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CONTABILIDADE Público alvo: Duração do módulo 60 horas Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 2 Objectivo a atingir neste domínio: Identificar o POC como instrumento essencial da técnica contabilística; Identificar as disponibilidades imediatas e as aplicações de tesouraria de curto prazo. Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias das contas de carácter financeiro. Movimentar as contas de disponibilidades. Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de clientes. Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de fornecedores. Registar operações: Correntes, com letras, diferenças de câmbio e adiantamentos. Identificar os tipos de empréstimos; Contabilizar operações relativas a empréstimos; Desdobrar as contas do estado e Outros Entes Públicos, e outros devedores e credores; Conhecer as características básicas do IVA. Aprender o esquema da contabilização do IVA. Compreender a dinâmica do IVA; Proceder ao apuramento do IVA. Conhecer a movimentação da conta Imposto sobre o Rendimento. Registar operações com acréscimos e diferimentos; Registar operações de compra e venda; Distinguir preço de aquisição de custo de aquisição; Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 3 Saber registar o movimento relativo a compras, devolução de compras, descontos e abatimentos em compras e adiantamentos. Distinguir desconto comercial de desconto financeiro; Calcular e registar o IVA das operações de compra e venda; Registar contabilisticamente operações relativas às vendas nos diferentes tipos de empresas. Mencionar tipos de despesas inerentes à venda. Proceder ao registo das despesas de venda. Saber registar as devoluções de venda, descontos e abatimentos. Efectuar regularizações de existências; Registar contabilisticamente o movimento relativo a operações sobre regularizações de existência. Identificar sistemas de contabilização de existências; Identificar métodos de custeio; Elaborar fichas de armazém e interpretar as rubricas; Conhecer os esquemas de inventário; Distinguir inventário permanente de inventário intermitente; Conhecer a composição do imobilizado da empresa. Registar operações com Imobilizado Corpóreo, Incorpóreo e Investimentos financeiros; Registar operações relacionadas com aquisição, instalação, conservação e reparação do imobilizado corpóreo. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 4 Calcular quotas de amortização segundo a legislação em vigor; Registar amortizações, alienação, sinistros e abates do imobilizado; Movimentar contas de capital, reservas e resultados transitados; Abertura da escrita de um Comerciante em Nome Individual; Abertura da escrita das restantes sociedades; Definir reserva. Enumerar os diversos tipos de reserva. Definir as possíveis aplicações dos resultados líquidos. Registar contabilisticamente as diversas possibilidades de aplicação de lucros apurados. Conhecer o conteúdo das contas de custos e proveitos; Identificar as implicações do IVA, IRS e IRC. Calcular as retenções na fonte através de tabelas; Contabilizar o processamento e pagamento de ordenados e encargos patronais; Distinguir custos e proveitos operacionais; Distinguir custos e proveitos financeiros; Distinguir custos e proveitos extraordinários; Apurar o Resultado Líquido extracontabilisticamente; Conhecer os princípios contabilísticos inseridos no POC; Aplicar o princípio da especialização do exercício; Dar a noção de provisão e registar as operações; Analisar Balancetes de Verificação; Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 5 Elaborar o Balancete Rectificado; Apurar o Resultado Líquido do exercício; Elaborar o Balancete Final; Elaborar o Balanço e a Demonstração de Resultados; Apurar estimativas de imposto sobre o rendimento; Determinar o resultado líquido após a estimativa do imposto; Instrumentos de Suporte POC Acetatos. Retroprojector. Quadro. Folhas de Diário e Razão. Folhas de conta-corrente. Mapas de reconciliação bancária. Declarações periódicas do IVA. Guias de pagamento do IRS. Fichas de armazém- Fichas de imobilizado. Mapas de amortização. Código do IVA. Código das sociedades comerciais. Folhas de vencimento. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 6 Recibos de ordenado. Folhas de Remuneração da Previdência e guias de pagamento. Guias de pagamento de IRS. Guias de pagamento do Imposto de selo. Folhas de balanço. Folhas de balancete. Folhas de Demonstração de Resultados. Fontes Bibliográficas LIVROS Albuquerque, C. (1995). Análise e Avaliação de Obrigações. Lisboa: Rei dos Livros. Livro teórico sobre a problemática das obrigações. Alves, G. e Costa, C. B. (1998). Contabilidade Financeira. Lisboa: Vislis. Livro técnico sobre a contabilidade empresarial. Bandeira, L. e Ferreira, J. M. (1998). Contabilidade e Fiscalidade de Futuros e Opções. Porto: Bolsa de Derivados do Porto. Livro teórico destinado aos professores que pretendam aprofundar conhecimentos sobre aplicações financeiras em Futuros e Opções. Bastardo, C. et al. (1990). 0 Financiamento e as Aplicações Financeiras das Empresas. Lisboa: Texto Editora. Livro teórico sobre aplicações financeiras em geral. Borges, A. et al. (1998). Elementos de Contabilidade Geral. Lisboa: Rei dos Livros. Manual teórico/prático sobre a contabilidade financeira. Borges , A. e Ferrão, M. (1999). Manual de Casos Práticos de Contabilidade. Lisboa: Rei dos Livros. Livro com aplicações práticas de contabilidade financeira. Caiado, P. e Madeira, P. (2000). Aspectos Contabilísticos e Fiscais da Prestação de Contas. Lisboa: Vislis. Manual sobre a problemática contabilística e fiscal da prestação de contas. Caiado, P. et al. (2000). A Demonstração de Fluxos de Caixa. Lisboa: Vislis. Obra fundamental sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa. Ferreira, R. F. (2000). Gestão, Contabilidade e Fiscalidade. Lisboa: Notícias. Livro teórico sobre o enquadramento fiscal da contabilidade. Gil, F. P. (2000). O Balanço e os Movimentos Contabilísticos de Fim de Exercício. Coimbra: Coimbra Editora. Livro teórico/prático sobre a regularização de contas e elaboração do Balanço em fim Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 7 de exercício económico. Gil, F. P. (2000a). Tratamento Fiscal e Contabilístico das Provisões Amortizações e Reavaliações. Coimbra: Coimbra Editora. Livro técnico sobre a problemática das provisões, amortizações e reavaliações. Gil, F. P. (2000b). A Exemplificação e Aplicação do POC. Coimbra: Coimbra Editora. Livro prático sobre a aplicação do Plano Oficial de Contabilidade. Lagos, J. B. (2000). Consequências Contabilísticas do Euro. Lisboa: Vislis. Livro técnico sobre os procedimentos a seguir decorrentes do Euro. Lousã, A. et al. (1999). Técnicas de Organização Empresarial, I e II. Porto: Porto Editora. Livros didácticos sobre o estudo da orgânica empresarial, enquadramento jurídico- -económico, tratamento contabilístico da informação e prestação de contas. Machado, J. B. (2000). Contabilidade Financeira. Lisboa: Protocontas. Obra fundamental para o professor que pretende aprofundar conhecimentos teóricos de Contabilidade. Moreira, J. C. (2000). Análise Financeira de Empresas. Porto: BVP. Livro técnico sobre a análise e interpretação da informação financeira. Peixoto, J. P. (1995). Futuros e Opções. Lisboa: McGraw-Hill Portugal. Obra sobre aplicações financeiras, Futuros e Opções. Tiago, A., Almeida, R. e Pascoal, T. (2000). Prestação de Contas. Coimbra: Coimbra Editora. Obra sobre a problemática da prestação de contas. Viegas, H. e Matos, A. (1992). Didáctica da Contabilidade de Gestão. Lisboa: Universidade Aberta. Livro, destinado ao professor,sobre a didáctica da Contabilidade. Viegas, H. e Matos, A. (1999). A Empresa e a Contabilidade. Lisboa: Texto Editora. Livro didáctico sobre os conceitos fundamentais da Contabilidade Viegas, H. e Matos, A. (1999a). Contabilidade e Gestão. Lisboa: Texto Editora. Livro teórico/prático sobre o estudo das contas, prestação de contas e análise e interpretação da informação contabilística. REVISTAS Boletim do Contribuinte Informador Fiscal Jornal de Contabilidade Revista de Contabilidade e Comércio TOC- Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas LEGISLAÇÃO EM VIGOR Código Comercial Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado Código das Sociedades Comerciais Directrizes Contabilísticas Plano Oficial de Contabilidade ENDEREÇOS NA INTERNET Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 8 www.min-edu.pt - Ministério da Educação www.min-financas.pt - Ministério das Finanças www.anje.pt – Associação Nacional de Jovens Empresários www.ctoc.pt – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas www.cidadevirtual.pt/croc – Ordem dos Revisores Oficiais de Contas http://canais.sapo.pt/tecnologia/ - Informação sobre tecnologia http://canais.sapo.pt/financas/ - Informação sobre temas económico - financeiros www.sapo.pt/empresas - Informação sobre empresas www.negocios.pt - Informação sobre temas económico – financeiros www.bloomberg.com - Informação sobre temas económico – financeiros www.iapmei.pt - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas www.cfe.iapmei.pt - Centro de Formalidades de Empresas www.bvl.pt - Bolsa de Valores de Lisboa www.bdp.pt - Bolsa de Derivados do Porto www.icep.pt - Instituto de Comércio Externo de Portugal www.ine.pt - Instituto Nacional de Estatística www.bportugal.pt - Banco de Portugal www.cgd.pt – Caixa Geral de Depósitos www.ce.pt - Informação sobre União Europeia www.cijdelors.pt - Informação sobre União Europeia http://enciclopediaverbo.clix.pt - Informação da Enciclopédia Verbo www.jurinfor.pt - Informação sobre legislação e jurisprudência portuguesa e comunitária Formadora Conceição Balhico – Técnica de Contabilidade Financeira e Analítica, Monitora de Informática. Capítulo I Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 9 PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE: INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE CONTABILIDADE Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 10 A Contabilidade é uma Ciência de Natureza económica cujas funções são registo, a avaliação, a análise, a previsão, e o controlo dos factos patrimoniais ocorridos nas unidades económicas. Uma técnica de Gestão que tem em vista a determinação da situação patrimonial das empresas e dos seus resultados Para facilitar a vida interna das empresas a Contabilidade dividiu-se em dois ramos 1. INTRODUÇÃO A Contabilidade tem o compromisso e a necessidade de bem informar. Trata-se de uma ciência tão antiga quanto a civilização. Tem passado por fases de progresso, literário e FUNÇÕES DA CONTABILIDADE Registo – A Contabilidade regista todos os factos Patrimoniais Controlo A Contabilidade controla a situação económica e financeira da empresa Avaliação A Contabilidade avalia os produtos que estão na empresa e toda a sua actividade Previsão A Contabilidade faz previsões para o futuro da empresa Análise A contabilidade analisa todos os registos da empresa de forma a tomar decisões mais fundamentadas DIVISÕES DA CONTABILIDADE CONTABILIDADE GERAL Registo de todos os factos patrimoniais que dão a conhecer, em qualquer momento, a situação patrimonial da empresa CONTABILIDADE ANALITICA OU DE CUSTOS Permite dividir os diferentes custos pelos diversos sectores da empresa Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 11 doutrinário, como mostra o passado, a história. Não obstante, apenas no Século XX, pressionada pela necessidade de bem informar, os estudiosos e pesquisadores preocuparam-se em identificar e formalizar de uma maneira prática e objectiva os princípios que a regem e fixar normas e regras para a efectiva aplicação. Tal acontecimento ocorreu em face da exigência dos usuários das informações da contabilidade e representam um grande avanço no estudo e na aplicação dos conhecimentos técnicos da contabilidade, possibilitando a identificação e fixação de normas. Tem sido, portanto, preocupação universal e generalizada quer por contabilistas, pesquisadores ou líderes da classe da contabilidade. Os Princípios são inerentes à própria Ciência Da contabilidade e existem independentemente do desejo ou da escolha por parte de todos aqueles envolvidos – pesquisadores, contabilistas ou profissionais -. Referidos Princípios precisam ser identificados e respeitados para que a Contabilidade possa atingir os objectivos colocando à disposição dos usuários, informações da contabilidade úteis e relevantes, capazes de suprir as necessidades dos que delas têm carência. Através de informações aos usuários das Demonstrações Da contabilidade, proprietários, sócios, accionistas, credores, financiadores, investidores, fornecedores, governos, empregados e a sociedade, em geral, a Contabilidade realiza os objectivos a que se propõe. As Informações Da contabilidade devem ser elaboradas rigorosamente de acordo com as normas vigentes que deverão estar subordinadas aos Princípios Da contabilidade. As Demonstrações Da contabilidade geralmente são elaboradas de forma sintética e para maiores esclarecimentos deverão ser divulgadas de forma analítica, através de notas explicativas que deverão prestar esclarecimentos contemplando, no mínimo: os princípios e normas adoptadas; eventuais mudanças de critérios, que alterem a uniformidade da aplicação das normas, em relação ao exercício anterior, justificando-as. A Contabilidade realiza os seus objectivos por meio de informações aos usuários das Demonstrações Da contabilidade. Tais informações possuem características próprias, que Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 12 as definem e as tornam úteis as reais finalidades de informar. Para tanto, tais características devem assemelhar-se às dos Princípios e normas da contabilidade sendo, portanto, componentes que tornam útil a informação no momento de se fazer a opção quanto a divulgação de um fato da contabilidade. As informações da contabilidade são consequências da aplicação dos princípios ou normas da contabilidade a que se subordinam, não podendo, portanto, contrariar os Princípios Fundamentais de Contabilidade. O principal objectivo da Contabilidade é o seu usuário, interno e externo. Pouca importância terá uma informação da contabilidade se a utilidade a que se destina é nula. A informação da contabilidade é um instrumento para a tomada de decisões, portanto, deve atender a todos os objectivos a que se destina. A moderna Contabilidade deve ser estruturada visando ser um instrumento de informação, decisão e controle, fornecendo informações capazes de atender plenamente os objectivos dos usuários. Apresenta-se, neste trabalho, o Principal Objectivo da Contabilidade, enfocando-se a importância das informações da contabilidade e os usuários dessas informações. Especial destaque é dado ao processo de normalização e a harmonização de normas e princípios da contabilidade. A contabilidade vale pela necessidade de prover o usuário a tempo com informação correcta e útil. Para a característica de utilidade seja mantida ao longo do tempo nas mais diversas práticas, torna-se necessário, que todos os envolvidos com a ciência da contabilidade, tenham em mente a figura do usuáriocomo o grande objectivo. 2.CONSIDERAÇÕES GERAIS A Contabilidade desde a mais remota existência, vincula-se à sociedade e evoluem juntas, à medida que a sociedade demanda da Contabilidade as mais variadas informações, o que Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 13 imoporta em se afirmar, que sem quaisquer dúvidas a Contabilidade é um componente social. Por ser uma ciência social, a Contabilidade sofre influências do meio em que opera e deve ser adaptada ao contexto das mudanças sociais, políticas e económicas, sem prejudicar seu propósito que é o de atender bem a todos os vários usuários da informação da contabilidade. "A função básica da Contabilidade é a de acumular e comunicar informações essenciais para o entendimentos das actividades de uma empresa.", Segundo Accounting and Reporting Standars for Corporate Financial Statements – 1957 – Revision. 3. PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE Os objectivos da Contabilidade podem materializar-se por meio da observação da realidade e transcendem os princípios e normas. O primeiro enfoque a definir concentrou-se no cálculo e na apresentação do lucro líquido resultante de regras específicas de realização e vinculação num balanço que relacionasse o período corrente a períodos futuros. Algumas abordagens fundamentam o estabelecimento dos objectivos da ciência da contabilidade: o Fornecer aos usuários um conjunto básico de informações que deveria atender igualmente bem a todos; o Fornecer cadastro de informatizações diferenciadas para tipo de usuário; o Construir um arquivo básico de informação da contabilidade que possa ser utilizado de forma flexível por qualquer usuário. A função da Contabilidade não se alterou ao longo do tempo mas os tipos de usuários e as formas de informações que eles têm procurado tem evoluído substancialmente. Para atender as necessidades dos usuários seria necessário um estudo de modelo decisório de cada tipo de tomador de decisão, sabendo-se que a informação da contabilidade Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 14 disponível poderá também influenciar o modelo de decisões do usuário, ou seja, seria necessário: o Estabelecer qual a função que se deseja maximizar; o Colectar e avaliar o tipo de informação utilizada no passado para maximizar a função; A principal dúvida consiste em determinar se: o A contabilidade deverá fornecer conjuntos de informação para cada tipo de usuário; ou o Fornecer uma única informação relatório, abrangente e detalhada, que será útil para muitos usuários mas não para todos. Segundo Hendriksen (1971:104-105), "O objectivo da Contabilidade é fornecer um conjunto de relatórios financeiros para usuários indeterminados com relação à riqueza, ou relações económicas da empresa." Do ponto de vista teórico a melhor abordagem seria aquela que determinasse como objectivo da Contabilidade o fornecimento de informações específicas para usuários específicos, porém, nem sempre isso é possível, por problemas de mensuração da própria Contabilidade e restrições do usuário como o próprio custo do sistema. "... a função fundamental da Contabilidade (...) tem permanecido inalterada desde seus primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos demonstrações financeiros com informações que os ajudarão a tomar decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas formas de informação que têm procurado. Todavia, esta função dos demonstrações financeiros é fundamental e profunda. O objectivo básico dos demonstrações financeiros é prover de informação útil para a tomada de decisões económicas..." A teoria da contabilidade pode ser encarada sob várias abordagens, entretanto, é improvável que se possa utilizar apenas uma delas para definir todo modelo da contabilidade. Citar-se-á as principais abordagens: Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 15 o Ética o Comportamental o Macro económica o Sociológica o Sistémica 3.1.USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE Nos primórdios, o usuário das informações da contabilidade era basicamente o proprietário do património que elas procuravam mensurar. A Contabilidade nasceu como um sistema de informações cujo único objectivo era propiciar ao usuário, informações úteis à gestão do património e o maior objectivo do proprietário era o controle e apuramento do lucro. Posteriormente surgiram os usuários externos à entidade: os fornecedores de crédito, que na forma de banqueiros ou fornecedores de bens e serviço, que buscavam encontrar na Contabilidade uma forma de garantia através do controle e da evolução daquele património que financiavam, constatando que o reconhecimento do lucro não se dava de forma aleatória. Surgiu, a seguir, o Estado, que encontrou na Contabilidade a fonte de informação que possibilitava o lançamento de seus tributos, passando a considerar-se em muitos países, como o maior importante A existência de usuários de interesses tão diferentes – e muitas vezes até contraditórios – a informação da contabilidade será tão mais válida quanto mais livre ela for de tendências, para a apuramento de resultados predeterminados. Pode-se definir informação como comunicação ou opinião sobre o procedimento de alguém. Na contabilidade têm-se na informação o produto final. Em síntese, a Informação deve representar surpresa para quem a recebe, reduzir a incerteza, transmitir uma mensagem com valor superior ao seu custo e evocar reacção por parte do responsável pela decisão. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 16 Para produzir informações, a Contabilidade deverá saber a quem se destina e qual o propósito, por que a premissa básica é que o usuário alvo das informações possua o nível de conhecimento necessário para interpretá-las bem como ser relevante. O propósito principal para o qual a informação é dirigida é para facilitar avaliações sobre decisões de investimentos e julgamentos sobre a qualidade do esforço do desempenho da administração. Observar-se-á que sejam prestadas informações de qualidade e em quantidade suficiente visando atender ao usuário. Deve, portanto, ser identificado um grupo específico de usuários, isolados os propósitos, determinados os tipos de informações que necessitam, levando-se em consideração a forma de apresentação, evitando-se, assim, informações excessivas ou estranhas, enfim, desnecessárias. 3.2.EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE Hendrikson & Breda (1999:73), questiona o significado da palavra – princípio -, quando afirma: " Toda demonstração financeira examinada por auditores, hoje em dia, é acompanhada por um parecer atestando sua obediência a " princípios da contabilidade geralmente aceitos." Mas o que são esses princípios, exactamente?" E vai mais além quando faz os seguintes questionamentos: o "Por que precisamos desses princípios? o Quem decide os princípios aceitos e quão amplamente precisam ser aceitos antes de serem considerados geralmente aceitos?" Os Princípios são primariamente relevantes às demonstrações da contabilidade formais elaboradas em três partes pelos relatórios de negócios da empresa. As emissões da contabilidade são realmente eficazes no que se refere a neutralidade entre várias demandas de interesses especiais competitivos. A propriedade de funções deriva da Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 17 mensuração dos recursos de entidades específicas e de mudanças nestes recursos. Os princípios deveriam ser objectivados na realização daquelas funções. Relacionar-se-á os princípios desenvolvidos no estudo, em referência: o Lucro é atribuível ao processo total de actividade de negócios; o Mudanças de Recursos devem ser classificadas entre os montantes atribuídos a mudanças no nível de preço; nos custos de reposição; vendas ou transferência ou recolhimentodo valor do lucro realizável; outras. o Todos os Activos da empresa, se obtidos pelos investimentos de accionistas ou de credores ou por outros meios, devem ser reportados nas demonstrações financeiras; o O problema de mensuração no Activo; o Todos os passivos da empresa devem ser registrados nas contas e relatados nas demonstrações financeiras; o Aqueles passivos que requerem pagamentos em produtos ou serviços; o Em uma corporação, o património líquido deve ser classificado dentro do capital investido e lucros acumulados; o Uma demonstração dos resultados de operações deve revelar os componentes do lucro em detalhes suficientes para permitir comparações e interpretações a serem feitas. Em síntese, pode-se afirmar a Estrutura Básica da Contabilidade: OBJECTIVOS DA CONTABILIDADE POSTULADOS DA CONTABILIDADE PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS CONVENÇÕES DA CONTABILIDADE Nessa estrutura percebe-se que primeiramente foram definidos os objectivos da Contabilidade para, em seguida, delimitar-se o ambiente em que ela irá actuar para que possa atingir esses objectivos. Isso não ocorre somente com a Contabilidade. Qualquer que Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 18 seja a área de conhecimento, necessário se torna primeiramente definir os objectivos que se pretende atingir o ambiente em que as actividades serão desenvolvidas. 3.3. ESTRUTURA CONCEPTUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE A estrutura conceptual básica da Contabilidade significa a composição, o arcabouço e é fundamental e dentro deste fundamental existem hierarquizações. Pesquisas têm sido realizadas, ao longo do tempo, por diversos autores e todos têm assumido posturas diversas sobre a estrutura conceptual básica e a hierarquizações. 4. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS NA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE Os atributos das informações da contabilidade devem tender a ampliar a utilidade caracterizando-se por sobreviver a passagem do tempo; aplicabilidade a todas entidades da contabilidade e serem viáveis. Os padrões das informações da contabilidade representam soluções gerais a problemas de contabilidade financeira e as interpretações das informações esclarecem, explicam ou detalham padrões de contabilidade e divulgação, ajudando em sua aplicação na prática da contabilidade. As aplicações práticas das informações da contabilidade, a situações específicas por administradores e auditores , são os meios pelos quais os objectivos básicos das demonstrações financeiras são atingidos. Os usuários das Informações Da contabilidade são os responsáveis pela tomada de decisões. São características daqueles tomadores de decisão: a decisão a ser tomada; os métodos da tomada de decisão; os dados já possuídos ou obtidos de outras fontes; a capacidade de processamento de informação do tomador de decisão; o valor da informação da contabilidade. São, portanto, a própria administração, os clientes, os credores, os pequenos investidores, enfim, o público em geral. Com usuários tão diferentes, ao invés de se adotar relatórios com finalidade específica, onde a informação relevante para um usuário pode não ser de mesma importância para outros, optou-se pelos Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 19 demonstrações de finalidades genéricas, pelo fato de que os mesmos atendem às exigências de um maior número de usuários. A relação custo/benefício como uma restrição geral deve ser levada em consideração para se obter uma informação. O benefícios percebidos derivados da mesma devem ser superiores aos custos a ela associados. São a base do processo de decisão. A dificuldade consiste na quantificação precisa dos benefícios. As informações custam para ser evidenciadas. Referidos custos podem ser de coleta, processamento, auditoria, evidenciação, entre outros. Para os usuários, os custos são relacionados com a análise e interpretação das informações bem como o custo com a rejeição de informações sem quaisquer utilidades. Estabelecer as informações a serem evidenciadas exige um balanciamento dos custos com o provimento e manutenção da informação e dos benefícios advindos da mesma. Tais benefícios não são mensuráveis. Pode-se citar, a título de exemplificação, a falta de informações sobre os efeitos económicos de uma determinada iniciativa, inclusive os riscos, pode levar a empresa a uma situação de desvantagem competitiva no mercado. Trata-se, portanto, de um custo impossível de mensurar. As características qualitativas da informação da contabilidade podem ser expressas pelas qualidades específicas do usuário, representadas pela compreensibilidade e utilidade da informação da contabilidade. Quando a natureza do usuário é um fator determinante crucial a decisão a respeito da informação a ser divulgada. A informação somente terá utilidade para o usuário se ele conseguir entendê-la. A informação precisa, portanto, ser compreensível para aqueles que possuem um razoável entendimento do negócio e da actividade econômica e estão dispostos a estudar a informação com diligência. O perfil do usuário vai influenciar as características da informação. Um usuário com conhecimentos mais profundos não necessita de uma informação que para ele é elementar – pois neste caso esta informação não tem utilidade para este – por outro lado, um usuário Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 20 mais leigo, necessitará de informações mais básicas, sem as quais ele não conseguirá tomar decisões acertadas. Informação relevante é aquela pertinente à questão que está sendo actualizada, podendo afectar metas, compreensão da questão e decisões poderia dizer que uma informação relevante " faz diferença " na decisão, ajudando o usuário a fazer predições sobre o resultado de eventos passados, presentes e futuros ou corrigir expectativas anteriores. Faz-se necessário a coexistência de dois factores: o conhecimento sobre o passado, pois este proverá os gestores de habilidades para predizer situações futuras semelhantes; e o interesse no futuro, pois sem este, de nada servirá o conhecimento dos resultados passados. A informação da contabilidade será relevante para o usuário se ela for oportuna, possuir valor produtivo e valor como feedback. A oportunidade é um elemento indispensável à relevância porque a informação precisa estar disponível para o usuário antes que perca a sua capacidade de influenciar a decisão do mesmo, pois caso contrário, inócua será esta informação. É o conhecimento da importância da informação oportuna que está determinando a diminuição de prazos para encerramento das demonstrações da contabilidade porque quanto mais rápido as informações estiverem disponíveis para os usuários, mais úteis serão. A oportunidade da informação não é condição suficiente para se garantir a relevância da mesma, mas não se pode conceber relevância de uma informação que carece de oportunidade. Afirma-se que temos na informação da contabilidade a qualidade do "valor como feedback" quando esta desempenha um papel importante na confirmação ou correcção de expectativas anteriores. A aplicação desta qualidade à informação da contabilidade nos leva a afirmar que a última deve favorecer ao investidor a possibilidade de ajustar suas estratégias de investimento ao longo do tempo. Esta característica decorre do fato de a informação da contabilidade ter que atender a vários usuários de objectivos bem diferentes. Desta forma, não pode caber a apenas parte Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 21 destes usuários a definição da mensuração da informação consoante o seu interesse em particular, em detrimento do interesse geral. Assim, a informação será tão mais útil, na medida em que for útil a todos os usuários e não a apenas parte deles. A neutralidade é um meio democrático de se atingir este fim. A escolha neutra entre alternativasde contabilidade é livre de preconceito para apuramento de um resultado predeterminado. Significa que não há viés na direcção de um resultado predeterminado. A utilidade da informação da contabilidade é significativamente ampliada quando é apresentada de maneira que permita comparar uma empresa com outra, ou a mesma empresa em diferentes datas. A comparabilidade depende da uniformidade e da consistência. A uniformidade consiste em eventos iguais e são representados de forma idêntica. A meta de uniformidade estimula a apresentação de demonstrações financeiras por empresas distintas, usando os mesmos procedimentos da contabilidade, conceitos de mensuração, classificação, método de divulgação e formato básico semelhante. Refere-se, a consistência, ao uso dos mesmos procedimentos da contabilidade por uma empresa de um período para o outro, uso de conceitos e procedimentos de mensuração semelhantes para itens afins nas demonstrações de uma empresa, num dado período, e ao uso dos mesmos procedimentos por empresas diferentes. A comparabilidade e a neutralidade são consideradas qualidades secundárias e interdependentes das informações da contabilidade. A materialidade, assim como a relevância, é um atributo que se traduz na capacidade que a informação terá de influenciar -fazer diferença - para o usuário no seu processo de tomada de decisão. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 22 Quando for tomada uma decisão no sentido de desconsiderar uma determinada informação pelo fato de a mesma ser desnecessária ao usuário, pode-se afirmar que essa informação não é pertinente, e por este motivo, é irrelevante para o usuário. 5. INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÕES E RELATÓRIOS Os objectivos das Demonstrações Da contabilidade, são: o Informar sobre a posição financeira, performance e mudanças na posição financeira da empresa; o Mostrar o desempenho da administração da empresa, que será tomado como base das decisões a serem tomadas pelos mais diversos usuários. A posição financeira da empresa é afectada pelo controle dos recursos económicos, a estrutura financeira, solvência e liquidez e a capacidade de adaptação às mudanças no ambiente em que operam. A análise da capacidade de controlo dos recursos económicos refere-se à capacidade de gerar caixa e equivalente de caixa no futuro, dando ênfase à utilização do fluxo de caixa. Informações sobre a performance diz respeito à capacidade de, em havendo mudanças nos recursos económicos, a empresa continuar gerando caixa e equivalente de caixa aplicando a capacidade de julgamento de seus gestores na efectivação das mudanças. As informações que tratam das mudanças na posição financeira são importantes e dizem da capacidade da empresa em gerar caixa e equivalente de caixa, bem como a utilização de fluxos de caixa. Muito embora existam de forma independente, as demonstrações da contabilidade se relacionam entre si de tal maneira que determinadas informações só serão úteis se vierem acopladas a outras informações que deverão ser complementares. Essas demonstrações se interrelacionam por reflectir diferentes aspectos na mesma transacção. Cita ainda o IASC, a importância das Notas Explicativas às demonstrações da contabilidade, principalmente por poderem conter informações consideradas adicionais mas que de extrema importância. Podem evidenciar elementos de risco, obrigações ou direitos da empresa não evidenciados no balanço patrimonial. Contemplam ainda informações sobre o Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 23 segmento e a região em que a empresa actua, bem como efeitos económicos, legais e sociais, dentre outras informações úteis aos usuários de demonstrações da contabilidade. CONCLUSÃO A Contabilidade, como no decorrer de sua evolução, estará atenta aos avanços tecnológicos e a harmonização da contabilidade internacional e as questões sociais, ambientais e ecológicas e passará a incorporá-las nos registros e divulgação de informações aos usuários, reflectindo aquelas realidades. É importante se conhecer qual foi a evolução histórica da Contabilidade para que se possa entender melhor o que é hoje, na actualidade. Entender a evolução das sociedades, em seus aspectos económicos e dos usuários da informação da contabilidade, em suas necessidades informativas é a melhor forma de entender e definir os objectivos da Contabilidade. Apesar das diferenças de abordagem das várias escolas, deve-se reconhecer que somente existe uma Contabilidade, baseada em postulados, princípios, normas e procedimentos racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da praticabilidade. Predomina, nos textos americanos e europeus, a preocupação com o usuário da contabilidade. A Contabilidade, portanto, desde os primórdios vem sendo utilizada e apresentada como algo útil par a tomada de decisões. As transformações políticas, económicas e sociais têm levado os usuários das informações da contabilidade a exigir cada vez mais informações que contemplem aquele compromisso social da empresa com a sociedade. Os Contadores não podem preocupar-se exclusivamente em divulgar as transacções económicas e financeiras, evidenciando o estado patrimonial das empresas visando a atender apenas a um determinado segmento de usuários. Como resultado da implementação de normas, procedimentos e dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, a qualidade das demonstrações Da contabilidade elaboradas e divulgadas pelas companhias têm melhorado consideravelmente. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 24 Produzir diferentes conjuntos de Demonstrações Da contabilidade, regidas pela legislação, organismos e/ou entidades internacionais e nacionais da classe da contabilidade, e pelo mercado de capitais são onerosas e confusas. A harmonização internacional será possível se todas as partes reconhecerem que há diferenças que não são tão importantes que não possam ser superadas. A internacionalização da Contabilidade é um desenvolvimento positivo que se deve aplaudir, entretanto, isso não significa que não temos mais que contribuir ao debate. A tomada de decisões desempenha papel crucial na Teoria da Contabilidade e sua importância tem sido frequentemente ressaltada nas definições de Contabilidade. A American Accounting Association– AAA, no "A statment of basic accounting theory", diz que a contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação da informação económica para permitir a realização de julgamentos bem informados e a tomada de decisões por usuários da informação. Pelas considerações feitas conclui-se que a sociedade e a Contabilidade evoluem juntas, o que importa em se afirmar que a Contabilidade, sem quaisquer dúvidas, é um componente de cunho social. A Contabilidade, entretanto, nasceu dentro de um cenário absolutamente prático, quando o gestor do património preocupado em encontrar um instrumento que o ajudasse a geri-lo, passou a criar uma estrutura rudimentar de escrituração que pudesse atender as reais necessidades de informações. Existe a possibilidade de que, o maior objectivo daqueles criadores da Contabilidade, fosse mais para fins de controle e apuramento do lucro do que o da avaliação patrimonial. Apesar da existência dessa possibilidade, pode-se dizer que nasceu ou foi criada em função da característica utilitária, da capacidade de responder as dúvidas e de atender às necessidades de seus usuários. Conjunto de características não apenas eficientes para o surgimento da Contabilidade como também para a sua evolução. A co-participação de todos os envolvidos, ou seja, teóricos, professores, estudantes, pesquisadores, empresários e, em, especial, os usuários, é que possibilitará o Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 25 desenvolvimento da área da contabilidade e a melhoria na qualidade das informações da contabilidade.Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 26 Capítulo II ELEMENTOS PATRIMONIAIS DAS EMPRESAS Noção e Classificação O PATRIMÓNIO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 27 Conjunto de Bens (B), Direitos (D) e Obrigações (O), pertencentes a uma entidade individual ou colectiva num dado momento Património:{ B,D,O} CATEGORIAS PATRIMÓNIO PARTICULAR OU INDIVIDUAL Conjunto de Bens, direitos e Obrigações meramente pessoais, ou seja, valores não afectos a qualquer actividade comercial PATRIMONIO COMERCIAL Conjunto de Bens, direitos e obrigações directamente relacionados com a actividade comercial MASSAS PATRIMÓNIAIS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 28 Denominados elementos BENS + DIREITOS patrimoniais activos ACTIVO (A) Denominados elementos OBRIGAÇÕES patrimoniais Passivos PASSIVO (P) Assim, Valor Património (VP)* = ( B + D ) – O ou seja, VP = A - P *O VP é o que resta à empresa depois de pagar as suas dívidas, também se denominando CAPITAL PRÓPRIO (CP) Obtemos então Estes três grandes grupos de elementos patrimoniais denominam-se Massas Gerais. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO BALANÇO CAPITAL PRÓPRIO=ACTIVO - PASSIVO MASSAS GERAIS ACTIVO – Conjunto de Bens e Direitos, tangíveis ou intangíveis, detidos por indivíduos ou empresas, e susceptíveis de atribuição de um valor monetário CAPITAL PRÓPRIO – É constituído pelo capital com que se iniciou a actividade, pelas reservas e pelos lucros ou prejuízos retidos na empresa PASSIVO – Conjunto de obrigações de uma empresa, ou seja, os valores que deve aos seus credores de curto, médio e longo prazo. Corresponde à parcela dos capitais alheios na estrutura de financiamento de uma empresa( empréstimos bancários, obrigacionistas, dividas a fornecedores, etc... MASSAS PARCIAIS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 29 IMOBILIZADO CIRCULANTE DIVIDAS A TERCEIROS CAPITAL PRÓPRIO Constituído por bens patrimoniais activos corpóreos, incorpóreos ou financeiros que a empresa utiliza na sua actividade com carácter de permanência Constituído pelas existências em armazém( bens), pelas dividas de terceiros(direitos) . Constituído por todas as dívidas a pagar pela empresa a médio e longo prazo Constituído pelo capital com que se iniciou a actividade, pelas reservas e pelos lucros ou prejuízos retidos na empresa Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 30 Capítulo III BALANÇO BALANÇO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 31 Noção e Classificação de Balanços: O Balanço é o resumo do inventário da empresa. O Balanço compara o activo com o passivo e evidencia o valor do património, isto é, o Capital Próprio Nota: O Balanço não discrimina os elementos patrimoniais, estes aparecem arrumados em contas. Coloca os valores do Activo no 1º membro do esquema e o Capital Próprio e Passivo no 2º membro do esquema Da equação geral do Balanço {Activo = Capital Próprio + Passivo} constatamos que o 1º membro tem de ser sempre igual ao 2º membro Podem existir nas empresas várias situações relativas ao capital próprio consoante a situação económico-financeira em que a empresa se encontra. Dependendo dos casos, vamos Ter três géneros de Balanços 1º Género de Balanço CP> 0-> O activo cobre as dívidas (passivo) ficando ainda a empresa com fundos: Situação Normal BALANÇO BALANÇO INICIAL – Feito no início da actividade económica ou no início do exercício económico BALANÇO FINAL – Balanço feito no fim do exercício económico Balanço Horizontal Vertical A > P A = P A < P CAPITAL PRÓPRIO BALANÇO NATUREZA Expressão Geral Activo (CPa) Nulo ( CPo) Passivo( CPp) Casos VALOR CP > 0 CP = 0 CP < 0 A = P + Cpa A=P A=P - CPp Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 32 2º Género de Balanço CP = 0-> O activo só chega para pagar as dívidas (passivo). É uma situação que revela: Situação Instável 3º Género de Balanço CP <0-> O activo não chega para pagar as dívidas (passivo), a empresa apresenta uma: Situação Normal Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 33 Capítulo IV ESTRUTURA CONCEPTUAL DO POC NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA -POC Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 34 A Normalização Contabilística consiste na definição de um conjunto de regras e princípios que visem: a) Elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades económicas b) Definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contas definidas no quadro indicado em a) c) Concepção de mapas – modelo para as demonstrações financeiras definidas para as unidades económicas d) Definição dos princípios contabilísticos e dos critérios valor aritméticos que devam ser seguidos na contabilidade das diversas entidades envolvidas Em síntese, Normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser seguida pelas unidades económicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade das informações inter – unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade pelos diversos agentes económicos. A Normalização Contabilística apresenta Vantagens em diversos domínios, tais como: 1- O da empresa: que poderá mais facilmente comparar os dados obtidos com o de outras empresas do sector. 2- O do Técnico de Contas: que terá à sua disposição um instrumento orientador dos procedimentos a adoptar 3- O dos interessados na situação económica e financeira na empresa: que facilmente poderão tirar ilações relativas à situação da empresa 4- O da Economia Nacional: que poderá dispor de dados mais exactos que certamente determinarão uma análise mais correcta do sector empresarial em estudo. 5- O da Fiscalidade: Que disporá de elementos para possibilitar uma maior justiça na tributação das empresas DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 35 IDENTIFICAÇÃO DE CUSTOS E PERDAS CONTAS ( CLASSE 6) 61 - CMVMC 62 – FOR. SERV. EXTERNOS 63 - IMPOSTOS 64 – CUSTOS C/ PESSOAL 65 – OC e PERDAS OPERAC. 66 – AMORTIZAÇÕES EXER 67 – PROVISÕES EXERC 69 – C P EXTRAORDINÁR. 68 – C P FINANCEIRAS Preço de custo das mercadorias e MP vend/cons. Electric, combustível, Água, Honorários, Mat. Escr. Indirectos e directos Remunerações, encargos s/ remun., seguros Quotizações, desp confidenciais, ofert/amostras exist Amortizações em imobiliz Corpóreas/Incorporeas Cobr duvidosas, riscos e encargos, depreciação exist Juros suportados, perdas em empresas de grupo Donativos, div. Incobráveis, perdas em exist, multas CONTEÚDO IDENTIFICAÇÃO DE PROVEITOS E GANHOS 71 - VENDAS 72 – PRESTAÇÃO SERVIÇOS 73 – PROVEITOS SUPL. 74 – SUBSIDIOS À EXPLOR. 75 – TRAB PP EMPRESA 76 – O P GANHOS OPERAC. 78 – P. GANHOS FINANC 79 – P GANHOS EXTRAORD. Preço Das vendas, devoluçõesdas vendas descontos e abat.d/cons. Serviços prestados pela p/p empresa Serviços sociais, aluguer de equipamentos, royaltes Do estado ou de outras entidades Invest financ, imob. Corporeas e incorpóreas Direitos de propriedade industrial Juros obtidos, rendi. De imóveis, dif. De cambio fav Restituição de impostos, recuperação de dividas .... CONTAS ( CLASSE 7) CONTEÚDO APURAMENTO DOS RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 36 CLASSE 8 - RESULTADOS 81 RESULTADOS OPERACIONAIS 82 RESULTADOS FINANCEIROS 83 (RESULTADOS CORRENTES) 84 RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 85 (RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 86 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCICIO 88 RESULTDOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 89 DIVIDENDOS ANTECIPADOS 81 – RESULTADOS OPERACIONAIS 61 – CMVMC 71 – VENDAS 62 – F.S.E 72 – PRESTAÇÃO SERVIÇOS 63 – IMPOSTOS 73 – PROV SUPLEMENTARES 64 – C.PESSOAL 74 – SUB. EXPLORAÇÃO 65 – O C OPER. 75 – TRAB P/P EMPRESA 66 – AMORT. 76 – O P OPERAC. 67- PROVISÕES 82 – RESULTADOS FINANCEIROS 68 – CUSTOS E PERDAS 78 – PROVEITOS E GANHOS FINANCEIRAS FINANCEIROS 83 – RESULTADOS CORRENTES (Facultativa) 81 Sd 81 Sc 82 Sd 82 Sc 84 – RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 69 – CUSTOS E PERDAS 79 – PROVEITOS E GANHOS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 37 EXTRAORDINÁRIAS EXTRAORDINÁRIOS 85 – RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 83 –Sd 83 - Sc 84 – Sd 84 - Sc 88 – RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 81 Sd 81 Sc 82 Sd 82 Sc 84 Sd 84 Sc 86 Sd Fólio do RAZÃO ou “ T” MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS NO RAZÃO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 38 Débito (D) Titulo da Conta Crédito(C) 1º membro 2º membro Debitar uma conta é Creditar uma conta é Inscrever o valor do inscrever o valor do lado do débito lado do crédito SALDO = | D – C | Assim temos, - As contas de ACTIVO têm sempre Saldo Devedor ou Nulo - As contas de PASSIVO E CAP. PP têm sempre Saldo Credor ou Nulo - As contas de CUSTOS E PERDAS têm sempre Saldo Devedor ou Nulo - As contas de PROVEITOS E GANHOS têm sempre Saldo Credor ou Nulo BALANÇO CAP. PRÓPRIO ACTIVO PASSIVO Figuram no 1º membro do Balanço D > C D<C D=C SALDO DEVEDOR (SD) SALDO CREDOR (SC) SALDO NULO (SN) CONCLUSÃO REGRAS DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS NO RAZÃO BALANÇO CONTAS DO ACTIVO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 39 Débito Crédito AS CONTAS DO ACTIVO : São debitadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentos e Creditadas pelas Diminuições Figuram no 2º membro do Balanço Débito Crédito AS CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO: São debitadas pelas Diminuições e Creditadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentos DEMONSTR. RESULT. CUSTOS PROVEITOS E PERDAS E GANHOS As contas de custos perdas são As contas de proveitos e ganhos são debitadas pelos custos e perdas creditadas pelos proveitos e ganhos CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONTAS DE CUSTOS E PERDAS CONTAS DE PROVEITOS E GANHOS REGISTO DOS FACTOS PATRIMONIAIS NO RAZÃO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 40 MÉTODO DIGRÁFICO Segundo este método, todo o débito numa conta origina o crédito noutra ou noutras e vice-versa, isto é, cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais contas, por forma a que ao valor de cada débito (ou débitos) corresponda sempre um crédito (ou créditos) de igual valor. Em Suma: ◼ A um débito (ou débitos) corresponde sempre um crédito (ou créditos) de igual valor ◼ A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos ◼ A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores ◼ A contabilização de qualquer facto patrimonial obedece necessariamente a uma das quatro fórmulas seguintes: 1- Uma só conta devedora e uma só conta credora 2- Uma só conta devedora e várias contas credoras 3- Várias contas devedoras e uma só conta credora 4- Várias contas devedoras e várias contas credoras As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado Razão Geral. Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização do Razão Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR TITULO DA CONTA a) b) c) d) a’) b’) c’) d’) a) e b) – ano e mês c) e c’) - descrição b) e b’) – dia d) e d’) - importância RAZÕES AUXILIARES RISCADO UNILATERAL RISCADO UNILATERAL Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 41 TITULO DA CONTA saldos Data Operação Deve Haver D/C Importância TITULO DA CONTA saldos Data Operação Deve Haver Devedores Credores Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 42 Capítulo V ESTUDO DAS CONTAS DO POC ESTUDO DAS CONTAS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 43 Esta classe inclui as disponibilidades imediatas e as aplicações de tesouraria de curto prazo - POC Inclui os meios líquidos de pagamento de propriedade da empresa, tais como notas de banco e moedas metálicas de curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros - POC 11 CAIXA - Saldo Inicial - Recebimentos (entrada de fundos Pagamentos (Saídas de fundos em contrapartida das contas que em contrapartida das contas das contas correspondentes às correspondentes às operações operações que as originam) que as originam) Ex: Transferência de Caixa para Depósitos à Ordem 11 Caixa 12 – D. Ordem € € CLASSE 1 - DISPONIBILIDADES CONTA 11 - CAIXA CONTA 12 – DEPÓSITOS ORDEM Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 44 Respeita aos meios líquidos de pagamento existentes em contas à vista em instituições de crédito - POC 12 – DEPÓSITOS ORDEM - Saldo inicial - Cheques emitidos - Depósitos efectuados - Transferências para terceiros - Cobranças (títulos, cheques) - Transferências p/ outras contas de - Transferências de terceiros depósitos (aviso prévio e a prazo) - Juros vencidos pelos depósitos Ex:. Levantamento no banco N, do n/ cheque nº525 312, para reforço de caixa 11 CAIXA 12 – DEPÓSITOS ORDEM € € Os juros de descobertos, constituem custos financeiros, sendo debitados na conta 6811- Juros suportados 6811 12 € € RAZÕES AUXILIARES Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 45 As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado Razão Geral. Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização do Razão Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR TITULO DA CONTA a) b) c) d) a’) b’) c’) d’) a) e b) – ano e mês c) e c’) - descrição b) e b’) – dia d) e d’) - importância * Com coluna simples de dados TITULO DA CONTA saldos Data Operação Débito Crédito D/CImportância * Com coluna dupla de saldos TITULO DA CONTA saldos Data Operação Débito Crédito Devedor Credor RISCADO UNILATERAL RISCADO UNILATERAL RISCADO BILATERAL Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 46 Este traçado tem a forma do fólio ou “T” do Razão, registando-se o débito no 1º membro e o crédito no 2º membro. Data Operação Débito Data Operação Crédito O livro de contas do 1º grau será o Razão Geral; os livros de contas divisionárias (2º grau e seguintes) dizem-se Razões Auxiliares. Naturalmente, haverá um Razão Auxiliar para cada conta colectiva: - Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem - Razão Auxiliar de Clientes - Razão Auxiliar de Fornecedores - Razão Auxiliar de Mercadorias - Razão Auxiliar de Outros Devedores e Credores Tal como se efectuaram os registos nas contas divisionárias e nas contas colectivas (1º grau), também se deverá fazer o balancete dos Razões Auxiliares por forma a controlar os respectivos saldos. Deverá utilizar-se um traçado idêntico ao dos outros balancetes, onde figurem não só os valores acumulados dos débitos e créditos de cada subconta, bem como os seus respectivos saldos Saldo Saldo Código Titulo da Conta Débito Crédito Devedor Credor Comparando o balancete do razão Auxiliar com a conta de 1º grau, concluímos: BALANCETES DOS RAZÕES AUXILIARES Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 47 • Total dos débitos do balancete = Total dos débitos da conta de 1º grau • Total dos créditos do balancete = Total dos créditos da conta de 1º grau • Total dos saldos devedores do balancete = Total dos saldos devedores da conta de 1º grau. A Conta de Depósitos à Ordem de Silva & Castro, Lda. Apresentava, em 1/1/n, o saldo inicial de 1500€, distribuído da seguinte maneira: Banco Português do Atlântico -> 1000€ Banco Mello -> 500€ Durante o mês de Janeiro, a empresa realizou as seguintes operações com estes bancos: Dia 10 - Cheque nº 95 071 s/BPA no valor de 250€ Dia 12 – Depósito nº AB 1718, no BM, no montante de 300€ Dia 15 – Cheque nº 95 072, s/BPA, no Valor de 175€ Dia 18 – Cheque nº 71 8970, s/BM, 200€ Dia 22 – Talão de depósito nº AC 2311, no BM, no Valor de 250€ Dia 26 – Depósito nº CF 12 781, no BPA, no Valor de 350€ Dia 30 - Cheque nº 718 971 s/BM no montante de 100€ Pedidos : 1 – Proceda ao registo das operações atrás mencionadas nos razões auxiliares 2 – Elabore o Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem, referente ao mês de Janeiro. Resolução: EXERCICIO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 48 1. Razões Auxiliares Banco Mello Operações Débito Crédito Devedor Credor 1997 Janeiro 1 Saldo nesta data 500 » 12 Depósito nºAB 1718 300 800 » 18 Cheque nº 718 970 200 600 » 22 Depósito nº AC 2311 250 850 » 30 Cheque nº. 718 971 100 750 Data Saldo Banco Português do Atlântico Operações Débito Crédito Devedor Credor 1997 Janeiro 1 Saldo nesta data 1000 » 10 Cheque nº 95 071 250 750 » 15 Cheque nº 95 072 175 575 » 26 Depósito nº CF 12781 350 925 Data Saldo 2. O Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem, em 31 Janeiro, será: Balancete do Razão Auxiliar de depósitos à Ordem, em 31/01/n Débito Crédito Devedor Credor Banco Mello 550 300 250 B.P.A 350 425 75 900 725 250 75 Contas Num Balancete do Razão Auxiliar deverá sempre verificar-se a seguinte igualdade: DÉBITO + SALDO CREDOR = CRÉDITO + SALDO DEVEDOR 900 + 75 = 725 + 250 CONTA 13 – DEPÓSITOS PRAZO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 49 As operações a incluir nestas contas serão estabelecidas de acordo com a legislação bancária – POC Debita-se pelos depósitos efectuados, e credita-se pelos levantamentos. O seu saldo é devedor, e à data do balanço aparece integrado na rubrica «Disponibilidades» 1) Pelos depósitos efectuados 13 DEPÓSITOS PRAZO 11 CAIXA / 12 D ORDEM € € 2) Pelos levantamento ou transferência de conta 12 DEPÓSITOS ORDEM 13 DEPÓSITOS PRAZO € € 3) Pelo vencimento de juros 12 DEPÓSITOS ORDEM 7811 DEPÓSITOS BANCÁRIOS € € CONTA 14 – OUTROS DEPÓSITOS BANC. Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 50 Debita-se pelos depósitos efectuados e credita-se pelos levantamentos e eventuais endossos a terceiros. O seu saldo é devedor e à data do Balanço aparece integrado na rubrica disponibilidades segundo os modelos do POC. 1) Pelos depósitos efectuados 14 11/12/13 2) Pelos levantamentos e endossos a terceiros 12/22/23/25/26 14 3) Pelo vencimento dos juros 12 7811 CONTA 15-TITULOS NEGOCIAVEIS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 51 Inclui os títulos e perdas de capital adquiridos com o objectivo de aplicação de tesouraria de curto prazo - POC A empresa pode proceder a diferentes investimentos, não relacionados coma sua actividade. Assim, e de acordo com o carácter de continuidade ou de permanência na empresa, temos: - Aplicações de curto prazo: Investimentos realizados por um período inferior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros, dividendos e lucros. Estes investimentos serão contabilizados nas contas: 15 Títulos Negociáveis 18 Outras Aplicações de Tesouraria - Aplicações de médio/longo prazo: Investimentos realizados por um período superior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros e dividendos Neste caso, a contabilização destes investimentos será feita na conta: 41 Investimentos Financeiros O desdobramento desta conta contempla as seguintes situações 151 Acções 1511 Empresas de grupo 1512 Empresas associadas 1513 Outras empresas 152 Obrigações e títulos de participação 1521 Empresas de grupo 1522 Empresas associadas 1523 Outras empresas 153 Títulos da divida pública ................................................... 159 Outros Títulos a) Subscrição de Títulos Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 52 26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos negociáveis 265 Credores por subscrições não liberadas 151.../152... € € Mais tarde proceder-se-á à liberação ou pagamento dos títulos subscritos, efectuando-se para o efeito o seguinte registo : 12 Depósitos à Ordem 26 Outros Devedores e Credores 121 .... 65 Credores por subscrições não liberadas € € b) Compra de Títulos Os títulos devem ser contabilizados pelo seu custo de aquisição, o qual engloba o preço de custo e todas as despesas adicionais, tais como comissões, corretagens e impostos. Esta aquisição pode efectuar-se a prazo ou a pronto pagamento. 1. Aquisição a pronto Pagamento 12 Depósitos à Ordem 15 Títulos Negociáveis 121 ... 151..../152... € € 2. Aquisição a prazo 26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos Negociáveis 268 Devedores e credores Diversos 151..../152... € € c) – Rendimentos Obtidos Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 53 Os rendimentos resultantes das participações de curto prazo podem dividir-se em: - Dividendos - os quais são contabilizados na subconta 784 Rendimentos de participações de capital. - Juros – Contabilizadas na subconta 781 Juros obtidos Estes rendimentos estão sujeitos à retenção na fonte de imposto sobre o rendimento, sendo a retenção efectuada pelaempresa que procede ao pagamento desses rendimentos. O registo contabilístico a efectuar será: 12 Depósitos à Ordem 121 ... 78 Proveitos Ganhos Financeiros Valor Líquido 781 .../ 784 ... Valor Bruto 24 Estado e Outros Entes Públicos 241 Imposto sobre o Rendimento 2412 Retenções na Fonte por Terceiros Retenção na Fonte d) Venda dos Títulos adquiridos 1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C. aquisição) 11 / 12 787 15 € € € € 2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição) Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 54 15 11 / 12 € € 3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição) 11 / 12 687 15 € € € € Compreende outros bens não incluídos nas restantes contas desta classe, com características de aplicação de tesouraria de curto prazo - POC a) Aquisição de Bens 18 Outras Aplicações tesouraria 11 CAIXA / 12 DEP. ORDE, € € b) Venda de Bens adquiridos 1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C.aquisição) 11 / 12 787 18 € € € € CONTA 18-OUTRAS APLICAÇÕES TESOURARIA Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 55 2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição) 18 11 / 12 € € 3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição) 11 / 12 687 18 € € € € c) Rendimento dos bens adquiridos com aplicação de tesouraria 781 – Juros obtidos 11 Caixa / 12 D Ordem 784 – Rend. de participações de cap € € CONTA 19-PROVISÕES PARA APLICAÇÕES DE TESOURARIA Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 56 Esta conta será tratada no capítulo das provisões CLASSE 2 TERCEIROS Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 57 Registam todas as dívidas a receber e a pagar pela empresa Regista os movimentos com os compradores de mercadorias de produtos e de serviços 21 CLIENTES - Vendas a crédito ( facturas) - Cobranças s/ Clientes - Notas de Débito - Notas de Crédito (incluindo devoluções de vendas - Adiantamentos Os créditos da empresa sobre os seus clientes podem estar representados, po exemplo, em conta corrente ou evidenciados em letras ou outros títulos a receber. Daí a necessidade da criação de contas do 2º grau, que representem estas duas subdivisões: CLIENTES C/C e CLIENTES – TITULOS A RECEBER CONTA 21 CLIENTES CLIENTES Clientes C/C CLIENTES – TITULOS A RECEBER A B C D E Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 58 Regista todo o movimento corrente efectuado pela empresa com os seus clientes. Debita-se pelos aumentos das dívidas correntes dos clientes, credita-se pelas diminuições das mesmas. Consideram-se dividas correntes todas aquelas que não sejam tituladas (comprovadas apenas por facturas, notas de débito, ou de lançamento, mas não por títulos de crédito) assim como as que não sejam de cobrança duvidosa Esquematicamente: 211 – CLIENTES C/C - Facturas emitidas - Pagamentos (de clientes ) - Notas de débito(encargos c/ clientes: - Saques de letras ou outros títulos fretes, seguros, enc bancários) de crédito - Anulação de letras (reforma, devolução, - Notas de crédito recâmbio) - Devolução de vendas - Dívidas de cobrança duvidosa - Anulação de adiantamentos Ou seja, engloba as dividas decorrentes de vendas efectuadas a prazo de 30, 60 ou 90 dias 1- Factura nº 15, referente à venda a 30 dias, de 2500€ de mercadorias: 211 – Clientes c / c 71 Vendas 2500€ 2500€ 2- Saque nº 21, no valor da facturanº15: 211 – Clientes c / c 212 Clientes – Títulos Receber 2500 2500 CONTA 211 – CLIENTES C/C CONTA 212 – CLIENTES – TITULOS A RECEBER Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 59 Engloba as dívidas em letras. Tal situação verifica-se quando o cliente conta corrente, não podendo pagar a dívida, aceita uma letra que lhe é sacada pelo credor 211 – CLIENTES – TITULOS RECEBER - Saques - endossos a terceiros - endossos de terceiros - descontos - reforma (anulação) - cobranças - protestos 8letras em carteira) É a ordem de pagamento que corresponde à emissão da própria letra. Sacar uma letra consiste em emiti-la, em ordenar a alguém (sacado) o pagamento de uma certa quantia na data de vencimento. Sendo assim ele é efectuado pelo sacador Consiste na transmissão da letra a outrem pelo tomador ou portador. Apenas podem ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham a cláusula à ordem, quando forem títulos à ordem. A entidade que transmite a letra por endosso designa-se endossante; aquele que a recebe por endosso chama-se endossado, Vejamos as diversas operações efectuadas com letras: SAQUE ENDOSSO ACEITE Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 60 É dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilidade deste pelo pagamento da letra na data do vencimento. Após ter aceite a letra o sacado passa a designar-se aceitante, sendo responsável pelo pagamento daquela no vencimento. O desconto de letras realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa realização antecipada do seu valor, ou seja possibilita ao portador realizar o valor da letra antes da data do seu vencimento pagando os juros e encargos relativos ao período compreendido entre a data da apresentação a desconto e a do vencimento. Consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento por outra com vencimento posterior. Esta operação, muito frequente, deve-se ao facto de o aceitante não poder liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra na data do vencimento. DESCONTO REFORMA RECÂMBIO TOTAL PARCIAL Com juros Incluídos Sem Juros Incluídos Com Juros Incluídos Sem Juros Incluídos TIPOS DE REFORMA Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 61 A letra é apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este proceda ao seu pagamento, isto é, efectua-se a sua cobrança. A cobrança pode assumir duas modalidades 1 – Cobrança Directa - Quando o sacador apresenta a letra a pagamento, ao sacado, no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteis seguintes. 2 – Cobrança Bancária - Quando o sacador entrega as letras a uma instituição de bancária, para que esta proceda à cobrança das mesmas Consiste numa acção levada a efeito pelo portador da letra, motivada pela falta de aceite ou falta de pagamento. O protesto por falta de aceite deverá efectuar-se durante os prazos fixados para a apresentação ao aceite; o protesto por falta de pagamento deverá efectuar-se num dos dois dias úteis seguintes aqueles em que a letra é pagável. Vejamos o movimento contabilístico relativo às diversas operações com letras: A – O SAQUE O saque de uma letra implica a diminuição de dívida em conta – corrente e o aumento da dívida em letras a receber 21CLIENTES 21 CLIENTES 212 – Clientes –Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn Vn – Valor nominal da letra emitida B – O ENDOSSO Endossar uma letra é transmitir a terceiros todos os direitosinerentes à letra Com a letra a empresa, poderá efectuar pagamentos a fornecedores de mercadorias ou a fornecedores de imobilizado. a) Endosso a um fornecedor de mercadorias PROTESTO Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 62 21CLIENTES 22 FORNECEDORES 212 – Clientes – Títulos a Receber 221 Fornecedores c/c b) Endosso a um fornecedor de Imobilizado 21CLIENTES 26 O DEV e CREDORES 212 – Clientes – Títulos a Receber 261 Fornecedores de Imob. C – O RECÂMBIO – COBRANÇA DE UMA LETRA Cobrar uma letra consiste em receber o valor da mesma na data de vencimento 1 - Cobrança directa 21CLIENTES 11 - CAIXA 212 – Clientes – Títulos a Receber 111 – Caixa A 2 - Cobrança Bancária Exercício: A empresa E&D, Lda, enviou para cobrança o seu saque nº 15, no valor de 1 500 000 . O banco cobrou os seguintes encargos : Comissão de cobrança 0,5 % 200<= Cc <=3000 Imposto de selo 6% Portes 300 Calcular a) O valor dos encargos b) O valor liquido recebido pela empresa Valor Liquido = Valor Nominal - Encargos Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 63 a) Cc = 1 500 000 * 0,5% = 7500 como > 3000 então 3000 Iselo = 3000 * 0,6 % =180 Portes = 300 Encargos = 3000+180+300=3480 b)Valor Liquido= Valor Nominal – encargos 500 000– 3480= 496 520 12 – Dep. Ordem 121 – Banco 496 520 21CLIENTES 212 – Clientes –Títulos a Receber 68 - Custos perdas Financ 500 000 688 O Custos perdas Financ 6881 Serviços Bancários 3 480 D) O DESCONTO Descontar uma letra consiste no recebimento antecipado (antes da data de vencimento) do valor liquido da letra. Exercício: No dia 30 de Abril de 1997, a empresa E&D, Lda, enviou para desconto ao Banco Mello, o seu saque nº 16, no valor de 600 000, 90 dias antes do seu vencimento O banco cobrou os seguintes encargos: Juros 18,5% Comissão de Cobrança 0,5% 200<=Cc<=3000 Imposto de selo 6% Portes 300 a) Calcular o valor dos encargos b) Calcular o valor líquido do saque creditado pelo banco a) = 600 000 * (90 + 2) * 18,5% = 27 978 365 Comissão de cobrança = 600 000 * 0,5% = 3000 Imposto de selo = (27 978 + 3000) * 6% = 1 859 Portes = 300 Juro =C*(n+2)*i / 365 Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 64 ENCRGOS = 27 978 + 3 000 + 1 859 + 300 = 33 137 b)Valor Liquido = Valor Nominal – Encargos 600 000 - 33 137 566 863 12 – Dep. Ordem 121 – Banco 566 863 21CLIENTES 212 – Clientes –Títulos a Receber 68 - Custos perdas Financ 600 000 681 Juros suportados 6814 Desconto de títulos 33 137 E) A REFORMA Reformar uma letra consiste na substituição do titulo por outro de valor igual ou inferior, com posterior data de vencimento 1 - Reforma Total Com Juros Incluídos a) Anulação do saque existente 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn b) Calcular os encargos e debitá-los ao cliente Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 65 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 7881 Recuperação de despesas Encargos Encargos c) Emitir nova letra acrescida de encargos 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn + Encargos Vn+encargos 2 - Reforma Total Sem Juros Incluídos a) Anulação do saque 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn b) Débito de encargos ao cliente 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 7881 Recuperação de despesas Encargos Encargos c) Pagamento dos encargos por parte do cliente Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 66 21 Clientes 11 Caixa 211 Clientes c/c 111 Caixa A Encargos Encargos d) Emissão da nova letra 21 Clientes 21 Clientes 211 Clientes c/c 212 Clientes-titulos a receber Vn Vn 1 - Reforma Parcial Com Juros Incluídos Estamos perante este tipo de reforma sempre que o cliente amortiza parte da dívida, aceitando uma letra pelo valor restante acrescido de juros a) Anulação do saque 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn b) Amortização- pagamento de uma parte da letra 21 Clientes 11 Caixa 211 Clientes c/c 111 Caixa A Amortização Amortização c) Calcular os encargos sobre o valor ainda em divida debitá-los ao cliente Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 67 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 7881 Recuperação de despesas Encargos Encargos d) Emitir de novo saque 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn –Amortização Vn – Artização +encargos + Encargos 2 - Reforma Parcial Sem Juros Incluídos a) Anulação do saque 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn b) Amortização 21 Clientes 11 Caixa 211 Clientes c/c 111 Caixa A Amortização Amortização c) Calcular e debito dos encargos Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 68 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 7881 Recuperação de despesas Encargos Encargos d) Pagamento dos encargos por parte do cliente 21 Clientes 11 Caixa 211 Clientes c/c 111 Caixa A Encargos Encargos e) Emissão de novo saque 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn –Amortização Vn – Amortização F) PROTESTO Se na data do vencimento o sacado não procede ao pagamento da letra, o sacador pode exercer os seus direitos de acção contra todos os intervenientes na letra. O protesto é feito no Notário nos dois dias seguintes à data de vencimento. 1 – Protesto de uma letra em carteira a) Anulação da letra 21 Clientes 21 Clientes 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c Vn Vn b) Débito ao cliente das despesas de protesto Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 69 11 Caixa 21 Clientes 111 Caixa A 211 Clientes c/c Dp Dp Dp – Despesas de protesto 2 – Protesto de uma letra enviada à cobrança bancária 2.1. A letra será devolvida pelo banco, acompanhado por um documento(Nota de débito) que inclui as despesas de recâmbio a) Anulação da letra e débito das despesas de recâmbio 21 Clientes 212 Clientes – Títulos a Receber Vn 21 Clientes 211 Clientes c/c Vn + Dr 12 Dep. Ordem 121 Banco Dr Dr – Despesas de Recâmbio b) Débito das despesas de protesto 11 Caixa 21 Clientes 111 Caixa A 211 Clientes c/c Dp Dp Dp – Despesas de Protesto Contabilidade Formadora: Conceição Balhico 70 2.2. O protesto poderá ser efectuado pelo banco. Isto acontece quando a letra tem a indicação «com despesas» a) Anulação do saque e débito das despesas de Recâmbio 21 Clientes 212 Clientes – Títulos a Receber Vn 21 Clientes 211 Clientes c/c Vn + Dp + Dr 12 Dep. Ordem 121 Banco Dp + Dr Dr – Despesas de Recâmbio
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