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UNIDADE DE BIOCIÊNCIAS CURSO DE MEDICINA TUTORIA UNIDADE II SITUAÇÃO PROBLEMA 3: “Sufoco” MINEIROS - GO 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS CURSO DE MEDICINA TUTORIA II SITUAÇÃO PROBLEMA 3: “Sufoco” Maria Clara Trettel de Oliveira Mariana Oliveira Fernandes (relatora) Matheus Fleury Alves Mydian Gabriela dos Santos Fernandes Natália Hugueney Hidalgo Nathalia Martins Carneiro Rafaella Ciconello Dal Molin Sara Leite Lira Santos Tamillis Martins Barbosa Vinícius de Moraes Laabs Vinícius Souza Fernandes Vieira Willy Johnny Araújo Docente: Dr. Severino Correia do Prado Neto MINEIROS - GO 2020 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 2- OBJETIVOS .................................................................................................................................. 5 2.1. Objetivo geral ............................................................................................................................... 5 2.2. Objetivos específicos.................................................................................................................... 5 3- DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................... 6 3.1.Diferenciar a microbiota comensal/residente (identificar os locais que se pode encontrar) da microbiota patogênica; ........................................................................................................................ 6 3.2.Entender a estrutura das bactérias e seus principais componentes; ............................................... 6 3.3.Identificar a classificação bacteriana tendo em vista a morfologia, a formação de colônias e a capacidade de reter o corante de gram (o motivo disto); .................................................................... 8 3.4.Entender os mecanismos inatos e específicos na defesa antibacteriana; ..................................... 10 3.5.Identificar as principais barreiras orgânicas contra as bactérias patogênicas;............................. 11 3.6.Enumerar fatores orgânicos que facilitam as infecções bacterianas (grupos de riscos); ............. 12 3.7.Caracterizar os sinais clínicos sugestivos e as alterações laboratoriais de infecção bacteriana; . 14 3.8.Entender a importância da vacinação e outras medidas na prevenção de doenças infecciosas;.. 15 3.9.Caracterizar os processos de imunização ativa e passiva. ........................................................... 15 4- CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 18 1- INTRODUÇÃO O presente relatório foi elaborado no âmbito da disciplina Tutoria, que promove discussões acerca das situações problemas propostas. Nesse caso, o debate foi sobre a terceira situação problema, “Sufoco”, que retrata as consultas de Dr. Demóstenes com seus pacientes Florípedes, Florentina e Gumercinda. O médico ao realizar os atendimentos, recebeu pacientes que apresentavam sintomas como tosse e febre. Os dois primeiros, cujos sintomas eram mais amenos, foram liberados sem a solicitação de exames ou prescrição medicamentosa. Porém, a terceira paciente, que apresentava sintomas mais graves, foi solicitado que fizesse culturas do sangue e da secreção, e receitado uma dose de antibiótico. Diante disso, os acadêmicos promoveram uma discussão acerca da imunologia antibacteriana, destacando importantes objetivos, como imunidade inata e adaptativa contra bactérias e o mecanismo de evasão destas, além de diversos outros, que serão abordados ao longo do texto. 2- OBJETIVOS 2.1. OBJETIVO GERAL Compreender os mecanismos de agressão bacteriana e os defensivos do organismo 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Diferenciar a microbiota comensal/residente (identificar os locais que se pode encon- trar) da microbiota patogênica; Entender a estrutura das bactérias e seus principais componentes; Identificar a classificação bacteriana tendo em vista a morfologia, a formação de colô- nias e a capacidade de reter o corante de gram (o motivo disto); Entender os mecanismos inatos e específicos na defesa antibacteriana; Identificar as principais barreiras orgânicas contra as bactérias patogênicas; Enumerar fatores orgânicos que facilitam as infecções bacterianas (grupos de riscos); Caracterizar os sinais clínicos sugestivos e as alterações laboratoriais de infecção bac- teriana; Entender a importância da vacinação e outras medidas na prevenção de doenças infec- ciosas; Caracterizar os processos de imunização ativa e passiva. 3- DESENVOLVIMENTO 3.1.Diferenciar a microbiota comensal/residente (identificar os locais que se pode encontrar) da microbiota patogênica; Microbiota é um conjunto de microorganismos que estão presentes em determinados ambientes, entretanto, no corpo humano se instalam na superfície da pele e de algumas mucosas desde o nascimento do indivíduo até a sua morte. A microbiota comensal fornece fatores essenciais de crescimento, participa na metabolização de alimentos, protege contra infecções e é um estímulo à resposta imune. (MURRAY, ROSENTHAL & PFALLER, 2009) Em contrapartida, a microbiota residente está aderida as camadas mais profundas da pele e ela é membro da microbiota normal em condições normais, podendo se recompor de maneira rápida caso sofra alteração. (MURRAY, ROSENTHAL & PFALLER, 2009). Patógenos oportunistas são aqueles que fazem parte da microbiota normal, entretanto, podem gerar algumas patologias quando estiverem em lugares desprotegidos, como sangue e tecidos, causando infecções. (MURRAY, ROSENTHAL & PFALLER, 2009) Observa-se os lugares que eles podem ser encontrados: Boca, orofaringe e nasofaringe; Ouvido; Trato respiratório inferior; Trato gastrointestinal; Sistema genitourinário; Pele. 3.2.Entender a estrutura das bactérias e seus principais componentes; Bactérias são seres procariontes, ou seja, não detêm núcleo, consequentemente não há membrana nuclear; além do mais não apresentam a maioria das organelas celulares que os eucariontes têm, como complexo de golgi, retículo endoplasmático e mitocôndrias, um ponto importante da ausência desta última é que a função desempenhada pela mesma, de respiração celular, é desempenhada nas bactérias pela membrana plasmática (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). O citoplasma bacteriano contém o DNA cromossômico, RNA mensageiro (RNAm), ribossomos (70 S) – que se diferem dos apresentados por seres eucariontes (80 S), proteínas e metabólitos. Um fato distinto é que cromossomos bacterianos são haploides, com uma fita única e circular, porém de cadeia dupla; como não há núcleo encontra-se livre no citoplasma, entretanto, permanece numa área específica denominada nucleóide (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014) Algumas bactérias apresentam plasmídeos, fragmentos extra cromossômicos menores de DNA circular, eles conferem uma vantagem seletiva por conferirem resistências a alguns antibióticos e permitirem uma forma de evasão contra o sistema imune. Salienta-se ainda que nas particularidades de alguns tipos a possibilidade de tanto bactérias positivas ou negativas serem envolvidas por polissacarídeos soltos (slime) ou por cápsulas, estes podem ser referidos como glicocálix e conferem grande capacidade de sobrevivência, por impedirem o contato direto ou se alterar a fim de passarem desapercebidas frente reações do hospedeiro. Ademais, outras estruturas que permitem melhor adaptação e virulência são os flagelos e as fímbrias (“pelos”), a primeira auxilia no movimento e a segunda, principalmente na adesão (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). A membrana plasmática tem estruturação de camada bilipídica, semelhantes aos eucariontes, contudo não apresenta esteroides, um aspecto importante e distinto é que ela desempenha funções que seriam responsabilidades das organelas nos eucariontes, a exemplo, a respiração celular e o transporte de elétrons (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). Um componente importante das bactérias é a parede celular que pode ter seus componentes e funções diferentes entre as bactérias gram-positivas e gram-negativas (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). Bactérias gram-positivas Apresentam parede celular espessa, múltiplas camadas constituída principalmente por peptidoglicano em volta da membrana citoplasmática. O peptidoglicano confere forma, estrutura, proteção e é essencial para replicação e sobrevivência em condições hostis, demais componentes são o ácido teicoico que confere fortalecimento da parede celular, sequestro de íons de cálcio e ativação das defesas inatas do hospedeiro e o ácido lipoteicoco que promove fixação às outras bactérias e aos receptores específicos das superfícies de células de mamíferos (aderência) (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). Algumas bactérias deste tipo podem gerar endósporos, estruturas altamente diferenciadas e com pouca água que atuam como uma estrutura de sobrevivência frente a condições ambientais desfavoráveis, é como um bote salva-vidas ou uma cápsula de ejeção, a bactéria replica seu material genético e o direciona ao longo do citoplasma para que se forme o endósporo; como se fosse uma nova bactéria simplificada, compactada e prepara para sobrevivência, além de ter o metabolismo muito lento, após estar completo esse endósporo é liberado da célula (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). Bactérias gram-negativas Detêm uma parede celular mais complexa, com duas camadas externas à membrana citoplasmática, a primeira é formada por uma fina camada de peptidoglicano, sem a presença de ácido teicóico ou lipoteicóico. Após essa fina camada há a membrana externa, característica única das gram-negativas, que mantém a estrutura bacteriana e funciona como barreira e proteção. Nesta membrana externa está presente lipopolissacarídeos (LPS), também denominados como endotoxinas, um potente estimulador das respostes imune e inata. Um aspecto diferencial deste tipo de bactérias é a presença de uma área entre as membranas citoplasmática e a externa, que configura o espaço periplasmático, local onde se compreende enzimas envolvidas no transporte, degradação e síntese (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). 3.3.Identificar a classificação bacteriana tendo em vista a morfologia, a formação de colônias e a capacidade de reter o corante de gram (o motivo disto); As bactérias são seres pertencentes ao reino Monera, assim são classificados como or- ganismos unicelulares, procariontes (por terem um material genético disperso no citoplasma), sem corrente citoplasmática e nem citoesqueleto e se reproduzem na maioria das vezes por divisão binária e em outras mais especificas por brotamento (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2017). Além do mais, as bactérias crescem por meio de colônias que podem somar até mais de milhões de organismos que adquirem características a partir da forma, tamanho, cor, cheiro que constituem um meio adequado para proliferação bacteriana (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2017). Já por meio da morfologia as bactérias se diferem pela a aparência microscópica, tendo vários tipos: esféricos (cocos), em forma de bastonete (bacilos, cocobacilos, bacilos fusiformes), e curvados (vibrios), espirilos e as espiroquetas. Ainda mais, tem-se ramificações filamentosas com agregados, como quando se lembra um cacho de uvas são chamados de estafilococos, quando tem dois cocos tem- se diplococos, e quando há um cordão é chamado de estreptococos (MURRAY, ROSENTHAL & PFALLER, 2017). Figura 01: Morfologia Bacteriana – Formas Fonte: Microbiologia Médica (MURRAY, 2017) Em relação a capacidade de retenção de corante Gram, esta relacionada a estrutura química da parede celular bacteriana. Para a realização dessa coloração é importante destacar que ao reagirem com os compostos químicos (cristal violeta e iodo) e forem expostas a técnica de esfregaço com álcool, serão classificadas Gram positivas aquelas em que o corante for dificilmente removido (parede celular mais espessa, ou seja, mais camadas de peptidoglicano como já citado anteriormente) e Gram negativas aquelas em que o álcool conseguir remover o corante mais facilmente (parede celular mais fina). Então com um enfoque no processo, no primeiro contato todas as bactérias vão absorver o cristal violeta – corante de caráter básico citoplasmofílico- de maneira igualitária, posteriormente ao se adicionar iodo, esse vai reagir com o cristal violeta formando o complexo iodo-cristal violeta (CV-I) – auxilia na melhor fixação de corante na bactéria. (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER & 2017). Podemos justificar então que bactérias Gram negativas sofrem o descoramento pelo álcool porque possuem uma fina camada de peptidoglicano porém rica em lipídios que não é espessa o suficiente para impedir a passagem do solvente. E quando isso acontece o álcool dissolve estes lipídeos (muitas vezes dissolvendo membrana externa), e isso corrobora para um aumento da permeabilidade da parede, consequentemente possibilita a remoção CV-I, descorando a célula. Posteriormente essas bactérias descoradas pelo álcool, não apresentam contraste que permite a visualização, então é necessário contra corar-las com corante secundário, a fucsina (coram-se em rosa) (MURRAY; ROSENTHAL; PFALLER, 2017). 3.4.Entender os mecanismos inatos e específicos na defesa antibacteriana; As bactérias podem ser classificadas em extracelulares e intracelulares. As barreiras naturais são indispensáveis no combate às bactérias extracelulares, e podem ser caracterizadas como: pele, mucosa, cílios, pH, saliva, entre outros. Ademais, a imunidade inata participa da defesa à agressão bacteriana por meio do sistema complemento que é uma via alternativa, pela produção de quimiocinas e citocinas e participação de células, principalmente neutrófilos, mastócitos ou macrófagos. Os neutrófilos são células que defendem principalmente contra as bactérias extracelulares, já os macrófagos são fundamentais para a eliminação dos agentes intracelulares (MACHADO et al., 2004). A imunidade adaptativa, é feita principalmente por intermédio de anticorpos. Eles possuem ações de três maneiras diferentes, a opsonização, a ativação do sistema complemento e a promoção da neutralização de bactérias ou de seus produtos. As bactérias extracelulares, quando fagocitadas, são mais susceptíveis à destruição, então elas desenvolvem, como forma de escape, substâncias que possuem atividade antifagocítica. Anticorpos conseguem impedir sua ação e facilitar a fagocitose, contudo é necessário que os neutrófilos e macrófagos possuam receptor para a porção FC da imunoglobulina - opsonização. Os anticorpos também atuam na destruição de bactérias por ativação de complemento pela via clássica. Através do mecanismo de neutralização, os anticorpos, geralmente a IgA, conseguem ligar-se a bactérias e impedir sua fixação pelas mucosas, como no trato intestinal e respiratório. Além disso, os anticorpos também podem ligar à toxinas produzidas por bactérias e neutralizar a ação desses produtos (MACHADO et al., 2004). A defesa inata do organismo contra as bactérias intracelulares envolve os fagócitos e as células natural killers (NK). Os fagócitos, que primeiramente são os neutrófilos e posteriormente serão os macrófagos, juntam-se para poder destruir os microrganismos invasores, contudo as bactérias intracelulares possuem uma grande resistência à intervenções dos fagócitos. As células NK começam a produzir IFN-y após sua estimulação pelas bactérias intracelulares, essa substancia é responsável pela produção de macrófagos para ativar o mecanismo fagocítico. Dessa forma, nota-se que as células NK tem importância fundamental para a defesa inicial contra esses agentes invasores, antes mesmo da ativação da imunidade adaptativa (ABBAS et al., 2015). No que tange a imunidade adaptativa, pode-se notar que ela é a principal resposta imunológica protetora para as bactérias intracelulares, uma vez que, há a ativação de fagócitos mediados por células T (imunidade mediada por células). Estas células atuam para defender o organismo através de dois mecanismos, as células T CD4 + ativam os fagócitos, o que causa a morte dos microrganismos que após ingeridos conseguem sobreviver dentro de fagócitos. E o outro mecanismo são os linfócitos T citotóxicos CD8 + (CTLs) que possuem a função de destruir células infectadas, eliminam microrganismos que escapam aos mecanismos de morte dos fagócitos (ABBAS et al., 2015). 3.5.Identificar as principais barreiras orgânicas contra as bactérias patogênicas; O organismo humano possui várias barreiras orgânicas, que tendem a funcionar como um mecanismo de defesa contra bactérias infecciosas, que podem vir a causar danos à saúde do ser humano. Nesse sentido, temos a pele como um dos exemplos de barreiras, visto que é um tecido com pH ácido, que funciona contra a invasão de microrganismos, o órgão só faz o contrário, ou seja, facilita a invasão se estiver lesionado por algum corte, queimaduras, feridas e outras lesões. (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2015). Além disso, temos também as membranas mucosas, que atuam revestindo a boca, o nariz, os olhos e as pálpebras. Isso é possível devido ao fato das membranas mucosas serem recobertas com secreções que combatem as infecções por microrganismos. Como exemplo temos as membranas mucosas dos olhos, que devido ao fato de conter a lágrima, nessa encon- tram-se disponíveis algumas enzimas que funciona como barreira conta a infecção por bactérias. (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2015). Outra barreira disponível no corpo humano é o trato digestório, visto que contém o ácido gástrico, ou seja, HCL, no qual pode vir acarretar a morte da bactéria ou impedir a sua multiplicação no corpo humano. A bile e as secreções intestinalis também podem funcionar como barreiras contra microrganismos. As contrações intestinais ajudam á eliminar bactérias, devido ao movimento que faz no trato gastrointestinal (TGI) (ABBAS; LICHTMAN & PI- LAI, 2015). O trato urinário também atua como barreira, pois a vagina tende a ser ácida e isso pode vir a impedir que as bactérias se proliferem e causem danos. Além disso, também á acidez , devido ao pH que em seu estado normal tende a ajudar an manutenção de algumas bactérias que são protetoras da vagina e contra infecções bacterianas. (ABBAS; LICHTMAN & PILAI, 2015). Por fim temos as vias respiratórias, que oferecem ao corpo humano um mecanimos de filtração de partículas que estão presentes no meio externo, ou seja, no ar que inalamos. Uma das explicações para o mecanismo é o fato das paredes das passagens de ar do nariz serem revestidas por muco, assim como no TGI. E esse muco atua como uma barreira contra os agentes infecciosos, pois os mesmos tendem a ficarem retidos no muco, que posteriormente poderá vir a ser expulso quando tossimos, espirramos ou assoamos o nariz. . (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2015). 3.6.Enumerar fatores orgânicos que facilitam as infecções bacterianas (grupos de riscos); De acordo com Schmidt (2018), existem os seguintes fatores que podem facilitar a entrada microbiana no hospedeiro: I. Fatores de virulência A virulência ajuda que esses patógenos entrem e se resistam a defesa do hospedeiro e den- tro deste fator estão. Cápsula: ela dificulta a fagocitose do microrganismo, deixando ele mais virulento, porem os anticorpos opsônicos específicos ajuda a facilitar essa tarefa defensiva. Enzimas: As enzimas das proteínas bacterianas ajudam na disseminação delas nos teci- dos, como em áreas mucosas, por exemplo algumas tem as proteases IgA-específicas que inativam a IgA secretora nas superfícies mucosas. Toxinas: As toxinas ou exotoxinas podem causar doenças ou então aumentar a gravidade de alguma outra, um exemplo de exotoxina é a endotoxina que é uma das menos potentes das exotoxinas, ela é produzidas pelas bactérias Gram-negativas e desencadeia mecanis- mos humorais enzimáticos envolvendo as vias do complemento, da coagulação, fibrinolí- tica e das cininas, que leva a sepse. II. Aderência microbiana Essa aderência ajuda os microorganismos a se estabelecerem nos tecidos e o que determi- na isso são as adesinas e os receptores do hospedeiro onde ela se liga, esses receptores po- dem ser resíduos de açúcares e proteínas de superfície celular, como a fibronectina, que facilitam a ligação de certos microrganismos Gram-positivos. III. Biofilme O biofilme é como uma cápsula que se forma ao redor das bactérias para dificultar a fago- citose delas e aumentando a resistência a antibióticos. IV. Resistência aos antimicrobianos Essa resistência de deve a variabilidade genética entre os micróbios, um exemplo é o das cepas bacterianas resistentes que adquiriram elementos genéticos móveis de outros mi- crorganismos e esses são codificados em plasmídios ou transpósons e assim sintetizam enzimas que Modificam ou inativam o agente antimicrobiano Modificam a habilidade da célula bacteriana de acumular o agente antimicrobiano Resistem à inibição pelo agente antimicrobiano V. Defeitos nos mecanismos de defesa do hospedeiro Existem dois tipos de imunodeficiência e elas são: Imunodeficiência primária: De origem genética. Imunodeficiência secundária (adquirida): Causada por outras doenças como câncer, in- fecção pelo HIV, doença cirrótica, exposição a uma substância química ou fármaco que seja tóxico ao sistema imunitário, entre outros. VI. Mecanismos As desordens nas respostas imunes podem envolver: Imunidade celular: normalmente nas células T, onde acontece dos microrganismos in- tracelulares ficarem desnutridos e 1assim facilita a aparição de doenças oportunistas. Imunidade humoral: normalmente falhas na células B, não produzindo as imunoglobu- linas. Sistema fagocítico: afeta a resposta inata podendo resultar em abscessos recorrentes ou pneumonias graves. Sistema complemento: esse defeito é raro, mas caso tenha as infecções recorrentes são por bactérias pirogênicas e existe um risco maior de distúrbios autoimunes. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/imunologia-dist%C3%BArbios-al%C3%A9rgicos/imunodefici%C3%AAncias/vis%C3%A3o-geral-das-imunodefici%C3%AAncias#v27389612_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/imunologia-dist%C3%BArbios-al%C3%A9rgicos/imunodefici%C3%AAncias/vis%C3%A3o-geral-das-imunodefici%C3%AAncias#v27389433_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/imunologia-dist%C3%BArbios-al%C3%A9rgicos/biologia-do-sistema-imunit%C3%A1rio/sistema-complemento https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/imunologia-dist%C3%BArbios-al%C3%A9rgicos/dist%C3%BArbios-al%C3%A9rgicos,-autoimunes-e-outras-rea%C3%A7%C3%B5es-de-hipersensibilidade/doen%C3%A7as-autoimunes 3.7.Caracterizar os sinais clínicos sugestivos e as alterações laboratoriais de infecção bacteriana; Para identificar os sinais clínicos de um paciente com infecção bacteriano é necessário que seja um aparato amplo e profundo, o qual vai encontrar o foco, ou focos, e a partir disso o profissional em questão vai direcionar os melhores meios para se iniciar o tratamento e obter a máxima eficácia (MARTINEZ R & FIGUEIREDO JFC, 2003). Sendo assim, vão se manifestar alguns sinais/sintomas no indivíduo infectado por uma bactéria, podendo ser, febre, sudorese, fraqueza muscular, cefaleia, mialgia, artralgia, vômitos, produção de catarro com coloração esverdeada e outros sintomas que caracterizam a resposta inflamatória do organismo, tendo em vista que são priorizados aqueles que apontam algum comprometimento de órgãos ou sistemas (MARTINEZ R & FIGUEIREDO JFC, 2003). Nesse sentido, algumas alterações laboratoriais podem ser encontradas a partir da realização de um hemograma. Desse modo, pode ser que haja leucocitose, aumento no volume de leucócitos, os quais podem apresentar um valor superior a 15.000 milímetros cúbicos´, enquanto os neutrófilos vão se mostrar alterados de modo a mostrar granulações tóxicas ou microvacúlos. Nessa perspectiva, tais alterações serão sugestivas de infecções por bactérias Gram-positivas ou Gram-negativas (MARTINEZ R & FIGUEIREDO JFC, 2003). Além disso, caso o exame aponte leucopenia (leucócitos baixos) e linfocitose (alta quantidade de linfócitos) é um indício de infecção intestinal ou urinária, originado por bacilos Gram-negativos febre tifoide e infecções graves por pneumococo (MARTINEZ R & FIGUEIREDO JFC, 2003). De acordo com Bier (1994), o diagnóstico e identificação de infecções bacterianas pode ser feito de diversas formas, sendo: por meia da demonstração direta da bactéria , por meio de seus antígenos e/ou substâncias secretadas por elas e colhidas nos diversos tecidos do corpo e , ainda, pela dosagem de anticorpo séricos como tbm pela pesquisa de hipersensibilidade tardia. Hirsh (2003) destaca que as técnicas de demonstrção de bactérias , de seus antígenos e substâncias bacter ianas, diretamente do material clínico (muco e secreção ), são geralmente métodos rápidos de diagnóstico com grande interesse por parte dos profissionais de saúde , pois dispensam as técnicas de cultivo para o isolamento e a identificaçaõ bacteriana. Coloração de Ziehl-Neelsen: age através da identificação de microorganismos álcool-ácido-resistente. Quando se identifica bacilos através dessa técnica, o diagnóstico mais comum é o de tubérculos; Reação Polimerase em Cadeia (PCR): permite identificar inumeras bactérias patogênicas, tais como Escherichia coli enterotoxigênica e Shigella. ELISA: técnica sorológica, que estima a dosage de anticorpos no soro do paci- ente. É essencial para diagnosticar infecções de bactérias que não podem ser cultivadas, com riquétsias. 3.8.Entender a importância da vacinação e outras medidas na prevenção de doenças infecciosas; A vacina age de forma a estimular o sistema imunológico, isso ocorre após a aplicação do vírus ou bactéria no organismo e, assim, faz com que o sistema em questão produza mecanismo de defesa contra esses agentes infecciosos, dessa forma, quando houver o contato com os agentes ativos haverá o combate dos mesmos pelas células de defesa (Ministério da Saúde, 2014). A vacina é de suma importância, tendo em vista que ela é a melhor forma de prevenção tanto individual quanto coletiva, e ela é responsável por imunizar nosso corpo e impedir que doenças não ameacem nosso organismo, principalmente as doenças infectocontagiosas (Ministério da Saúde, 2014). Ademais, outras medidas de prevenção não são descartadas, tais como procedimentos de higiene, lavar as mãos e alimentos antes de refeições, limpeza periódica de moradia, manutenção de ambiente sempre limpo. Além exigir em local de sua residência saneamento básico (Ministério da Saúde, 2014). 3.9.Caracterizar os processos de imunização ativa e passiva. A imunidade ativa é aquela que é induzida através de contato com o antígeno, de modo que o próprio sistema imunológico do individuo produz células T. Esse tipo de imunidade pode ocorrer quando o individuo “pega” alguma doença infecciosa ou pode ocorrer de modo artificial que é o caso da vacina, o individuo adquire a imunidade sem necessariamente desenvolver a sintomatologia daquela doença (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). No caso da imunidade passiva ocorre através da transferência de anticorpos de um individuo para outro, como é o caso da transferência vertical de anticorpos entre mãe e feto, é importante ressaltar que essa imunidade gera no organismo uma ação protetora rápida, temporária. E pode ser adquirida de maneira artificial também, como é o caso de soro heterólogo , soro obtido através animais (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). Figura 02: imunidade ativa e passiva Fonte: https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ https://bioclassi.wordpress.com/2015/10/27/imunologia-celular-e-molecular-cap-1-abbas/ 4- CONCLUSÃO Diante do exposto, foi possível compreender de forma clara e objetiva como ocorre o mecanismo de resposta antibacteriana. Além disso, algumas características microbiológicas, como formato e componentes, foram retratadas, e promoveram um melhor entendimento acerca dos demais objetivos, como o mecanismo de evasão bacteriana, e até mesmo as respostas imunes inata e adquirida do organismo, e suas barreiras naturais contra esses microrganismos. Conjuntamente, foi possível analisar sobre a microbiota humana, e sobre as imunizações ativa e passiva. Portanto, pode-se afirmar que essa situação problema, “Sufoco”, foi assimilada completamente pelos acadêmicos, promovendo uma evolução no conhecimento acerca da imunologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A.H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. ABBAS, A. K; LICHTMAN, A. H; PILLAI, S. H. I. Imunologia celular e molecular, 7ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. BIER, O., Microbiologia e imunologia , 3°ed., cap. 16., editora Melhoramentos ., São Paulo , 1994 BUSH, L. M; MD; FACP; SCHMIDT, C. E.; College of Medicine; Florida Atlantic Univer- sity. Fatores facilitadores da invasão microbiana. Out 2018. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/biologia-das- doen%C3%A7as-infecciosas/fatores-facilitadores-da-invas%C3%A3o-microbiana >. Acesso em 21 Out. 2020. HIRSH, D.C., ZEL, Y.C., Microbiologia veterinária ., p. 14-20., editora Guanabara., Rio de Janeiro, 2003. MACHADO, P. R. L. et al. Mecanismos de resposta imune às alterações. A. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro, v. 79, n. 6, pág. 647-662, dezembro de 2004. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365- 05962004000600002&lng=en&nrm=iso >. Acesso em 16 de outubro de 2020. MARTINEZ, R.; FIGUEIREDO, J. F. C. Diagnóstico e tratamento empírico de infecções bacterianas agudas. Medicina (Ribeirao Preto), [S. l.], v. 36, n. 2/4, p. 345-350, 2003. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/732> Acesso em: 21 out. 2020. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf >. Acesso em: 22 out. 2020. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/biologia-das-doen%C3%A7as-infecciosas/fatores-facilitadores-da-invas%C3%A3o-microbiana https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/biologia-das-doen%C3%A7as-infecciosas/fatores-facilitadores-da-invas%C3%A3o-microbiana http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002&lng=en&nrm=iso http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000600002&lng=en&nrm=iso http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER, M.A Microbiologia médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009 MURRAY, P.R.; ROSENTHAL, K.S.; PFALLER, M.A. Microbiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro (RJ): ELSEVIER, 2014. MURRAY, PR; ROSENTHAL, KS; PFALLER, MA. Microbiologia Médica, 8 ed. 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