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A prática da dança na infância e adolescência e seus benefícios

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO 
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
A prática da dança na infância e adolescência e seus benefícios. 
 
 
 
 
 
 
 Paulo Ruan de Andrade Rodrigues 
 
 
Resumo 
 
A dança enquanto um processo educacional, não se resume simplesmente em aquisição de 
habilidades, mas sim, contribui para o aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões 
fundamentais do movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua 
relação com o mundo. O uso da dança como prática pedagógica favorece a criatividade. 
Este trabalho tem como objetivo refletir a importância da dança, no desenvolvimento 
humano não só uma maneira de exercitar-se como também um instrumento de socialização, 
para a formação de cidadãos participativos e responsáveis. A dança, sendo uma experiência 
corporal, possibilitará as crianças e adolescentes novas formas de expressão e 
comunicação, levando-os à descoberta da sua linguagem corporal, que contribuirá para o 
processo ensino aprendizagem. 
 
 
Palavras chaves: Artigo científico; ​Dança habilidade e socialização. 
1
 
1 Paulo Ruan de Andrade Rodrigues, graduando do primeiro período em Educação Física no curso de 
bacharelado. Escola Superior de Educação Física (ESEF) da Universidade de Pernambuco. 20/11/2017 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
A dança, na educação infantil, deixou de ser apenas uma manifestação artística ou um 
divertimento. Sabe-se, hoje, que ela pode estimular e desenvolver capacidades positivas na 
criança, que a acompanharão pelo resto da vida. Através dos movimentos, a criança 
estimula a coordenação motora, postura, flexibilidade, noções de espaço e lateralidade, 
fortalece a musculatura e adquire maior consciência corporal. Além disso, maior facilidade 
de integração social, musicalidade e ritmo também estão entre os benefícios. Jean Piaget 
(1896-1980), um dos maiores teóricos do desenvolvimento infantil, defendia que a realidade 
das crianças é vivida e interpretada por meio das sensações físicas e não do pensamento. 
Seguindo essa linha, acredita-se que a dança contribui para o desenvolvimento da criança e 
do adolescente. A dança pode e deve ser praticada desde cedo. A partir dos 18 meses o 
bebê já pode praticar os primeiros passos. Para começar, coloque estilos diferentes de 
música e incentive o pequeno a fazer movimentos simples. No início ele imitará os pais ou 
outros adultos e, aos poucos, irá criar seu próprio estilo. Oportunize o contato com diversos 
estilos, como rock, jazz, samba e pop. Com o passar do tempo a própria criança vai escolher 
seus ritmos preferidos. “​A dança é a arte do movimento. Seu primeiro registro foi 
caracterizado por movimentos rudimentares, ainda na pré-história onde os homens batiam 
os pés no chão e aos poucos foram descobrindo que poderiam criar novos tipos de sons e 
movimentos, expressando com os movimentos corporais suas emoções.” 
Para Paulo Ruan de Andrade Rodrigues estudante do primeiro período do curso de Educação física 
(bacharelado) na instituição de ensino superior UPE (Universidade de Pernambuco) 2017. A dança 
não só é a arte do movimento como também um desenvolvedor de estímulos. Trazendo com isso 
alguns benefícios. 
 
1.1​. A dança desenvolve estímulos como: 
 Tátil – sentir os movimentos e seus benefícios para o corpo; 
 Visual – ver os movimentos e transformá-los em atos; 
 Auditivo – ouvir a música e dominar o seu ritmo; 
 Afetivo – emoções e sentimentos transpostos na coreografia; 
 Cognitivo – raciocínio, ritmo, coordenação; 
 Motor – esquema corporal, coordenação motora associada ao equilíbrio 
 e flexibilidade. 
 
1.2. Benefícios da dança nas crianças e adolescentes. 
Benefício emocional: A dança é uma forma de expressão que ajuda esses jovens a explorar 
os seus sentimentos, além de adquirir maior autoconfiança. 
Benefício social: A dança é uma experiência comum que promove a tolerância e apreço 
pelos outros. 
Benefício cultural: Dançar fomenta o interesse em outras culturas. Ao estudar formas de 
dança que se originam em outros países adquire-se compreensão histórica e cultural de 
outros povos. 
 
1.3. O problema 
 A dança ainda não é considerada por grande parte dos profissionais da educação infantil 
como uma atividade pedagógica. 
 
1.4. Objetivo do estudo 
 Refletir sobre o enriquecimento e o desenvolvimento pessoal que a criança da educação 
infantil pode ter ao contato com a dança. 
 
1.5. Questões a investigar 
 A dança de fato tem sido utilizada no currículo com a real importância pedagógica que ela 
pode proporcionar? 
 
1.6. Relevância do estudo 
 Este estudo tem sua importância para todos que trabalham com a educação infantil, pois 
a dança possui ferramentas que, além de possibilitarem a realização de aulas prazerosas e 
consequentemente, o bom rendimento, contribui para o desenvolvimento da descoberta 
subjetiva das potencialidades corporais influenciando na constituição da identidade. 
 
1.7. Estratégias metodológicas 
A metodologia do presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa como 
revisão de literatura, através de reflexões e comparações de autores sobre o assunto: a 
dança na educação infantil, a fim de compreender o processo da dança mais profundamente 
e até que ponto contribui para construção do conhecimento. 
 
1.8. Justificativa 
O presente tema procura identificar os benefícios da dança para as crianças, em sua 
questão motora, afetiva e cognitiva gerando oportunidades oferecidas para a construção e 
enriquecimento do seu desenvolvimento pessoal. 
 
 
2. Referencial teórico 
2.1. O que é a dança? ​ Dentre os nove verbetes apresentados para a palavra dança o 
dicionário online ​Priberam​ define: “Arte de dançar; passos cadenciados geralmente ao som 
e compasso de música e movimento incessante”. Já o site ​Significados​ lembra que esta 
atividade humana é uma das mais antigas: ​O povo primitivo iniciou a arte de dançar e a 
praticava em diferentes ocasiões no período da colheita, nos rituais, aos deuses na época 
das caçadas, nos casamentos, em homenagem a mãe natureza. É considerada a mais 
completa das artes, pois envolver elemento artístico como a musica, teatro, a pintura e a 
escultura, sendo capaz de exprimir tanto as mais simples quanto as mais fortes emoções. O 
significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como um meio para 
adquirir conhecimento, como opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da 
criatividade e importante forma de comunicação. Através da dança uma pessoa pode 
expressa o seu estado de espírito. A dança desde os primórdios expressam muito mais do 
que um momento específico, apesar deste fato ser inseparável do conjunto de elementos 
importantes que compõem uma cultura. Representa uma forma de manifestar conhecimento, 
emoções, e identidade. Para Laban (1978), a dança é um dos meios através do qual todos 
os povos expressam sua cultura sua relação com a natureza e com os homens. 
 Segundo Marques (2012 p.17) em 1992, por exemplo, a dança passou a fazer parte do 
regimento da secretariamunicipal de educação de São Paulo como linguagem artística 
diferenciada. Em 1997, a dança foi incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e 
ganhou reconhecimento nacional como forma de conhecimento a ser trabalhado na 
escola.​ ​Já o Referencial Curricular para a Educação Infantil (1998) volume três afirma que: 
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As 
crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu 
próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. 
 
2.2. Dança: contribuições e dificuldades 
 A dança como aliado para a educação infantil. Nesta perspectiva da diversidade e da 
multiplicidade de propostas e ações que caracterizam o mundo contemporâneo, seria 
interessante lançarmos um olhar mais crítico sobre a dança nas escolas (Marques 2012, p. 
19). Com isso criarmos movimentos diferentes, sempre na forma de brincadeiras em uma 
constante interação com colegas, já faz parte da rotina delas. Esse e o resultado de um 
longo projeto de dança, aplicada sistematicamente pela equipe e não só em época de festa 
“A dança ainda é entendida de forma equivocada por muitas escolas, que costumam 
apresentá-la somente nas datas comemorativas e na forma de reprodução de coreografia 
prontas”. O professor deve conscientizar-se de que o movimento é de inovar e ousar que os 
termos de cópias já se afastaram juntamente com paradigmas que não se enquadram mais 
nas novas visões de uma pedagogia preocupada com a formação integral do educando. 
Nesse sentido, torna-se de suma importância que o professor se aproprie das premissas da 
atual pedagogia e motive-se a inovar. A mudança é sempre difícil, pois nos tira da zona de 
conforto fazendo com que repensemos todo trabalho ingressado por não mudar ao longo do 
tempo. Nesta linha de pensamento fica notório que não basta apenas ter o conhecimento é 
preciso renová-lo com novas propostas que vem surgindo com único intuito de melhorar 
cada vez mais o ensino. Deixando, assim para trás a lembrança de professores que 
ensinam exclusivamente as disciplinas da grade curricular, levando os educadores a adquirir 
algumas qualificações essências para vida como saber pensar, falar, ouvir, ver, analisar, 
criticar e principalmente ser capaz de tomar decisões (Antunes. 2002 p.47). 
 A outros problemas que precisam ser sanados; segundo Eferson (2012) não poderia 
deixar de mencionar a dificuldade de encontrar bibliografia especializada na área de dança 
voltada para a educação infantil e, até mesmo, recusa de muitas editoras conhecidas em 
publicar trabalhos que certamente contribuiriam para um desenvolvimento mais crítico da 
área, alegando “falta de mercado”. Aquilo que temos publicado de longa data no Brasil, na 
maioria das vezes traduzidas – e mal traduzido - geralmente apresentada uma visão 
romântica e pouca crítica do que é a dança e seu ensino, deixando frequentemente de 
enfatizar seus aspectos artísticos e estéticos em prol de uma abordagem em que a dança 
aparece somente como meio, ou recuso educacional. 
 A realidade da dança na educação Infantil para algumas escolas são praticadas de forma 
equivocada, muitas vezes por falta de conhecimento, outras pela visão enquadrada em 
padrões de movimentos e coreografias. A dança como mais uma proposta para estabelecer 
conhecimento, torna-se hoje um cabo guerra. Educadores trazem pra si a realidade de 
utilizar a dança como mais uma ferramenta para enriquecer o conhecimento do aluno, outros 
preferem apenas utilizar a dança como uma atividade que se realiza apenas em datas 
comemorativas sem compromisso com a questão pedagógica. Reforça Freinet (1991). Infeliz 
educação a que pretende, pela experiência, fazer crer os indivíduos que podem ter acesso 
ao conhecimento pelo conhecimento e não pela experiência. Produzira apenas doentes do 
corpo e do espírito, falsos intelectuais inadaptados. (P. 42). 
2.3. Dança e professor - ​Segundo Garrida (2005, p.3). 
 A dança apresenta-se como uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas 
necessidades, desejos, expectativas e também Serve como instrumento para seu 
desenvolvimento individual e social. Consideramos que a inserção de diferentes linguagens 
na esfera da educação infantil deve significar um avanço para os professores em relação 
aos conhecimentos acerca da cultura infantil. Se o professor conduzir seu aluno a 
movimentos codificados e metodológicos, ele só conseguirá enxergar um espaço limitado, 
espaço esse totalmente avesso à proposta de Garrida no qual afirma que a dança é uma 
ferramenta preciosa, tornando possível que o professor amplie o conhecimento do aluno 
através da dança. 
 
 
Foto disponível em: 
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/danca-criativa-422886.shtml 
 
2.4. A dança na educação infantil 
Não há dúvida que as crianças pequenas adoram se movimentar. Elas vivem e demonstram 
seus estados afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, pulam, correm e brincam 
ruidosamente. Estão-se tímidas ou tristes, encolhem-se e sua expressão corporal é 
reveladora do que sentem. Henri Wallon nos lembra que a criança pequena utiliza seus 
gestos e movimentos para apoiar seu pensamento, como se este se projetasse em suas 
posturas. O movimento é uma linguagem, que comunica estados, sensações, ideias: o corpo 
fala. Assim, é importante que na Educação Infantil o professor possa organizar situações e 
atividades em que as crianças possam conhecer e valorizar as possibilidades expressivas 
do próprio corpo. Fica evidente o trecho retirado do site revista nova escola que a dança vai 
além de uma mera diversão, deixando de ser também somente uma expressão artista. 
Portanto, reiteramos a importância da dança para o desenvolvimento global da criança, ou 
seja, de forma biopsicossocial. Desta forma é emergencial que a educação infantil assuma e 
cumpra aquilo que já está determinado pela legislação e confirmado por inúmeros estudos 
como o de Scarpato (2001) que nos lembra que o uso da dança na escola, favorece a 
criatividade trazendo inúmeras contribuições ao processo de aprendizagem, além de gerar a 
consciência corporal e crítica. O aluno questiona-se e começa a compreender o que passa 
consegue e ao seu redor, tornam-se mais espontâneo e expresso seus desejos de modo 
mais natural... (p.58) Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de 
expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e 
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/danca-criativa-422886.shtml
responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto 
expressão e aprendendo a pensar em termos de movimento. (p.59) Desta forma é de muita 
relevância trabalhar a dança na educação infantil de forma flexível, tendo sempre em mente 
que esta dança no qual descrevemos nos textos acima é uma dança com finalidades 
pedagógicas e não mera repetição de movimentos padronizados. Por conta disso é preciso 
ter um olhardiferenciado para cada criança, pois a forma que elas vão desenvolver sua 
dança será totalmente diferente umas das outras, ou seja, será individualmente a forma de 
mover seu copo. É e este o ponto de partida, pois não estará trabalhando o coletivo de 
forma padronizada. Quando permitimos que a criança construa sua própria forma de mover, 
sem “compromisso” vários benefícios se adquiri. Afirma Arruda, (1988, p.15) “a arte do 
movimento, além de desenvolver as formas individuais e coletivas de expressão de 
criatividade de espontaneidade, concentração, autodisciplina, promove uma completa 
interação do indivíduo. Mediante estas constatações é preciso que o professor busque estar 
atento aos movimentos que estão sendo realizados dentro da sala de aula, considerá-los 
forma de linguagem, promover outras/várias interações e expressões corporais através da 
dança criativa, para que de fato ocorra um aprendizado integrado e global que irá repercutir 
para vida inteira do aluno. 
 Porém, esse aprendizado deverá ser de forma bem lúdica, sempre tendo em mente que a 
dança na escola não tem finalidade de transformar a criança em dançarinos, mas sim, 
desenvolver a expressividade, a capacidade de comunicabilidade e sensibilidade perceptiva 
de detalhes no mundo, além de ampliar a criatividade, a subjetividade e a interação. Nesse 
sentido, Marques (2012) afirma que: É por essa razão que é primordial pensamos a dança 
na escola também como uma dança lúdica, que brinca, permite e incentiva relações- e não 
imposições. A ludicidade nas propostas de dança permite que vínculos sejam recriados, ou 
seja, que experiências sejam possibilidades, descobertas incentivadas, recombinações 
realizadas. Estaremos, assim, propondo que na escola trabalhemos com e eduquemos 
corpos cênicos lúdicos. A dança que é brincadeira faz com que a brincadeira vire dança. A 
dança que é brincadeira e a brincadeira que vira dança, não terá sentido se o professor não 
entender que brincadeira também é coisa séria. Não se pode falar de dança na educação 
infantil sem mencionar sua parceria com o brincar, pois a educação infantil é a primeira 
etapa da educação básica, tornando-se uma fase muito importante na vida dos alunos, é o 
inicio de toda trajetória escolar. Devemos ter em mente a importância de uma educação 
infantil que respeite as especificidades desta etapa do desenvolvimento infantil, ou seja, 
considerar a ludicidade como eixo diretivo de todas as práticas escolares, e isso quer dizer: 
a oferta de um ensino bem lúdico usando de possibilidades como, brincar, dançar, cantar, 
falar, imaginar, experimentar, entre outras mais, além de uma escola organizada a partir 
dessas premissas e um projeto de formação de professores que contemple tais 
necessidades, é um dos caminhos para uma prática educativa inovadora e comprometida 
com a formação integral do ser humano​. 
 O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), volume três, também 
prevê a dança criativa como uma dimensão expressiva e que deve ser considerada em 
práticas educativas: A dança é uma das manifestações da cultura corporal dos diferentes 
grupos sociais que está intimamente associada ao desenvolvimento das capacidades 
expressivas das crianças. A aprendizagem da dança pelas crianças, porém, não pode estar 
determinada pela marcação e definição de coreografias pelos adultos. E ainda propõe como 
parâmetro para o professor acerca do trabalho, do planejamento e da organização do tempo 
e do espaço, principalmente para as crianças de quatro e cinco ano, situações que 
possibilitem: Percepção de estruturas rítmicas para expressarem-se corporalmente por meio 
da dança, brincadeiras e de outros movimentos. Valorização e ampliação das possibilidades 
estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades de dança. 
(p.32). Portanto, fica claro que o aspecto lúdico seja desenvolvido pelas crianças não 
apenas com finalidades de lazer, nem tão pouco utilizar das brincadeiras e danças como 
forma de relaxar o aluno. A proposta é fazer com que o aluno consiga um bom 
desenvolvimento, no qual ele cresça e torne-se um cidadão capaz de atuar num mundo em 
constantes transformações. 
 
3. Considerações 
 A dança tem conceitos importantes a serem discutidos de uma forma a qual todos os 
professores sejam alcançados, para se obterem entendimentos de como trabalhar a dança 
na educação infantil. Podemos constar a existência de grupos comprometidos em buscar a 
prática da dança no cotidiano escolar a fim de reforçar desenvolvimento do ensino 
aprendizado. Contudo em sua maioria temos visto a dança somente em épocas festivas, 
sem nenhum objetivo que leve o aluno a um desenvolvimento cognitivo. 
 A intenção desse estudo é buscar a reflexão da prática da dança como mais uma 
alternativa dentre tantas, para ajudar a fortalecer o conhecimento cognitivo, motor e afetivo 
das crianças na educação infantil. Há uma enorme necessidade que se organizem reuniões 
pedagógicas com pessoas qualificadas para falar do assunto com máxima clareza. Pois 
através destas reuniões objetivos sobre a dança seriam traçados dentro do contexto 
educacional retirando de fato a marca na qual a dança faça parte apenas da animação da 
festa. 
 O estudo deste tema nos deixa claro através dos autores o quanto é vasto os benefícios 
alcançados com a dança, onde as necessidades das crianças são trabalhadas de forma 
diferenciadas, pois elas aprendem dançando. 
 Na educação infantil como base na formação tem por objetivo assistir a criança por 
completo, sendo assim, a equipe pedagógica deve abandonar sua zona de conforto, e se 
responsabilizar pela construção do conhecimento da criança, onde é valido aplicar diferentes 
recursos que contribuam para formação seja ela a dança, brincadeira, a musica, teatro etc. 
Pois sendo cada criança um ser diferente cada recurso contemplará a turma como um todo. 
Contudo é preciso superar as barreiras que supostamente é enfrentada pelos professores 
ao colocar a dança e outros recursos como aliados na prática pedagógica. Permitindo-se a 
dançar com seu aluno uma dança que vai muito além de passos codificados e perfeitos. 
 
Referências 
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Artmed, 2002. 
ARRUDA S. ​Arte do movimento: as descobertas de Rudolf Laban na dança e ação 
humana.​ São Paulo: PW Gráficos; Editores Associados, 1988. 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de educação 
fundamental. ​Referencial curricular nacional para educação infantil. ​Ministério da Educação 
e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998, vol.3. 
FREINET, C.​ Pedagogia do bom senso​ 3° Ed. São Paulo: Martins Fontes 1991. 
GARAUDY R.​ Dançar a vida​. 4ª edição. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1980. 
LABAN, R​. Domínio do movimento.​ São Paulo: Summus, 1978. 
MARQUES, I.​ A Dançando na escola.​ dois. Ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
MARQUES, I​. A Dançando na escola​. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2012. 
MARQUES, I. ​A Interações: criança, dança e escola​. São Paulo Blucher, 2012 (coleção 
interações) 
PIMENTA, S. G.e GHEDIN, E. (orgs.)​. Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um 
conceito.​ 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 
SCARPATO, M. T. Dança educativa: Um fato em escolas de São Paulo.​ Cadernos 
Cedes,​ Campinas ano XXI, n. 53, abr. 2001, pp.57-68. 
VERDERI, EB​. Dança na escola: uma abordagem pedagógica.​ São Paulo: Phorte, 2009. 
 
Sites 
DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA (DPLP)​. Disponível em: 
http://www.priberam.pt/DLPO/dan%C3%A7a Acesso: 17 /11/ 2017. 
RENGEL, Lenira​. Ler a dança com todos os sentidos​. Disponível em: 
http://www.arteesociedade.com/PROCESSOSPEDAGOGICOS.htm Acesso em: 16/11/2017 
REVISTA NOVA ESCOLA.​ É dançando que a gente aprende. Disponivel em: 
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/dancando-gente-aprende-4282
15.shtml Acesso em: 16/11/2017. 
REVISTA NOVA ESCOLA​. Dança Criativa. Disponivel em: 
http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/danca-criativa-422886.shtml 
Acesso em 15/11/2017 
REVISTA EDUCAÇÃO.​ Dança na Educação Infantil. Disponível em: 
http://www.youtube.com/watch?v=Haljr0tre8c. Acesso 15/11/2017. 
 http://www.xalingo.com.br/blog/2011/05/beneficios-da-danca-na-educacao-infantil/ 
SITE SIGNIFICADOS​. Disponível em: http://www.significados.com.br/danca. Acesso em: 
15/11/2017. 
 
 
 
2
2 Paulo Ruan de Andrade Rodrigues, graduando do primeiro período em Educação Física no curso de 
bacharelado. Escola Superior de Educação Física (ESEF) da Universidade de Pernambuco. 20/11/2017

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