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FACULDADE PIAGET CURSO DE FISIOTERAPIA ALEXANDRA ROBERTI TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Suzano 2020 ALEXANDRA ROBERTI TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Trabalho apresentado a Faculdade Piaget dentro do Curso de Fisioterapia, como requisito parcial para aprovação na disciplina, Fisioterapia Neurológica, Prof.ª Erika Gouveia. Suzano 2020 FACULDADE PIAGET CURSO DE FISIOTERAPIA BRUNA IGNÁCIO TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Suzano 2020 BRUNA IGNÁCIO TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Trabalho apresentado a Faculdade Piaget dentro do Curso de Fisioterapia, como requisito parcial para aprovação na disciplina, Fisioterapia Neurológica, Prof.ª Erika Gouveia. Suzano 2020 FACULDADE PIAGET CURSO DE FISIOTERAPIA VINÍCIUS DOS SANTOS TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Suzano 2020 VINÍCIUS DOS SANTOS TDE FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA I Toxina Botulínica Trabalho apresentado a Faculdade Piaget dentro do Curso de Fisioterapia, como requisito parcial para aprovação na disciplina, Fisioterapia Neurológica, Prof.ª Erika Gouveia. Suzano 2020 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 8 O QUE É TOXINA BUTOLÍNICA 9 MECANISMO DE AÇÃO 10 INDICAÇÕES 12 CONTRA INDICAÇÕES E COMPLICAÇÕES 13 DURAÇÃO DOS EFEITOS DA TOXINA BUTOLÍNICA 14 A TOXINA BUTOLÍNICA E A FISIOTERAPIA 15 OBJETIVOS FISIOTERÁPICOS PÓS APLICAÇÃO DA TOXINA BUTOLÍNICA 17 ARTIGO PESQUISADO 18 RESUMO DO ARTIGO 26 ARTIGO ESTRANGEIRO 28 REFERÊNCIAS 35 8 INTRODUÇÃO O objetivo geral deste estudo consiste em discutir e entender o uso da “Toxina Botulínica”, suas características, mecanismo de ação, indicações, contra indicações e os benefícios do uso dela no tratamento fisioterapêutico. 9 O QUE É TOXINA BUTOLÍNICA A TB é uma proteína gram. negativa, produzida pela bactéria Clostridium botulinium8. Os primeiros estudos com a TB foram feitos em 1920 em indivíduos com botulismo, envenenados pelas bactérias que contaminavam alimentos mal conservados. Por provocar sintomas de insuficiência respiratória, fraqueza muscular progressiva e ser altamente letal, a Associação Médica Americana chegou a definir a TB como “arma biológica”. Atualmente conhece-se 7 tipos de toxinas botulínicas, distinguidas por sua estrutura molecular: A, B, C, D, E, F e G. Tanto a toxina botulínica do tipo A (TBA), quanto a toxina do tipo B, podem ser usadas para fins terapêuticos. No entanto, a mais usada comercialmente é a TBA, por ser a mais potente. De acordo com a literatura, a primeira vez que a TBA foi aplicada para fins terapêuticos, foi por volta de 1980, pelo oftalmologista Allan B. Scott, no tratamento do estrabismo. Somente a partir da década de 70 iniciaram-se estudos sobre o efeito da TBA no tratamento da espasticidade. Nas últimas décadas, os estudos sobre a TBA avançaram amplamente, e esta passou a ser usada também na área da estética. 10 MECANISMO DE AÇÃO A toxina age seletivamente no terminal nervoso periférico colinérgico, inibindo a liberação de acetilcolina. Ela por outro lado, não ultrapassa a barreira cerebral e não inibe a liberação de acetilcolina ou de qualquer outro neurotransmissor a esse nível. A seqüência da ação inclui: difusão, neurotropismo, ligação, internalização e toxicidade intracelular que é exercida pela alta afinidade da toxina com os receptores específicos da parede intracelular do terminal pré-sináptico. A toxina não se liga às fibras nervosas dos troncos nervosos ou da regiao pós-sináptica. A TBA liga-se ao terminal da placa motora. Há evidências de que a cadeia pesada seja a responsável por esta ligação. A ligação acontece no nível dos receptores específicos existentes na membrana da terminação nervosa. A cadeia pesada é neurotrópica, seletiva para as terminações nervosas colinérgicas. A TBA é internalizada por endocitose para o endosoma e daí para o citosoma através de um processo onde parece estar envolvido com um sensor de pH (5,5 ou menos) que ajuda na mudança da configuração da molécula. Após a internalização a cadeia leve da molécula é liberada no citoplasma da terminação nervosa. Uma vez no citoplasma da célula, a cadeia leve faz a quebra das proteínas de fusão, impedindo assim a liberação da acetilcolina para a fenda sináptica. Esse processo produz uma denervação química funcional, reduzindo a contração muscular de forma seletiva. A propagação do potencial de ação, a despolarização do nervo terminal os canais de Na, K, e Ca não são afetados pela toxina. A despolarização induz a um fluxo de cálcio e momentaneamente há um aumento do cálcio intracelular, que induz a um release sincrônico e a um potencial. A toxina reduz esse potencial a um simples estímulo. 11 A TBA não afeta diretamente a síntese ou o armazenamento da acetilcolina ou a condução de sinais elétricos ao longo da fibra nervosa. Há evidências de que a desnervação química induzida pela toxina estimula o crescimento de brotamentos axonais laterais. Através destes brotamentos nervosos o tônus muscular é parcialmente restaurado. Com o tempo há o restabelecimento das proteínas de fusão e a involução dos brotamentos de modo que a junção neuromuscular se recupera 12 INDICAÇÕES A indicação da toxina botulínica tipo A em pacientes neurológicos foi destacada, de forma generalizada, quando estiver presente a espasticidade localizada num músculo ou grupo muscular irresponsiva à farmacoterapia antiespástica tradicional ou à fisioterapia convencional. Nesta situação o enfraquecimento controlado é benéfico, proporcionando a diminuição da dor e do espasmo e aumentando a amplitude de movimento. Além disso, é indicada em: ✓ espasmos distônicos; ✓ distonia cervical; ✓ distonia faríngea; ✓ distonia oromandibular; ✓ blefaroespasmo; ✓ espasmo palpebral; ✓ cefaleia; ✓ lesões esportivas; ✓ síndrome miofascial etc. 13 CONTRAINDICAÇÕES E COMPLICAÇÕES As contraindicações estão sujeitas de modo específico ao produto farmacêutico utilizado. Além disso, por serem produtos biológicos, não poderão ser considerados genéricos, já que existem contraindicações específicas para cada produto, decorrentes dos componentes específicos da formulação. As contraindicações gerais estão divididas em absolutas e relativas. As relativas deverão ser analisadas a critério médico frente ao quadro clínico do paciente. Gerais: ✓ Alergia conhecida ao medicamento ou a seus componentes; ✓ Infecção no sítio do bloqueio; ✓ Gravidez e aleitamento (por falta de estudos a respeito). Relativas: ✓ Doença neuromuscular associada (síndrome pós-pólio, miastenia gravis, esclerose lateral amiotrófica etc.); ✓ Pessoas que necessitam da expressão facial; ✓ Coagulopatia associada e/ou descompensada; ✓ Doença autoimune em atividade; ✓ Falta de colaboração do paciente para o procedimento global; ✓ Usode potencializadores como aminoglicosídeos em até 4 semanas antes do procedimento; ✓ Uso de aspirina ou anti-inflamatórios não esteroides em até 4 semanas antes do procedimento. As complicações possíveis com o tratamento com toxina botulínica podem ser divididas entre relativas, raras e descritas: Relativas: - Dor local; - Hematoma; - Fraqueza muscular transitória; - Febre transitória no dia da injeção; - Infecção local. Raras: - Alergia (anafilaxia não descrita); - Atrofia focal; - Sudoração alterada. Descritas: - Formação de anticorpos 14 DURAÇÃO DOS EFEITOS DA TOXINA BOTULÍNICA Após as aplicações, os efeitos da toxina botulínica aparecem entre 2 a 6 dias. A melhora clínica inicia por volta de 4 a 10 dias pós a aplicação e pode durar de 3 a 6 meses. A fraqueza muscular acontece apenas na área de aplicação, e a duração destes efeitos depende da dosagem aplicada. 15 A TOXINA BOTULÍNICA E A FISIOTERAPIA A espasticidade é umas das situações clínicas que mais impõe dificuldades ao processo de reabilitação, visto que impede a mobilização do músculo ou grupo muscular onde está instalada, consequentemente, afetando o posicionamento, a deambulação, a alimentação e a performance nas atividades da vida diária (AVD”s), o que, obviamente, interfere negativamente no restabelecimento do segmento. Portanto, ela sempre foi um obstáculo a ser vencido pelo fisioterapeuta e pelo próprio paciente. A toxina botulínica tipo A foi uma das soluções encontradas pela ciência para auxiliar a terapia do paciente espástico. E como sua eficiência tem sido comprovada ao longo dos anos e, principalmente, sem oferecer efeitos colaterais ao paciente, tornou-se uma arma importante na reabilitação e, como tal, deve ser utilizada, de maneira adequada para melhorar a qualidade de vida do paciente (Stokes, 2000). No entanto, para que sua eficácia seja plena, é importante que haja uma boa interação entre a equipe multidisciplinar (EMD) que acompanha o paciente. Antes de realizar uma aplicação, o médico deve estar ciente de quais os músculos serão melhores aproveitados quando relaxados, isto é, a aplicação deve ser feita com objetivos pré- estabelecidos em conjunto com o fisioterapeuta, que conhece as metas a serem atingidas com cada paciente. Por exemplo, o relaxamento dos músculos adutores do quadril em um paciente que apresenta MMII em padrão tesoura, com dificuldade para deambulação, pode gerar benefícios na adução, abdução, flexão e extensão, como mostra o estudo realizado por Sgrott (2004), em pacientes com paralisia cerebral quadriplégica. E o fisioterapeuta é o profissional qualificado para orientar o médico, visto que acompanhava o paciente antes da aplicação e continuará a acompanhar após a mesma, portanto, tem conhecimento das limitações e dos objetivos a serem alcançados. Desse modo, uma vez aplicado a toxina botulínica tipo A nos grupos musculares adequados e a musculatura que se encontrava espástica agora assume a postura flácida (paralisia flácida), será permitida a livre movimentação e alongamento da mesma e também, a prevenção de deformidades, as quais são muito frequentes em pacientes espásticos (Greve et al. 2001) . 16 17 OBJETIVOS FISIOTERAPUETICOS PÓS APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA Os objetivos a serem atingidos, obviamente, podem variar de paciente para paciente, pois cada caso é único. No entanto, de maneira generalizada, os objetivos são: * Aumentar a amplitude de movimento; * Melhorar a função; * Promover o controle seletivo; * Promover o ganho de força, de coordenação e outros componentes do desempenho motor, indispensáveis ao processo de reabilitação . 18 ARTIGO PESQUISADO 19 20 21 22 23 24 25 26 RESUMO DO ARTIGO O artigo tem como objetivo mostrar os resultados referente ao uso da toxina botulínica para promover um bloqueio neuromuscular e assim avaliar quão grande aliado pode ser para tratamento de pacientes com espasticidade. A toxina botulínica tem diversas formas, porém a tipo A é a mais usada para fins científico essa foi a forma utilizada para esse estudo. O estudo foi realizado em 2008 no ambulatório de neurociências do hospital das clínicas da Universidade Federal da Bahia contando com a realização de um questionário de dez perguntas subjetivas sobre essas relacionadas a percepção dos mesmos após a aplicação da toxina botulínica e assim poder avaliar o seu nível de satisfação, tais perguntas era de extrema importância e todas bem diretas como ficou sabendo desse método e afins. A percepção de melhora ou a de que pode não ter acrescentado melhora alguma é muito influenciada pelo tipo de informação que o paciente recebeu antes de fazer a aplicação, para isso o profissional tem de se certificar que o indivíduo saiba bem a respeito dessa substância e quais podem ser os efeitos até onde pode se melhora, para que não fique um sentimento de frustação como vimos em alguns dos pacientes. Contudo vale lembrar que os pacientes não têm conhecimento técnico para perceber todas melhorias , nem pequenas mudanças significativas que o profissional consegui detectar. Reunindo dados da pesquisa podemos concluir que sim , a toxina botulínica faz uma efeito positivo na reabilitação, quando para efeito de bloqueio neuromuscular , porém ah muito o que se aprofunda em pesquisas tendo em vista que grande parte que se submete a este tipo de tratamento pode não ter conhecimento total do mesmo. É sempre bom fazer com que pesquisas como está chegam à população pois acometeria um efeito positivo e mais pessoas se interessaram para aplicar e com isso sairia mais resultados. aumentado de quedas, podendo contrair importantes lesões e fraturas, independentemente da idade. As pessoas que AR apresentam dificuldades em manter o equilíbrio postural prejudicando assim as atividades diárias como por exemplo caminhar subir escada que podem levar a queda pelo real motivo que é redução da força muscular. Observaram então Avaliação do Nível de Atividade da Doença, Determinação da Proteína C-Reativa,, Avaliação do Equilíbrio que foi Escala de Equilíbrio de Berg, 27 Análise estatística no entanto, na comparação entre os grupos em função do nível verificou-se diferença significativa entre os grupos alta e moderada atividade da doença segundo o artigo 80% dos problemas de equilíbrio de pessoas com AR são relatados por aqueles que têm articulações de extremidades inferiores afetadas, no qual a dor são mais localizada nos joelhos e pés também foi relatada como uma das principais queixas. Portanto o artigo mostra que, para termos uma boa recuperação e avaliação do quadro desse paciente vale observar como é a conduta desse paciente, quais os níveis de dificuldade que tem em sua atividade diária, onde pode observar o nível que está a doença sendo assim podendo determinar estratégias de prevenção para esse paciente. 28 ARTIGO ESTRANGEIRO 29 30 31 32 33 34 35 REFERÊNCIAS https://pebmed.com.br/toxina-botulinica-tipo-a-recomendacoes-contraindicacoes-e-mais/ https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/toxina-botulinica-tipo-a/13/ http://www.medicinanet.com.br/conteudos/medicamentos/1026/toxina_botulinica_tipo_a.htm http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/botox.htm