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Universidade Santo Amaro – Unisa FIBROMIALGIA NOMES: Fernanda M. Fernandes 3415309 Gustavo Soares Lucas Eduardo 3623173 Marcos Cesar 3611957 Vitor Kalid 3577074 São Paulo Características da doença: ( onde ocorre, por que ocorre) A dor é considerada um mecanismo de alerta e defesa, pois identifica um estimulo agressor que pode ferir a integridade, dos indivíduos, fazendo-os procurar mecanismos de restituição à normalidade (Konrad, Coredeiro & Coeli, 2007). Dentre as patologias que manifestam a dor como sintoma primordial encontra-se a fibromialgia. Definida como uma síndrome reumática não - articular de origem desconhecida, caracterizada por dor músculo-esquelético difusa e crônica, com déficit físico e psicológico somando-se a presença de múltiplas regiões dolorosas (Lobo, Paiva, Andratta & Schieferdecker, 2014). Em 1990, o American College of Reumatology (ACR) padronizou os critérios de classificação para a fibromialgia, que se caracterizam por dor generalizada em pelo menos três dos quatros quadrantes estabelecidos, que persiste por um período de três meses, e dor à palpação em 11 dos 18 pontos dolorosos (tender points) (Wolfe et al., 1990). Trata-se de uma condição crônica dolorosa, com estimativas de prevalência mundial entre 0,5% e 5,0% com o predo- mínio em mulheres. Além disso, estudos de base populacional sugerem taxas de prevalência entre 0,5% a 6% e mostra alta cor- relação associada a outras comorbidades crônica como depressão e ansiedade. O quadro clínico costuma ser polimorfo, com a presença de dor difusa e crônica, sono não reparador, fadiga, sensações parestesias, relatos de inchaço, cefaleia, tontura, zumbido, dor torácica atípica, palpitação, dor abdominal, constipação, diarréia, dispepsia, tensão pré-menstrual, urgência miccional, dificuldade de concentração e falta de memória (Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2004). A fisiopatologia da fibromialgia não está clara. Há teorias que sugerem uma predisposição genética, fatores ambientais e psicológicos, associados a fatores estressantes além de alterações no processamento neuro-hormonais no eixo central hipotálamo – hipófiseadreanal. Contudo são necessários avanços em pesquisas para determinar a fisiopatologia definitiva da síndrome. Sintomas · O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor difusa pelo corpo. Habitualmente, o paciente tem dificuldade de definir quando começou a dor, se ela começou de maneira localizada que depois se generalizou ou que já começou no corpo todo. O paciente sente mais dor no final do dia, mas pode haver também pela manhã. A dor é sentida “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações. · Existe uma maior sensibilidade ao toque, sendo que muitos pacientes não toleram ser “agarrados” ou mesmo abraçados. Não há inchaço das articulações na FM, pois não há inflamação nas articulações. A sensação de inchaço pode aparecer pela contração da musculatura em resposta à dor. · A alteração do sono na fibromialgia é frequente, afetando quase 95% dos pacientes. No início da década de 80, descobriu-se que pacientes com fibromialgia apresentam um defeito típico no sono – uma dificuldade de manter um sono profundo. O sono tende a ser superficial e/ou interrompido. · Com o sono profundo interrompido, a qualidade de sono cai muito e a pessoa acorda cansada, mesmo que tenha dormido por um longo tempo – “acordo mais cansada do que eu deitei” e “parece que um caminhão passou sobre mim” são frases frequentemente usadas. Esta má qualidade do sono aumenta a fadiga, a contração muscular e a dor. · Outros problemas no sono afetam os pacientes com fibromialgia. Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico. Outros apresentam a Síndrome da Apneia do Sono, e param de respirar durante a noite. Isto também causa uma queda na qualidade do sono e sonolência excessiva durante o dia. · A fadiga (cansaço) é outro sintoma comum na FM, e parece ir além ao causado somente pelo sono não reparador. Os pacientes apresentam baixa tolerância ao exercício, o que é um grande problema, já que a atividade física é um dos grandes tratamentos da FM. · A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma “depressão mascarada”. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está “somatizando”, isto é, manifestando um problema psicológico através da dor. Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar um paciente com fibromialgia. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada se estiver presente. · Pacientes com FM queixam-se muito de alterações de memória e de atenção, e isso se deve mais ao fato da dor ser crônica do que a alguma lesão cerebral grave. Para o corpo, a dor é sempre um sintoma importante e o cérebro dedica energia lidando com esta dor e outras tarefas, como memória e atenção, ficam prejudicadas. O que causa a Fibromialgia? Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro fazem que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade. A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido. O que não mais se discute é se a dor do paciente é real ou não. Hoje, com técnicas de pesquisa que permitem ver o cérebro em funcionamento em tempo real, descobriu-se que pacientes com FM realmente estão sentindo a dor que referem. Mas é uma dor diferente, onde não há lesão na periferia do corpo, e mesmo assim a pessoa sente dor. Toda dor é um alarme de incêndio no corpo – ela indica onde devemos ir para apagar o incêndio. Na fibromialgia é diferente – não há fogo nenhum, esse alarme dispara sem necessidade e precisa ser novamente “regulado”. Comprometimento apresentado pelo paciente (qual prejuízo de quem tem): As dores crônicas persistentes, associadas às alterações somáticas e psicossociais, intensificam o sofrimento diante da síndrome fibromialgia e interferem desfavoravelmente na qualidade de vida e nas relações pessoais, sociais e familiares. A dificuldade para a realização de atividades diárias é relatada com o início da fibromialgia como: limpar a casa, atividades no trabalho, passeios em família etc. A condição fibromialgia pode ocasionar prejuízos funcionais, emocionais, e quando associados a outras patologias, poderão alterar a percepção da real condição clínica e a extensão de tais repercussões, certamente, poderá ser maior. A dor crônica, às vezes se relaciona intimamente a problemas sociais e psico- lógicos e interferem com grande impacto no cotidiano (Minayo & Sanches, 1993). O impacto na condição fibromialgia provoca decréscimo nas relações no âmbito familiar, pessoal, social e de trabalho e apontam para um comprometimento multidimensional, fato que poderá repercutir na qualidade de vida, pois afeta as relações intra e inter pessoais (Saltareli, Pedrosa, Hortense & Sousa,2008). Os indivíduos com fibromialgia apresentam redução da capacidade aeróbica, da função muscular (força e resistência) e da ADM, bem como reduções gerais na atividade física, no desempenho funcional (por exemplo, caminhar e subir escadas) e no condicionamento físico. Em geral, essas reduções são causadas pela dor difusa crônica que limita a capacidade de o indivíduo concluir suas atividades cotidianas, resultando finalmente em falta de condicionamento físico e perda da reserva fisiológica. Tratamento convencional (qual o tratamento convencional mais usado) A fibromialgia permanece ainda voltada às manifestações clínicas, com medidas farmacológicas e não farmacológicas. O tratamento tem como objetivos o alívio da dor, a melhora da qualidade do sono, a manutenção ou restabelecimento do equilíbrio emocional, a melhora do condicionamento físico e da fadiga e o tratamento específico de desordens associadas. Inicialmente, educar e informar o paciente e os seus familiares, proporcionando-lhes o máximo de informações sobre a síndrome e assegurando-lhes que seus sintomas são reais. A atitude do paciente é um fator determinante na evolução da doença. Por isso, procuramos fazer com que este assuma uma atitude positiva frente às propostas terapêuticas e seus sintomas TRATAMENTO FARMACOLÓGICO · ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS : Estes fármacos agem alterando o metabolismo da serotonina e a noradrenalina, e nos nociceptores periféricos e mecânico-receptores, promovendo analgesia periférica e central, potencializando o efeito analgésico dos opioides endógenos, aumentando a duração da fase 4 do sono n-REM, melhorando os distúrbios de sono e diminuindo as alterações de humor destes pacientes. A amitriptilina de 12,5-50mg, ministrada normalmente 2 a 4 horas antes de deitar, demonstra melhora na fadiga, no quadro doloroso e no sono destes pacientes(10)(B). A ciclobenzaprina, um agente tricíclico com estrutura similar à da amitriptilina, é uma droga que não apresenta efeitos antidepressivos, sendo utilizada como miorrelaxante. Doses de 10 a 30 mg, tomadas 2 a 4 horas antes de deitar, apresentam eficácia significativa no alívio da maioria dos sintomas da fibromialgia. A eficácia e a tolerabilidade da amitriptilina e da ciclobenzaprina no tratamento da fibromialgia podem ser consideradas semelhantes(11)(A). · BLOQUEADORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA: Bloqueadores seletivos de recaptação de serotonina, especialmente a fluoxetina, podem ser utilizados na síndrome. A fluoxetina, quando usada em conjunto com um derivado tricíclico, pode amplificar a ação destes últimos no alívio da dor, do sono e bem-estar global. Deve ser administrada pela manhã em doses entre 10 a 40 mg(12)(B). · BENZODIAZEPÍNICOS: A maioria dos benzodiazepínicos altera a estrutura do sono e diminui a duração de ondas delta durante o sono profundo(13)(C). O alprazolam em doses entre 0,5 e 3 mg aumenta a efetividade da resposta terapêutica quando associado ao antiinflamatório não hormonal(14)(C). Os benzodiazepínicos não devem ser utilizados em pacientes com fibromialgia de maneira rotineira devido ao aparecimento de dependência química. · ANALGÉSICOS: O paracetamol(15)(B) e a dipirona constituem alternativas para analgesia, como tratamento coadjuvante. A utilização do cloridrato de tramadol associado ao paracetamol contribui para a melhora da dor nos pacientes com fibromialgia(16)(A), mas não para a redução do número de tender points. · TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO: Os exercícios são importantes e fazem parte do tratamento desta síndrome. Os exercícios mais adequados são os aeróbicos, sem carga, sem grandes impactos para o aparelho osteoarticular, como dança, natação e hidroginástica, auxiliando tanto no relaxamento como no fortalecimento muscular, reduzindo a dor e em menor grau melhorando a qualidade do sono. A princípio, qualquer atividade física aeróbica, e de baixo impacto, tal qual natação, caminhada ou hidroginástica, é a mais recomendada. Em geral, uma caminhada, ao passo normal do paciente, durante 30 minutos a 1 hora todos os dias proporciona efeitos terapêuticos. A orientação de exercitar-se três vezes por semana tem sido eficaz e possibilita maior adesão ao tratamento. Em alguns casos, esta atividade se torna a única terapêutica necessária. A atividade física apresenta um efeito analgésico; por estimular. liberação de endorfinas, funciona como antidepressivo; e proporciona uma sensação de bem-estar global e de autocontrole. Esta deve ser bem dosada para que não seja muito extenuante, seu início deve ser leve e a sua "intensidade" aumentada gradativamente. Deve ser bem planejada para ser tolerada desde o início e para manter a adesão do paciente por um período prolongado. Por que o exercício pode ajudar no tratamento (como exercício pode melhorar a doença). A prática regular de atividade física é uma das estratégias mais eficazes para controlar sintomas típicos da síndrome, como a dor que se espalha por diferentes partes do corpo, a fadiga e o sono ruim. Falamos de caminhada, corrida, ciclismo, natação, hidroginástica, dança, entre outros. Movimentar o corpo diminui a rigidez, melhora o condicionamento e o ânimo. A atividade física incentiva a liberação de substâncias do próprio organismo que agem como analgésicos naturais, caso das endorfinas. Isso colabora inclusive para melhorar as noites de sono. A atividade física exerce papel de destaque frente à fibromialgia, condição que acomete cerca de 5 milhões de brasileiros. Sabemos que a fibromialgia é fruto de uma falha no funcionamento das fibras que transmitem a dor. O sistema nervoso de quem tem a condição é extremamente sensível daí a sensação dolorosa sem motivo aparente. A tendência é que os neurotransmissores associados ao bem-estar e ao controle da dor, como a serotonina e a dopamina, estejam em baixa. E aqueles que favorecem o desconforto, fiquem em alta. Os benefícios dos exercícios : · Menos dor: Em seis semanas dá pra notar esse efeito. Um dos motivos é que a atividade física estimula a produção dos nossos analgésicos naturais. · Mais disposição: Quem se mexe tem ânimo e condicionamento para situações corriqueiras como subir escadas ou brincar com as crianças. · Menos rigidez:Os exercícios contribuem com a flexibilidade, diminuindo a rigidez muscular e as contraturas, sobretudo pela manhã. · Menos fadiga:Treinos aeróbicos trabalham a respiração e o sistema cardiovascular, deixando o organismo mais tolerante aos esforços. · Mais bem-estar:O aumento na oferta de neurotransmissores associados ao prazer melhora o humor e a autoestima, espantando a depressão. Quais atividades fazer? · Aeróbicas: Pedalar, caminhar, trotar… Fazer um exercício aeróbico três vezes por semana ajuda a manter o peso e a liberar nossos analgésicos naturais. · Musculação: Já há provas de que treinos de resistência, com orientação e sem sobrecargas, melhoram a situação. Duas vezes por semana estariam de bom tamanho. · Pilates:O método trabalha a boa postura, a flexibilidade, o equilíbrio e a respiração. Só é preciso respeitar os limites do corpo, por favor. · Na água: Os exercícios no meio líquido são bacanas por absorver o impacto. Natação ou hidroginástica ainda favorecem a manutenção do controle das dores. · Alongamento: Embora não existam tantos estudos sobre essa técnica no tratamento da fibromialgia, há indícios de que ajudam a contornar a rigidez. Recomendações Treinamento de Força. (Livro ACSM ou artigos complementares) Exercício Aeróbico: Comece 2 a 3 dias por semana e progrida para 3 a 4 dias. Intensidade: Comece com < de 30% e progrida para 60% RFC Tempo: comece com 10 minutos e acumule até um total de 30 minutos e progrida para 60 minutos Exercício de baixo impacto/sem sustentação de carga. (Exercícios na água, caminhadas, ciclismo) inicialmente para minimizar as dores causadas pelos exercícios. Exercício Contra Resistência: O exercício contra resistência musculares para treinar os músculos objetivando a melhora do desempenho e das atividades funcionais. Frequência: 2a 3 dias por semana. Intensidade: 50 a 80% de 1 RM. Se o indivíduo não conseguir completar com facilidade e sem dor pelo menos 3 repetições em 50% de 1 RM, recomenda-se a intensidade inicial seja reduzida até um nível em que não experimente dor. Tempo: Se o objetivo for força muscular, realize 3 a 5 repetições por grupo muscular, aumentando para 2 a 3 séries. Se o objetivo for resistência muscular, realize 10 a 20 repetições por grupo muscular, aumentando para 2 a 3 séries; ou alguma combinação desde que os grupos musculares sejam alternados. Em geral, os exercícios de força são concluídos primeiramente e seguidos por um período de descanso de 15 a 20 minutos antes da realização dos exercícios contra resistências. Tipo: faixas elásticas, cargas nos braços/tornozelos e máquinas de peso. Exercícios de Flexibilidade: Os exercícios simples de alongamentos em combinação com outros exercícios melhoram as atividades funcionais, os sintomas e a autossuficiência de indivíduos com fibromialgia (porém a evidência é muito limitada). Intensidade: Alongamentos suaves e ativos, para todos os grupos musclotendionosos na faixa livre de dor. O alongamento deve ser mantido até o ponto de enrijecimento ou desconforto leve. Tempo: Intensidade, mantenha o alongamento por 10 a 30 segundos. Progrida para a manutenção de cada alongamento por até 60 segundos. Tipo: faixas elásticas e alongamento sem carga (sem sustentação de carga.) Apresentação de um caso, sugestão de treino proposto PELO GRUPO (informações completas do paciente e do treino.) A voluntria possuía 52 anos, 64 KG de massa corpórea, 160 cm de estatura e IMC de 22,6. Na ausência dos sintomas da Fibromialgia (FM) a paciente praticava esporadicamente atividades aeróbicas leves e moderadas (caminhada, bicicleta ou esteira ergométrica; 50 a 60% de frequência cardíaca de reserva de 20 a 40 minutos). Além disso, ela não realizava nenhum tipo de tratamento não medicamentoso contra a FM. O diagnóstico da FM foi feito pelo método de concentração de pontos sensíveis, havia 2 anos e a paciente relatava maior queixa de pontos sensíveis na região dorsal e na cintura escapular (especificamente trapézio e supra espinal). O treinamento constou de 12 semanas de exercícios resistidos subdivididas em três sessões semanais de 40 minutos em dias alternados. A sessão foi distribuída em aquecimento: em ciclo ergômetro (6 minutos; com intensidade entre 9 a 11 na Escala de Borg), treinamento resistido (40 segundos para execução das repetições, com intervalos de 45 segundos entre as séries) e alongamento (de intensidade leve, com aproximadamente 15 segundos de em cada porção muscular). Foram prescritos 8 exercícios, distribuídos alternadamente por segmento com séries planejadas de uma forma progressiva. A primeira semana constou de adaptação com série única de 10 repetições; a segunda e a terceira semanas constaram de 2 séries de 10 repetições; da quarta à décima segunda semanas foram realizadas 3 séries de 10 repetições. A carga foi incrementada conforme a escala de esforço percebido pela voluntária, com indicações de grau 6 na Escala de Borg. SUGESTÃO DE EXERCÍCIOS: Agachamento frontal:medicine Ball prox ao corpo Ponte dinâmica com extensão e flexão dos joelhos (com rolo) Fortalecimento do Psoas com elástico Rosca direta alteres Fortalecimento de coluna com elástico Mobilidade escapular e alongamento do peitoral alteres Supino máquina Serrote unilateral com alteres Conclusão A Fibromialgia é uma patologia que acomete o corpo do ser humano podendo causar muita dor. Por isso, quando um paciente/aluno possui fibromialgia é importante que ela faça um tratamento especializado na causa para que esta dor possa ser melhorada. O Exercicio é um Método que atua em diversas patologias reabilitando e melhorando o quadro clínico do paciente. Desta forma, a atividade física na fibromialgia é uma ótima escolha para nossos alunos ajudando no quadro de dor o reabilitando e permitindo uma melhora nas atividades de vida diária deste paciente. O tipo, a intensidade e a duração desses programas são variados, dificultando a sua comparação. Os exercícios de baixa intensidade, ou aqueles em que o paciente é capaz de identificar o limite de seu esforço e dor, parecem ser os mais efetivos. Além disso, a aderência aos programas de exercícios é a melhor maneira de se prolongarem os ganhos terapêuticos. Salienta-se, assim, a importância de um trabalho multi- disciplinar e educativo no qual os profissionais de saúde, , se proponham a informar e instruir corretamente seus pacientes. Assim, com o tratamento farmacológico e a atividade física pode vir a auxiliar no tratamento da fibromialgia, promovendo a melhora da dor e do impacto dos outros sintomas, restabelecendo a capacidade física, mantendo a funcionalidade e promovendo a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Referências Atallah-Haun MV, Ferraz MU, Pollak DF. Validação dos critérios do Colégio Americano de Reumatologia (1990) para classificação da fibromialgia, em uma população brasileira. Rev Bras Reumatol 39:221-30, 1999. Teixeira J, Figueiró JAB: Dor: Epidemiologia, Fisiopatologia, avaliação, síndromes dolorosas e tratamento. São Paulo: Grupo Editorial Moreira Jr., 2001. Ciconelli RM: Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida "medical outcome study 36-item short-form health survey (SF-36)". Tese de doutorado da Universidade Federal de São Paulo, 1997.
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