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Aula 02
Direito Civil p/ Banco do Brasil
(Escriturário) Com Videoaulas - 2020
Autor:
Paulo H M Sousa
Aula 02
26 de Março de 2020
05165398331 - Helena Carvalho
 
 
 
 
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Sumário 
Livro I – Pessoas .................................................................................................................................................. 2 
1 – Considerações iniciais ............................................................................................................................... 2 
Título II – Pessoas jurídicas .............................................................................................................................. 3 
Capítulo I – Disposições gerais ................................................................................................................... 3 
Capítulo II – Associações ............................................................................................................................. 9 
Capítulo III – Fundações ............................................................................................................................ 10 
Título III – Domicílio ....................................................................................................................................... 10 
2 – Considerações finais ............................................................................................................................... 11 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 12 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 49 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 65 
Resumo .............................................................................................................................................................. 67 
 
 
Paulo H M Sousa
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LIVRO I – PESSOAS 
1 – Considerações iniciais 
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do 
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais: 
 
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
prof.phms 
 
Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
Na aula de hoje, você verá o tema Pessoas jurídicas. Todos os temas da Parte Geral do Código Civil são de 
grande relevância. Além disso, o tema pessoas jurídicas tem íntima ligação com o tema pessoas naturais, 
bem como com muitas disciplinas, como o Direito Administrativo e o Direito Empresarial. Ou seja, é um tema 
beem importante. 
Além disso, aqui há muitos pontos que tocam outras disciplinas, e que no Direito Civil não encontram 
explicação mais delongada. Por exemplo, a distinção entre pessoas jurídicas de Direito Público e Direito 
Privado. Detalhes daquelas? Só no Direito Administrativo. 
Ainda assim, são temas que não caem nas provas, mas D-E-S-P-E-N-C-A-M! Sim, tem muuuuita questão de 
prova sobre os temas desta aula. 
No mais, segue a aula pra gente bater um papo! =) 
Ah, e o que, do seu Edital, você vai ver aqui? 
Pessoas jurídicas 
Boa aula! 
 
 
 
 
Paulo H M Sousa
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Título II – Pessoas jurídicas 
O que é pessoa jurídica? A pessoa jurídica é titular de direitos e deveres na ordem civil, como remete o art. 
1º do Código Civil. Elas são aptas a titularizar relações jurídicas de maneira bastante ampla, por isso as 
pessoas jurídicas têm personalidade. Além disso, seus direitos e deveres não são os mesmos que os da pessoa 
natural, em geral. 
Capítulo I – Disposições gerais 
1 – Classificação 
As pessoas jurídicas podem ser de direito público (interno ou externo) e direito privado. Veja cada um dos 
grupos: 
A. Pessoas jurídicas de direito público externo 
Segundo o art. 42 do Código Civil são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e 
todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público, como a ONU, OMC, Mercosul. O 
Estado, nesse sentido, deve ser visto como ente jurídico dotado de personalidade internacional. 
B. Pessoas jurídicas de direito público interno 
O art. 41 do Código Civil classifica as pessoas jurídicas de direito público interno da seguinte forma: 
 
Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno
União
Estados
Municípios
Distrito Federal
Territórios
Autarquias
Demais entidades de caráter público criadas por lei
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As entidades de caráter público criadas por lei mostram bem claramente a distinção entre as pessoas 
jurídicas de direito público e privado. Exemplo são as fundações criadas por lei, também chamadas de 
fundações autárquicas, bem como as associações públicas. Lembro que, no caso de uma fundação pública – 
criada por lei, portanto – não se aplica o regime previsto para as fundações de direito privado. 
Cuidado com art. 41, parágrafo único, do Código Civil. As pessoas jurídicas de direito público 
interno que tiverem estrutura de direito privado serão regidas pelas regras do Direito 
Privado. Ou seja, apesar de serem públicas são tratadas como se fossem privadas. 1 
As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus 
agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra 
os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo. O art. 43 do Código Civil 
afasta assim, a ideia de irresponsabilidade por parte do Estado. 
Além do fato de o Estado ser responsável pelos danos causados por seus agentes, o artigo ainda ressalva o 
direito de o Estado buscar se ressarcir pela indenização paga. Os requisitos para isso são a culpa ou o dolo 
do agente e o pagamento de indenização ao lesado. Maiores detalhes a respeito estão no Direito 
Administrativo. 
C. Pessoas jurídicas de direito privado 
 
 
 
As pessoas jurídicas de Direito Privado se encontram no art. 44 do Código Civil: 
 
 
1 Aqui há uma divergência superficial entre o Direito Civil e o Direito Administrativo. Isso porque o Direito Civil usa expressões mais antigas; é 
um ramo antigo e clássico do Direito. O Direito Administrativo, por sua vez, usa uma terminologia mais moderna, pois é ramo mais novo, apenas. 
Quando o Direito Civil diz “pessoas jurídicas de direito público interno que tiverem estrutura de direito privado”, o Direito Administrativo diz 
apenas “pessoas jurídicas de direito privado”. Como essas pessoas jurídicas funcionam? Qual é o seu regime jurídico? Isso, quem responde, é o 
Direito Administrativo... 
• Pessoas jurídicas de direito privado
formadas para fins não econômicos
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Importante destacar que a criação, organização e funcionamento das organizações religiosas não 
podem sofrer intervenção estatal, segundo o art. 44, §1º, do Código Civil. Quanto aos partidos políticos, 
seu funcionamento e organização serão definidos por lei específica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Reunião de pessoas e bens ou serviços com
objetivo econômico e partilha de
resultados, ou seja, têm natureza
eminentemente lucrativa
• Complexo de bens. Curiosamente, sãopessoas jurídicas sem quaisquer pessoas
físicas/naturais em sua instituição
• Têm por objetivo a união de leigos para o
culto religioso, assistência ou caridade. Por
isso, não podem ter fim econômico (art. 53)
• Associações com ideologia política, cujos
membros se organizam para alcançar o
poder político e satisfazer os interesses de
seus membros
• Segundo o Enunciado 469 do CJF, a Empresa
Individual de Responsab. Limitada não é
sociedade, mas novo ente jurídico
personificado
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2 – Personificação 
Como eu costumo dizer, você nunca verá uma pessoa jurídica andando pela rua, mas verá sua conta bancária, 
seu patrimônio, sua fama local etc. Ou seja, ela é uma realidade, mas apenas para o direito, não para o 
“mundo real”. 
Logo, essa personificação, que é quando ocorre a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado, 
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro. Ou seja, a pessoa jurídica passa a existir, 
como se fosse pessoa (no sentido do ser humano). Pode ser ainda que necessite de aprovação do Poder 
Executivo, como exposto no art. 45 do Código Civil. 
O nascimento da pessoa jurídica depende de um ato formal. E se houver algum problema 
nessa fase? O direito de anular um ato com defeito é de três anos, contado o prazo da 
publicação de sua inscrição no registro, como exposto no art. 45, parágrafo único, do Código 
Civil. 
Mas o que é necessário para o registro? O art. 46 do Código Civil estabelece quais são os 
requisitos gerais do registro: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Cumpridas essas imposições, a pessoa jurídica nasce, adquire personalidade e passa a ter autonomia 
completa. Assim, ela precisa ser administrada. Caso ela tenha administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso (art. 48 
do Código Civil). 
Caso não exista administrador à pessoa jurídica, o juiz, a pedido de qualquer interessado, nomeará um 
administrador provisório, de acordo com o art. 49 do Código Civil. 
Há situações em que existe mero agrupamento de pessoas e/ou bens, sem que chegue a constituir pessoas 
jurídicas. Esses entes despersonificados, no entanto, possuem direitos e obrigações muito semelhantes às 
pessoas jurídicas. 
Quem são esses entes despersonificados? São os abaixo listados, cujo elemento de importância, no Direito 
Civil, é sua capacidade processual. Por isso, basta saber quem representa o ente: 
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3 – Desconsideração da personalidade jurídica 
Veja-se que a pessoa jurídica, como a pessoa natural, também morre. Se a pessoa jurídica estiver doente e 
essa doença se agravar, ela pode ser dissolvida ou cassada sua autorização de funcionamento. 
Ela, porém, subsiste para os fins de liquidação, até que esta se conclua (art. 51). A esse processo se chama 
despersonificação ou despersonalização da pessoa jurídica. Esse conceito é totalmente diferente de 
desconsideração da personalidade jurídica. 
Essa liquidação será averbada no registro da pessoa jurídica (§1º), aplicando-se as disposições a respeito das 
sociedades, no que couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado (§2º). Com o encerramento da 
liquidação, promove-se finalmente o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica (§3º). Somente nesse 
momento a pessoa jurídica é extinta, deixando de existir no plano jurídico. 
A primeira situação (despersonificação ou despersonalização) trata da extinção, dissolução da pessoa 
jurídica, ao passo que a segunda (desconsideração) trata do abandono da regra de divisão do patrimônio 
entre a pessoa jurídica e as pessoas físicas que dela fazem parte. 
Para se verificar se há possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica, é necessário se verificar 
o abuso na utilização dessa personalidade jurídica. Esse abuso deve se caracterizar pelo desvio de 
• Pelo administrador judicial
1. A massa falida
• Por seu curador
2. A herança jacente ou vacante
• Pelo inventariante
3. O espólio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
4. A sociedade e a associação irregulares/de fato
• Pelo administrador ou síndico
5. O condomínio
• Pela pessoa a quem couber a administração de seus bens
6. Outros entes organizados sem personalidade jurídica
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finalidade OU pela confusão patrimonial. Se não se caracterizar nem uma dessas situações, não se pode 
desconsiderar a personalidade jurídica. 
Se assim for, o juiz poderá, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso. 
O desvio de finalidade é explicado no §1º do art. 50 do Código Civil. Segundo ele, desvio de 
finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática 
de atos ilícitos de qualquer natureza. Enquanto isso, o §5º evidencia que não constitui desvio 
de finalidade a mera expansão ou a alteração da finalidade original da atividade econômica 
específica da pessoa jurídica. 
Assim, se uma pessoa jurídica comercializava produtos de informática, não se considera desvio a venda de 
materiais de papelaria; ao contrário, uma sociedade que presta serviços contábeis desvirtua sua finalidade 
quando inicia venda de produtos de papelaria. 
Quanto a confusão patrimonial, o §2º estabeleceu que se trata da ausência de separação de fato entre os 
patrimônios, caracterizada por (I) cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do 
administrador ou vice-versa; (II) transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto 
os de valor proporcionalmente insignificante; e (III) outros atos de descumprimento da autonomia 
patrimonial. 
Se levado ao pé da letra, o conceito de confusão patrimonial tornaria praticamente impossível 
não haver desconsideração da personalidade jurídica. Um sócio que toma um clipes de papel 
para ajuntar papeis pessoais estaria a confundir patrimônios. Por isso, a norma prevê que deve 
haver relevância nos atos. Em caso de utilização do capital da pessoa jurídica pelo sócio, para 
pagamento de dívidas pessoais, a conduta deve ser reiterada; no caso de transferências 
patrimoniais, o valor não pode ser insignificante. 
Lembro que essas regras também se aplicam à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à 
pessoa jurídica, como dispõe o §3º do art. 50 do Código Civil. E, para barrar excessos, o §4º rege que a mera 
existência de grupo econômico, sem a presença dos requisitos de que trata o caput do art. 50, não autoriza 
a desconsideração da personalidade da pessoa jurídica. 
Além disso, o §3º do art. 50 do Código Civil estabelece a aplicação da desconsideração inversa da 
persoanlidade jurídica. O disposto no caput e nos §§1º e 2º do art. 50 também se aplica à extensãodas 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. 
O que é a desconsideração inversa? Exemplo é quando um homem, prestes a se divorciar de sua esposa, 
coloca todo o patrimônio comum numa pessoa jurídica na qual ele é sócio minoritário. Nesse caso, eu 
desconsidero a personalidade do sócio e atinjo a pessoa jurídica. 
4 – Direitos da personalidade da pessoa jurídica 
Pessoa jurídica não vota e não tem liberdade sexual, claro. Ainda assim, ela tem alguns direitos 
de personalidade (e sofre dano moral), direitos obrigacionais (pode contratar livremente), 
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direitos reais (pode ser proprietária de bens) e até mesmo direitos sucessórios (pode receber 
bens devido a algum falecimento). 
O art. 52 do Código Civil destaca que se aplica às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos 
de personalidade. Não à toa, a Súmula 227 do STJ prevê que a pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
Capítulo II – Associações 
As associações são pessoas jurídicas de direito privado formadas para fins não econômicos, conforme 
estabelece o art. 53 do Código Civil. Veja que nada impede que as associações desenvolvam atividade 
econômica, desde que não haja finalidade lucrativa. 
Pode a associação ter lucro? Pode ela exercer atividades produtivas? Pode, mas o objetivo da 
associação não pode ser a distribuição de lucro social, exatamente o contrário de uma 
sociedade. Se há distribuição de lucro, portanto, trata-se de uma sociedade, e não de uma 
associação. 
Por exemplo, time de futebol. Boa parte deles é associação esportiva. Os clubes não têm atividades 
lucrativas? Claro que sim, vendendo jogadores, recebendo royalties da televisão, ganhando jogos e 
campeonatos etc. De toda forma, eles não distribuem lucros a seus torcedores ou cartolas. 
Além disso, o parágrafo único do art. 53 prevê que não há, entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. Não confunda esse dispositivo com a possiblidade de haver direitos e obrigações recíprocos entre 
o associado e a associação; não há entre os associados em si! 
O que deve conter o Estatuto das associações encontra-se no art. 54: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; 
V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução. 
VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
Esse Estatuto pode prever categorias de associados com vantagens especiais, mas todos eles devem ter 
iguais direitos (art. 55 do Código Civil). Ainda vale lembrar que a destituição dos administradores e alteração 
do estatuto é de competência privativa da assembleia geral, convocada especialmente para esse fim. 
Atente para o fato de que a qualidade de associado é intransmissível! A não ser que o 
estatuto permita que isso aconteça, segundo o art. 56 do Código Civil. Quanto ao parágrafo 
único desse artigo, dispõe-se que se o associado for titular de quota ou fração ideal do 
patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, por si só, na atribuição da 
qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
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Capítulo III – Fundações 
A fundação é criada por escritura pública ou por testamento, dotando-a o instituidor de bens livres, 
especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la, como destaca o 
art. 62 do Código Civil. Dessa maneira, o parágrafo único desse artigo mostra sob quais fins a fundação 
poderá constituir-se: 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, 
produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos; 
IX – atividades religiosas. 
Na instituição da fundação, seu instituidor deve designar o patrimônio que a compõe. Quando, porém, 
insuficientes os fundos para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não 
dispuser o instituidor, incorporados a outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante, segundo 
dispõe o art. 63. 
É importante destacar que no caso de a fundação ser criada por ato entre vivos, o instituidor é obrigado a 
transferir-lhe a propriedade sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por 
mandado judicial (art. 64 do Código Civil). 
O papel do Ministério Público, nesse sentido, será de velar pelas fundações, segundo art. 66, de acordo com 
o respectivo Estado onde situadas as fundações. Se sua atividade se estender por mais de um Estado, 
caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público Estadual, na forma do § 2º do art. 
66 do Código Civil. 
Veja que a expressão “por mais de um Estado”, contida no referido §2º não exclui o Distrito Federal 
e os Territórios. Nesse caso, caberá o encargo ao MPDFT, como prevê o §1º do art. 66. 
Título III – Domicílio 
Com relação à pessoa jurídica, o Código Civil fixa algumas regras a respeito do domicílio no art. 75. O domicílio 
é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
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IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
Além disso, caso a pessoa jurídica tenha diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados. Se a sede (administração ou diretoria) ficar no 
exterior, o §2º estabelece que o domicílio da pessoa jurídica será, no tocante às obrigações contraídas por 
cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, situado no Brasil, a que ela corresponder. 
Vale ressaltar que a regra do art. 78 prevê a possibilidade de os contratantes elegerem domicílio especial no 
seu estatuto ou atos constitutivos. Isso é muito importante para questões de Direito Processual Civil, pois 
impacta na fixação da competência do juiz, mas é irrelevante aqui. 
Por fim, o domicílio das pessoas jurídicas é o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações. Em resumo, o direito brasileiro admite a pluralidade domiciliar mais ampla para as 
pessoas jurídicas. 
2 – Considerações finais 
Chegamos ao final da aula! Você viu uma pequena parte da matéria, claro. Mas é um assunto muito relevante 
para a compreensão da disciplina como um todo, e super importante nas provas! 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de Dúvidas 
do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios. 
Aguardo você na próxima aula. Até lá! 
Paulo H M Sousa 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
FCC 
1. (FCC/ AFAP – 2019) No tocante à personalidade jurídica das sociedades, 
(A) aplica-se a elas a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva - mas não subjetiva - 
e direito à reparação de danos materiais e morais. 
(B) aplica-se a elas parcialmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra objetiva, mas 
não tendo direito à reparação dos danos morais, embora possa indenizar-se dos prejuízos materiais. 
(C) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, porque são uma ficção jurídica e não 
possuem honra de nenhuma espécie, podendo pleitear apenas a reparação de danos materiais. 
(D) aplica-se a elas integralmente a proteção dos direitos da personalidade, possuindo honra subjetiva e 
objetiva e podendo pleitear a reparação dos danos materiais e morais. 
(E) não se aplica a elas a proteção dos direitos da personalidade, que é exclusiva às pessoas físicas, mas 
podem ajuizar demandas reparatórias materiais e morais. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, uma vez que, as pessoas jurídicas possuem personalidade jurídica, mas é 
protegida a honra objetiva, já que, não há como aferir a honra subjetiva, pois esta é inerente aos seres 
humanos, conforme o art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade”. Ainda, a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, mais uma vez, sendo aferido com critérios 
objetivos, de acordo com a Súmula 227 do STJ: "A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. 
A alternativa B está incorreta, pois, a pessoa jurídica tem o direito à reparação de danos morais e materiais, 
conforme a Súmula 227, do STJ. 
A alternativa C está incorreta, as pessoas jurídicas possuem direitos de personalidade, no que couber, sendo 
estes protegidos pela lei, conforme o art. 52. 
A alternativa D está incorreta, eis que, a pessoa jurídica não possui honra subjetiva, apenas objetiva. 
A alternativa E está incorreta, porque são assegurados os direitos de personalidades as pessoas jurídicas, 
segundo Art. 52. 
2. (FCC/ CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL – 2018) No que concerne às associações, é 
correto afirmar: 
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(A) Os associados devem ter iguais direitos, sem que o estatuto possa instituir categorias com vantagens 
especiais. 
(B) Constituem-se pela união de pessoas que se organizem para fins de lazer, culturais ou econômicos. 
(C) A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que 
assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
(D) A qualidade de associado é transmissível, salvo previsão estatutária contrária. 
(E) Cabe privativamente ao Conselho de Administração da associação destituir os administradores e alterar 
o estatuto, por voto de sua maioria qualificada. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, já que, o estatuto da associação pode instituir categorias com vantagens 
especiais, conforme art. 55: “Os associados devem ter iguais diretos, mas o estatuto poderá instituir 
categorias com vantagens especiais”. 
A alternativa B está incorreta, pois as associações não podem ter fins econômicos, segundo o art. 53: 
“Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
A alternativa C está correta, conforme literalidade do art. 57: “A exclusão do associado só é admissível 
havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos 
termos previstos no estatuto”. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, em regra, a qualidade do associado é intransmissível, nos termos 
do art. 56: “A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário”. 
A alternativa E está incorreta, pois a competência para destituir os administradores e alterar o estatuto é da 
Assembleia Geral, de acordo com o art. 59, inc. I e II: “Compete privativamente à Assembleia geral: I – 
destituir os administradores; II – alterar o estatuto”. Ainda, o quórum para deliberação será definido no 
estatuto, conforme o parágrafo único, do mesmo artigo: “Para as deliberações a que se referem os incisos I 
e II deste artigo é exigido deliberação da Assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum 
será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores”. 
3. (FCC/ SEAD-AP – 2018) À luz do disposto no Código Civil, considere: 
I. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. 
II. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, se for possível, ainda que improvável, 
a morte de quem, segundo ao menos duas testemunhas, estava em perigo de vida. 
III. Cessará, para os menores, a incapacidade, pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público ou particular, independentemente de homologação judicial, ou por sentença 
do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
IV. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
Está correto o que consta APENAS de 
(A) I e IV. 
(B) I e II. 
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(C) II e IV. 
(D) II e III. 
(E) I e III. 
Comentários: 
A afirmativa I está correta, pois os direitos de personalidade das pessoas jurídicas também possuem 
proteção, diante do que dispõe o art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos 
direitos da personalidade”. 
A afirmativa II está incorreta, porque, apenas é declarada a morte presumida, sem decretação de ausência, 
se for extremamente provável a morte da pessoa, conforme o art. 7°, inc. I: “Pode ser declarada a morte 
presumida, sem decretação de ausência: I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo 
de vida”. 
A afirmativa III está incorreta, uma vez que, a pela concessão dos pais, apenas ocorrerá a emancipação por 
instrumento público, não sendo válida a concessão por instrumento particular, de acordo com o art. 5º, 
Parágrafo único, inc. I: “Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles 
na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos”. 
A afirmativa IV está correta, conforme literalidade do art. 19: “O pseudônimo adotado para atividades lícitas 
goza da proteção que se dá ao nome”. 
4. (FCC/PGE-AP – 2018) São pessoas jurídicas de direito privado 
(A) o condomínio edilício e as fundações. 
(B) o empresário individual e as sociedades. 
(C) as empresas individuais de responsabilidade limitada e as associações. 
(D) as organizações religiosas e a massa falida. 
(E) os partidos políticos e os espólios. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, uma vez que, os condomínios edilícios não são pessoas jurídicas de direito 
privado. 
A alternativa B está incorreta, já que, o empresário individual não é pessoa jurídica. 
A alternativa C está correta, pois as empresas individuais de responsabilidade limitada e as associações são 
pessoas jurídicas de direito privado, conforme dispõe o art. 44, incs. I e VI. 
A alternativa D está incorreta, já que, a massa falida não é pessoa jurídica de direito privado. 
A alternativa E está incorreta, visto que os espólios não estão presentes no art. 44. 
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5. (FCC/ PREFEITURA DE SÃO LUÍS - MA – 2018) Em relação às pessoas jurídicas, é certo que 
(A) começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades, 
mesmo que ainda não inscrito seu ato constitutivo no respectivo registro. 
(B) obrigam a pessoa jurídica os atos dos seus administradores, exercidos ou não nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo. 
(C) se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, de ofício, nomear-lhe-á outro administrador. 
(D) nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela 
subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua; encerrada a liquidação, promover-se-á o 
cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
(E) a proteção dos direitos da personalidade é exclusiva às pessoas físicas, com exceção somente da proteção 
à marca empresarial. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois as pessoas jurídicas de direito privado começam a existir com a inscrição 
do ato constitutivo no registro, de acordo com o art. 45: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo”. 
A alternativa B está incorreta, já que, os atos dos administradores apenas obrigam a pessoa jurídica quando 
exercidos dentro dos limites estabelecidos no ato constitutivo, conforme o art. 47: “Obrigam a pessoa 
jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes definidos no ato constitutivo”. 
A alternativa C está incorreta, dado que, o juiz não nomeará outro administrador de ofício, mas apenas com 
o requerimento de qualquer interessado, de acordo com o art. 49: “Se a administração da pessoa jurídica 
vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório”. 
A alternativa D está correta, porque a pessoa jurídica será liquidada e, apenas após a liquidação esta será 
encerrada, conforme dispõe o art. 51. § 3º: “Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da 
inscrição da pessoa jurídica”. 
A alternativa E está incorreta, já que as pessoas jurídicas também têm seus direitos de personalidade 
protegidos, conforme o art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade”. 
6. (FCC/ TRT – 6° REGIÃO – 2018) Pimpão é um palhaço de circo itinerante. Para efeitos legais, 
(A) o domicílio de Pimpão é o endereço do sindicato ou associação que represente sua categoria profissional. 
(B) o domicílio de Pimpão é o endereço do circo constante em seu registro como pessoa jurídica. 
(C) o domicílio de Pimpão é o último local em que Pimpão residiu. 
(D) Pimpão não possui domicílio. 
(E) o domicílio de Pimpão é o lugar em que Pimpão for encontrado. 
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Comentários: 
A alternativa A está incorreta, porque o endereço do sindicato ou associação que representa sua categoria 
profissional não é considerado domicílio de pessoa itinerante. 
A alternativa B está incorreta, pois o endereço registrado da pessoa jurídica não é domicílio de pessoa 
itinerante. 
A alternativa C está incorreta, pois não faz sentido o domicílio ser um local onde a pessoa não mais resida, 
não havendo essa hipótese na lei. 
A alternativa D está incorreta, uma vez que, toda pessoa tem domicílio, mesmo que não tenha residência. 
A alternativa E está correta, pois trata-se do domicílio do itinerante, conforme o art. 73: “Ter-se-á por 
domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada” 
7. (FCC/ TRT- 2° REGIÃO – 2018) Uma determinada fundação privada é criada em uma cidade do 
interior do Estado de São Paulo para fins de promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos 
humanos, sendo elaborado o estatuto dentro do prazo legal em cumprimento ao que estabelece a 
legislação em vigor. Após alguns anos desempenhando regularmente as atividades para as quais foi 
instituída é proposto por um de seus instituidores a alteração do estatuto da fundação para inclusão de 
novas atribuições. Neste caso, de acordo com o Código Civil, para que se possa alterar o estatuto da 
fundação, é necessário que a reforma não contrarie ou desvirtue o fim desta e, ainda, que seja deliberada 
(A) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, o juiz não 
poderá supri-la a requerimento do interessado. 
(B) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o 
juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
(C) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do Ministério Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a 
denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
(D) por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo órgão do Ministério 
Público no prazo máximo de 90 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o 
juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
(E) no mínimo, pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação e aprovada pelo 
órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 dias, findo o qual, ou no caso de o Ministério Público a 
denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, já que, caso seja atingido o prazo máximo do MP ou este venha a denegar a 
aprovação, o juiz poderá supri-la a requerimento do interessando, conforme dispõe o art. 67, inc. III: “Para 
que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma: III – seja aprovada pelo órgão do 
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Ministério Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério 
Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado”. 
A alternativa B está correta, sendo exatamente o que dispõe o art. 67. Inc. I e III: “Para que se possa alterar 
o estatuto da fundação é mister que a reforma: I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir 
e representar a fundação; III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado”. 
A alternativa C está incorreta, porque, não é no mínimo, pela maioria simples dos competentes, mas sim, 
por dois terços dos competentes, conforme o art. 67, inc. I. Ainda, não é correto afirmar que o prazo máximo 
é de 90 dias para que seja aprovado, uma vez que o prazo estipulado é 45 dias. 
 A alternativa D está incorreta, uma vez que, o prazo máximo para a aprovação do MP é de 45 dias, não 90, 
de acordo com o art. 67, inc. III. 
A alternativa E está incorreta, eis que, a aprovação deve ser deliberada por dois terços dos competentes, 
conforme o art. 67, inc. I. 
8. (FCC/ MPE-PE – 2018) Luísa possui residências, com ânimo definitivo, nascidades de São Paulo, Rio 
de Janeiro e Belo Horizonte, nas quais alternadamente vive. Considerando-se que a residência de São 
Paulo é onde vive há mais tempo, a residência do Rio de Janeiro é onde passa a maior parte do ano e a 
residência de Belo Horizonte foi a estabelecida por ela mais recentemente, Luísa possui domicílio em 
(A) São Paulo, apenas. 
(B) Rio de Janeiro, apenas. 
(C) Belo Horizonte, apenas. 
(D) São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 
(E) São Paulo e Belo Horizonte, apenas. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois não apenas São Paulo é considerado domicílio, mas também o Rio de 
Janeiro e Belo Horizonte, já que reside com ânimo definitivo em todos. 
A alternativa B está incorreta, porque além do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte também são 
considerados domicílios. 
A alternativa C está incorreta, já que, São Paulo e Rio de Janeiro também são domicílios de Luísa. 
A alternativa D está correta, visto que, as três cidades são consideradas domicílio, pois Luísa reside em todas 
com ânimo definitivo, de acordo com o art. 70: “O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece 
a sua residência com ânimo definitivo”, em conjunto com o art. 71: “Se, porém, a pessoa natural tiver 
diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas”. 
A alternativa E está incorreta, pois as três cidades são consideradas domicílio. 
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9. (FCC/MPE-PE – 2018) Ricardo, filantropo, pretende criar uma fundação dedicada ao fomento da 
cultura. Para instituí-la, deverá promover dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina. De acordo com o Código Civil, o ato de criação dessa fundação poderá ser realizado 
(A) por escritura pública ou testamento, desde que público. 
(B) por instrumento particular. 
(C) somente por escritura pública. 
(D) somente por escritura pública ou testamento, inclusive o particular. 
(E) somente por testamento. 
Comentários: 
A alternativa D está correta, pois a fundação pode ser realizada por escritura pública ou testamento, de 
acordo com o disposto no art. 62: "Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura 
pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, 
se quiser, a maneira de administrá-la". 
As alternativas A, B, C e E estão incorretas, portanto. 
10. (FCC/ ALESE – 2018) Considere as proposições abaixo, a respeito do tema domicílio. 
I. O código Civil não admite pluralidade de domicílios. 
II. No que concerne às relações atinentes à profissão, considera-se domicílio o local em que esta é exercida. 
III. Residência e domicílio são conceitos sinônimos. 
IV. O domicílio da União é o Distrito Federal, assim como da pessoa natural que não tenha residência 
habitual. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
(A) II. 
(B) I e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e III. 
(E) IV. 
Comentários: 
A afirmativa I está incorreta, uma vez que, é possível a pluralidade de domicílios, conforme o art. 71: “Se, 
porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu 
qualquer delas”. 
A afirmativa II está correta, dado que, o local em que a profissão é exercida também é considerado domicílio, 
conforme o art. 72: “É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o 
lugar onde esta é exercida”. 
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A afirmativa III está incorreta, pois residência e domicílio não são sinônimos, O domicílio é a localização 
espacial da pessoa, ou seja, local onde ela estabelece residência, com ânimo definitivo, como se extrai do 
art. 70. Daí extraem-se os requisitos objetivo (residência) e subjetivo (animus manendi) do domicílio. A 
residência, por sua vez, é onde a pessoa se fixa, ainda que temporariamente e mesmo que de maneira quase 
fugaz. 
A afirmativa IV está incorreta, já que, o domicílio de pessoa que não tenha residência habitual é o lugar onde 
for encontrada, conforme art. 73. 
11. (FCC/ DPE-AM – 2018) Quanto ao dano moral, considere: 
I. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
II. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do evento danoso. 
III. Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
IV. O contrato de seguro por danos pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de 
exclusão. 
Corresponde a entendimentos sumulados pelo Superior Tribunal de Justiça o que se afirma APENAS em 
(A) II e III. 
(B) I e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e IV. 
(E) I e II. 
Comentários: 
A afirmativa I está correta, pois a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, de acordo com a Súmula 227, do 
STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. 
A afirmativa II está incorreta, já que, a correção monetária incide desde o arbitramento do dano moral, 
conforme a Súmula 362, do STJ: “A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde 
a data do arbitramento”. 
A afirmativa III está incorreta, porque a apresentação de cheque pré-datado caracteriza dano moral, nos 
termos da Súmula 370, do STJ: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado”. 
A afirmativa IV está correta, sendo a literalidade da Súmula 402, do STJ: “O contrato de seguro por danos 
pessoais compreende os danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão”. 
12. (FCC/ TRT - 11ª REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) As associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
(B) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
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(D) As associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
(E) Velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
Estado da Federação. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, porque as associações não podem ter fins econômicos, de acordo com o que 
dispõe o art. 53: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não 
econômicos”. 
A alternativa B está incorreta, já que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, nos 
termos do art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos”. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que, o poder público não pode negar reconhecimento ou registro 
dos atos constitutivos para o funcionamento de organizações religiosas, de acordo com o art. 44, § 1º: “São 
livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo 
vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu 
funcionamento”. 
A alternativa D está incorreta, eis que, as associações públicas são pessoas jurídicas de direito público 
interno, nos termos do art. 41, inc. IV: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, 
inclusive as associações públicas”. 
A alternativa E está incorreta, já que, se as atividades se estenderem por mais de um Estado, velará pelas 
fundações os MPs de cada um deles, conforme o art. 66, § 2º: “Se estenderem a atividade por mais de um 
Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público”. 
13. (FCC/ TST – 2017) Sãopessoas jurídicas de direito privado: 
(A) as associações, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais de 
responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios são pessoas 
jurídicas de direito público externo. 
(B) as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas individuais de responsabilidade 
limitada, enquanto as autarquias, as associações públicas e os partidos políticos são pessoas jurídicas de 
direito público interno. 
(C) as associações, os partidos políticos, as fundações, as sociedades, as organizações religiosas e as empresas 
individuais de responsabilidade limitada, enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios 
são pessoas jurídicas de direito público interno. 
(D) as associações, as fundações e os partidos políticos, sendo que as empresas individuais de 
responsabilidade limitada não são consideradas pessoas jurídicas, pois se confundem com pessoa natural do 
seu titular. 
(E) as associações, as sociedades e as empresas individuais de responsabilidade limitada, enquanto a União, 
os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, as autarquias e as organizações religiosas são pessoas jurídicas 
de direito público interno. 
Comentários: 
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A alternativa A está incorreta, já que, a União, os Estados e o Distrito Federal e Territórios, são pessoas 
jurídicas de direito público interno, de acordo com o art. 41, incs. I e II: “São pessoas jurídicas de direito 
público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios” 
A alternativa B está incorreta, porquanto, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, 
conforme o art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos”. 
A alternativa C está correta, porque conforme o art. 41, incs. I e II: “São pessoas jurídicas de direito público 
interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios. Ainda, de acordo com o art. 44 e incisos: 
“São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as 
organizações religiosas; V - os partidos políticos. VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada”. 
A alternativa D está incorreta, visto que as empresas de responsabilidade limitada também são consideradas 
pessoas jurídicas de direito privado, conforme o art. 44, inc. VI. 
A alternativa E está incorreta, pois as organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito privado. 
14. (FCC/ PROCON-MA – 2017) No tocante à pessoa jurídica, considere 
I. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com o início efetivo de suas atividades 
societárias ou empresariais, após o que deverá proceder-se à inscrição de seu ato constitutivo no registro 
respectivo. 
 II. As associações, as sociedades, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais 
de responsabilidade limitada são pessoas jurídicas de direito privado. 
III. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão 
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir 
no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou 
indiretamente pelo abuso. 
Está correto o que se afirma em 
(A) I e III , apenas. 
(B) I e II , apenas. 
(C) II e III , apenas. 
(D) I, II e III . 
(E) III, apenas 
Comentários: 
A afirmativa I está incorreta, já que, as pessoas jurídicas de direito privado começam a existir com o registro 
do ato constitutivo, conforme dispõe o art. 45: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito 
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo”. 
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A afirmativa II está correta, uma vez que, todas as pessoas descritas são jurídicas de direito privado, 
conforme o art. 44 e incisos: “São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; 
III - as fundações. IV - as organizações religiosas; V - os partidos políticos; VI - as empresas individuais de 
responsabilidade limitada”. 
A afirmativa III está correta, dada a literalidade do art. 50: “Em caso de abuso da personalidade jurídica, 
caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento 
da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”. 
15. (FCC/ ATESP – 2017) Entre as pessoas jurídicas classificadas, pelo Código Civil Brasileiro (Lei n° 
10.406/2002) como de direito público interno, inserem-se 
I. a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
II. as Autarquias, inclusive as associações públicas. 
III. as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
IV. os territórios. 
V. partidos políticos. 
Está correto o que consta APENAS em 
(A) I e V. 
(B) II e V. 
(C) I, II e V. 
(D) I, II e III. 
(E) I, II e IV. 
Comentários: 
A afirmativa I está correta, pois todas as pessoas descritas são jurídicas de direito público interno, conforme 
o art. 41, incs. I, II e III: “São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito 
Federal e os Territórios; III - os Municípios”. 
A afirmativa II está correta, já que, também se tratam de pessoas jurídicas de direito público interno, de 
acordo com o art. 41, inc. IV: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as 
associações públicas”. 
A afirmativa III incorreta, porque em regra, as empresas públicas e sociedades de economia mista são regidas 
pelo direito privado, nos termos do art. 41, parágrafo único: “Salvo disposição em contrário, as pessoas 
jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste Código”. 
A afirmativa IV está correta, pois os territórios são pessoas jurídicas de direito público interno, de acordo 
com o art. 41, inc. II: “São pessoas jurídicas de direito público interno: II - os Estados, o Distrito Federal e os 
Territórios; 
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Item V incorreto, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, conforme dispõe o 
art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos. 
16. (FCC/ TRT- 24° REGIÃO – 2017) Sobre as pessoas jurídicas, à luz do Código Civil: 
(A) O prazo decadencial para anulação da constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, é de 5 anos, contado o prazo da publicação da sua inscrição no registro. 
(B) Os partidos políticos são considerados pessoas jurídicas de direito público. 
(C) O juiz poderá nomear administrador provisório à sociedade, a requerimento de qualquer interessado, se 
a administração da pessoa jurídica vier a faltar. 
(D) Se uma determinadapessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão, em regra, por 
no mínimo 1/3 dos votos dos presentes. 
(E) Cassada a autorização para funcionamento da pessoa jurídica ela não subsistirá para os fins de liquidação, 
uma vez que possui efeitos imediatos. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, dado que, o prazo para a anulação é de três anos, nos termos do art. 45, 
parágrafo único: “Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro”. 
A alternativa B está incorreta, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de 
acordo com o art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos”. 
A alternativa C está correta, dada literalidade do art. 49: “Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, 
o juiz, a requerimento de qualquer interessado, nomear-lhe-á administrador provisório”. 
A alternativa D está incorreta, já que, neste caso, a decisão deve ser tomada pela maioria dos votos 
presentes, conforme o art. 48: “Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela 
maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso”. 
A alternativa E está incorreta, pois a pessoa jurídica subsistirá para os fins de liquidação, de acordo com o 
art. 51: “Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela 
subsistirá para os fins de liquidação, até que está se conclua”. 
17. (FCC/TRT – 11° REGIÃO – 2017) A respeito das pessoas jurídicas, é correto afirmar que 
(A) as associações públicas são pessoas jurídicas de direito privado. 
(B) velará pelas fundações o Ministério Público Federal, quando estenderem a atividade por mais de um 
Estado da Federação. 
(C) as associações não podem ter finalidade econômica, mesmo com expressa previsão estatutária. 
(D) os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público. 
(E) o registro dos atos constitutivos das organizações religiosas depende de autorização do poder público. 
Comentários: 
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A alternativa A está incorreta, já que, as associações públicas são pessoas jurídicas de direito público interno, 
conforme o art. 41, inc. IV: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as autarquias, inclusive as 
associações públicas”. 
A alternativa B está incorreta, pois, neste caso, o encargo será dos MPs dos estados abrangidos, nos termos 
do art. 66. § 2º: “Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao 
respectivo Ministério Público”. 
A alternativa C está correta, dado que, as associações não têm finalidade econômica, conforme o art. 53: 
“Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
A alternativa D está incorreta, eis que, os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado, de 
acordo com o art. 44, inc. V: “São pessoas jurídicas de direito privado: V - os partidos políticos”. 
A alternativa E está incorreta, pois a constituição de organizações religiosas não depende de autorização do 
poder públicos, nos termos do art. 44, § 1º: “São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o 
funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. 
18. (FCC/ SEGEP- MA -2016) Jair é sócio e administrador da pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda., que 
não possui conta corrente, utilizando a conta corrente pessoal de Jair para realizar movimentações 
financeiras. Surpreendido com dificuldades financeiras, decorrentes de suas obrigações pessoais, Jair 
gastou todos os recursos existentes em sua conta corrente. Com isto, a pessoa jurídica J. Jardinagem Ltda. 
viu-se impossibilitada de honrar compromissos. À vista do ocorrido, Manoel, credor civil da J. Jardinagem 
Ltda., requereu a desconsideração da personalidade jurídica da empresa, a fim de ver penhorados os bens 
particulares e penhoráveis de Jair. De acordo com o Código Civil, tal pedido 
(A) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando 
a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, com o atingimento dos bens particulares e 
penhoráveis de Jair. 
(B) Não deve ser acatado, pois apenas o abuso da personalidade jurídica caracteriza a desconsideração da 
personalidade jurídica, o que não se dá com a confusão patrimonial. 
(C) Deve ser acatado, pois a confusão patrimonial caracteriza abuso da personalidade jurídica, autorizando 
a desconsideração da personalidade jurídica da sociedade, que leva à sua dissolução. 
(D) Não deve ser acatado, pois apenas nas relações de consumo se admite a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
(E) Deve ser acatado, pois o inadimplemento, por si só, autoriza a desconsideração da personalidade jurídica. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois, neste caso, houve abuso de personalidade, já que houve confusão 
patrimonial entre o patrimônio do administrador e da pessoa jurídica, sendo autorizada a desconsideração 
da personalidade jurídica para atingir os bens particulares do sócio, nos termos do art. 50: “Em caso de abuso 
da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz 
decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
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desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente 
pelo abuso”. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que, o abuso de personalidade consiste também na confusão 
patrimonial, permitindo assim, a desconsideração da personalidade jurídica. 
 A alternativa C está incorreta, pois a desconsideração ocorre apenas para que o patrimônio do sócio seja 
atingido, portanto, não há que se falar em dissolução da pessoa jurídica. 
A alternativa D está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica não ocorre apenas nas 
relações de consumo, nos termos do art. 50. 
A alternativa E está incorreta, dado que, na Teoria Maior, adotada para as relações não consumeristas, é 
necessário que haja o abuso de personalidade para a desconsideração da personalidade jurídica. 
19. (FCC/ SEGEP- MA -2016) No cumprimento de sentença condenatória transitada em julgado, de 
natureza não fiscal nem ligada às relações de consumo, a Procuradoria do Estado do Maranhão constatou 
que a empresa X Ltda. não possuía bens suficientes ao pagamento do débito. Pretendendo a 
desconsideração da personalidade jurídica da empresa X, a Procuradoria do Estado do Maranhão deverá, 
de acordo com o Código Civil, comprovar 
(A) Abuso da personalidade jurídica. 
(B) Que o inadimplemento se deu por ato do cotista majoritário. 
(C) A mera insolvência. 
(D) Má gestão, ainda que o administrador não tenha dado causa a confusão patrimonial ou a desvio de 
finalidade. 
(E) Que a existência da pessoa jurídica dificulta o ressarcimento do erário, apenas. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, pois, para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, é necessário 
comprovar o abuso de personalidade jurídica, previsto no art. 50: “Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a 
requerimentoda parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de 
certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica”. 
A alternativa B está incorreta, pois o mero inadimplemento não autoriza a desconsideração da 
personalidade jurídica nas relações não consumeristas, mas assim, o abuso de personalidade, que deve ser 
praticado por um dos sócios ou administradores. 
A alternativa C está incorreta, porque a mera insolvência não autoriza a desconsideração da personalidade 
jurídica neste caso, visto que não se trata de relação de consumo. 
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A alternativa D está incorreta, pois a má-gestão não autoriza a desconsideração da personalidade jurídica, 
mas apenas o abuso de personalidade. 
A alternativa E está incorreta, uma vez que, necessário o abuso de personalidade para a desconsideração da 
personalidade jurídica. 
20. (FCC/ PREFEITURA DE CAMPINAS – SP – 2016) Lourenço adquiriu imóvel em localidade servida por 
“Associação de Moradores”, à qual Lourenço não se associou. Passado um mês em que se instalou no local, 
Lourenço recebeu, da associação, boleto de cobrança de taxa de manutenção, à qual não anuiu, bem como 
comunicado dando conta de que, em Assembleia Geral realizada um ano antes, decidiu-se que todas as 
pessoas que se instalassem no bairro seriam obrigadas a pagar contribuição, independentemente de 
anuência prévia, tendo em vista a necessidade de custeio de despesas, dentre as quais a contratação de 
segurança privada. O estatuto da referida associação nada dispõe sobre a transmissibilidade da qualidade 
de associado. De acordo com jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, referida 
deliberação 
(A) Atingirá Lourenço, independentemente de qualquer requisito, se comprovado que Lourenço se beneficia 
dos serviços mantidos pela Associação de Moradores. 
(B) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não obrigam 
os não associados ou que a elas não anuíram. 
(C) Atinge Lourenço, porque a associação impõe, aos associados, direitos e obrigações recíprocos. 
(D) Atinge Lourenço, porque, no silêncio do estatuto, presume-se que a qualidade de associado se transmite 
do antigo para o novo proprietário do imóvel. 
(E) Não atinge Lourenço, porque as taxas de manutenção criadas por associações de moradores, 
independentemente do que dispõe o estatuto, não possuem caráter obrigatório, ainda que os associados 
tenham a elas anuído. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o STJ entende que a cobrança de taxa de manutenção do condomínio 
não atinge aos que não anuíram, pois apenas a lei e o contrato podem criar obrigações. 
A alternativa B está correta, pois este é o entendimento do STJ, veja-se: “As taxas de manutenção criadas 
por associações de moradores não obrigam os não associados ou os que a elas não anuíram. As obrigações 
de ordem civil, sejam de natureza real sejam de natureza contratual, pressupõem, como fato gerador ou 
pressuposto, a existência de uma lei que as exija ou de um acordo firmado com a manifestação expressa de 
vontade das partes pactuantes, pois, em nosso ordenamento jurídico positivado, há somente duas fontes de 
obrigações: a lei ou o contrato. Nesse contexto, não há espaço para entender que o morador, ao gozar dos 
serviços organizados em condomínio de fato por associação de moradores, aceitou tacitamente participar 
de sua estrutura orgânica. REsp 1.280.871-SP e REsp 1.439.163-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. 
para acórdão Min. Marco Buzzi, Segunda Seção, julgados em 11/3/2015, DJe 22/5/2015”. 
A alternativa C está incorreta, dado que, não atinge Lourenço pois, este não anuiu a associação, não tendo, 
portanto, direitos e obrigações recíprocos. 
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A alternativa D está incorreta, pois Lourenço não anuiu e o silêncio não importa em anuência tácita, 
conforme entendimento do STJ e ao que dispõe o art. 56, parágrafo único: “A qualidade de associado é 
intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. Parágrafo único: Se o associado for titular de quota 
ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição 
da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto”. 
A alternativa E está incorreta, já que, para os que anuíram a obrigação, esta deve ser cumprida, nos termos 
estabelecidos no estatuto. 
21. (FCC/ TRT -14° REGIÃO – 2016) Para se alterar o estatuto de uma fundação, é mister que a reforma 
não contrarie ou desvirtue o fim desta e seja deliberada 
(A) Pela maioria simples dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
(B) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do 
interessado. 
(C) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
(D) Por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada pelo 
órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado no caso 
de denegação. 
(E) Pela unanimidade dos competentes para gerir e representar a fundação, devendo, ainda, ser aprovada 
pelo órgão do Ministério Público, sem possibilidade de suprimento judicial a requerimento do interessado 
no caso de denegação. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, pois o quórum para alterar o estatuto é de dois terços dos competentes, não 
a maioria simples. 
A alternativa B está incorreta, conforme alternativa anterior. 
A alternativa C está correta, uma vez que, deve ser deliberada por dois terços dos competente, deve ser 
aprovada pelo MP e caso este não aprove, poderá ser suprida pelo juiz a requerimento de algum interessado, 
sendo o que dispõe o art. 67 e incisos: “Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a 
reforma: I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação; II - não 
contrarie ou desvirtue o fim desta; III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 
45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, 
a requerimento do interessado”. 
A alternativa D está incorreta, já que, caso o Ministério Público não aprove a alteração estatutária das 
fundações, o juiz poderá supri-la a requerimento do interessado. 
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A alternativa E está incorreta, dado que, o quórum de aprovação é de dois terços dos competentes e, caso 
o Ministério Público não aprove a alteração, poderá o juiz supri-la a requerimento do interessado. 
22. (FCC/ TRE - PB – 2015) No tocante às pessoas jurídicas, é INCORRETO afirmar: 
(A) A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e as associações públicas são pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
(B) Não se aplica, em qualquer hipótese, a proteção dos direitos da personalidade tratando-se de 
incompatibilidade legal de institutos. 
(C)São de direito privado, dentre outras, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas 
individuais de responsabilidade limitada. 
(D) Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no 
respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo. 
(E) Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito 
do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
Comentários: 
A alternativa A está correta, dado que, todas as pessoas jurídicas citadas são de direito público interno, 
conforme o art. 41 e incisos: “São pessoas jurídicas de direito público interno: I - a União; II - os Estados, o 
Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios; IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; V - 
as demais entidades de caráter público criadas por lei”. 
A alternativa B está incorreta, uma vez que, os direitos de personalidade aplicam-se as pessoas jurídicas, 
inclusive podendo sofrer danos morais, nos termos do art. 52: “Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, 
a proteção dos direitos da personalidade”. 
A alternativa C está correta, pois as pessoas jurídicas citadas são de direito público privado, diante do que 
dispõe o art. 44, incs. IV, V e VI: “São pessoas jurídicas de direito privado: IV - as organizações religiosas; V - 
os partidos políticos; VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada”. 
A alternativa D está correta, dada literalidade do art. 45: “Começa a existência legal das pessoas jurídicas de 
direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar 
o ato constitutivo”. 
A alternativa E está correta, sendo exatamente o que dispõe o art. 45, parágrafo único: “Decai em três anos 
o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, 
contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro”. 
23. (FCC/ TRT – 9° REGIÃO – 2015) G e R são sócios da pessoa jurídica Tex, a qual, em razão da crise 
econômica, deixou de honrar compromissos com o fornecedor Xis, que requereu, em ação de execução, a 
penhora dos bens de G e R. De acordo com o Código Civil, o pedido deverá ser 
(A) Indeferido, pois a desconsideração da personalidade jurídica somente é possível com a decretação da 
falência. 
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(B) Deferido, independentemente de qualquer requisito, pois os sócios respondem, em regra, direta e 
pessoalmente pelas obrigações contraídas pela pessoa jurídica. 
(C) Deferido apenas se comprovado que Tex não possui recursos para pagamento do débito. 
(D) Indeferido, pois em nenhuma hipótese os sócios respondem pelas obrigações contraídas pela pessoa 
jurídica. 
(E) Deferido se comprovado abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela 
confusão patrimonial. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, dado que, a desconsideração da personalidade jurídica ocorre com o abuso 
de personalidade, independentemente da decretação de falência. 
A alternativa B está incorreta, pois a desconsideração da personalidade jurídica deve ser indeferida, pois o 
patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da pessoa jurídica. 
A alternativa C está incorreta, dado que, o inadimplemento apenas é considerado para a desconsideração 
da personalidade jurídica nas relações consumeristas, o que não ocorreu no caso. 
A alternativa D está incorreta, já que, há hipóteses em que os sócios respondem pessoalmente pelas dívidas 
da pessoa jurídica, no caso de abuso de personalidade. 
A alternativa E está correta, já que, apenas seria deferida a desconsideração da personalidade jurídica no 
caso, em caso de abuso de personalidade, conforme dispõe o art. 50: “ Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento 
da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso”. 
24. (FCC/TJ-AL – 2015) São pessoas jurídicas de direito público externo 
(A) A União e os Estados federados, quando celebram contratos internacionais. 
(B) Somente os organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas. 
(C) Apenas os Estados estrangeiros. 
(D) Os Estados estrangeiros e a União. 
(E) Os Estados estrangeiros e aquelas regidas pelo direito internacional público. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, visto que, a União e os Estados Federados não são pessoas jurídicas de direito 
público externo, mas sim de direito público interno, conforme o art. 41, inc. I e II: “São pessoas jurídicas de 
direito público interno: I - a União; II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios”. 
A alternativa B está incorreta, dado que, as pessoas de direito público externo não abrangem apenas os 
organismos internacionais, mas também as nações estrangeiras, a Santa Sé, as Uniões Aduaneiras e 
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Organizações Internacionais e as demais pessoas regidas pelo direito internacional público, conforme o art. 
42: “São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem 
regidas pelo direito internacional público”. 
A alternativa C está incorreta, conforme a alternativa anterior, não apenas os Estados estrangeiros são 
pessoas de direito público externo. 
A alternativa D está incorreta, visto que, a União é pessoa de direito público interno. 
A alternativa E está correta, pois os Estados estrangeiros e as demais pessoas regidas pelo direito 
internacional público são pessoas jurídicas de direito público externo, conforme o citado art. 42. 
25. (FCC/ MPE-PB – 2015) No que concerne às pessoas jurídicas, é correto afirmar: 
(A) As fundações que tiverem finalidade lucrativa serão fiscalizadas pelo Ministério Público. 
(B) As autarquias são pessoas jurídicas de direito privado. 
(C) As associações podem ter finalidade lucrativa, de acordo com o que dispuserem a respeito os seus 
estatutos. 
(D) O direito de anular deliberações de administradores que forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude 
decai em 3 anos. 
(E) Nas associações, os direitos e obrigações recíprocos entre os associados devem estar regulamentados no 
respectivo estatuto. 
Comentários: 
A alternativa A está incorreta, visto que, as fundações não podem ter finalidade lucrativa 
A alternativa B está incorreta, porque as Autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, não de 
direito privado, conforme o art. 41, inc. IV: “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV - as 
autarquias, inclusive as associações públicas”. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que, as associações não podem ter finalidade lucrativa, nos termos do 
art. 53: “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. 
A alternativa D está correta, nos exatos termos do art. 48, parágrafo único: “Decai em três anos o direito de 
anular as decisões a que se refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, 
dolo, simulação ou fraude”. 
A alternativa E está incorreta, pois não há entre os associados direitos e obrigações recíprocos, conforme o 
art.

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