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Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé É o principal câncer diagnosticado no mundo e a maior causa de mortalidade, sendo responsável por 35% das mortes por câncer. Tem um prognóstico ruim e geralmente o diagnóstico é na fase avançada. Ocorre ente 40-70 anos; tem taxa de sobrevida de 1 ano. Fatores de risco: tabagismo, poluição do ar (radônio, mineiros expostos, inalação e deposição brônquica), riscos industriais (radiação ionizante, urânio, asbestos), genéticos (mutações - oncogenes c-MYC, KRAS, EGFR, c-MET; supressores de tumor: p53, RB1, p16). 87% dos carcinomas são em fumantes. Se parar de fumar 10 anos - risco diminuído. Fumantes passivos também têm risco aumentado. Importante caracterizar: quantidade de fumo diário, inalação da fumaça, duração do hábito de fumar. Tabagismo – mutação do gene p53 – METAPLASIA Alterações precursoras: Hiperplasia das células caliciformes (A) e basais (B). Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Metaplasia – alteração reversível onde um tipo celular diferenciado é substituído por outro. No pulmão a metaplasia que ocorre no pulmão é a escamosa – céls caliciformes por cels escamosas; substituição do epitélio colunar por células escamosas: Metaplasia escamosa. Displasia: células perdem polaridade e organização, sofrem processo de proliferação intensa. A displasia pode ser leve, moderada e grave. Células começaram sofrer proliferação e foram se dividindo no terço inferior do epitélio (leve). Quando começam a se proliferar em 2/3 (moderada). Quando afeta quase todo epitélio é displasia grave. Afetando todo o epitélio é carcinoma in situ. Se romper membrana basal – carcinoma invasivo. Displasia, ocupando todo epitélio (carcinoma in situ). Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Carcinoma in situ Carcinoma invasivo. Diagnóstico: Métodos de diagnóstico: citologia do escarro, lavado broncoalveolar, aspiração por agulha fina. Citologia: Célula alaranjada por conta da queratina (células escamosas). Alterações no núcleo, hipercromático, multinuclear. • Classificação: Carcinoma de células pequenas (metastático, agressivo). Carcinoma de não células pequenas → adenocarcinoma; carcinoma de células escamosas; carcinoma de grandes células. → Adenocarcinoma (padrão glandular): mais comuns em mulheres, ocorre em fumantes e não fumantes. Lesões são geralmente localizadas e periféricas. Para saber se é um tumor primário ou metástase: Imunoistoquímica. Positividade para TTF-1: adenocarcinoma originou no pulmão. Mutações KRAS e mutações em p53, p16 e RB. Tumor epitelial com diferenciação glandular. Produção de mucina pelas células tumorais Variantes: acinar e papilar; mucoide; bronquioloalveolar (início do adenocarcinoma). Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Adenocarcinomas. Citologia: Observam-se celulas multinucleadas, com cromatina mais condensada (sal e pimenta). Histologia: Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Glândulas sofrendo fusão, pleomorfismo glandular. Arranjo papilar (formação de projeções). Padrão glândular / Imunoistoquímica: fator transcrição da tireoide TTF-1 (adenocarcinoma de origem pulmonar). Áreas mais claras: mucina liberada pelas glândulas. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Adenocarcinoma bronquioloalveolar – lepídido (lepídico é uma alusão às células neoplásicas que lembran borboletas sentadas em uma cerca). Correspondem de 1-10% dos cânceres pulmonares. Possui localização periférica. Crescimento ao longo das estruturas alveolares sem destruição da arquitetura celular. Pode apresentar consolidação. Pleomorfismo. Células com núcleos aumentados, presença de muco no interior da célula. O adenocarcinoma bronquioloalveolar tem 2 subtipos: Mucinoso; Não mucinoso. NÃO MUCINOSO (citoplasma mais escuro). Mantem a arquitetura alveolar. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Mucinoso – citoplasma mais claro, devido a presença de muco. Metástases: Adenocarcimoma é responsável por muitas metástases. Exemplo de êmbolo tumoral em vaso linfático. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé → Carcinoma de células escamosas: Diretamente relacionado ao tabagismo. Comumente encontrado em homens; Apresenta lesões pré-neoplásicas. De uma lesão de metaplasia escamosa, vai para uma neoplasia escamosa. Tumores bem diferenciados a anaplásicos. Mutação no gene p53, p16 e RB. Geralmente são mais centrais. Citologia: Coloração alaranjada. Histologia: Não vê glândula, vê epitélio escamoso modificado. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Tumor bem diferenciado – produz queratina, que pode formar massas chamadas pérolas de queratina. Se estiver dentro da células, chamada diceratose. Pérolas de queratina; ninhos de células escamosas; presença de muitas mitoses. Já é moderadamente diferenciado (não há perolas de queratina). Presença de necrose. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé (produção de queratina). → Carcinoma de grandes células Relacionado ao tabagismo. Pobre prognóstico. Indiferenciado. Grandes dimensões, necróticos, muito agressivos. Podem ser centrais ou periféricos (geralmente periféricos). Acredita-se que apresentam carcinomas de células escamosas e adenocarcinomas tão indiferenciados que não pode ser reconhecidos. Citologia: Células com citoplasma e núcleo gigantes. Histologia: Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Células gigantes com muitas mitoses. • Carcinoma de pequenas células: Extremamente agressivo e metastático, tem prognóstico ruim e está relacionado ao tabagismo. Mutações de p53 e RB. Positividade de BCL-2 (marcador antiapoptótico) em 90% dos casos. Citologia: Visualiza-se células pequenas, quase sem citoplasma Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Histologia: Canto superior (necrose). Células neoplásicas. Células mais contínuas com pouco citoplasca. • Tumores mistos: 10% dos cânceres pulmonares apresentam 2 tipos histológicos diferentes no mesmo tumor; Tipos combinados de carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma; Ou de carcinomas de células pequenas e de células escamosas. Tumor de células pequenas e célula escamosa (alaranjada). Metástases: A maioria das neoplasias malignas dão metástases para os pulmões. São geralmente múltiplas e bilaterais. Podem Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé ser hematogênicas ou linfáticas. Metastase de Ca de mama no pulmão. Graduação: Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª. Dra. Cristiane Tefé Tumores neuroendócrinos: Neoplasias de células neuroendócrinas. Hiperplasia de células endócrinas são precursoras dos tumores. Tumores carcinoides: correspondem 1-5% dos tumores; acometem pacientes menores de 40 anos. 20-40% não são fumantes. Mutações no p53 e BCL-2. Podem ser centrais ou periféricos. Outros tumores: mesenquimais – miofibroblastico, linfagioma, fibroma, fibrossarcoma, leiomioma, lipoma. Hamartoma.
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