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Contabilidade: Conceitos e Usuários

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Estácio – Contabilidade
DEFINIÇÃO
Funcionamento das contas. Técnica de escrituração contábil. Balancete de verificação. Demonstrações contábeis simplificadas.
PROPÓSITO
Apresentar os conceitos essenciais ao entendimento da técnica contábil, bem como o processo de reconhecimento e mensuração contábil de eventos econômicos e o levantamento de demonstrações contábeis simplificadas.
OBJETIVOS
CONTABILIDADE: PROPÓSITO E FUNDAMENTOS
1. Objetivo, usuários e tipos
A Contabilidade é o processo sistemático de medir a atividade econômica de uma empresa e fornecer informações úteis para subsidiar a tomada de decisões econômicas.
Qual é o objetivo da Contabilidade?
Ele é tríplice:
Registrar ou traduzir os eventos econômicos para uma linguagem universal;
Mensurar ou atribuir valor aos eventos econômicos traduzidos;
Divulgá-los ou apresentá-los aos usuários da informação contábil.
Sejam eles complexos ou triviais, esses eventos são processados, reduzidos às suas partes elementares e ordenados de forma lógica.
Periodicamente, essas informações são resumidas em relatórios contábeis que contêm as variações de riqueza ao longo do tempo. Eles podem ser utilizados pelos usuários para compreender a situação financeira da empresa e subsidiar a tomada de decisões.
MAS QUEM SÃO OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL?
Elaborado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o documento CPC 00 - estrutura conceitual para relatório financeiro é claro ao defini-los como provedores de financiamento para a entidade. Esses usuários, portanto, são exaustivamente citados no documento em questão como investidores e credores existentes e em potencial.
Fonte: (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2019, p. 1, 2)
Outras partes, como reguladores e o público em geral, que não investidores, credores por empréstimos e outros credores, podem também considerar relatórios financeiros para fins gerais úteis. Contudo, esses relatórios não são direcionados essencialmente a esses outros grupos.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2019, p. 1.
Ainda que a divulgação da informação contábil esteja voltada a provedores de financiamento para a entidade, como investidores e credores, sua utilização como elemento de apoio à tomada de decisão não se limita a esses grupos.
Com isso em mente, elencaremos agora os principais usuários da informação contábil e suas necessidades de informação:
Usuários	Necessidade de informação
Investidores	Retorno sobre o capital investido; potencial de crescimento do valor econômico da entidade.
Empregados	Segurança no emprego; parcela da riqueza gerada direcionada aos empregados em comparação com os proprietários.
Credores	Capacidade de pagamento de principal e juros; garantias disponíveis em caso de inadimplência.
Fornecedores	Risco de crédito da organização; prazo de pagamento de fornecedores.
Clientes	Segurança na oferta de suprimentos e serviços; capacidade de continuidade da empresa.
Governo	Recolhimento de impostos.
Fonte: (BRITTON; WATERSTON, 2006)
Um tipo adicional de usuário da informação contábil é representado pelos administradores da entidade.
Contudo, a administração não precisa se basear em relatórios financeiros para fins gerais, pois ela pode obter internamente as informações financeiras de que necessita, podendo recorrer, inclusive, a análises gerenciais sob diferentes cenários e pressupostos que não se limitem às regras estritas da contabilidade financeira.
2. Tipos de Contabilidade
Essa divisão é um arranjo criado para contextualizar as diversas aplicações do setor, constituindo, assim, um misto de doutrina e pronunciamentos.
Há quatro tipos de aplicações da Contabilidade:
Clique nas informações a seguir.
Neste vídeo, um especialista contextualiza os conceitos apresentados até o momento.
3. Base normativa da Contabilidade
Objeto com interatividade.
Seus princípios representam a essência de doutrinas e teorias relativas à Contabilidade de acordo com o entendimento predominante nos universos científico e profissional. Tais princípios regem o fenômeno contábil e devem ser observados pelas entidades na aplicação da contabilidade financeira.
No Brasil, os princípios de contabilidade são definidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) desde que houve a decisão de convergi-los aos padrões contábeis internacionais por meio da Lei nº 11.638/17. A partir daí, o comitê foi o encarregado de realizar a transição dos padrões contábeis emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB) para o ambiente doméstico.
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo:
[...] o estudo, o preparo e a emissão de documentos técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e à uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade brasileira aos padrões internacionais.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2005
O CPC possui quatorze membros: cada uma das sete entidades que o formam pode nomear dois deles. Além desse contingente, são convidados a participar representantes de outras entidades privadas e de reguladores do mercado financeiro.
Em 4 de outubro de 2016, o CFC revogou duas resoluções (as de nº 750/93 e 1282/10) que estabeleciam os enunciados dos princípios fundamentais de Contabilidade.
A partir daí, a referência para a elaboração de padrões contábeis passou a ser a estabelecida no CPC 00 - estrutura conceitual para relatório financeiro.
Produtos elaborados pelo CPC, os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações não têm valor normativo, pois o comitê não tem competência legal para tal.
Isso garante que:
A divulgação financeira será relevante para os investidores;
Os requisitos de reconhecimento e de mensuração serão baseados nas características qualitativas da informação contábil.
Dessa forma, para que eles se tornem obrigatórios, é necessário que os reguladores, que detêm a competência normativa, os referendem por meio de atos normativos.
Exemplo
Para que os Comitês de Pronunciamento Contábil (CPCs) se tornem obrigatórios para as sociedades anônimas de capital aberto, a Comissão de Valores Imobiliários precisa referendá-los. No caso das instituições financeiras, é o Conselho Monetário Nacional (CMN) que deve fazê-lo – e assim por diante, sempre de acordo com o segmento regulado.
De maneira geral, os reguladores referendam os pronunciamentos assim que o CPC os emite.
Clique no botão para ver as informações.
O profundo efeito desse pronunciamento nas instituições financeiras e o risco que uma convergência precipitada poderia trazer para a estabilidade financeira levaram o CMN e o Banco Central a estabelecerem um cronograma de convergência que estimasse os impactos dessa norma no sistema financeiro.
Saiba mais
Mesmo emitido pelo CPC no final de 2016 e em vigor para as demais entidades a partir de janeiro de 2018, o IFRS 9 (CPC 48) não foi referendado pelo CMN até o primeiro semestre de 2020.
Além dos CPCs, as entidades comerciais que atuam no Brasil estão sujeitas a outras normas que afetam a contabilidade financeira, como, por exemplo, a Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas).
Profundamente alterada pela Lei nº 11.638/07, que instituiu a obrigatoriedade da convergência às normas internacionais de Contabilidade, a Lei das Sociedades Anônimas aplica-se a:
Sociedades por ações de capital aberto ou fechado.
Empresas de grande porte, ainda que elas sejam constituídas na forma de sociedade de capital limitado.
A adoção das normas internacionais de Contabilidade fundiu os CPCs à base normativa aplicável às empresas comerciais.
Sendo assim, o que existe hoje em dia são leis comerciais combinadas com os CPCs.
As organizações estão sujeitas à normatização emitida pelas próprias autoridades regulatórias do setor econômico em que atuam.
4. Pressupostos básicos
Os pressupostos básicos da informação contábil representam o ponto de partida de qualquer desenvolvimentocontábil, já que eles constituem a base dos critérios de reconhecimento e mensuração dos fenômenos econômicos.
Esses pressupostos são:
Clique nas informações a seguir.
Tendo por alicerce esses pressupostos básicos, o CPC (2019) afirma que o objetivo das demonstrações financeiras é fornecer informações financeiras úteis para investidores e credores atuais e potenciais na tomada de decisões sobre o fornecimento de recursos para a entidade.
Tais decisões podem envolver:
Compra, venda ou manutenção de instrumento de patrimônio e de dívida.
Concessão ou liquidação de empréstimos ou outras formas de crédito.
Exercício de direito de votar ou influenciar de outro modo os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade.
Para que sejam úteis, as informações apresentadas devem ser relevantes e representar fielmente o que dizem representar. Por isso, a relevância e a representação fidedigna são características qualitativas fundamentais da informação contábil útil.
A relevância e a representação fidedigna devem estar capacitadas, seja por seu valor preditivo ou confirmatório, para fazer a diferença nas decisões tomadas.
5. Características qualitativas da informação contábil
Além das características qualitativas fundamentais da informação contábil, o CPC(2019) elenca outras qualitativas de melhoria que ampliam o seu escopo, sendo capazes de fornecer uma representação fidedigna:
Características qualitativas de melhoria	Definição
Comparabilidade	Permite aos usuários a comparação entre as entidades, assim como aquela realizada em uma mesma entidade em períodos distintos, possibilitando a identificação e a compreensão de similaridades e diferenças entre itens.
Verificabilidade	Ajuda a garantir aos usuários que as informações representem de forma fidedigna os fenômenos econômicos que pretendem representar. Verificabilidade significa que diferentes observadores bem informados e independentes podem chegar a um consenso de que uma representação específica é fidedigna.
Tempestividade	Significa disponibilizar informações aos tomadores de decisões a tempo para elas serem capazes de influenciar suas decisões.
Compreensibilidade	Decorre da adequada classificação, caracterização e apresentação de informações de modo claro e conciso.
O desafio do preparador da informação contábil é:
Maximizar as características qualitativas de melhoria tendo em mente o objetivo de produzir uma informação útil. O exercício que ele não pode evitar é a busca constante de um equilíbrio entre as diversas características qualitativas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. As características qualitativas de melhoria ampliam e reforçam o alcance daquelas consideradas fundamentais para a informação contábil útil. Qual dessas características permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens?
2. A Contabilidade apresenta pressupostos básicos que representam tanto os fundamentos da ciência contábil quanto as características qualitativas fundamentais da informação contábil útil. Esses dois conceitos se relacionam e criam as condições para que ela cumpra seu objetivo. Entre as alternativas abaixo, assinale a que representa os pressupostos básicos.
MÓDULO 2
Identificar a natureza e a dinâmica de funcionamento das contas: a equação fundamental da Contabilidade
DINÂMICA CONTÁBIL
1. Origens e aplicações de recursos
A dinâmica contábil é fundamentada na relação entre origens e aplicações de recursos. De maneira bem simples:
A origem
Indica a procedência deles.
As aplicações
Definem para onde eles vão.
Como o sistema contábil é fechado, toda origem implica uma aplicação, assim como toda aplicação exige uma origem.
As origens de recursos derivam de:
Sócios e credores
Ambos representam os provedores de financiamento para a entidade.
Atividade operacional
Ela representa os fluxos de caixa orgânicos gerados pela empresa.
Os sócios
Aportam recursos sem direito de regresso contra a entidade, ou seja, eles não poderão exigir a devolução dos que forem aportados.
Os credores
Fazem isso na forma de crédito, possuindo uma previsão de reembolso desses recursos por parte da entidade. .
São exemplos de origens:
Origens	Reconhecimento
Sócios	Capital social (também denominado capital próprio).
Credores	Capital de terceiros: operações de crédito contratadas pela empresa e títulos de dívida (debêntures, notas promissórias e outros) emitidos pela entidade.
Receitas de vendas	Fluxos de caixa operacionais decorrentes da atividade operacional da entidade.
Receitas de serviços	Fluxos de caixa operacionais decorrentes da atividade operacional da entidade.
As aplicações representam a destinação das origens. Tal destinação se dá por meio da inversão desses recursos em:
1. Bens ou direitos;
2. Gastos voltados para a manutenção da atividade operacional da entidade e a consequente geração de fluxos de caixa.
Aplicações	Reconhecimento
Bens tangíveis	Dinheiro, estoques, máquinas e equipamentos, veículos e instalações.
Bens intangíveis	Patentes, marcas, softwares e direitos autorais.
Direitos	Contas e receber, operações de crédito, aplicações financeiras e contas bancárias.
Despesas	Gastos necessários para a geração de receitas e a manutenção da atividade operacional da empresa.
2. Contas e planos de contas
O passo seguinte na compreensão da dinâmica contábil é o entendimento das contas ou rubricas contábeis. Elas são os elementos que refletem a tradução do evento econômico e acumulam os valores de sua mensuração.
As contas ou rubricas contábeis serão sensibilizadas quantitativamente quando os eventos econômicos forem processados contabilmente.
Dessa forma, é fundamental uma entidade possuir tantas contas quantas forem necessárias para expressar seu universo de possibilidades de eventos econômicos. Esse conjunto de contas é chamado de plano de contas.
O que é um plano de contas?
Trata-se do conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina o uso das contas contábeis e uniformiza seus registros. Ele descreve a função e o uso de cada conta da empresa, estruturando e organizando, desse modo, a contabilidade dela.
As contas se agrupam em dois tipos distintos
a) Contas patrimoniais:
Clique nas informações a seguir.
b) Contas de resultado
Clique nas informações a seguir.
Veremos a seguir um exemplo de conta:
Título da conta	Código
Data	Operações	Débito	Crédito	D/C	Saldo
Conforme frisamos, um sistema contábil possuirá tantas contas quantas forem necessárias para reconhecer os eventos econômicos praticados pela entidade.
Verificaremos a seguir um exemplo de plano de conta:
Plano de contas
Conta	Código
Ativo	100
Caixa	101
Aplicações financeiras	102
Contas a receber	103
Estoques	104
Máquinas e equipamentos	105
Instalações	106
Veículos	107
Passivo	400
Fornecedores	401
Empréstimos e financiamentos	402
Títulos a pagar	403
Patrimônio líquido	600
Capital social	601
3. Natureza das contas e equação fundamental da Contabilidade
Conectando os conceitos de origens e aplicações de recursos com os tipos de contas, notamos a seguinte constituição:
Aplicações de recursos
Aplicações de recursos correspondem ao termo latino debere, que era utilizado na Idade Média para abreviar a expressão “deve sua existência”. Dessa forma, as aplicações de recursos (ou ativos e despesas) apresentam uma natureza devedora.
Origens de recursos
As origens de recursos correspondem ao latim credere, que era empregado na mesma época como uma abreviação da sentença “à confiança de”. Dessa maneira, as origens de recursos (ou passivos, patrimônio líquido e receitas) apresentam uma natureza credora.
Saiba mais
Nosso passo seguinte será a definição da natureza das contas. A sensibilização delas é feita por meio de um mecanismo denominado lançamento. Ele obedece ao método das partidas dobradas, cuja premissa é a seguinte:
A todo débito (ou aplicação) corresponde um crédito (ou origem) de igual valor.
Clique na barra para ver as informações.
O QUE ISSO SIGNIFICA?
Significa que o lançamento se manifesta por meio de débitos e créditosque devem ser iguais. No entanto, para compreendermos melhor a dinâmica das contas e o lançamento contábil, será fundamental trazermos para essa discussão a natureza das contas.
Lançamentos da mesma natureza da conta aumentam seu saldo.
Lançamento de natureza oposta reduzem o saldo dela.
O quadro a seguir apresenta os tipos de contas, sua natureza e a dinâmica de funcionamento delas:
Contas	Natureza	Aumentam	Diminuem
Ativo	Devedora	Lançamentos a débito	Lançamentos a crédito
Passivo	Credora	Lançamentos a crédito	Lançamentos a débito
Patrimônio líquido	Credora	Lançamentos a crédito	Lançamentos a débito
Receita	Credora	Lançamentos a crédito	Lançamentos a débito
Despesa	Devedora	Lançamentos a débito	Lançamentos a crédito
Combinando as informações apresentadas até aqui, notamos que:
A contabilidade é um sistema fechado;
As origens igualam as aplicações, ou os débitos igualam os créditos;
As contas se agrupam em dois grupos distintos: patrimoniais e de resultado.
Podemos formular igualdades entre os diversos elementos da Contabilidade que darão origem às suas equações fundamentais. Tomando as contas patrimoniais, vemos que:
Aplicações = origens
Ativo = passivo + patrimônio líquido
Ativo - passivo = patrimônio líquido
A equação fundamental da Contabilidade configura apenas a expressão algébrica do balanço patrimonial. Conheceremos uma versão simplificada disso a seguir:
Cia ZZZ
Balanço patrimonial
31.12.10x0
Ativos	Passivos e patrimônio líquido
Bancos	32.500	Contas a pagar	30.000
Aplicações financeiras	11.000	Salários a pagar	170
Contas a receber	4.400	Empréstimos	20.133
Estoques	27.800	Passivos totais	50.303
Máquinas e equipamentos	24.792	Capital social	50.189
Ativos totais	100.492	Passivos e patrimônio líquido totais	100.492
Do ponto de vista das contas de resultado, temos o seguinte:
Receitas - despesas = resultado
Por sua vez, a equação do resultado compõe a expressão algébrica da demonstração dele. Notemos a seguir uma versão simplificada disso:
Cia ZZZ
Demonstração do resultado
Para o exercício de 20x0
Receitas		
Receita de vendas	4.000	
Receita de serviços	650	
Receita total		4.650
Despesas		
Custo das mercadorias vendidas	2.200	
Aluguéis	1.000	
Salários	700	
Depreciação	208	
Despesas financeiras	253	
Despesa total		4.361
Lucro líquido		289
4. Possíveis estados patrimoniais
O patrimônio líquido é a diferença entre ativos e passivos. Com um caráter abstrato, ele representa a riqueza líquida da entidade.
Exemplo
No encerramento das atividades de uma entidade, a realização dos ativos e, em seguida, a liquidação dos passivos teriam como resíduo o patrimônio líquido.
Dependendo da composição dos ativos e passivos, o PL, enquanto valor residual de ambos, pode assumir cinco estados distintos:
Clique nas barras para ver as informações.
A) A > P → PL > 0
A	P
PL
A entidade apresenta riqueza própria.
B) A > P | P = 0 → A = PL, PL > 0
A	PL
Ela não possui obrigações junto a terceiros.
C) A = P → PL = 0
A	P
Não tem riqueza própria, pois todo o ativo dela é oriundo de obrigações junto a terceiros.
D) A < P → PL < 0
A	P
PL
Apresenta passivo a descoberto, pois, ainda que realize os ativos integralmente, ela não é capaz de honrar os passivos.
P > A | A = 0 → PL = - P, PL < 0
PL	P
Não detém bens ou direitos, assim como nenhuma expectativa de geração de caixa futuro. Há apenas dívidas.
Neste vídeo, um especialista comenta sobre os tópicos e princípios abordados neste módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A situação líquida negativa é caracterizada quando o ativo total se revela:
Maior que o patrimônio líquido.
Maior que o passivo.
Negativo.
Menor que o passivo.
Comentário
2. Assinale a alternativa que indica fontes de recursos para a empresa:
Caixa e bancos
Contas do ativo circulante
Empréstimos concedidos
Fornecedores
Comentário
MÓDULO 3
Descrever a escrituração contábil e os livros contábeis obrigatórios
ESCRITURAÇÃO
Apresentaremos a seguir as normas de escrituração contábil. Delineada segundo as diretrizes das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), a NBC T 2 normatiza essa escrituração.
A ITG 2000 (R1), por sua vez, estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais.
Observemos uma compilação das prescrições mais relevantes da NBC T 2:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
2.1.1 - A entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico.
2.1.2 - A escrituração será executada:
a) em idioma e moeda corrente nacionais;
b) em forma contábil;
c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens;
e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos.
2.1.2.1 - A terminologia utilizada deve expressar o verdadeiro significado das transações.
[...] 2.1.5 – O "diário" e o "razão" constituem os registros permanentes da Entidade.
[...] 2.2.1 – A documentação contábil compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apoiam ou compõem a escrituração contábil.
2.2.1.1 - Documento contábil, estrito-senso, é aquele que comprova os atos e fatos que originam lançamento(s) na escrituração contábil da Entidade.
[...] 2.2.4 – A entidade é obrigada a manter em boa ordem a documentação contábil.
[...] 2.4.1 – Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de um registro realizado com erro, na escrituração contábil das Entidades.
2.4.2 - São formas de retificação:
a – o estorno;
b – a transferência;
c – a complementação.
2.4.2.1 - Em qualquer das modalidades supramencionadas, o histórico do lançamento deverá precisar o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.
2.4.3 - O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.
2.4.4 - Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente debitada ou creditada, por meio da transposição do valor para a conta adequada.
2.4.5 - Lançamento de complementação é aquele que vem, posteriormente, complementar, aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado.
2.4.6 - Os lançamentos realizados fora da época devida deverão consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.
Fonte: (NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE, 2020)
ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
1. Conceito
Clique nas informações a seguir.
2. Classificação
Os fatos administrativos (ou contábeis) classificam-se em:
a) Fatos permutativos (ou compensativos)
Apesar de não provocarem alterações no valor do patrimônio líquido, eles têm a capacidade de modificar a composição dos demais elementos patrimoniais.
Os fatos permutativos podem refletir:
Reclassificações dentro do mesmo grupamento contábil (ativos, passivos ou PL).
Trocas entre ativos e passivos.
Apresentaremos alguns exemplos disso a seguir:
Clique nas barras para ver as informações.
1. AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS À VISTA NO VALOR DE R$5.000
Ocorre apenas uma reclassificação, ou seja, uma permuta, já que a redução no saldo bancário (diminuição do ativo) é compensada pela aquisição do veículo (aumento de mesmo valor do ativo). Não há qualquer reflexo no PL da entidade.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Veículos a bancos	5.000	
5.000
Aquisição de veículos conforme nota fiscal TTT001.		
2. AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS POR MEIO DE FINANCIAMENTO BANCÁRIO NO VALOR DE R$5.000
A aquisição do veículo corresponde a um aumento do ativo, o qual, por sua vez, se vê compensado por um aumento do mesmo valor no passivo (operação de crédito). No entanto, o PL fica inalterado.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Veículos a financiamentos	5.000	
5.000
Aquisição de veículos conforme nota fiscal TTT001.		
3. LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO NO VALOR DE R$5.000
A redução no saldo bancáriocorresponde a uma diminuição do ativo compensada por outra equivalente no passivo (baixa do financiamento bancário). Não há reflexos no PL.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Financiamentos a bancos	5.000	
5.000
Liquidação de financiamento bancário para aquisição de veículos.		
4. AUMENTO DE CAPITAL COM INCORPORAÇÃO DE RESERVAS NO VALOR DE R$5.000
Há apenas uma reclassificação entre contas do patrimônio líquido, cujo valor permanece inalterado.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Reservas de lucros a capital	5.000	
5.000
Pelo aumento de capital por incorporação de reservas.		
b) Fatos modificativos aumentativos e diminutivos
Eles provocam alterações no valor do PL que correspondem a um aumento ou a uma redução de valor equivalente no passivo ou no ativo.
Clique nas informações a seguir.
c) Fatos mistos ou compostos
Combinando fatos permutativos e modificativos, eles podem ser
Aumentativos
Combinam fatos permutativos e modificativos aumentativos.
Diminutivos
Mesclam fatos permutativos e modificativos diminutivos.
Destacaremos um exemplo dos fatos mistos aumentativos:
Venda de ativos por preço superior ao valor contábil, havendo, portanto, lucro. Neste caso, a permuta entre o valor do ativo e os recursos recebidos não é equivalente, pois estes excedem o valor daquele. Essa diferença (lucro) aumenta o patrimônio líquido.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Diversos	6.000	
A diversos		6.000
Bancos	5.000	
Depreciação acumulada	1.000	
A ganhos ou perdas de capital		1.000
A imobilizado		5.000
Pela alienação de imobilizado por valor acima do contábil líquido.		
Agora observaremos um exemplo dos diminutivos:
Venda de ativos por preço inferior ao valor contábil, havendo, portanto, um prejuízo. Neste caso, a desigualdade na permuta é desfavorável à entidade, pois o valor do ativo excede o dos recursos recebidos. Essa diferença (prejuízo) reduz o patrimônio líquido.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Diversos	5.000	
A imobilizado		5.000
Bancos	3.000	
Depreciação acumulada	1.000	
Ganhos ou perdas de capital	1.000	
Pela alienação de imobilizado por valor inferior ao contábil líquido.		
3. Escrituração contábil e lançamento
Técnica contábil utilizada para o registro dos fatos administrativos ocorridos na entidade, a escrituração é feita por intermédio de lançamentos registrados em livros contábeis obrigatórios.
Exemplo
Livro diário e livro razão (ambos serão explorados mais à frente).
Conforme indica a figura a seguir, a escrituração forma a base do processo contábil:
Clique na barra para ver as informações.
O QUE É O LANÇAMENTO?
Trata-se de um procedimento contábil por meio do qual as contas ou as rubricas contábeis são sensibilizadas. O lançamento obedece ao método das partidas dobradas, cuja premissa é de que todo débito (ou aplicação) corresponde a um crédito (ou origem) de igual valor.
Isso significa que o lançamento se manifesta por meio de débitos e créditos que devem ser iguais.
Qual é o conjunto de informações obrigatórias presentes no lançamento?
RESPOSTA:
Local e data do registro;
Contas debitadas;
Contas creditadas;
Histórico da operação;
Valor da operação.
.
Vejamos o seguinte exemplo:
Aquisição de máquinas e equipamentos no valor de R$20.000 conforme nota fiscal XYZ001, com pagamento à vista de metade do valor em 02.01.X1.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Instalações	20.000	
A bancos		10.000
A títulos a pagar		10.000
Aquisição de máquinas e equipamentos conforme nota fiscal XYZ001.		
O lançamento contábil pode assumir quatro representações distintas. Denominados fórmulas, esses lançamentos se distinguem pela quantidade de contas que é envolvida em um processo:
a) Lançamento de 1ª fórmula
Débito e crédito de apenas uma conta.
Observemos este exemplo:
Recebimento de serviços prestados no valor de R$100.000 por meio de TED.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Bancos	100.000	
A receita de serviços		100.000
Pelo recebimento por serviços prestados conforme nota fiscal XYZ010.		
b) Lançamento de 2ª fórmula
Débito de uma conta e crédito de outra.
Notemos o exemplo a seguir:
Refinanciamento parcial de empréstimo no banco pelo valor de R$100.000, metade por meio de resgate em conta corrente e a outra por intermédio de emissão de nota promissória.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Empréstimos	100.000	
A diversos		100.000
A bancos		50.000
A nota promissória a pagar		50.000
Pelo refinanciamento parcial de empréstimo bancário.		
c) Lançamento de 3ª fórmula
Débito de mais de uma conta e crédito de apenas uma conta.
Vejamos este exemplo:
Subscrição de capital no valor de R$100.000, metade por meio de TED e a outra por intermédio de mercadorias.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Diversos	100.000	
A capital		100.000
Bancos	50.000	
Mercadorias	50.000	
Pela subscrição de capital em dinheiro e mercadorias		
d) Lançamento de 4ª fórmula
Débito e crédito de mais de uma conta.
Olhemos o exemplo a seguir:
Venda de imobilizado por R$100.000 com lucro de R$20.000. Metade do valor é recebido à vista por meio de TED; o restante, a prazo.
Lançamento	Débitos	Créditos
Rio de Janeiro XX.YY.KK		
Diversos	100.000	
A diversos		100.000
Bancos	50.000	
Contas a receber	50.000	
A imobilizado		80.000
A ganho ou perda de capital		20.000
Pela alienação de imobilizado com ganho de capital		
LIVRO DIÁRIO E LIVRO RAZÃO
Clique nas informações a seguir.
Os livros diário e razão, portanto, são complementares.
Livro diário
Mantém a escrituração de todas as operações realizadas pela entidade.
Livro razão
Toma esses registros e os classifica segundo cada conta envolvida.
Na sequência, veremos um exemplo da aplicação desses livros obrigatórios.
A empresa ABC realizou os seguintes as operações:
Constituição da empresa com aporte de capital em dinheiro no valor de R$100.000 em 01.01.X1;
Aquisição de instalações por R$20.000, metade à vista, em 01.02.X1;
Aquisição de máquinas e equipamentos à vista por R$10.000 em 01.03.X1;
Aquisição de estoques a prazo por R$15.000 em 01.04.X1;
Compra de veículos à vista por R$5.000 em 01.05.X1;
Pagamento de fornecedores no valor de R$7.500 em 01.06.X1.
O livro diário recebe toda a escrituração da companhia conforme aponta esta tabela:
Lançamentos	Débitos	Créditos
1) Em 01.01.X1		
D Bancos	100.000	
C Capital Social		100.000
Pela integralização do capital em dinheiro		
(2) Em 01.02.X1		
D Instalações	20.000	
C Banco conta Movimento		10.000
C Títulos a Pagar		10.000
Pela aquisição de instalações com metade à vista.		
(3) Em 01.03.X1		
D Máquinas e equipamentos	10.000	
C Bancos		10.000
Pela aquisição de máquinas e equipamentos à vista		
(4) Em 01.04.X1		
D Estoques	15.000	
C Fornecedores		15.000
Pela aquisição de estoques a prazo		
(5) Em 01.05.X1		
D Veículos	5.000	
C Bancos		5.000
Pela aquisição de veículos à vista		
(6) Em 01.06.X1		
D Fornecedores	7.500	
C Bancos		7.500
Pelo pagamento de fornecedores		
O livro razão detalha o efeito de cada registro do livro diário nas contas envolvidas:
Bancos	Código 101
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.01.X1	A capital social (1)	100.000		D	100.000
01.02.X1	De instalações (2)		10.000	C	90.000
01.03.X1	De máquinas e equipamentos (3)		10.000	C	80.000
01.05.X1	De veículos (4)		5.000	C	75.000
01.06.X1	De fornecedores (5)		7.500	C	67.500
Capital social	Código 601
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.01.X1	De bancos (1)		100.000	C	100.000
Instalações	Código 106
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.02.X1	A bancos (2)	10.000		D	10.000
01.02.X1	A títulos a pagar (2)	10.000		D	20.000
Títulos a pagar	Código 403
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.02.X1	De instalações (2)		10.000	C	10.000
Máquinas e equipamentos	Código 105
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.03.X1	A bancos (3)	10.000		D	10.000
Estoques	Código 104
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.04.X1	A fornecedores (4)	15.000		D	15.000
Fornecedores	Código 401
Data	Operações	DébitoCrédito	D/c	Saldo
01.04.X1	De estoques (4)		15.000	C	15.000
01.06.X1	A bancos (6)	7.500		D	7.500
Veículos	Código 107
Data	Operações	Débito	Crédito	D/c	Saldo
01.05.X1	A bancos (5)	5.000		D	5.000
O livro razão também pode ser apresentado na forma de razonetes.
Notemos que a movimentação das contas nas duas representações obedece à natureza devedora ou credora:
swap_horiz Arraste para os lados.
Neste vídeo, um especialista aborda conceitos e princípios discutidos neste módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Verifique este lançamento:
D	Imóveis	500.000
C	Terrenos	200.000
C	Bancos	180.000
C	Títulos a pagar	120.000
Ele caracteriza um fato administrativo:
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
Os fatos permutativos não provocam alterações no valor do patrimônio líquido, mas podem modificar a composição dos demais elementos patrimoniais.
Permutativo
Modificativo aumentativo
Misto aumentativo
Misto diminutivo
Comentário
2. Assinale a alternativa que afeta o resultado contábil de uma entidade:
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
O resultado origina-se do confronto entre receitas e despesas. A valorização de propriedades para investimento as tem como uma contrapartida da propriedade registrada em uma conta de receita.
Valorização de propriedades para investimento.
Integralização de capital em dinheiro.
Integralização de capital com reservas de lucros.
Aquisição de seguros antecipados.
Comentário
MÓDULO 4
Esquematizar o balancete de verificação e as demonstrações contábeis simplificadas
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SIMPLIFICADAS
1. Balancete de verificação
Resgatando uma vez mais a ideia de que a Contabilidade forma um sistema fechado, no qual, em cada lançamento, o total de débitos iguala o de créditos, é fácil deduzir o seguinte:
A qualquer momento, o total de débitos também iguala o total de créditos para o conjunto de lançamentos registrado no livro diário.
A verificação periódica dessa igualdade é feita por meio do balancete de verificação.
Clique nas barras para ver as informações.
EM QUE CONSISTE O BALANCETE DE VERIFICAÇÃO?
Trata-se da listagem de todas as contas de uma entidade que, apresentando seus respectivos saldos, são ordenadas segundo o grupo patrimonial ou de resultado a que pertencem.
QUAL É O PROPÓSITO DESSE BALANCETE?
Checar a consistência dos lançamentos realizados no período, ou seja, a igualdade entre o total de saldos devedores e credores, para autorizar o uso das contas na preparação das demais demonstrações contábeis.
Esta tabela apresenta um exemplo de balancete de verificação baseado nos dados utilizados nos exemplos anteriores:
CIA ABC
Balancete de verificação em 30.06.X4
Contas	Saldos
Devedores	Credores
Bancos	67.500	-
Capital social	-	100.000
Instalações	20.000	-
Títulos a pagar	-	10.000
Máquinas e equipamentos	10.000	-
Estoques	15.000	-
Fornecedores	-	7.500
Veículos	5.000	-
Total	117.500	117.500
2. Detalhamento dos grupos patrimoniais
Analisaremos agora o detalhamento dos seguintes grupos:
a) Ativos
Enquanto recursos controlados pela entidade como o resultado de eventos passados e dos quais são esperados benefícios econômicos para ela, os ativos podem ser resumidos objetivamente como bens e direitos.
Ativo	Bens	Tangíveis: dinheiro, estoques, veículos, máquinas, instalações, terrenos etc.
Intangíveis: marcas, patentes, softwares etc.
Direitos: contas bancárias, duplicatas a receber, aplicações financeiras etc.
Em ordem decrescente de liquidez, os ativos podem ser classificados como:
Clique nas informações a seguir.
b) Passivos
Os passivos são obrigações presentes da entidade derivadas de eventos já ocorridos cuja liquidação gere a expectativa de que ela irá resultar na saída de recursos.
Eles também podem ser classificados como:
Clique nas informações a seguir.
Atenção
Os exemplos de passivos circulantes e não circulantes são, em geral, idênticos. A exceção fica por conta dos exemplos do prazo de vencimento, como contas a pagar, empréstimos e financiamentos, obrigações diversas e contingências.
c) Patrimônio líquido
Valor residual dos ativos da entidade depois da dedução de todos os seus passivos.
Clique na barra para ver as informações.
O PL DEVE APRESENTAR:
Capital social;
Reservas de capital;
Ajustes de avaliação patrimonial;
Reservas de lucros;
Ações ou quotas em tesouraria;
Prejuízos acumulados;
Lucros acumulados (legalmente admitidos);
Demais contas exigidas pelos pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC.
Fonte: (COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS, 2011, p. 106)
d) Demonstrações contábeis
O passo final é organizar as contas para a apresentação. Há várias maneiras de organizá-las – e cada uma delas corresponde a um determinado ponto de vista sobre a situação econômico-financeira da entidade.
3. Balanço patrimonial simplificado
O balanço patrimonial é a demonstração contábil de uma organização que apresenta o saldo das contas patrimoniais no encerramento do período.
Quais itens devem constar no balanço patrimonial?
Clique no botão para ver as informações.
Trata-se de uma posição de estoque, uma posição estática ou uma fotografia de certo momento da empresa.
Esta figura traduz um exemplo de balanço patrimonial simplificado baseado nos exemplos indicados ao longo deste tema:
CIA ABC
Balanço patrimonial em 30.06.X4
Ativos	Passivos e patrimônio líquido
Bancos	67.500	Passivo		
Estoques	15.000	Fornecedores	7.500	
Máq. E equipamentos	10.000	Títulos a pagar	10.000	17.500
Veículos	5.000	Patrimônio líquido		
Instalações	20.000	Capital social	100.000	100.000
Total	117.500	Total		117.500
4. Demonstração de resultado
A demonstração de resultado (DR) é a que detalha a variação das contas de resultado, ou seja, as receitas e as despesas. O produto da DR resulta do confronto entre ambas, podendo ser positivo ou negativo.
Caso a variação das receitas exceda a das despesas, ocorre o lucro, havendo, desse modo, um aumento do patrimônio líquido. Do contrário, registra-se um prejuízo, ou seja, a redução desse patrimônio.
Dica
Enquanto o balanço patrimonial configura uma demonstração de estoque, a DR é uma demonstração de fluxo.
Clique nas setas para ver o conteúdo.
O produto da DR (lucro ou prejuízo do período) constitui um fluxo a ser adicionado ao balanço patrimonial por meio do PL, revelando o aumento ou a diminuição da riqueza da entidade no período. Seu conceito, que é subjacente à DR, deriva da natureza temporária das contas de receita e despesa.
As contas patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido) são permanentes, isto é, seus saldos não se encerram no final do período, sendo transferidos para o seguinte. Já as de resultado (receitas e despesas) são temporárias; logo, seus saldos são encerrados no final dele. Este procedimento é chamado de apuração de resultados.
Adaptado de Iudícibus (1998), o exemplo a seguir ilustra de forma simplificada os procedimentos para a elaboração de uma DR:
A companhia DEF realizou as seguintes operações envolvendo receitas e despesas:
1
2
3
4
5
6
Em 01.01.X1: Pagamento de despesas de material de escritório no valor de R$25.000;
Em 01.02.X1: Compra a prazo de peças para reparo (empregadas nos serviços prestados) no valor de R$110.000;
Em 01.03.X1: Recebimento de receita por serviços prestados no valor de R$445.000;
Em 01.04.X1: Emissão de fatura por serviços prestados no valor de R$580.000;
Em 01.05.X1: Pagamento de salários no valor de R$450.000;
Em 01.06.X1: Pagamento de aluguel da loja no valor de R$40.000.
Partidas de diário:
Lançamentos	Débitos	Créditos
(1) Em 01.01.X1		
D Despesas de material de escritório	25.000	
C Bancos		25.000
Pago à papelaria Líder Ltda. conforme nota fiscal n° 00582		
(2) Em 01.02.X1		
D Despesas de peças para reparos	110.000	
C Fornecedores		110.000
A Silva e Cia., compra de materiais conforme fatura n° 13210		
(3) Em 01.03.X1		
D Bancos	445.000	
C Receita de serviço		445.000
Recebido de J. Alves Ltda. conforme recibo n° 00335		
(4) Em 01.04.X1		
D Contas a receber	580.000	
C Receita de serviço		580.000
Casa Penumbra Ltda. conformefatura n° 0251		
(5) Em 01.05.X1		
D Despesas de salários	450.000	
C Bancos		450.000
Folha de pagamentos do mês		
(6) Em 01.06.X1		
D Despesas de aluguel	40.000	
C Bancos		40.000
Aluguel do mês conforme recibo n° 201		
Apresentaremos agora o transporte das partidas de diário para os razonetes apenas das contas de receita e despesa:
swap_horiz Arraste para os lados.
5. Apuração do resultado ao final do período
Ela é realizada pelo emprego de dois lançamentos cuja contrapartida é feita pela rubrica apuração do resultado.
1º lançamento
Encerra todas as contas de despesa, transferindo seus saldos para essa apuração.
2º lançamento
Encerra todas as contas de receita, havendo a mesma transferência.
Do confronto de receitas e despesas nessa apuração, obtém-se o resultado líquido do período: lucro ou prejuízo.
Vejamos um exemplo disso:
Transferência dos saldos de despesas para a apuração do resultado:
Lançamentos	Débitos	Créditos
(7) Em 31.12.X1		
D Apuração do resultado	625.000	
C Diversos		
C Despesas de material de escritório		25.000
C Despesas de peças para reparos		110.000
C Despesas de salários		450.000
C Despesas de aluguel		40.000
Encerramento das contas de despesa para a apuração do resultado		
Transferência dos saldos de receitas para a apuração do resultado:
Lançamentos	Débitos	Créditos
(8) Em 31.12.X1		
D Receita de serviços	1.025.000	
C Apuração do resultado		1.025.000
Encerramento das contas de receita para a apuração do resultado		
Ajustando os razonetes, temos:
swap_horiz Arraste para os lados.
Por fim, a demonstração do resultado:
CIA DEF
Demonstração do resultado de X1
1. Receitas		
Receita de serviços		1.025.000
2. Despesas		
Despesa de material para escritório	25.000	
Despesa de peças para reparos	110.000	
Despesa de salários	450.000	
Despesa de aluguel	40.000	
3. Lucro líquido		400.000
Neste vídeo, um especialista discute os tópicos pertinentes a este módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FMP Concursos - 2012 - Prefeitura de Porto Alegre - RS - Técnico em Contabilidade) De acordo com os elementos patrimoniais a seguir, identifique os bens, os direitos e as obrigações:
(d ) Aluguéis a receber
(d) Aluguéis pagos antecipadamente
( d) Bancos conta movimento
(b ) Caixa
(o) Capital social
( b) Estoque
(o ) Fornecedores
Considere (B) para bem; (O), para obrigações; e (D), para direito. A sequência correta é:
X D; D; D; B; O; B; O.
D; O; D; B; O; B; O.
D; D; B; B; B; B; O.
D; O; B; B; O; B; O.
Comentário
2. Uma sociedade empresária apresentou as seguintes contas em 31.12.20X1 com seus respectivos saldos:
Os saldos apresentados já foram ajustados, assim como foram realizadas as respectivas apropriações. Considerando apenas as informações apresentadas, o total do ativo, em 31.12.20X1, é de:
R$ 153.425
R$ 174.850
R$ 327.575
R$ 334.075
Comentário
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você aprendeu a aplicar a técnica contábil. A partir da identificação da natureza e da dinâmica de funcionamento das contas combinada com a técnica de escrituração contábil, foram levantados o balancete de verificação e as demonstrações contábeis simplificadas.
A Contabilidade é um processo essencial para o funcionamento das empresas. Por meio dela, os eventos econômicos são traduzidos e divulgados para o usuário final. A partir de exemplos concretos e objetivos, apresentamos conceitos essenciais ao entendimento da técnica contábil, como origens, aplicações, contas e lançamentos.
Em seguida, avançamos para o processo de reconhecimento e mensuração contábil de eventos econômicos. Por fim, analisamos o levantamento das demonstrações contábeis simplificadas.
PODCAST
REFERÊNCIAS
BRITTON, A.; WATERSTON, C. Financial accounting. Philadelphia: Trans-Atlantic Publications, 2006.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 00 (R2) - estrutura conceitual para relatório financeiro. Publicado em: 10 dez. 2019.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 26 (R1) - apresentação das demonstrações contábeis. Publicado em: 15 dez. 2011.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Resolução 1.055/05. Publicado em: 7 out. 2005.
IUDÍCIBUS, S. Contabilidade introdutória. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
NEVES, S.; VICECONTI, P. Contabilidade básica. 14. ed. São Paulo: Frase, 2009.
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE. NBC T 2 – da escrituração contábil. Consultado em meio eletrônico em: 21 jul. 2020.
EXPLORE+
A técnica contábil é o mecanismo que viabiliza a aplicação da Contabilidade. Esta sugestão de leitura oferece uma visão rica sobre o tema:
ALMEIDA, M. C. Contabilidade introdutória em IFRS e CPC. Rio de Janeiro: Atlas, 2014.
CONTEUDISTA
José Américo Pereira Antunes
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DEFINIÇÃO
Apresentação de diferentes formatos jurídicos de sociedades, lançamentos contábeis de constituição e início de funcionamento da empresa, outros lançamentos devidos a eventos econômicos mais complexos. Reconhecimento de operações financeiras prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas.
PROPÓSITO
Apresentar a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas entidades.
PREPARAÇÃO
Antes de começar o estudo, pegue papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e funcionamento da empresa
Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação, amortização e exaustão
Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas
INTRODUÇÃO
Neste tema, você irá estudar sobre operações contábeis dos principais eventos econômicos praticados pelas empresas.
MÓDULO 1
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e início de funcionamento da empresa
O QUE VAMOS APRENDER?​
Para início de conversa, suponha que você tem um negócio e deseja regularizar a sua empresa. Você Não tem informações suficientes sobre como e por onde iniciar, e começa a se indagar sobre:
Neste módulo, você aprenderá sobre:
a) os diferentes tipos de empresas; e
b) os lançamentos associados à constituição da empresa e ao início de sua operação.
A FIRMA: SOCIEDADES E EMPRESAS INDIVIDUAIS
VOCÊ SABE O QUE É UMA SOCIEDADE?​
Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais conjugam esforços ou recursos para um fim comum. Outra definição seria o contrato em que as pessoas se obrigam a contribuir reciprocamente, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha dos resultados entre si.
A lei 10.406/2002 (Código Civil) redefiniu a nomenclatura das sociedades e as exigências de formalização, veja a seguir:
A Sociedade Comercial
Passou a ser chamada de Sociedade Empresária, e seus instrumentos de constituição e alterações são registrados na Junta Comercial.
As antigas Sociedades Civis
Passaram a ser denominadas Sociedades Simples e são registradas em Cartório.
A antiga firma individual
Passou a ser simplesmente “Empresário”.
Veja o resumo dos tipos de Sociedades, extraído de Cotrim (2015):​
QUADRO RESUMO DAS SOCIEDADES
Nota: NCC - Novo Código Civil
Neste vídeo você reconhecerá os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e início de funcionamento da empresa.
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PRIMÁRIOS​
Constituição da empresa​
Do ponto de vista contábil, a constituição de uma empresa é feita em duas etapas: ​
A subscrição do capital​
Que corresponde ao compromisso dos sócios de fazer uma contribuição financeira para a companhia.
A integralização do capital, nos moldes previstos pela legislação
Que corresponde ao efetivo aporte de recursos da entidade.
Vejamos o seguinte exemplo:
Bento e Lauradecidem formar uma sociedade. A Cia. XYZ será constituída em 02.01.X1 com um aporte de capital no valor de R$ 100.000,00. Veja os lançamentos contábeis que traduzem o evento econômico:
CIA XYZ​
Constítuida em 02.01.X1
CAPITAL R$ 100.00,00
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 02.01.X1
	
	
	Capital a Integralizar
	100.000,00
	
	a Capital Subscrito
	
	100.000,00
	Capital subscrito na constituição da Cia. XYZ.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 02.01.X1
	
	
	Bancos
	100.000,00
	
	a Capital a Integralizar
	
	100.000,00
	Integralização de capital da Cia. XYZ por meio de TED.
	
	
Aquisição de ativos
Após sua constituição, a empresa se prepara para entrar em operação. Para isso, precisa adquirir os ativos fixos a serem utilizados na atividade operacional e que produzirão os fluxos de caixa necessários à sua manutenção.
Exemplo:​
Em 03.01.X1, a Cia. XYZ adquire instalações e veículos à vista e mercadorias a prazo para a atividade operacional. Depois, são feitos os lançamentos individualizados por evento.
Veja os lançamentos nas tabelas abaixo:​
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 03.01.X1
	
	
	Instalações
	20.000,00
	
	a Bancos
	
	20.000,00
	Aquisição de instalações, conforme certidão NPT0034.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 03.01.X1
	
	
	Veículos
	15.000,00
	
	a Bancos
	
	15.000,00
	Aquisição de veículos junto à Cia. Pé na Tábua, conforme NFs 001, 002, 003 e 004.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 03.01.X1
	
	
	Mercadorias
	5.000,00
	
	a Fornecedores
	
	5.000,00
	Aquisição de mercadorias junto à Cia. Insumos S/A, conforme NF 056.
	
	
Despesas de pessoal​
A Cia. XYZ já possui os ativos fixos necessários para iniciar as operações.
O quadro de pessoal foi contratado no dia 02.01.X1, mas esse evento não é um fato administrativo ou contábil, pois não gerou qualquer efeito no patrimônio. ​ No fim do primeiro mês de funcionamento, será feito o registro do reconhecimento das despesas de pessoal, salários e encargos. A legislação estabelece que os salários devidos e os respectivos encargos sejam pagos no mês seguinte. Contudo, o regime de competência, pressuposto fundamental da contabilidade, exige o reconhecimento das despesas (e receitas) no mês a que competem, e não no mês do efetivo pagamento. Dessa forma, os salários de 01.X1, embora pagos em 02.X1, são reconhecidos em 01.X1.
Exemplo:​
A folha de pagamentos mensal da Cia. XYZ é de R$ 8.000,00. A despesa de salários deve ser reconhecida no mês de competência, tendo como contrapartida uma provisão, um passivo, o qual será baixado quando houver o efetivo pagamento. O mesmo se aplica aos encargos sociais devidos pela empresa, no valor de R$ 3.000,00.
Observe os seguintes lançamentos:
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 31.01.X1
	
	
	Despesas com Salários
	8.000,00
	
	a Salários a pagar
	
	8.000,00
	Provisão para pagamento da folha de salários.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 31.01.X1
	
	
	Despesas com Encargos Sociais sobre salários
	3.000,00
	
	a Encargos Sociais sobre salários a pagar
	
	3.000,00
	Provisão para pagamento de Encargos Sociais sobre salários.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 05.02.X1
	
	
	Salários a pagar
	8.000,00
	
	a Bancos
	
	8.000,00
	Pagamento da folha de salários.
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro, 05.02.X1
	
	
	Encargos Sociais sobre salários a pagar
	3.000,00
	
	a Bancos
	
	3.000,00
	Pagamento de Encargos Sociais sobre salários.
	
	
O mesmo raciocínio serve para os demais eventos referentes a relações trabalhistas, como férias, décimo terceiro salário, participações nos lucros etc.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. CESGRANRIO - 2009 - BNDES - Técnico de Arquivo (adaptada)​
O estatuto da Cia. Miramar S/A foi elaborado em março de 2009, com um capital representado por 200 mil ações ordinárias nominativas, no valor de R$ 5,00 cada uma, perfazendo um total de R$ 1.000.000,00, todas subscritas. No mesmo dia, os acionistas integralizaram 20% do capital em dinheiro.​
Com base nessas informações, identifique o registro contábil da integralização do capital em reais.​
D: Ações em Tesouraria
​C: Caixa R$ 800.000,00
D: Capital Subscrito​
C: Caixa R$ 800.000,00
D: Capital Subscrito​
C: Bancos Conta Movimento R$ 1.000.000,00
D: Caixa​
C: Capital a Integralizar R$ 200.000,00
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Comentário
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2. Instituto AOCP - 2014 - UFGD - Analista Administrativo - Contabilidade (adaptada)​
A Folha de Pagamento é um documento elaborado no fim de cada mês pelas entidades que possuem empregados. Assinale o 
lançamento CORRETO sobre a apropriação de salários.​
Despesas de Salários (despesa); Salários a pagar (passivo circulante)​
Salários a pagar (passivo circulante); Caixa ou Banco Conta Movimento (ativo circulante)​
Salários a pagar (passivo circulante); INSS a recolher (passivo circulante)​
Férias (despesa); Provisão para férias (passivo circulante)​
Responder
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Comentário
MÓDULO 2
Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação, amortização e exaustão
O QUE VAMOS APRENDER?​
Neste módulo conhecerá o tratamento contábil aplicável a: ​
a) Ativos imobilizados; ​
b) Depreciação de ativos imobilizados;​
c) Ativos intangíveis;​
d) Amortização de ativos intangíveis;
e) Exaustão de recursos naturais.
ATIVO IMOBILIZADO​
Vamos entender agora o que é ativo imobilizado!​
Ativo não circulante​
O ativo não circulante é composto por realizável a longo prazo, investimentos imobilizado e intangível.
Ativo imobilizado​
O ativo imobilizado é o bem tangível mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, aluguel a outros, ou para fins administrativos; é aquele que se espera utilizar por mais de um período.
Alguns exemplos de bens do ativo imobilizado são:
TERRENOS
EDIFÍCIOS
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
NAVIOS
MÓVEIS E UTENSÍLIOS​
O ativo imobilizado deve ser mensurado pelo seu custo, que inclui (CPC 27, p. 15 e p. 16): ​
O preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, após dedução de descontos comerciais e abatimentos; ​Qualquer custo necessário para colocar o ativo no local e na condição ideais de funcionamento como pretendido pela administração. A estimativa inicial dos custos de desmontagem, de remoção do item e de restauração do local (sítio) onde ele estava. Tais custos representam uma obrigação da empresa quando o item é adquirido ou quando ele é usado por determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque.
Após o reconhecimento inicial, um ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos a eventual depreciação acumulada e a perda acumulada (CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos).​
DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS IMOBILIZADOS​
Veremos a seguir alguns conceitos:​
Clique nas barras para ver as informações.
VOCÊ SABE O QUE É DEPRECIAÇÃO?​
É a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil.
E AGORA? O QUE SERIA VALOR DEPRECIÁVEL?​
É o custo de um ativo menos o seu valor residual, que corresponde ao valor estimado para a venda do ativo após a dedução das despesas de venda no fim de sua vida útil.
FALTA-NOS SABER, O QUE É VIDA ÚTIL? ​
Corresponde ao período de uso do ativo estimado pela entidade; ou número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo. ​
A depreciação ocorre porque os benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo são consumidos pela entidade, principalmente pelo uso. Muitas vezes, tais benefícios são reduzidos por outros fatores, como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal, mesmo quando o ativo permanece ocioso. Em consequência, os seguintes fatores são considerados para determinar a vida útil de um ativo:
Previsão de uso, o qual é avaliado com base na capacidade ou na expectativa daprodução física do ativo.
Desgaste físico normal, dependente de fatores operacionais, como o número de turnos em que será usado, o programa de reparos e manutenção do ativo em uso e enquanto estiver ocioso.
Obsolescência técnica ou comercial devida a mudanças ou melhorias na produção, ou a mudanças na demanda do mercado para produto ou serviço derivado do ativo.
Limites legais ou disposições semelhantes quanto ao uso.​
O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo da empresa acerca dos benefícios econômicos futuros. Vários métodos de depreciação são utilizados para apropriação sistemática do valor depreciável de um ativo durante a vida útil deste. Entre outros, temos o método da linha reta (CPC 26, p. 60 e p.62).
Exemplo:
​ Em 02.01.X1, a Cia. ABC adquiriu e colocou em uso um ativo imobilizado com vida útil prevista de cinco anos. O custo foi de R$ 10.500,00, e o valor residual foi estimado em R$ 500,00.
Veja como calcular as quotas de depreciação anuais pelo método da linha reta e realizar os lançamentos contábeis:​
çãáÚçãáÚDepreciação=Valor DepreciávelVida Útil
	R$​
	R$​
	R$​
	
	Custo do bem ​
	10.500,00​
	
	
	(-)
	Valor residual
	(500,00)
	
	
	
	Valor depreciável​
	10.000,00​
	
	
	
	Vida útil estimada
	5 anos​
	
	
	
	Valor da quota de depreciação anual ​
	2.000,00​
	
	
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.12.X1
	
	
	Despesa de Depreciação
	2.000,00
	
	a Depreciação Acumulada
	
	2.000,00
	Registro da depreciação correspondente ao exercício de X1.
	
	
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:
	Ativo Imobilizado​
	Débitos
	Créditos
	10.500,00​
10.500,00​
10.500,00​
10.500,00​
10.500,00​
	
	10.500,00​
	
	Depr. Acumulada​​
	Débitos
	Créditos
	
	2.000,00 (1)
2.000,00 (2)
2.000,00 (3)
2.000,00 (4)
2.000,00 (5)
	
	10.000,00​
	Despesa de Depreciação​​​
	Débitos
	Créditos
	2.000,00 (1)
2.000,00 (2)
2.000,00 (3)
2.000,00 (4)
2.000,00 (5)
	
	10.000,00​
	
	Valor contábil do ativo imobilizado em 31.12.X5:​
	Ativo Imobilizado
	10.500,00​
	(-) Dep. Acumulada
	(10.000,00)​
	Valor Contábil
	500,00​
Depreciação acelerada​
Vejamos agora, como saber o valor da depreciação acelerada:
O valor da despesa de depreciação é maior no início da vida útil e menor no último período. Pode-se aplicar o método da soma dos dígitos dos anos, cujo fator de depreciação de um bem é representado pela razão entre o número de anos restantes de vida útil e a soma do número de anos restantes ano a ano. No caso de um bem com vida útil de 10 anos, no ano 1 restam-lhe 10 anos de vida útil; no ano 2, 8 anos, e assim por diante. Esse é o numerador da fração. Já o denominador é fixo e corresponde à soma do número de anos que restam.
Para um bem com vida útil de 10 anos​
Somam-se 10+9+8+7+6+5+4+3+2+1 = 55​
Os fatores de depreciação seriam os seguintes: ​
Exemplo:​
Usando os dados do exemplo anterior, recalcule as cotas anuais de depreciação considerando uma depreciação acelerada.
ííSoma dos dígitos dos anos:1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
	Ano
	Cálculo
	Depreciação (%)
	Depreciação ($)
	X1
	5/15
	33,33%​
	3.333,00​
	X2​
	4/15
	26,67%
	2.667,00
	X3
	3/15
	20%
	2.000,00
	X4​
	2/15
	13,33%
	1.333,00
	X5
	1/15
	6,67%
	667,00
	Total
	
	100%
	10.000,00
Exemplo: ​
Considerando que a máquina dos exercícios anteriores pode produzir 10 mil unidades durante a vida útil, vamos determinar as quotas de depreciação anuais pelo método das unidades produzidas. Neste método o fator de depreciação é a razão entre as unidades produzidas e a capacidade total de produção, quando a unidade estará exaurida e deverá ser descartada.
	Ano
	Unidades Produzidas
	Depreciação (%)
	Depreciação ($)
	X1
	3.000​
	30%
	3.000,00
	X2​
	2.000
	20%
	2.000,00
	X3
	1.500
	15%
	1.500,00
	X4​
	1.800
	18%
	1.800,00
	X5
	1.700
	17%
	1.700,00
	Total
	10.000
	100%
	10.000,00
Redução ao valor recuperável de ativos​
Conforme o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, deve-se realizar o teste de recuperabilidade de ativos para assegurar que o valor do registro contábil não exceda os valores recuperáveis.​ O valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso, que é aquele presente dos fluxos de caixa futuros esperados para o ativo.​ Quando o valor contábil de um ativo excede seu valor recuperável, a entidade deve reconhecer uma perda por redução ao valor recuperável.
Exemplo:​
Uma indústria possui uma máquina registrada contabilmente por R$ 200.000,00 e depreciação acumulada de R$ 80.000,00. Ela pode ser revendida no mercado por R$ 120.000,00, arcando-se com custos de transação de R$ 20.000,00 para vendê-la. Em uso, a máquina produz bens geradores de uma receita líquida total de R$ 80.000,00 nos próximos dez anos.
Considerando o exposto, vamos determinar:​
· O valor recuperável do ativo;
· O valor da perda por redução ao valor recuperável e sua contabilização, se houver;
· O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor justo líquido de despesa de venda e o valor em uso.​
	Cálculo do valor contábil líquido:
	Valor Contábil
	200.000,00​
	(-) Depreciação Acumulada
	(80.000,00)​
	Valor contábil líquido.
	120.000,00
	Cálculo do valor justo líquido de venda:​
	Valor de Venda​
	120.000,00
	(-) Custos de Venda
	(20.000,00)​
	Valor justo líquido de venda.
	100.000,00​
	Cálculo do valor recuperável (máximo entre):​
	Valor Justo Líquido de Venda
	100.000,00
	Valor em Uso
	80.000,00​
	Valor recuperável.
	100.000,00​
	Cálculo do ajuste ao valor recuperável:​
	Valor Contábil Líquido
	120.000,00
	(-) Valor Recuperável
	100.000,00
	Ajuste ao valor recuperável.
	20.000,00
Como o valor recuperável é inferior ao valor contábil líquido, a perda por redução ao valor recuperável, no valor de R$ 20.000,00, deve ser registrada assim:
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.12.X1
	
	
	Perdas por Desvalorização de Ativos (resultado)
	20.000,00
	
	a Perdas por Desvalorização (conta redutora do Ativo)
	
	20.000,00
	Registro da perda por desvalorização de ativos.
	
	
	Ativo Imobilizado​
	Débitos
	Créditos
	200.000,00​
	
	Depr. Acumulada​​
	Débitos
	Créditos
	
	80.000,00​
	Perdas p/ Desvalorização
	Débitos
	Créditos
	
	20.000,00 (1)​
	Perdas por Desvalorização de Ativos (resultado)
	Débitos
	Créditos
	20.000,00 (1)
	
	Custo da Máquina
	200.000,00​
	(-) Depreciação Acumulada
	(80.000,00)
	(-) Perdas por Desvalorização
	(20.000,00)
	Valor contábil líquido.
	100.000,00​
ATIVOS INTANGÍVEIS​
Chegou a hora de descobrimos o que são Ativos intangíveis, confira:​
Ativo intangível é um ativo identificável, sem substância física, controlado pela entidade e capaz de gerar benefícios econômicos futuros.
	Exemplo de ativo intangível​
	Marcas​
	Patentes
	Softwares
	Direitos autorais​
	Ágio gerado na aquisição de participações societárias em controladas e coligadas e outros.
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando ( CPC 04_R1, p.12):
É separável, ou seja, quando pode ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou em conjunto com um ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.​
A entidade controla um ativo quando pode obter benefícios econômicos futuros gerados pelo recurso e restringir o acesso de terceiros a esses benefícios (CPC 04_R1, p.13).
Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda de produtos ou serviços, a redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo pela entidade (CPC 04_R1, p.17).​ Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo seu valor de custo, que geralmente contempla o preço de compra e os impostosnão recuperáveis.
Ativo intangível gerado internamente​
​ Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo da seguinte forma:
Clique nas setas para ver o conteúdo.
Fase de pesquisa​
Pesquisa é uma investigação original e planejada visando adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos imediatamente como despesa, quando gerados.
Fase de desenvolvimento​
Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de protótipos antes do início da sua produção comercial ou do seu uso.
Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser reconhecidos como ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu todas as exigências definidas no CPC 04(R1) p. 57.​ Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).
AMORTIZAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS​
Assim como a depreciação dos ativos imobilizados, os ativos intangíveis devem ser amortizados pelo prazo de sua vida útil
Você então se pergunta: O que é Amortização?​
A amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de um ativo intangível durante sua vida útil.
Exemplo:​
Em 02.01.X1, a Cia. XYZ adquiriu uma patente por R$ 20.000,00. O valor residual estimado é zero, e a vida útil é de 4 anos. Determine as quotas de amortização pelo método da linha reta.
çãáÚçãáÚAmortização=Valor AmortizávelVida Útil
	
	R$
	Custo do bem
	20.000,00
	(-) Valor residual
	-
	Valor amortizável​
	20.000,00​
	Vida útil estimada
	4 anos
	Valor da quota de amortização anual
	5.000,00​
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.12.X1
	
	
	Despesa de Amortização​
	5.000,00
	
	a Amortização Acumulada
	
	5.000,00
	Registro da amortização correspondente ao exercício de X1.​
	
	
Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:
	Ativo Intangível​​
	Débitos
	Créditos
	20.000,00​
20.000,00​
20.000,00​
20.000,00​
	
	20.000,00​​
	
	Amort. Acumulada​​​
	Débitos
	Créditos
	
	5.000,00 (1)
5.000,00 (2)
5.000,00 (3)
5.000,00 (4)
	
	20.000,00​
	Despesa de Amortização​​​​
	Débitos
	Créditos
	5.000,00 (1)
5.000,00 (2)
5.000,00 (3)
5.000,00 (4)
	
	20.000,00​
	
Valor contábil do ativo intangível em 31.12.X4:
	Ativo intangível
	20.000,00​
	(-) Amort. acumulada
	(20.000,00)
	Valor contábil
	0​
Neste vídeo analisaremos o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e Intangíveis
EXAUSTÃO DE RECURSOS NATURAIS
Na medida em que os recursos naturais explorados por uma empresa são exauridos, essa redução é contabilmente registrada. Do ponto de vista contábil, o processo de depreciação desses recursos é chamado de exaustão.
Como todos os outros ativos recém-adquiridos ou desenvolvidos, os recursos naturais são registrados primeiramente pelo seu custo. Esse valor deve ser “baixado” quando esses recursos são extraídos ou esgotados. Para se dar “baixa” em um recurso natural, deve-se calcular a quota de exaustão.
A quota anual de exaustão de uma mina, por exemplo, será determinada pelo maior valor obtido em um dos critérios expostos a seguir:
Clique nas informações a seguir.
Critério A
Critério B
Para ilustrar esse conceito, suponha que uma empresa possua uma mina com valor contábil de R$20.000.000. A concessão dessa mina tem prazo sete anos. A possança dela é de 5.000 toneladas e a produção por ano, de 750 toneladas.
Dessa forma, vejamos a quota de exaustão por ano calculada:
Pelo critério (A):
7505000×20.000.0000=15%×20.000.000=3.000.000,00
Pelo critério (B):
17×20.000.0000=15%×20.000.000=2.857.142,86
O critério (A) tem um valor maior. Assim, 3.000.000,00 é o valor da exaustão por ano.
Neste exemplo, como o valor no critério (A) é maior, a mina será exaurida antes do fim do prazo de concessão (sete anos).
Conceitualmente, a exaustão é semelhante à depreciação. Dessa forma, à medida que os recursos naturais vão se exaurindo, registra-se na contabilidade uma quota de exaustão simétrica à da possança conhecida da jazida.
O registro para o primeiro ano deste exemplo é realizado da seguinte forma:
	Lançamento
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.12.x1
Despesa de Exaustão
A depreciação Acumulada
	 
3.000.000
	 
 
3.000.000
	Registro da depreciação correspondente ao exercício de x1.
	 
	 
Já no balanço patrimonial, os dados da mina seriam apresentados da seguinte forma:
	Mina
Menos: Depreciação Acumulada
	20.000.000 
(3.000.000)
	 
17.000.000
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. CFC - 2016 - CFC - 2º Exame Uma Sociedade Empresária adota o método de depreciação linear, e as características do seu ativo imobilizado são: valor de compra: R$ 1.600.000,00; vida útil: 20 anos; valor residual: R$ 160.000,00.​
Considerando os dados apresentados, a depreciação acumulada e o valor contábil do ativo imobilizado no fim do quinto ano de disponibilidade para uso são, respectivamente:​
2. 
3. 
R$ 360.000,00 e R$ 1.240.000,00.​
R$ 360.000,00 e R$ 1.600.000,00.
R$ 400.000,00 e R$ 1.200.000,00.​
R$ 400.000,00 e R$ 1.600.000,00.
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3. CFC - 2015 - CFC - 2º Exame​
Ao analisar determinado Ativo Imobilizado, uma Sociedade Industrial identificou as seguintes evidências em 31.12.2014:​
A perda por redução ao valor recuperável complementar, a ser reconhecida no resultado ao fim do período de 2014, é de:​
4. 
5. 
R$ 120.000,00.​
R$ 240.000,00.​
R$ 1.040.000,00.
R$ 1.200.000,00
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MÓDULO 3
Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-fixadas e duplicatas descontadas
O QUE VAMOS APRENDER?​
Aqui você aprenderá sobre: ​
a) operações financeiras prefixadas e pós-fixadas; ​
b) o tratamento contábil aplicável a rendas e encargos a apropriar;
c) o tratamento contábil aplicável a duplicatas descontadas.
OPERAÇÕES FINANCEIRAS​
As operações financeiras estão relacionadas ao fluxo de recursos entre os agentes econômicos. A intermediação financeira é quando os recursos financeiros são transferidos entre os agentes econômicos. O sistema financeiro, em geral, e os bancos, em particular, são os intermediários financeiros clássicos e canalizam os recursos dos agentes superavitários aos agentes deficitários da economia. As operações financeiras são os veículos utilizados pelo sistema financeiro para operacionalizar a intermediação financeira.
Na ponta passiva do sistema financeiro, os recursos são captados junto aos agentes superavitários, dando origem às aplicações financeiras nestes últimos. São exemplos de aplicações financeiras:
DEPÓSITOS À VISTA
DEPÓSITOS A PRAZO
DEPÓSITOS DE POUPANÇA
LETRAS DE CRÉDITO
LETRAS FINANCEIRAS
LETRAS DE CÂMBIO
Essas aplicações possuem características específicas de maturidade, liquidez e risco. Na ponta ativa do sistema financeiro, os recursos são aplicados junto aos agentes deficitários, em geral, na forma de operações de crédito. Nos agentes deficitários, as operações de crédito dão origem a passivos financeiros, como empréstimos e financiamentos. As operações financeiras, ativas ou passivas, são remuneradas por juros, cuja incidência pode ser prefixada ou pós-fixada.
Exemplo
Como exemplo, temos:  operações indexadas ao CDI, Selic, dólar etc.
Operações prefixadas​
Operações prefixadas introduzem o conceito de Rendas ou Despesas a Apropriar. São rendas ou encargos embutidos e já conhecidos na contratação da operação financeira. Contabilmente, esses valores são reconhecidos como contas retificadoras de ativo ou passivo.​
Exemplo:​
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo, no valor de R$ 800.000,00. O empréstimo é prefixado e custa 25% a.p. O principal e osjuros serão pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo assim como os lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes):
	Dados do problema​
	Data de concessão: 06.10.X1​
	Data de vencimento: 30.11.X1​
	Valor concedido: R$ 800.000,00​
	Valor no vencimento: R$ 1.000.000,00
	Taxa de 25% para o período
	São 55 dias corridos até o vencimento, dos quais 25 em outubro e 30 em novembro.
Histórico de lançamentos:
(1) Contratação do empréstimo – 06.10.X1
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1​
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​
Em 31.10.X1:
As despesas a apropriar de R$ 200,00 devem ser alocadas nos meses de outubro e novembro, segundo o regime de competência, de maneira proporcional aos dias corridos em cada mês.
DespJuros=800*[((1 + 25%)](2555)-1)=85,40
Em 30.11.X1:​
DespJuros=885,40*[((1 + 25%)](3055)-1)=114,60
Lançamentos:
	(1) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 06.10.X1
	
	
	Diversos
	1.000,00
	
	a Empréstimos (Passivo)
	
	1.000,00
	Bancos (Ativo)
	800,00
	
	Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo)
	200,00​
	
	Contratação do empréstimo bancário.
	
	
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$ 800,00 e corresponde ao valor no vencimento de R$ 1.000,00 (lembre-se: é um prefixado), deduzido das despesas a apropriar de R$ 200,00.
	(2) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.10.X1
	
	
	Despesas de Juros
	85,40
	
	a Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo)
	
	85,40
	Apropriação de despesas em 31.10.X1.
	
	
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40, que representa o saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60.
	(3) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Despesas de Juros
	114,60
	
	a Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo)
	
	114,60
	Apropriação de despesas em 30.11.X1.
	
	
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00, pois a data de vencimento chegou e o saldo de despesas a apropriar foi totalmente apropriado.
	(4) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Empréstimos (Passivo)
	1.000
	
	a Bancos
	
	1.000
	Liquidação do empréstimo bancário em 30.11.X1.
	
	
Para finalizar, observe os razonetes.​
	Bancos​
	Débitos
	Créditos
	800,0 (1)
	1.000,00 (4)
	0
	
	
	200,00
	Empréstimos​
	Débitos
	Créditos
	1.000,00 (4)
	1.000,00 (1)
	0
	0
	
	0
	Despesas a Apropriar​​​​
	Débitos
	Créditos
	200,00 (1)
	85,40 (2)
	
	114,60 (3)
	0
	
	Despesas de Juros​
	Débitos
	Créditos
	85,40 (2)
	
	114,60 (3)
	
	200,00
	
Observe agora os mesmos eventos do ponto de vista do Banco:​
Lançamentos:
	(1) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 06.10.X1
	
	
	Operações de Crédito (Ativo)
	1.000,00
	
	a Diversos
	
	1.000,00
	a Depósitos à Vista (Passivo)
	
	800,00
	a Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo)
	
	200,00
	Concessão do empréstimo pelo Banco.
	
	
O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$800,00 e corresponde ao valor de R$ 1.000,00 no vencimento (lembre-se: é um prefixado), deduzido das rendas a apropriar de R$ 200,00. O valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do cliente.
	(2) (em $1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.10.X1
	
	
	Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo)
	85,40
	
	a Receitas de Juros
	
	85,40
	Apropriação de rendas em 31.10.X1.
	
	
​​Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40. Esse é o saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60.
	(3) (em $1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo)
	114,60
	
	a Receitas de Juros
	
	114,60​
	Apropriação de rendas em 30.11.X1.
	
	
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00 pois a data de vencimento chegou e o saldo de rendas a apropriar foi totalmente apropriado.
	(4) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Depósitos à vista (Ativo)​
	
	1.000,00
	a Operações de Crédito
	1.000,00​
	
	Recebimento do empréstimo bancário em 30.11.X1.
	
	
O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito.​
Para finalizar, observe os razonetes.
	Operações de
Crédito
	Débitos
	Créditos
	1.000,00 (1)
	1.000,00 (4)
	0
	0
	0
	
	Rendas a
Apropriar
	Débitos
	Créditos
	85,40 (2)
	200,00 (1)
	114,60 (3)
	
	
	0
	Depósitos à
Vista​​​​​
	Débitos
	Créditos
	1.000,00 (4)
	800,00 (1)
	0
	0
	200
	
	Receitas de
Juros​
	Débitos
	Créditos
	
	85,40 (2)
	
	114,60 (3)
	
	200,00
Operações pós-fixadas​
Vejamos agora um exemplo de operações pós-fixadas:​
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo no valor de R$1.000.000,00. O empréstimo é pós-fixado e custa 100% da variação do CDI. O principal e os juros serão pagos no vencimento. Veja as demais características do empréstimo, assim como os lançamentos contábeis (partidas de diário e razonetes):
	Dados do problema​
	Data de concessão: 10.10.X1​
	Data de vencimento: 30.11.X1​
	Valor concedido: R$ 1.000.000,00​
	Taxa de 100% da variação do CDI no período​
	O CDI variou 2% entre 10.11 e 30.11 e outros 2% no mês de novembro​
Histórico de lançamentos:
(1) Contratação do empréstimo – 10.10.X1
(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1
(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1
(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1
Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​
Em 31.10.X1:
As despesas de juros são calculadas pela aplicação da taxa de juros diretamente sobre o saldo do empréstimo. Como não se conhece o valor final de antemão, não se utilizam despesas a apropriar.
DespJuros=1000x((1 + 2%)? - 1)=20,00
Em 30.11.X1:​
DespJuros=1020x((1 + 2%)? - 1)=20,40
	(1) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 10.10.X1
	
	
	Bancos (Ativo)
	1.000,00​
	
	a Empréstimos (Passivo)
	
	1.000,00​
	Contratação do empréstimo bancário pós-fixado.
	
	
	(2) (em R$1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.10.X1
	
	
	Despesas de Juros
	20,00
	
	a Empréstimos (passivo)
	
	20,00
	Apropriação de despesas em 31.10.X1.
	
	
	(3) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Despesas de Juros
	20,40
	
	a Empréstimos (passivo)
	
	20,40
	Apropriação de despesas em 30.11.X1.
	
	
	(4) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Empréstimos (Passivo)
	1.040,40
	
	a Bancos
	
	1.040, 40
	Liquidação do empréstimo bancário em 30.11.X1.
	
	
Para finalizar, observe os razonetes.​
	Bancos
	Débitos
	Créditos
	1.000,00 (1)
	1.020,40 (4)
	0
	0
	0
	0
	
	40,40
	Empréstimos
	Débitos
	Créditos
	1.040,40 (4)
	1.000,00 (1)
	
	20,00 (2)
	
	20,40 (3)
	
	0
	Despesas de Juros​​​​​​
	Débitos
	Créditos
	20,00 (2)
	
	20,40 (3)
	
	0
	0
	40,40
	
Veja os mesmos eventos do ponto de vista do Banco.​
Lançamentos:
	(1) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 10.10.X1
	
	
	Operações de Crédito (Ativo)
	1.000,00
	
	a Depósitos à Vista (Passivo)
	
	1.000,00
	Concessão do empréstimo pelo Banco.
	
	
O saldo do empréstimo na data da contratação é R$ 1.000,00, e o valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do cliente.
	(2) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 31.10.X1
	
	
	Operações de Crédito (Ativo)
	20,00
	
	a Receitas de Juros
	
	20,00
	Apropriação de rendas em 31.10.X1.
	
	
Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.020,00, tendo em vista a correção pela variação do CDI.
	(3) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Operações de Crédito (Ativo)
	20,40
	
	a Receitas de Juros
	
	20,40
	Apropriação de rendas em 30.11.X1.
	
	
Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.040,40, tendo em vista a correção pela variação do CDI.
	(4) (em R$ 1.000,00)
	Débitos
	Créditos
	Rio de Janeiro 30.11.X1
	
	
	Depósitos à vista

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