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Mesa cirúrgica e instrumentos cirúrgicos

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Página 1 de 28 
 
Mesa e Instrumentos cirúrgicos 
Disciplina: PM IV 
Professora: Rosângela 
DATA – Prof. 26/08/2020 
Diretor: Ewerton 
Parte 1 – Epitácio Sá 
 
 
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Centro cirúrgico é uma unidade restrita, pois é um local com recursos humanos, 
materiais e de equipamentos adequados com objetivo de realizar o ato anestésico-
cirúrgico com segurança para todos envolvidos. Esses procedimentos podem ter cunho 
terapêutico ou diagnóstico. Um exemplo de procedimento diagnóstico é a 
cineangiocoronariografia (cateterismo). Já o tratamento do infarto é a angioplastia, que 
também é realizada em centro cirúrgico 
1 ilustração de um cateterismo 
Quando o médico solicita à equipe 
de enfermagem uma sala para um 
procedimento, mediante classificação 
deste, é estabelecido o local adequado para 
sua realização. Uma característica 
importante no sítio cirúrgico, é o potencial 
de contaminação, pois um problema de 
infecção pode ocorrer imediatamente após 
o procedimento, manifestando os sinais 
clássicos de inflamação: dor, rubor, calor e 
edema. 
 
Parte 2 – Fernanda Andrade 
 
Dentro da contextualização da paramentação para o centro cirúrgico, nós temos as 
áreas dentro do bloco cirúrgico; dentro do mesmo considerado pela RDC, um decreto que 
é extremamente rígido, uma norma regulamentadora que desde 2012 colocou essas regras 
de forma bastante sistemática e organizada, mantendo um protocolo que deve ser seguido 
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com o intuito de manter seguro o ambiente do centro cirúrgico. Essa é uma maneira de 
manter a biossegurança. A biossegurança é uma área de conhecimento definida pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como: “condição de segurança 
alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar 
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio 
ambiente”. 
Dessa maneira existem áreas que são zoneadas e bem delimitadas quanto a maneira 
de se portar e de se proteger, e são classificadas de acordo com suas especificidades: não 
crítica, semicrítica, restrita e subrestrita. 
 
De acordo com a Associação Brasileira de Centro Cirúrgico (SOBECC), elenca-se 
que a área não critica é aquela que há a circulação livre de pessoas, como corredores 
externos, recepção do bloco cirúrgico, secretária, elevadores e vestiários, ou seja, tudo 
que não tem contato com quem está envolvido com o procedimento ou o material e 
instrumental. 
Local de troca de maca, por exemplo, a maca que circula fora do hospital tem um 
limite a ser respeitado para ser trocada, ou seja , até a área não crítica, uma vez que esta 
foi manuseada por muitas pessoas e circulou em muitos lugares de altos níveis de 
contaminação (corredores, ambientes domiciliares, ambulância). Desta área para dentro 
não pode ser a mesma maca, ocorre uma mudança para adentrar ao centro cirúrgico, que 
vai passar a ser semicrítica e critica. 
 
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Já dentro do centro cirúrgico, é permitida a circulação de pessoas e equipamentos 
que não comprometa a assepsia cirúrgica. 
OBS.: Assepsia é o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes 
patogênicos no organismo. Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas 
ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-
organismos em superfície. 
Nessa área, devemos usar calçados adequados e EPIS próprios e ter bastante 
cuidado. É onde se encontra o repouso médico, copa, sala de recuperação pós anestésica, 
farmácia, ou seja, devemos garantir a assepsia nessa área. 
 
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Para entrar no bloco cirúrgico, deve-se ter o cuidado de tirar a roupa externa, 
reservar em um armário, e colocar o pijama cirúrgico (ele não deve ser colocado por cima 
da roupa de uso externo). Se todos esses cuidados forem seguidos, o índice de 
contaminação e infecção de superfície de pele decai bastante, reduzindo drasticamente as 
infecções hospitalares. As estatísticas da CCIH (Comissão de controle de infecção 
hospitalar) observam essa queda. 
Portanto, alguns cirurgiões têm preferência por certos hospitais por conhecer os 
critérios impostos aquela rede hospitalar, e que lá eles são seguidos, garantindo segurança 
aos procedimentos realizados naquela unidade. E isso é mantido pela equipe da equipe de 
enfermagem que mantem os cuidados assépticos específicos naquela área. 
OBS.: Infecção hospitalar ou infecção nosocomial é toda infecção (pneumonia, infecção 
urinária, infecção cirúrgica...) adquirida dentro de um ambiente relacionado à saúde 
(hospitais, unidades básicas, asilos...). A maioria das infecções hospitalares são de origem 
endógena, isto é, são causadas por microrganismos do próprio paciente. Isto pode ocorrer 
por fatores inerentes ao próprio paciente 
Devemos ter em mente que esses decretos regulamentados são leis, e como tal, 
devem ser seguidos a fim de garantir segurança a prática médica (como exemplo das 
máscaras, que devem cobrir tudo cavidade oral e nasal). No que diz respeito a área crítica 
e a degermação cirúrgica, esta ocorre no lavabo, que é uma sala onde ocorre a lavagem 
de mãos para entrada no centro cirúrgico, e não é local de circulação de todos, apenas 
quem vai instrumentar e operar. 
 
 
 
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Parte 3 – Gabi Góes 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
Os tempos cirúrgicos são procedimentos consecutivos realizados desde o início 
até o término da cirurgia. De um modo geral, as intervenções cirúrgicas são realizadas 
em quatro tempos básicos, de acordo com a etapa do procedimento a ser realizada pelo 
cirurgião 
Após a colocação do paciente em mesa e seu posicionamento adequado de acordo 
com o procedimento. É o procedimento sequencial utilizado para manipular os tecidos no 
ato operatório. 
QUATRO TEMPOS BÁSICOS 
É possível observar em qual tempo está a cirurgia por meio da visualização dos 
instrumentos utilizados. 
DIÉRESE 
É o momento da abertura do tecido que vai do superficial até a região que será 
operada. Constitui a secção tecidual e propicia o campo operatório ou liberação de 
estruturas anatômicas. 
Pode ser realizada por: 
• Secção: ato de cortar – utiliza-se tesoura, bisturi elétrico; 
• Divulsão: separação dos tecidos – utiliza-se pinça e afastadores; 
• Punção: uso de trocater em VDL; 
• Dilatação e serração: serras ósseas. 
 
HEMOSTASIA 
A partir do momento em que há sangue, realiza-se a hemostasia com o objetivo de 
impedir o sangramento. São as medidas adotadas pelo cirurgião para prevenir, deter ou 
coibir o extravasamento sanguíneo no período intraoperatório. Podem ser de três tipos: 
• Natural ou espontânea: ocorre o fechamento espontâneo dos vasos seccionados em uma 
incisão; 
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• Temporária: diminui ou contém o fluxo sanguíneo durante o ato cirúrgico, e é feito por 
meio de pinçamento, garroteamento, ação farmacológico (ligas medicamentosas, por 
exemplo, já que existem ligas que, além de garrotear, contém antibióticos para serem 
liberados com X dias), parada circulatória e oclusão endovascular; 
• Definitiva: interrompe de modo definitivo a circulação do vaso e se dá por meio de 
ligadura, cauterização, sutura, obturação ou tamponamento. 
Na fase da hemostasia, todos os materiais utilizados (fios, elásticos, pinças e ligas) 
necessitam ser estéreis, com o seu devido controle de qualidade e código de barras. 
Garroteamento de ação farmacológica: bastante usado em cirurgia cardíaca, tendo como 
exemplo os stents usados na angioplastia que possuem heparina como fármaco, 
realizando o garroteamento e a hemostasia. 
 
EXÉRESE 
A cirurgia propriamente dita. É quando se realiza a retirada de um tecido ou de um 
tumor, onde o paciente sairá curado ou potencialmente curado. Para que essa retirada 
ocorra é necessário afastadores, mecânicos ou de tração. Ex.: retirada do útero em uma 
histerectomia. 
SÍNTESE 
O fechamentodo tecido, onde se realiza a junção das bordas, que precisa ser 
executada de forma harmônica, respeitando as bordas dos tecidos e a força radial da pele. 
Após a cirurgia, todo paciente sai do centro cirúrgico com seu boletim de sala e com todos 
os marcadores biológicos. 
OBS.: cuidado ao realizar a sutura de um paciente. Os pontos devem ser simétricos e 
realizados com cuidado, para que não tenha uma péssima cicatrização. 
 
 
 
 
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Parte 4 – Liziane Rachel 
SUTURA 
Acerca da sutura, é necessário que os pontos sejam dados de maneira simétrica, 
evitando que o paciente necessite de uma cirurgia plástica para corrigir a cicatriz. 
 
Pergunta: Como uma parada circulatória serve como hemostasia? 
Resposta: Em uma cirurgia cardíaca em que o médico não queira uma gota de sangue no 
local a ser operado, como por exemplo na troca de uma valva cardíaca, faz-se a parada 
circulatória através da hipotermia severa, utilizando a CEC (circulação extra corpórea), 
onde uma máquina substitui a ventilação cardiopulmonar. 
 
Pergunta: No caso em que não há retirada de material e sim introdução de um material, 
como uma prótese mamaria, qual seria o tempo cirúrgico? 
Resposta: Os quatro tempos podem se entrelaçar. Temos como um exemplo a inserção de 
uma prótese mamaria, onde muitas vezes o médico está fazendo a hemostasia, fazendo a 
base com telas e preparando a musculatura para ser ancorada a prótese. Ao mesmo tempo 
está ocorrendo a inserção da prótese quando ele realiza a hemostasia, ou seja, não é uma 
retirada e sim uma inserção, ele vai começar a inserir ou na hemostasia ou quando ele 
achar que toda aquela área está lavada, sem a existência de sangramento. 
 
Parte 5 – Isadora Fonseca 
Antes de realizar a síntese, no protocolo de cirurgia segura, encontra-se o lembrete 
de que, antes de suturar o paciente, o cirurgião , o instrumentador e o circulante precisam 
se comunicar efetivamente para que haja a certeza de que, antes de fechar a cavidade, 
todos os objetos presentes sejam do paciente, ou seja, deve ser feita a contagem de todos 
os materiais utilizados durante a cirurgia para que possa ser certificado que nenhum corpo 
estranho ficou acidentalmente alojado no corpo do paciente. 
ORGANIZAÇÃO DOS TEMPOS CIRÚRGICOS NA MESA 
Para que todos os tempos cirúrgicos sejam organizados, é necessário que eles sejam 
ordenados na mesa, com os instrumentais dispostos, então, da direita para a esquerda e de 
baixo para cima. Dessa forma, o instrumentador localiza-se embaixo, olhando para o 
cirurgião. 
 
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No quadrante inferior direito, nessa organização, irão se encontrar todos os 
instrumentos relacionados à diérese, como bisturi, cabo de bisturi, lâmina de bisturi, 
tesouras de diferentes pontas, além de instrumentais específicos de acordo com a cirurgia 
realizada. 
Seguindo o curso cirúrgico, segue-se também a disposição dos materiais na mesa, 
assim, na secção de preensão, encontram-se alguns afastadores e pinças que, mais tarde, 
irão auxiliar na hemostasia e exposição, sendo, o último, o quadrante superior esquerdo, 
o qual contém diferentes tipos de afastadores que têm como objetivo melhorar a 
visibilidade da área cirúrgica para a realização de procedimentos, por exemplo. 
OBS.: Os quadrantes da preensão e hemostasia estão intrinsecamente relacionados e, por 
isso, alguns instrumentos presentes na área denominada “preensão” auxiliam na 
hemostasia, como algumas pinças. 
 
Parte 6 – Ítalo Miranda 
Dentre os “materiais especiais” dispostos na mesa cirúrgica, tem-se as cubas e 
afastadores específicos (afastadores usados em cirurgias oftalmológicas, por exemplo). 
Por último, a “síntese” que é o local destinado para colocação dos fios de sutura, cabos, 
porta-agulhas e cola biológica, dentre outros. 
OBS.: O bisturi elétrico é colocado no espaço destinado ao material de hemostasia. 
 
 
 
 
 
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SALA DE CIRURGIA: 
OBS.: A passagem de material do instrumentador deve respeitar ao máximo os princípios 
de segurança, principalmente, em relação aos perfurocortantes. Dessa forma, se o 
instrumentador deve passar o bisturi cirúrgico, ele entrega ao médico o lado que tem a 
conexão com o cabo. 
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS: 
O número de microrganismos presentes no tecido a ser operado determinará o 
potencial de contaminação da cirurgia. Essa classificação vem sendo modificada ao longo 
dos anos, porém, mantem seus conceitos essenciais – e determina o risco de infecção ao 
qual o paciente é exposto ao se submeter à cirurgia. 
A classificação da ferida operatória deve ocorrer no momento da realização da 
cirurgia, e ser realizada por um profissional envolvido no ato cirúrgico, ou seja, circulante 
de SO, enfermeiro ou cirurgião. 
De acordo com a Centers for Disease Control and Prevention (CDC), essa 
classificação é dada em quatro categorias: cirurgia limpa, cirurgia potencialmente 
contaminada, cirurgia contaminada e cirurgia infectada. 
OBS.: As salas de cirurgias estão separadas de acordo como o potencial de contaminação. 
CIRURGIAS LIMPAS 
O procedimento cirúrgico em que não foram encontrados sinais de inflamação (dor, 
rubor, calor e edema). Além disso, para efeitos de classificação, para feridas operatórias 
limpas, admite-se somente o uso de sistema de drenagem fechadas, quando necessário 
(por exemplo, a drenagem de líquido do ventrículo cerebral é feita em um sistema fechado 
e o manuseio do dreno é competência do médico e do enfermeiro). 
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São procedimentos limpos e em órgãos que não representam potencial de 
contaminação. Por exemplo: cirurgias neurológicas, cardiológicas e vasculares. 
CIRURGIAS POTENCIALMENTE CONTAMINADAS 
Feridas operatórias de cirurgias contaminadas em que o trato respiratório, 
alimentar, genital ou urinário são manipulados sob condições controladas e sem 
contaminação não usual. 
Especificamente: procedimentos envolvendo orofaringe, trato biliar apêndice e 
vagina são os mais comuns. Estão incluídos, ainda, procedimentos em que foram 
encontradas evidências de infecção e ausência de quebra de técnica asséptica. 
Nesses casos, o procedimento deve minimizar os riscos de infecção. Para isso, trata-
se a pele do paciente e administra-se, por exemplo, antibióticos que evitem uma potencial 
contaminação. 
CIRURGIAS CONTAMINADAS 
Feridas resultantes de procedimentos envolvendo traumas abertos recentes, como 
os acidentes automobilísticos. Podem ocorrer em cirurgias com quebras importantes da 
técnica asséptica (contaminação da luva, por exemplo) ou com importante 
extravasamento do conteúdo proveniente do trato gastrointestinal, respiratório ou 
geniturinário, assim como em incisões que encontrem inflamação aguda não purulenta, 
incluindo tecido necrótico sem evidência de exsudato purulento; 
Existe a possibilidade de ter sinais flogísticos associados. 
 
Parte 7 – Ívina Negreiros 
CIRURGIAS INFECTADAS 
São as cirurgias que apresentam feridas traumáticas antigas (acima de 2 horas, 
podendo ser dias, meses), com tecido desvitalizado (sem vida, necrosado) e, aquelas que 
envolvem infecção clínica existente ou víscera perfurada. 
Alguns exemplos encontrados na internet: apendicectomia supurada, debridamento 
de lesão por pressão com tecido desvitalizado. 
 
 
 
 
 
 
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INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) 
Neste tema vemos algumas maneiras sistemáticas e métodos conhecidos para 
minimizar o risco de infecção do sítio cirúrgico. 
As infecções cirúrgicas podem ser ocasionadas por dois tipos de fatores, os 
endógenos e os exógenos. Os endógenos são provenientes do próprio paciente e os 
exógenos não estão relacionados ao paciente, podem estar associados à equipe cirúrgica, 
a equipamentos, entre outros. 
 
PRÁTICAS RECOMENDADAS 
Encontramos informações sobre as práticas de cirurgia no Protocolo de Cirurgia 
Segura e na Organização Mundial da Saúde (OMS).Página 13 de 28 
 
 
OBS.: Tricotomia é a retirada dos pelos, de preferência por um profissional preparado e 
com duas horas de antecedência. 
OBS.: O banho pré-operatório é realizado com degermantes específicos, não é 
recomendado o uso de sabonetes de uso comum. 
 
Parte 8 – Izabelle Pacheco 
Além das práticas citadas anteriormente, deve-se realizar o seguinte checklist com 
o objetivo de garantir que procedimento seja realizado conforme o planejado, atendendo 
aos seguintes pontos: 
• Identificação correta do paciente e presença de toda a equipe cirúrgica, ou seja, sempre 
identificar o paciente pelo nome COMPLETO, sendo essa “checagem” feita por todos da 
equipe; 
• Confirmação do procedimento a ser realizado e planejamento de acesso respiratório e da 
necessidade de transfusão de sangue; 
• Garantir a lateralidade, ou seja, confirmar qual lado será operado, o tempo todo; 
• Posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica; 
• Disponibilidade de equipamentos e materiais necessários para cirurgia; 
• Encaminhamento de materiais para exames diagnósticos – ao retirá-lo, coloca num frasco 
identificado e manda para o laboratório de histopatologia. 
 
Ex.: Numa cirurgia de 5 horas, se o paciente for muito magro pode-se prescrever uma 
placa de hidrocoloide, curativo biológico para prevenção de lesões, uma vez que o 
paciente vai ficar muito tempo em contato com a mesa, e ela não é nem um pouco 
confortável. 
É importante que a mesa cirúrgica precisa ser uma estrutura rígida, pois em uma 
necessidade de intervenção, como a reanimação cardiopulmonar, precisa-se estar no 
posicionamento correto para executar tal ação/procedimento. 
Dúvida do aluno: por que as vezes se usa uma placa de metal abaixo de algum dos MMII 
do paciente? 
Resposta do professor: existe essa necessidade, pois uma vez que se usa o bisturi elétrico, 
ele precisa contato com a terra. E essa placa é uma espécie de neutralizadora, ela pode ser 
de metal ou descartável, agindo como um eletrodo, ao pisar no pedal no solo, para cortar, 
cauterizar ou coagular (com o bisturi elétrico) está emitindo energia que sai do bisturi e 
vai para o cabo, e esse cabo entra em contato com a pele, e isso poderia causar choques. 
A placa evita que isso aconteça. 
 
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PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
É todo esse conjunto de técnicas usadas para coibir a invasão de microrganismo na 
área do sítio operador. Deve-se garantir que todas as etapas foram seguidas, desde a 
assepsia (lavagem das mãos) até a vestimenta de luva estéril e capote. 
 
 
ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA DAS MÃOS: 
Tem como finalidade eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a 
microbiota residente. A duração desse procedimento deve ser de 3 a 5 minutos na primeira 
cirurgia (feita naquele momento). Foi comprovado que, para atingir o objetivo, precisa 
desse tempo mínimo de contato com o degermante, como a clorexidina. Se for uma 
cirurgia a seguir de outra, descarta todo o material já usado, e a nova escovação pode 
durar entre 2 a 3 minutos. 
 
 
Com critério de começar da parte distal para proximal, desde a ponta dos dedos até 
o cotovelo, em uma direção única (não é em vai e vem). A própria escova já é impregnada 
de degermante. Sempre deve-se manter as mãos para cima, pois se abaixar, o que não foi 
higienizado pode escorrer e levar microrganismos para área nobre, que são as nossas 
Página 15 de 28 
 
mãos. Sair do lavabo com os braços fletidos, elevado e afastados do corpo, para iniciar a 
paramentação. 
 
O capote é dobrado pelo avesso para manipularmos pela parte de dentro, na região 
da gola, e isolar a parte externa (estéril). A região anterior é isenta de qualquer tipo de 
manipulação. As tiras são manipuladas depois, bem como o calçamento das luvas estéreis. 
Página 16 de 28 
 
 
 
 
 
 
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Parte 9 – Maria Beatriz 
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
 
Quadrantes: neste da figura existe uma inversão. Segundo a literatura, a ordem só é 
alterada a partir do momento em que você arruma instrumentais distintos, em um tempo 
cirúrgico que não é adequado. 
Exemplo: no outro momento a diérese estava no quadrante da hemostasia, e nela 
(diérese) vão estar presentes tesouras de ponta romba, de ponta fina e cabos de bisturi já 
montados, dessa forma, a diérese serve para separar tecidos, abrir a pele, adentrar de fora 
para dentro. A diérese vai acontecendo e vai sendo utilizado as pinças com a finalidade 
de prender, que é o momento da preensão compartilhada com a diérese e vivenciada com 
a hemostasia, na qual também é utilizada várias pinças que vão depender das 
características dos tecidos e dos vasos sanguíneos. Para expor/abrir a região existem os 
afastadores, nos quais são arrumados, geralmente em duplas. Existem também os 
instrumentais especiais e os materiais de síntese, na qual antes desse tempo cirúrgico é 
importante ter o cuidado de contagem e checagem de tudo que foi utilizado (os 
instrumentais e os descartáveis – fios, gases...). 
 
(figura que a professora relatou no início que estava com a inversão de quadrantes) 
INSTRUMENTOS DE DIÉRESE 
Bisturi – são usados para dissecção das estruturas. Existem os cabos que iniciam a 
partir do número 2 e são retos e as lâminas são compatíveis com os cabos, de acordo com 
o colo dos cabos. 
Página 18 de 28 
 
Observação: todos os instrumentais, após utilização, são colocados de molho no 
mínimo por 40 minutos no glucoaldeído, e eles são escovados. Porque tudo que entrou 
em contato com o paciente precisa estar isento de todo material oriundo do paciente. 
 
Tesouras – existem longas, médias e curtas e cada uma tem sua própria finalidade 
e vai de acordo com a necessidade de abordagem dos tecidos. 
 
Tesoura de metzenbaum – longa, com a ponta fina e delicada, existente na forma 
reta e na curva. Muita usada para tecidos orgânicos e é considerada a menos traumática, 
ou seja, ela é a atraumática, justamente por ter a ponta distal mais estreita e delicada. 
 
 
Página 19 de 28 
 
Tesoura de Mayo – existente na forma reta e na curva. Também é delicada, mas entre 
ela e a metzenbaum, ela é a mais grosseira, com a ponta mais romba. 
 
Observação: de tempos em tempos, existe todo o 
cuidado para amolar, fazer manutenção e lubrificação 
de todos os instrumentais e mantê-los longe da 
ferrugem, mesmo sendo todos feitos de aço 
inoxidável. 
 
 
 
 
INSTRUMENTAIS DE PREENSÃO 
Pinça de Adson – é a mais usada. Possui a ponta distal bem estreita e bem delicada, e é 
muito usada nas cirurgias vasculares, na neonatologia. 
 
Pinça anatômica – utilização universal. Existe a versão com incisuras e a lisa. 
 
Pinça dente de rato – muito usado para plano muscular e na aponeurose, já que na 
extremidade existe os ‘dentinhos’. 
 
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INSTRUMENTAIS DE HEMOSTASIA 
Pinça Kelly – muito usadas quando o vaso sangra, ou o tecido muscular é seccionado por 
algum motivo, ou seja, para hemostasia, também pode ser usada para segurar um fio, 
quando um cirurgião não quer usar um porta agulha. A maioria são retas (pinças de 
reparo). 
 
Parte 10 – João Pedro Sartor 
 
Halstead e Mixter 
 
 
 
Kocher 
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INSTRUMENTAIS DE EXPOSIÇÃO 
 
 
 
OBS.: Hoje, para que se acelere a cicatrização, se coloca uma gaze umidificada com soro 
fisiológico entre o afastador e a pele do paciente. Dessa forma, o afastador tem contato 
com a compressa, e não toca diretamente a pele do paciente. 
 
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Afastador de Farabeuf 
 
 
 
 
Afastador de Doyen 
 
Página 23 de 28 
 
 
Afastador de Deaver 
 
 
 
 
 
 
 
Afastador de Gosset ou Laparostato 
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Afastador de Finochietto e Afastador de Balfour 
 
 
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Afastador de AdsonINSTRUMENTOS ESPECIAIS 
Pinça de Allis 
 
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Parte 11 – José Alvaro 
Adentrando em pinças mais especificas: Duval, a gente chama assim porque a 
pontinha dele aqui tem o formato de um dente, tem umas arranhaduras longitudinais que 
permite que a gente segure as estruturas; nós utilizamos muito porque ela é longa, na UnP 
nós temos, e usamos muito para prender alças intestinais, nas cirurgias do aparelho 
intestinal. O clamp, olha estrutura do clamp, chega a ser traumático, se você não 
direcionar e não acompanhar o direcionamento desse instrumental no trânsito intestinal 
pode acontecer traumas, pode romper uma alça seja do colo ascendente, descendente ou 
transverso, podendo acontecer um acidente. 
Estamos falando aqui de instrumentais que podem participar de procedimento nas 
alças intestinais. Que classificação cirúrgica é essa? Cirurgias, por exemplo, colostomia, 
ele fez uma secção, um pedaço da alça intestinal, por câncer, por problema oncológico e 
o médico precisa colocar aquela alça que sobrou aderida, uma canalização no abdome 
para o paciente ficar evacuando temporariamente ou definitivamente no abdome que a 
gente chama de Colostomia. Que classificação cirúrgica é essa de acordo com a 
contaminação? Limpa? Potencialmente contaminada? Contaminada ou infectada? Se 
estamos manipulando alças intestinais com instrumentais como esses que vimos até 
agora? Lembrem-se sempre, quando estava preparando minha filha para a prova de 
residência eu dizia “filha, concentra nisso aqui que isso vai dar certo, eu acho que você 
vai pegar umas duas questões” então, coloca na cabeça de vocês: trato respiratório, 
gastrointestinal e geniturinário são potencialmente contaminados; contaminados se houve 
exposição, presença de bactérias e infectada se tiver secreção purulenta. 
Fórceps muito utilizado nas obstétricas, as vezes acabou o tempo e existe a 
necessidade de retirar parte de concepto e o obstetra usa o afastador do fórceps. O Saca-
bocado a gente usa muito, ele é tão cruel, porque isso aqui é um alicate, teoricamente um 
alicate. É aquele osso que precisa ser retirado porque o tumor fez uma metástase. Os 
sarcomas eles são muito evidentes na adolescência, por exemplo e nos adultos jovens. No 
hospital infantil quando eu trabalhava lá nós tínhamos muitos osteossarcomas e o 
instrumental que era muito utilizado era o saca-bocado, ou seja, ele retira espiculas ósseas, 
em traumas ósseos, em fraturas expostas com perdas de estilhaços ósseos. 
Backaus deixa o campo operatório bem esticadinho, é o famoso grampo. Essas 
pontinhas dela nós utilizamos para fixar, por exemplo, eu tenho um paciente em que Dr. 
Caio Cesar vai operar o fígado dele, então só vai ficar a região do quadrante superior 
direito exposto, o restante a gente junta os campos operatórios e para juntar um campo 
operatório no outro por baixo, para ficar igual uma síntese, uma costura bem feita a gente 
coloca as Backaus por baixo fixa e vai juntando os campos operatórios. O intuito maior 
dela é uma pinça de campo, muito utilizada. 
As curetas de Siemens usa muito na obstetrícia, mas a gente precisa ter muito 
cuidado. Eu vou mostrar a coleção de curetas que a gente tem lá na universidade e o 
cuidado que a gente precisa ter com essa região aqui (aponta pra região distal), com essa 
alça de cureta porque essa lamina é um verdadeiro bisturi tanto é que ela faz a raspagem 
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das regiões, ela vai limpar. Então eu preciso ter bastante cuidado, ela possui essa 
superfície que pode ser traumática e pode lesionar o tecido vizinho que não tem nada a 
ver com a região que a gente quer limpar, a nível de útero, colo uterino, do que quer que 
seja. 
Os instrumentais de Síntese que é a finalização, eu chamo de acabamento. Esse 
momento consiste em aproximação das bordas, utilização de simetria entre um ponto e 
outro: Dr. George dá uma aula fantástica, vai ficar lá na bancada e vai suturar com os 
mais diversos tipos de nós e, por favor, nem deixe muito frouxo, nem aperte demais o nó 
porque se apertar demais com certeza o paciente vai ter edema porque você coibiu, você 
arrochou tanto aquela região que a pele e os vasos vão ficar isentos de vascularização 
periférica naquela região para nutrir aquela região da sutura. Então, caprichem, os 
instrumentais mais utilizados ai são os porta-agulhas. 
O porta agulha de Mayo-hegar, Mathieu, sendo que a Mathieu é utilizada na cirurgia 
odontológica para fazer a retira de algum dente, em cirurgias plásticas utiliza bastante. E 
eles são verdadeiros alicates, simulam um alicate, retos ou curvas, é para realizar sínteses 
das cavidades, finalização de todo um trabalho. 
A arrumação da mesa é primordial, a nossa montagem requer um local limpo, 
objetivo, organizado em que o cirurgião olhou e viu, esse é um momento que nós 
precisamos padronizar, se vai começar com a diérese tanto na parte inferior quanto na 
parte superior, por isso existem dois protocolos e eu coloquei os dois para vocês. Esse ato 
operatório que nós da enfermagem colaboramos nesse momento com vocês, no intuito de 
arrumar a mesa, fornecer todos os materiais que foram solicitados, atender toda essa 
sequência dentro da sistematização, da arrumação da mesa. 
Treino de habilidades... 
A nossa sequência: da abertura, da preensão, de coibir o sangramento com a 
hemostasia, de colocar alguns materiais especiais de acordo com o cunho operatório e a 
síntese. 
Para finalizar, um treino de habilidades: 
(Aponta mãozinha): Que instrumental é esse e em que etapa utilizamos esses 
instrumentais? São afastadores, que vão servir para expor que podem estar dispostos em 
matérias no campo especial. E, qual a etapa que precede a exposição? A hemostasia e 
antes da hemostasia, diérese. 
Vocês estão vendo que as alças estão todas voltadas para a frente, então eu 
instrumentadora, manipulo aqui e entrego para vocês no ponto de vocês colocarem a mão. 
Eu inverto o cabo para vocês e entrego na posição de manipulação do cirurgião 
diretamente no cabo porque a lâmina vai ficar voltada para mim e que tudo isso deve e 
pode ser feito com todo o cuidado. Sempre entregar os cabos voltados, essa mão é a minha 
e essa é a de vocês, então eu entrego em um movimento único e seguro o cabo para vocês. 
E essa solicitação pode ser feita só com gestos, e essa entrega desses instrumentais deve 
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ser feita assim firmemente, imediato, na sequência, fechado ou com a curvatura aberta 
depende do gosto do freguês, depende do gosto de vocês. 
E que tudo isso, o bom instrumentador, deve saber previamente qual é o próximo 
instrumental, porque a gente segue essa sequência. 
Eu trago aqui para vocês algumas gesticulações, então só isso aqui vocês já me 
dizem que quer o bisturi montado para cortar, são os sinais cirúrgicos. A pinça 
anatômica, a tesoura com o indicador e médio, a kelly já é dessa forma, mas com o dedo 
anelar e mínimo implantados na palma da mão, Backaus é como se estivesse entrançado 
a porção distal da pinça, são sinais que permitem a nossa comunicação.

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