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Apontamentos de Semiologia Veterinária

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SEMIOLOGIA 
VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia Veterinária 
 
 
 
Introdução: 
 
A semiologia ou propedêutica é a parte da medicina veterinária relacionada ao estudo 
de sinais e sintomas das doenças, com o objetivo de formar a base clínica para o 
diagnóstico, prognóstico e tratamento. 
 
1. Sintoma: é toda informação subjetiva manifestada pelo paciente. Qualquer 
alteração que revele uma doença. 
Ex: apatia, letargia. 
2. Quadro sintomático: coleção de sintomas observada no paciente. 
3. Síndrome: estado orgânico revelado por um quadro sintomático específico. 
Ex: Síndrome febril: traz em si um quadro sintomático, caracterizado por apatia, 
pelos eriçados, hipertermia, mucosas secas. 
4. Sinal clínico: é toda alteração objetiva, passível de ser percebida pelo 
examinador. Alteração revelada após a interpretação dos sintomas. A informação está 
clara. 
Ex: numa fratura é possível perceber o osso fraturado, seja através da 
inspeção, palpação ou métodos auxiliares como o Raio X. 
 
5. Exame clínico: é o conjunto de procedimentos executados pelo clinico de 
forma metódica e sistemática, visando o estabelecimento de um diagnóstico 
presuntivo. É uma busca de informações. 
 
5.1 - Métodos de exploração semiológica clássicos ou convencionais: 
 
 
5.1.1 - Inspeção: Tem que olhar querendo ver. Deve-se fotografar mentalmente tudo 
aquilo que vemos para utilizar comparativamente nos exames futuros. Uma inspeção 
bem feita permite fechar um diagnóstico com segurança, enquanto que todos os 
outros métodos de exploração, se utilizados isoladamente, não permitem.


5.1.2 - Palpação: Sentido do tato. Para ser feita uma palpação eficaz é necessário 
que o animal esteja contido de uma forma adequada. 
 
 
5.1.3 - Percussão: A percussão deve ser realizada com a mão dominante, usando-se 
a falange distal (ponta do dedo) do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da 
outra mão, que deve estar inteiramente em contato com a pele e com os dedos bem 
separados. Prosseguir batendo a falange contra os outros dedos realizando-se 
sempre a comparação entre os sons produzidos. 
A percussão sonora é definida como a pressão exercida sobre uma superfície 
que resulta em vibração sonora. O som que ouvimos durante a percussão não é 
propriamente o som que produzimos, e sim o retorno do som produzido. 
Os sons produzidos podem fornecer informações sobre um tecido até uma 
profundidade de cerca de 5 cm. É importante que a percussão seja feita em ambiente 
tranquilo e silencioso, pois a principal dificuldade que encontramos são os ruídos de 
baixa frequência do ambiente. 
 
Os sons da percussão podem ser: claro pulmonar, maciço ou timpânico. 
 
Um som claro pulmonar é ouvido em regiões contendo tecido aerado 
esponjoso. É um som de baixa de frequência, longa duração e com muitos subtons. 
 
O som maciço ocorre em órgãos que não contém ar. Um bom exemplo é um 
órgão completamente preenchido com um fluído (por exemplo, bexiga cheia); outros 
exemplos são: o som da percussão do fígado e músculos. O som é chamado de 
“maciço” porque praticamente não há nenhuma ressonância. 
 
O som timpânico é aquele que ocorre na percussão dos órgãos abdominais 
cheios de ar. O padrão de ressonância é de alta frequência, de longa duração e 
musical, devido à natureza dos subtons. 
 
5.1.4 - Auscultação: sons produzidos pelos órgãos. Pode ser feita de forma direta, 
colocando-se o ouvido diretamente na estrutura, ou indireta, com o uso do 
estetoscópio. 
Os sons auscultados podem ser classificados em respiratórios, cardíacos e 
abdominais. 
 
5.1.4.1 – Sons respiratórios 
 
 Os sons respiratórios normais são classificados em três categorias, conforme 
intensidade, timbre e duração: 
I – Murmúrio vesicular: suave, com timbre grave, auscultado durante a inspiração de 
modo contínuo, sem pausa durante a expiração. 
II – Ruídos respiratórios brônquicos: são muito intensos e com timbre bem agudo. 
Ocorre um curto período de silêncio entre as fases inspiratória e expiratória, sendo os 
ruídos expiratórios mais longos que os inspiratórios. 
III – Ruídos respiratórios broncovesiculares: São considerados como intermediários. 
 
 Quanto aos sons respiratórios anormais, também denominados de adventícios, 
considera-se a seguinte classificação: 
 
I – Sons anormais descontínuos: representados pelos estertores. Os estertores são 
sons audíveis na inspiração ou expiração, superpondo-se aos sons respiratórios 
normais; 
II – Sons ou ruídos anormais contínuos: representados pelos roucos, sibilos e 
estridores. Os roncos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do 
conteúdo gasoso quando ocorre o estreitamento desses dutos. Os sibilos também se 
originam de vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso. São 
disseminados por todo o tórax, quando desencadeados na asma e na bronquite, O 
estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou da traquéia; 
III – Sons de origem pleural: sons de maior duração e frequência mais baixa, com 
tonalidade grave, sendo mais fáceis de detectar. Decorre da presença de exsudato 
que recobre os folhetos visceral e parietal da pleura, impedindo-os de deslizarem 
fisiologicamente um sobre o outro durante a respiração. 
 
5.1.4.2 – Sons abdominais 
 
I – Sons abdominais normativos: Os sons normais do intestino são estalidos ou 
gorgolejos de um tom alto, que ocorre entre cinco a quinze segundos; 
II – Sons abdominais hiperativos: indicam motilidade intestinal aumentada, resultando, 
possivelmente, de condições de diarreia ou obstrução intestinal recente; 
III – Sons abdominais hipoativos: são sons menos frequentes e normais do intestino. 
Diminuem a partir de condições como o íleo preguiçoso e peritonite. 
IV – Borbulhamento: ocasionalmente pode-se ouvir um alto e prolongado som de 
gorgolejo, conhecido como borbulhamento. Esse som indica hiper peristalse, 
popularmente conhecida como roncos do estômago. 
 
5.1.4.3 – Sons cardíacos 
 
 Existem quatro sons cardíacos: primeiro som cardíaco (S1) e segundo som cardíaco 
(S2) que representam os sons normais; terceiro som cardíaco (S3) e quarto som 
cardíaco (S4) que são anormais. 
O som S1 marca o início do fechamento da válvula mitral e da válvula tricuspide. 
O som S2 sinaliza o final da sístole ventricular; 
O som S3 é um som anormal, porém nem sempre patológico; 
O som S4 ocorre depois da contração atrial e antes de S1. 

5.2 - Métodos Auxiliares de Exploração Semiológica: métodos específicos que visam 
auxiliar os métodos clássicos. Técnicas empregadas com o objetivo de aumentar e 
potencializar a eficiência dos sentidos. 
 
Ex: Endoscopia, ultrassom, biopsia, punção, exames laboratoriais, cirurgias 
exploratórias, etc.. 
 
 
5.3 - Etapas do exame clínico: 
 
5.3.1 - Identificação e histórico: identificação do proprietário/tutor (nome, telefone, 
endereço) e do animal (nome, raça, sexo, idade), histórico contado pelo proprietário 
sobre o que está acontecendo com o animal. Nesse momento o veterinário não deve 
falar nada, só ouvir.

5.3.2 - Anamnese: A anamnese é a parte da semiologia que visa revelar, investigar e 
analisar os sintomas. Cerca de 80% dos diagnósticos são realizados baseados nessa 
parte do exame. Além da anamnese, a história clínica compreende o exame objetivo, 
os exames complementares e a história pregressa. 
 Durante a anamnese o veterinário faz perguntas estratégicas ao proprietário, 
que devem ser feitas em ordem cronológica e não induzir respostas falsas. 
 Ex: ao invés de perguntar: “você dá vermífugo ao seu animal? ”, perguntar: 
“Qual foi a última vez que o seu animal foi vermifugado? ” 
 
 A anamenese deve abranger tanto aspectos gerais, visando formar um painel 
sobre o ambiente e a rotina diária do animal e do proprietário, quanto aspectos 
específicos, visando obter respostas ligadas ao motivo da consulta.Ex: se a queixa principal for a tosse do animal, a anamnese específica será 
voltada para o sistema respiratório, sem desconsiderar a importância de realizar 
perguntas sobre os outros sistemas. 
Observação importante: nunca censurar ou advertir o proprietário, pois poderá inibi-
lo a dar respostas verdadeiras. Por outro lado, se elogiá-lo, ele pode superestimar 
alguma informação. Portanto o clínico deve manter-se neutro. 
 
 
5.3.3 - Exame físico: execução da metodologia e manipulação do animal para 
obtenção de informações. 

Fatores importantes para a realização do exame clínico: 

 
- respeito ao paciente; 
- ambiente iluminado, tranquilo, silencioso e seguro; 
- atenção na contenção para a segurança do médico e do animal. O animal é bravo 
porque quer se defender. Por mais manso que ele seja, na hora em que se sentir 
ameaçado, ou sentir dor durante o exame, vai querer se defender; 
- posicionamento correto, visto que influencia na eficiência da execução da 
metodologia e na segurança do clínico examinador. Conforme o posicionamento em 
relação ao animal pode-se ver tudo ou não ver nada. 
- maneira correta de segurar o animal durante a manipulação; 
- buscar interação com o animal para senti-lo e entendê-lo; 
- concentração; 
- adotar roteiro sistemático e metodológico de exploração. 
 
Nota: A ANAMNESE e o EXAME FÍSICO são partes distintas do exame clínico que se 
complementam para o diagnóstico e nos orientam para a coerente solicitação dos 
exames complementares e o tratamento. 
 
6. Diagnóstico: é a parte da consulta médica voltada à identificação de uma 
eventual doença. A partir de sinais e sintomas, do histórico clínico, do exame físico e 
dos exames complementares (laboratoriais, etc.) é formado o diagnóstico e elaborado 
o procedimento para a eventual intervenção (tratamento) e/ou uma previsão da 
evolução da doença (prognóstico). 
 
 
5.1 O diagnóstico pode ser: 
 
Provisório: quando não é possível estabelecer de imediato o diagnóstico exato da 
enfermidade, sendo necessários exames complementares e/ou observação da 
evolução do caso para se estabelecer o diagnóstico definitivo. 
Definitivo: quando não há dúvidas sobre o diagnóstico realizado através do exame 
clínico e/ou de exames complementares,. 
 
7. Prognóstico: previsão da evolução e cura da doença 
 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Consulta_m%C3%A9dica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_cl%C3%ADnica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exame_f%C3%ADsico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Progn%C3%B3stico_(Medicina)
 Prognóstico favorável: é aquele em que são conhecidos os procedimentos para a 
cura da doença. 
 
 Prognóstico reservado: é aquele em que há recursos para o tratamento, 
entretanto, não são totalmente eficientes. Ainda há dúvidas sobre a possibilidade de 
recuperação. 
 
 Prognóstico desfavorável: é aquele em que já se sabe de antemão que não há 
chances de recuperação. 
 
8. Tratamento: procedimentos adotados para combater a doença. 
 
Quanto ao tipo o tratamento pode ser cirúrgico, terapêutico e fisioterápico. Quanto à 
finalidade pode ser etiológico, sintomático e vital. 
 
Eutanásia é uma forma de tratamento cuja indicação é prerrogativa exclusiva do 
veterinário e só pode ser recomendada como tratamento depois de firmada a 
indicação e somente deve ser praticada se não houver possibilidade de cura ou 
aumento da sobrevida do animal. 
 
Exame de Mucosas: 
 
 
 
Além de ser tecido ou órgão próprio e, portando, sofrer alterações, as mucosas 
prestam informações sobre o estado de saúde geral do animal, ou seja, pode indicar 
doenças em outros sistemas. 
 
Enfermidades próprias das mucosas : inflamações, tumores, edemas, etc; 
Enfermidades de outros sistemas indicadas pelo exame das mucosas: icterícia. 
 
Mucosas examináveis em uma rotina clínica: 
 
- Conjuntiva ocular ou mucosa conjuntival 
 
- Mucosa oral ou bucal 
 
- Mucosa nasal 
 
- Mucosa vulvo-vaginal 
 
- Mucosa prepucial ou peniana (apenas nos pequenos animais, nas demais 
espécies seu exame é feito junto com o sistema genital). 
 
Métodos de exploração clínica das mucosas: 
 
 
1. Inspeção:
 
Aspectos a serem observados: 


- Coloração: a coloração normal das mucosas é róseo-avermelhado brilhante, com 
pequenas variações entre espécies e raças. 
 As alterações incluem palidez (branco-róseo à pérola); aspecto de porcelana 
(comum em pequenos ruminantes com infestação por vermes hematófagos que 
causam espoliação sanguínea intensa); ictérica (amarela, devido à presença de 
bilirrubina); congesta (vermelha); cianótica (azul, devido à redução da oxigenação). 
- Umidade: as mucosas são úmidas, porém não têm fluxo. Se estiver seca ou fluindo 
está doente. 
- Integridade: sem lesão, manchas, nódulos, ulcerações ou corpo estranho. 
 
- Vascularização: os vasos não podem ser excessivamente evidentes na mucosa, 
pois isso é sinal de doença. 
- Tempo de perfusão capilar (TPC): comprimir a mucosa afastando a circulação e 
vendo o tempo que gasta para voltar após cessar a compressão. O tempo deve ser 
de 2 segundos, ou seja, deve ser imediato. É feito na mucosa gengival, já que nesta 
tem um suporte (osso) contra o qual a mucosa é comprimida. O aumento do TPC 
pode indicar desidratação, anemia, hipovolemia. 
 
2. Palpação:

 
Feita quando tem alguma alteração de integridade, como aumento de volume. 
Palpa-se para identificar a natureza do aumento de volume, qual a consistência, se 
tem flutuação, mobilidade. 

3. Métodos auxiliares: Biópsia. 
 
Exame de Linfonodos: 
 
O sistema linfático possui a função de drenar o excesso de líquido intersticial 
(líquido onde as células ficam mergulhadas e de onde elas retiram seus nutrientes e 
eliminam substâncias residuais de seu metabolismo) a fim de devolvê-lo ao sangue e 
assim manter o equilíbrio dos fluidos no corpo. 
Ele também transporta as vitaminas e os lipídeos, absorvidos durante o processo 
de digestão até o sangue, para que este leve os nutrientes para todo o corpo. 
Outra função do tecido linfático é a realização de respostas imunes. Impede que a 
linfa lance microorganismos na corrente sanguínea através da retenção e destruição 
destes dentro de seus linfonodos. 
Para entendermos o que são os linfonodos, uma forma bem simples é pensarmos 
neles como filtros, uma vez que a linfa passa por vários deles antes de chegar à 
corrente sanguínea, e neles ficam retidos os agentes causadores de doenças, até a 
sua eliminação. 
Os capilares sanguíneos e os capilares linfáticos possuem funções bem diferentes, 
pois no caso dos primeiros, há a entrada e saída de substâncias, já no segundo, 
ocorre apenas a entrada destas. 
O capilar linfático não realiza trocas, ele somente coleta o líquido com o que tiver 
nele, as trocas são realizadas pelo sangue. É o sangue que faz o transporte de 
nutrientes e remoção de toxinas, ou seja, é pelo sangue que são realizadas as trocas 
necessárias ao equilíbrio do organismo. 
Em suma, o sistema linfático atua na manutenção da saúde do organismo através 
da remoção de agentes como: bactérias, fungos, vírus (estes penetram na corrente 
sanguínea), células mortas, glóbulos vermelhos que saíram da corrente sanguínea e 
metástases (células sanguíneas que se soltam do tumor). 
Portanto, os linfonodos são órgãos de defesa, que, além de drenagem da linfa, 
fazem a defesa orgânica, estando estrategicamente distribuídos pelo corpo do animal, 
formando cadeias, cada uma delas responsável pela drenagem e defesa de uma 
determinada região. 
Todas as cadeias linfáticas estão simetricamente dispostas nos dois lados do 
corpo. Exemplos: 
 
- Cadeia da região parotídea: drena a região do ouvido e da parótida; 
 
- Cadeia retrofaringeana: drena a região da faringe e da garganta do animal (aspecto 
interno da cabeça). 
- Cadeia mandibular, drena a região ventral da cabeça. 
- Cadeia cervicalsuperficial ou pré-escapular: drena as orelhas, pescoço, peito e 
escápula; 
- Cadeia sub-ilíaca: drena a região posterior do tronco e craniolateral da coxa; 
- Cadeia mamária: úbere e parte interna e posterior das coxas; 
- Cadeia escrotal: órgãos genitais masculinos externos; 
- Poplíteos: estruturas distais ao linfonodo, perna e coxa; 
- Cadeia da bifurcação da aorta: drena a cavidade abdominal. 
 
O exame dos linfonodos nos dá informações sobre o estado de saúde geral do 
animal, podendo indicar doenças em outros sistemas. Além disso, nos dá indicativos 
se a doença é local, regional ou sistêmica. Quando se verifica alteração em apenas 
um linfonodo de uma cadeia, estamos diante de uma alteração local. Quando a 
alteração ocorre em linfonodos de uma mesma cadeia, então a alteração é regional. 
Alteração sistêmica ocorre quando todas as cadeias de linfonodos estão 
comprometidas. 
 
São passíveis de exame todos os linfonodos a que temos acesso, estando o 
animal saudável ou doente. 
 
Linfonodos palpáveis nos cães: submandibulares, pré-escapulares e poplíteos. 
Linfonodos palpáveis nos bovinos: cervicais superficiais, sub-ilíacos, retromamários 
ou escrotais. Os linfonodos ileofemurais e da bifuração da aorta são examinados por 
palpação interna. 
Linfonodos palpáveis nos equinos: submandibulares, cervicais superficiais ou pré-
escapulares, subilíacos e mamários ou escrotais. 
 
 Técnica de exame: primeiro examina-se a cadeia existente em um lado do 
corpo e depois a cadeia contralateral, comparando-as. Somente depois de fazer a 
comparação é que se passa para a cadeia seguinte. Iniciar pelas cadeias da cabeça e 
seguir em direção a região posterior do animal. Nunca saltar cadeias ou inverter a 
sequência. 
 Na inspeção é verificado o volume, forma, presença de fístulas. 
 Na palpação, o volume, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade, 
temperatura, superfície. 
Métodos auxiliares: punção, biópsia, ultrassonografia. 
A inflamação do vaso linfático é denominada Linfangite. 
A inflamação do linfonodo Linfadenite. 
 
Termorregulação: 
 
 
Causas principais de elevação da temperatura corporal de forma patológica: 
endotoxinas, bactérias, vírus, hipersensibilidades, tumores, pirógenos exógenos, 
neutrófios, monócitos, eosinófilos, pirógenos endógenos. 
 
Hipertermia é diferente de febre ou pirexia. A febre é caracterizada por 
aumento da temperatura. A hipertermia pode ser por retenção (climas e ambientes 
quentes), esforço (trabalhos musculares) ou mista. 
 
Hiperpirexia: crise febril onde a temperatura está muito elevada. 
 
Síndrome febril: indicativo de doença 
 
Sinais: congestão de mucosas (vasodilatação), secas e sem brilho, taquicardia, 
taquipnéia, pelos eriçados, desidratação, apatia. 
 
Tipos de febre: 
 
Febre contínua: elevada e com pequenas variações diárias. 
 
Febre Intermitente: períodos de febre alternados com períodos apiréticos, sem febre, 
ao longo do dia. 
 
Febre Recorrente: períodos de febre alternados com períodos de dias apiréticos. 
Ex: anemia infecciosa equina, tuberculose. 
Febre remitente: oscilações ultrapassam 1°C, sem alcançar limite fisiológico no dia. 
 
Febre efêmera: aparece e desaparece rapidamente ao longo do dia atípica: quando 
não se enquadrar nos tipos acima. 
Temperaturas normais: 
 
 
 Animal Jovem Adulto 
 
 Equinos 37,5 – 38,5 37,5 – 38.0 
 
 Bovinos 38,5 – 40,0 38,5 – 39,0 
 
 Ovinos 38,5 – 39,0 38,5 – 40,0 
 
 Caprinos 38,5 – 41,0 38,5 – 40,5 
 
 Caninos 38,0 – 39,5 38,0 – 39,0 
 
 Felinos 38,0 – 39,5 38,0 – 39,5 
 
 Aves - 39,5 – 44,0 
 
 
Classificação da febre (quanto a elevação térmica): 
 
Ligeira: 0 – 1 °C 
 
Regular: 1 – 2 °C 
 
Alta: 2 – 3 ° C 
 
Muito alta: > 3 °C

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