Luto infantil -perspectiva da terapia cognitivo comportamental

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O PROCESSO DO LUTO COMPLICADO INFANTIL: Perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental
Hellen Patrícia Roque
Patrícia Aparecida dos Santos
Profª Me. Claudia Maria Ruiz
Defesa de Trabalho de Conclusão de Curso
São José do Rio Preto - 2020
Introdução
Moore & Fine (1990 apud Hagman, 1996) 
Dor da perda, da ausência e da saudade
Difícil aceitação
Pode se estender por um longo período
Resposta a qualquer perda com grande significado
LUTO
Introdução
Para entender um pouco mais sobre a concepção do luto, é interessante destacar suas fases
A forma como a criança vive o luto varia de acordo com sua idade
A terapia cognitivo comportamental (TCC) é um dos tratamentos mais indicados 
Bonanno; Kaltman (2003 apud Boelen, 2003; Bout, 2003; Hout, 2003)
Nunes (1998)
(Rangé, 2011; Nardi, 2011)
Justificativa
A concepção deste trabalho justificou-se pela importância 
Familiar 
Social 
Científico
Acadêmico 
Objetivos
Apresentar autores que discutiram o processo do luto, luto complicado e luto complicado infantil
Citar a perspectiva da TCC perante o processo do luto complicado Infantil
Metodologia
Consta-se de uma revisão de literatura de forma narrativa 
Levantamento de dados científicos dos últimos dez anos com base nas informações em 19 artigos pesquisados no Google Acadêmico 
Três artigos na base de dados Scielo 
Cinco livros 
Nove revistas eletrônicas 
Consulta ao DSM-5 - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (APA,2014)
Resultados e Discussões
Luto Normal
Para Parkers (1998), e para Freud (1915) o luto normal é uma resposta saudável à perda. Um fenômeno mental natural e constante durante o desenvolvimento humano
Segundo Engel (1961), o luto está associado a uma grande variedade de perturbações psicológicas e somáticas
De acordo com Bowlby (1990), o luto está relacionado com um elo quebrado que é sentido como desamparo e aflição
Resultados e Discussões
Fases do Luto
Kübler-ross (1991)
Negação
Raiva
Barganha
Depressão
Aceitação
Bowlby (1990)
Entorpecimento
Anseio
Desorganização e desespero
Reorganização
Resultados e Discussões
Luto Complicado
Segundo Hagman (1996) e Prigerson et al., (1996), o período de seis meses após a perda é o tempo necessário para a resolução do luto saudável
Ainda para Prigerson et al., (1996) o luto complicado implica a afetação das capacidades funcionais do indivíduo
Resultados e Discussões
Luto Complicado
Horowitz (2003)
Lindemann (1944) 
(Rando, 1999; Apud Sanders, 1999) 
Worden (1998)
Reações
Luto atrasado 
Luto distorcido 
Luto crônico
Pensamentos intrusivos 
Sentimento crônico de vazio 
Insônia 
Inexistência à atividades
Reações crônicas 
Reações retardadas 
Reações exageradas 
Reações mascaradas
Presença de doença psicossomática 
Perda de padrões de interação social
Resultados e Discussões
Luto Complicado
Segundo o DSM-5 (APA, 2014) o luto complicado pode levar a depressão maior
(Zisook, 2009; Shear, 2009) 
Resultados e Discussões
Luto Infantil
Torres (2012) destaca que há uma separação entre o luto normal e o luto complicado
Protesto
Desespero e desorganização da personalidade
Esperança
Etapas principais no processo do luto infantil
Resultados e Discussões
Luto Infantil
Para ajudar a criança no processo do luto 
Promover comunicação aberta e segura dentro da família
Garantir que terá o tempo necessário para elaborar o luto
 Disponibilizar um ouvinte compreensivo
 Assegurar que continuará tendo proteção 
Torres (1999) 
Resultados e Discussões
Luto Infantil
A escola não é somente um lugar de aprendizagem acadêmica, ela é o maior centro de intercâmbio social para o desenvolvimento da criança
A morte simbólica está presente em várias situações dentro do contexto escolar 
Torres (1999) 
Resultados e Discussões
Luto Infantil
Enfrentamento da criança perante o luto
Encorajar a criança a expressar seus sentimentos 
Sugerir caminhos para que a criança possa lembrar-se da pessoa (desenho, cartas)
Responder às perguntas com sinceridade
Falar com a criança de acordo com seu nível de desenvolvimento 
Indicar serviços especializados, se for necessário 
Preparar a criança para continuar sua vida
Torres (1999) 
Resultados e Discussões
Terapia Cognitivo-Comportamental
Difundida na Europa e nos Estados Unidos nos últimos 20 anos
Muito bem estruturada, orientada ao momento presente, direcionada à resolução de problemas atuais 
 Modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais
Caminha e Habigzang (2003) 
Resultados e Discussões
Perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental
A TCC é apontada como eficaz no tratamento do luto complicado infantil
A primeira estratégia de trabalho com os pais na TCC com crianças é a psicoeducação
Barrett e Shortt (2003) 
Friedberg ( 2004) 
Resultados e Discussões
Perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental
As técnicas comportamentais são muito utilizadas no tratamento com crianças
O emprego de técnicas variam conforme o nível de desenvolvimento da criança
Barrett e Shortt (2003)
Sousa (2001)
Considerações Finais
O luto independente da fase que o indivíduo está, é uma resposta saudável a perda 
O luto complicado é caracterizado quando se estende por um longo período
A TCC é uma das mais indicadas para amenizar o luto complicado infantil
Houve em determinadas situações a dificuldade de encontrar material científico, principalmente em relação a dados estatísticos
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na Sala de Aula. Campinas/SP: Papirus, 1999. In PAIVA, L. E. A Arte de Falar da Morte para Crianças: a Literatura Infantil como Recurso para Abordar a Morte com Crianças e Educadores / Lucélia Elizabeth Paiva. — Aparecida, SP: Idéias & Letras, 2011.
BARRETT, P. M.; SHORTT, A. L. Parental Involvement in the Treatment of Anxious Children. Cap. 6. In HELDT, E.; ISOLAN, L.; MANSUR, M. A. JARROS, R. B. Terapia Cognitivo-Comportamental na Infância e Adolescência. Editora UFGD, Dourados, 2013 In KONKIEWITZ, E. C. Aprendizagem, Comportamento e Emoções na Infância e Adolescência: uma Visão Transdisciplinar. Pg. 24-29. 
FRIEDBERG, R. D.; MCCLURE, J. M. A Prática Clínica de Terapia Cognitiva com Crianças e Adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2004. In HELDT, E., ISOLAN, L., MANSUR, M. A., JARROS, R. B. Terapia cognitivo-Comportamental na Infância e Adolescência In KONKIEWITZ, E. C. Aprendizagem, Comportamento e Emoções na Infância e Adolescência: uma Visão Transdisciplinar. Editora UFGD, Dourados, 2013.
KÜBLER-ROSS, E. (1991). Sobre a Morte e o Morrer: O que os Doentes Terminais têm para Ensinar a Médicos, Enfermeiras, Rligiosos e aos seus Próprios Parentes. In Revista Ciência Contemporânea. 4º Edição; Editora Martins Fontes. São Paulo, Brasil jun./dez. 2018, v.4, n.1, p. 50 – 60. 
Referências Bibliográficas
LINDEMANN, E. (1944) The Symptomatology and Management of Acute Grief. American Journal of Psychiatry, 101, 141-148. In Revista M. 137 Gabriela Casellato Brown Ferreira Santos. Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 116-137, jan./jun. 2017.
PARKES, C. M. Luto: Estudos sobre a Perda na Vida Adulta. In Revista Cesumar Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, São Paulo: Summus, 1998 v.21, n.1, p. 227-242, jan./jun. 2016 - ISSN 1516-2664.
PIAGET, J. A construção do real. In Revista Ciência Contemporânea, Rio de Janeiro: Zahar, 1967. jun./dez. 2018, v.4, n.1, p. 50 – 60. 
SANDERS, C. (1999). The Mourning After: Dealing with Adult Bereavement (2nd ed.). New York: Jonh Wiley & Sons, Inc. In Processo de Luto. Melo Rita, 2014.
SOUSA, C. R.; BAPTISTA, C. P. Terapia Cognitivo-Comportamental com Crianças. Cap. 32. In RANGÉ, B. Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais: um Diálogo com a Psiquiatria. Porto Alegre: Artmed, 2001
ZISOOK, S.; SHEAR, K. Grief and Bereavement: What Psychiatrists Need to Know World Psychiatry. Pg 67-74, 2009. 
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