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1 Aline David – ATM 2025/B PAREDE TORÁCICA ● Inclui a caixa torácica, os músculos que se estendem entre as costelas, a pele, a tela subcutânea, os músculos e a fáscia que revestem sua face anterolateral. ● As glândulas mamárias estão situadas na tela subcutânea da parede torácica. ● Função: - Proteger órgãos vitais; - Permitir a mecânica ventilatória (o diafragma é responsável por mais ou menos 70% da capacidade de inspiração; o restante fica a cargo de músculos acessórios); - É o local de origem de músculos do membro superior, do pescoço e do abdome; ● A cada respiração, os músculos da parede torácica – trabalhando em conjunto com o diafragma e os músculos da parede abdominal – variam o volume da cavidade torácica. Isso é realizado primeiro ampliando sua capacidade e ocasionando a expansão dos pulmões e a entrada de ar e, depois, por causa da elasticidade pulmonar e do relaxamento muscular, reduzindo o volume da cavidade e expulsando o ar. ● Limites: - Posterior: 12 vértebras torácicas (T1 a T12) e seus discos intervertebrais; - Lateral: 12 pares de costelas e 3 camadas de músculos planos que cobrem os espaços intercostais entre costelas adjacentes; - Anterior: osso esterno; - Superior: abertura superior do tórax; - Inferior: abertura inferior do tórax, fechado pelo diafragma; ● O tórax não pode ser confundido com “peito”, o peito corresponde do fim das costelas até o pescoço, contém o abdômen e o tórax também; ● As costelas aumentam seu volume da parte óssea, mais ou menos até VII, quando ele passa reduzir, e o volume de cartilagem passa a aumentar; ● A pleura é uma camada que cobre internamente as costelas, entretanto ela só vai até a X costela; (azulzinho); são dois “sacos” fechados, que ficam ao redor do mediastino. ● A cavidade torácica é dividida em três compartimentos: o mediastino central, ocupado pelo coração e pelas estruturas que transportam ar, sangue e alimento; e as cavidades pulmonares direita e esquerda, ocupadas pelos pulmões. ● Mediastino é uma região do tórax. Tudo o que fica no tórax se organiza ali, exceto os pulmões; (verde); COSTELAS: ● São ossos planos e curvos, possuem medula óssea e cortical; 1ª divisão: - Verdadeiras (vertebroesternais): 1 a 7; (se ligam no osso esterno “diretamente”). - Falsas (vertebrocondrais): 8, 9 e 10; (se ligam no rebordo costal, que é cartilaginoso, as costelas se ligam na cartilagem da costela superior); - Flutuantes (vertebrais livres): 11 e 12; (não se articulam com o esterno, por mais que possuem cartilagem em sua extremidade também; 2ª divisão: - Elas podem ser também classificadas em típicas (3 a 9) ou atípicas, que correspondem as demais (1, 2, 10, 11 e 12); - Típicas: possuem cabeça com 2 facetas articulares, com vértebra do mesmo número dela e outra com vértebra superior a ela; possuem também um colo, que une a cabeça e o corpo e está no nível do tubérculo, esse tubérculo Resumo de Anatomia de Tórax 2 Aline David – ATM 2025/B possui uma face lisa articular com processo transverso de sua vértebra e face rugosa para fixação do ligamento costotransversário, possuem corpo, que é fino, plano, curvo, o ângulo da costela, posterolateral marca o limite lateral da inserção dos músculos do dorso. O sulco da costela, protege feixe vasculonervoso intercostal e subcostal; - Atípicas: - 1 costela: mais larga, horizontal, mais curta e mais curva, 1 face articular com T1 apenas, e 2 sulcos para os vasos subclávios (veia é mais anterior), no meio há o tubérculo do músculo escaleno anterior; - 2 costela: mais fina e longa e menos curva q a 1. Possui uma rugosidade superior no corpo, a tuberosidade do serrátil anterior, parte de sua origem; possui também uma tuberosidade para o músculo escaleno posterior; - 10 a 12: tem apenas 1 face articular; 11 e 12: não tem colo nem tubérculo; *O acesso deve ser feito na borda superior da costela inferior da que se deseja acessar. ● Cartilagens costais: servem para dar uma certa flexibilidade às costelas, aumentam da 1 para a 7 e são diretas com o esterno. A 8 a 10 se fundem no plastrão costal ou margem costal, 11 e 12 protegem a ponta; ESPAÇOS INTERCOSTAIS: • 1 abaixo de cada costela, menos da 12ª, ali há o espaço subcostal, bem como seu feixe vásculo nervoso. • Nervo, artéria e veia intercostais. A artéria está protegida pela artéria e pelo nervo, evitando que em uma lesão na costela seja lesada a artéria. • A artéria intercostal vem direto da aorta, ou seja, é um ramo que possui muita pressão. • A veia intercostal vai drenar para a veia ázigos, a qual cai na veia cava superior. • Dão alguns ramos que vão para a borda superior da costela, inferior ao espaço. No entanto, são alguns ramos muito pequenos, o que possibilita fazer uma intervenção cirúrgica nesse local. 3 Aline David – ATM 2025/B Músculos intercostais externo, interno e íntimo. Entre o interno e o íntimo passa o feixe vásculo nervoso. O músculo íntimo é contado, muitas vezes, como interno. ESTERNO: • Composto por: manúbrio, corpo e Apêndice xifoide. Até adulto jovem existe uma sincondrose. • Manúbrio: incisura jugular/supraesternal, incisura clavicular e articulação esternoclavicular, incisura com cartilagem da 1ª costela (sincondrose da 1ª costela). • Ângulo do esterno de Louis: é formado pela união do manúbrio com o corpo do esterno. Ocorre na 2ª costela. T 4 → divide o mediastino superior em mediastino inferior. • Corpo: está nos T5 a T9, incisuras costais laterais e 3 cristas longitudinais nas sinostoses das 4 esternebras. É formado em quatro faixas de ossificação (esternébras), com 3 cristas transversais entre cada uma que seria a divisão entre as faixas de ossificação de fusão das 4 estérnebras. • Xifoide: pode ter váris formas, cartilaginoso. Ossifica depois dos 40 anos. Reparo anatômico importante. Limite superior do fígado, centro tendíneo do diafragma e margem inferior do coração. *Na pericardiocentese coloca-se uma agulha abaixo do xifoide, 45° apontado para cima, apontando para o mamilo esquerdo e punciona até sair líquido. ABERTURAS DO TÓRAX: - Superior: vértebra T1, 1º arco costal e margem superior do manúbrio do esterno. Tem inclinação anteroinferior. - Inferior: vértebra t12, 12º arco costal, margem costal e ângulo infraesternal/articulação xifoesternal – xifoide não faz parte. ARTICULAÇÕES: - Costovertebrais: • Articulação da cabeça das costelas: cabeça da costela articula-se com a fóvea costal superior da vértebra correspondente (de mesmo número), a fóvea costal inferior da vértebra superior a ela e o disco IV adjacente que une as duas vértebras. • Articulação costotransversárias: Os abundantes ligamentos laterais às partes posteriores (arcos vertebrais) das vértebras reforçam e limitam os movimentos dessas articulações, que têm apenas cápsulas articulares finas. Um ligamento costotransversário, que segue do colo da costela até o processo transverso, e um ligamento costotransversário lateral, que segue do tubérculo da costela até a extremidade do processo transverso, fortalecem as faces anterior e posterior da articulação, respectivamente. Um ligamento costotransversário superior é uma faixa larga que une a crista do colo da costela ao processo transverso superior a ela. A abertura entre esse ligamentoe a vértebra permite a passagem do nervo espinal e do ramo posterior da artéria intercostal. O ligamento costotransversário superior pode ser dividido em uma parte costotransversária anterior forte e uma parte costotransversária posterior fraca. 4 Aline David – ATM 2025/B • As partes costotransversárias fortes que unem essas articulações limitam seus movimentos a um pequeno deslizamento. Entretanto, as faces articulares nos tubérculos das 6 costelas superiores são convexas e se encaixam nas concavidades dos processos transversos. Consequentemente, a rotação se dá ao redor de um eixo basicamente transversal que atravessa o ligamento intra- articular e a cabeça e o colo da costela. Isso resulta em movimentos de elevação e depressão das extremidades esternais das costelas e do esterno no plano sagital (movimento em alavanca de bomba). As faces articulares planas dos tubérculos e processos transversos das costelas VII a X permitem deslizamento, resultando em elevação e depressão das partes mais laterais dessas costelas no plano transverso (movimento em alça de balde). - Esternocostais: • 1ª par de cartilagem, se articula com o esterno pela sircondrose da primeira costela. Do 2º ao 7º par de cartilagens, se articulam com o esterno por meio de articulações sinoviais, que permitem os movimentos durante a respiração. • As fóveas das articulações costotransversárias até T6 são côncavas e permitem um movimento rotacional com movimento em alavanca de bomba, elevando o esterno. Já as fóveas de T7 a T10 são planas e permite um pequeno deslizamento, movimento em alça de balde → esses movimentos ocorrem mais na inspiração forçada. MOVIMENTOS DA PAREDE TORÁCICA: • Anterior, superior e lateral da caixa torácica → alavanca de bomba, diafragma e alça de balde – músculos intercostais. • Músculos do tórax (serrátil posterior, levantadores das costelas, subcostais e transverso do tórax). * A clavícula passa na frente dos escalenos. • Paciente com DPOC grave, utiliza a musculatura acessória para inspirar, pois o diafragma desse paciente já está baixo. Logo, o paciente estará apoiado na maca, pois fica mais fácil de realizar a respiração. Esse tipo de paciente não consegue tomar banho e lavar o cabelo porque ele perde o apoio. • Os músculos peitoral maior, peitoral menor e serrátil anterior, são considerados acessórios da respiração, pois ajudam a elevar as costelas para expandir a caixa torácica quando a inspiração é profunda e forçada. • Os músculos escalenos também são músculos respiratórios acessórios, fixando essas costelas e tornando os músculos que unem as costelas abaixo 5 Aline David – ATM 2025/B mais efetivos na elevação das costelas inferiores durante a inspiração forçada. • Os verdadeiros músculos da parede torácica são: serrátil posterior superior e o inferior, os levantadores das costelas, os subcostais e o transverso do tórax. • M. Serratil posterior superior, não mais considerado respiratório. O mesmo para o inferior. São considerados proprioceptivos → foram apontados como causa de dor crônica das síndromes de dor miofascial. • M levantadores das costelas: possuem formato de leque, mas sua função é incerta na ventilação. • M. Intercostais externos: 11 pares, sentido inferior anterior da borda inferior da costela superior até a borda superior da costela inferior. São mais ativos na inspiração, Contínuos com o músculo oblíquo externo e com a membrana intercostal externa (anterior). Suas fibras são voltadas para baixo. • M Intercostal interno: 11 pares, orientação das fibras contrárias as do externo, posteroinferiormente de cima para baixo. Na parte posterior, transformam em membrana intercostal interna. Contínuo com músculo oblíquo interno e com a membrana intercostal interna (posterior). Mais fracos, atuam mais na expiração. Suas fibras são voltadas para cima. • Subcostais: face interna da parede posterior, mais desenvolvido na parte inferior, vão de uma costela até duas abaixo. Segue mesmo sentido dos intercostais internos e se fundem a eles. • M transverso do Tórax: Função expiratória fraca. Radial, na face interna anterior da parede. • Fáscias da parede torácica: recebem o nome de seus músculos. Basicamente fáscia peitoral e fáscia endotorácica. *Não se usa artéria para fazer ponte porque ela possui um fluxo muito maior. A veia tem as colaterais para drenar, a artéria tem as anastomoses, mas compromete mais o fluxo sanguíneo. INERVAÇÃO: • Logo que saem dos forames intervertebrais, os nervos espinais torácicos se dividem em anteriores (intercostais) e posteriores. Intercostais anteriores (intercostais propriamente ditos) vão de T1 a T11 + 1 subcostal. Os posteriores inervam (Dá sensibilidade) músculos profundos paravertebrais e pele do dorso. Os dois terão tanto fibra motora quanto sensitiva. • Ramo cutâneo intercostal posterior (ramo do intercostal posterior) ele dá a sensibilidade cutânea importante para os dermátomos. • O ramo anterior no meio (ângulo) da costela ele fica no sulco da costela e emite um ramo cutâneo lateral (na linha axilar média). • Quando chega próximo do esterno o ramo anterior emite ramos anteriores, que também são cutâneos. • Dermátomos 6 Aline David – ATM 2025/B • O nervo está abaixo da artéria e acima da artéria está a veia. • Nervos intercostais atípicos: 1º, 2º, 3º, 7º ao 11º. • Herpezoster: relacionado com os dermátomos. Todo mundo tem, mas ele só irá incomodar quando o sistema imune estiver comprometido, fazendo com que esse vírus apareça. Causa muita dor, porque ele se instala nas terminações nervosas. Fica uma faixa na pele de lesões postulosas, mas dá sempre de um lado, nunca irá fechar. O tratamento é com uma dose elevada de aciclovir (800mg) 5 vezes ao dia (4 em 4 horas). VASCULARIZAÇÃO: • Parte torácica da aorta: ramos intercostais posteriores e subcostal. • Artéria subclávia: torácica interna e tronco costocervical → artéria intercostal suprema. • Artéria Axilar: artéria torácica superior e torácica lateral. • Intercostal suprema (ramo costocervical da subclávia) supre 1º e 2º espaço intercostal. (posterior) → sai da aorta. • O tronco costocervical tá atrás da carótida comum e da artéria vertebral → irriga o primeiro e o segundo espaço intercostal. • Parte torácica da aorta: ramos intercostais posteriores e subcostal – origina ramo dorsal da artéria intercostal posterior (vascularização para os músculos paravertebrais e para a medula espinal) – se cortar essa artéria tem que cuidar para não cortar/ligar muitos segmentos antes dela dar o ramo dorsal, se não grande parte da medula irá ficar sem vascularização fazendo com que a pessoa fique paraplégica → segue o ramo posterior do nervo. • Artéria subclávia: torácica interna/ mamária – dá as intercostais anteriores de 1 a 6 espaços intercostais, depois se divide em musculofrênica e epigástrica (7 a 9). - Musculofrênica da as intercostais anteriores de 7 a 9. • Artéria auxiliar: artéria torácica superior e torácica lateral → irrigam a parede por fora. • Veias intercostais: acompanham as artérias e ficam superiormente no feixe intercostal. Ramos 7 Aline David – ATM 2025/B posteriores e anteriores anastomosam-se. Anteriormentedrenam para a V torácica interna. Posteriormente recebem tributárias do ramo posterior e outro intervertebral que drena o plexo venoso vertebral e daí para a ázigos/hemiázigos. As veias intercostais post do 1º espaço drenam diretamente para a veia braquiocefálica D e E. As do 2 e 3º espaços unem-se e forma a veia intercostal superior. Tudo entra na veia cava superior a qual levará o sangue para átrio direito. • Bloqueio do nervo intercostal → sempre que for fazer algo no espaço intercostal, sempre tem que fugir da borda inferior da costela. MAMAS: • Estruturas superficiais mais proeminentes. • Formado por tecido glandular, tecido fibroso e uma mátriz adiposa, vasos, nervos e linfáticos. • Homens e mulheres • As glândulas mamárias estão na tela subcutânea sobre os músculos peitoral maior e menor. • Papila mamária e aréola. A papila pode ser invertida, dando desconforto quando a mulher amamenta. • Homens → o tecido glandular é rudimentar e não funcionante e o tecido adiposo não se difere do restante do subcutâneo. Como tem tecido glandular pode ter adenocarcinoma (2% – 3% → câncer de mama em homens). • 1 lobo é formado de 15 a 20 lóbulos que vão confluir para o ducto lactífero e terminam do seio lactífero, desembocando na papila. • Entre as papilas tem os ligamentos fibrosos que mantém a formada mama. • Volume de mama depende do tecido gorduroso e não do tecido glandular. • Feminino: o leito mamário vai da borda lateral do externo até a linha axilar média, do 2º espaço intercostal até o sexto. • 2/3 do leito é dado pela fáscia do m. peitoral maior e o restante pelo m. serrátil anterior. • Entre a mama e a fáscia peitoral existe o espaço retromamário, que serve para que a mama tenha um grau de movimento sobre a fáscia peitoral. • O tecido mamário pode estender-se ao longo da borda m. peitoral maior – processo axilar da mama ou cauda de Spence. Ele pode aumentar durante o ciclo menstrual. • O tecido conjuntivo fibroso forma os ligamentos suspensores da mama (de Cooper), que fazem com que a glândula mamária fique fixada a pele da derme sobrejacente → ajudam a sustentar os lobos e os lóbulos da glândula mamária. 8 Aline David – ATM 2025/B • Ductos lactíferos dão origem a brotos que formam 15 a 20 lóbulos da glândula mamária, que constituem o parênquima. • Cada lóbulo da glândula é drenado por seu ducto lactífero. Estes convergem e saem independentes na aréola. Cada ducto tem uma parte dilatada antes de desembocar na aréola que é chamada de seio lactífero, no qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. • O bebê não suga o leite da mama, é a mama que secreta o leite, pois se a glândula não produzir leite não vai vir. Por isso, o fica uma gotinha do seio lactífero para o bebê não se irritar enquanto o leite não vem, assim dá tempo de produzir o leite pela glândula mamária. O movimento de sugar existe, mas não é isso que faz o leite descer. • A aréola possui muitas glândulas sebáceas, que aumentam durante a gravidez e secretam uma substância oleosa → lubrifica e protege a aréola e a papila. • A papila não possui glândulas sudoríparas, pelos e nem gordura, mas sim músculo liso. As papilas são formadas principalmente por fibras de músculo liso circulares que comprimem os ductos lactíferos durante a lactação e causam a ereção das papilas em resposta à estimulação, como quando o bebê começa a mamar. • As glândulas mamárias são glândulas sudoríferas modificadas e, portanto, não possuem cápsula nem bainha. • Os alvéolos que secretam o leite são organizados de forma semelhante a cachos de uva. VASCULARIZAÇÃO: • Ramos mamários mediais de ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores da torácica interna. • Artéria torácica lateral e toracoacromial, ramos da axilar (quando a subclávia passa o escaleno). • Ramos das artérias intercostais posteriores (ramos torácicos da aorta). • A drenagem venosa se dá principalmente pela veia axilar, mas existe alguma drenagem pela veia torácica interna. 9 Aline David – ATM 2025/B DRENAGEM LINFÁTICA E INERVAÇÃO: • É importante devido o seu papel de metástases de células cancerosas. • A linfa passa da papila, da aréola e dos lóbulos da glândula mamária para o plexo linfático subareolar. • A maior parte da linfa, cerca de 75% dos quadrantes laterais drena para os linfonodos axilares. • O resto da linfa, dos quadrantes mediais da mama, drena para os linfonodos paraesternais, para outra mama. Enquanto a linfa dos quadrantes inferiores flui para os linfonodos abdominais. • Toda drenagem do nosso corpo é dada pelo ducto torácico. É um vaso linfático que passa entre a coluna e o esôfago pela direita. Chega na jugular interna e na subclávia esquerda entra na corrente sanguínea para chegar no coração e ser reprocessada essa linfa. • Os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4º ao 6º nervo intercostal. PLEURAS: • Pleura parietal + pleura visceral = saco pleural • A cavidade pleural é um espaço virtual entre as camadas da pleura, que contém o líquido pleural seroso, o qual serve para que as superfícies deslizem umas sobre as outras. • Pleura visceral: aderida em toda a superfície do parênquima pulmonar, inclusive cissuras/fissura. Em geral, não é possível dissecar da superfície dos pulmões nos cadáveres. É contínua com a pleura parietal no hilo pulmonar até o ligamento pulmonar. • As duas são o mesmo tecido, é contínuo, mas só varia onde ele está. • O Hilo pulmonar é onde o pulmão é fixo no mediastino, a pleura visceral chega no hilo e continua recobrindo a parede do mediastino se chamando pleura parietal. • Pleura Parietal: reveste as cavidades pulmonares em suas faces costal, mediastinal e diafragmática (e cúpula). É mais espessa que a pleura visceral, sendo possível de ser dissecada em cirúrgia e nos cadáveres → Separada das costelas e estruturas da parede torácica pela fáscia endotorácica. • Na Face diafragmática chamada de fáscia frênico pleural, une a parte diafragmática da pleura parietal às fibras musculares do diafragma. • Na cúpula da pleura, a fáscia endotorácica é mais espessa, chamada de fáscia de Sibson/membrana suprapleural e seu ápice fica há 2 cm acima do terço médio da clavícula. *Por esse motivo se tomar facada ou tiro, pode furar a pleura acima da clavícula e formar um pneumotórax. • Uma pleura desliza na outra e faz com que o pulmão tenha expansibilidade, ou seja, serve para deslizar e por isso produz o líquido pleural, ambas produzem e ambas absorvem. *Quando isso dá problema tem-se o derrame pleural, que é quando o líquido pleural se acumula. Que seria no aumento da produção, diminuição de reabsorção, aumento da reabsorção, etc. 10 Aline David – ATM 2025/B PULMÕES: • Pulmões: oxigenar o sangue e eliminar o CO2 • Possui: ápice, base, lobos, três faces (parietal/costal, mediastinal e diafragmática) e 3 margens (anterior, inferior e posterior). • A face parietal é maior e a mais curva. • Pulmão D → possui incisura horizontal e oblíqua, portanto 3 lobos. Maior e mais pesado, porém mais largo e curto, por que? - Porque a maior parte do coração fica para a esquerda, por isso o pulmão esquerdo tende a ser um pouco menor. Mais curto porque a cúpula diafragmática é mais alta. • Pulmão E → possui apenas cissura oblíqua, 2 lobos,margem anterior possui incisura cardíaca (impressão do coração no pulmão). - Ao auscultar o pulmão do paciente, ao botar o estetoscópio nas costas estará sendo auscultado o lobo inferior do pulmão. Na parte anterior do tórax se ausculta o lobo superior e um pouco do lobo médio. • Língula: faz parte anatomicamente do lobo superior do pulmão esquerdo. • Impressões de estruturas no pulmão embalsamado → costelas, coração e grandes vasos. • Face costal do pulmão: é grande lisa e convexa, e se relaciona com as costelas e as cartilagens costal na parte anterior e com as vértebras na parte posterior. • Face mediastinal do pulmão: é côncava, porque está relacionada com o mediastino médio, que contém o pericárdio do coração. Compreende o hilo, que recebe a raiz do pulmão. Há um sulco do esôfago e uma impressão cardíaca no pulmão direito. No pulmão esquerdo a impressão cardíaca é muito maior; também tem um sulco contínuo proeminente do arco da aorta e da parte descendente da aorta, além de uma área menor para o esôfago. • Face diafragmática do pulmão: é côncava e forma a base do pulmão. • Hilo pulmonar, raiz do pulmão: Brônquio, artéria e veias, plexos pulmonares de nervos e linfáticos. Medialmente ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral da pleura → a bainha pleural. VASCULARIZAÇÃO DOS PULMÕES: • Sintopia: ação das estruturas que estão na volta de outra estrutura. - Artéria → sempre superior à esquerda e no meio do hilo (carrega sangue não oxigenado). - Veias superior e inferior → nas extremidades anterior e inferior (carrega sangue oxigenado). - Brônquio → posterior – é duro. Assim que é definido o hilo pulmonar. - Ligamento pulmonar → se estende entre o pulmão e o mediastino, anterior ao esôfago. Ele parece prender a raiz do pulmão. 11 Aline David – ATM 2025/B - veia → artéria → brônquios. • A veia sai do lobo superior. • A veia sai do lobo médio e se junta com a veia do lobo superior para formar a veia pulmonar direita. - Ao fazer uma esternotomia, a estrutura mais anterior é o ventrículo direito e a artéria pulmonar. Logo, quando a serra perde a resistência do osso ela trava. • Feixe vasculonervoso do nervo frênico → inerva o diafragma. Passa pela frente do hilo pulmonar. • O nervo vago passa por trás do hilo pulmonar. - Antes de ir para trás ele dá um ramo chamado de laríngeo recorrente. ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: • Traqueia: se inicia a partir da cartilagem cricóide (inteira) após segue formada por anéis cartilagenosos incompletos em forma de ferradura. Membranosa (tecido que fecha o caninho que é a traqueia). Se bifurca (Carena ou Carina) ao nível do plano transverso do tórax (ângulo do esterno - T4) em brônquios principais, um para cada pulmão, que entram nos hilos. • Brônquio principal direito → mais largo, mais curto e mais vertical, porque entra diretamente no hilo do pulmão. • Brônquio principal esquerdo → segue inferolateralmente, inferior ao arco da aorta e anteriormente ao esôfago e a parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão. • Os brônquios principais se dividem em brônquios lobares (2 a esquerda e 3 a direita) e depois brônquios segmentares (suprem os segmentos broncopulmonares) e subsegmentares e assim vai seguindo divisões anatômicas. Sempre seguindo tríade de brônquio, art e veia??? No início (hilo e lobos) sim a tríade seguirá normalmente junta, no entanto normalmente depois o brônquio e a artéria vão juntos e a veia se separa dessas estruturas. • Segmentos pulmonares: 10 à D e 8 a 10 à E. - Se caiu um corpo estranho na via aérea, a grande probabilidade é de esse objeto ir para a direita porque é o caminho natural para ele seguir. 12 Aline David – ATM 2025/B • Na esquerda não tem brônquio intermediário. Por isso tem a língula. No lado direito tem o lobo médio no lugar da língula. • Bronquíolos não possuem cartilagem. • Brônquios segmentares (20 a 25x) → bronquíolos condutores (terminam como bronquíolos terminais). Os bronquíolos condutores transportam ar, mas não possuem glândulas e nem alvéolos. Cada bronquíolo terminal dá origem a diversas gerações de bronquíolos respiratórios, caracterizados por alvéolos. • O alvéolo pulmonar é a unidade estrutural básica de troca gasosa no pulmão. • Cada bronquíolo respiratório da origem há 2 a 11 ductos alveolares e cada um destes, 5 a 6 sacos alveolares. • Não tem musculatura lisa nos alvéolos, tem até os ductos. • Poros de Kohn → são vários buraquinhos que comunicam um alvéolo com o outro. - O pulmão se forma até os 8 anos. • O esôfago está direto encostado na membranosa, porque ele não tem a serosa (tecido conjuntivo) que separa um órgão do outro. - Logo, é muito fácil um tumor de esôfago invadir a traqueia. SEGMENTOS PULMONARES: • No lobo superior do pulmão esquerdo não tem segmento apical, tem o segmento ápico-posterior – é como se unisse dois segmentos. • Na língula, em vez de ter o segmento lateral e medial, tem o semento superior e inferior. • Segmento basilar anteromedial no pulmão esquerdo. • Logo, o pulmão direito tem 10 segmentos e o pulmão esquerdo tem 8 segmentos. • O segmento 6 do lobo inferior, sai na mesma altura do brônquio intermediário do lobo médio. 13 Aline David – ATM 2025/B VASCULARIZAÇÃO DA ÁRVORE TRAQUEOBRÔNQUICA: • Supridos por um brônquio segmentar e artéria terciária. • Drenado por veias intersegmentares • Artérias e brônquios seguem paralelos denominando as subdivisões pulmonares. • As veias seguem independentes e drenam para duas veias hilares, superior e inferior. A V lobar média drena para veia superior D. • Circulação brônquica: nutre os brônquios e o tecido pulmonar. • Artérias brônquicas nutrem as estruturas pulmonares e pleura visceral. As duas art. Brônquicas E se originam da aorta. A brônquica D, única, pode se originar direto da aorta, de intercostais (3ª) ou da brônquica superior E. - Artéria brônquica e artéria pulmonar possuem uma diferença de pressão. A pressão da circulação pulmonar é muito menor do que a da circulação sistêmica. Logo, a pressão da artéria pulmonar é maior do que a pressão da artéria brônquica. - A pressão da artéria pulmonar é muito menor do que uma veia sistêmica. - Algum problema de oxigenação pulmonar faz com que o corpo entenda que tem que aumentar a pressão para mandar mais sangue. No entanto, as artérias da circulação pulmonar são mais finas do que as da circulação sistêmica e se tornam mais duras, fazendo disso um ciclo vicioso cada vez pior, sendo um dos mecanismos de fibrose pulmonar que leva à hipertensão pulmonar que leva a fibrose pulmonar. Por isso, o tratamento é feito com vasodilatadores, para relaxar a artéria e poder enviar mais sangue para o pulmão. • Veia brônquica D drena para V ázigo. A V brônquica E pode drenar para v hemiázigo, hemiázigo acessória ou intercostal superior E. 14 Aline David – ATM 2025/B • Pequena circulação: • A artéria pulmonar é proveniente do pulmão direito. • O sangue chega pelo meio do ácino e é recolhido pela periferia através das veias desse ácino. • As veias e artérias brônquicas sempre irão acompanhar a membranosa. LINFÁTICOS:• Drena todos os linfonodos para o hilo pulmonar. • Marcam a divisão dos vasos. Onde há bifurcação de vaso ou carena brônquica, vai haver um nódulo linfático. • Periferia em direção ao hilo. • Mediastinais, hilares, etc. • Parasimpático: (X par) faz broncoconstrição, vasodilatação e estimulam secreção. • Simpático: cadeia laterovertebral do simpático: broncodilatam (porque consegue mais O2), vasoconstritora, inibem secreção (para não ter risco de obstruir). • Pacientes que tem asma usam broncodilatadores para estimular a circulação. • Quanto mais linfonodos estão obstruídos em um paciente com câncer, dificulta a chance de operação. - Pacientes com até dois linfonodos hilares comprometidos: pode ser submetido à cirurgia, para investigar se os mediastinais estão livres de neoplasia, podendo então fazer ressecção. - Linfonodos mediastinais comprometidos: não é possível fazer cirurgia para ressecar. MEDIASTINO: Região do tórax compreendido entre as pleuras, acima do diafragma e abaixo dos limites cervicais. É tudo que está no tórax que não é pulmão e pleura. É dividido em mediastino superior e inferior, o qual é dividido pelo plano transverso do tórax que vai do ângulo do esterno, passando na borda inferior de T4 e na borda superior de T5. MEDIASTINO INFERIOR: Situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma. O mediastino inferior é dividido em anterior, médio (pericárdio e seus conteúdos) e posterior. Limite anterior do mediastino superior: localizado entre o coração e o esterno. Mediastino médio: coração e raízes dos seus grandes vasos. O limite posterior do mediastino inferior é a coluna. As estruturas encontradas atrás do coração são: esôfago, (não tem traqueia porque ela já se dividiu naquele ponto), ázigos, hemiázigos, hemiázigos acessória, ducto torácica e nervos. Mediastino inferior: timo, coração, esôfago e vasos. 15 Aline David – ATM 2025/B MEDIASTINO SUPERIOR: Mediastino Anterior: glandular/veia/artéria/respiratório/digestório/linf ático/neuro. Ordem das principais estruturas do mediastino superior em sentido anteroposterior: timo, veias, artérias, vias respiratórias, sistema digestório, troncos linfáticos. Plano glandular – Timo: se desenvolve e atinge o ápice na puberdade, depois começa involuir. Ocupa a parte anterior do mediastino superior. A vascularização do timo é toda feita com ramos da artéria torácica interna. Atrás do timo tem o tronco braquiocefálico venoso esquerdo (as duas veias do timo drenam para a veia braquiocefálica esquerda). - Parte superior: cornos do timo. - Parte inferior: Lobos do timo. - O grande problema de uma timectomia é a grande possibilidade de rasgar a veia braquicefálica, porque ela é bem curtinha. Vasos: - Veias braquicefálicas direita e esquerda: formam-se pela união das veias jugular interna e subclávia. Nos níveis da 1ª cartilagem costal, as veias braquiocefálicas se unem para formar a VCS. A veia braquiocefálica direita é maior, porque passa do lado direito para o lado esquerdo. Atravessa o mediastino na frente. - Veia cava superior: entra no átrio direito. Situa- se no lado direito do mediastino superior. O nervo frênico direito situa-se entre a VCS e a parte mediastinal da pleura parietal. A metade terminal da VCS termina no mediastino médio. - Parte ascendente da aorta: seus únicos ramos são as artérias coronárias, originadas nos seios da aorta. É considerada conteúdo do mediastino médio. - Arco da aorta: ascende anteriormente à artéria pulmonar direita e à bifurcação da traquéia. - Arco da veia ázigos: à direita da traqueia, sobre a raíz do pulmão direito. - Tronco braquiocefálico: só tem um, que é à direita. É o primeiro ramo do arco da aorta, anterior à traqueia e posterior à veia braquiocefálica esquerda. Se divide em subclávia e carótida comum direitas. - Artéria carótida comum esquerda: é o segundo ramo do arco da aorta, à esquerda do tronco braquiocefálico. - Artéria subclávia esquerda: é o terceiro ramo do arco da aorta, posterior à artéria carótida comum esquerda. Não emite ramos no mediastino. - Traqueia: (anteriormente ao esôfago) começa com a cricoide. É considerada a partir da borda superior da cricoide até a carena traqueal. Não é um componente do mediastino posterior. - Esôfago: (posteriormente à traqueia) começa na faringe e vai até o estômago. Possui pontos de compressão (arco da aorta, brônquio esquerdo e diafragma), locais que são estreitados por outras estruturas, os quais podem dificultar a passagem do alimento, caso a pessoa tenha uma doença que abranja esses pontos de compressão, 16 Aline David – ATM 2025/B comprimindo a luz do esôfago, fazendo com que a pessoa tenha uma obstrução do esôfago mais cedo. - Ducto torácico: linfonodos. Altura que ele atravessa da direita para a esquerda. Drena todas as estruturas, menos o membro superior direito. - O ligamento pulmonar impede a movimentação do pulmão durante as cirurgias, por isso ele deve ser removido. É como se fosse uma reflexão da pleura. - Nervos: vago, dando o recorrente, seguindo para posterior do hilo pulmonar. O frênico cruza e vem pela frente do hilo. Saber a divisão do recorrente da direita e da esquerda (baixo no ramo da aorta) e direita (em cima na subclávia). O vago passa ao lado da carótida comum. E o frênico passa na frente do escaleno anterior. MEDIASTINO POSTERIOR: Está localizado inferiormente ao plano transverso do tórax, posteriormente ao pericárdio e ao diafragma. Contém a parte torácica da aorta, o ducto torácico e os troncos linfáticos, os linfonodos mediastinais posteriores, as veias ázigos e hemiázigos, o esôfago e o plexo nervoso esofágico. O ducto torácico origina a cisterna do quilo no abdome e ascende através do hiato aórtico no diafragma. Assemelha-se a um colar de contas por possuir muitas válvulas. Sistema venoso ázigo: situado de cada lado da coluna vertebral, drena o dorso e as paredes toracoabdominais. Veia ázigo: drena o sangue das paredes posteriores do tórax e do abdome. Veia hemiázigo: origina-se no lado esquerdo pela união das veias subcostal esquerda e lombar ascendente PERICÁRDIO: • O mediastino médio inclui o pericárdio, o coração e as raízes dos seus grandes vasos. • É uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e os grandes vasos. • É formado por duas camadas: a camada espessa e externa → pericárdio fibroso (contínuo com o centro tendíneo do diafragma); e a face interna do pericárdio fibroso revestido por uma lâmina serosa chamada de pericárdio seroso. - Essa lâmina é refletida sobre o coração nos grandes vasos como a lâmina visceral do pericárdio seroso. CAVIDADE DO PERICÁRDIO Espaço virtual Normalmente há pequena quantidade de líquido que permite ao coração se movimentar e bater sem atrito Lâmina visceral do pericárdio seroso forma o epicárdio Torna-se contínuo com a lâmina parietal do pericárdio seroso - No local onde a aorta e o tronco pulmonar deixam o coração - No local onde a VCS, VCI e as pulmonares entram no coração SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO Separa as artérias das veias. 17 Aline David – ATM 2025/B SEIO OBLÍQUO Local de reflexão das veias. IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO PERICÁRDIO Art. Pericardicofrênica Ramo da art. torácica interna Segueo nervo frênico IRRIGAÇÃO VENOSA Veias Pericardicofrênicas Tributárias do sistema venoso ázigo INERVAÇÃO Nervos frênicos Nervos vagos Troncos simpáticos CORAÇÃO: Bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão. Pouco maior do que uma mão fechada. Lado direito (coração direito) recebe sangue pouco oxigenado (venoso) do corpo pelas VCS e VCI e bombeia através da artéria pulmonar para ser oxigenado nos pulmões. Lado esquerdo recebe sangue bem oxigenado (arterial) dos pulmões através das veias pulmonares e o bombeia para a aorta, de onde é distribuído para o corpo 4 câmaras: átrios direito e esquerdo ventrículos direito e esquerdo O VE tem que ter mais força contrátil do que ser complacente. Já o VD tem que ser mais complacente do que ter força contrátil. A abertura das valvas atrioventriculares, acontece rápido logo depois da sístole. CICLO CARDÍACO: Diástole – enchimento ventricular Valva de eustáquio 18 Aline David – ATM 2025/B Sístole – esvaziamento ventricular Ausculta cardíaca - Bulhas cardíacas → fechamento das valvas. - 1a bulha: fechamento das v. A-V (quando os ventrículos ejetam o sangue do coração). - 2a bulha: fechamento das v. aórtica e pulmonar (quando o sangue é transferido dos átrios para os ventrículos). PAREDE CARDÍACA: Endocárdio: fica dentro do epicárdio, a qual tem relação com o sangue. Miocárdio: é a parte muscular. Tem mais no VE esquerdo do que no VD. Epicárdio: parte bem exterior. Fica contínuo com o pericárdio seroso (visceral). Sulco coronário: Demarca os átrios dos ventrículos Sulcos interventriculares (IV) anterior e posterior: separam os ventrículos direito e esquerdo ÁPICE DO CORAÇÃO: Formado pela parte ínfero lateral do VE. Situa-se posteriormente ao 5o EICE, aproximadamente 9cm do plano mediano. Normalmente permanece imóvel durante todo o ciclo cardíaco. Local de intensidade máxima dos sons de fechamento da valva AV esquerda (mitral/bicúspide). BASE DO CORAÇÃO: Face posterior do coração (oposta ao ápice). Formada principalmente pelo AE, com menor contribuição do AD. Voltada posteriormente em direção aos corpos das vértebras T VI e T IX, separada pelo pericárdio, seio oblíquo do pericárdio, esôfago e aorta. Estende-se superiormente até a bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o seio coronário Recebe as veias pulmonares e cavas superior e inferior FACES DO CORAÇÃO: Face esternocostal (anterior): formada principalmente pelo VD. - Face diafragmática (inferior): formada principalmente pelo VE e em parte pelo VD. Relacionada ao centro tendíneo do diafragma. - Face pulmonar direita: formada principalmente pelo AD. - Face pulmonar esquerda: formada principalmente pelo VE. Entre os dois ventrículos, no sulco intertubecular anterior, passa a artéria descendente anterior ou interventricular anterior, a qual é ramo da coronária esquerda. ÁTRIO DIREITO Forma a margem direita. Recebe sangue venoso da VCS, VCI e do seio coronário (retorno de todas as veias do coração). Aurícula direita: - Se projeta do AD como uma câmara adicional. - Aumenta a capacidade do AD. - Superpõe-se à parte da aorta ascendente. Interior do átrio direito: 19 Aline David – ATM 2025/B - Uma parte lisa, posterior, de paredes finas, onde se abrem as veias cavas (VCS e VCI) e o seio coronário. - Parede anterior muscular, rugosa, formada pelos músculos pectíneos. - Óstio AV direito (v. tricúspide). Septo interatrial: - Depressão oval, do tamanho da impressão digital de um polegar = fossa oval. - Fossa oval é um remanescente do forame oval → local mais comum das patologias de parede do coração. - 25% das pessoas tem forame oval patente → forame oval que não fechou. VENTRÍCULO DIREITO: Forma a maior parte da face esternocostal e quase toda margem inferior. Superiormente, afila-se e forma um cone arterial (infundíbulo) → tronco pulmonar. Trabéculas cárneas: elevações musculares irregulares em sua face interna. Válvula AV direita (tricúspide): - 3 cúspides (anterior, posterior e septal) - Músculos papilares: projeções musculares cônicas com bases fixadas à parede ventricular o Contração iniciada antes da contração do VD, tensionando as cordas tendíneas e aproximando as válvulas. - Cordas tendíneas (forma semelhante à inserção das cordas de um paraquedas). ÁTRIO ESQUERDO Forma maior parte da base do coração. Desembocadura das veias pulmonares (direita e esquerda), avalvulares. Aurícula esquerda: - Estrutura muscular, tubular, parede trabeculada com músculos pectíneos, forma a parte superior da margem esquerda e cavalga a raiz do tronco pulmonar. Interior do átrio: - Parte maior com paredes lisas e uma aurícula muscular menor, contendo músculos pectíneos. - Quatro veias pulmonares (2 superiores e 2 inferiores), que entram na parede lisa posteriormente. - Ligeiramente mais espessa sua parede do que a do AD. - Óstio AV esquerdo (v. AV esquerda / mitral). 20 Aline David – ATM 2025/B VENTRÍCULO ESQUERDO: Forma o ápice do coração, quase toda sua face esquerda (pulmonar) e margem esquerda. Seu interior: - Paredes 2 a 3 x mais espessas do que do VD. - Paredes cobertas principalmente por uma tela de trabérculas cárneas (mais finas e numerosas). - Músculos papilares anteriores e posteriores maiores. V. AV esquerda (mitral): - 2 válvulas anterior e posterior - Localizada no nível da 4a cartilagem costal - Cada uma de suas válvulas recebe cordas tendíneas de mais de um m. papilar V. da aorta: - Situada obliquamente - Localizada no nível do 3o EIC VALVAS DO TRONCO PULMONAR E DA AORTA: Válvulas tricúspides - Válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar → Direita, esquerda e anterior. - Válvulas semilunares da aorta → Direita, esquerda e não coronariano (ou posterior). - Não tem cordas tendíneas para sustentá-las. - Área menor em relação as AV, assim como força exercida sobre elas. - Imediatamente superior a cada válvula semilunar, as paredes das origens do tronco pulmonar e da aorta são ligeiramente dilatadas, formando um seio → Seio de Valsava → o sangue presente nos seios e a dilatação da parede impedem a aderência das válvulas à parede do vaso (que poderia impedir o fechamento). VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO: Vasos sanguíneos - Artérias coronárias: o sangue entra nelas quando o coração faz a diástole, porque o coração está relaxado. - Veias cardíacas: retornam pelo próprio miocárdio. - Integrados ao tecido adiposo, superficialmente (geralmente). - Maior parte do sangue do miocárdio. - Endocárdio e parte do tecido subendocárdico. o Recebe O2 por difusão ou por micro vascularização diretamente das câmaras do coração. Logo, no endocárdio as coronárias não são tão importantes. VASOS SANGUÍNEOS: - Geralmente integrados ao tecido adiposo atravessam a superfície logo abaixo do epicárdio. - As vezes trajetos intramiocárdicos → não são possíveis de se enxergar, podendo ser lesados em cirurgia. - Inervação simpática e parassimpática. ARTÉRIAS CORONÁRIAS: - Primeiros ramos da aorta. - Irrigam o miocárdio e o epicárdio. - Imediatamente superior à valva aorta - DIREITA E ESQUERDA o DIREITA → saindo do seiode Valsalva direito. o ESQUERDA → saindo do seio de Valsalva esquerdo. - Seguem por lados opostos do tronco pulmonar. - Suprem os átrios e os ventrículos. 21 Aline David – ATM 2025/B - Os ramos arteriais são pequenos (não são facilmente observados em cadáveres). - Distribuição ventricular não é bem delimitada. ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA: - Origina-se do seio coronariano direito. - Segue pelo sulco coronário. - Emite o ramo do nó sinoatrial, ascendente, que irriga o nó SA. - Emite o ramo marginal direito → Irriga a margem direita. - Na face posterior do coração o Crux do coração – junção dos septos interatrial e interventricular entre as 4 câmaras. o ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular (irriga o nó AV). Geralmente supre: - Átrio direito - Maior parte do ventrículo direito - Parte do ventrículo esquerdo (face diafragmática) - Parte do septo IV - Nó SA (cerca de 60% das pessoas) Nó AV (cerca de 80% das pessoas) DOMÍNIO DO SISTEMA ARTERIAL CORONÁRIO: - Definido pela artéria que dá origem ao ramo interventricular (IV) posterior. o Artéria descendente posterior (na maioria das vezes – quando tem dominância direita). - 67% tem dominância direita. o Ramo interventricular posterior: irrigação de áreas adjacentes do VD e do VE e envia ramos interventriculares septais. o No padrão mais comum, a ACD supre a face diafragmática do coração. ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA: - Origina-se do seio coronariano esquerdo. - Passa entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar e segue no sulco coronário. - ~ 40% das pessoas o ramo do nó SA origina-se do ramo circunflexo da ACE. - Divide-se em: o Ramo interventricular anterior (Descendente anterior) → em muitas pessoas dá origem ao ramo lateral (artéria diagonal). o Ramo circunflexo da ACE → dá o ramo marginal esquerdo (acompanha a margem esquerda do coração e supre o ventrículo esquerdo). Geralmente supre: - O átrio esquerdo - A maior parte do VE - Parte do VD - A maior parte do SIV - O nó SA ARTÉRIA INTERVENTRICULAR ANTERIOR - Segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração - Costuma fazer anastomose com o ramo IV posterior da ACD (pela margem inferior) - Ramo IV anterior 22 Aline David – ATM 2025/B o Supre VD e VE o Através de ramos septais, supre os 2/3 anteriores do SIV - A aurícula serve para aumentar ou diminuir a quantidade de sangue que a gente recebe. - Pontos de retorno venoso: cava superior, cava inferior e seio coronário. - No seio coronário tem a valva de Tebésio. - Lesão no istmo gera sangramento no espaço pleural esquerdo, fazendo com que o pulmão colabe e a pessoa morra de morte súbito. - Doenças da aorta ascendente: doença das coronárias, dissecção, infarto, etc. ARTÉRIA CIRCUNFLEXA (ACX): - Menor - Acompanha o sulco coronário ao redor da margem esquerda até a face posterior - Geralmente a ACE supre: - Átrio esquerdo - Maior parte do VE - Parte do VD - Maior parte do SIV (geralmente seus 2/3 anteriores), inclusive o feixe AV (através dos ramos IV septais) - Nó SA (em 40% das pessoas) VARIAÇÕES DAS ARTÉRIAS CORONÁRIAS: - Comuns - 67% das pessoas = dominância direita o ACD e ACE compartilham quase igualmente o suprimento sanguíneo - 15% das pessoas = dominância esquerda o Ramo IV posterior é ramo da ACX - 18% = codominância direita e esquerda o Ramos das artérias coronárias direita e esquerda chegam à crux. DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO - Principalmente por veias que se abrem no seio coronário e em parte por pequenas veias que drenam para o átrio direito. - SEIO CORONÁRIO: o Principal veia do coração. o Segue da esquerda para direita na parte posterior do sulco coronário o Veia cardíaca magna é a principal tributária do seio coronário (drena áreas do coração supridas pela ACE). ➢ 1a parte = veia interventricular anterior. SEIO CORONÁRIO: - Veia IV posterior (acompanha o ramo interventricular posterior – geralmente originado da ACD). - Veia cardíaca parva (acompanha o ramo marginal direito da ACD). o Drenam áreas supridas pela ACD. SISTEMA DE CONDUÇÃO: - Geração e transmissão de impulsos que produzem as contrações coordenadas do ciclo cardíaco - Nó sinoatrial (SA) o Localizado anterolateralmente na junção da VCS com o átrio direito o Marcapasso do coração o Inicia e controla os impulsos para as contrações cardíacas - Nó sinoatrial - Sinal de contração propaga-se miogenicamente - Suprido pela artéria do nó sinoatrial o 60% ramo da ACD o 40% ramo da ACE - Estimulo simpatico – acelera FC 23 Aline David – ATM 2025/B - Estimula parassimpático – retorna FC basal NÓ ATRIOVENTRICULAR (AV): - Localizado na região posteroinferior do septo interatrial (próximo a abertura do seio coronário) - Sinal é gerado pelo nó SA, propagado pelo músculo cardíaco para o nó AV que distribui o sinal para os ventriculos através do fascículo AV (direito e esquerdo) - Fibras de Purkinje – ramos subendocárdicos dos feixes Dir e Esq do fascículo AV NÓ AV: - Suprido pela artéria do nó AV o Geralmente a maior e o primeiro ramo IV septal da artéria IV posterior, um ramo da ACD em 80% das pessoas
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