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Sebenta anatomia I

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Ciclo Básico de Medicina 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia I 
1. Sistema Cardiorrespiratório 
2. Osteologia, Artrologia, Miologia, Angiologia, Nevrologia 
E. Tiroide e Mama 
 
 
 
 
João Pedro C. M. 
2015/2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro Colega que nesta Unidade Curricular enverga pela primeira vez, antes de mais gostaria de 
desejar os parabéns pela tua entrada neste Curso! Foi sem dúvida uma grande conquista que 
merece ser celebrada! Desejo-vos e aos alunos já familiares com a disciplina muito boa sorte e 
um ano letivo cheio de sucessos. 
Quanto a esta Sebenta, a mesma foi concebida com o intuito de ser um instrumento de apoio 
às aulas e ao estudo relativo à matéria avaliada nos primeiros 2 testes (e também à que só é 
avaliada em exame). Esta reúne informação de diversos locais mas apresenta como fonte 
principal a matéria lecionada pelos Docentes e Regente da Cadeira durante as aulas. Sempre 
que um tópico não tiver sido baseado unicamente na matéria mencionada na aula, será 
indicado o local onde o mesmo foi encontrado, se este for conhecido. 
Queria, finalmente, adereçar os meus sinceros agradecimentos aos alunos Ana Sofia Viveiros e 
Miguel Guerreiro Pacheco pela disponibilidade que demonstraram para ocupar o lugar de 
Revisores desta sebenta, com o intuito de eliminar a maioria dos erros que me possam ter 
escapado. De qualquer forma é de salientar que a sebenta pode conter erros pelo que peço 
que tenham atenção na leitura e utilização da mesma. 
 
 
Saudações Académicas 
 
João Pedro Cordeiro Matos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia I 
1. Sistema Cardiorrespiratório 
Lecionado por: Dr.ª Emília Santos 
 
Este capítulo foi grandemente baseado nos já existentes PowerPoints concebidos pela Dr.ª 
Emília, apresentando ainda diversas notas e complementos lecionados no decorrer das aulas. 
Conteúdo 
• Coração ........................................................................................................................ 2 
o Pericárdio ........................................................................................................... 14 
• Laringe ....................................................................................................................... 17 
• Traqueia ..................................................................................................................... 27 
• Brônquios .................................................................................................................. 31 
• Pulmões ..................................................................................................................... 35 
o Pleuras ................................................................................................................ 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Coração 
Localização: 
Mediastino – região da cavidade torácica delimitada lateralmente pelos pulmões e 
pleura respetiva. 
 Limites: 
o Superiormente: -1ª Costela 
 -Esterno 
 -Clavícula 
 Estruturas do Mediastino: 
o Timo (órgão linfoide secundário onde ocorre a maturação dos Linfócitos T) 
o Coração 
o Pericárdio 
o Traqueia 
o Grandes Vasos* 
 Zonas do Mediastino: 
 
 Projeção Anterior do Mediastino – Área Précordial (forma quadrilátera): 
A - 2º Espaço Intercostal Direito, a 1 cm do Bordo Direito do 
Esterno (Foco de Auscultação da Válvula Aórtica) 
B – 5ª Articulação Condroesternal Direita, na Margem Direita 
do Esterno (Foco de Auscultação da Válvula Tricúspide) 
C – 5º Espaço Intercostal Esquerdo, a 8 cm da Linha Médio-
Esternal (Foco de Auscultação da Válvula Mitral) 
D – 2º Espaço Intercostal Esquerdo, a 2 cm do Bordo 
Esquerdo do Esterno (Foco de Auscultação da Válvula Pulmonar) 
o Inferiormente: -Diafragma 
 
*Grandes Vasos – Artéria Aorta, 
Artéria Pulmonar, Veias Cavas e 
Veias Pulmonares 
Mediastino Superior 
 
Mediastino Inferior e Médio 
(Localização do Coração) 
Mediastino Inferior e Posterior Mediastino Inferior e Anterior 
Mediastino Inferior 
Nota: O Mediastino Superior 
encontra-se separado do Mediastino 
Inferior por um plano imaginário 
transversal que se estende do Ângulo 
Esternal (Página 55) e o Disco 
Intervertebral entre T4 e T5. 
 T4 
T5 
 
João Pedro C. M. 3 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
 Projeção Posterior do Mediastino – Da Vértebra D4 à D7 
Orientação do Coração: 
• Grande Eixo: dirigido para baixo, para a frente e para a esquerda. 
• Base: localizada em cima, atrás e à direita. 
• Vértice/Ponta/Ápex: localizado em baixo, à frente e à esquerda. 
 
Configuração Externa – em forma de pirâmide: 
• Base (posterior); 
• Vértice; 
• Face Diafragmática (inferior); 
• Face Esternocostal (anterior); 
• Face Pulmonar Direita; 
• Face/Bordo Pulmonar Esquerdo. 
Base: 
- Encontra-se em continuidade com a Face Diafragmática. Fixa-se à Parede Torácica 
Posterior pelas Grandes Veias (as 4 V. Pulmonares + as 2 V. Cavas). 
 Corresponde a: 
• Parede Posterior da Aurícula Esquerda; 
• Parede Posterior da Aurícula Direita; 
• Grandes Veias (extremidades proximais). 
Apresenta (da direita para a esquerda): 
1. Sulco Terminalis Cordis/Sulco de His; 
2. Orifício das Veias Cavas Superior e Inferior; 
3. Sulco Interauricolar posterior; 
4. Orifícios das Veias Pulmonares Direitas; 
5. Impressão Esofágica (localizada na Parede Posterior da Aurícula Esquerda); 
6. Orifícios das Veias Pulmonares Esquerdas. 
 
 
 
 
 
 
Sulco Terminalis Cordis 
Orifícios das Veias Cavas 
Sulco Interauricolar Posterior 
Orifícios das Veias Pulm. Drt 
Orifícios das Veias Pulm. Esq 
Impressão Esofágica 
(localizada na Parede Posterior da A.E.) 
 
4 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Vértice: 
-Projeção Anterior: 5º Espaço Intercostal Esquerdo, na Linha Médio-Clavicular (a 8-9 
cm da Linha Médio-Esternal). 
-Corresponde ao: Ventrículo Esquerdo. 
 
Face Diafragmática: 
- Face Inferior que assenta sobre o Diafragma. 
-Está separada da Base do Coração pelo Sulco Auriculoventricular (onde se localiza o 
Seio Coronário). 
 Corresponde a: 
• Ventrículo Esquerdo; 
• Ventrículo Direito (apenas a uma pequena porção deste). 
Nota: Os Ventrículos estão separados nesta face pelo Sulco Interventricular Posterior. 
 
Face Esternocostal: 
- Face anterior que se relaciona com a Parede Torácica Anterior (ou seja com o Esterno 
ao meio e as Costelas lateralmente). 
 Corresponde a: 
• Ventrículo Direito; 
• Aurícula Direita (apenas a uma porção desta); 
• Ventrículo Esquerdo (apenas a uma porção deste). 
Nota: Os Ventrículos estão separados nesta face pelo Sulco Interventricular Anterior. 
 
Face Pulmonar Direita: 
- Face convexa que se relaciona com o Pulmão Direito. 
 Corresponde a: 
• Aurícula Direita. 
 
Face/Bordo Pulmonar Esquerdo: 
- Colapsa na sístole, convertendo-se num bordo (face na diástole, bordo na sístole). 
-Relaciona-se com o Pulmão Esquerdo. 
 Corresponde a: 
• Ventrículo Esquerdo; 
• Aurícula Esquerda (apenas a uma pequena porção desta). 
 
João Pedro C. M. 5 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
Sulcos das Faces externas do Coração: 
o Sulco Auriculoventricular/Coronário – circunda o coração, segundo um plano 
perpendicular ao maior eixo do coração. Separa as Aurículas dos Ventrículos e relaciona-se 
com as Artérias Coronárias (em geral) e com o Seio Coronário (em particular). 
o Sulcos Interventriculares: 
 Anterior; 
 Posterior. 
Separam os Ventrículos e são contínuos entre si ao nível do Ápex 
o Sulco Interauricular – apenas visível a nível posterior, separando as Aurículas. 
 
Crux do coração – ponto de interseção entre o Sulco Auriculoventricular e o Sulco 
Interventricular Posterior. Pertence por isso à região posterior do coração. 
 
Configuração Interna: 
Apresenta 4 cavidades: 
 Aurícula Direita; 
 Aurícula Esquerda; 
 Ventrículo Direito; 
 VentrículoEsquerdo. 
As cavidades são separadas por septos: 
 Septo Interauricular – identificável externamente pelo Sulco Interauricular, é 
responsável por separar as aurículas. 
 Septo Interventricular – identificável externamente pelos Sulcos Interventriculares 
Anterior e Posterior, é responsável por separar os Ventrículos. 
As cavidades do mesmo lado comunicam pelos Orifícios Auriculoventriculares e são 
separados por Válvulas: 
 Válvula Tricúspide (3 valvas*) – separa as cavidades direitas que comunicam pelo 
Orifício Auriculoventricular Direito 
 Válvula Mitral (2 valvas*) – separa as cavidades esquerdas que comunicam pelo 
Orifício Auriculoventricular Esquerdo 
 
Septo Interauricular: 
-Traduz-se exteriormente pelo Sulco Interauricular. 
Apresenta 2 faces: 
Face direita (voltada para a Aurícula Direita): 
 Fossa Oval (antes de nascer apresenta-se como Buraco/Forâmen oval) ; 
 Anel de Vieussens – circunferência da Fossa Oval; 
 Válvula da Fossa Oval – Membrana da Fossa Oval (após o nascimento). 
* Também chamadas de Folhetos 
em cardiologia (não uses esse termo 
em Anatomia), são estruturas unidas 
entre si à periferia e que 
trabalham em conjunto para 
formar uma válvula funcional. 
 
6 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Face esquerda (voltada para a Aurícula Esquerda): 
 Saliência correspondente á Fossa Oval; 
 Prega semilunar. 
 
 
Septo Interventricular: 
-Localiza-se abaixo do Septo Interauricular. 
-Corresponde no exterior aos Sulcos Interventriculares Anterior e Posterior. 
-Apresenta uma Forma Triangular, com a base superior (próxima das Válvulas 
Auriculoventriculares) e o vértice inferior (voltado para o Ápex). 
Apresenta 2 porções: 
 Porção Superior – é uma porção membranosa (menos espessa e atravessada pelo 
Ramo Esquerdo do Feixe de His); 
 Porção Inferior – é uma porção muscular. 
 
Aurículas (características gerais): 
 São posteriores e superiores em relação aos Ventrículos; 
 Separadas pelo Septo Interauricular; 
 Menores que os Ventrículos (e a Aurícula Direita é maior que a Aurícula Esquerda); 
 Irregularmente Cuboides (6 faces); 
 Paredes finas e lisas (a da Aurícula Sireita é mais irregular que a da Aurícula 
Esquerda); 
 Sem colunas carnudas de 1ª ordem. 
 
1.) Aurícula Direita: 
o Parede Posterior: 
 Crista Terminalis – corresponde externamente ao Sulco Terminalis Cordis, 
e estende-se do Orifício da Veia Cava Superior para o da Veia Cava Inferior; 
 Tubérculo Intervenoso de Lower – espessamento da Parede Posterior da 
Aurícula Direita, abaixo do Orifício da Veia Cava Superior e acima da Fossa 
Oval, que dirige o sangue da Veia Cava Superior para o Orifício 
Auriculoventricular Direito (no desenvolvimento embrionário também é 
responsável por dirigir o sangue da Veia Cava Inferior para o Forâmen 
Oval). 
o Parede Anterior: 
 Orifício Auriculoventricular Direito – provido da Válvula Tricúspide 
o Parede Interna/Septal: 
 Septo Interauricular (ver secção anterior sobre a Face Direita do Septo) 
o Parede Externa: 
 Músculos Pectíneos/Colunas Carnudas de 2ª e 3ª ordem. 
 
 
João Pedro C. M. 7 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
o Parede Superior: 
 Orifício da Veia Cava Superior (apresenta uma localização póstero-
superior na Aurícula e uma orientação para baixo e para a frente); 
 Orifício do Apêndice Auricular Direito – este apêndice funciona como 
reservatório de sangue e como glândula endócrina que liberta um 
marcador consoante a volémia atual. 
o Parede Inferior: 
 Orifício da Veia Cava Inferior – orientado para cima e para trás, em 
direção à Fossa Oval (com importância a nível fetal).É encerrado pela 
Válvula de Eustáquio – prolonga-se em direção à parede interna/septal 
pela Fita do Seio e continua-se posteriormente pela Crista Terminalis; 
 Orifício do Seio Coronário – encerrada pela Válvula de Thebésius. 
 
Esta Aurícula dividida em 2 espaços pela Crista Terminalis: 
 Seio Venoso – de paredes lisas, apresenta uma localização mais posterior, entre os 
Orifícios das Veias Cavas. 
 Apêndice Auricular – anterior e superior à Crista Terminalis coberta de Músculos 
Pectíneos, esta “bolsa” abraça a raiz da Artéria Aorta. 
 
 
2.) Aurícula Esquerda: 
o Parede Posterior: 
 Orifícios das 4 Veias Pulmonares 
 Saliência Correspondente à Impressão Esofágica – entre os orifícios 
esquerdos e direitos das 4 Veias Pulmonares. 
o Parede Anterior: 
 Orifício Auriculoventricular Esquerdo – provido da Válvula Mitral. 
o Parede Interna/Septal: 
 Septo Interauricular (ver secção anterior sobre a Face Esquerda do Septo). 
o Parede Externa: 
 Orifício do Apêndice Auricular Esquerdo. 
o Parede Superior: 
 Relacionada com os Troncos Arteriais – tronco da Artéria Pulmonar e da 
Artéria Aorta. 
o Parede Inferior: 
 Apresenta o relevo do Seio Coronário. 
 
Músculos Pectíneos/Colunas Carnudas: 
o De 1ª Ordem ou Músculos Papilares/Pilares 
 Apresentam 2 extremidades – uma livre (onde se inserem as cordas 
tendinosas) e uma aderente às paredes do coração. 
o De 2ª Ordem 
 Apresentam 2 extremidades aderentes às paredes do coração e são livres 
na restante extensão. 
o De 3ª Ordem 
 Apresentam-se como saliências nas paredes do coração. 
 
8 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Cordas Tendinosas: 
Classificadas consoante o local da Valva onde se inserem em: 
o De 1ª Ordem – Bordo Aderente da valva; 
o De 2ª Ordem – Face Parietal/Ventricular da valva; 
o De 3ª Ordem – Bordo Livre da valva. 
 
Ao conjunto dos Músculos Pectíneos e das Cordas Tendinosas dá-se o nome de 
Aparelho Sub-válvular e tem como função manter a unidirecionalidade do fluxo de 
sangue ao nível das válvulas auriculoventriculares. 
 
Orifícios Auriculoventriculares: 
o Direito: Apresenta a Válvula Tricúspide 
o Esquerdo: Apresenta a Válvula Mitral 
Cada válvula é constituída por valvas que apresentam: 
o Face Parietal/Ventricular – voltada para as Cavidades Ventriculares (ventricular), 
quando fechada a válvula, e para as Paredes ventriculares (Parietal) quando aberta. 
o Face Axial/Auricular – face visível quando olhamos o Orifício Auriculoventricular 
de cima; 
o Bordo Aderente; 
o Bordo Livre. 
 
Cada Válvula Auriculoventricular apresenta um conjunto de valvas posicionadas de 
forma diferente: 
o Válvula Tricúspide: 
 Valva Anterior; 
 Valva Posterior; 
 Valva Septal. 
Orifícios Arteriais: 
-Com 3 Válvulas Sigmoides/Semilunares que formam 1 Válvula Funcional; 
Forma das Válvulas: Ninho de Pomba 
Cada Válvula Sigmóidea tem: 
o Face Superior/Parietal (concava); 
 Seio de Valsalva (cada válvula sigmoide tem um Seio de Valsalva 
associado) – o esquerdo e o direito da Válvula Aórtica são os locais de 
origem das Artérias Coronárias Esquerda e Direita 
o Face Inferior/Axial; 
o Bordo Aderente; 
o Bordo Livre que apresenta: 
 Nódulo de Morgagni (nas Válvulas Pulmonares); 
 Nódulo de Arantius (nas Válvulas Aórticas). 
o Válvula Mitral: 
 Valva Anterior/Aórtica; 
 Valva Posterior. 
 
 
Nota: Cada músculo 
Pilar recebe pelo menos 
2 cordas tendinosas. 
 
João Pedro C. M. 9 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
Cada válvula funcional apresenta um conjunto de Válvulas Sigmóideas posicionadas de 
forma diferente: 
o Válvula Aórtica: 
 Válvula Sigmóidea Esquerda 
 Válvula Sigmóidea Direita 
 Válvula Sigmóidea Posterior 
 
 
Ventrículos (características gerais): 
 São anteriores e inferiores às Aurículas; 
 Separadas pelo Septo Interventricular; 
 Em forma de Pirâmide Triangular/Cone 
 O vértice corresponde ao Ápex do Coração e a base corresponde ao respetivo 
Orifício Auriculoventricular; 
 Paredes espessas com presença de Músculos Pectíneos e 1ª, 2ª e 3ª Ordem. 
 
 
1.) Ventrículo Direito – tem a forma de uma pirâmide triangular: 
o Parede Antero-Superior: 
 Pilar Anterior; 
 Infundíbulo/Cone Arterial – constitui o trato de saída do Ventrículo 
Direito, e localiza-se no ângulo supero-externo. As suas paredes sãolisas; 
 Crista Supraventricular – separa o Orifício Auriculoventricular Direito do 
Orifício Pulmonar; 
 Trabécula Septomarginal/Banda moderadora – Músculo Pectíneo de 2ª 
ordem que num aumento abrupto de pressão do Ventrículo Direito 
impede a distensão excessiva da sua parede. Dá passagem ao Ramo 
Direito do Feixe de His. Une o septo ao Pilar Anterior da Parede 
Ventricular Anterior. 
o Parede Inferior: 
 Pilar Posterior. 
o Parede Posterior: 
 Pilar Septal. 
o Vértice: 
 Colunas Carnudas (de 2ª e 3ª Ordem) . 
 
2.) Ventrículo Esquerdo – tem a forma de um cone (e é 3x mais espesso que o V.D.): 
 
Vestíbulo Aórtico – trato de saída do Ventrículo Esquerdo, posterior em relação ao 
Cone Arterial do Ventrículo Direito. 
o Parede Anterior: 
 Pilar Anterior. 
o Parede Posterior: 
 Pilar Posterior. 
o Parede Interna 
o Vértice – constitui o ápex do coração. 
o Válvula Pulmonar: 
 Válvula Sigmóidea Esquerda 
 Válvula Sigmóidea Direita 
 Válvula Sigmóidea Anterior 
 
 
10 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Estrutura do Coração: 
o Miocárdio – músculo cardíaco; 
o Endocárdio – membrana interior que reveste as cavidades; 
o Epicárdio – membrana externa que reveste o músculo cardíaco. 
 
Esqueleto Cardiaco: 
Resulta da União de 4 anéis de tecido conjuntivo fibroso, localizados em redor das 
válvulas, no plano auriculoventricular. 
Apresenta 4 orifícios correspondentes às válvulas e sofre 2 espessamentos em redor 
do orifício aórtico que se denominam de Trígonos Fibrosos Esquerdo e Direito. 
Funções do esqueleto cardíaco: 
o Manter a integridade da estrutura cardíaca; 
o Ponto de inserção para a musculatura auricular e ventricular, para as cúspides 
(válvulas sigmóideas/semilunares) e valvas; 
o Permitir o isolamento elétrico das Aurículas e dos Ventrículos, sendo o Feixe 
de His a única conexão entre os 2 grupos musculares. 
Vascularização Arterial: 
A Irrigação do Coração é proveniente das 2 Artérias Coronárias (primeiros colaterais da 
Artéria Aorta). Estas são vasos que circulam ao nível do epicárdio. Apenas os vasos de 
pequeno calibre resistem às contrações cardíacas, “afundando-se” no miocárdio. 
Artéria Coronária Esquerda 
Origem: Seio de Valsalva Esquerdo da Artéria Aorta. 
Trajeto: Caminha sobre a forma de Tronco Comum entre o Tronco Pulmonar e o 
Apêndice Auricular Esquerdo. 
Terminação: Bifurca-se, no Sulco Auriculoventricular, dando origem a 2 artérias. 
Ramos Terminais: 
1. Artéria Interventricular Anterior 
Trajeto: Percorre o Sulco Interventricular até atingir o Ápex. 
Ramo Terminal: Artéria Interventricular posterior (em 10% dos casos) 
Ramos Colaterais: 
• Artérias Septais (dão vasos que entram no septo interventricular) 
o Irrigam os 2/3 anteriores do Septo Interventricular; 
o Irrigam o Feixe de His. 
• Artéria do Cone Arterial do Ventrículo Direito. 
• Artérias Diagonais 
o Irrigam a Face Anterior do Ventrículo Esquerdo. 
 
João Pedro C. M. 11 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
2. Artéria Circunflexa 
Trajeto: Percorre o Sulco Auriculoventricular, pela esquerda, até atingir a Crux 
do Coração. 
Ramo Terminal: Artéria Interventricular Posterior (raramente). 
Ramos Colaterais: 
• Artérias Obtusas Marginais 
o Artéria Marginal Esquerda – situa-se em relação direta com a 
Face Pulmonar Esquerda. 
• Artéria do Nódulo Sinusal (em 40% dos casos). 
 
Artéria Coronária Direita 
Origem: Seio de Valsalva Direito da Artéria Aorta. 
Trajeto: -1ª Porção: Entre o Tronco Pulmonar e o Apêndice Auricular Direito até ao 
 bordo direito. 
 -2ª Porção: No sulco auriculoventricular. 
 -3ª Porção: A partir da inflexão que sofre na crux do coração passando a 
 percorrer o Sulco Interventricular Posterior (esta porção já 
 constitui a Artéria Interventricular Posterior). 
Terminação: Na Crux do Coração continuando-se pelo seu Ramo Terminal. 
Ramo Terminal: Artéria Interventricular Posterior (em 90% dos casos). 
Ramos Colaterais: 
1. Artéria do Nódulo Sinusal (em 60% dos casos); 
2. Artéria do Nódulo Auriculoventricular (corresponde à 1ª Artéria Septal); 
3. Artérias Agudas Marginais 
o Artéria Marginal Direita. 
4. Artérias Septais 
o Irrigam o 1/3 posterior do Septo Interventricular 
 
Drenagem Venosa: 
 É feita por veias epicárdicas que podem ou não drenar para o Seio Coronário. 
 Veias Tributárias (que drenam para o Seio Coronário): 
o Grande Veia Cardíaca – Inicia-se no Ápex e acompanha a Artéria 
Interventricular Anterior ao longo do Sulco Interventricular Anterior. Ao 
atingir o Sulco Auriculoventricular dirige-se para a esquerda 
acompanhando a Artéria Circunflexa até que chega ao Seio Coronário para 
onde drena. 
o Veia Cardíaca Média – Inicia-se no Ápex e ascende pelo Sulco 
Interventricular Posterior acompanhando a Artéria Interventricular 
Posterior. Ao chegar à Crux do Coração desemboca no Seio Coronário. 
 
12 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
o Pequena Veia Cardíaca – Inicia-se no Sulco Auriculoventricular e 
acompanha a Artéria Coronária Direita, contorna o Coração pela direita 
chegando À Crux e desemboca no Seio Coronário. 
 
o Veia Cardíaca Posterior – Tem um trajeto ascendente na Margem 
Esquerda do Coração, acompanhando a Artéria Marginal Esquerda até 
atingir o Sulco Auriculoventricular, desembocando no Seio Coronário. 
 
2 Grupos de Veias Cardíacas (não drenam para o Seio Coronário): 
o Veias Cardíacas Anteriores 
 Localização e local drenado: Face anterior do Ventrículo Direito. 
 Local para onde drenam: Aurícula Direita. 
o Veias de Thebésius 
 Localização e local drenado: Aurícula Direita, Ventrículo Direito e 
às vezes Aurícula Esquerda. 
 Local para onde drenam: cavidades cardíacas. 
Drenagem Linfática: 
 Acompanha as Artérias Coronárias. 
 Drena para 2 Grupos Ganglionares: 
o Gânglios Braquiocefálicos – À frente dos Troncos Braquiocefálicos Venosos; 
o Gânglios Intertraqueobrônquicos – ao nível da bifurcação da Traqueia. 
Inervação: 
A Inervação do coração é proveniente de: 
o Nervo Vago (Inervação Parassimpática); 
o Tronco Simpático Látero-vertebral (Inervação Simpática). 
A partir dos supramencionados nervos formam-se 2 Plexos Nervosos: 
o Plexo Cardíaco Superficial – entre o Arco Aórtico e o Tronco Pulmonar; 
o Plexo Cardíaco Profundo – entre o Arco Aórtico e a bifurcação da Traqueia. 
Sistema Cardio-Netor 
-É uma via constituída por células musculares cardíacas modificadas. 
-É responsável pelo automatismo do coração  Consegue gerar e propagar o 
estímulo elétrico responsável pela contração muscular do miocárdio. 
Curiosidade: Embora qualquer célula cardíaca consiga gerar impulsos, o Nódulo 
Sinusal é o responsável por gerar o impulso, atuando como Pacemaker do coração. 
 
João Pedro C. M. 13 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
-O Sistema Cardio-Netor é constituído por nódulos, feixes e ramos subendocárdicos: 
• Nódulo Sino-Auricular/Sinusal 
o Pacemaker do Coração; 
o Localizado na extremidade superior da Crista Terminalis, na junção da 
Veia Cava Superior com a Aurícula Direita. 
• Nódulo Auriculoventricular 
o Localiza-se no Triangulo de Kock que é delimitado por: 
 Limite Inferior: Orifício do Seio Coronário. 
 Limite Anterior: Folheto Septal da Válvula Tricúspide. 
 Limite Posterior: Fita do Seio. 
• Feixe de His 
o Continua o impulso concentrado no Nódulo Auriculoventricular; 
o Atravessa o Trígono Direito; 
o Acompanha a Porção Membranosa do Septo Interventricular; 
o Divide-se em 2 ramos: um Ramo Direito e um Ramo Esquerdo (ramo 
este que nasce pela perfuração da Porção Membranosa do Septo 
Interventricular). 
• Ramo Direito do Feixe de His 
oDestina-se ao Ventrículo Direito; 
o Desloca-se pela Margem da Parede Direita do Septo Interventricular 
até ao Ápex percorrendo também a Trabécula Septo-marginal até à 
base do músculo papilar anterior do Ventrículo Direito; 
o Termina originando a Rede Subendocárdica de Purkinje. 
• Ramo Esquerdo do Feixe de His 
o Destina-se ao Ventrículo Esquerdo; 
o Desloca-se pela margem da parede esquerda do Septo Interventricular 
até ao ápex; 
o Divide-se em 2 Ramos: um Anterior e um Posterior; 
o Termina originando a Rede Subendocárdica de Purkinje. 
Nota: Entre os 2 nódulos não existe um caminho definido pois a diminuta espessura da 
parede da aurícula faz com que não sejam necessárias vias específicas para a passagem 
do impulso. 
 
 
 
 
 
A figura apenas representa o trajeto geral do Sistema Cardio-Netor de forma 
simplificada e não apresenta a Rede Subendocárdica de Purkinje. 
Nódulo Sinusal 
Nódulo Auriculoventricular 
Feixe de His 
Ramo direito do Feixe de His 
Ramo Posterior do Ramo 
Esquerdo do Feixe de His 
Ramo Anterior do Ramo 
Esquerdo do Feixe de His 
 
14 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Pericárdio 
Saco fibro-seroso que envolve o Coração e a porção inicial dos Grandes Vasos. 
Componentes: 
• Pericárdio Fibroso (externo) 
o Membrana de tecido conjuntivo; 
o Delimita o Mediastino Médio; 
o Está associado ao Pericárdio Parietal e serve como reforço dessa 
membrana por ser mais resistente. 
• Pericárdio Seroso (interno) – Descrição completa na Pág. 15 
o É constituído por 2 folhetos em continuidade um com o outro; 
o Entre os 2 folhetos existe uma Cavidade Virtual – cavidade sem 
conteúdo que no caso das Membranas Serosas apresenta um liquido 
que lubrifica as superfícies minimizando o atrito. 
 
Funções do Pericárdio: 
• Manter a posição do Coração (atua como Meio de Fixação); 
• Minimizar o atrito causado pelo seu movimento. 
 
Pericárdio Fibroso – Forma Cónica: 
Base: 
• Aderente ao Diafragma; 
• O seu grande eixo é dirigido para a frente e para a esquerda. 
Vértice: 
• Aderente à túnica adventícia dos Grandes Vasos. 
Face Anterior: 
• Apresenta 2 porções: 
o Retro-pulmonar – mais lateral, relacionando-se com a Face Interna dos 
Pulmões; 
o Extra-Pulmonar – mais central, relacionando-se com a Parede Torácica 
Anterior/Face Posterior do Esterno. 
Face Posterior: 
• Relaciona-se com os órgãos do Mediastino Posterior. 
Bordos Laterais: 
• Relacionam-se com: Pleuras, Pulmões, Nervos Frénicos e vasos. 
Cavidade Virtual – 
cavidade sem 
conteúdo. No entanto, 
no caso das 
membranas serosas 
apresenta uma 
pequena quantidade 
de líquido que lubrifica 
as superfícies e evita o 
seu atrito – no caso do 
pericárdio chama-se 
líquido pericárdico. 
 
João Pedro C. M. 15 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Coração 
Pericárdio Seroso: 
 Apresenta 2 folhetos: 
• Folheto/Pericárdio Visceral – folheto que se encontra em contacto direto com o 
órgão, aderindo ao Epicárdio; 
• Folheto/Pericárdio Parietal – folheto que resulta da reflexão do Pericárdio Visceral 
e se encontra mais afastado do órgão, revestindo a Face Interna do Pericárdio 
Fibroso. 
Os folhetos estão em continuidade através da sua reflexão, apresentando entre si a 
Cavidade Pericárdica (é uma Cavidade Virtual). 
A reflexão ocorre a 2 níveis: 
• Posterior: 
o Ocorre em redor das Veias Cavas Superior e Inferior e das Veias 
Pulmonares; 
o Apresenta a forma de um “J” invertido; 
o Origina na Face Posterior da Aurícula Esquerda (externamente) o Seio 
Obliquo Pericárdico ou Fundo de Saco de Haller, entre as Veias 
Pulmonares Esquerdas e as Direitas. 
• Superior: 
o Ocorre em redor da Artéria Aorta e da Artéria Pulmonar. 
Entre as 2 zonas de reflexão, e a separar os pedículos arteriais dos pedículos venosos 
existe uma passagem chamada de Seio Transverso de Theile. 
Meios de Fixação do Pericárdio: 
• Ligamentos Vertebro-pericárdicos – ligam o Pericárdio às Vertebras; 
• Ligamentos Esterno-pericárdicos 
o Superior – une o pericárdio às primeiras Cartilagens Costais e ao Manúbrio 
Esternal (Ver Página 55); 
o Inferior – une o pericárdio ao Processo Xifoide (Ver Página 55). 
• Ligamentos Freno-pericárdicos – ligam o Pericárdio ao Diafragma: 
o Anteriores; 
o Laterais. 
Vascularização Arterial 
 É feita por ramos das: 
• Artéria Torácica Interna; 
• Artéria Pericardicofrénica; 
• Artéria Musculofrénica; 
• Artérias Frénicas Inferiores; 
• Artéria Aorta Torácica. 
Nota de Compreensão: Ao Longo da sebenta 
aparecerão diversos exemplos de artérias e outras 
estruturas que se encontram no singular. Pede-se, 
no entanto, que o colega tenha atenção à 
dualidade existente no corpo humano e portanto 
ao facto de que muitas das estruturas designadas 
no singular possuam uma “variante” esquerda e 
uma direita. Assim sendo na totalidade existe mais 
que 1 mas serão sempre/na maioria das vezes 
referidas pelo singular. 
 
16 João Pedro C. M. 
 
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório 
Drenagem Venosa: 
• Veias do Sistema Ázigos (Ver Página 119); 
• Veia Torácica Interna; 
• Veias Frénicas Superiores. 
Inervação: 
A inervação é feita por ramos do: 
• Nervo Vago (também chamado de X Par Craniano ou Pneumogástrico); 
• Nervo Frénico; 
• Tronco Simpático Latero-Vertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pedro C. M. 17 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 
Laringe 
Localização: 
• Região Anterior do Pescoço, ao nível da Linha Média; 
• À frente da Faringe; 
• Continua-se inferiormente com a Traqueia; 
• Abaixo do Osso Hioide (Ver Página 54); 
• Projeção Posterior: C3-C6. 
 
Dimensões: 3,5 - 4,5 cm 
 
Meios de Fixação: 
• Ligamento Tiro-hióideu/Membrana Tiro-hióideia; 
• Músculos Infra-Hióideus; 
• Glândula Tiroideia; 
• Continuação com a Traqueia; 
• Músculos Faríngeos. 
 
Constituição Anatómica: 
• Cartilagens (9) – formam o “esqueleto” do órgão articulando-se entre si. 
• Ligamentos – Apresentam como funções: 
o Unir as cartilagens; 
o Formar as Cordas Vocais (que vão abrir ou fechar o orifício de modo a 
permitir/impedir a passagem do ar). 
• Músculos – Conferem movimento às cartilagens (como as cordas vocais estão fixas a 
estas permite também o seu movimento). 
 
1.) Cartilagens 
 
 
• Ímpares e Medianas 
 
• Pares e Laterais 
 
*As cuneiformes não são visíveis em imagens posteriores das Cartilagens 
da Laringe porque se encontram inseridas na espessura da mucosa da 
Laringe. Também é de referir que não se articulam com as restantes 
cartilagens. 
• Tiroideia1 
• Cricoideia 2 
• Epiglote3 
• Aritnoideias 4 
• Corniculadas 5 
• Cuneiformes* 
Anteriores 
Posteriores 
1 
3 
2 
2 
1 
5 
4 
Nota: A Laringe faz parte 
não só do Sistema 
Respiratório mas também 
do Sistema da Fonação. 
 
 
18 João Pedro C. M. 
 
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório 
Cartilagem Cricoideia 
 -É a cartilagem mais inferior da Laringe; 
 -Constitui o Vértice da Laringe; 
 -Continua-se abaixo pela Traqueia (mais 
mais especificamente pelo primeiro Anel 
 da Traqueia, com o qual se encontra conectada através da Membrana Crico-Traqueal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Facetas Articulares 
Aritnoideias 
Local de inserção da 
Membrana Crico-Tiroideia 
(Bordo Superior do Anel Cricoide) 
 
Local de inserção dos 
Músculos Crico-Aritnoideus Posteriores 
(na Face Posterior – por trás da região apontada) 
 
Placa Cricoideia 
-É posterior 
-Forma: Quadrilátera 
Anel Cricoideu 
-É anterior 
-Pouco espesso 
Incisura Mediana 
Local de Inserção da 
Músculo Traqueal 
Local de inserção dos 
Músculos Crico-Aritnoideus Laterais 
 (Bordo Superior das regiões laterais do Anel Cricoideu) 
 
Nota: Sempre que uma região se encontra 
marcada a tracejado nas imagens abaixo significa 
que se refere a algo por trás ou por baixo 
relativamente ao ângulo de visãoda imagem. 
Local de inserção da 
Membrana Crico-Traqueal 
(no Bordo Inferior do Anel Cricoideu) 
 
Facetas Articulares Tiroideias 
Tubérculo Cricoideu 
Músculo Crico-Aritnoideu Posterior 
 
Músculo Crico-Aritnoideu Lateral 
 
Músculo Crico-Tiroideu (porção seccionada) 
 
 
João Pedro C. M. 19 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 
Cartilagem Tiroideia 
 -É a cartilagem mais volumosa. 
 -O ângulo mediano proeminente da Laringe é chamado de Proeminência Laríngea. 
 -Localiza-se acima da Cartilagem Cricoide e articula-se com a mesma. 
A Cartilagem Tiroideia é descrita como 2 placas/Lâminas Quadriláteras que convergem 
na Linha Média e cujo ângulo é aberto para trás. O encontro das duas placas forma a 
Proeminência Laríngea (numa vista anterior) e o Ângulo Reentrante da Laringe (numa 
vista posterior). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No Ângulo Reentrante da Cartilagem Tiroideia inserem-se de cima para baixo: 
1. Epiglote (com o seu Ligamento Tiro-Epiglótico); 
2. Pregas Vestibulares/Falsas Cordas Vocais; 
3. Cordas Vocais; 
4. Músculos Tiro-Aritnoideus. 
 
Epiglote 
 -Apresenta a forma de uma raquete. 
 -É a cartilagem mais móvel. 
 -Encerra a abertura superior da Laringe durante a deglutição. 
-Insere-se no Ângulo Reentrante da Cartilagem Tiroideia através do Ligamento Tiro-
Epiglótico. 
Tubérculos/Processos/Cornos Tiroideus Superiores 
(Fixos ao Osso Hioide pelos Ligamentos Tiro-Hioideos Laterais) 
Proeminência Laríngea 
 
Tubérculos/Processos/Cornos Tiroideus Inferiores 
(Articulam-se com as Facetas Articulares Tiroideias da Cartilagem 
Cricoideia através das Facetas Articulares Cricoideias que possuem) 
Local de inserção dos 
Músculos Tiro-Hioideus 
(nas placas para dentro da Linha Obliqua) 
 
Local de inserção dos 
Músculos Esterno-Tiroideus e 
M. Constritores Inferiores da Faringe 
(nas placas para fora e para baixo da linha obliqua) 
Linha(s) Obliqua(s) 
 
 
20 João Pedro C. M. 
 
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório 
 
Cartilagens Aritnoideias 
Relacionam-se com: 
• Na Base: Cartilagem Cricoideia 
• No Vértice: Cartilagem Corniculada 
 Forma: Piramidal 
 A base apresenta saliências que se designam de processos: 
• Processo Muscular (posterior) – dá inserção a: 
o Músculos Crico-Aritnoideus Posteriores; 
o Músculos Crico-Aritnoideus Laterais; 
o Músculos Aritnoideus. 
• Processo Vocal (anterior) – dá inserção: 
o Em cima: Pregas Vestibulares; 
o Em Baixo: Cordas Vocais. 
Apresentam ainda na base as Facetas Articulares Cricoides – local que assenta sobre a 
Cartilagem Cricoideia (especificamente sobre as Facetas Articulares Aritnoideias). 
 
2.) Ligamentos 
 
Ligamento Hio-Epiglótico 
Impede a mobilidade excessiva da cartilagem fixando-a 
ao Osso Hioide. 
 
Ligamento Tiro-Epiglótico 
 
Ligamentos Tiro-Hioideus Laterais 
 
Ligamento/Membrana Tiro-Hioideia 
Mediana 
 
Ligamento/Membrana Crico-Tiroideia 
 
Ligamento Hio-Epiglótico 
 
Ligamento Tiro-Epiglótico 
 
Corda Vocal 
 Nota: As Pregas Vestibulares não são verdadeiros ligamentos da Laringe. 
 
João Pedro C. M. 21 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 
3.) Músculos 
• Tensores (das cordas vocais): 
o Músculos Crico-Tiroideus (2) 
• Dilatadores da Glote: 
o Músculos Crico-Aritnoideus Posteriores (2) 
• Constritores da Glote: 
o Músculos Crico-Aritnoideus Laterais (2) 
o Músculos Tiro-Aritnoideus (2) 
o Músculos Aritnoideus (3) 
 
 
• Músculos Tensores: 
o Músculos Crico-Tiroideus (1 de cada lado) 
 Inserções: 
 Antero-Inferiores: Face Ântero-Externa do Arco Cricoideu e 
Tubérculo Cricoideu. 
 Postero-superiores: Tubérculos Tiroideus inferiores, no Bordo 
Inferior da Cartilagem Tiroideia e na Face Posterior das Lâminas 
Quadriláteras da Cartilagem Tiroideia. 
 Ações: 
 Puxa a Cartilagem Tiroideia para a frente fazendo com que exerça 
tensão sobre as Cordas Vocais. 
 
 
 
• Músculos Dilatadores da Glote: 
o Músculos Crico-Aritnoideus Posteriores (1 de cada lado) 
 Inserções: 
 Fossetas da Face Posterior da Placa Cricoideia, 
um de cada lado da Linha Média; 
 Processos Musculares das Cartilagens 
Aritnoideias 
 Ações: 
 Puxam os Processos Musculares em direção à 
Linha Média, levando a que os Processos Vocais 
se afastem da mesma levando à dilatação do 
Orifício Glótico. 
 
 
 
22 João Pedro C. M. 
 
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório 
• Músculos Constritores da Glote: 
o Músculos Crico-Aritnoideus Laterais (1 de cada lado) 
 Inserções: 
 Posteriores: Processo Muscular da Cartilagem Aritnoideia. 
 Anteriores: Bordo Superior da Cartilagem Cricoideia. 
 Ações: 
 Faz com que o Processo Muscular se afaste da Linha Média 
levando o Processo Vocal a dirigir-se para a mesma causando a 
constrição o Orifício Glótico, podendo mesmo encerrá-lo. 
 
o Músculos Tiro-Aritnoideus (1 de cada lado) 
 Inserções: 
 Posteriores: 
• Feixe Interno: Processo Vocal e Face Antero-Externa das 
Cartilagens Aritnoideias 
• Feixe Externo: Bordo Externo das Cartilagens 
Aritnoideias 
 Anteriores: Ângulo Reentrante da Cartilagem Tiroideia 
 Ações: 
 Faz com que o Processo Muscular se afaste da linha média levando 
o Processo Vocal a dirigir-se para a mesma causando a constrição o 
Orifício Glótico. Este deve-se principalmente à ação dos Feixes 
Internos. 
 
o Músculos Aritnoideos (2 oblíquos e 1 transverso) 
 Inserções: 
 Feixes Oblíquo: 
• Vértice de uma Cartilagem Aritnoideia; 
• Processo Muscular da Cartilagem Aritnoideia oposta. 
 Feixe Transverso: 
• Porção externa das Cartilagens Aritnoideias. 
 Ações: 
 Aproxima as Cartilagens Aritnoideias fazendo-as deslizar sobre as 
Facetas Articulares Aritnoideias encurtando o Orifício Glótico. 
 
 
João Pedro C. M. 23 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 
Configuração Externa 
 Forma: Piramidal/Cónica (invertido – a base encontra-se voltada para o topo) 
 Base - Ligeiramente Vertical. 
 Limites 
• Anterior: Epiglote 
• Posterior: Cartilagens Corniculadas e Cuneiformes 
• Lateralmente: Lâminas Quadriláteras da Cartilagem Tiroideia e Ligamentos Tiro-
Hioideus. 
 Vértice – Corresponde à Cartilagem Cricoideia e continua-se com o 1º Anel da Traqueia. 
Faces Antero-Laterais – Correspondem às faces da própria Cartilagem Tiroideia e da 
Cartilagem Cricoideia. 
Face Posterior 
 
 
 
 
 
Base da Laringe 
Recessos/Seios Piriformes 
(Localiza-se abaixo das Pregas Faringo-Epiglóticas 
e para fora das Pregas Aritno-Epiglóticas) 
Pregas Faringo-Epiglóticas 
(Reflexão da parede da Faringe 
com o bordo da Epiglote) 
Pregas Aritno-Epiglóticas 
(Reflexão da Epiglote com as 
Cartilagens Aritnoideias) 
Incisura Inter-Aritnoideia 
(Pequena depressão localizada 
entre as Pregas Aritno-Epiglóticas) 
Proeminência da Cartilagem Cricoideia 
(É uma saliência resultante da presença da 
Cartilagem Cricoideia) 
Prega Glosso-Epiglótica Mediana 
Pregas Glosso-Epiglóticas Laterais 
Valécolas 
 (Depressões localizadas entre as pregas assinaladas) 
 
 
24 João Pedro C. M. 
 
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório 
Configuração Interna 
A Laringe apresenta 3 zonas: 
• Supra-Glótica (ou Vestíbulo da Laringe); 
• Glótica; 
• Infra-Glótica. 
Glote/Orifício Glótico – orifício/área delimitada pelas Cordas Vocais. 
Zona Glótica – espaço compreendido entre as Pregas Vestibulares e as Cordas Vocais, 
sendo a Glote o limite inferior desta zona. 
Glote ≠Zona Glótica 
 Conceito Bidimensional Conceito Tridimensional 
Zona Supra-Glótica – região localizada acima das Pregas Vestibulares. 
Zona Infra-Glótica – região localizada abaixo das Cordas Vocais/Glote. 
Ventrículos da Laringe – reentrâncias laterais que ocorrem entre as Pregas Vestibulares e 
as Cordas Vocais, ou seja, na Zona Glótica. 
 
Irrigação Arterial 
A irrigação da Laringe é feita através de 3 artérias distintas: 
• Artéria Laríngea Superior (2) – ramo da Artéria Tiroideia Superior que por sua vez 
é ramoda Artéria Carótida Externa. No seu trajeto ela perfura a Membrana Tiro-
Hioideia. É responsável por irrigar a Região Supra-Glótica. 
• Artéria Crico-tiroideia (2) – ramo da Artéria Tiroideia Superior que por sua vez é 
ramo da Artéria Carótida Externa. Irriga a Região Infra-Glótica e atravessa a 
Membrana Crico-Tiroideia. 
• Artéria Laríngea Posterior (2) – ramo da Artéria Tiroideia Inferior que também é 
ramo da Artéria Subclávia. Durante o seu trajeto acompanha o Nervo Recorrente. 
 
Drenagem Venosa (in Grays Anatomy for Students, 2nd Edition) 
A drenagem venosa da Laringe é feita por 2 veias distintas: 
• Veia Laríngea Superior que drena para a Veia Tiroideia Superior, que por sua vez 
drena para a Veia Jugular Interna. 
• Veia Laríngea Inferior que drena para a Veia Tiroideia Inferior, que por sua vez 
drena para o Tronco Braquiocefálico Venoso (Esquerdo ou Direito dependendo do 
lado a que nos referimos). 
 
João Pedro C. M. 25 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 
Inervação 
• Sistema Nervoso Simpático 
• Nervo Laríngeo Inferior/Recorrente – inerva todos os músculos laríngeos à 
exceção do Músculo Crico-Tiroideu. Dá-se lhe o nome Recorrente porque é um 
ramo do Nervo Vago (X par craniano) que se inflete (o esquerdo passando por 
baixo da Crossa da Aorta e o direito passando por baixo da Artéria Subclávia 
Direita) tomando um trajeto oposto ao do Nervo Vago (o N. Vago é descendente e 
o Nervo Laríngeo Recorrente é ascendente). 
• Nervo Laríngeo Superior – origina um ramo externo que inerva o Musculo Crico-
Tiroideu e um ramo interno que perfura a Membrana Tiro-Hioideia e inerva 
sensitivamente a mucosa laríngea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 João Pedro C. M. 
 
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Pedro C. M. 27 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Traqueia 
Traqueia 
Canal músculo-cartilagíneo constituído por Anéis Cartilagíneos sobrepostos entre si 
(incompletos atrás, constituindo as saliências da face externa do canal), Ligamentos Anulares 
(a unir os Anéis, constituem as depressões dessa mesma face) e Músculo Traqueal (músculo 
liso que completa os anéis atrás encerrando o canal). Este canal é revestido interiormente por 
mucosa que histologicamente é designada por epitélio simples pseudoestratificado ciliado 
(algo que não te interessa saber até à Unidade Curricular HBD I do 2º semestre). 
Localização 
• É um órgão cérvico-torácico. 
• Projeta-se desde C6, onde termina a laringe, até ao 2º Espaço Intercostal terminando 
em bifurcação dando origem aos Brônquios Principais. 
• A sua porção cervical vai desde C6 até ao Orifício Torácico Superior, a partir do qual a 
porção torácica se estende até ao 2º Espaço intercostal. 
Orientação 
• De cima para baixo; 
• De frente para trás. 
Tamanho 
• Diâmetro Interno: 1,4 - 1,5 cm 
• Comprimento: 11 - 12 cm 
Relações 
Região Cervical: 
Superiores: 
• Cartilagem Cricoide da Laringe. 
Laterais: 
• Glândula Tiroideia (lobos); 
• Pedículo Vasculonervoso do pescoço*; 
• Nervos Laríngeos Inferiores/Recorrentes 
(estes N. têm uma posição póstero-lateral). 
Anteriores: 
• Glândula Tiroideia (istmo/corpo); 
• Músculo Esterno-Tiroideu (mais profundo); 
• Músculo Esterno-Hioideu (mais superficial). 
 
* Esta estrutura é constituída por: 
• Artéria Carótida Comum/Primitiva1 (+ interna) 
• Veia Jugular Interna (+ externa) 
• Nervo Vago, localizado atrás, entre as 2: 
 
1Nota: A Artéria Carótida Comum ou 
Primitiva origina-se na Crossa da 
Aorta/Arco Aórtico (à esquerda) ou no 
Tronco Braquiocefálico Arterial (à direita) 
dirigindo-se para a região lateral do 
pescoço. Durante parte do seu trajeto 
constitui o Pedículo Vasculonervoso do 
Pescoço (de cada lado) dividindo-se mais 
tarde em Artéria Carótida Externa e 
Artéria Carótida Interna, passando esta 
última a fazer parte do pedículo após a 
bifurcação. 
 
 
28 João Pedro C. M. 
 
1 Traqueia | Sistema Cardiorrespiratório 
Posteriores: 
• Esófago; 
• Coluna Cervical – C6 e C7 (mais posteriormente); 
• Nervos Laríngeos Inferiores/Recorrentes (tem uma posição póstero-lateral). 
Orificio Torácico Superior* 
Anteriores: 
• Incisura Jugular (depressão localizada no Bordo Superior do Manubrio 
Esternal); 
• Vasos com origem na Crossa da Aorta (organizados da Drt para a Esq): 
o Tronco Braquiocefálico Arterial Direito (origina a Carotida Comum Drt); 
o Artéria Carótida Comum Esquerda; 
o Artéria Subclávia Esquerda; 
• Tronco Braquiocefálico Venoso Esquerdo; 
• Tronco Braquiocefálico Venoso Direito; 
Posteriores: 
• 1ª Vertebra Torácica (T1); 
• Esófago. 
Laterais: 
• 1ª Costela; 
• Nervo Frénico; 
• Nervo Vago; 
• Vértice dos Pulmões. 
Região Torácica 
Anteriores: 
• Artéria Aorta Ascendente; 
• Veia Cava Superior; 
• Coração; 
• Timo; 
• Parede Tóracica Anterior (mais anteriormente). 
Posteriores: 
• Esófago; 
• Coluna Torácica (mais posteriormente); 
• Artéria Aorta Torácica Descendente (primeira porção desta). 
 
* Este Orifício é delimitado por: 
• Anteriormente: Incisura Jugular; 
• Posteriormente: 1ª Vértebra Torácica; 
• Lateralmente: 1ª Costela (de cada lado). 
É de salientar ainda que este orifício é inclinado e a 
sua abertura olha para cima e para a frente. 
 
João Pedro C. M. 29 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Traqueia 
Laterais Esquerdos: 
• Crossa da Aorta; 
• Artéria Aorta Torácica Descendente; 
• Artéria Pulmonar Esquerda; 
• Brônquio Principal Esquerdo; 
• Pulmão e Pleura Esquerdos. 
Laterais Direitos: 
• Crossa da Veia Ázigos; 
• Brônquio Principal Direito 
• Artéria Pulmonar Direita; 
• Pulmão e Pleura Direitos. 
Bifurcação Traqueal/Carina Traqueal (Ao nível do 2º Espaço Intercostal) 
Anteriores: 
• Tronco da Artéria Pulmonar. 
• Restante semelhante à Região Torácica. 
Posteriores: 
• Esófago; 
• Coluna Torácica (mais posteriormente). 
Laterais: 
• Semelhantes à Porção Torácica. 
A bifurcação ocorre abaixo da Crossa da Aorta, sendo que tem continuidade com os 
Brônquios Principais. 
 
Irrigação Arterial: 
A vascularização da traqueia é feita pelas seguintes artérias: 
• Artérias Tiroideias Inferiores Direita e Esquerda – colaterais das Artérias 
Subclávias. 
• Artérias Bronquicas Direita (1) e Esquerdas (2) – colaterais da Artéria Aorta 
Torácica Descendente. 
• Artérias Esofágicas – ramos da Artéria Aorta Descendente. 
 
Drenagem Venosa: 
• Veias Tiroideias Inferiores; 
• Ramos esofágicos e Bronquicos – drenam diretamente para as Veias Ázigos. 
 
 
30 João Pedro C. M. 
 
1 Traqueia | Sistema Cardiorrespiratório 
Drenagem Linfática: 
• Gânglios Paratraqueais; 
• Gânglios Intertraqueobronquicos; 
• Gânglios Cervicais. 
Inervação: 
• Parassimpática: 
o Nervo Vago/X par Craniano; 
o Nervo Glossofaringeo/IX Par Craniano. 
• Simpática: 
o Cadeia Simpática/Tronco Simpático Látero-vertebral. 
 
 
João Pedro C. M. 31 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Brônquios 
Brônquios 
A bifurcação da Traqueia origina os Brônquios Principais que se ramificam n vezes até 
formarem os Bronquíolos Respiratórios. A um conjunto de Bronquíolos Respiratórios com 
os Alvéolos Pulmonares (que constituem Sacos Alveolares) dá-se o nome de Ácino, sendo 
este a unidade funcional respiratória. 
 
 
Brônquios 
 
 
Hilo Pulmonar – local por onde entram e saem as estruturas vasculonervosas e outras 
(Brônquios) no Pulmão. 
Pedículo Pulmonar – conjunto de estruturas que atravessa o Hilo pulmonar e por ele entra 
no Pulmão. 
Constituição do Pedículo Pulmonar: 
• Artéria Pulmonar (1); 
• Veias Pulmonares (2); 
• Brônquio Principal (1); 
• Artérias Brônquicas (2 Esquerdas e 1 Direita); 
• Veias Brônquicas ; 
• Vasos Linfáticos; 
• Estruturas Nervosas. 
Localização 
• No Mediastino Superior, de cada lado da bifurcação da Traqueia; 
• O Brônquio Principal Esquerdo abaixo da Crossa da Aorta; 
• O Brônquio Principal Direito abaixo da Crossa da Ázigos; 
• Atrás do TroncoPulmonar, das Artérias Pulmonares e da Parede Torácica Anterior; 
• À frente do esófago, da Artéria Aorta Torácica Descendente (à esquerda) e da Coluna 
Vertebral. 
Dimensões 
Brônquio Principal Direito: 
• Comprimento: 2,5 cm 
• Calibre: 1,5 cm 
Extrapulmonares – secção dos Brônquios Principais que se encontra fora do 
Pulmão (desde a bifurcação da Traqueia até ao Hilo Pulmonar) 
Intrapulmonares – incluem toda a Segmentação Brônquica que se encontra 
dento dos Pulmões 
Brônquio Principal Esquerdo: 
• Comprimento: 5 cm 
• Calibre: 1,1 cm 
 
 
 
32 João Pedro C. M. 
 
1 Brônquios | Sistema Cardiorrespiratório 
Direção: 
Brônquio Principal Direito: Mais verticalizado, orientado de forma mais semelhante à 
direção da Traqueia. 
Brônquio Principal Esquerdo: Mais Horizontal devido à Crossa da Aorta, fazendo um 
maior ângulo com a Traqueia. 
 
 
 
Relações: 
Origem 
Anteriores: 
• Artéria Pulmonar e sua bifurcação (em Artérias Pulmonares Esquerda e 
Direita); 
• Veias Pulmonares; 
• Aurícula Esquerda. 
Laterais Esquerdas: 
• Crossa da Aorta. 
Laterais Direitas: 
• Crossa da Veia Ázigos. 
De cada lado da origem/Brônquios Principais 
Anteriores: 
• Veias Pulmonares; 
• Coração e Pericárdio. 
Laterais Esquerdas: 
• Crossa da Aorta; 
• Artéria Aorta. 
Laterais Direitas: 
• Crossa da Veia Ázigos; 
• Veia Ázigos. 
Também se relacionam com os Vasos Pericardicofrénicos e Nervos Frénicos. 
Nota: Devido às suas Dimensões (Calibre principalmente) e Orientações à uma maior 
tendência para que os corpos estranhos se alojem no Brônquio Principal Direito. 
 
João Pedro C. M. 33 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Brônquios 
Relações relativas das estruturas do Pediculo Pulmonar no Hilo Pulmonar Direito: 
 O Brônquio Principal Direito ocupa uma posição posterior. Imediatamente à frente 
encontramos a Artéria Pulmonar Direita e à frente desta a Veia Pulmonar Direita 
Superior. Atrás do Brônquio localiza-se a Artéria Bronquica Direita e abaixo dele 
localizam-se Ganglios Linfáticos e a Veia Pulmonar Direita Inferior. 
Relações relativas das estruturas do Pediculo Pulmonar no Hilo Pulmonar Esquerdo: 
 O Brônquio Principal Esquerdo ocupa uma posição posterior. Acima deste 
encontramos a Artéria Pulmonar Esquerda e à frente do Brônquio a Veia Pulmonar 
Esquerda Superior. Atrás do Brônquio localizam-se as Artérias Bronquicas Esquerdas 
e abaixo dele localizam-se Ganglios Linfáticos e a Veia Pulmonar Esquerda Inferior. 
Brônquios Intra-Pulmonares e Segmentação Brônquica: 
• Brônquios Principais (dividem-se em): 
o Brônquios Lobares (que se dividem em): 
 Brônquios Segmentares (que se dividem em): 
• …. 
o Bronquíolos Respiratórios 
 
 
 
 
 
 
 
1. Brônquio Principal Direito: 
1.1. Brônquio Lobar Direito Superior: 
1.1.1. Brônquio Segmentar Apical; 
1.1.2. Brônquio Segmentar Anterior; 
1.1.3. Brônquio Segmentar Posterior. 
1.2. Brônquio Lobar Direito Médio: 
1.2.1. Brônquio Segmentar Interno; 
1.2.2. Bronquio Segmentar Externo. 
1.3. Brônquio Lobar Direito Inferior: 
1.3.1. Brônquio Segmentar Superior ou de Nelson; 
1.3.2. Brônquio Segmentar Basal Interno ou Paracardíaco; 
1.3.3. Brônquio Segmentar Basal Externo; 
1.3.4. Brônquio Segmentar Basal Anterior; 
1.3.5. Brônquio Segmentar Basal Posterior. 
Traqueia 
Brônquios Segmentares 
Brônquios Principais 
Brônquios Lobares 
Assim sendo: 
 
 
34 João Pedro C. M. 
 
1 Brônquios | Sistema Cardiorrespiratório 
2. Brônquio Principal Esquerdo: 
2.1. Brônquio Lobar Esquerdo Superior: 
2.1.1. Tronco Superior ou Culminal: 
2.1.1.1. Brônquio Segmentar Ápico-Posterior; 
2.1.1.2. Brônquio Segmentar Anterior. 
2.1.2. Tronco Inferior ou Lingular: 
2.1.2.1. Brônquio Segmentar Lingular-Superior; 
2.1.2.2. Brônquio Segmentar Lingular-Inferior. 
2.2. Brônquio Lobar Esquerdo Inferior: 
2.2.1. Brônquio Segmentar Superior ou de Nelson; 
2.2.2. Brônquio Segmentar Basal Antero-Interno ou Paracardíaco; 
2.2.3. Brônquio Segmentar Basal Externo; 
2.2.4. Brônquio Segmentar Basal Posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: Os Brônquios Segmentares dirigem-se para segmentos específicos dos pulmões de igual 
nome, ou seja, há correspondência entre a Segmentação Brônquica e a Segmentação Pulmonar. 
B. S. Apical 
B. S. Anterior 
B. S. Superior ou de Nelson 
(por trás do Brônquio Lobar) 
B. S. Posterior 
B. S. Externo 
B. S. Interno 
B. S. Basal Anterior 
B. S. Basal Posterior 
B. S. Basal Externo 
B. S. Lingular Superior 
B. L. Direito Inferior 
B. L. Direito Médio 
B. L. Direito Superior 
B. S. Apico-Posterior 
B. S. Basal Interno 
B. L. Esquerdo Superior 
Tronco Culminal 
B. S. Anterior 
B. S. Superior ou de Nelson 
(por trás do Brônquio Lobar) 
Tronco Lingular 
B. S. Lingular Inferior 
B. L. Esquerdo Inferior 
B. S. Basal Antero-Interno 
B. S. Basal Externo 
B. S. Basal Posterior 
 
João Pedro C. M. 35 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 
Pulmões 
Localização 
• São órgãos Cérvico-Torácicos (o vértice tem uma localização cervical e o restante 
órgão tem uma localização torácica), pares e assimétricos de consistência 
esponjosa, que se encontram revestidos pela respetiva Pleura (Membrana Serosa). 
• Situam-se na Caixa Torácica de cada lado do Coração. 
• Delimitam lateralmente o Mediastino. 
 
Configuração Externa 
Os Pulmões juntos têm a forma de um cone, sendo que individualmente constituem 
um segmento deste. 
 Cada pulmão é constituído por: 
• 2 Faces: 
o Face Externa ou costal; 
o Face Mediastinica/Interna. 
• 3 Bordos: 
o Bordo Anterior – relacionado com a Parede Torácica Anterior; 
o Bordo Posterior – relacionado com a Coluna Vertebral; 
o Bordo Inferior – que corresponde à circunferência da hemibase do pulmão. 
• Vértice; 
• Base – assenta sobre o diafragma. 
 Face Externa/Costal: 
 
 
 
 
 
 
 
• O Pulmão é dividido em Lobos Pulmonares por sulcos chamados de Fissuras 
Pulmonares (mais aparentes na face externa/costal). 
• Como está relacionada com os arcos intercostais apresenta Impressões Costais na 
superfície pulmonar. 
• Esta face é convexa. 
Lobo Inferior do Pulmão Direito 
Fissura Obliqua do Pulmão Direito ou 
Grande Fissura Pulmonar Direita 
 
Fissura Horizontal do Pulmão Direito 
Lobo Superior do Pulmão Direito 
Lobo Médio do Pulmão Direito 
Lobo Superior do Pulmão Esquerdo 
Fissura Obliqua do Pulmão Esquerdo 
ou Grande Fissura Pulmonar Esquerda 
 
Lobo Inferior do Pulmão Esquerdo 
 
 
36 João Pedro C. M. 
 
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório 
Face Mediastínica/Interna 
• Relaciona-se com o Mediastino. 
• Apresenta o Hilo Pulmonar (Ver Página 31). 
 
1.) Pulmão Esquerdo 
 
 
 
 
2.) Pulmão Direito 
 
Sulco do Esófago e da Traqueia 
Hilo Pulmonar 
Bordo Posterior 
(Insere-se nas goteiras costovertebrais*) 
Impressão da Artéria Aorta 
Torácica descendente 
Ligamento Pulmonar 
Impressão do Esófago 
Sulco da Artéria Subclávia Esquerda 
Impressão do Arco Aórtico 
Impressão do Tronco Braquiocefálico V. Esq 
Sulco da 1ª Costela 
Área para o Timo 
Bordo Anterior 
Incisura Cardíaca 
Impressão Cardíaca 
Língula 
Bordo Inferior 
*Goteiras Costovertebrais – sulcos que 
ocorrem de cada lado da coluna vertebral 
entre as vértebras e as costelas 
Goteira da Artéria Subclávia Direita 
Impressão da Traqueia 
Impressão do Esófago Impressão do Tronco Braquiocefálico V. Drt 
Impressão da Veia Cava Superior 
Impressão do Timo 
Hilo Pulmonar 
Impressão Cardíaca 
Crossa da Veia Ázigos 
Impressão da Veia Ázigos 
Impressão do Esófago 
Ligamento Pulmonar 
Goteira da Veia Cava Inferior 
Bordo Inferior 
Bordo Anterior 
Bordo Posterior 
 
João Pedro C. M. 37 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 
Ligamento Pulmonar – zona de reflexão da pleura que rodeia o Hilo Pulmonar e se 
prolonga para baixo. Desta partem fibras que se fixam no Pericárdio Fibroso, servindo 
como um dos Meios de Fixação do Pulmão. 
Bordos, Fissuras e LobosPulmonares: 
O Bordo Anterior do Pulmão Esquerdo localiza-se mais desviado para a esquerda. 
Apresenta a Incisura Cardíaca e, abaixo desta, a Língula (que é um prolongamento do 
parênquima pulmonar) mas não apresenta interrupções resultantes de qualquer fissura 
pulmonar. Este bordo separa a Face Externa da Face Interna. Relaciona-se com a Parede 
Torácica Anterior. 
Nos Bordos Posterior e Inferior do Pulmão Esquerdo é possível visualizar uma 
interrupção causada pela Grande Fissura Pulmonar Esquerda. 
O Bordo Anterior do Pulmão Direito apresenta uma interrupção resultante da 
Fissura Horizontal do Pulmão Direito. Este bordo encontra-se mais próximo da Linha 
Média que o Bordo Anterior do Pulmão oposto. Relaciona-se com a Parede Torácica 
Anterior. O Bordo Anterior do Pulmão Direito é mais oblíquo do que o Posterior. 
A Fissura Oblíqua do Pulmão Direito interseta o Bordo Posterior e em baixo, na 
base, a 2 níveis: na Face Mediastínica e na Face Externa/Costal. Separa os Lobos Superior e 
Médio do Lobo Inferior no Pulmão Direito. 
A Fissura Horizontal do Pulmão Direito separa o Lobo Superior do Lobo médio no 
respetivo pulmão. 
A Fissura Oblíqua do Pulmão Esquerdo também interseta a base do Pulmão a 
nível mediastínico e a nível externo/costal separando o Pulmão em Lobos Superior e 
Inferior. 
As Fissuras Pulmonares convergem todas no Hilo Pulmonar do Pulmão respetivo. 
 
Vértices 
• Projetam-se 2,5 cm acima do Orifício Torácico Superior; 
• Relacionam-se com a Coluna Cervical. 
Bases 
• Assentes no Diafragma; 
• São delimitados pelo Bordo Inferior do Pulmão; 
• Relacionam-se através do Diafragma com diversos Órgãos Abdominais. 
Relações das Bases dos Pulmões 
• Base do Pulmão Direito: 
o Fígado. 
• Base do Pulmão Esquerdo: 
o Estomago; 
o Baço. 
 
 
38 João Pedro C. M. 
 
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório 
Territórios Pulmonares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lobo Superior (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Apical 
Segmento Pulmonar Posterior 
Segmento Pulmonar Anterior 
Lobo Inferior (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Superior/de Nelson 
Segmento Pulmonar Basal Anterior 
Segmento Pulmonar Basal Externo 
Segmento Pulmonar Basal Posterior 
Segmento Pulmonar Basal Interno 
 
Lobo Médio (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Interno 
Segmento Pulmonar Externo 
 
Lobo Superior (Pulmão Esquerdo) 
Segmento Pulmonar Culminal Apico-Posterior 
Segmento Pulmonar Culminal Anterior 
Segmento Pulmonar Lingular Superior 
Segmento Pulmonar Lingular Inferior 
Lobo Inferior (Pulmão Esquerdo) 
Segmento Pulmonar Superior/de Nelson 
Segmento Pulmonar Basal Antero-Interno 
Segmento Pulmonar Basal Externo 
Segmento Pulmonar Basal Posterior 
 
Face Externa/Costal 
Face Mediastínica/Interna 
Lobo Superior (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Apical 
Segmento Pulmonar Posterior 
Segmento Pulmonar Anterior 
Lobo Médio (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Interno 
Segmento Pulmonar Externo 
Lobo Inferior (Pulmão Direito) 
Segmento Pulmonar Superior/de Nelson 
Segmento Pulmonar Basal Interno 
Segmento Pulmonar Basal Anterior 
Segmento Pulmonar Basal Posterior 
Segmento Pulmonar Basal Externo 
 
Lobo Superior (Pulmão Esquerdo) 
Segmento Pulmonar Culminal Apico-Posterior 
Segmento Pulmonar Culminal Anterior 
Segmento Pulmonar Lingular Superior 
Segmento Pulmonar Lingular Inferior 
 
Lobo Inferior (Pulmão Esquerdo) 
Segmento Pulmonar Superior/de Nelson 
Segmento Pulmonar Basal Antero-Interno 
Segmento Pulmonar Basal Posterior 
Segmento Pulmonar Basal Externo 
 
Os Segmentos Pulmonares Riscados apresentam-se assim por não ser visíveis na face em questão. 
Relativamente aos segmentos riscados da legenda da Face Mediastínica o mesmo se aplica no 
entanto a imagem apresenta também a base do Pulmão e por isso estes encontram-se na imagem. É 
de notar no entanto que a base do pulmão não faz parte da Face Mediastínica. 
 
João Pedro C. M. 39 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 
Artéria Pulmonar 
Origem: 
• Infundíbulo/Cone Arterial do Ventrículo Direito, onde se localiza também a Válvula 
Pulmonar; 
• Posiciona-se mais anteriormente e à esquerda relativamente à origem da Artéria Aorta 
• Tamanho (na origem): 
o Comprimento: 4,5-5,5 cm 
Terminação: 
• Em bifurcação dando origem às Artérias Pulmonares Esquerda e Direita. 
Relações 
• Intra-Pericárdicas: 
o Anteriores: 
 Pericárdio. 
o Laterais Esquerdas: 
 Apêndice Auricular Esquerdo. 
o Laterais Direitas: 
 Artéria Aorta Ascendente. 
o Posteriores: 
 Seio Transverso de Theile; 
 Tronco Comum da Artéria Coronária Esquerda. 
• Extra-Pericárdicas: 
o Superiores: 
 Crossa da Aorta; 
o Anteriores: 
 Timo; 
 Parede Torácica Anterior; 
 Pulmões e Pleuras. 
o Posteriores: 
 Bifurcação da traqueia (posterior e ligeiramente direita); 
 Veias Pulmonares (principalmente as Esquerdas); 
 Esófago (mais posteriormente). 
o Laterais Esquerdas: 
 Vasos Pericardicofrénicos; 
 Nervo Laríngeo Inferior; 
 Pulmão e Pleura Esquerdos. 
o Laterais Direitas: 
 Veia Cava Superior; 
 Crossa da Aorta; 
 Pulmão e Pleura Direitos. 
• Na Bifurcação: 
A bifurcação da Artéria Pulmonar ocorre para baixo para a frente e para a esquerda da 
bifurcação da Traqueia (que se localiza na Linha Médio-Esternal). 
o Diâmetro: 3 cm 
Nota: Apresenta uma porção intra-pericárdica inicial e uma extra-pericárdica. 
 
 
40 João Pedro C. M. 
 
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório 
Ramos Terminais 
• Artéria Pulmonar Esquerda, mais curta e mais vertical por um lado devido ao 
local de bifurcação ser mais lateralizado para a esquerda e por outro lado 
devido à posição ocupada pelo Brônquio Principal Esquerdo que se encontra a 
ser cavalgado pela Crossa da Aorta. Assim sendo a Artéria Pulmonar Esquerda 
ao ser mais vertical permite posicionar-se corretamente em conjunto com as 
restantes estruturas acabando por entrar no Hilo Pulmonar acima do Brônquio. 
• Artéria Pulmonar Direita, mais horizontal (devido ao facto de que a Crossa da 
Aorta se localiza acima desta) e mais comprida (pois a Bifurcação do Tronco da 
Artéria Pulmonar se localiza desviado para a Esquerda da Linha Média). 
 
 Artérias Brônquicas 
• São ramos da Artéria Aorta Torácica Descendente; 
• Dirigem-se para os respetivos Brônquios; 
• Normalmente existem 2 Artérias Brônquicas Esquerdas (Superior e Inferior) e 1 Artéria 
Brônquica Direita (no entanto existem variantes anatómicas menos comuns); 
• Tem um trajeto posterior ao dos Brônquios Principais (na porção do trajeto que os 
acompanha); 
• Ramificam-se acompanhando a ramificação dos Brônquios até chegarem a todas as 
unidades funcionais; 
• Tem como função a vascularização do tecido pulmonar; 
• Retornam ao Coração sob a forma de Veias Brônquicas de trajeto semelhante às 
artérias percursoras; 
• Localização no Hilo Pulmonar (Ver página 33). 
Veias Pulmonares 
• Origem: Ácinos, de onde partem estruturas que se vão anastomosar* n vezes até 
formar 2 Veias Pulmonares (por Pulmão), uma superior e uma inferior; 
• Localização no Hilo Pulmonar: (Ver Página 33); 
• Drenam para 3 territórios: 
o Para-Alveolar; 
o Para-Bronquial; 
o Sub-Pleural. 
 
Drenagem Linfática 
 Existem 3 reservatórios principais para a drenagem linfática dos pulmões: 
• Peri-Lobular – na zona de transição entre os diferentes Lobos Pulmonares; 
• Bronco-Vascular – Localizam-se próximos das estruturas vasculares que 
acompanham a ramificação dos Brônquios; 
• Sub-pleural – na periferia do órgão abaixo da Pleura. 
*Anastomose – união de estruturas 
p.e. de 2 vasos sanguíneos distintos 
 
João Pedro C. M. 41 
 
1 Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 
Os Gânglios Intra-Pulmonares (localizados nas bifurcações brônquicas) vão dirigir a 
sua linfa para os Gânglios Hilares. 
Para além dos gânglios e reservatórios já referidos os lobos drenam para outros 
gânglios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inervação: 
• Parassimpática: 
o Nervo Vago/X par Craniano; 
o Nervo Glossofaringeo/IXPar Craniano. 
• Simpática: 
o Cadeia Simpática/Tronco Simpático Látero-Vertebral. 
 
 
 
 
 
 
Lobos Superior e Médio Direitos 
Drenam também para 
Gânglios Latero-Traqueais Direitos 
Lobo Inferior Direito 
Drena também para 
Gânglios Intertraqueobrônquicos 
Gânglios Latero-Esofágicos 
 
Região Superior 
Drena também para 
Gânglios Pré-Aórticos 
Gânglios Latero-Traqueais Esquerdos 
Lobo Superior Esquerdo 
Região Inferior 
Drena também para 
Gânglios Pré-Aórticos 
Gânglios Intertraqueobrônquicos 
Lobo Inferior Esquerdo 
Drena também para 
Gânglios Intertraqueobrônquicos 
Tomografia Toraco-Pleuro-Pulmonar: 
Projeção do limite inferior dos Pulmões: 
o Anterior: 6ª Costela 
o Posterior: 10ª Costela 
Projeção do limite inferior da Pleura Parietal: 
o Anterior: 10ª Costela 
o Posterior: 12ª Costela 
Linha Médio-Clavicular Linha Médio-Esternal 
 
 
42 João Pedro C. M. 
 
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório 
Pleuras 
Membranas Serosas que revestem os Pulmões. 
Como Membranas Serosas que são, apresentam 2 folhetos, em continuidade um com o outro, 
que delimitam uma cavidade virtual, neste caso denominada de cavidade pleural. 
Pleura Visceral – acompanha as impressões da superfície pulmonar (p.e. fissuras).Como se 
encontra intimamente relacionada com o parênquima pulmonar os 2 tornam-se difíceis de 
distinguir. É também de salientar a sua elevada elasticidade. 
 
 
 
Pleura Parietal – tem uma dimensão constante e muito maior que o respetivo Pulmão. Não é 
tão aderente e emite prolongamentos que se vão ligar a outros órgãos como por exemplo o 
Ligamento Pulmonar que se insere no Pericárdio Fibroso. Para além disso a Pleura Parietal, ao 
nível da Base do Pulmão relaciona-se intimamente com o Diafragma. 
 
Seio Costo-Frénico – Ângulo de transição entre a Grelha Costal e o Diafragma. 
Recesso Costo-Frénico/Costo-Diafragmático – nome dado à “reflexão” da Pleura Parietal que 
ocorre nos Seios Costo-Frénicos . 
 
Classificação da Pleura Parietal quanto à localização: 
• Pleura Diafragmática – Reveste a Base dos Pulmões e está em relação direta com o 
Diafragma. É também onde se localiza o Recesso Costo-Frénico. 
• Pleura Cervical – Em relação com o vértice do Pulmão. Aqui localiza-se o Aparelho 
Suspensor da Pleura. 
• Pleura Mediastínica – Reveste a Face Mediastínica. Tem as mesmas relações que os 
Pulmões nesta região. Os acidentes anatómicos do Pulmão não condicionam nenhuma 
deformação nesta Pleura. O Ligamento Pericárdico fixa-se aqui e também aqui se 
localiza o Ligamento Pulmonar de onde partem fibras direcionadas para o Pericárdio. 
• Pleura Costal – Relaciona-se com a Grelha Costal e inferiormente relaciona-se com os 
Seios Costo-Frénicos. 
 
Meios de Fixação: 
• Aparelho Suspensor da Pleura, constituído por: 
o Ligamento Vértebro-Pleural – do Corpo de T2 até à Pleura; 
o Ligamento Transverso-Pleural – do Processo Transverso de C7 até à Pleura; 
o Ligamento Costo-Pleural – da 1ª Costela até à Pleura. 
• Ligamentos Pericárdicos; 
• Ligamentos Pulmonares.
Sofre reflexão em redor do Hilo Pulmonar e 
ligeiramente abaixo, no Ligamento 
Pulmonar, originando 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia I 
2.1 Osteologia 
Lecionado por: Dr. Armando Medeiros 
 
Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à aluna Ana Sofia Viveiros por 
amavelmente ceder os seus apontamentos relativos ao tema de Osteologia e sem os quais a 
conceção deste capítulo não seria possível. 
 
Conteúdo 
• Introdução Inicial à Osteologia ............................................................................ 44 
• Ossos do Tronco ...................................................................................................... 46 
o Coluna Vertebral .............................................................................................. 46 
o Osso Hioide........................................................................................................ 54 
o Esterno ............................................................................................................... 55 
o Costelas .............................................................................................................. 56 
o Osso Coxal ......................................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
44 João Pedro C. M. 
 
2.1 Osteologia 
Introdução Inicial à Osteologia 
Principais Funções dos Ossos: 
• Sustentação do corpo; 
• Proteção contra impactos – vários ossos protegem órgãos importantes do corpo 
humano (ex. ossos do crânio protegem o Encéfalo, Caixa Torácica protege as 
Vísceras Torácicas); 
• Atuação fundamental na locomoção – atuam sob a forma de um sistema de 
alavancas convertendo o movimento dos músculos em “movimento útil”; 
• Armazenamento Mineral – o tecido ósseo é responsável por armazenar alguns 
minerais importantes como o fosfato e cálcio. Quando são necessários por parte 
do organismo, os ossos “libertam-nos” de modo a permitir a homeostasia; 
• Produção de elementos figurados do sangue; 
• Armazenamento de Energia – os triglicerídeos são armazenados nos adipócitos, 
alguns dos quais se encontram no interior dos ossos a constituir a Medula Óssea 
Amarela. 
 
Sistema Esquelético 
• Ossos – estruturas constituídas por tecido conjuntivo muito rígido e 
mineralizado. É constituído por fibras de colagénio, proteoglicanos e 
elementos minerais como o cálcio. São peças esbranquiçadas e duras que se 
unem aos demais através de articulações. 
• Cartilagem – também designado como tecido amortecedor é um tecido 
branco/acizentado que reveste a superfície do osso ao nível das articulações 
protegendo-o (ao diminuir o atrito entre as superfícies). Possui uma enorme 
capacidade de resistência à carga e permite o amortecimento e fácil contacto 
das superfícies ósseas. A cartilagem é constituída por matriz extracelular 
(proteoglicanos e colagénio) e por células (condrocitos e condroblastos) que 
controlam a manutenção da matriz. É um tecido avascular. 
 
 Sistemas de Classificação dos Ossos e seus Constituintes: 
• Consoante a Forma e Dimensões dos Ossos: 
 
o Ossos Longos – apresentam 2 extremidades denominadas Epífises, e um corpo 
denominado de Diáfise. Entre os 2 encontra-se a Metáfise. Desta categoria 
fazem parte ossos como a Tíbia, o Fémur, o Úmero e a Fíbula; 
o Ossos Chatos, Planos ou Laminares – são encontrados onde é necessária a 
proteção de tecidos moles do corpo ou de haver uma extensa inserção 
muscular. Exemplos destes incluem a escápula e os ossos do crânio; 
o Ossos Curtos – apresentam uma forma cuboide, espessura variável mas a sua 
largura e comprimento são relativamente semelhantes. Os ossos do Carpo e 
do Tarso fazem parte deste grupo; 
 
João Pedro C. M. 45 
 
2.1 Osteologia 
o Ossos Irregulares – possuem uma caracterização muito específica não 
havendo relação nenhuma entre as suas dimensões. Desta categoria fazem 
parte os ossos do ouvido e as vértebras. São constituídos por osso esponjoso 
revestido por uma fina camada de osso compacto; 
o Ossos Alongados – são ossos longos mas achatados que não apresentam canal 
central; 
o Ossos Pneumáticos – são ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas 
por mucosa apresentando um peso reduzido em relação ao seu volume; 
o Ossos Sesamoides – estão presentes no interior de alguns tendões em que há 
considerável fricção, tensão ou stress físico. Normalmente são pequenos e 
arredondados. Os ossos sesamoides fornecem aos tendões apoio extra e 
reduzem a pressão sobre os restantes tecidos. Para além disso, funcionam 
também como uma alavanca para os tendões flexores. 
• Consoante a Direção dos Ossos – podemos considerar 2 tipos de direção: 
 
o Absoluta/Inerente – é característica do próprio osso: 
 Retilínea; 
 Encurvada/Em arco; 
 Em forma de S (itálico). 
o Relativa – diz respeito à direção que o osso adquire quando articulada no 
esqueleto: 
 Vertical; Horizontal; 
 Oblíqua. 
 
• Relativamente às Saliências/Processos localizados nos Ossos, estes podem ser: 
 
o Não Articulares – permitem a inserção de ligamentos e de músculos. Podem 
ser de 3 tipos: 
 Processos – proeminentes; 
 Tuberosidades – pouco proeminentes e de superfície irregular; 
 Bossas – pouco proeminentes, pequenas e largas. 
o Articulares – superfícies que se articulam com outros ossos. 
 
• Relativamente às Cavidades localizadas nos Ossos, estas podem ser: 
 
o Não Articulares – Podem ser de 3 tipos: 
 Inserções – dão inserção a músculos e tendões; 
 Receção – alojam órgãos: 
o Goteiras; 
o Sulcos; 
o Fossas. 
 Ampliação: 
o Seios – cavidades no interior da face que amplificam o som e 
que aquecem e humificam o ar; 
o Células. 
o Articulares – articulam-se com outros ossos. 
 
 
46 João Pedro C. M. 
 
2.1 Osteologia 
Ossos do Tronco 
Coluna Vertebral 
Estrutura constituída por 33 vértebras que se estendem desde o Crânio até à Pelve. Esta pode 
ser dividida em 5 regiões consoante a morfologia das Vértebras: 
• Cervical – 7 Vértebras Cervicais (C1-C7); 
• Torácica/Dorsal – 12 Vértebras Torácicas/Dorsais (T1-T12 ou D1-D12); 
• Lombar – 5 Vértebras Lombares (L1-L5); 
• Sagradas – 5 Vértebras Sagradas (S1-S5); 
• Coccígea – 4 Vértebras Coccígeas. 
Funções da coluna Vertebral: 
• Proteger a Medula Espinhal e os Nervos Espinhais; 
• Suportar o peso do Corpo; 
• Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o Corpo e um pivô para a 
Cabeça, mantendo-a ereta; 
• Exerce um papel importante na postura e locomoção; 
• Serve de ponto de fixação para as Costelas, para a Cintura Pélvica e para os 
Músculos do Dorso; 
• Proporciona flexibilidade para o Corpo, podendo refletir-se para a frente, para trás 
e para os lados e ainda girar sobre o eixo de maior dimensão. 
Características Gerais das Vértebras 
Com exceção da C1 e C2, todas as Vértebras apresentam 7 elementos básicos: 
• Corpo Vertebral – é a maior parte da Vértebra. É único e mediano e corresponde à 
porção mais anterior da Vértebra (ou seja, é anterior ao Canal Vertebral). É 
representado como um segmento aproximadamente cilíndrico, que apresenta uma 
face inferior, uma superior e uma circunferencial. Tem função de sustentação. 
• Processo Espinhoso – prolongamento mediano e posterior, em forma de espinha, 
que se situa no ângulo de união das Lâminas, no Arco Vertebral. 
• Processo Transverso – são 2 prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se 
projetam transversalmente de cada lado. Estão unidos ao Processo Espinhoso 
através da Lâmina e ao Corpo Vertebral através do Pedículo. 
• Processos Articulares – são em número de 4, 2 superiores e 2 inferiores. São 
saliências que se destinam à articulação de Vértebras adjacentes. 
• Lâminas – são 2, uma direita e uma esquerda, responsáveis por ligar o Processo 
Espinhoso ao Processo Transverso. 
• Pedículos – são 2 porções mais estreitas (uma direita e uma esquerda) que ligam o 
Processo Transverso ao Corpo Vertebral. Também fazem a conexão do Arco 
Vertebral ao Corpo Vertebral. (Buracos Intervertebrais – Página 51) 
• Forâmen Vertebral – situa-se posteriormente ao Corpo Vertebral e é delimitado 
póstero-lateralmente pelo Arco Vertebral. 
A
rc
o 
V
er
te
br
al
 
Nota: Buraco=Forâmen 
 
João Pedro C. M. 47 
 
2.1 Osteologia 
Canal Vertebral – canal formado pelo conjunto dos Forâmen Vertebrais sobrepostos (quando 
as vértebras se dispõem na coluna). Dentro deste situa-se a Medula Espinhal. 
 
Classificação Morfológica das Vértebras: (in Pina) 
 
 
 
 
Vértebras Típicas ou Verdadeiras – São Vértebras independentes. 
• Isólogas – Assemelham-se às Vértebras esquemáticas. 
o Comuns – Deste grupo fazem parte C3, C4, C5, T2, T3, T4, T5,T6, T7, T8, 
T9, L1, L2, L3 e L4. 
o Especiais – Aqui inserem-se C6, C7, T1, T10, T11, T12 e L5. 
• Heterólogas – Diferem ligeiramente das Vértebras esquemáticas. São portanto 
o Atlas (C1) e o Áxis (C2). 
Vértebras Atípicas ou Soldadas – São Vértebras em que houve alterações da forma ou 
do desenvolvimento, afastando-se das Vértebras esquemáticas. 
• Alomórficas – Caracterizadas por apresentarem alterações na forma: Sacro e 
Cóccix. 
• Alotróficas – Vértebras que sofreram alterações no desenvolvimento: 
Vértebras Cranianas*. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras 
 
Típicas ou Verdadeiras 
 
Atípicas ou Soldadas 
 
Isólogas 
 Heterólogas 
 
Comuns 
 
Especiais 
 
Alomórficas 
 Alotróficas 
 
Vértebras Cranianas – Conceito pertencente à Teoria Vertebral do Crânio que afirma que os Ossos do 
Crânio são, na realidade, Vértebras que sofreram alterações morfológicas durante o desenvolvimento 
embrionário. 
(Nota da “pessoa que está a escrever essa sebenta mas não tem o descaramento de se chamar um 
autor” – esta informação não apresenta qualquer relevância para Anatomia I uma vez que não se 
considera a existência de vértebras cranianas como parte da matéria pelo que a mesma não é 
avaliada na presente Unidade Curricular. Assim sendo mantenho aqui esta curiosidade para melhor 
compreensão da informação presente acima proveniente do Pina). 
 
 
48 João Pedro C. M. 
 
2.1 Osteologia 
Características específicas dos grupos vertebrais: 
1. Vértebras Cervicais 
• Corpo Vertebral pouco desenvolvido (uma vez que só suporta o peso da 
cabeça não necessita que esta estrutura apresente excessiva robustez). 
o Face Superior – apresenta lateralmente 2 Processos 
Unciformes/Semilunares que limitam os movimentos de rotação 
do Pescoço 
o Face Inferior – apresenta 2 goteiras que se articulam com os 
Processos Unciformes da Vértebra seguinte. 
• O Forâmen Vertebral apresenta uma forma triangular (triangulo isósceles). 
• Os Processos Transversos apresentam um orifício designado de Forâmen 
Transversário, localizado entre as 2 raízes de inserção destre processo no 
corpo vertebral, o qual dá passagem à Artéria Vertebral. 
• Os Processos Transversos apresentam ainda 2 tubérculos (um anterior e um 
posterior) entre os quais se localiza um sulco que dá passagem ao Nervo 
Espinhal. Este sulco localiza-se apenas na Face Superior. 
• As Lâminas possuem forma retangular (retângulo horizontal). 
• A C7 apresenta um Processo Espinhoso muito desenvolvido 
e (segundo o Pina) um Forâmen Transversário pouco desenvolvido. 
• O Processo Espinhoso é bifurcado/bitubercular (exceto em C7). 
• Os Processos Articulares têm uma orientação quase horizontal. 
• C6 apresenta um Tubérculo Anterior muito desenvolvido – Tubérculo Carótico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo Espinhoso (Bifurcado) 
Facetas Articulares Inferiores 
Lâminas 
Forâmen Transversário 
Tubérculo Posterior 
Tubérculo Anterior 
Processo 
Transverso 
Pedículo 
Corpo Vertebral (Face Inferior) 
Goteira que se articula com o Processo Unciforme 
Processo Espinhoso (Bifurcado) 
Faceta Articular Superior 
Lâminas 
Forâmen Transversário 
Tubérculo Posterior 
Tubérculo Anterior 
Pedículo 
Corpo Vertebral (Face Superior) 
Processos Unciformes 
Processo 
Transverso 
Vé
rt
eb
ra
 C
er
vi
ca
l (
C3
) –
 V
is
ta
 In
fe
ri
or
 
Vértebra Cervical (C4) – Vista Superior 
C7 
(Pina). 
 
João Pedro C. M. 49 
 
2.1 Osteologia 
1.1 Vértebras Cervicais – Características Individuais: 
1.1.1 C1 – Atlas: 
o Não tem Corpo Vertebral sendo portanto, uma Vértebra incompleta. 
o Não apresenta Lâminas nem Pedículos. 
o Tem um Arco Anterior e um Posterior: 
o Arco Anterior: 
 Apresenta um Tubérculo Anterior, na sua Face Anterior. 
 Apresenta uma Faceta Articular para o dente do Áxis na 
sua Face Posterior. 
o Arco Posterior: 
 Não apresenta Processo Espinhoso, estando no seu lugar 
o Tubérculo Posterior. 
o Apresenta Massas Laterais (uma esquerda e uma direita): 
o Face Superior – apresenta uma Faceta Articular (Cavidade 
Glenóidea) em forma de palmilha que se articula com o 
Côndilo Occipital.

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