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CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
Público alvo: 
Duração do módulo 60 horas 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
2 
Objectivo a atingir neste domínio: 
 
 Identificar o POC como instrumento essencial da técnica contabilística; 
Identificar as disponibilidades imediatas e as aplicações de tesouraria de curto 
prazo. 
 Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias das contas de carácter 
financeiro. 
Movimentar as contas de disponibilidades. 
Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de clientes. 
 Conhecer o conteúdo das principais contas divisionárias da conta de 
fornecedores. 
 Registar operações: Correntes, com letras, diferenças de câmbio e 
adiantamentos. 
Identificar os tipos de empréstimos; 
Contabilizar operações relativas a empréstimos; 
Desdobrar as contas do estado e Outros Entes Públicos, e outros devedores e 
credores; 
 Conhecer as características básicas do IVA. 
Aprender o esquema da contabilização do IVA. 
Compreender a dinâmica do IVA; 
Proceder ao apuramento do IVA. 
Conhecer a movimentação da conta Imposto sobre o Rendimento. 
Registar operações com acréscimos e diferimentos; 
 Registar operações de compra e venda; 
Distinguir preço de aquisição de custo de aquisição; 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
3 
Saber registar o movimento relativo a compras, devolução de compras, descontos 
e abatimentos em compras e adiantamentos. 
Distinguir desconto comercial de desconto financeiro; 
Calcular e registar o IVA das operações de compra e venda; 
Registar contabilisticamente operações relativas às vendas nos diferentes tipos de 
empresas. 
 Mencionar tipos de despesas inerentes à venda. 
Proceder ao registo das despesas de venda. 
Saber registar as devoluções de venda, descontos e abatimentos. 
Efectuar regularizações de existências; 
Registar contabilisticamente o movimento relativo a operações sobre 
regularizações de existência. 
Identificar sistemas de contabilização de existências; 
Identificar métodos de custeio; 
Elaborar fichas de armazém e interpretar as rubricas; 
Conhecer os esquemas de inventário; 
Distinguir inventário permanente de inventário intermitente; 
Conhecer a composição do imobilizado da empresa. 
Registar operações com Imobilizado Corpóreo, Incorpóreo e Investimentos 
financeiros; 
Registar operações relacionadas com aquisição, instalação, conservação e 
reparação do imobilizado corpóreo. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
4 
Calcular quotas de amortização segundo a legislação em vigor; 
Registar amortizações, alienação, sinistros e abates do imobilizado; 
 Movimentar contas de capital, reservas e resultados transitados; 
Abertura da escrita de um Comerciante em Nome Individual; 
Abertura da escrita das restantes sociedades; 
Definir reserva. 
Enumerar os diversos tipos de reserva. 
Definir as possíveis aplicações dos resultados líquidos. 
Registar contabilisticamente as diversas possibilidades de aplicação de lucros 
apurados. 
Conhecer o conteúdo das contas de custos e proveitos; 
Identificar as implicações do IVA, IRS e IRC. Calcular as retenções na fonte 
através de tabelas; 
Contabilizar o processamento e pagamento de ordenados e encargos patronais; 
Distinguir custos e proveitos operacionais; 
 Distinguir custos e proveitos financeiros; 
 Distinguir custos e proveitos extraordinários; 
Apurar o Resultado Líquido extracontabilisticamente; 
Conhecer os princípios contabilísticos inseridos no POC; 
Aplicar o princípio da especialização do exercício; 
Dar a noção de provisão e registar as operações; 
Analisar Balancetes de Verificação; 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
5 
Elaborar o Balancete Rectificado; 
Apurar o Resultado Líquido do exercício; 
Elaborar o Balancete Final; 
Elaborar o Balanço e a Demonstração de Resultados; 
Apurar estimativas de imposto sobre o rendimento; 
Determinar o resultado líquido após a estimativa do imposto; 
 
Instrumentos de Suporte 
POC 
Acetatos. 
Retroprojector. 
Quadro. 
Folhas de Diário e Razão. 
Folhas de conta-corrente. 
Mapas de reconciliação bancária. 
Declarações periódicas do IVA. 
Guias de pagamento do IRS. 
Fichas de armazém- 
Fichas de imobilizado. 
Mapas de amortização. 
Código do IVA. 
Código das sociedades comerciais. 
Folhas de vencimento. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
6 
Recibos de ordenado. 
Folhas de Remuneração da Previdência e guias de pagamento. 
Guias de pagamento de IRS. 
Guias de pagamento do Imposto de selo. 
Folhas de balanço. 
Folhas de balancete. 
Folhas de Demonstração de Resultados. 
 
Fontes Bibliográficas 
LIVROS 
Albuquerque, C. (1995). Análise e Avaliação de Obrigações. Lisboa: Rei dos Livros. 
Livro teórico sobre a problemática das obrigações. 
Alves, G. e Costa, C. B. (1998). Contabilidade Financeira. Lisboa: Vislis. 
Livro técnico sobre a contabilidade empresarial. 
Bandeira, L. e Ferreira, J. M. (1998). Contabilidade e Fiscalidade de Futuros e Opções. 
Porto: Bolsa de Derivados do Porto. 
Livro teórico destinado aos professores que pretendam aprofundar conhecimentos 
sobre aplicações financeiras em Futuros e Opções. 
Bastardo, C. et al. (1990). 0 Financiamento e as Aplicações Financeiras das Empresas. 
Lisboa: Texto Editora. 
Livro teórico sobre aplicações financeiras em geral. 
Borges, A. et al. (1998). Elementos de Contabilidade Geral. Lisboa: Rei dos Livros. 
Manual teórico/prático sobre a contabilidade financeira. 
Borges , A. e Ferrão, M. (1999). Manual de Casos Práticos de Contabilidade. 
Lisboa: Rei dos Livros. 
Livro com aplicações práticas de contabilidade financeira. 
Caiado, P. e Madeira, P. (2000). Aspectos Contabilísticos e Fiscais da Prestação de 
Contas. Lisboa: Vislis. 
Manual sobre a problemática contabilística e fiscal da prestação de contas. 
Caiado, P. et al. (2000). A Demonstração de Fluxos de Caixa. Lisboa: Vislis. 
Obra fundamental sobre a Demonstração de Fluxos de Caixa. 
Ferreira, R. F. (2000). Gestão, Contabilidade e Fiscalidade. Lisboa: Notícias. 
Livro teórico sobre o enquadramento fiscal da contabilidade. 
Gil, F. P. (2000). O Balanço e os Movimentos Contabilísticos de Fim de Exercício. Coimbra: 
Coimbra Editora. 
Livro teórico/prático sobre a regularização de contas e elaboração do Balanço em fim 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
7 
de exercício económico. 
Gil, F. P. (2000a). Tratamento Fiscal e Contabilístico das Provisões Amortizações e 
Reavaliações. Coimbra: Coimbra Editora. 
Livro técnico sobre a problemática das provisões, amortizações e reavaliações. 
Gil, F. P. (2000b). A Exemplificação e Aplicação do POC. Coimbra: Coimbra Editora. 
Livro prático sobre a aplicação do Plano Oficial de Contabilidade. 
Lagos, J. B. (2000). Consequências Contabilísticas do Euro. Lisboa: Vislis. 
Livro técnico sobre os procedimentos a seguir decorrentes do Euro. 
Lousã, A. et al. (1999). Técnicas de Organização Empresarial, I e II. Porto: 
Porto Editora. 
Livros didácticos sobre o estudo da orgânica empresarial, enquadramento jurídico- 
-económico, tratamento contabilístico da informação e prestação de contas. 
Machado, J. B. (2000). Contabilidade Financeira. Lisboa: Protocontas. 
Obra fundamental para o professor que pretende aprofundar conhecimentos teóricos 
de Contabilidade. 
Moreira, J. C. (2000). Análise Financeira de Empresas. Porto: BVP. 
Livro técnico sobre a análise e interpretação da informação financeira. 
Peixoto, J. P. (1995). Futuros e Opções. Lisboa: McGraw-Hill Portugal. 
Obra sobre aplicações financeiras, Futuros e Opções. 
Tiago, A., Almeida, R. e Pascoal, T. (2000). Prestação de Contas. Coimbra: Coimbra 
Editora. 
Obra sobre a problemática da prestação de contas. 
Viegas, H. e Matos, A. (1992). Didáctica da Contabilidade de Gestão. Lisboa: Universidade 
Aberta. 
Livro, destinado ao professor,sobre a didáctica da Contabilidade. 
Viegas, H. e Matos, A. (1999). A Empresa e a Contabilidade. Lisboa: Texto Editora. 
Livro didáctico sobre os conceitos fundamentais da Contabilidade 
Viegas, H. e Matos, A. (1999a). Contabilidade e Gestão. Lisboa: Texto Editora. 
Livro teórico/prático sobre o estudo das contas, prestação de contas e análise e 
interpretação da informação contabilística. 
 
REVISTAS 
Boletim do Contribuinte 
Informador Fiscal 
Jornal de Contabilidade 
Revista de Contabilidade e Comércio 
TOC- Revista da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas 
 
LEGISLAÇÃO EM VIGOR 
Código Comercial 
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado 
Código das Sociedades Comerciais 
Directrizes Contabilísticas 
Plano Oficial de Contabilidade 
 
ENDEREÇOS NA INTERNET 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
8 
www.min-edu.pt - Ministério da Educação 
www.min-financas.pt - Ministério das Finanças 
www.anje.pt – Associação Nacional de Jovens Empresários 
www.ctoc.pt – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas 
www.cidadevirtual.pt/croc – Ordem dos Revisores Oficiais de Contas 
http://canais.sapo.pt/tecnologia/ - Informação sobre tecnologia 
http://canais.sapo.pt/financas/ - Informação sobre temas económico - financeiros 
www.sapo.pt/empresas - Informação sobre empresas 
www.negocios.pt - Informação sobre temas económico – financeiros 
www.bloomberg.com - Informação sobre temas económico – financeiros 
www.iapmei.pt - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas 
www.cfe.iapmei.pt - Centro de Formalidades de Empresas 
www.bvl.pt - Bolsa de Valores de Lisboa 
www.bdp.pt - Bolsa de Derivados do Porto 
www.icep.pt - Instituto de Comércio Externo de Portugal 
www.ine.pt - Instituto Nacional de Estatística 
www.bportugal.pt - Banco de Portugal 
www.cgd.pt – Caixa Geral de Depósitos 
www.ce.pt - Informação sobre União Europeia 
www.cijdelors.pt - Informação sobre União Europeia 
http://enciclopediaverbo.clix.pt - Informação da Enciclopédia Verbo 
www.jurinfor.pt - Informação sobre legislação e jurisprudência portuguesa e comunitária 
Formadora 
Conceição Balhico – Técnica de Contabilidade Financeira e Analítica, 
Monitora de Informática. 
 
 
 
 
Capítulo I 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
9 
PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE: 
INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
10 
A Contabilidade é uma Ciência de Natureza económica cujas funções são registo, a 
avaliação, a análise, a previsão, e o controlo dos factos patrimoniais ocorridos nas 
unidades económicas. 
 
Uma técnica de Gestão que tem em vista a determinação da situação patrimonial das 
empresas e dos seus resultados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para facilitar a vida interna das empresas a Contabilidade dividiu-se em dois ramos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A Contabilidade tem o compromisso e a necessidade de bem informar. Trata-se de uma 
ciência tão antiga quanto a civilização. Tem passado por fases de progresso, literário e 
FUNÇÕES 
 DA 
CONTABILIDADE 
Registo – 
A Contabilidade 
regista todos os 
factos Patrimoniais 
Controlo 
A Contabilidade 
controla a situação 
económica e 
financeira da 
empresa 
Avaliação 
A Contabilidade 
avalia os produtos 
que estão na 
empresa e toda a 
sua actividade 
Previsão 
A Contabilidade faz 
previsões para o 
futuro da empresa 
Análise 
A contabilidade 
analisa todos os 
registos da empresa 
de forma a tomar 
decisões mais 
fundamentadas 
 
DIVISÕES DA CONTABILIDADE 
CONTABILIDADE GERAL 
Registo de todos os factos 
patrimoniais que dão a 
conhecer, em qualquer 
momento, a situação 
patrimonial da empresa 
CONTABILIDADE 
ANALITICA OU DE CUSTOS 
Permite dividir os diferentes 
custos pelos diversos sectores 
da empresa 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
11 
doutrinário, como mostra o passado, a história. Não obstante, apenas no Século XX, 
pressionada pela necessidade de bem informar, os estudiosos e pesquisadores 
preocuparam-se em identificar e formalizar de uma maneira prática e objectiva os 
princípios que a regem e fixar normas e regras para a efectiva aplicação. 
Tal acontecimento ocorreu em face da exigência dos usuários das informações da 
contabilidade e representam um grande avanço no estudo e na aplicação dos 
conhecimentos técnicos da contabilidade, possibilitando a identificação e fixação de 
normas. Tem sido, portanto, preocupação universal e generalizada quer por contabilistas, 
pesquisadores ou líderes da classe da contabilidade. 
Os Princípios são inerentes à própria Ciência Da contabilidade e existem 
independentemente do desejo ou da escolha por parte de todos aqueles envolvidos – 
pesquisadores, contabilistas ou profissionais -. Referidos Princípios precisam ser 
identificados e respeitados para que a Contabilidade possa atingir os objectivos colocando 
à disposição dos usuários, informações da contabilidade úteis e relevantes, capazes de 
suprir as necessidades dos que delas têm carência. 
Através de informações aos usuários das Demonstrações Da contabilidade, proprietários, 
sócios, accionistas, credores, financiadores, investidores, fornecedores, governos, 
empregados e a sociedade, em geral, a Contabilidade realiza os objectivos a que se 
propõe. 
As Informações Da contabilidade devem ser elaboradas rigorosamente de acordo com as 
normas vigentes que deverão estar subordinadas aos Princípios Da contabilidade. 
As Demonstrações Da contabilidade geralmente são elaboradas de forma sintética e para 
maiores esclarecimentos deverão ser divulgadas de forma analítica, através de notas 
explicativas que deverão prestar esclarecimentos contemplando, no mínimo: os princípios e 
normas adoptadas; eventuais mudanças de critérios, que alterem a uniformidade da 
aplicação das normas, em relação ao exercício anterior, justificando-as. 
A Contabilidade realiza os seus objectivos por meio de informações aos usuários das 
Demonstrações Da contabilidade. Tais informações possuem características próprias, que 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
12 
as definem e as tornam úteis as reais finalidades de informar. Para tanto, tais 
características devem assemelhar-se às dos Princípios e normas da contabilidade sendo, 
portanto, componentes que tornam útil a informação no momento de se fazer a opção 
quanto a divulgação de um fato da contabilidade. 
As informações da contabilidade são consequências da aplicação dos princípios ou normas 
da contabilidade a que se subordinam, não podendo, portanto, contrariar os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. 
O principal objectivo da Contabilidade é o seu usuário, interno e externo. Pouca 
importância terá uma informação da contabilidade se a utilidade a que se destina é nula. 
A informação da contabilidade é um instrumento para a tomada de decisões, portanto, 
deve atender a todos os objectivos a que se destina. 
A moderna Contabilidade deve ser estruturada visando ser um instrumento de informação, 
decisão e controle, fornecendo informações capazes de atender plenamente os objectivos 
dos usuários. 
Apresenta-se, neste trabalho, o Principal Objectivo da Contabilidade, enfocando-se a 
importância das informações da contabilidade e os usuários dessas informações. Especial 
destaque é dado ao processo de normalização e a harmonização de normas e princípios da 
contabilidade. 
A contabilidade vale pela necessidade de prover o usuário a tempo com informação 
correcta e útil. Para a característica de utilidade seja mantida ao longo do tempo nas mais 
diversas práticas, torna-se necessário, que todos os envolvidos com a ciência da 
contabilidade, tenham em mente a figura do usuáriocomo o grande objectivo. 
 
2.CONSIDERAÇÕES GERAIS 
A Contabilidade desde a mais remota existência, vincula-se à sociedade e evoluem juntas, 
à medida que a sociedade demanda da Contabilidade as mais variadas informações, o que 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
13 
imoporta em se afirmar, que sem quaisquer dúvidas a Contabilidade é um componente 
social. 
Por ser uma ciência social, a Contabilidade sofre influências do meio em que opera e deve 
ser adaptada ao contexto das mudanças sociais, políticas e económicas, sem prejudicar seu 
propósito que é o de atender bem a todos os vários usuários da informação da 
contabilidade. 
"A função básica da Contabilidade é a de acumular e comunicar informações essenciais 
para o entendimentos das actividades de uma empresa.", Segundo Accounting and 
Reporting Standars for Corporate Financial Statements – 1957 – Revision. 
 
3. PRINCIPAL OBJECTIVO DA CONTABILIDADE 
Os objectivos da Contabilidade podem materializar-se por meio da observação da realidade 
e transcendem os princípios e normas. O primeiro enfoque a definir concentrou-se no 
cálculo e na apresentação do lucro líquido resultante de regras específicas de realização e 
vinculação num balanço que relacionasse o período corrente a períodos futuros. 
Algumas abordagens fundamentam o estabelecimento dos objectivos da ciência da 
contabilidade: 
o Fornecer aos usuários um conjunto básico de informações que deveria 
atender igualmente bem a todos; 
o Fornecer cadastro de informatizações diferenciadas para tipo de usuário; 
o Construir um arquivo básico de informação da contabilidade que possa ser 
utilizado de forma flexível por qualquer usuário. 
A função da Contabilidade não se alterou ao longo do tempo mas os tipos de usuários e as 
formas de informações que eles têm procurado tem evoluído substancialmente. 
Para atender as necessidades dos usuários seria necessário um estudo de modelo decisório 
de cada tipo de tomador de decisão, sabendo-se que a informação da contabilidade 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
14 
disponível poderá também influenciar o modelo de decisões do usuário, ou seja, seria 
necessário: 
o Estabelecer qual a função que se deseja maximizar; 
o Colectar e avaliar o tipo de informação utilizada no passado para maximizar a 
função; 
A principal dúvida consiste em determinar se: 
o A contabilidade deverá fornecer conjuntos de informação para cada tipo de 
usuário; ou 
o Fornecer uma única informação relatório, abrangente e detalhada, que será 
útil para muitos usuários mas não para todos. 
Segundo Hendriksen (1971:104-105), "O objectivo da Contabilidade é fornecer um 
conjunto de relatórios financeiros para usuários indeterminados com relação à riqueza, ou 
relações económicas da empresa." 
Do ponto de vista teórico a melhor abordagem seria aquela que determinasse como 
objectivo da Contabilidade o fornecimento de informações específicas para usuários 
específicos, porém, nem sempre isso é possível, por problemas de mensuração da própria 
Contabilidade e restrições do usuário como o próprio custo do sistema. 
"... a função fundamental da Contabilidade (...) tem permanecido inalterada desde seus 
primórdios. Sua finalidade é prover os usuários dos demonstrações financeiros com 
informações que os ajudarão a tomar decisões. Sem dúvida, tem havido mudanças 
substanciais nos tipos de usuários e nas formas de informação que têm procurado. 
Todavia, esta função dos demonstrações financeiros é fundamental e profunda. O objectivo 
básico dos demonstrações financeiros é prover de informação útil para a tomada de 
decisões económicas..." 
A teoria da contabilidade pode ser encarada sob várias abordagens, entretanto, é 
improvável que se possa utilizar apenas uma delas para definir todo modelo da 
contabilidade. Citar-se-á as principais abordagens: 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
15 
o Ética 
o Comportamental 
o Macro económica 
o Sociológica 
o Sistémica 
 
3.1.USUÁRIOS DAS INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE 
Nos primórdios, o usuário das informações da contabilidade era basicamente o proprietário 
do património que elas procuravam mensurar. A Contabilidade nasceu como um sistema de 
informações cujo único objectivo era propiciar ao usuário, informações úteis à gestão do 
património e o maior objectivo do proprietário era o controle e apuramento do lucro. 
Posteriormente surgiram os usuários externos à entidade: os fornecedores de crédito, que 
na forma de banqueiros ou fornecedores de bens e serviço, que buscavam encontrar na 
Contabilidade uma forma de garantia através do controle e da evolução daquele património 
que financiavam, constatando que o reconhecimento do lucro não se dava de forma 
aleatória. 
Surgiu, a seguir, o Estado, que encontrou na Contabilidade a fonte de informação que 
possibilitava o lançamento de seus tributos, passando a considerar-se em muitos países, 
como o maior importante 
A existência de usuários de interesses tão diferentes – e muitas vezes até contraditórios – 
a informação da contabilidade será tão mais válida quanto mais livre ela for de tendências, 
para a apuramento de resultados predeterminados. 
Pode-se definir informação como comunicação ou opinião sobre o procedimento de 
alguém. Na contabilidade têm-se na informação o produto final. 
Em síntese, a Informação deve representar surpresa para quem a recebe, reduzir a 
incerteza, transmitir uma mensagem com valor superior ao seu custo e evocar reacção por 
parte do responsável pela decisão. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
16 
Para produzir informações, a Contabilidade deverá saber a quem se destina e qual o 
propósito, por que a premissa básica é que o usuário alvo das informações possua o nível 
de conhecimento necessário para interpretá-las bem como ser relevante. 
O propósito principal para o qual a informação é dirigida é para facilitar avaliações sobre 
decisões de investimentos e julgamentos sobre a qualidade do esforço do desempenho da 
administração. 
Observar-se-á que sejam prestadas informações de qualidade e em quantidade suficiente 
visando atender ao usuário. Deve, portanto, ser identificado um grupo específico de 
usuários, isolados os propósitos, determinados os tipos de informações que necessitam, 
levando-se em consideração a forma de apresentação, evitando-se, assim, informações 
excessivas ou estranhas, enfim, desnecessárias. 
 
3.2.EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE 
Hendrikson & Breda (1999:73), questiona o significado da palavra – princípio -, quando 
afirma: 
" Toda demonstração financeira examinada por auditores, hoje em dia, é acompanhada por 
um parecer atestando sua obediência a " princípios da contabilidade geralmente aceitos." 
Mas o que são esses princípios, exactamente?" 
E vai mais além quando faz os seguintes questionamentos: 
o "Por que precisamos desses princípios? 
o Quem decide os princípios aceitos e quão amplamente precisam ser aceitos 
antes de serem considerados geralmente aceitos?" 
Os Princípios são primariamente relevantes às demonstrações da contabilidade formais 
elaboradas em três partes pelos relatórios de negócios da empresa. 
As emissões da contabilidade são realmente eficazes no que se refere a neutralidade entre 
várias demandas de interesses especiais competitivos. A propriedade de funções deriva da 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
17 
mensuração dos recursos de entidades específicas e de mudanças nestes recursos. Os 
princípios deveriam ser objectivados na realização daquelas funções. 
Relacionar-se-á os princípios desenvolvidos no estudo, em referência: 
o Lucro é atribuível ao processo total de actividade de negócios; 
o Mudanças de Recursos devem ser classificadas entre os montantes atribuídos 
a mudanças no nível de preço; nos custos de reposição; vendas ou 
transferência ou recolhimentodo valor do lucro realizável; outras. 
o Todos os Activos da empresa, se obtidos pelos investimentos de accionistas 
ou de credores ou por outros meios, devem ser reportados nas 
demonstrações financeiras; 
o O problema de mensuração no Activo; 
o Todos os passivos da empresa devem ser registrados nas contas e relatados 
nas demonstrações financeiras; 
o Aqueles passivos que requerem pagamentos em produtos ou serviços; 
o Em uma corporação, o património líquido deve ser classificado dentro do 
capital investido e lucros acumulados; 
o Uma demonstração dos resultados de operações deve revelar os 
componentes do lucro em detalhes suficientes para permitir comparações e 
interpretações a serem feitas. 
Em síntese, pode-se afirmar a Estrutura Básica da Contabilidade: 
OBJECTIVOS DA CONTABILIDADE 
POSTULADOS DA CONTABILIDADE 
PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE GERALMENTE ACEITOS 
CONVENÇÕES DA CONTABILIDADE 
Nessa estrutura percebe-se que primeiramente foram definidos os objectivos da 
Contabilidade para, em seguida, delimitar-se o ambiente em que ela irá actuar para que 
possa atingir esses objectivos. Isso não ocorre somente com a Contabilidade. Qualquer que 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
18 
seja a área de conhecimento, necessário se torna primeiramente definir os objectivos que 
se pretende atingir o ambiente em que as actividades serão desenvolvidas. 
3.3. ESTRUTURA CONCEPTUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE 
A estrutura conceptual básica da Contabilidade significa a composição, o arcabouço e é 
fundamental e dentro deste fundamental existem hierarquizações. 
Pesquisas têm sido realizadas, ao longo do tempo, por diversos autores e todos têm 
assumido posturas diversas sobre a estrutura conceptual básica e a hierarquizações. 
4. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS NA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES 
DA CONTABILIDADE 
Os atributos das informações da contabilidade devem tender a ampliar a utilidade 
caracterizando-se por sobreviver a passagem do tempo; aplicabilidade a todas entidades 
da contabilidade e serem viáveis. 
Os padrões das informações da contabilidade representam soluções gerais a problemas de 
contabilidade financeira e as interpretações das informações esclarecem, explicam ou 
detalham padrões de contabilidade e divulgação, ajudando em sua aplicação na prática da 
contabilidade. 
As aplicações práticas das informações da contabilidade, a situações específicas por 
administradores e auditores , são os meios pelos quais os objectivos básicos das 
demonstrações financeiras são atingidos. 
Os usuários das Informações Da contabilidade são os responsáveis pela tomada de 
decisões. São características daqueles tomadores de decisão: a decisão a ser tomada; os 
métodos da tomada de decisão; os dados já possuídos ou obtidos de outras fontes; a 
capacidade de processamento de informação do tomador de decisão; o valor da 
informação da contabilidade. São, portanto, a própria administração, os clientes, os 
credores, os pequenos investidores, enfim, o público em geral. Com usuários tão 
diferentes, ao invés de se adotar relatórios com finalidade específica, onde a informação 
relevante para um usuário pode não ser de mesma importância para outros, optou-se pelos 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
19 
demonstrações de finalidades genéricas, pelo fato de que os mesmos atendem às 
exigências de um maior número de usuários. 
A relação custo/benefício como uma restrição geral deve ser levada em consideração para 
se obter uma informação. O benefícios percebidos derivados da mesma devem ser 
superiores aos custos a ela associados. São a base do processo de decisão. A dificuldade 
consiste na quantificação precisa dos benefícios. 
As informações custam para ser evidenciadas. Referidos custos podem ser de coleta, 
processamento, auditoria, evidenciação, entre outros. Para os usuários, os custos são 
relacionados com a análise e interpretação das informações bem como o custo com a 
rejeição de informações sem quaisquer utilidades. 
Estabelecer as informações a serem evidenciadas exige um balanciamento dos custos com 
o provimento e manutenção da informação e dos benefícios advindos da mesma. Tais 
benefícios não são mensuráveis. Pode-se citar, a título de exemplificação, a falta de 
informações sobre os efeitos económicos de uma determinada iniciativa, inclusive os riscos, 
pode levar a empresa a uma situação de desvantagem competitiva no mercado. Trata-se, 
portanto, de um custo impossível de mensurar. 
As características qualitativas da informação da contabilidade podem ser expressas pelas 
qualidades específicas do usuário, representadas pela compreensibilidade e utilidade da 
informação da contabilidade. Quando a natureza do usuário é um fator determinante 
crucial a decisão a respeito da informação a ser divulgada. 
A informação somente terá utilidade para o usuário se ele conseguir entendê-la. A 
informação precisa, portanto, ser compreensível para aqueles que possuem um razoável 
entendimento do negócio e da actividade econômica e estão dispostos a estudar a 
informação com diligência. 
O perfil do usuário vai influenciar as características da informação. Um usuário com 
conhecimentos mais profundos não necessita de uma informação que para ele é elementar 
– pois neste caso esta informação não tem utilidade para este – por outro lado, um usuário 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
20 
mais leigo, necessitará de informações mais básicas, sem as quais ele não conseguirá 
tomar decisões acertadas. 
Informação relevante é aquela pertinente à questão que está sendo actualizada, podendo 
afectar metas, compreensão da questão e decisões poderia dizer que uma informação 
relevante " faz diferença " na decisão, ajudando o usuário a fazer predições sobre o 
resultado de eventos passados, presentes e futuros ou corrigir expectativas anteriores. 
Faz-se necessário a coexistência de dois factores: o conhecimento sobre o passado, pois 
este proverá os gestores de habilidades para predizer situações futuras semelhantes; e o 
interesse no futuro, pois sem este, de nada servirá o conhecimento dos resultados 
passados. 
A informação da contabilidade será relevante para o usuário se ela for oportuna, possuir 
valor produtivo e valor como feedback. 
A oportunidade é um elemento indispensável à relevância porque a informação precisa 
estar disponível para o usuário antes que perca a sua capacidade de influenciar a decisão 
do mesmo, pois caso contrário, inócua será esta informação. É o conhecimento da 
importância da informação oportuna que está determinando a diminuição de prazos para 
encerramento das demonstrações da contabilidade porque quanto mais rápido as 
informações estiverem disponíveis para os usuários, mais úteis serão. A oportunidade da 
informação não é condição suficiente para se garantir a relevância da mesma, mas não se 
pode conceber relevância de uma informação que carece de oportunidade. 
Afirma-se que temos na informação da contabilidade a qualidade do "valor como feedback" 
quando esta desempenha um papel importante na confirmação ou correcção de 
expectativas anteriores. 
A aplicação desta qualidade à informação da contabilidade nos leva a afirmar que a última 
deve favorecer ao investidor a possibilidade de ajustar suas estratégias de investimento ao 
longo do tempo. 
Esta característica decorre do fato de a informação da contabilidade ter que atender a 
vários usuários de objectivos bem diferentes. Desta forma, não pode caber a apenas parte 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
21 
destes usuários a definição da mensuração da informação consoante o seu interesse em 
particular, em detrimento do interesse geral. 
Assim, a informação será tão mais útil, na medida em que for útil a todos os usuários e não 
a apenas parte deles. A neutralidade é um meio democrático de se atingir este fim. 
A escolha neutra entre alternativasde contabilidade é livre de preconceito para 
apuramento de um resultado predeterminado. 
Significa que não há viés na direcção de um resultado predeterminado. 
A utilidade da informação da contabilidade é significativamente ampliada quando é 
apresentada de maneira que permita comparar uma empresa com outra, ou a mesma 
empresa em diferentes datas. A comparabilidade depende da uniformidade e da 
consistência. 
A uniformidade consiste em eventos iguais e são representados de forma idêntica. A meta 
de uniformidade estimula a apresentação de demonstrações financeiras por empresas 
distintas, usando os mesmos procedimentos da contabilidade, conceitos de mensuração, 
classificação, método de divulgação e formato básico semelhante. 
Refere-se, a consistência, ao uso dos mesmos procedimentos da contabilidade por uma 
empresa de um período para o outro, uso de conceitos e procedimentos de mensuração 
semelhantes para itens afins nas demonstrações de uma empresa, num dado período, e ao 
uso dos mesmos procedimentos por empresas diferentes. 
A comparabilidade e a neutralidade são consideradas qualidades secundárias e 
interdependentes das informações da contabilidade. 
A materialidade, assim como a relevância, é um atributo que se traduz na capacidade que 
a informação terá de influenciar -fazer diferença - para o usuário no seu processo de 
tomada de decisão. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
22 
Quando for tomada uma decisão no sentido de desconsiderar uma determinada informação 
pelo fato de a mesma ser desnecessária ao usuário, pode-se afirmar que essa informação 
não é pertinente, e por este motivo, é irrelevante para o usuário. 
5. INFORMAÇÕES DA CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÕES E RELATÓRIOS 
Os objectivos das Demonstrações Da contabilidade, são: 
o Informar sobre a posição financeira, performance e mudanças na posição 
financeira da empresa; 
o Mostrar o desempenho da administração da empresa, que será tomado como 
base das decisões a serem tomadas pelos mais diversos usuários. 
A posição financeira da empresa é afectada pelo controle dos recursos económicos, a 
estrutura financeira, solvência e liquidez e a capacidade de adaptação às mudanças no 
ambiente em que operam. A análise da capacidade de controlo dos recursos económicos 
refere-se à capacidade de gerar caixa e equivalente de caixa no futuro, dando ênfase à 
utilização do fluxo de caixa. Informações sobre a performance diz respeito à capacidade 
de, em havendo mudanças nos recursos económicos, a empresa continuar gerando caixa e 
equivalente de caixa aplicando a capacidade de julgamento de seus gestores na 
efectivação das mudanças. 
As informações que tratam das mudanças na posição financeira são importantes e dizem 
da capacidade da empresa em gerar caixa e equivalente de caixa, bem como a utilização 
de fluxos de caixa. 
Muito embora existam de forma independente, as demonstrações da contabilidade se 
relacionam entre si de tal maneira que determinadas informações só serão úteis se vierem 
acopladas a outras informações que deverão ser complementares. Essas demonstrações se 
interrelacionam por reflectir diferentes aspectos na mesma transacção. 
Cita ainda o IASC, a importância das Notas Explicativas às demonstrações da contabilidade, 
principalmente por poderem conter informações consideradas adicionais mas que de 
extrema importância. Podem evidenciar elementos de risco, obrigações ou direitos da 
empresa não evidenciados no balanço patrimonial. Contemplam ainda informações sobre o 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
23 
segmento e a região em que a empresa actua, bem como efeitos económicos, legais e 
sociais, dentre outras informações úteis aos usuários de demonstrações da contabilidade. 
CONCLUSÃO 
A Contabilidade, como no decorrer de sua evolução, estará atenta aos avanços 
tecnológicos e a harmonização da contabilidade internacional e as questões sociais, 
ambientais e ecológicas e passará a incorporá-las nos registros e divulgação de 
informações aos usuários, reflectindo aquelas realidades. 
É importante se conhecer qual foi a evolução histórica da Contabilidade para que se possa 
entender melhor o que é hoje, na actualidade. Entender a evolução das sociedades, em 
seus aspectos económicos e dos usuários da informação da contabilidade, em suas 
necessidades informativas é a melhor forma de entender e definir os objectivos da 
Contabilidade. Apesar das diferenças de abordagem das várias escolas, deve-se reconhecer 
que somente existe uma Contabilidade, baseada em postulados, princípios, normas e 
procedimentos racionalmente deduzidos e testados pelo desafio da praticabilidade. 
Predomina, nos textos americanos e europeus, a preocupação com o usuário da 
contabilidade. A Contabilidade, portanto, desde os primórdios vem sendo utilizada e 
apresentada como algo útil par a tomada de decisões. 
As transformações políticas, económicas e sociais têm levado os usuários das informações 
da contabilidade a exigir cada vez mais informações que contemplem aquele compromisso 
social da empresa com a sociedade. 
Os Contadores não podem preocupar-se exclusivamente em divulgar as transacções 
económicas e financeiras, evidenciando o estado patrimonial das empresas visando a 
atender apenas a um determinado segmento de usuários. 
Como resultado da implementação de normas, procedimentos e dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade, a qualidade das demonstrações Da contabilidade 
elaboradas e divulgadas pelas companhias têm melhorado consideravelmente. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
24 
Produzir diferentes conjuntos de Demonstrações Da contabilidade, regidas pela legislação, 
organismos e/ou entidades internacionais e nacionais da classe da contabilidade, e pelo 
mercado de capitais são onerosas e confusas. 
A harmonização internacional será possível se todas as partes reconhecerem que há 
diferenças que não são tão importantes que não possam ser superadas. A 
internacionalização da Contabilidade é um desenvolvimento positivo que se deve aplaudir, 
entretanto, isso não significa que não temos mais que contribuir ao debate. 
A tomada de decisões desempenha papel crucial na Teoria da Contabilidade e sua 
importância tem sido frequentemente ressaltada nas definições de Contabilidade. 
A American Accounting Association– AAA, no "A statment of basic accounting theory", diz 
que a contabilidade é o processo de identificação, mensuração e comunicação da 
informação económica para permitir a realização de julgamentos bem informados e a 
tomada de decisões por usuários da informação. 
Pelas considerações feitas conclui-se que a sociedade e a Contabilidade evoluem juntas, o 
que importa em se afirmar que a Contabilidade, sem quaisquer dúvidas, é um componente 
de cunho social. 
A Contabilidade, entretanto, nasceu dentro de um cenário absolutamente prático, quando o 
gestor do património preocupado em encontrar um instrumento que o ajudasse a geri-lo, 
passou a criar uma estrutura rudimentar de escrituração que pudesse atender as reais 
necessidades de informações. 
Existe a possibilidade de que, o maior objectivo daqueles criadores da Contabilidade, fosse 
mais para fins de controle e apuramento do lucro do que o da avaliação patrimonial. 
Apesar da existência dessa possibilidade, pode-se dizer que nasceu ou foi criada em função 
da característica utilitária, da capacidade de responder as dúvidas e de atender às 
necessidades de seus usuários. Conjunto de características não apenas eficientes para o 
surgimento da Contabilidade como também para a sua evolução. 
A co-participação de todos os envolvidos, ou seja, teóricos, professores, estudantes, 
pesquisadores, empresários e, em, especial, os usuários, é que possibilitará o 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
25 
desenvolvimento da área da contabilidade e a melhoria na qualidade das informações da 
contabilidade.Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
26 
 
 
Capítulo II 
 
ELEMENTOS PATRIMONIAIS DAS EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noção e Classificação 
 
O PATRIMÓNIO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
27 
 Conjunto de Bens (B), Direitos (D) e Obrigações (O), pertencentes a uma entidade 
individual ou colectiva num dado momento 
 Património:{ B,D,O} 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATEGORIAS 
PATRIMÓNIO PARTICULAR OU INDIVIDUAL 
Conjunto de Bens, direitos e Obrigações 
meramente pessoais, ou seja, valores não 
afectos a qualquer actividade comercial 
PATRIMONIO COMERCIAL 
Conjunto de Bens, direitos e obrigações 
directamente relacionados com a actividade 
comercial 
MASSAS 
PATRIMÓNIAIS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
28 
 
 
 Denominados elementos 
BENS + DIREITOS patrimoniais activos ACTIVO (A) 
 
 Denominados elementos 
OBRIGAÇÕES patrimoniais Passivos PASSIVO (P) 
 
Assim, 
 Valor Património (VP)* = ( B + D ) – O ou seja, VP = A - P 
 
 *O VP é o que resta à empresa depois de pagar as suas dívidas, também se 
denominando CAPITAL PRÓPRIO (CP) 
 
 
Obtemos então 
 
 
 
 
 
 
 
Estes três grandes grupos de elementos patrimoniais denominam-se Massas Gerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO BALANÇO 
CAPITAL PRÓPRIO=ACTIVO - PASSIVO 
MASSAS 
GERAIS 
 
ACTIVO – Conjunto 
de Bens e Direitos, 
tangíveis ou 
intangíveis, detidos 
por indivíduos ou 
empresas, e 
susceptíveis de 
atribuição de um 
valor monetário 
CAPITAL PRÓPRIO – É constituído pelo 
capital com que se iniciou a actividade, pelas 
reservas e pelos lucros ou prejuízos retidos na 
empresa 
PASSIVO – Conjunto de obrigações de uma 
empresa, ou seja, os valores que deve aos seus 
credores de curto, médio e longo prazo. 
Corresponde à parcela dos capitais alheios na 
estrutura de financiamento de uma empresa( 
empréstimos bancários, obrigacionistas, dividas 
a fornecedores, etc... 
MASSAS 
PARCIAIS 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMOBILIZADO 
 
CIRCULANTE 
 
DIVIDAS A 
TERCEIROS 
 
CAPITAL PRÓPRIO 
Constituído por bens patrimoniais activos 
corpóreos, incorpóreos ou financeiros que a 
empresa utiliza na sua actividade com carácter 
de permanência 
Constituído pelas existências em armazém( 
bens), pelas dividas de terceiros(direitos) . 
Constituído por todas as dívidas a pagar pela 
empresa a médio e longo prazo 
Constituído pelo capital com que se iniciou a 
actividade, pelas reservas e pelos lucros ou 
prejuízos retidos na empresa 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
30 
 
 
Capítulo III 
 
BALANÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BALANÇO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
31 
 
Noção e Classificação de Balanços: 
 O Balanço é o resumo do inventário da empresa. O Balanço compara o activo com 
o passivo e evidencia o valor do património, isto é, o Capital Próprio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: O Balanço não discrimina os elementos patrimoniais, estes aparecem arrumados em 
contas. Coloca os valores do Activo no 1º membro do esquema e o Capital Próprio e 
Passivo no 2º membro do esquema 
 
Da equação geral do Balanço {Activo = Capital Próprio + Passivo} constatamos 
que o 1º membro tem de ser sempre igual ao 2º membro 
 
 
 
 
 
 
 
Podem existir nas empresas várias situações relativas ao capital próprio consoante a 
situação económico-financeira em que a empresa se encontra. 
 
Dependendo dos casos, vamos Ter três géneros de Balanços 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º Género de Balanço 
 
CP> 0-> O activo cobre as dívidas (passivo) ficando ainda a empresa com 
fundos: Situação Normal 
 
BALANÇO 
BALANÇO INICIAL – Feito no 
início da actividade económica ou no 
início do exercício económico 
BALANÇO FINAL – Balanço feito 
no fim do exercício económico 
Balanço 
Horizontal 
Vertical 
 
 
 
 
A > P 
A = P 
A < P 
CAPITAL PRÓPRIO BALANÇO 
 NATUREZA Expressão Geral 
Activo (CPa) 
Nulo ( CPo) 
Passivo( CPp) 
 
Casos 
 
 
 
VALOR 
CP > 0 
CP = 0 
CP < 0 
A = P + Cpa 
A=P 
A=P - CPp 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
32 
 
2º Género de Balanço 
 
CP = 0-> O activo só chega para pagar as dívidas (passivo). É uma situação 
que revela: Situação Instável 
 
3º Género de Balanço 
CP <0-> O activo não chega para pagar as dívidas (passivo), a empresa 
apresenta uma: Situação Normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
33 
 
 
 
Capítulo IV 
 
ESTRUTURA CONCEPTUAL DO POC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA 
-POC 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
34 
A Normalização Contabilística consiste na definição de um conjunto de regras e princípios 
que visem: 
 
a) Elaboração de um quadro de contas que devam ser seguidas pelas unidades 
económicas 
b) Definição do conteúdo, regras de movimentação e articulação das contas definidas no 
quadro indicado em a) 
c) Concepção de mapas – modelo para as demonstrações financeiras definidas para as 
unidades económicas 
d) Definição dos princípios contabilísticos e dos critérios valor aritméticos que devam ser 
seguidos na contabilidade das diversas entidades envolvidas 
 
Em síntese, 
Normalizar, consiste em criar uma metodologia comum, a ser seguida pelas 
unidades económicas visando, fundamentalmente, a comparabilidade das informações inter 
– unidades, a universalidade dos dados recolhidos e a sua compreensibilidade pelos 
diversos agentes económicos. 
 
 
A Normalização Contabilística apresenta Vantagens em diversos domínios, tais como: 
 
1- O da empresa: que poderá mais facilmente comparar os dados obtidos com o de 
outras empresas do sector. 
 
2- O do Técnico de Contas: que terá à sua disposição um instrumento orientador dos 
procedimentos a adoptar 
 
3- O dos interessados na situação económica e financeira na empresa: que 
facilmente poderão tirar ilações relativas à situação da empresa 
 
 
4- O da Economia Nacional: que poderá dispor de dados mais exactos que certamente 
determinarão uma análise mais correcta do sector empresarial em estudo. 
 
5- O da Fiscalidade: Que disporá de elementos para possibilitar uma maior justiça na 
tributação das empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DOS 
RESULTADOS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DE CUSTOS E PERDAS 
CONTAS ( CLASSE 6) 
61 - CMVMC 
62 – FOR. SERV. 
EXTERNOS 
63 - IMPOSTOS 
64 – CUSTOS C/ 
PESSOAL 
65 – OC e PERDAS OPERAC. 
66 – AMORTIZAÇÕES 
EXER 
67 – PROVISÕES 
EXERC 
69 – C P 
EXTRAORDINÁR. 
68 – C P FINANCEIRAS 
Preço de custo das mercadorias e MP vend/cons. 
Electric, combustível, Água, Honorários, Mat. Escr. 
Indirectos e directos 
Remunerações, encargos s/ remun., seguros 
Quotizações, desp confidenciais, ofert/amostras 
exist 
Amortizações em imobiliz 
Corpóreas/Incorporeas 
Cobr duvidosas, riscos e encargos, depreciação exist 
Juros suportados, perdas em empresas de grupo 
Donativos, div. Incobráveis, perdas em exist, multas 
CONTEÚDO 
IDENTIFICAÇÃO DE PROVEITOS E GANHOS 
71 - VENDAS 
72 – PRESTAÇÃO 
SERVIÇOS 
73 – PROVEITOS SUPL. 
74 – SUBSIDIOS À 
EXPLOR. 
75 – TRAB PP EMPRESA 
76 – O P GANHOS 
OPERAC. 
78 – P. GANHOS 
FINANC 
79 – P GANHOS 
EXTRAORD. 
Preço Das vendas, devoluçõesdas vendas 
descontos e abat.d/cons. 
Serviços prestados pela p/p empresa 
Serviços sociais, aluguer de equipamentos, royaltes 
Do estado ou de outras entidades 
Invest financ, imob. Corporeas e incorpóreas 
Direitos de propriedade industrial 
Juros obtidos, rendi. De imóveis, dif. De cambio fav 
Restituição de impostos, recuperação de dividas .... 
CONTAS ( CLASSE 7) CONTEÚDO 
APURAMENTO DOS RESULTADOS LIQUIDOS DO 
EXERCICIO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
36 
CLASSE 8 - RESULTADOS 
 
81 RESULTADOS OPERACIONAIS 
82 RESULTADOS FINANCEIROS 
83 (RESULTADOS CORRENTES) 
84 RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 
85 (RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 
86 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCICIO 
88 RESULTDOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 
89 DIVIDENDOS ANTECIPADOS 
 
 
 81 – RESULTADOS OPERACIONAIS 
 
 
61 – CMVMC 71 – VENDAS 
62 – F.S.E 72 – PRESTAÇÃO SERVIÇOS 
63 – IMPOSTOS 73 – PROV SUPLEMENTARES 
64 – C.PESSOAL 74 – SUB. EXPLORAÇÃO 
65 – O C OPER. 75 – TRAB P/P EMPRESA 
66 – AMORT. 76 – O P OPERAC. 
67- PROVISÕES 
 
 
 
 82 – RESULTADOS FINANCEIROS 
 
 
68 – CUSTOS E PERDAS 78 – PROVEITOS E GANHOS 
 FINANCEIRAS FINANCEIROS 
 
 
 
 83 – RESULTADOS CORRENTES (Facultativa) 
 
 81 Sd 81 Sc 
 82 Sd 82 Sc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 84 – RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 
 
 
69 – CUSTOS E PERDAS 79 – PROVEITOS E GANHOS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
37 
 EXTRAORDINÁRIAS EXTRAORDINÁRIOS 
 
 
 
 
 85 – RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 
 
 
83 –Sd 83 - Sc 
84 – Sd 84 - Sc 
 
 
 
 88 – RESULTADOS LIQUIDOS DO EXERCICIO 
 
 
 81 Sd 81 Sc 
 82 Sd 82 Sc 
 84 Sd 84 Sc 
 86 Sd 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fólio do RAZÃO ou “ T” 
 
MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS NO RAZÃO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
38 
 
 Débito (D) Titulo da Conta Crédito(C) 
 
 1º membro 2º membro 
 
 Debitar uma conta é Creditar uma conta é 
 Inscrever o valor do inscrever o valor do 
 lado do débito lado do crédito 
 
 
 SALDO = | D – C | 
 
Assim temos, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - As contas de ACTIVO têm sempre Saldo Devedor ou Nulo 
 - As contas de PASSIVO E CAP. PP têm sempre Saldo Credor ou Nulo 
 - As contas de CUSTOS E PERDAS têm sempre Saldo Devedor ou Nulo 
 - As contas de PROVEITOS E GANHOS têm sempre Saldo Credor ou Nulo 
 
 
 
 
 
 
 
 BALANÇO 
 CAP. PRÓPRIO 
 ACTIVO PASSIVO 
 
 
 
 
 
 
 Figuram no 1º membro do Balanço 
 
 
 
D > C 
D<C 
D=C 
SALDO DEVEDOR (SD) 
SALDO CREDOR (SC) 
SALDO NULO (SN) 
CONCLUSÃO 
REGRAS DE MOVIMENTAÇÃO DAS CONTAS NO 
RAZÃO 
BALANÇO 
CONTAS DO ACTIVO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
39 
 
 Débito Crédito 
 
 
 
 
 
 
AS CONTAS DO ACTIVO : São debitadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentos e 
 Creditadas pelas Diminuições 
 
 
 
 Figuram no 2º membro do Balanço 
 
 
 
 
 Débito Crédito 
 
 
 
 
 
 
AS CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO: São debitadas pelas Diminuições e 
Creditadas pelos saldos iniciais (SI) e aumentos 
 
 
 
 DEMONSTR. RESULT. 
 
 CUSTOS PROVEITOS 
E PERDAS E GANHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
As contas de custos perdas são As contas de proveitos e ganhos são 
 debitadas pelos custos e perdas creditadas pelos proveitos e ganhos 
 
 
 
 
 
CONTAS DO PASSIVO E 
CAPITAL PRÓPRIO 
DEMONSTRAÇÃO DE 
RESULTADOS 
CONTAS DE CUSTOS E 
PERDAS 
CONTAS DE PROVEITOS 
E GANHOS 
REGISTO DOS FACTOS PATRIMONIAIS NO 
RAZÃO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
40 
MÉTODO DIGRÁFICO 
 Segundo este método, todo o débito numa conta origina o crédito noutra ou noutras 
e vice-versa, isto é, cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais contas, 
por forma a que ao valor de cada débito (ou débitos) corresponda sempre um crédito (ou 
créditos) de igual valor. 
 
Em Suma: 
◼ A um débito (ou débitos) corresponde sempre um crédito (ou créditos) de igual 
valor 
 
◼ A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos 
 
◼ A soma dos saldos devedores é igual à soma dos saldos credores 
 
◼ A contabilização de qualquer facto patrimonial obedece necessariamente a uma 
das quatro fórmulas seguintes: 
1- Uma só conta devedora e uma só conta credora 
2- Uma só conta devedora e várias contas credoras 
3- Várias contas devedoras e uma só conta credora 
4- Várias contas devedoras e várias contas credoras 
 
 
 
 
 
 
As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado Razão Geral. 
Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização do Razão 
Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR 
 
 
 
 
 
TITULO DA CONTA 
 
 a) b) c) d) a’) b’) c’) d’) 
 
 
 
 
 
a) e b) – ano e mês c) e c’) - descrição 
b) e b’) – dia d) e d’) - importância 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES AUXILIARES 
 
RISCADO UNILATERAL 
RISCADO UNILATERAL 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
41 
 TITULO DA CONTA 
 saldos 
 
Data Operação Deve Haver D/C Importância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TITULO DA CONTA 
 saldos 
 
Data Operação Deve Haver Devedores Credores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
42 
 
 
 
 
Capítulo V 
 
ESTUDO DAS CONTAS DO POC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DAS CONTAS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta classe inclui as disponibilidades imediatas e as aplicações de tesouraria de curto 
prazo - POC 
 
 
 
 
 
 
 Inclui os meios líquidos de pagamento de propriedade da empresa, tais como 
notas de banco e moedas metálicas de curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou 
estrangeiros - POC 
 
 
 11 CAIXA 
 
- Saldo Inicial 
 
- Recebimentos (entrada de fundos Pagamentos (Saídas de fundos 
em contrapartida das contas que em contrapartida das contas 
 das contas correspondentes às correspondentes às operações 
 operações que as originam) que as originam) 
 
 
 
 
Ex: Transferência de Caixa para Depósitos à Ordem 
 
 
 11 Caixa 12 – D. Ordem 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 1 - DISPONIBILIDADES 
 
CONTA 11 - CAIXA 
 
CONTA 12 – DEPÓSITOS ORDEM 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
44 
 
 
 
Respeita aos meios líquidos de pagamento existentes em contas à vista em 
instituições de crédito - POC 
 
 
 
 12 – DEPÓSITOS ORDEM 
 
 - Saldo inicial - Cheques emitidos 
 - Depósitos efectuados - Transferências para terceiros 
 - Cobranças (títulos, cheques) - Transferências p/ outras contas de 
 - Transferências de terceiros depósitos (aviso prévio e a prazo) 
 - Juros vencidos pelos depósitos 
 
 
 
Ex:. Levantamento no banco N, do n/ cheque nº525 312, para reforço de caixa 
 
 
 11 CAIXA 12 – DEPÓSITOS ORDEM 
 
 € € 
 
 
 
 
 
Os juros de descobertos, constituem custos financeiros, sendo debitados na conta 
6811- Juros suportados 
 
 6811 12 
 € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES AUXILIARES 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
45 
 
 
As contas do 1º grau encontram-se agrupadas num livro chamado Razão Geral. 
Para contabilizar as contas de 2º e 3º graus e assim facilitar a contabilização do Razão 
Geral, utiliza-se um Riscado denominado RAZÃO AUXILIAR 
 
 
 
 
TITULO DA CONTA 
 
 a) b) c) d) a’) b’) c’) d’) 
 
 
a) e b) – ano e mês c) e c’) - descrição 
b) e b’) – dia d) e d’) - importância 
 
 
 
 
 * Com coluna simples de dados 
 
 TITULO DA CONTA 
 saldos 
 
Data Operação Débito Crédito D/CImportância 
 
 
 
 
 * Com coluna dupla de saldos 
 TITULO DA CONTA 
 saldos 
 
Data Operação Débito Crédito Devedor Credor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RISCADO UNILATERAL 
RISCADO UNILATERAL 
RISCADO BILATERAL 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
46 
 Este traçado tem a forma do fólio ou “T” do Razão, registando-se o débito no 1º 
membro e o crédito no 2º membro. 
 
 Data Operação Débito Data Operação Crédito 
 
 
 
 
 
O livro de contas do 1º grau será o Razão Geral; os livros de contas divisionárias (2º grau 
e seguintes) dizem-se Razões Auxiliares. Naturalmente, haverá um Razão Auxiliar para 
cada conta colectiva: 
 
- Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem 
- Razão Auxiliar de Clientes 
- Razão Auxiliar de Fornecedores 
- Razão Auxiliar de Mercadorias 
- Razão Auxiliar de Outros Devedores e Credores 
 
 
 
 
 
 
 Tal como se efectuaram os registos nas contas divisionárias e nas contas colectivas 
(1º grau), também se deverá fazer o balancete dos Razões Auxiliares por forma a 
controlar os respectivos saldos. 
 
Deverá utilizar-se um traçado idêntico ao dos outros balancetes, onde figurem não só os 
valores acumulados dos débitos e créditos de cada subconta, bem como os seus 
respectivos saldos 
 
 
 Saldo Saldo 
 
Código Titulo da Conta Débito Crédito Devedor Credor 
 
 
 
 
 
 Comparando o balancete do razão Auxiliar com a conta de 1º grau, concluímos: 
 
 
BALANCETES DOS RAZÕES AUXILIARES 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
47 
• Total dos débitos do balancete = Total dos débitos da conta de 1º grau 
• Total dos créditos do balancete = Total dos créditos da conta de 1º grau 
• Total dos saldos devedores do balancete = Total dos saldos devedores da conta 
de 1º grau. 
 
 
 
 
 
A Conta de Depósitos à Ordem de Silva & Castro, Lda. Apresentava, em 1/1/n, o 
saldo inicial de 1500€, distribuído da seguinte maneira: 
 
 Banco Português do Atlântico -> 1000€ 
 Banco Mello -> 500€ 
 
Durante o mês de Janeiro, a empresa realizou as seguintes operações com estes bancos: 
 
 Dia 10 - Cheque nº 95 071 s/BPA no valor de 250€ 
 Dia 12 – Depósito nº AB 1718, no BM, no montante de 300€ 
 Dia 15 – Cheque nº 95 072, s/BPA, no Valor de 175€ 
 Dia 18 – Cheque nº 71 8970, s/BM, 200€ 
 Dia 22 – Talão de depósito nº AC 2311, no BM, no Valor de 250€ 
 Dia 26 – Depósito nº CF 12 781, no BPA, no Valor de 350€ 
 Dia 30 - Cheque nº 718 971 s/BM no montante de 100€ 
 
Pedidos : 
 
1 – Proceda ao registo das operações atrás mencionadas nos razões auxiliares 
 
2 – Elabore o Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem, referente ao mês 
de Janeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resolução: 
 
EXERCICIO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
48 
 
1. Razões Auxiliares 
 
Banco Mello 
Operações Débito Crédito Devedor Credor
1997
Janeiro 1 Saldo nesta data 500
» 12 Depósito nºAB 1718 300 800
» 18 Cheque nº 718 970 200 600
» 22 Depósito nº AC 2311 250 850
» 30 Cheque nº. 718 971 100 750
Data
Saldo
 
Banco Português do Atlântico 
Operações Débito Crédito Devedor Credor
1997
Janeiro 1 Saldo nesta data 1000
» 10 Cheque nº 95 071 250 750
» 15 Cheque nº 95 072 175 575
» 26 Depósito nº CF 12781 350 925
Data
Saldo
 
2. O Balancete do Razão Auxiliar de Depósitos à Ordem, em 31 Janeiro, será: 
 
Balancete do Razão Auxiliar de depósitos à Ordem, em 31/01/n 
 
Débito Crédito Devedor Credor
Banco Mello 550 300 250
B.P.A 350 425 75
900 725 250 75
Contas
 
Num Balancete do Razão Auxiliar deverá sempre verificar-se a seguinte igualdade: 
 
DÉBITO + SALDO CREDOR = CRÉDITO + SALDO DEVEDOR 
 
900 + 75 = 725 + 250 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 13 – DEPÓSITOS PRAZO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
49 
 
 
 
As operações a incluir nestas contas serão estabelecidas de acordo com a 
legislação bancária – POC 
Debita-se pelos depósitos efectuados, e credita-se pelos levantamentos. O seu saldo 
é devedor, e à data do balanço aparece integrado na rubrica «Disponibilidades» 
 
 
1) Pelos depósitos efectuados 
 
 
 13 DEPÓSITOS PRAZO 11 CAIXA / 12 D ORDEM 
 
 € € 
 
 
 
 
 
2) Pelos levantamento ou transferência de conta 
 
 
 12 DEPÓSITOS ORDEM 13 DEPÓSITOS PRAZO 
 
 € € 
 
 
 
 
 
3) Pelo vencimento de juros 
 
 12 DEPÓSITOS ORDEM 7811 DEPÓSITOS BANCÁRIOS 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 14 – OUTROS DEPÓSITOS BANC. 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
50 
 
 
 
 Debita-se pelos depósitos efectuados e credita-se pelos levantamentos e eventuais 
endossos a terceiros. O seu saldo é devedor e à data do Balanço aparece integrado na 
rubrica disponibilidades segundo os modelos do POC. 
 
1) Pelos depósitos efectuados 
 
 
 14 11/12/13 
 
 
 
 
 
 
2) Pelos levantamentos e endossos a terceiros 
 
 
 12/22/23/25/26 14 
 
 
 
 
 
3) Pelo vencimento dos juros 
 
 
 12 7811 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 15-TITULOS NEGOCIAVEIS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
51 
 
 
 
 
 
Inclui os títulos e perdas de capital adquiridos com o objectivo de aplicação de 
tesouraria de curto prazo - POC 
 
 A empresa pode proceder a diferentes investimentos, não relacionados coma sua 
actividade. Assim, e de acordo com o carácter de continuidade ou de permanência na 
empresa, temos: 
 
 - Aplicações de curto prazo: Investimentos realizados por um período inferior a 
um ano e com os quais a empresa pretende obter juros, dividendos e lucros. 
 
 Estes investimentos serão contabilizados nas contas: 
 
 15 Títulos Negociáveis 
 18 Outras Aplicações de Tesouraria 
 
 - Aplicações de médio/longo prazo: Investimentos realizados por um período 
superior a um ano e com os quais a empresa pretende obter juros e dividendos 
 
 Neste caso, a contabilização destes investimentos será feita na conta: 
 
 41 Investimentos Financeiros 
 
O desdobramento desta conta contempla as seguintes situações 
 
 151 Acções 
 1511 Empresas de grupo 
 1512 Empresas associadas 
 1513 Outras empresas 
 
 152 Obrigações e títulos de participação 
1521 Empresas de grupo 
 1522 Empresas associadas 
 1523 Outras empresas 
 
 153 Títulos da divida pública 
 ................................................... 
 159 Outros Títulos 
 
 
 
 
 
a) Subscrição de Títulos 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
52 
 
 26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos negociáveis 
265 Credores por subscrições não liberadas 151.../152... 
 
 
 € € 
 
 
 
Mais tarde proceder-se-á à liberação ou pagamento dos títulos subscritos, 
efectuando-se para o efeito o seguinte registo : 
 
 
 12 Depósitos à Ordem 26 Outros Devedores e Credores 
121 .... 65 Credores por subscrições não liberadas 
 
 
 € € 
 
 
 
 
b) Compra de Títulos 
 
 Os títulos devem ser contabilizados pelo seu custo de aquisição, o qual engloba o 
preço de custo e todas as despesas adicionais, tais como comissões, corretagens e 
impostos. Esta aquisição pode efectuar-se a prazo ou a pronto pagamento. 
 
1. Aquisição a pronto Pagamento 
 
 12 Depósitos à Ordem 15 Títulos Negociáveis 
 121 ... 151..../152... 
 
 € € 
 
2. Aquisição a prazo 
 
 26 Outros Devedores e Credores 15 Títulos Negociáveis 
 268 Devedores e credores Diversos 151..../152... 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 
c) – Rendimentos Obtidos 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
53 
 
 Os rendimentos resultantes das participações de curto prazo podem dividir-se em: 
 
- Dividendos - os quais são contabilizados na subconta 784 Rendimentos de 
participações de capital. 
 
 - Juros – Contabilizadas na subconta 781 Juros obtidos 
 
 
 Estes rendimentos estão sujeitos à retenção na fonte de imposto sobre o 
rendimento, sendo a retenção efectuada pelaempresa que procede ao pagamento desses 
rendimentos. 
 
O registo contabilístico a efectuar será: 
 
 12 Depósitos à Ordem 
 121 ... 
 
 
78 Proveitos Ganhos Financeiros Valor Líquido 
781 .../ 784 ... 
 
 
 Valor Bruto 
 24 Estado e Outros Entes Públicos 
 241 Imposto sobre o Rendimento 
 2412 Retenções na Fonte por Terceiros 
 
 Retenção na Fonte 
 
 
d) Venda dos Títulos adquiridos 
 
 1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C. aquisição) 
 
 11 / 12 787 15 
 
 € € € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição) 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
54 
 15 11 / 12 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 
 3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição) 
 
 11 / 12 687 15 
 
 € € € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compreende outros bens não incluídos nas restantes contas desta classe, 
com características de aplicação de tesouraria de curto prazo - POC 
 
a) Aquisição de Bens 
 
 18 Outras Aplicações tesouraria 11 CAIXA / 12 DEP. ORDE, 
 
 € € 
 
 
 
b) Venda de Bens adquiridos 
 1- A operação gera um resultado positivo ( Pv > C.aquisição) 
 
 11 / 12 787 18 
 
 € € € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 18-OUTRAS APLICAÇÕES 
TESOURARIA 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
55 
 2- A operação gera um resultado Nulo ( Pv = C.aquisição) 
 
 18 11 / 12 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 3- A operação gera um resultado negativo ( Pv < C.aquisição) 
 
 11 / 12 687 18 
 
 € € € € 
 
 
 
 
 
 
 
c) Rendimento dos bens adquiridos com aplicação de tesouraria 
 
 781 – Juros obtidos 
 11 Caixa / 12 D Ordem 784 – Rend. de participações de cap 
 
 € € 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 19-PROVISÕES PARA 
APLICAÇÕES DE TESOURARIA 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
56 
 
 
 
 
 
 
Esta conta será tratada no capítulo das provisões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE 2 TERCEIROS 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
57 
 
 
 
Registam todas as dívidas a receber e a pagar pela empresa 
 
 
 
 
 
 Regista os movimentos com os compradores de mercadorias de produtos e de 
serviços 
 
 
 21 CLIENTES 
 
 
 - Vendas a crédito ( facturas) - Cobranças s/ Clientes 
 - Notas de Débito - Notas de Crédito (incluindo 
 devoluções de vendas 
 - Adiantamentos 
 
 
 
 
 Os créditos da empresa sobre os seus clientes podem estar representados, po 
exemplo, em conta corrente ou evidenciados em letras ou outros títulos a receber. Daí a 
necessidade da criação de contas do 2º grau, que representem estas duas subdivisões: 
CLIENTES C/C e CLIENTES – TITULOS A RECEBER 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTA 21 CLIENTES 
CLIENTES 
Clientes C/C CLIENTES – 
TITULOS A 
RECEBER 
A B C D E 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
58 
 
 
 
 
 
 
 Regista todo o movimento corrente efectuado pela empresa com os seus clientes. 
Debita-se pelos aumentos das dívidas correntes dos clientes, credita-se pelas diminuições 
das mesmas. 
 Consideram-se dividas correntes todas aquelas que não sejam tituladas 
(comprovadas apenas por facturas, notas de débito, ou de lançamento, mas não por títulos 
de crédito) assim como as que não sejam de cobrança duvidosa 
 
Esquematicamente: 
 
 211 – CLIENTES C/C 
 
 - Facturas emitidas - Pagamentos (de clientes ) 
- Notas de débito(encargos c/ clientes: - Saques de letras ou outros títulos 
fretes, seguros, enc bancários) de crédito 
- Anulação de letras (reforma, devolução, - Notas de crédito 
 recâmbio) - Devolução de vendas 
 - Dívidas de cobrança duvidosa 
 - Anulação de adiantamentos 
 
 
 
Ou seja, engloba as dividas decorrentes de vendas efectuadas a prazo de 30, 60 ou 
90 dias 
 
1- Factura nº 15, referente à venda a 30 dias, de 2500€ de mercadorias: 
 
 
211 – Clientes c / c 71 Vendas 
 
 2500€ 2500€ 
 
 
 
2- Saque nº 21, no valor da facturanº15: 
 
 
211 – Clientes c / c 212 Clientes – Títulos Receber 
 
 2500 2500 
 
 
 
 
 
CONTA 211 – CLIENTES C/C 
 
CONTA 212 – CLIENTES – 
TITULOS A RECEBER 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
59 
 
 
 
 
 Engloba as dívidas em letras. Tal situação verifica-se quando o cliente conta 
corrente, não podendo pagar a dívida, aceita uma letra que lhe é sacada pelo credor 
 
 211 – CLIENTES – TITULOS RECEBER 
 
 - Saques - endossos a terceiros 
 - endossos de terceiros - descontos 
 - reforma (anulação) 
 - cobranças 
 - protestos 8letras em carteira) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É a ordem de pagamento que corresponde à emissão da própria letra. Sacar uma 
letra consiste em emiti-la, em ordenar a alguém (sacado) o pagamento de uma certa 
quantia na data de vencimento. Sendo assim ele é efectuado pelo sacador 
 
 
 
 
 
 
 
 Consiste na transmissão da letra a outrem pelo tomador ou portador. Apenas podem 
ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham a cláusula à ordem, quando forem 
títulos à ordem. A entidade que transmite a letra por endosso designa-se endossante; 
aquele que a recebe por endosso chama-se endossado, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos as diversas operações efectuadas com letras: 
 
SAQUE 
ENDOSSO 
ACEITE 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
60 
 
 
 É dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilidade deste pelo 
pagamento da letra na data do vencimento. Após ter aceite a letra o sacado passa a 
designar-se aceitante, sendo responsável pelo pagamento daquela no vencimento. 
 
 
 
 
 
 
 O desconto de letras realiza-se nos bancos comerciais e consiste numa realização 
antecipada do seu valor, ou seja possibilita ao portador realizar o valor da letra antes da 
data do seu vencimento pagando os juros e encargos relativos ao período compreendido 
entre a data da apresentação a desconto e a do vencimento. 
 
 
 
 
 
 Consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento por outra com 
vencimento posterior. Esta operação, muito frequente, deve-se ao facto de o aceitante não 
poder liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra na data do vencimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCONTO 
REFORMA 
RECÂMBIO 
TOTAL 
PARCIAL 
Com juros 
Incluídos 
Sem Juros 
Incluídos 
Com Juros 
Incluídos 
Sem Juros 
Incluídos 
TIPOS DE 
REFORMA 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
61 
 
 A letra é apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este proceda ao seu 
pagamento, isto é, efectua-se a sua cobrança. 
 
 A cobrança pode assumir duas modalidades 
 
 1 – Cobrança Directa - Quando o sacador apresenta a letra a pagamento, ao 
sacado, no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteis seguintes. 
 
 2 – Cobrança Bancária - Quando o sacador entrega as letras a uma instituição de 
bancária, para que esta proceda à cobrança das mesmas 
 
 
 
 
 
 Consiste numa acção levada a efeito pelo portador da letra, motivada pela falta de 
aceite ou falta de pagamento. O protesto por falta de aceite deverá efectuar-se durante os 
prazos fixados para a apresentação ao aceite; o protesto por falta de pagamento deverá 
efectuar-se num dos dois dias úteis seguintes aqueles em que a letra é pagável. 
 
Vejamos o movimento contabilístico relativo às diversas operações com letras: 
 
 
A – O SAQUE 
 O saque de uma letra implica a diminuição de dívida em conta – corrente e o 
aumento da dívida em letras a receber 
 
21CLIENTES 21 CLIENTES 
212 – Clientes –Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 
 Vn – Valor nominal da letra emitida 
 
 
B – O ENDOSSO 
 Endossar uma letra é transmitir a terceiros todos os direitosinerentes à letra 
 Com a letra a empresa, poderá efectuar pagamentos a fornecedores de mercadorias 
ou a fornecedores de imobilizado. 
 
 
 
 
 a) Endosso a um fornecedor de mercadorias 
PROTESTO 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
62 
 
 
21CLIENTES 22 FORNECEDORES 
212 – Clientes – Títulos a Receber 221 Fornecedores c/c 
 
 
 
 
 
 
b) Endosso a um fornecedor de Imobilizado 
 
 
21CLIENTES 26 O DEV e CREDORES 
212 – Clientes – Títulos a Receber 261 Fornecedores de Imob. 
 
 
 
 
 
 
 
C – O RECÂMBIO – COBRANÇA DE UMA LETRA 
 
 Cobrar uma letra consiste em receber o valor da mesma na data de vencimento 
 
1 - Cobrança directa 
 
 21CLIENTES 11 - CAIXA 
212 – Clientes – Títulos a Receber 111 – Caixa A 
 
 
 
 
 
 
2 - Cobrança Bancária 
 
Exercício: 
 A empresa E&D, Lda, enviou para cobrança o seu saque nº 15, no valor de 1 500 
000 . 
O banco cobrou os seguintes encargos : 
 Comissão de cobrança 0,5 % 200<= Cc <=3000 
 Imposto de selo 6% 
 Portes 300 
Calcular 
a) O valor dos encargos 
b) O valor liquido recebido pela empresa 
Valor Liquido = 
Valor Nominal - 
Encargos 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
63 
 
a) Cc = 1 500 000 * 0,5% = 7500 como > 3000 então 3000 
 Iselo = 3000 * 0,6 % =180 
 Portes = 300 
 Encargos = 3000+180+300=3480 
 
b)Valor Liquido= Valor Nominal – encargos 
 500 000– 3480= 496 520 
 
 12 – Dep. Ordem 
 121 – Banco 
 
 496 520 
 
 21CLIENTES 
212 – Clientes –Títulos a Receber 
 
 68 - Custos perdas Financ 
 500 000 688 O Custos perdas Financ 
 6881 Serviços Bancários 
 
 3 480 
 
 
D) O DESCONTO 
 
Descontar uma letra consiste no recebimento antecipado (antes da data de 
vencimento) do valor liquido da letra. 
 
Exercício: 
 
No dia 30 de Abril de 1997, a empresa E&D, Lda, enviou para desconto ao Banco 
Mello, o seu saque nº 16, no valor de 600 000, 90 dias antes do seu vencimento 
 O banco cobrou os seguintes encargos: 
 Juros 18,5% 
 Comissão de Cobrança 0,5% 200<=Cc<=3000 
 Imposto de selo 6% 
 Portes 300 
 
a) Calcular o valor dos encargos 
b) Calcular o valor líquido do saque creditado pelo banco 
 
a) = 600 000 * (90 + 2) * 18,5% = 27 978 
 365 
 Comissão de cobrança = 600 000 * 0,5% = 3000 
 Imposto de selo = (27 978 + 3000) * 6% = 1 859 
 Portes = 300 
 
Juro =C*(n+2)*i / 
365 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
64 
 ENCRGOS = 27 978 + 3 000 + 1 859 + 300 = 33 137 
 
b)Valor Liquido = Valor Nominal – Encargos 
 600 000 - 33 137 
 566 863 
 
 12 – Dep. Ordem 
 121 – Banco 
 
 566 863 
 
 21CLIENTES 
212 – Clientes –Títulos a Receber 
 
 68 - Custos perdas Financ 
 600 000 681 Juros suportados 
 6814 Desconto de títulos 
 
 33 137 
 
 
E) A REFORMA 
 
 Reformar uma letra consiste na substituição do titulo por outro de valor igual ou 
inferior, com posterior data de vencimento 
 
1 - Reforma Total Com Juros Incluídos 
 
 a) Anulação do saque existente 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 b) Calcular os encargos e debitá-los ao cliente 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
65 
 
 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 
 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 
 7881 Recuperação de despesas 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
c) Emitir nova letra acrescida de encargos 
 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn + Encargos Vn+encargos 
 
 
 
2 - Reforma Total Sem Juros Incluídos 
 
 a) Anulação do saque 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 b) Débito de encargos ao cliente 
 
 
 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 
 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 
 7881 Recuperação de despesas 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Pagamento dos encargos por parte do cliente 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
66 
 21 Clientes 11 Caixa 
 211 Clientes c/c 111 Caixa A 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
d) Emissão da nova letra 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 211 Clientes c/c 212 Clientes-titulos a receber 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 - Reforma Parcial Com Juros Incluídos 
 Estamos perante este tipo de reforma sempre que o cliente amortiza parte da dívida, 
aceitando uma letra pelo valor restante acrescido de juros 
 
 
 a) Anulação do saque 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 b) Amortização- pagamento de uma parte da letra 
 
 21 Clientes 11 Caixa 
 211 Clientes c/c 111 Caixa A 
 
 Amortização Amortização 
 
 
 
 
 c) Calcular os encargos sobre o valor ainda em divida debitá-los ao cliente 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
67 
 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 
 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 
 7881 Recuperação de despesas 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
d) Emitir de novo saque 
 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
Vn –Amortização Vn – Artização 
 +encargos + Encargos 
 
 
 
 
2 - Reforma Parcial Sem Juros Incluídos 
 
 
 a) Anulação do saque 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 b) Amortização 
 
 21 Clientes 11 Caixa 
 211 Clientes c/c 111 Caixa A 
 
 Amortização Amortização 
 
 
 
 
 
 
 
 c) Calcular e debito dos encargos 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
68 
 78 Prov Ganhos Financ 21 Clientes 
 788 O Prov Ganh Financ 211 Clientes c/c 
 7881 Recuperação de despesas 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
 d) Pagamento dos encargos por parte do cliente 
 
 21 Clientes 11 Caixa 
 211 Clientes c/c 111 Caixa A 
 
 Encargos Encargos 
 
 
 
e) Emissão de novo saque 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
Vn –Amortização Vn – Amortização 
 
 
 
F) PROTESTO 
 
 Se na data do vencimento o sacado não procede ao pagamento da letra, o sacador 
pode exercer os seus direitos de acção contra todos os intervenientes na letra. O protesto 
é feito no Notário nos dois dias seguintes à data de vencimento. 
 
 1 – Protesto de uma letra em carteira 
 
a) Anulação da letra 
 
 
 21 Clientes 21 Clientes 
 212 Clientes – Titulos a Receber 211 Clientes c/c 
 
 Vn Vn 
 
 
 
 
 
b) Débito ao cliente das despesas de protesto 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
69 
 
 11 Caixa 21 Clientes 
 111 Caixa A 211 Clientes c/c 
 
 Dp Dp 
 
 
Dp – Despesas de protesto 
 
 
2 – Protesto de uma letra enviada à cobrança bancária 
 
2.1. A letra será devolvida pelo banco, acompanhado por um documento(Nota de 
débito) que inclui as despesas de recâmbio 
 
a) Anulação da letra e débito das despesas de recâmbio 
 
 
 21 Clientes 
 212 Clientes – Títulos a Receber 
 
 Vn 
 21 Clientes 
 211 Clientes c/c 
 
 Vn + Dr 
 12 Dep. Ordem 
 121 Banco 
 
 Dr Dr – Despesas de Recâmbio 
 
b) Débito das despesas de protesto 
 
 
 11 Caixa 21 Clientes 
 111 Caixa A 211 Clientes c/c 
 
 Dp Dp 
 
 
Dp – Despesas de Protesto 
 
 
 
 
 
 
 Contabilidade 
Formadora: Conceição Balhico 
70 
2.2. O protesto poderá ser efectuado pelo banco. Isto acontece quando a letra tem 
a indicação «com despesas» 
 
 a) Anulação do saque e débito das despesas de Recâmbio 
 
 21 Clientes 
 212 Clientes – Títulos a Receber 
 
 Vn 
 21 Clientes 
 211 Clientes c/c 
 
 Vn + Dp + Dr 
 12 Dep. Ordem 
 121 Banco 
 
 Dp + Dr Dr – Despesas de Recâmbio

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