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aula 7

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27/10/2020 Disciplina Portal
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Gestão da Cadeia de
Suprimentos
Aula 7 - Estratégia de estoques – características,
tipos, funções e custo de manutenção
INTRODUÇÃO
Nesta aula você irá compreender melhor os elementos da estratégia de estoques, estudando principalmente os principais
tipos, classi�cação, técnicas e formas de gestão de estoques na cadeia de suprimentos.
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OBJETIVOS
Conhecer os fundamentos básicos na gestão de estoques.
Conhecer os principais tipos e características.
Conhecer os principais componentes de custos para manter o estoque disponível.
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O PAPEL DOS ESTOQUES
A administração de estoques é de importância signi�cativa na maioria das empresas, tanto em função do próprio valor
dos itens mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa. Da mesma forma como as contas
a receber, os níveis de estoque também dependem em grande parte do nível de vendas, com uma diferença: enquanto os
valores a receber surgem após a realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes das realizações das
vendas.
Essa é uma diferença crítica e a necessidade de prever as vendas antes de se estabelecer os níveis desejados de estoques
torna sua administração uma tarefa difícil.
Deve ser observado também que os erros na �xação dos níveis de estoque podem levar à perda das vendas (caso tenham
sido subestimados) ou a custos de estocagem excessivos (caso tenham sido superestimados), residindo, portanto, na
correta determinação dos níveis de estoques, a importância da sua administração. Seu objetivo é garantir que os estoques
necessários estejam disponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao mesmo tempo em que
os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados.
O estoque tem uma participação crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da
empresa. Se essa estratégia exige um alto nível de atendimento, a empresa pode usar o estoque para alcança-la,
disponibilizando grandes quantidades de estoques próximas ao cliente.
Contrariamente, a empresa também pode usar o estoque para se tornar mais e�ciente, reduzindo-o e consequentemente
diminuindo seus custos. A escolha implícita sobre o estoque está entre o nível de serviço, resultante da manutenção de
maiores estoques, e a e�ciência resultante de estoques menores.
Atenção
, A gestão de estoques é uma atividade integrada com o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
TIPOS DE ESTOQUES
Os estoques são divididos em categorias, sendo estas vinculadas ao �uxo de material e à forma em que será encontrado.
Os estoques, para Bertaglia (2003), dividem-se em:
Matéria-prima São os itens que sofrem alterações durante o
processo de produção.
Produto em processo Refere-se ao produto durante as diferentes fases do
processo produtivo.
Produto semi-acabado
São aqueles que ficam estocados, esperando
alguma operação a mais que os adaptem a variadas
formas de uso.
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Produto acabado
São aqueles onde já foram realizadas e finalizadas
todas as operações do processo produtivo, inclusive
os testes finais, sendo ainda aprovados pelo controle
de qualidade.
Estoque de
distribuição
É o item já examinado e aprovado, passando ao
centro de distribuição devido a exigências logísticas.
Estoque em
consignação
São estoques que ficam com o cliente, mas que por
alguma negociação ou acordo mútuo continua na
propriedade do fornecedor, até que seja utilizado.
Provisão de materiais
para manutenção,
reparos e operações
produtivas MRO
Nesta classe, estão itens já usados que possam
favorecer as operações da organização.
CUSTOS DOS ESTOQUES
Os estoques incorrem em custos, oneram o capital, ocupam espaço e necessitam de gerenciamento tanto na entrada
como na saída. Eles podem tornar-se obsoletos e ultrapassados, causando prejuízos para o empreendimento. Neste
sentido, é necessário levar em consideração o custo de manutenção dos estoques, que são componentes importantes do
custo das operações logísticas.
Custos diretamente proporcionais
Ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por
exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo, quanto
maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo de aluguel.
Quanto maior o estoque, mais área armazenada, mais custo de aluguel, mais pessoas e
equipamentos necessários para manusear os estoques, mais custo de mão-de-obra e de
equipamentos, mais chances de perdas, mais custo decorrente de perdas, maiores as chances
de materiais tornarem-se obsoletos, mais custos decorrentes de materiais que não mais serão
utilizados, maiores as chances de materiais serem furtados e/ou roubados.
Custos inversamente proporcionais
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São custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque médio. Isto é,
quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São os
denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados e custos de preparação, no
caso de itens fabricados internamente.
GESTÃO DOS ESTOQUES
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador veri�car se os estoques estão sendo
bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados.
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais exempli�cados a
seguir.
Saiba Mais
, Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventário não deve ser efetuado em
excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado., , CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente
proporcionais + custos independentes.
Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão e�caz foi o estoque para
atender às solicitações dos clientes.
No almoxarifado de uma empresa, durante um período de 6 meses, foram apresentadas 3.100 requisições de materiais,
com um número médio de 1,45 item por requisição. Foram entregues 4.400 itens, exatamente como solicitado. Qual o
nível de atendimento do almoxarifado?
Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será su�ciente
para cobrir a demanda média:
Calcule a cobertura com base nos dados do exemplo anterior (tabelas).
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Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou:
De janeiro a junho, o estoque de uma empresa apresentou a seguinte movimentação em reais. Veja os exemplos a seguir.
Tabela 1
Mês Estoqueinicial Entradas Saídas
Estoque
final
Janeiro 124.237,35 237.985,00 282.756,30 79.466,05
Fevereiro 79.466,05 347.123,56 263.675,33 162.914,28
Março 162.914,28 105.542,90 271.845,78 73.804,40
Abril 73.804,40 303.457,00 295.902,50 81.358,90
Maio 81.358,90 265.856,00 301.845,12 45.369,78
Junho 45.369,78 345.965,00 246.204,56 143.130,22
Total 1.667.037,59
Tabela 2
Mês (EI+EF)/2 Estoque médio (R$)
Janeiro (123.237,35 +
79.466,05)/2
101.851,70
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Fevereiro (79.466,05 +
162.914,28)/2
121.190,17
Março (162.914,28 +
73.804,40)/2
118.359,34
Abril (73.804,40 +
81.358,90)/2
77.581,65
Maio (81.358,90 +
45.369,78)/2
63.364,34
Junho (45.369,78 +
143.130,22)/2
94.250,00
Total
ANÁLISE DE ESTOQUES PELO MÉTODO ABC
Analisar em profundidade milhares de itens no estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na maioria das vezes,
desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os menos
importantes. Assim, economizam-se tempo e recursos.
A análise ABC classi�ca as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar quais itens não
devem faltar no estoque, quais itens podem �car em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da
seleção de estoque.
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são provenientes de
20% dos itens em estoque ou vendidos.
Clique em cada um dos itens abaixo e veja como ocorre a sequência do processo de construção da curva ABC.
1 - Lista dos códigos dos produtos ou materiais com as unidades consumidas no período com os respectivos custos
unitários. (glossário)
2 - Tabela com a apuração do curso total por item (consumo unitário X custo unitário). (glossário)
3 - Tabela com o custo total por item. (glossário)
4 - Tabela com a colocação dos itens em ordem crescente. Cálculo do percentual de participação por item. Acumulação
do percentual calculado item a item. (glossário)
5 - Curva ABC. (glossário)
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DE ESTOQUES
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf01.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf02.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf03.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf04.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf05.pdf
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O desempenho e a e�cácia dos estoques podem ser aumentados substancialmente e a incerteza reduzida, integrando-se
às necessidades de informação (previsões, pedidos, planos de marketing, composição de estoque e posição da
expedição), para toda a empresa e os participantes da cadeia de distribuição.
A informação é um fator importante para melhorar a competitividade da logística. É tecnologia-chave para aperfeiçoar o
planejamento, as operações e a avaliação de desempenho.
Os chamados PRRs (Programas de Resposta Rápida) surgiram com o objetivo de reduzir custos de produção e
distribuição, bem como para intermediar o relacionamento entre empresas, seus fornecedores e clientes, através do
compartilhamento de informações.
Podemos citar alguns exemplos, como EDI e VMI já apresentados na aula anterior.
ECR (E�ciente Consumer Response) – o sistema seria uma estratégia de negócios entre fabricantes do setor de alimentos
e supermercadistas, a �m de atender às crescentes necessidades dos consumidores �nais ao menor custo possível.
TÉCNICAS DE GESTÃO DE ESTOQUES
Segundo Ballou (1995, 217), existem várias formas de controlar a quantidade em inventário de modo a atender os
requisitos de nível de serviço e ao mesmo tempo minimizar o custo de manutenção do estoque. Anos de pesquisas e
aplicações geraram centenas de conceitos e métodos para administrar estoques. Veja, a seguir, algumas dessas técnicas.
Fluxo Descontínuo de Material
Para Ching (2001, 40), esse é o sistema clássico, comumente conhecido como método de
empurrar estoque (push). O �uxo de material é “empurrado” ao longo do processo pela fábrica
até a distribuição, para suprir clientes. Ele começa com a previsão de vendas que é a base para
os programas de produção. À medida que os pedidos dos clientes chegam, eles são atendidos
com os produtos acabados estocados nos depósitos. Para repor os estoques nos depósitos, a
fábrica produz contra a previsão de vendas e não contra a demanda atual ou do depósito.
La vuelta de Martín Fierro (1879)
O JIT requer os seguintes pontos chaves:
• Qualidade: deve ser alta, porque distúrbios na produção por erros de qualidade reduzirão o
�uxo de materiais; 
• Velocidade: essencial em caso de se pretender atender à demanda dos clientes diretamente
conectados com a produção em vez de por meio dos estoques; 
• Con�abilidade: pré-requisito para se ter um �uxo rápido de produção; 
• Flexibilidade: importante para que se consiga produzir em lotes pequenos, atingir �uxo rápido
e lead time (tempo de ressuprimento) curtos; 
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• Compromisso: essencial comprometimento entre fornecedor e comprador de modo que o
cliente receba sua mercadoria no prazo e local determinado sem que haja qualquer tipo de
problema em seu processo de entrada de mercadorias para venda.
Esse sistema possibilita que a empresa possua estoques próximos de zero, mas tenha o
produto e a matéria-prima disponíveis em curtíssimo espaço de tempo. Com isso, o cliente tem
menores custos de estocagem, aumenta sua produtividade, além de ter uma coisa a menos
com que se preocupar, podendo se dedicar ao seu negócio de fato (core business).
Fluxo Contínuo de Material
Era um ambiente de constantes alterações, os clientes demandam uma variedade crescente de
produtos, em lotes cada vez menores e mais frequentes, altas exigências de qualidade e
demanda veloz de entregas de seus fornecedores. Estas são exigências críticas de
competitividade em que as empresas precisam estar atentas caso queiram sobreviver. Um
enfoque distinto do �uxo de materiais, o de �uxo contínuo, fornece uma e�ciente resposta.
O �uxo contínuo é um re�namento da �loso�a do JIT. É comumente conhecido como método
de puxar estoque (pull).
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para planejar as
necessidades de compras e devem re�etir a sazonalidade da demanda. Quando o pedido do
cliente chega, ele é transmitido online para a fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz
contra a demanda, em ciclos de produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao cliente,
diretamente ou por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de consolidação da carga
ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o �uxo de material.
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para planejar as
necessidades de compras e devem re�etir a sazonalidade da demanda. Quando o pedido do
cliente chega, ele é transmitido online para a fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz
contra a demanda, em ciclos de produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao cliente,
diretamente ou por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de consolidação da carga
ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o �uxo de material.
Segundo esse enfoque, estoque de produtos acabados é evitado tanto quanto possível,
especialmente estoque de segurança. A razão disso é que a produção ocorre contra a
demanda real.
Fluxo Sincrônico de Material
De�ne-se o �uxo sincrônico de material como um novo enfoque que está emergindo, ainda
mais e�ciente, para o sistema de controle da produção. A produção e a distribuição se tornam
integradas por meio do uso da tecnologia da informação.
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O �uxo do material é balanceado de uma só vez ao longo do processo de
compras/produção/distribuição por um sistema automatizado de gestão de materiais. Esse
sistema fornece um �uxo sincronizado de informação que atualiza simultânea e
instantaneamente todas as partes envolvidas: fornecedores, fábricas, estoque regulador e
distribuição.
A demanda real do cliente dá inícioao processo, porém o �uxo de material é agora balanceado
e a informação sobre a necessidade de material (seja produto acabado, seja de matéria-prima)
�ui paralelamente, não em série, para todos os envolvidos. Este enfoque fornece uma resposta
mais rápida às mudanças no mercado.
As demandas são capturadas instantaneamente no ponto-de-venda e transmitidas online para
um módulo de processamento de transações que processa as demandas e otimiza as relações
de custo-benefício envolvidos (como carga ideal, melhor roteiro, volume mínimo) e alimenta os
resultados para todas as partes envolvidas.
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MATERIAIS
A partir da globalização dos mercados, do aumento da concorrência, da necessidade de maior diversi�cação de produtos
e melhoria constante em e�ciência operacional, a gestão de demanda passou a ser assunto central na gestão de
operações.
Segue uma breve revisão de alguns conceitos relacionados à gestão de demanda em operações industriais, em ambientes
que requerem alta �exibilidade, alta diversidade e baixos custos, abordando os seguinte tópicos e suas correlações:
a) Gestão de demanda
Previsões de demanda desempenham um papel-chave em diversas áreas na gestão de
organizações. A área �nanceira, por exemplo, planeja a necessidade de recursos analisando
previsões de demanda de longo prazo; as mesmas previsões também servem às áreas de
recursos humanos e marketing, no planejamento de modi�cações no nível da força de trabalho
e nas vendas. Talvez mais do que em qualquer outra área de uma organização, previsões de
demanda são essenciais na operacionalização de diversos aspectos do gerenciamento da
produção. Alguns exemplos são a gestão de estoques, o desenvolvimento de planos agregados
de produção e a viabilização de estratégias de gerenciamento de materiais. São inúmeras as
aplicações de previsão dentro de uma empresa. A operacionalização satisfatória de estratégias
de planejamento e controle da produção, por exemplo, está fortemente associada a existência
de um sistema e�ciente de previsão de demanda.
b) Planejamento e controle de produção
Os sistemas de produção devem ser classi�cados sobre os critérios de:
• Competitividade; 
• Estratégia de produção; 
• Complexidade dos produtos; 
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• Tecnologia; e 
• Diversidade.
O foco do PCP, segundo os autores, pode ser de�nido segundo programação ou planejamento
(se produz para estoque, o foco é planejamento; se produz sob encomenda, o foco é
programação; e se produz sob encomenda com alta variedade de produtos �nais o foco é tanto
planejamento quanto programação). A classi�cação dos sistemas de produção é dada a partir
do nível de repetibilidade da produção, podendo ser: contínuo puro, semicontínuo, produção em
massa, repetitivo, semirepetitivo, não repetititvo e grandes projetos. A repetibilidade do sistema
de produção se caracteriza a partir do comportamento da demanda.
c) Gestão de capacidade
No setor de produção, além da gestão interna da capacidade a obtenção de matérias-primas e
componentes é vital e grande parte da capacidade encontra-se fora dos muros da empresa,
mas ainda dentro da cadeia, nos fornecedores. O controle sobre a capacidade desses
fornecedores, então, é fundamental para a análise da disponibilidade de matérias-primas,
insumos e sub-conjuntos e, portanto, da capacidade de produção. Nesse ambiente de
manufatura/montagem, algo que in�uencia muito a capacidade é o mix de produtos que se vai
fazer. Dependendo dele, a capacidade é maior ou menor. Existem mixes que aumentam a
capacidade sem que seja preciso mudar um parafuso. Uma dada combinação de produtos usa
melhor a estrutura produtiva. Da mesma forma, outras combinações diminuem a capacidade,
porque os produtos concorrem contra capacidades que estão na rede ou na fábrica.
d) Captação de materiais
Um exemplo de problemas associado á falta de coordenação na cadeia de suprimentos é o
fenômeno da distorção da informação de demanda. Este fenômeno, conhecido como “efeito
chicote” (bullwhip effect), começou a ser estudado na década de 60, por Forrester (1961), que
chegou a seguinte conclusão: quando a demanda de um produto é transmitida ao longo de
uma série de empresas, por meio de pedidos, a variação entre a demanda conhecida na
empresa-cliente (a que envia o pedido) e a demanda conhecida na empresa-fornecedora) a que
recebe o pedido) cresce a cada transferência. As causas do efeito chicote estão relacionadas
com a estrutura de gestão descentralizada observada em grande parte das cadeias de
suprimento, a qual nem sempre distribui a informação adequadamente a todos os elementos
da cadeia.
e) Processamento das Variações de Demanda
A distorção da demanda surge devido à falta de visibilidade que os fornecedores e fabricantes
têm do real consumo de seus produtos. Uma forma de reduzir esse aspecto é compartilhando
as informações de consumo com as empresas que atuam na cadeia de distribuição.
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f) Padronização e Modularização
Projetar mecanismos de montagem e�cientes e desenvolver produtos que possam ser
separados e ter suas partes padronizadas. A modularização no projeto de produto pode ajudar
aumentando a velocidade no processo de novos desenvolvimentos de produto.
Orientando o projeto base dos novos produtos assim como maximizando o uso dos
componentes padronizados existentes, economizando recursos (�nanceiros e humanos), bem
como reduzindo o tempo requerido. Isto implicará, certamente, em ganhos �nanceiros e de
tempo, nos processos de desenvolvimento.
g) Distribuição de produtos acabados
Conforme citado por Helder et al. (2000), entre as práticas mais usuais em Supply Chain
Managemente (SCM), uma que exerce extrema importância é o sistema de postergação. Este
sistema visa atender às necessidades de customização em massa conseguindo disponibilizar
uma alta variedade de produtos a baixo preço. Isto é possível porque o sistema de postergação
consegue garantir a customização dos produtos sem que haja, entretanto, a  perda das
vantagens provenientes da economia de escala. Esta técnica consiste em uma forma e�caz de
lidar com variações de demanda e de possibilitar entregas mais rápidas e con�áveis, criando
centros de diferenciação de produtos ao longo da cadeia onde um determinado produto semi-
acabado é guardado até que chegue um pedido com, por exemplo, certas especi�cações de
embalagem. Aí então, o produto pode ser acabado de acordo com o pedido do cliente. A
remodelagem do produto e do processo, a �m de retardar o ponto de diferenciação do produto,
aumentam a �exibilidade do processo para lidar com as variações do mercado.
ATIVIDADE
Leia atentamente o estudo de caso proposto com base na Companhia Brasileira de Distribuição para entender o problema.
Clique aqui (glossário) para ler o texto e depois escreva sua resposta no campo ao lado.
Resposta Correta
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GESCA4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf06.pdf
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