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0109 MONOGRAFIA NILSON BRASIL (1)

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E JURÍDICAS
FACULDADE DO BICO - FABIC
CURSO: DIREITO
NILSON SILVA BRASIL
POSICIONAMENTO JURÍDICO ACERCA DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020
AUGUSTINÓPOLIS – TO
2020
NILSON SILVA BRASIL
	
POSICIONAMENTO JURÍDICO ACERCA DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020
Monografia apresentado à Faculdade do Bico /FABIC como parte dos requisitos exigido para conclusão do curso de Direito.
Prof. Orientadora: Ana Cristina Magalhães Morais
AUGUSTINÓPOLIS – TO
2020
NILSON SILVA BRASIL
POSICIONAMENTO JURÍDICO ACERCA DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020
Monografia apresentada a Faculdade do Bico/FABIC como parte dos requisitos exigidos para a conclusão do curso de Direito
Trabalho aprovado em ____de_________________de 2020.
Titular acadêmico e o nome do orientador 
Instituição a que pertence
Titular acadêmico e o nome do membro da Banca Examinadora
Instituição a que pertence
Titular acadêmico e o nome do membro da Banca Examinadora
Instituição a que pertence
 
AUGUSTINÓPOLIS – TO
2020
DEDICATÓRIA
À Deus em primeiro lugar, pelo seu infinito amor e por nos dar forças para alcançar esta vitória.
À família que sempre acreditou em nosso potencial, estando sempre ao nosso lado, mostrando afeto e apoio durante essa árdua trajetória.
Aos colegas de curso pelas experiências compartilhadas.
Ao Orientador Prof. Dr. Ana Cristina Magalhães Morais pela sabedoria transmitida e pela paciência na hora de ensinar.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na trilha certa durante este curso com saúde e forças para chegar até o final.	Comment by FABIC: Sem recuo
Sou grato a minha querida esposa Mara Rubia Alves da Silva e minha filha Maria Cecília Alves Moura Brasil, pelo amor incondicional e apoio para que eu continuasse sempre firme nos estudos.
Aos meus pais Nelson Ivan Balbino Brasil e Marizelia Silva Moura por sempre me incentivarem e acreditarem que eu seria capaz de superar os obstáculos que a vida me apresentou. 
 As minhas irmãs Bruna Michelle Silva Brasil e Susie Danielle Silva Brasil pela amizade e atenção dedicadas quando sempre precisei.
Agradeço à minha orientadora, Ana Cristina Magalhães Morais por sempre estar presente para indicar a direção correta que o trabalho deveria tomar.
A todos os meus amigos do curso de graduação que compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito colaborativo.
Também quero agradecer à Faculdade do Bico/FABIC e o seu corpo docente que demonstrou estar comprometido com a qualidade e excelência do ensino.
“Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (MATEUS 6:33)
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 REVISÃO DE LITERATURA	13
2.1 FAKE NEWS	13
2.2 FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES BRASILEIRAS	15
2.3 LEI Nº 13.834/2019 E A FAKES NEWS ELEITORAL	18
2.4 IMPACTOS DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS	20
2.5 O DESAFIO DAS FAKE NEWS PARA A JUSTIÇA ELEITORAL	21
2.6 O TRATAMENTO JURÍDICO DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS	22
3 METODOLOGIA	29
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	31
REFERÊNCIAS	32
1. INTRODUÇÃO
Postagens inverídicas, distorcidas da realidade, notícias falsas, propagação de mentira, boatos, manchetes e as demais formas de expor conteúdo infiel com a verdade, tomaram proporção maior com a chegada da era digital e crescimento astronômico da tecnologia (SOUZA et al., 2019).	Comment by FABIC: Não é recomendável que logo no primeiro parágrafo vc inicie com uma citação.
Fake News é um dos assuntos mais comentados quando o tema é eleições munipais 2020, e vem despertando preocupação de vários especialistas, principalmente da área do Direito Jurídico, diante da possibilidade de durante o período de eleições, a disseminação de notícias falsas distorcer o resultado de um pleito eleitoral (MENDONÇA, 2019).
As razões que levam à elaboração das fake news pautam-se em gerar o desconhecimento ou a desinformação ao público, o que faz com que os autores da ação se beneficiem, enquanto o sujeito-vítima seja prejudicado (SOUZA et al., 2019).
O estudo pretende analisar as fakes News no cenário político municipal 2020, buscando refletir sobre sua disseminação por meio das redes sociais e da internet, fato que está proporcionando grandes discussões sobre o assunto na justiça eleitoral que busca formas de coibir seus efeitos e impactos. Sendo assim, esta pesquisa torna-se importante pelo fato de oportunizar a reflexão de analisar a relevância de estudar o posicionamento Jurídico acerca das Fake News nas eleições municipais 2020.	Comment by FABIC: A Relevância do seu estudo é somente isso?Achei muito curto.
Deste modo, levantou um seguinte questionamento: qual o posicionamento jurídico acerca da Fake News nas eleições municipais de 2020? O ano de 2020 traz algumas mudanças nas regras das eleições municipais. As resoluções editadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam mais de 60 mudanças na legislação eleitoral, incluindo a propaganda. Uma das mudanças significativas para esse pleito trata da divulgação de notícias falsas nas redes sociais, as famosas Fake News, que será punido de forma mais severa nas eleições de 2020 (SOUZA, 2019). 	Comment by FABIC: Posicionamento de quem?Do TJ?TSE?TER?Vi que suprimiu o TSE no título.
Além de existir sanções para aquele que propaga inverdades nas diversas mídias, e devido aproximação das eleições do ano de 2020 que trouxe à tona o debate acerca da publicação e propagação de notícias falsas, bem como de seu impacto no processo eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou novas regras para tentar conter propagação das chamadas fake news na campanha eleitoral de 2020 (SILVA, 2019). 
O ponto a ser refletido é uma linha tênue. Por um lado, há sanções para aquele que propaga inverdades nas diversas mídias. Em contrapartida, deve-se lembrar do artigo 5º, IX da Constituição Federal, o qual garante a liberdade de expressão (SOUZA et al., 2019).
O direito de informação, de expressão e liberdade de imprensa, também é considerado direito fundamental perante a Constituição, em decorrência do direito à liberdade. Assume-se, pois, que é assegurado o direito de informar e ser informado, tendo por base a verdade, o que não ocorre com as fake news. Nesse contexto, fake news são definidas por notícias falsas, que visam, dentro do processo eleitoral, uma vantagem entre um candidato em detrimento de outros, com fincas de desmoralizar, utilizando-se as mídias de difusão nas redes sociais, provocando fraude em relação à possibilidade da real escolha dos eleitores (CARVALHO; KANFFER, 2019). 
Ademais, o tema em questão é de grande importância social e política e traz consequências maiores do que se imagina. Sendo assim, o desenvolvimento deste estudo justifica-se pelos interesses acadêmicos em refletir sobre o posicionamento e tratamento jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), acerca das Fake News nas eleições municipais de 2020, buscando analisar e discutir, também, sobre o impacto da Fake News no voto dos cidadãos e a sua influência nos resultados das eleições. 
Objetivo geral deste estudo foi analisar o posicionamento jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), acerca do fake news nas eleições municipais de 2020. 
Os objetivos específicos forma: realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a temática explanada; conceituar o termo Fake News; refletir sobre as Fake News nas eleições brasileiras; conhecer a Lei que pune Fakes News eleitoral; analisar por meio de pesquisas bibliográficas sobre o posicionamento jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) sobre fake News e saber como se dá o enfrentamento desta problemática pela Justiça Eleitoral; verificar os impactos das fake News nas eleições municipaisde 2020; Saber por que as Fakes News são consideradas um desafio para a justiça brasileira.	Comment by FABIC: Você Não havia mencionados os objetivos no início da Introdução?
O estudo foi elaborado e desenvolvido da seguinte forma: introdução, revisão da literatura, metodologia, resultados e discussões, considerações finais e referências bibliográficas.	Comment by FABIC: Para a efetivação e conclusão do trabalho, organizou-se o estudo da seguinte forma: Inicialmente... Em seguida... Logo Mais...
2. REVISÃO DE LITERATURA	Comment by FABIC: No seu sumário o ponto 2.1 está FAKE NEWS.??
2.1 LIBERDADE DE EXPRESSÃO E AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS
De acordo com Coelho (2017) ao longo dos anos, o Supremo Tribunal Federal foi chamado para concretizar o sentido do princípio constitucional da liberdade de expressão e pensamento, que a Constituição Federal de 1988 protege como direito fundamental nos incisos IV e IX do seu artigo 5°.
Segundo do Carmo (2019) a Constituição Federal assegura a liberdade do exercício de profissão, desde que atendidas às qualificações profissionais que a lei estabelecer. Desse modo, trata-se de uma norma de eficácia contida, sendo cognoscível que sobrevenha uma lei tratando e especificando os requisitos a serem atendidos por cada profissão. Vejamos a previsão constitucional:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XIII - e livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (BRASIL,1988, p. 01).
Torres (2013) ressalta que entre os diferentes direitos expressos na Constituição, a liberdade de expressão constitui direito especialmente fundamental, pois sua garantia é essencial para a dignidade do indivíduo e, ao mesmo tempo, para a estrutura democrática de nosso Estado. Ainda conforme o autor,
Primeiramente, no âmbito da dignidade humana, é fácil intuir a necessidade de ser assegurada a liberdade de expressão: não há vida digna sem que o sujeito possa expressar seus desejos e convicções. Viver dignamente pressupõe a liberdade de escolhas existenciais que são concomitantemente vividas e expressadas. Dito de outro modo, viver de acordo com certos valores e convicções significa, implícita e explicitamente, expressá-los. No que respeita à democracia, a liberdade de expressão é direito fundamental diretamente correlato à garantia de voz aos cidadãos na manifestação de suas várias correntes políticas e ideológicas. É certo que a proteção da liberdade de expressão não é suficiente para assegurar a participação popular no debate político, pois os direitos fundamentais efetivam-se de modo interdependente: a eficácia de um direito fundamental depende da eficácia dos demais. Porém, não restam dúvidas de que tal liberdade é imprescindível que aqueles que desejem manifestar-se na esfera pública tenham como fazê-lo e não sejam reprimidos por isso (TORRES, 2013, p. 2013). 
As Liberdades consagradas na Constituição Federal de 1988 podem ser: liberdades de pessoa física, liberdades de pensamento, liberdade de expressão coletiva, liberdade de ação profissional e liberdade de conteúdo econômico e social. Os direitos de livre expressão constantes na norma constitucional que se relacionam ao direito à liberdade de expressão e pensamento não podem, jamais, ofender a honra e a imagem do indivíduo (BRITES, 2020).
Sendo assim, o direito de falar e de calar, quando se pensa em liberdade de expressão (art. 5º, IV da Constituição Federal) não deve ser dado a ninguém, muito menos ao Estado. A par disso tudo, a restrição ao direito de se expressar livremente representa um exercício de violência, por parte de quem promove a censura, seja o Estado ou o próximo, na medida em que viola a abrangência totalizante da dignidade da pessoa humana, visto que a liberdade propugna pela auto-realização da pessoa humana (SIMÕES, 2013).
Para Brites (2020, p. 01) 
Assegurar o direito da autonomia de se expressar é de extrema relevância, inclusive, analisando-se o âmbito sociológico, em que há o reforço à intrínseca característica das sociedades democráticas modernas, prestando-se para constatar se a democracia está sendo exercida em sua plenitude. A liberdade pode ser traduzida como a capacidade de agir segundo o livre arbítrio individual. Trata-se de agir de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa. A liberdade significa a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Esses direitos e garantias fundamentais insculpidos na Magna Carta, incluindo-se a liberdade de pensamento e expressão, em que pese sua salutar importância para um regime de Estado Democrático de Direito que ampara o indivíduo, em respeito ao regime democrático, não têm eficácia ilimitada, uma vez que a plenitude de tais direitos pode esbarrar na abrangência de direitos, por vezes, antagônicos de outros titulares que detém, igualmente, índole constitucional.
Mais do que um direito, a liberdade de expressão pode ser entendida como um conjunto de direitos relacionados às liberdades de comunicação. Sendo diversas as formas de expressão humana, o direito de expressar-se livremente reúne diferentes “liberdades fundamentais que devem ser asseguradas conjuntamente para se garantir a liberdade de expressão no seu sentido total” (MAGALHÃES, 2008, p. 74). Tal conjunto de direitos visa à proteção daqueles que emitem e recebem informações, críticas e opiniões.
Bezerra (2018) lembra que a liberdade de expressão é o direito que permite as pessoas manifestarem suas opiniões sem medo de represálias. Igualmente, autoriza que as informações sejam recebidas por diversos meios, de forma independente e sem censura. Ou seja, ela significa o direito de exteriorizar a opinião pessoal ou de um grupo, sempre com respeito e respaldada pela veracidade de informações. Esse direito é garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para Torres (2013) na ordem jurídica contemporânea, a liberdade de expressão consiste, em sentido amplo, num conjunto de direitos relacionados às liberdades de comunicação, que compreende: a liberdade de expressão em sentido estrito (ou seja, de manifestação do pensamento ou de opinião), a liberdade de criação e de imprensa, bem como o direito de informação. É correto dizer que na liberdade de expressão, encontram-se também outros direitos, como o direito de informar e de ser informado, o direito de resposta, o direito de réplica política, a liberdade de reunião, a liberdade religiosa etc. Por conseguinte, a concepção de liberdade de expressão deve ser a mais ampla possível, desde que resguardada a operacionalidade do direito.
Para Carmo (2019) no que atine a liberdade de expressão, o constituinte procurou abolir, qualquer tipo de censura da liberdade de imprensa, de modo que, assegura plenamente seu exercício. Vejamos:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1o Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5o, IV, V, X, XIII e XIV. § 2o É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. § 3o Compete à lei federal: I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada; II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente. § 4o Apropaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso. § 5o Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio. § 6o A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade (BRASIL, 2019, p. 01).
O direito de liberdade de expressão, assim como os demais direitos fundamentais, deve ser entendido como princípio constitucional, norteador da hermenêutica jurídica. Os direitos fundamentais têm o caráter de princípios e, nessa condição, eventualmente colidem uns com os outros, sendo necessária uma solução ponderada em favor de um deles. Assim os direitos fundamentais podem ser entendidos como valores morais compartilhados por uma comunidade em dado momento e lugar, que migram do plano ético para o jurídico quando se materializam em princípios abrangidos pela Constituição. Percebidos em seu caráter principiológico, os direitos fundamentais, entre os quais o direito de liberdade de expressão, estão inseridos em um sistema normativo complexo, formado de regras e princípios, no qual a interpretação sistemática é essencial para a compreensão da amplitude de uma garantia (BARROSO, 2008).
Bezerra (2018) lembra que na Constituição de 1988, o direito à liberdade de expressão foi reintegrado após o fim da ditadura, onde a censura foi banida, conforme pode ser lido no parágrafo 2.º do artigo 220 que diz que é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Conforme se constata, atualmente, a liberdade de expressão é um direito fundamental e intransferível, inerente a todas as pessoas, sendo mandatória para a existência de uma sociedade democrática (BRITES, 2020).
Nesse contexto, Lenza afirma que:
Veda-se a censura de natureza política, ideológica e artística, porém, apesar da liberdade de expressão acima garantida, lei federal deverá regular as diversões e os espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada (LENZA, 2015, p. 1.181).
Embora reconhecida constitucionalmente como um direito fundamental, não se pode dizer que a liberdade de expressão seja plena no Brasil, especialmente no período eleitoral, quando não é permitido falar o que se pensa, ou o que se sabe, sobre políticos, parlamentares ou governantes. Isso porque a legislação eleitoral diligencia pelo estabelecimento de regras rígidas para os meios de comunicação de massa, fundamentada no fato de que estes estariam nas mãos de poucos, interessados na política. Ocorre que nos últimos anos a realidade sobre o acesso à informação mudou radicalmente. Com o advento da Internet, a informação não está mais nas mãos dos donos das redes de televisão, rádio e jornal – fala-se, inclusive, em crise da imprensa escrita (BRASIL, 2018). 
Carmo (2019) afirma que já houve questionamento acerca da constitucionalidade da Lei. 9.504\97 - Lei das Eleições, a ADI 4.451, questionou sobre as limitações contidas no digesto diploma legal que limita liberdade de impressa como também a liberdade plena de informação jornalística, nos termos do art. 220, §1º, da CRF\88. Vejamos a ementa do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade:
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E PLURALISMO DE IDEIAS. VALORES ESTRUTURANTES DO SISTEMA DEMOCRÁTICO. INCONSTITUCIONALIDADE DE DISPOSITIVOS NORMATIVOS QUE ESTABELECEM PREVIA INGERÊNCIA ESTATAL NO DIREITO DE CRITICAR DURANTE O PROCESSO ELEITORAL. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL AS MANIFESTAÇÕES DE OPINIÕES DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E A LIBERDADE DE CRIAÇÃO HUMORISTICA. 1. A Democracia não existirá e a livre participação política não florescerá onde a liberdade de expressão for ceifada, pois esta constitui condição essencial ao pluralismo de ideias, que por sua vez é um valor estruturante para o salutar funcionamento do sistema democrático. 2. A livre discussão, a ampla participação política e o princípio democrático estão interligados com a liberdade de expressão, tendo por objeto não somente a proteção de pensamentos e ideias, mas também opiniões, crenças, realização de juízo de valor e críticas a agentes públicos, no sentido de garantir a real participação dos cidadãos na vida coletiva. 3. São inconstitucionais os dispositivos legais que tenham a nítida finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento crítico, indispensável ao regime democrático. Impossibilidade de restrição, subordinação ou forçosa adequação programática da liberdade de expressão a mandamentos normativos cerceadores durante o período eleitoral. 4. Tanto a liberdade de expressão quanto a participação política em uma Democracia representativa somente se fortalecem em um ambiente de total visibilidade e possibilidade de exposição crítica das mais variadas opiniões sobre os governantes. 5. O direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias. Ressalte-se que, mesmo as declarações errôneas, estão sob a guarda dessa garantia constitucional. 6. Ação procedente para declarar a inconstitucionalidade dos incisos II e III (na parte impugnada) do artigo 45 da Lei 9.504/1997, bem como, por arrastamento, dos parágrafos 4º e 5º do referido artigo. (BRASIL, STF, ADPF 4.451, 2019).
Para Carmo (2019) aludida decisão do Supremo Tribunal Federal possui eficácia vinculante e erga omnes. Segundo a decisão, ainda em caráter liminar, foi suspensa a eficácia do art. 45 da Lei de Eleições, que proibia a utilização de trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradassem ou ridicularizasse candidato, partido ou coligação.
É certo que o direito à liberdade de expressão não é absoluto; outros direitos devem ser sopesados. Em matéria eleitoral, especialmente, a liberdade de expressão deverá se submeter ao interesse público porque os atos e condutas dos que almejam cargos públicos são do interesse de todos e a sua divulgação é em defesa do interesse público. Os casos de abuso, excessos, difamação e declarações falsas serão apreciados e, se for o caso, receberão a reprimenda adequada. Mas o importante é que, para uma sociedade ser verdadeiramente democrática, os cidadãos devem ter o direito de falar e, principalmente, de ouvir o discurso político do outro e as ideias novas e chocantes, ou seja, que possam ser livremente expressadas “as ideias que odiamos” (BRASIL, 2018).
O Supremo Tribunal Federal, em várias ocasiões em que fora provocado acerca do assunto, vêm tomando decisão razoáveis, que asseguram a liberdade de impressa em consonância com a liberdade informacional.
Como se vê no julgamento da ADI 2566 / DF - Distrito Federal: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL. LEI N. 9.612/98. RÁDIODIFUSÃO COMUNITÁRIA. PROBIÇÃO DO PROSELITISMO. INCONSTITUCIONALIDADE. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO DIRETA. 1. A liberdade de expressão representa tanto o direito de não ser arbitrariamente privado ou impedido de manifestar seu próprio pensamento quanto o direito coletivo de receber informações e de conhecer a expressão do pensamento alheio. 2. Por ser um instrumento para a garantia de outros direitos, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal reconhece a primazia da liberdade de expressão. 3. A liberdade religiosa não é exercível apenas em privado, mas também no espaço público, e inclui o direito de tentar convencer os outros, por meio do ensinamento, a mudar de religião. O discurso proselitista é, pois, inerente à liberdade de expressão religiosa. Precedentes. 4. A liberdade política pressupõe a livre manifestação do pensamento e a formulação de discurso persuasivo e o uso dos argumentos críticos. Consensoe debate público informado pressupõem a livre troca de ideias e não apenas a divulgação de informações. 5. O artigo 220 da Constituição Federal expressamente consagra a liberdade de expressão sob qualquer forma, processo ou veículo, hipótese que inclui o serviço de radiodifusão comunitária. 6. Viola a Constituição Federal a proibição de veiculação de discurso proselitista em serviço de radiodifusão comunitária. 7. Ação direta julgada procedente (BRASIL, STF, ADPF 2266, 2018).
No tema, a relevantíssima doutrina de Barroso:
A existência de colisões de normas constitucionais leva à necessidade de ponderação. A subsunção, por óbvio, não é capaz de resolver o problema, por não ser possível enquadrar o mesmo fato em normas antagônicas. Tampouco podem ser úteis os critérios tradicionais de solução de conflitos normativos - hierárquicos cronológicos e da especialização - quando a colisão se dá entre disposições da Constituição originária. Esses são os casos difíceis, assim chamados por comportarem, em tese, mais de uma solução possível e razoável. Nesse cenário, a ponderação de normas, bens ou valores (v. infra) é a técnica a ser utilizada pelo intérprete, por via da qual ele (i) fará concessões recíprocas, procurando preservar o máximo possível de cada um dos interesses em disputa ou, no limite, (ii) procederá à escolha do bem ou direito que irá prevalecer em concreto, por realizar mais adequadamente a vontade constitucional. Conceito chave na matéria é o princípio instrumental da razoabilidade (BARROSO. 2010. p. 354)
Nesse sentido, na atualidade, conforme mencionado alhures a liberdade de expressão é firmada pela Constituição Federal, assegurando sua liberdade plena, não sendo admitida qualquer censura prévia ou regulação a seu respeito (CARMO, 2019).
Vale mencionar que No Brasil, mais de 80 milhões de pessoas acessam a rede mundial de computadores6 e têm acesso a informações do mundo inteiro em tempo real. Com a disseminação da informação pelo mundo, o caminho será a mínima interferência estatal sobre os meios de comunicação, para não correr o risco de silenciar os próprios cidadãos, impedindo-os de manifestarem suas ideias e pensamentos. Algumas decisões da Justiça ordenaram a retirada de páginas, blogs e até perfil de rede social da Internet porque faziam campanha eleitoral negativa. No Brasil, há uma regra que proíbe os candidatos de expor, ridicularizar, ou injuriar os outros candidatos (BRASIL, 2018).
Entrementes, merece destaque o art. 68, Parágrafo único da Resolução TSE n.º 23.551/2017:
Art. 68. Na propaganda eleitoral gratuita, é vedado ao partido político, à coligação ou ao candidato, transmitir, ainda que sob a forma de entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados, assim como usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou de vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido político ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito (Lei nº 9.504/1997, art. 55, caput, c.c. o art. 45, caput e incisos I e II). Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o partido político ou a coligação à perda de tempo equivalente ao dobro do usado na prática do ilícito, no período do horário gratuito subsequente, dobrada a cada reincidência, devendo o tempo correspondente ser veiculado após o programa dos demais candidatos com a informação de que a não veiculação do programa resulta de infração da lei eleitoral (Lei nº 9.504/1997, art. 55, parágrafo único).
Conforme Carmo (2019) a referida resolução tem como escopo secundário, garantir a liberdade de expressão aos candidatos, como também, assegura a informação aos eleitores, de modo a difundir as propostas dos candidatos, atendendo as previsões constitucionais.
2.2 FAKE NEWS
Antes de abordar a relevância das “fake news” para o contexto atual, necessário se faz delimitar conceitualmente o sentido do termo, evitando equívocos e imprecisões que possam dificultar a posterior análise do tratamento jurídico do fenômeno, dentro de uma dinâmica democrática (MENDONÇA, 2019). 
Segundo Barros (2018), não é de hoje que mentiras são difundidas como verdades, mas foi com o surgimento das redes sociais que esse tipo de publicação se popularizou. O termo ficou muito popular nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, devido ao seu uso por apoiadores da campanha do então candidato Donald Trump.
Fake news é um termo em inglês que é usado mundialmente para referir-se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais. No Brasil, a tradução de fake news, significa notícias falsas e, conforme o Dicionário de Cambridge são histórias falsas que aparentam serem notícias jornalísticas, comumente criadas para induzir posicionamentos políticos, utilizando-se da piada, por exemplo, como instrumento para a comunicação da informação e convencimento dos seus destinatários (CASTRO, 2018).
De acordo Kanffer e Carvalho (2019, p.10), 
“O conceito fake news indica histórias falsas que, ao manterem a aparência de notícias jornalísticas, são disseminadas pela Internet (ou por outras mídias), sendo normalmente criadas para influenciar posições políticas, ou como piadas. Com efeito, as fake news correspondem a uma espécie de “imprensa marrom” (ou yellow journalism), deliberadamente veiculando conteúdos falsos, sempre com a intenção de obter algum tipo de vantagem, seja financeira (mediante receitas oriundas de anúncios), política ou eleitoral”.
Antero Luciano e Camurça (2019) dizem que conceito fake News é uma expressão que pode ser entendida como notícias falsas que simplesmente indica informações de conteúdo não verdadeiro que mantém a aparência de notícias jornalísticas.
Assim, a expressão fake news pode ser definida como a disseminação, por qualquer meio de comunicação, de notícias sabidamente falsas, com o intuito de atrair a atenção para desinformar ou obter vantagem política ou econômica (BRAGA, 2018).
Nesse contexto, Silva (2019) afirma que são consideradas fake news às notícias falsas que possuem aparência de notícias jornalísticas, e que por possuir essa forma, são disseminadas com maior facilidade. Elas apresentam em seu âmago um teor que atende aos interesses das pessoas, entidades e grupos que as divulgam, valendo-se da colaboração (intencional ou desinformada) de parcela da população.
Para Antero Luciano e Camurça (2019) as fake news são disseminadas pela internet, espalhadas como se fossem notícias reais, porém possuem conteúdos inverídicos ou distorcidos. Criadas por diversos motivos, para influenciar posições políticas, formar e influenciar correntes de opinião, com viés econômico, para ganhar dinheiro de anunciantes, ou até para denegrir a imagem de certos grupos coletivos. O objetivo de uma Fake News: 
É causar uma controvérsia em torno de uma determinada ocasião ou pessoa, sendo assim degenerando a imagem da mesma, essas falsas notícias por seus aspectos dramáticos, apelativos e difamatórios chamam e muito a atenção do público, principalmente quando essa mesma massa é desprovida de senso crítico. Com seu poder altamente manipulador, são muito utilizadas principalmente para o período eleitoral, disseminando falsas notícias de partidos políticos, candidatos e consequentemente trazendo prejuízo para o processo eleitoral. Objetivando a manipulação das massas de forma a pender a preferência popular em favor de um candidato em detrimento de outro (BORÇATO, 2019, p. 22).
Antero Luciano e Camurça (2019) salientam que diariamente, as fake news circulam pela internet, rapidamente se espalhando, principalmente pelas redes sociais e por comunicação em meios eletrônicos. Para os autores, as notícias falsas não são novidade, mas ganharam importância devido ao seu grande poder de disseminação de conteúdo e seu forte impacto na sociedade. No Brasil, a campanha presidencial de 2014, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e as eleiçõesmunicipais de 2015 marcaram os debates sobre o tema, chamando atenção da mídia para tal assunto, verificando-se a emergência de se entender o que seriam as chamadas fake news. 
No âmbito do Direito, Lago (2018) explica que a tradução mais adequada para fake new não seja notícia falsa, mas notícia fraudulenta, pois a mentira parece ser mais objeto da Ética do que do Direito, sendo a fraude o adjetivo mais próximo da face jurídica da desinformação. Dessa forma, seriam indispensáveis três elementos fundamentais para tratar as fake news como figura jurídica: falsidade, dolo e dano.
Partindo desse conceito, inadmissível seria a figura jurídica da fake news culposa, uma vez que seria imprescindível à sua identificação a presença do dolo. Neste sentido, não se poderia confundir fake news com reportagens jornalísticas que contenham erros ou imprecisões. Estas, de uma maneira ou de outra, sempre acabarão ocorrendo, sendo necessária, nesta hipótese, a sua rápida constatação e correção (LAGO, 2018).	
	“A veiculação das fake news em meio virtual também passou a ser verdadeira fonte de renda, pois juntamente com o conteúdo disponibilizado na internet, são oferecidos anúncios dos mais variados produtos” (BRAGA, 2018, p. 208).
Os métodos de disseminar fake news estão tão sofisticados que atualmente já existem robôs (os bots) programados para espalhar grande volume de mensagens pré-programadas em um curto espaço de tempo. Esses programas de computador, por meio de perfis falsos, também interagem com os usuários, realizando todo o tipo de atividade na rede. Essa semelhança com a realidade contribui para aumentar o compartilhamento e confere credibilidade ao conteúdo enganoso. Juntamente com esses softwares, também atuam os denominados ciborgues de mídias sociais (social media cyborgs), termo utilizado para designar pessoas que criam vários perfis falsos nas redes sociais para propagar notícias falsas (MENDONÇA, 2019).
Com base nos autores citados, pode-se dizer de forma resumida que o termo fake News significa notícia falsa ou informações falsas que geralmente são publicadas nas redes sociais. 
2.3 FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES BRASILEIRAS
De acordo com Campos (2020), Fake News são notícias falsas publicadas por veículos de comunicação como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas).
	Ainda conforme o autor, as Fake News têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade seu conteúdo (CAMPOS, 2020).
Segundo Castro (2018), não é de hoje que mentiras são divulgadas como verdades, mas foi com o advento das redes sociais que esse tipo de publicação popularizou-se. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente.  Ainda conforme o autor,
Na época em que Trump foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, Hillary Clinton (CASTRO, 2018, p. 01).
Corroborando com Castro (2018), Campos (2020) afirma que o termo Fake News ganhou força mundialmente em 2016, com a corrida presidencial dos Estados Unidos, época em que conteúdos falsos sobre a candidata Hillary Clinton foram compartilhados de forma intensa pelos eleitores de Donald Trump.
Silva (2019) diz que no Brasil, assim como em outros lugares do mundo, as fakes news tentam influenciar o eleitor no momento de escolher o seu representante. Essa tentativa de direcionar o eleitor acaba por colocar em xeque um princípio constitucional, que está definido no artigo 1°, parágrafo único da Constituição Federal de 1988, que versa sobre o poder que o povo tem de escolher livremente os seus representantes. Assim decreta o artigo 1°, parágrafo único da CF/88: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Ainda segundo Silva (2019, p. 12),
O processo eleitoral brasileiro tem passado por várias transformações ao longo da história, seja por sua legislação “mutante” (já que a cada pleito surgem novas regras), ou pelas mudanças ocorridas na sociedade brasileira. O sistema eleitoral brasileiro está suscetível à influência da conjuntura do momento; essas circunstâncias podem ter cunho emocional, social ou até mesmo judicial. Sendo assim, a depender do clima em que se encontra o país, mudanças podem ser implementadas a cada eleição, na tentativa de sanar lacunas existentes, mas só uma ampla reforma política.
No Brasil, as Fake News começaram a ter significativa participação eleitoral no ano de 2018, devido às eleições presidenciais. Assim como nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, a esfera política brasileira foi determinada pela polarização - entre o Petismo (eleitores a favor do PT, Partido dos Trabalhadores) e Antipetismo (encarnado pelo candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro). Os índices de rejeição eram maiores que os índices de aprovação, sendo os votos tracejados mais como voto contra do que a favor – parte da população votou em um candidato como repúdio a outro candidato, mesmo no primeiro turno quando haviam nove candidatos de diversos partidos, o segundo turno (que de fato ocorreu) entre os candidatos Fernando Haddad e Jair Bolsonaro foi antecipado (COELHO, 2018).
Mendonça (2019) diz que no Brasil a disseminação em massa de notícias falsas ocorre especialmente no WhatsApp, aplicativo que alcançou o número de 120 milhões de usuários ativos no país em 2017. Por meio dele, as mensagens são disseminadas de maneira muito mais rápida, já que é gratuito e fácil de manusear. Inclusive, é muito comum que as notícias falsas sejam compartilhadas entre grupos de família e amigos no WhatsApp.
Grandes influenciadores da opinião pública durante esse período foram às notícias compartilhadas pela rede social Whatsapp, sendo estas muitas vezes falsas, claramente antipetistas e a favor de Bolsonaro. A candidatura de Bolsonaro teve como principal plataforma a internet, pois sua candidatura como personagem teve mais força que seu pequeno partido – PSL, Partido Social Liberal -, dispondo de breves horários de propaganda eleitoral gratuita nas redes televisivas e tendo o candidato promovido discursos contra grandes mídias brasileiras consolidadas, como por exemplo a Rede Globo de Televisão (LAGO, 2018). 
Silva (2019, p. 16) lembra que, 
As eleições de 2018 no Brasil se revelaram um verdadeiro campo de batalha entre as fakes news e as notícias verdadeiras. Vários casos de notícias falsas foram relatados durante o pleito, principalmente nos dias que antecederam a eleição. Já na fase de pré-campanha, o Tribunal Superior Eleitoral demonstrava grande apreensão com a propagação dessas notícias falsas. O então presidente do TSE - na época o Ministro Luiz Fux - se mostrou extremamente preocupado com os possíveis efeitos das fake news no pleito. Ao reunir a imprensa para apresentar algumas das ações que seriam adotadas no combate das fake news, durante o seu mandato como presidente do TSE. [...] O TSE buscou ao longo do processo eleitoral de 2018 apresentar soluções para essa questão. [...] De fato, mesmo com criação de mecanismos para combater as fakes news, inúmeros foram os casos relatados à justiça eleitoral. Um dos mais emblemáticos relatados no pleito de 2018 foi a notícia de que empresários estariam bancando a propagação em massa de ataques contra o PT e seu candidato via WhatsApp, fato este que ainda não foi comprovado. Durante o segundo turno das eleições presidências o clima de acirramento aumentou muito, o que contribuiu diretamente para a proliferação dasfake news.
De acordo com Pena (2019), a candidatura e a força de Bolsonaro nos mostram a enorme influência da internet nos novos cenários político, e como a mesma por meio do compartilhamento de notícias por pessoas e fontes não credenciadas se tornou concorrente eficaz das mídias brasileiras tradicionais. Em outubro de 2018, poucos dias antes da votação de segundo turno para a presidência do Brasil, disputada entre Fernando Haddad – candidato pelo PT - e Jair Bolsonaro, foi publicada no jornal Folha de São Paulo, que por meio de contratos de até 12 milhões de reais foram comprados pacotes de divulgação em massa de Fake News contra a candidatura de Fernando Haddad em favor de Bolsonaro. Sendo a prática ilegal e chamada de Caixa 2, nos deparamos com as consequências políticas do advento das Fake News, assim como nos questionamos em não só como o direito eleitoral e suas relativas decisões judiciais, mas como todo o ordenamento jurídico brasileiro pode tratar desse tema tão recente, mas tão fundamental.
2.4 LEI Nº 13.834/2019 E A FAKES NEWS ELEITORAL
	
De acordo com Sobreira (2020), as eleições de 2018 foram marcadas por várias notícias falsas (fake news). Através das redes sociais essas notícias falsas foram largamente disseminadas pela rede. Notícias (fatos) criadas e manipuladas com fins de influenciar o debate político e a opinião pública. A desinformação alcançou toda a população, gerando debates acerca dos conteúdos divulgados sobre os candidatos. Mesmo após as eleições as notícias falsas continuam sendo disseminadas nas redes sociais, inclusive pelos próprios agentes políticos. Uma 'guerra' de informação que ultrapassa os limites da liberdade de expressão e de impressa, se é que existe esse limite.
A Lei nº 13.834, de 4 de julho de 2019, modificou o Código Eleitoral, para tipificar o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral. Assim, seu art. 2º, acrescentou o seguinte dispositivo ao Código Eleitoral: 
Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, de investigação administrativa, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa, atribuindo a alguém a prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral: Pena – reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. §º 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente de serve do anonimato ou de nome suposto (BRASIL, 2019, p. 01).
De acordo com Barcelos (2018),(?) a Lei 13.834/2019 (?) que torna crime a denunciação caluniosa com finalidade eleitoral foi promulgada pelo governo federal em novembro de 2019. O texto foi publicado no Diário Oficial da União no dia 11/11/2019. A promulgação ocorreu depois de o Congresso derrubar, em 28/08/2019 um veto que havia sido imposto pelo presidente Jair Bolsonaro à proposta. O trecho retomado, propõe penas mais duras para quem divulga fake news nas eleições.
Ainda conforme o autor, a Lei já é válida para as eleições municipais de 2020 e atualizou o Código Eleitoral. O texto prevê pena de prisão de 2 a 8 anos, além de multa, para quem acusar falsamente um candidato com o objetivo de afetar a sua candidatura. A pena será aumentada se o caluniador agir no anonimato ou com nome falso (BARCELOS, 2018).
Borges (2019) lembra que o Tribunal Superior Eleitoral aprovou novas regras para tentar conter propagação das chamadas fake news na campanha eleitoral de 2020. As fake news, informações falsas, já eram passíveis de punição pela lei eleitoral, mas a nova resolução quer dificultar ainda mais essa prática. A regra estabelece que o partido ou o político tem obrigação de confirmar a veracidade das informações que utilizar, mesmo aquelas produzidas por terceiros. Se usar dados falsos, terá que garantir ao citado, direito de resposta e também poderá sofrer sanções penais. A resolução prevê prisão ou multa para quem divulgar informações falsas ou promover calúnia. 
Nesse sentido Archibald (2020, p. 01),
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou uma resolução que muda as regras do jogo. Agora, candidatos que divulgarem notícias mentirosas nas redes sociais serão punidos e seus adversários ganharão o direito de resposta. A multa também é salgada, no valor de R$ 30 mil, para quem fizer distribuição em massa no WhatsApp, por exemplo.  Os candidatos podem enviar mensagens por WhatsApp, desde que respeitem as regras estabelecidas na Lei Geral de Proteção de Dados quanto ao consentimento de quem as recebe, mas mecanimos de impulsionamento ou disparo em massa estão proibidos no aplicativo de mensagem, que alterem o conteúdo da propaganda eleitoral ou manipulam a sua identidade.   Na eleição passada, candidatos contrataram empresas que dispararam mensagens automaticamente para milhares de eleitores por WhatsApp, muitas vezes aleatoriamente e sem o consentimento do dono da linha de celular. É esse o mecanismo que o TSE tenta agora proibir na disputa do próximo ano.   Em outras redes sociais, como Twitter, Facebook e Instagram, a ideia do tribunal é responsabilizar os candidatos pela publicação de conteúdos mentirosos, notícias falsas que possam afetar os adversários, inclusive quando as postagens forem veiculadas por terceiros.  Numa tentativa de evitar as fake news, o TSE também determinou que é obrigação dos candidatos confirmarem a veracidade das informações antes de utilizá-las em suas propagandas eleitorais.   A propaganda na internet será permitida a partir do dia 16 de agosto. [...].  Os impactos das Fake News ainda são medidos no Brasil. Na Câmara, uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) investiga o uso de informações falsas na política. O próprio presidente Jair Bolsonaro, dá uma declaração falsa ou imprecisa a cada 4 dias, conforme a ferramenta criada pelo Jornal Folha de SP para analisar o conteúdo do presidente.  
2.5 IMPACTOS DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS
	De acordo com Oliveira (2018), boatos sempre circularam durante eleições, mas o papel das notícias falsas e seu impacto eleitoral ganhou evidência com a recente divulgação de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Agência Brasileira de Inteligência e a Polícia Federal que criaram uma força tarefa com ações de monitoramento aos ataques cibernéticos e difusão de informações falsas que ocorreram nas eleições de 2018.
Segundo Barros (2018), divulgar Fake News é um pratica muito perigosa. Compartilhar informações falsas, fotos e vídeos manipulados e publicações duvidosas pode trazer impactos e riscos para a saúde pública, incentivar o preconceito, a violência, influenciar o cenário político do país e até mesmo resultar em mortes por causa da desinformação, ou seja, as Fake News pode propiciar um transtorno para a população. 
Para Cunha (2019), existem muitos perigos que as “fake news” geram durante a campanha eleitoral, distorcendo informações que prejudicam o debate de ideias e propostas entre os candidatos. O autor lembra que os efeitos das “fakes news” nas eleições têm impactos diferentes, dependendo do canal e da forma de divulgação e geralmente os eleitores tendem a acreditar na veracidade das informações, especialmente, quando são artigos que se parecem com os modelos publicados por jornais impressos.
2.6 O DESAFIO DAS FAKE NEWS PARA A JUSTIÇA ELEITORAL
De acordo com Cunha (2019), o Fake News é o maior desafio das eleições 2020, pois pode causar sérios prejuízos para os candidatos e partidos, haja vista que podem interferir diretamente na disputa eleitoral que se aproxima, cabendo à Justiça Eleitoral tomar atitudes para frear esse tipo de conteúdo.
Segundo Ramos (2018, p. 01),
Durante o processo eleitoral, é imprescindível que as notícias alusivas aos candidatos correspondam à verdade. Notícias falsas sobre a honra, a competência e a idoneidade de um candidato podem derreter a sua candidatura da noite para o dia, o que compromete a soberania popular e o acesso do cidadão à informação correta. Esse ambiente é prejudicial para a formação de um voto consciente por parte dos eleitores, fazendo com que o aspecto qualitativo do voto seja frontalmente atacadopelas notícias falsas.
	Para Cunha (2019), as Fake News, infelizmente, possuem um poder de influenciar diretamente na opinião da população em geral, que na maioria das vezes não conseguem identificar o que é verdadeiro e o que é falso, e o pior, acabam repassando esse tipo de conteúdo.
As Fake News são consideradas um grande desafio para a justiça eleitoral brasileira que precisa investigar e combater a disseminação das noticias falsas na internet, ou seja, os desafios passam já pela tarefa de identificar quais notícias são falsas ou não. Travestidas de informações verídicas, que aparentam estar respaldadas em apuração profissional e dados científicos, como reportagens jornalísticas ou pesquisas acadêmicas, as fake news muitas vezes se alimentam de sua própria indefinição para se proliferar (ANDRADE, 2018). 
No Brasil, um dos maiores desafios da Fake News para a Justiça Eleitoral são: disseminação de mentiras; disseminação de violência; transtorno para a população; falsas acusações; influência no cenário político; diferenciar uma notícia falsa da verdadeira; conscientizar as pessoas a denunciar as Fake News; dificuldade em controlar, combater e coibir as Fake News (Barros, 2018). 
Nesse contexto, Antero Luciano e Camurça (2019) afirmam que um dos maiores desafios no combate às fake news é assegurar que qualquer medida para coibir sua divulgação, não afete a liberdade de expressão e o direito à informação. Como garantir a liberdade de expressão e de informação, ao mesmo tempo, evitar que ela seja utilizada de forma abusiva. 
Segundo Carmo (2019), os riscos da disseminação de notícias falsas são iminente, motivo pelo qual deve existir uma mobilização da sociedade e do poder público, por meio de suas instituições, para coibir a disseminação de notícias falsas. 
Assim, Ramos (2018) afirma que no Brasil, a batalha contra as Fake News deve ser travada não apenas pela Justiça Eleitoral brasileira, mas pela sociedade em seu conjunto, onde o foco principal é de identificar e disseminar boas práticas e estratégias no combate às Fake News.
2.7 O TRATAMENTO JURÍDICO DAS FAKE NEWS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS	Comment by FABIC: Q tal alterar para “ NATUREZA JURÍDICA”
	
Segundo Miranda (2019), nos últimos tempos diversos países têm adotado iniciativas no sentido de atacar as falsas notícias, porém no mesmo ritmo cresce também artigos que promovem a desinformação, deixando claro que não só o Brasil tem lidado e se preocupado com a questão. 
Essas iniciativas, conforme o autor, por muitas vezes nem se tratam de uma legislação em si, mas somente da criação de grupos especializados ou a tomada de determinadas medidas. O que se observa é que os países têm tentado ao máximo adequar suas leis já existentes ao combate das falsas notícias (como é o caso do Brasil), sendo que somente quando não se encontra medida passível de analogia, se cria medidas específicas para este fim (MIRANDA, 2019).
Segundo Mendonça (2019), a abordagem do fenômeno das “fake news” está relacionada aos direitos e garantias fundamentais amplamente consagrados na Constituição da República, tais como o direito à intimidade, à vida privada, à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa. Neste sentido, a violação a esses direitos gera consequências jurídicas nas mais variadas áreas do Direito, tais como no Direito Civil, Penal e Eleitoral. 
Miranda (2019, p. 06) lembra,
Historicamente, a primeira iniciativa jurídica brasileira para combate a veiculação e disseminação de notícias falsas ocorreu em 09/02/1967, através da Lei de Imprensa, a qual foi declarada pelo Supremo Tribunal Federal como não recepcionada pela Constituição de 1988, conforme ADPF 130-7/DF. O artigo 16 da referida lei preconizava e criminalizava a seguinte conduta: Publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados, que provoquem: I – Perturbação da ordem pública ou alarma social; II – Desconfiança no sistema bancário ou abalo de crédito de instituição financeira ou de qualquer empresa, pessoa física ou jurídica; III – Prejuízo ao crédito da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município; IV – Sensível perturbação na cotação das mercadorias e dos títulos imobiliários no mercado financeiro. Pena: De 1 (um) a 6 (seis) meses de detenção, quando se tratar do autor do escrito ou transmissão incriminada, e multa de 5 (cinco) a 10 (dez) salários-mínimos da região. E muito tempo depois, têm-se o Marco Civil da Internet, que vem com a edição da Lei nº 12.965/14, que em seu texto estabeleceu princípios, garantias, direitos e deveres para uso da internet no Brasil.
De acordo com Souza et al., (2019) afirmam que compartilhar mentiras sobre um candidato, visando impor um juízo de valor, uma ideia sobre ele, que, consequentemente gera prejuízos e até mesmo grande influência nos resultados, hoje é combatida através da Resolução 23.551/2017 do TSE, possibilitando limitar conteúdos virtuais notadamente inverídicos, conforme disposto no art. 22, §1º do capítulo IV (Da Propaganda Eleitoral na Internet) de tal resolução:
Art. 22 É permitida a propaganda eleitoral na internet a partir do dia 16 de agosto do ano da eleição (Lei nº 9.504/1997, art. 57-A). § 1º A livre manifestação do pensamento do eleitor identificado ou identificável na internet somente é passível de limitação quando ocorrer ofensa à honra de terceiros ou divulgação de fatos sabidamente inverídicos (BRASIL, 2017, p. 01).
Miranda (2019, p. 17) lembra que No Código Eleitoral, já existe a previsão de crime por veiculação na propaganda eleitoral de fato que se sabe ser inverídico, relativo a candidatos e partidos políticos. É o que estabelece o art. 323 do Código Eleitoral:
Art. 323. Divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o eleitorado: Pena – detenção de dois meses a um ano ou pagamento de 120 a 150 dias-multa.
Mendonça (2019) diz que no ordenamento jurídico brasileiro existem dois grupos de instrumentos processuais que estão disponíveis para combater as fake News, sendo um encontrado na norma geral, que é o Código de Processo Civil e outro na norma especial, que é a Legislação Eleitoral. Sendo que em se tratando de fake News, é necessário ter em mente que o tempo é o primeiro elemento crucial num processo. Em segundo lugar, tem-se que analisar a eficácia das medidas processuais a serem aplicadas, pois quando se trata de disseminação de notícias falsas, tem-se as medidas de urgência a fim de frear essa disseminação, portanto, as medidas devem ser extremamente eficazes. E por último temos as medidas de identificação do agente (desafio para casos de fake News) para posterior estabilização da demanda judicial, instrução e responsabilização cível e criminal quando for o caso.
Para Alves (2019, p. 01),
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou um programa para combater a divulgação de informações falsas (fake news) sobre a Justiça Eleitoral nas eleições municipais de 2020.  De acordo com o TSE, o Programa de Enfrentamento à Desinformação atuará em parceria com partidos, agências de checagem e entidades que atuam em defesa da segurança na internet.  Segundo a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, o programa deverá ampliar e aperfeiçoar as medidas que foram tomadas nas eleições do ano passado para evitar a proliferação de notícias falsas pela internet e redes sociais contra a Justiça Eleitoral. Segundo o TSE, o programa terá parcerias com órgãos de imprensa para checagem de informações de procedência duvidosa, teste público de segurança das urnas, aumento das entidades que participam da verificação das urnas, como as Forças Armadas, além da disponibilização do código-fonte da urna para checagem de segurança do sistema.
Souza et al., (2019) lembra que do proêmio, tem-se a primeira decisão proferida pelo TSE em favor da cândida Marina Silva, nas eleições de 2018, onde havia acusações sobre sua ex-senadora estar envolvida na Operação Lava Jato. Liminar inaugural utilizando a resolução anteriormente vista de 2017, “Terãoque ser apagadas da internet em até 48 horas” expos o TSE. Além disso, os autores dizem que houve a criação em 2018 de um Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, que reuniu integrantes (entre eles a Presidente Rosa Weber), na sede do Tribunal Superior Eleitoral (Brasília – DF) que debateram as proporções e impactos ocasionados no primeiro turno das eleições brasileiras com o advento das fake News. Assim, para Rosa Weber mencionada por Souza et al., (2019, p. 02),
A disseminação das fake news é um fenômeno deletério, prestando um imenso desserviço aos cidadãos, razão pela qual merece esforço de todos nós – cidadãos, instituições e plataformas de redes sociais – no sentido de comprometimento com a verdade dos fatos e a não proliferação de notícias falsas.
Para Miranda (2019), como desígnio, o Conselho visa projetar ações e metas para que ocorra a melhora das normas; arbitrar sobre matéria que envolva a Presidência do TSE; expender estudos sobre a influência da internet nas eleições, especialmente quanto às fake news e a utilização de robôs para propagar informações. A prática de notícias falsas é instigada por motivos torpes, quais sejam: o intuito de degradar a imagem de pessoas, interesses econômicos, políticos ou simplesmente causar alvoroço.
Algo interessante mencionado por Mendonça (2019) é ainda não há no Direito Brasileiro diploma normativo que trate especificamente das “fake news”. Assim, somente é possível tratar de sua regulação traçando um paralelo com o que já existe de mais próximo do fenômeno no ordenamento jurídico brasileiro, em especial no âmbito do Direito Eleitoral, objeto de enfoque do presente estudo.
Corroborando com Mendonça (2019), Souza et al., (2019) afirma que até os dias atuais, ainda não se tem uma legislação específica regida pelas normas brasileiras acerca da divulgação de fake news. Entretanto, evidenciada omissão da lei não impede a responsabilização dos que produzam ou repassem as falsas notícias. Em se tratando da divulgação de informações falsas com o autor sendo detentor da intenção de ofender alguém, torna-se cabível a configuração de crime contra a honra, ou seja, calúnia, injúria ou difamação, conforme prevê o Código Penal.
Souza et al., (2019) salientam de forma breve, possível se faz resumir calúnia como acusar alguém publicamente de um crime; injúria como ofender a dignidade ou decoro de uma pessoa, e difamação como acusar alguém publicamente de um ato desonroso, porém não definido como crime, tratando-se de crime contra a reputação. Todas as espécies são passíveis de pena de detenção. No mais, os crimes contra a honra encontram-se descritos nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal.
Mendonça (2019) ressalta que cumpre analisar as chamadas “fake news” na legislação eleitoral, campo de grande incidência do fenômeno, haja vista os debates políticos acalorados e os constantes confrontos entre grupos políticos antagônicos. E é mais precisamente no âmbito da propaganda eleitoral que se encontram dispositivos legais que de alguma forma remetam ao fenômeno das “fake news”
Ao que se refere aos aspectos penais, quando a notícia falsa é divulgada onde o o seu autor tem a intenção de ofender alguém, nesse caso pode haver a configuração de crime contra a honra, ou seja, calunia, injúria ou difamação, de acordo com o que prevê nosso Código Penal. Ainda de acordo com o art. 30 do Dec. – Lei 4.766/42 existe a possibilidade de tipificação do crime de disseminação de informação hábil a gerar perturbação pública. Assim, quem declara desastres, perigo inexistente ou pratica ato apto a manifestar pânico, também comete contravenção penal conforme dispõe o art. 41 da Lei de Contravenções Penais (MIRANDA, 2019). 
Importante ressaltar que, na esfera penal, apenas são puníveis os que possuem a intenção de disseminar mentiras utilizando-se de recursos como as redes sociais. No entanto, os efeitos civis são mais abrangentes, alcançando quem de forma imprudente compartilha as notícias falsas (SOUZA et al., 2019).
Para Mendonça (2019) é importante fazer a diferenciação entre a censura e a criminalização das fake news, de forma que a segunda somente deve ocorrer quando explícito que o sujeito ativo, bem como quem compartilha, aja com dolo, real vontade de disseminar, com fito de trazer prejuízos ou alterar a veracidade de fatos relevantes. Todavia, a população não pode ser coibida de alastrar informações sob o argumento de que referida competência é exclusiva de jornalistas.
Miranda (2019) afirma que a imprensa também possui o dever, relacionado ao comprometimento dos veículos de comunicação social, o qual deve repudiar conteúdos atentatórios à honra, intimidade, reputação, nome, marca ou imagem de pessoas ou empresas. Posto isto, destaca-se a Lei 13.188/2015 que disciplina o direito de resposta ou retificação do ofendido em matéria divulgada, publicada ou transmitida por meio de comunicação social. Ainda conforme Miranda (2019, p. 01) “o aspecto eleitoral, merecem destaque a Lei 13.165/2015 e em 2017 as Leis 13.487/2017 e 13.488/2017 que modificou a Lei nº 9.504/97”.
Souza et al., (2019) ressaltam que a Lei nº 12.965, reputada como Marco Civil da Internet, designa diretrizes, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil. Determinada lei possui a finalidade de viabilizar o suporte judicial para conter a propagação das falsas notícias. Igualmente, os provedores de internet e locais de hospedagem perfazem autorizados a remover conteúdos comprovadamente inverídicos ou que sofreram alteração da realidade dos fatos. Ainda conforme Souza et al., (2019, p. 20) 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao considerar o momento das eleições, manteve-se alerta às denúncias sobre a divulgação das supracitadas notícias, relacionadas à campanha e propostas dos candidatos. Em primeiro momento, chegou a determinar que notícias consideradas inverídicas fossem retiradas de circulação. Por consequência, sujeito que se considerar vítima do conteúdo de fake news, pode recorrer a um advogado de sua confiança, a fim de buscar as medidas cabíveis, que podem ser provenientes da esfera cível ou penal, através de indenizações reparatórias ou até condenação a crimes previstos em nosso ordenamento jurídico como fora supramencionado.
Para Miranda (2019), o TSE tem buscado estabelecer meios para minimizar os efeitos nefastos das fake news. Visando justamente o combate às fake news, o TSE criou um conselho consultivo, formado por diversas entidades. Esse conselho tem a missão de elaborar estratégias para o combate a proliferação de notícias falsas. O temor pela propagação das fakes news durante as eleições tem causado uma grande mobilização nos órgãos que estão diretamente ou indiretamente envolvidos na realização do pleito, sejam eles públicos ou privados. Grandes veículos de comunicação abraçaram essa causa, e disponibilizaram ferramentas para que o eleitor possa verificar se determinada informação é verdadeira ou não.
Algo interessante mencionado por Alves (2019, p. 01) é que:
Visando combater a disseminação de informações falsas sobre a Justiça Eleitoral e as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, nesta semana, o site “Fato ou Boato?“, voltada para o esclarecimento de notícias inverídicas que venham as surgir nas Eleições Municipais de 2020. Visando combater a disseminação de informações falsas sobre a Justiça Eleitoral e as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, nesta semana, o site “Fato ou Boato?“, voltada para o esclarecimento de notícias inverídicas que venham as surgir nas Eleições Municipais de 2020.
Pode-se dizer que as fake news são sintomas e consequências de uma sociedade robotizada, vivida num cenário de educação falha e relações frequentemente competitivas. Ao se pensar em questões pessoais, apesar de muitas vezes parecerem inofensivas, muitas outras chegam a agressões físicas ou psicológicas, atingindo uma esfera mais drástica do que se possa imaginar. A disseminação de notícias falsas acarreta, outrossim, em danos à saúde mental, uma vez que ocompartilhamento delas pode conter meios de captação de dados dos usuários. Em alguns casos, esse viés é capaz de motivar o isolamento social e gerar insegurança (MENDONÇA, 2019). 
A utilização errônea de algo tão crucial quanto à informação é totalmente prejudicial ao intelecto. Há, inclusive, lei de proteção de dados pessoais (Lei 13.709/2018), como exposto em seu art. 1º: 
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural (BRASIL, 2018, p. 01).
Souza et al., (2019) afirmam que com o advento dos Direitos Humanos, os direitos de personalidade (integridade física, intelectual e moral), possibilitou o fim do prejuízo, ameaça, lesão ou dano, recebendo indenização (ou reparação) de caráter cível. Anteriormente, diante da ausência de uma lei específica que versasse sobre a matéria, a violação à honra, geradora de uma reparação civil, praticada por um terceiro, seria de responsabilidade do provedor de rede para que este cessasse o conteúdo. Ainda conforme Souza et al., (2019, p. 10),
Em 23 de abril de 2014 houve a criação da lei 12.965/14, que explicitou o Marco Civil da Internet, garantindo direitos, garantias, deveres e princípios sobre o uso da internet. Quanto ao art. 19, supracitado, seção III – Da Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros, tem-se: Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário. Há doutrinas que aplicam o entendimento que só se pode retirar algo da rede depois que houver emissão de ordem judicial para tal. Outras jurisprudências avaliam que a alteração do conteúdo, sua manutenção, seria mais cabível, para que não houvesse ato atentatório à liberdade de expressão (como uma censura prévia), de acordo com o artigo 5º, incisos IX e XIV, da CF/88.
A lei 13.709/2018 editou o Marco Civil da Internet, quanto à questão de direitos do cidadão na esfera digital, estabelecendo critérios em se tratando de dados pessoais nos meios digitais, por pessoa física ou jurídica (de direito público ou privado), visando zelar os direitos fundamentais, quais sejam: liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Souza et al., (2019) afirma que o Código Civil expõe que quaisquer pessoas que causarem prejuízos, materiais ou morais, a outros, ainda que por negligência ou imprudência, comete ato ilícito passível de responsabilização, que pode ser, como exemplo, o pagamento de indenização, multa ou retratação pública.
Diante de tudo que foi exposto, é possível constatar que as instituições brasileiras não se curvaram diante do desafio de combater as fake news. O combate a essas notícias falsas, porém, deve ser constante e cada vez mais aprimorado (MIRANDA, 2019).
3. METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa do tipo bibliográfica que foi desenvolvida com base em fontes diversificadas e com credibilidade, possibilitando a construção de um referencial teórico amplo e rico, onde foi possível explanar os assuntos relacionados à temática do estudo. Vale mencionar, que a pesquisa bibliográfica buscou responder à problemática e alcançar os objetivos proposto no estudo em questão.
De acordo com Oliveira, (2015), a pesquisa bibliográfica se realiza a partir dos registros disponíveis em livros, revistas, artigos científicos, sites educativos, entre outras, decorrente de pesquisas anteriores. 
Abordagem utilizada no trabalho em questão foi a qualitativa, onde os dados coletados da realidade estudada serão organizados em um formato textual, com significados marcados pela expressão subjetiva dos fenômenos sociais e do comportamento humano.
De acordo com Bello (2016), na pesquisa qualitativa a importância está na interpretação e na compreensão dos significados das ações e relações de fatos não quantificáveis. 
Os objetivos escolhidos serão dois tipos específicos, sendo exploratório e descritivo. No estudo exploratório as pesquisas exploratórias visam uma maior familiaridade do pesquisador com o tema, que pode ser construído com base em hipóteses ou intuições. Enquanto estudo descritivo, a pesquisa buscará medir o comportamento quantitativo das variáveis de uma realidade e analisam as associações existentes entre elas.
Segundo Bello (2016), na pesquisa exploratória a investigação é mais ampla com o objetivo de proporcionar visão geral quando o tema escolhido é pouco explorado, enquanto a descritiva tem o objetivo de descrever um fato ou fenômeno e um levantamento das características.
Em síntese, o estudo em questão será baseado em pesquisas bibliográficas, com abordagem qualitativa cujos objetivos escolhidos serão descritos como exploratórios e descritivos. 
A revisão de literatura contou com artigos científicos publicados nos bancos de dados do Sistema Bireme (Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), Scielo (Scientific Eletronic Library OnLine), legislação eleitoral brasileira, TCC, monografias, trabalhos de pesquisa, periódicos, livros, google acadêmico e outras fontes existentes sobre o tema em questão. Dessa forma, será necessário organizar de forma sistemática os pensamentos e reflexões de autores que tratam da temática com propriedade no desenvolvimento do embasamento teórico. 
A revisão bibliográfica foi desenvolvida no período de 10 de março a 30 de agoisto de 2020 com o principal objetivo de refletir e analisar sobre o posicionamento jurídico do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO), acerca das Fake News nas eleições municipais de 2020, com o intuito de realizar uma discussão mais consentânea sobre o assunto.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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