais do dia a dia em sociedade. Imaginemos uma aula sobre regras. Exemplo para a aplicação da ética como tema transversal: Fazer um jogo no qual os próprios alunos arbitrem. Pode-se fazer os seguintes questionamentos com os alunos: - Mesmo sem arbitragem, é possível o jogo ser guiado pelos jogadores? - Há mérito em vencer um ponto ou jogo sem merecer? - Em quais situações da vida não agimos com ética? Exemplo colar na prova. Saúde: Estresse, má alimentação e sedentarismo, são temas que podem ser abordados relacionados a saúde. Deve-se vincular a Educação Física ao cultivo da saúde e do bem-estar das pessoas. A escola tem a função de orientar o estudante com as noções básicas de higiene e saúde, lembrando-lhe que cada indivíduo deve ser responsável pelo seu próprio bem-estar. Temas complexos como uso de drogas, Aids e gravidez na adolescência também se inserem neste tema. A saúde desenvolve hábitos e atitudes de promoção, prevenção e recuperação individual e coletiva. Exemplo: Após uma aula de preferência com muita movimentação, podemos associar ao fato de necessitar se tersaúde para a pratica modalidade. Após a prática poderemos fazer perguntas do tipo: - Precisamos de boa saúde para jogar a modalidade ......? - Quais cuidados são importantes para a nossa saúde? Meio Ambiente: O contato da escola com áreas próximas, como parques e praças, abre oportunidade para a Educação Física abordar o tema do meio ambiente. Para o educador, o Meio Ambiente não se restringe ao ambiente físico e biológico, mas inclui também as relações sociais, econômicas e culturais. O objetivo é trazer reflexões que levem o aluno ao enriquecimento cultural, à qualidade de vida e à preocupação com o equilíbrio ambiental. O meio ambiente incentiva o aluno a colocar-se de forma crítica diante do mundo e a obter noções básicas sobre o tema e sobre a conservação do ambiente. Ao utilizarmos em uma aula, por exemplo, materiais recicláveis para desenvolver uma modalidade com raquetes. Poderemos abordar da seguinte maneira, em um momento de debate com os alunos: - Conseguimos dar um novo significado a esses materiais que seriam descartados? - Além de reaproveita-los que outros cuidados deveremos ter? - Como descartamos o lixo? O que seria correto para descartar o lixo? Orientação Sexual: A questão da Orientação Sexual em Educação Física parte do conhecimento do sexo oposto. É um trabalho de aproximação entre os sexos, que dá acesso à cultura corporal do outro. Ideias como a de que futebol é esporte para homens e ginástica rítmica é “coisa de menina” ainda se manifestam na sociedade e no cotidiano escolar. É um assunto polêmico, que envolve questões de foro íntimo, mas a escola tem o dever de orientar os alunos e esclarecer suas dúvidas a esse respeito. Aids, métodos contraceptivos, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a descoberta do próprio corpo e da sexualidade são questões que podem ser abordadas em sala de aula. Em aula abordando duplas mistas, por exemplo, podemos fazer um link para as questões acerca da Orientação Sexual, como: - Homens e mulheres podem fazer a prática juntos? - Por que as categorias devem ser separadas? - Na relação trabalhista, homens recebem mais que mulheres? Por que? Pluralidade Cultural: Adotar uma postura não preconceituosa e não discriminatória é a chave para atingir os objetivos da pluralidade cultural em Educação Física. Valorizar danças, esportes, lutas e jogos que compõem o patrimônio cultural brasileiro, originários das diversas origens étnicas, sociais e regionais. O desafio é respeitar os diferentes grupos e culturas que compõem o mosaico étnico brasileiro, incentivando o convívio dos diversos grupos e fazer dessa característica um fator de enriquecimento cultural. Como exemplo, pode-se realizar uma vídeo aula abordando pessoas de várias culturas jogando qualquer uma das modalidades com raquetes. Sugestões de perguntas: - O esporte tem o caráter democrático? - As regras dos esportes possibilitam igualdade entre os participantes? - A linguagem do esporte é universal? - A prática esportiva pode nos levar a outras culturas? - Como devemos lidar com as culturas diferentes da nossa? Trabalho e Consumo: O adolescente é alvo da publicidade de produtos esportivos. O professor pode ajudar seu aluno a analisar criticamente a necessidade de possuir determinado produto e, assim, criar a noção de consumo consciente. Momento oportuno para preparar os jovens para a sua inserção no mundo do trabalho e discutir temas como consumo, direitos, desemprego, entre outros. Exemplo: o professor pode abrir a discussão sobre até que ponto os produtos esportivos, dos tênis às vitaminas, são imprescindíveis para a prática esportiva. Segue algumas perguntas para discussão: - Como os atletas são profissionais? - Eles recebem apenas salários ou possuem outras formas de renda? - Uma raquete de tênis sofisticada é necessária para começar a jogar ou uma raquete improvisada serve para esse fim? ATIVIDADES COMPLEMENTARES 1. Construa e aplique uma atividade psicomotora dentro de características dos esportes com raquetes. 2. Jogue um jogo adaptado de iniciação de uma das modalidades com raquetes. 3. Aplica um tema transversal dentro de uma aula com o conteúdo de esportes com raquetes. UNIDADE 5 – Fundamentação Técnica A técnica consiste na melhor forma de execução dos movimentos necessários em determinado desporto. O domínio dos fundamentos técnicos permite uma melhoria no desempenho em qualquer modalidade desportiva e isso inclui as modalidades com raquetes. Muitos dos fundamentos possuem conceitos e significados iguais nas três modalidades. Diferenciando apenas a execução, a qual dependerá da particularidade de cada modalidade. A técnica das três modalidades olímpicas com raquetes decidimos dividir em quatro pontos, aos quais serão mostrados os pontos em comuns e as diferenças de cada modalidade. 5.1 Empunhadura da Raquete Das três modalidades, o tênis de mesa é o que possui uma maior dificuldade quanto ao entendimento e diversidade dos tipos de empunhadura das raquetes. De uma forma geral alguns conceitos prevalecem nas três modalidades. Quanto mais empunharmos nas extremidades dos cabos, mais teremos mobilidade no movimento do punho. Já se pegarmos mais perto da posição a qual se golpeia na bola/peteca, mais segurança teremos em acertar o implemento de jogo. No Badminton: a raquete sempre deve ser segurada de forma a manter o punho e o braço estendidos e tencionados. Isso é particularmente importante quando sacando baixo e em lances próximos à rede. Manter a cabeça da raquete bem para cima e pronta para qualquer tipo de golpe. Pulso - um pulso firme é usado no tênis, mas não no badminton. Mantenha o punho solto para conseguir melhor desempenho nos golpes. No Tênis: possui basicamente três formas de empunhar a raquete: Continental, Eastern e Western. A empunhadura continental É a empunhadura “universal”, utilizada na maioria dos golpes: slice, voleio, smash, lobby, deixadinha e nos três tipos de saque (slice, chapado e American Twist, que veremos num próximo post). Mova a mão para trás, deixando o polegar em posição diagonal. A cabeça da raquete deve ficar mais alta. A empunhadura eastern Esta é a empunhadura-chave, ou seja, a primeira a ser aprendida. É usada para drive ou forehand com top spin. Apoie a palma da mão no lado plano do cabo da raquete, para que o cabo e seu braço formem uma linha reta. Note que seu pulso/punho também deve ficar completamente reto. Com uma mão: mova a mão para trás para que a palma fique na parte plana do cabo e o braço quase forme uma linha reta. Feche os dedos com o polegar na diagonal atrás, e não paralelo ao cabo. Para golpear a bola, você vai usar as cordas opostas às do drive de direita. A empunhadura western Por ser mais inclinada que as outras empunhaduras, a Western também é boa para gerar efeito spin e bater as bolas altas, porém é mais difícil para golpear bolas baixas ou rápidas flat (chapadas). É importante ressaltar que a maioria dos treinadores prefere, para os iniciantes, a Eastern de direita e de esquerda e até a Semi-western por serem mais versáteis em relação à altura do ponto de contato, efeitos e potência de bola. O correto é utilizar cada uma das empunhaduras, mas assim como a escolha da raquete, elas dependem do estilo próprio de cada jogador. Caso tenha muita dificuldade, faça ajustes milimétricos na “pegada”, mas nada que mude radicalmente a maneira de segurar a raquete. Tênis de Mesa: A modalidade possui basicamente dois tipos de empunhadura: caneta e clássica. Na empunhadura clássica a raquete é empunhada de maneira a se parecer com um aperto demãos, na qual o indicador repousa sobre uma das borrachas. Os jogadores classistas utilizam os dois ladosda raquete com borrachas para golpear a bola. Possuem como pontos fortes a potência ao golpear de backhand e a facilidade no aprendizado inicial. Como pontos fracos, a dificuldade no ponto de troca entre forehand e backhand. Na empunhadura caneta o jogador segura a raquete de forma que se pareça com o manusear de uma caneta ao escrever. Jogadores caneteiros utilizam apenas um dos lados da raquete com borracha para golpear a bola. Tem como pontos a velocidade e força do forehand. Como ponto negativo, a necessidade de um excelente deslocamento de pernas, por utilizar com mais ênfase o forehand. 5.2 Noções de Efeito e Velocidade Antes de iniciarmos esse assunto é necessário deixar claro o conceito de efeito que nada mais é que imprimir giro a bola. Comumente se define como a “curva” feita pela bola, mas essa curva é uma consequência da aerodinâmica da bola quando está girando. Entende-se por velocidade a capacidade de realizar um movimento no menor tempo possível. Na maioria das modalidades esportivas a velocidade é vital quando há confronto com um adversário, o que é característica de todas as modalidades com raquetes. Quanto mais rápida for devolvida a bola/peteca, menos tempo o adversário terá para efetuar um golpe eficaz. Portanto, o grande segredo das modalidades com raquetes é o de diminuir o tempo de retorno, o que diminuirá as possibilidades de resposta do adversário. Em relação ao efeito, basicamente temos quatro tipos: para cima, para baixo, para direita ou para esquerda. Para cima: O jogador golpeia a bola de baixo para cima, a qual ganha velocidade e ao tocar no solo produz um ângulo menor ao de impacto. Em raquetes que não anulem o efeito, a tendência é de tocar na raquete do adversário e subir. Também pode ser chamado de topspin. Para baixo: O jogador golpeia a bola de cima para baixo, a qual perde velocidade aerodinâmica e ao tocar no solo tem a tendência de produzir um ângulo maior que o de contato, ao tocar na raquete do adversário a tendência é a de tomar o sentido do solo. Também pode ser chamada de backspin ou underspin. Para os lados: Primeiramente lembrando que é possível imprimir efeito para apenas um dos lados, direita ou esquerda. Esse tipo de efeito também pode ser chamado de lateral ou sidespin. Ao se imprimir o efeito a bola ao tocar o solo irá para o lado ao qual o efeito foi colocado, se colocado lateral para esquerda tocará o solo e irá para a esquerda do adversário. Caso toque na raquete do adversário e o mesmo não faça nenhuma ação para anular o efeito, a mesma terá a tendência de retornar do lado do jogador que imprimiu o efeito, se ele imprimiu para a direita a bola retornará para a direita. A utilização dos efeitos ajuda o jogador a prever as ações do adversário, pois dependendo do efeito o adversário terá facilidade ou dificuldade de rebater a bola. No badminton por não ser uma bola, as ações da peteca são menores do que em uma bola, pois o implemente não é uniforme e pela sua aerodinâmica a peteca não ganha velocidade ao girar. No tênis e principalmente no tênis de mesa o efeito é muito utilizado e é um diferencial de jogadores com maior nível de desempenho e de iniciantes. Dominar as técnicas para se imprimir efeito a bola e/ou as técnicas para se anular os efeitos é uma premissa para se jogar bem. Além dos efeitos que citamos, existe a possibilidade de combinarmos os efeitos: para cima e lateral (direita ou esquerda) ou para baixo (direita ou esquerda). É impossível combinar para cima e para baixo ou para direita e para esquerda ao mesmo tempo. De uma forma geral executar o movimento igual ao do meu adversário é uma forma de neutralizar o efeito ou forma eficaz é a de produzir um movimento mais rápido que o giro da bola, prevalecendo assim a última ação na bola. 5.3 Serviço e Recepção Das três modalidades com raquetes a única que não se possui uma grande vantagem em relação ao saque é o badminton. A regra e o implemento inviabilizam as vantagens que são observadas no tênis e no tênis de mesa. No badminton pela altura da rede, pela obrigatoriedade de golpear a peteca de cima para baixo e pela peteca não produzir tanto efeito quanto uma bola, o jogador deverá conhecer o adversário e procurar colocar a peteca em um posicionamento estratégico do adversário na zona para recepção do saque. Já no tênis de mesa as possibilidades de saque são mais complexas, pois o jogador poderá variar os efeitos com muita facilidade, além de poder sacar na direita, esquerda ou centro da mesa. Outra possibilidade de variação é a de sacar curto, médio ou longo. Para o tênis o jogador pode se utilizar de efeito também, principalmente o sidespin, para afastar a bola do recebedor, porém é na velocidade que o sacador ganha grande vantagem. O fato da bola ser golpeada em linha reta na direção do solo, faz do saque do tênis alcançar mais de 200 km/h. Quanto a recepção, dependerá do tipo de saque empregado pelo adversário, no qual o jogador dentro de seu repertório de golpes e de sua tática deverá escolher a resposta mais adequada para receber o saque. O certo é que o domínio da técnica, a leitura do gesto técnico do adversário, a escolha da técnica correta além do conhecimento do adversário são cruciais para se fazer uma boa recepção. 5.4 Fundamentos de Ataque e Defesa Diversos fundamentos nas modalidades com raquetes possuem o mesmo nome e significado, modificando uma pouco em sua execução. Grande parte dos nomes estão em inglês e faz necessário entender os significados para se compreender os golpes. Em geral, os golpes são realizados tanto de forehand (frente da mão), quanto de backhand (costas da mão). Essa terminologia é aplicada as três modalidades e nas demais modalidades com raquetes, por isso o seu significado não deverá confundido. São fundamentos do tênis: Saque/serviço – É o movimento que inicia o jogo, ou a disputa de um ponto. O jogador se coloca após alinha final, com um dos pés à frente solta a bolinha no ar desferindo um golpe com a raquete, em geral de cima para baixo (movimento de cortada ou “smash”), fazendo com que a bolinha vá em direção à área de serviço que está na diagonal da posição da qual o jogador executou o saque. Caso o jogador que recebe o saque não conseguir interceptá-lo, diz-se que o jogador sacador executou um “ace”, ou ponto direto de saque. Backhand - Pancada de esquerda para jogadores destros, batida com as costas da mão viradas para a frente. O jogador se coloca de lado para a quadra e golpeia a bolinha, estendendo o braço na finalização do movimento, girando o tronco ao mesmo tempo. Drive - Qualquer golpe dado no fundo da quadra. Dropshot ou Deixadinha - É um golpe dado com efeito cortado (underspin) ou lateral (sidespin) para que a bola aterrisse perto da rede do lado adversário. Forehand - Pancada de direita, batida com a palma da mão virada para fora. É justamente o contrário do Backhand. Lob ou Balão - Golpe dado sobre o adversário quando ele está próximo da rede. Pode-se dizer também que o lob é uma passada (passing shot). Slice/Fatiar ou Cortar - Golpe dado com a raquete quase na horizontal, como que "fatiando" a bola. É usado como recurso de defesa para quando não se está bem posicionado para executar um drive. Também é usado por muitos tenistas para fazer uma aproximação à rede ou simplesmente para quebrar o ritmo do adversário, que muitas vezes já espera uma bola veloz. Se for feito com força e de cima para baixo, produz uma bola de pouco ressalto muito difícil de responder. Smash - Golpe dado por sobre a cabeça, quando a bola vem alta do adversário. Topspin - Golpe com efeito que faz a bola passar alta sobre a rede para, em seguida, sofrer uma brusca descaída e tocar o campo de jogoadversário dentro da quadra. Como o próprio nome diz, esse efeito faz com que a bola suba (top) e ganhe velocidade ao tocar na quadra. Com esse efeito a bola viaja mais lentamente do que quando batida chapada ou, em inglês, flat. Este tipo de jogo é frequentemente usado em quadras de piso lento (saibro). Voleio - Ato de golpear a bola antes que a mesma toque a quadra. Geralmente é feito perto da rede. São fundamentos do tênis de mesa: Posição Fundamental - é a base corporal para todos os golpes/movimentos realizados por um jogador no Tênis de Mesa. Portanto, é um fator muito importante de assimilação por parte do aluno. Forehand Chapado - movimento de batida que não exige muita precisão, mas que dá oportunidades para o aluno aprender o balanço de trás para frente e vice-versa. Este balanço aparecerá em outros golpes ofensivos. Forehand Efeito - golpe à base de spin, muito giro da bolinha), exige muita precisão é de difícil assimilação; por esse motivo já deve ser trabalhado na iniciação. Backhand Push - Também conhecido como shoto, é um golpe de fácil assimilação, executado à frente do corpo, com a raquete empurrando a bola para o lado adversário. Backhand Efeito - é ainda mais difícil a sua assimilação, mas, também, fundamental para o futuro do aluno no Tênis de Mesa. Forehand e Backhand Chop - São golpes defensivos e de preparação para ataque, muito usado para jogo dentro da mesa e na recepção dos saques do oponente. Forehand e Backhand Bloqueios Passivos - Esses golpes são fundamentais para que o aluno possa se defender dos ataques de efeito do adversário. Serviço/Saques - Com efeito simples e combinados (para a direita, esquerda, para cima e para baixo). São fundamentos do Badminton: Clear - é um golpe defensivo básico do badminton. Deve ser alto e profundo. Alto para evitar uma interceptação precoce, dando mais tempo para o jogador se reposicionar em quadra e, profundo, para dificultar a resposta do adversário. Para acertar um clear defensivo, o jogador deve golpear a peteca quando esta estiver alta e um pouco à frente da sua cabeça, impulsionando a peteca para o fundo da quadra adversária, descrevendo- se uma parábola. O golpe também pode ser usado para o ataque quando o adversário se encontra em posição desfavorável esperando outro tipo de golpe, como um smash ou um drop-shot. Para tanto, o jogador deve acertar a peteca, quando esta estiver caindo, um pouco mais à frente da sua cabeça do que no clear defensivo, fazendo a peteca voar mais rápida e reta, indo direto para o espaço descoberto no fundo da quadra do adversário. Drop-shot - é um golpe ofensivo, dando ao jogador bons resultados com pouco dispêndio de energia. Para enganar o oponente, faz-se a mesma movimentação usada no clear defensivo, acertando a peteca quando esta estiver exatamente em frete da sua cabeça, reduzindo a velocidade do braço num espaço pequeno antes de acertar a peteca (aprox. 30cm), forçando esta a uma trajetória descendente, devendo esta cair, invariavelmente, logo após a rede, dificultando o próxima jogada do adversário. A velocidade do drop-shot pode variar dependendo do posicionamento na quadra. Um drop-shot rápido na rede é sempre difícil de se devolver. Smash - é o golpe mais ofensivo, e portanto, o mais importante do badminton, é o vencedor de ralis, o clímax de vários golpes anteriores. O sucesso do golpe depende de vários fatores como o ponto de impacto da peteca, a altura, o timing etc. Observar jogadores mais experientes é uma ótima prática para quem quer melhorar o desempenho. Drive - é um golpe ofensivo, mais usado nos jogos de dupla, desferido rapidamente, geralmente das laterais. Seu objetivo direcionar a peteca, rapidamente, na direção do jogador adversário ou num espaço descoberto pela dupla oponente. O jogador se posiciona de lado para rede e, deixando peso no pé de apoio, prepara o golpe levando a raquete para trás, abrindo o braço, mantendo a raquete na altura do ombro. Ao mesmo tempo gire o corpo, terminando o movimento de frente para rede, deixando o peso fluir no golpe e no pé dianteiro. Lob - Na verdade, o lob é um golpe desferido de baixo para cima usado para devolver a peteca quando esta cai bem abaixo da fita da rede e próxima a esta. O seu objetivo é de colocar a peteca alta e profunda na quadra adversária, dando tempo para a recuperação do atleta. O lob, em outras palavras, é como um clear, golpeado de baixo para cima. Este golpe e dado próximo a rede, assim, não acerte com força a peteca, mas "conduza" ela, com elegância, para o fundo da quadra adversária. Push - Nos jogos de badminton, é normal acontecer da peteca ser "empurrada" de volta para a quadra adversária quando a resposta de um golpe acontece um pouco acima da rede. Como o push é jogado perto da rede, qualquer indecisão pode acarretar um erro. Para o bem do dissimulação, este golpe e jogado com a mesma ação do drive, sendo que a peteca deve ser golpeada com menos força para que caia entre os jogadores da dupla adversária. REFERÊNCIAS BINOTTI, Carlos. O Ensino do Tênis - Novas Perspectivas de Aprendizagem. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BADMINTON. Disponível em: <http://www.badminton.org.br/>. Acesso em 31/10/2016. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS. Disponível em: < http://cbt- tenis.com.br/>. Acesso em 31/10/2016. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TÊNIS DE MESA. Disponível em: <http://www.cbtm.org.br/>. Acesso em 31/10/2016. DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação Física Na Escola: Implicações Para a Prática Pedagógica. Grupo Gen- Guanabara Koogan, 2000. ISHIZAKI, Márcio T. Tênis - Aprendizagem e Treinamento. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2009. MARINOVIC, Welber; LIZUKA, Cristina A; NAGAOKA, Kelly Tiemi. Tênis de Mesa. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2006. MARTINS, M.; CAMARGO, F. E. B. "Aprendendo o tênis de mesa brincando." (1999). NACIONAIS, Parâmetros Curriculares. "Secretaria de Educação Fundamental." Brasília: MEC/SEF 1998 (1997): 2000. FARIA, Eduardo. Tênis e Saúde: guia básico de condicionamento físico. 1. ed. São Paulo: Manole, 2002. FONTOURA, Fernando. Tênis para todos. 1. ed. São Paulo: Phorte, 2003. American Sport Education Program. Ensinando Tênis para Jovens. 1. ed. São Paulo: Manole, 1999. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO – SEED. Teniscol – O tênis de campo adaptado a escola, 2008. ZATSIOSKY, VM. Biomecânica no esporte - Performance do Desempenho e Prevenção de Lesão. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. FOSS, ML; KETEYIAN, SJ. Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
Compartilhar