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MECANISMOS DE AGRESSAO E DEFESA (Editável)

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Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
 
PREFÁCIO 
O Projeto dessa apostila nasce como um fruto da colaboração estabelecida entre os alunos do 
curso de graduação em nutrição, FMU-FAM, da escola de ciências da saúde, de São Paulo, 
unidade santa amaro, tendo sido inspirado na saudosa disciplina de Mecanismo de agressão e 
defesa da FMU-FAM, ministrada, semestralmente, pelo Prof.ª Sandra Gangnuss Carmona, que 
gentilmente nos orientou durante toda a empreitada. 
Por fim, destacamos que nosso objetivo com o presente projeto de leitura, será o de divulgar, de 
forma bastante acessível, conhecimentos muito ricos sobre microbiologia e imunologia, 
buscando, com isto, auxiliar não só estudantes de nutrição em sua formação e atuação, como 
também educar o público leigo interessado em Nutrição. 
Desejamos a todos uma excelente leitura! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
Seu ajudante de mecanismo de agressão e defesa estará apresentando a disciplina á 
você. Lembrando que qualquer duvida ou divergência que conter no material, acione a professora 
responsável e o formulador para que os mesmos façam a correção. 
Descubra que microbiologia e sistema de defesa, é uma disciplina incrível de estudar, e 
quando ela se torna fácil fica difícil parar de estuda-la! 
Bons estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá caro estudante, bem vindo à 
disciplina de mecanismo de agressão e 
defesa! 
Irei lhe ajudar nesse percurso de estudo, 
trazendo os materiais apresentados nas 
aulas ministradas pela professora 
Sandra, assim transformaremos o 
complicado em simples. Boas aulas! 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
SUMARIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
5 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
 
Microbiota normal humana 
Todo ser humano nasce sem microrganismos. A aquisição da microbiota bacteriana 
envolve uma transmissão horizontal, ou seja, infecciosa de microrganismos. A colonização de 
superfícies expostas como a pele, o trato respiratório, o sistema gênito-urinário e o trato 
digestório, começa imediatamente após o nascimento seja durante o parto normal, parto 
cesariana ou amamentação. Padrões de alimentação, hospitalização e tratamento com 
antibióticos são fatores que afetam a composição da microbiota intestinal em crianças. 
As diversas partes do corpo humano apresentam condições ambientais diversas que 
oferecem certas vantagens e desvantagens para a vida microbiana. Diferentes espécies de 
microrganismos adaptam-se aos distintos ambientes do corpo. 
A microbiota normal humana desenvolve-se por sucessões, desde o nascimento até as 
diversas fases da vida adulta, resultando em comunidades bacterianas estáveis. 
Os fatores que controlam a composição da microbiota em uma dada região do corpo estão 
relacionados com a natureza do ambiente local, tais como temperatura, pH, água, oxigenação, 
nutrientes e fatores mais complexos como a ação de componentes do sistema imunológico. 
 
 
 
 
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6 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
Definição de microbiota 
 
 Residente – Consiste em microrganismos encontrados com regularidade em determinada 
idade e área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se com facilidade. 
 
 Transitória - Consistem em microrganismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos que 
permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou semanas, provenientes do meio externo, não 
provocando doença e não se estabelecendo em definitivo na superfície. 
 
 
Microrganismo 
 Mutualismo: Quando protegem o hospedeiro competindo por microambientes de forma mais 
eficiente que patógenos comuns (resistência à colonização), produzindo nutrientes importantes e 
contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico (Bactérias que nos beneficiam, e nós 
á elas). 
 Comensais: Quando mantêm associações aparentemente neutras sem benefícios ou malefícios 
detectáveis (Só colonizam o tecido). 
 Oportunistas: Quando causam doenças em indivíduos imunocomprometidos devido à infecção 
pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, terapia imunossupressora de transplantados, 
radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras extensas ou perfurações das mucosas 
(Aproveitam da fraqueza imunológica) 
 Pele: Devido ao grande contato com o meio ambiente, a pele está propensa a abrigar 
microrganismos transitórios. A pele apresenta uma microbiota residente bem definida e constante, 
diferenciada na região anatômica por secreções, uso habitual de roupas ou proximidade de 
mucosas (boca, nariz e áreas perineais). A epiderme e a derme juntas formam uma barreira 
efetiva contra a maioria dos microrganismos e, por isso, a pele é chamada de primeira linha de 
defesa. Os microrganismos cutâneos se distribuem por toda a extensão da pele e estão mais 
concentrados nas áreas mais úmidas como períneo e axilas. A pele abriga muitos microrganismos 
transitórios, mas as bactérias que predominam são as do gênero Staphylococcus, 
Corynebacterium e Propionibacterium. Streptococcus e outras bactérias são encontradas em 
menor quantidade e menos frequentemente. Essas bactérias estão presentes na superfície do 
estrato córneo e na parte superior dos folículos pilosos, enquanto outras residem profundamente e 
têm a função de recolonizar a pele quando as bactérias mais superficiais são removidas. As 
 
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secreções das glândulas sudoríparas e sebáceas fornecem água, aminoácidos, sais, uréia e 
ácidos graxos que podem servir de nutrientes para os microrganismos. 
 Vias aéreas superiores (Pulmão) e cavidade oral: A mucosa da região oral é mais úmida que a 
pele. A microbiota desta região é bastante diversificada e tem bastante importância em 
odontologia e medicina. 
 Trato respiratório inferior: A mucosa desta região não tem microbiota normal devido a remoção 
mecânica dos microrganismos pelo fluxo de muco, dirigido pelos cílios em direção ao trato 
superior. Esta remoção é bastante eficiente. As poucas bactérias que atravessam essa barreira 
são geralmente capturadas e destruídas pelos macrófagos. 
 Trato genito-urinário (Genitária): Os rins, os ureteres e a bexiga estão normalmente livres de 
microrganismos, mas a região inferior da uretra, tanto no homem quanto na mulher contem 
bactérias como S. epidermidis, S. faecalis e corinebactérias. A urina recebe os microrganismos 
quando passa da bexiga para o exterior do corpo através da região inferior da uretra. A microbiota 
normal do trato feminino é muito complexa e varia com o ciclo menstrual. Há predominância de 
lactobacilos ácido-tolerantes, que mantém o pH da vagina entre 4,4 e 4,6. A variação de pH está 
relacionada a disponibilidade de glicogênio na vagina. 
 Trato gastrointestinal: O ácido clorídrico do estômago destrói muitas bactérias e por isso são 
escassas nessa região. Poucas bactérias ocorrem no duodeno e no jejuno, mas a quantidade 
aumenta marcadamente no íleo. A microbiota intestinal é dez vezes maior que o número de 
células que formam nossos órgãos e tecidos. Desempenha funções variadas. O intestino grosso é 
o mais densamente colonizado, apesar do contínuo movimento de material por este canal, da 
descamação de células epiteliais da ação sequestrante do muco. 
 
 
Microbiologia geral 
 
 Microrganismos 
 Unicelulares: UMA CÉLULA 
 Multicelulares: MAIS DE UMA CÉLULA 
 Procariontes: Seres vivos que não possuem a membrana nuclear, ou seja, não apresenta o 
citoplasma organizado. 
 Eucariontes: SERES VIVOS QUE POSSUEM A MEMBRANA NUCLEAR (POSSUEM NÚCLEO E 
CITOPLASMA ORGANIZADO) 
 
 
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8 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Conceito de microbiologia: ciência
que estuda os seres vivos pequenos. Micro significa 
pequeno e biologia é a ciência que estuda os seres vivos. 
 Conceito de microrganismos: são seres vivos pequenos, não podendo na maioria das 
vezes, serem visto a olho nu. 
 
Os tipos de microrganismos são: bactérias, fungos (bolores e leveduras), vírus, parasitas. 
Onde os microrganismos se encontram? 
Encontram-se: na terra, ar, água, homem, superfícies animadas e inanimadas, matérias primas 
cruas, animais. 
 
(Leveduras nunca prejudicará á saúde, mas podem ser patogênicas por via clinica – 
Candidize e micose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nº de Células Tipo de células Metabolismo MOS – Uteis MOS – 
Patogênicos 
MOS - 
Deteriorantes 
Bactérias Unicelulares Procariontes Independente Sim Sim Sim 
Bolores Pluricelular Eucariontes Independente Sim Sim Sim 
Leveduras Unicelulares Eucariontes Independente Sim Sim/Não Sim 
Vírus Nº possível Acelular Não possui Sim Sim Não 
Protozoários Unicelulares Eucariontes Dependentes Não Sim Não 
Helmintos Multicelular Eucariontes Dependentes Não Sim Não 
 
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9 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
Bactérias 
 
Características Estruturas celulares 
 
 Unicelulares 
 Procariontes 
 Metabolismo próprio 
 Uteis 
 Deteriorantes 
 Patogênicos 
 
 Capsula → Biofilme 
 Parede celular 
 Membrana celular 
 Citoplasma (Ribossomo, Material genético e 
plasmídeo) 
 Pili/Fimbras 
 Flagelo – Quimiotaxia 
 
Pseudômonas aeruginosa 
 
(também conhecida como Pseudomonas pyocyanea) é uma bactéria gram-negativa, baciliforme 
(característica morfotintorial) e aeróbia. Seu ambiente de origem é o solo, mas sendo capaz de 
viver mesmo em ambientes hostis, sua ocorrência é comum em outros ambientes. 
 
 
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10 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
Componentes Celulares das Bactérias: 
 Cápsula: Envelope, não é obrigatório, defesa e aumento do poder infectante, aderência em 
tecidos, viscosidade em alimentos, formam Biofilme (são bactérias que produzem substâncias 
extracelulares compostas principalmente de polissacarídeos (açúcares) e formam o que se 
conhece por biofilme bacteriano. O acúmulo dessas substâncias podem causar o entupimento de 
um meio poroso e influenciar o fluxo de água e o transporte de substâncias através deste meio 
poroso. 
 
 
 
 Parede Celular: possui estrutura rígida, prevenindo a expansão, e eventual rompimento devido a 
entrada de água. Ela é essencial para a multiplicação e divisão celular. Serve também de 
barreira, prevenindo entrada de substâncias químicas e enzimas que possam danificar a célula. 
Variam de acordo com o tipo de bactéria, as diferenças ajudam na classificação e identificação, 
como na resposta à coloração de Gram. Espécies gram positivas (G+): as paredes são mais 
espessas (20 a 25 nm), se deformam em ação de algumas enzimas. Espécies gram negativas 
(G-): as paredes são mais finas (10 a 15 nm), resistentes à ação de algumas enzimas. 
Parede Celular de Bactérias Gram positivas 
 
 
http://www.genomenewsnetwork.org/articles/06_02/biofilms_image1.shtml
http://www.genomenewsnetwork.org/articles/06_02/biofilms_image1.shtml
http://www.genomenewsnetwork.org/articles/06_02/biofilms_image1.shtml
http://www.genomenewsnetwork.org/articles/06_02/biofilms_image1.shtml
 
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11 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
Técnica de coloração de GRAM 
Procedimento 
1. Confeccionar o esfregaço; 
2. Corar com violeta de cristal por 60 segundos; 
3. Lavar com esguicho de água destilada; 
4. Cubrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos; 
5. Lavar com esguicho de água destilada; 
6. Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos; 
7. Lavar com esguicho de água destilada; 
8. Corar com safranina por 60 segundos 
9. Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio. 
 
 Membrana Celular: estruturalmente, as bactérias ainda possuem a membrana citoplasmática 
ou celular, constituída de lipídios, proteínas e carboidratos; serve como barreira osmótica, 
transporta de nutrientes e é o suporte para a formação de energia da bactéria. 
 Citoplasma: material genético disperso (não possuem núcleo), ribossomos (sintetizam 
proteínas) e plasmídeo (não obrigatório). 
 Plasmídeo: material genético de algumas bactérias que confere resistência em alguns 
antibióticos. 
 Esporos: microrganismos podem formar células de resistência capazes de tolerar condições 
incompatíveis para a vida vegetativa daquela célula. Exemplo: Bacillus aeróbicos e Clostridium 
anaeróbicos (ambos desenvolvem endósporo ou esporo).O esporo tem enorme resistência e 
pode sobreviver em condições desfavoráveis por longos anos. É formado na parte central ou 
polar da célula da bactéria e a bactéria pode se desintegrar depois. O estágio de dormência se 
rompe quando o meio torna-se adequado à germinação. Ocorre o crescimento da célula e 
cria-se uma nova bactéria. 
 Flagelos: algumas bactérias podem ter flagelos para se moverem. Nem todas as bactérias 
têm a mesma mobilidade. 
 Quimiotaxia: é o movimento das bactérias em resposta às substâncias químicas existentes 
em seu meio, ou seja, outra forma de locomoção. Exemplo: As bactérias se movimentam em 
busca de nutrientes e se afastam na presença de elevados níveis de substâncias químicas 
inibitórias. 
 Pili ou Fímbrias: são estruturas mais finas, não helicoidais e mais numerosas que os flagelos, 
somente vistos por microscopia eletrônica. Suas funções estão associadas à reprodução 
 
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12 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
(células doadoras reconhecem os receptores aderem e repassam o material genético). 
Aderência às superfícies: auxiliam na fixação das bactérias no meio, evitando serem retiradas 
pelos fluídos corporais. 
 
 
 
Reprodução Assexuada Bacteriana 
 
A multiplicação das bactérias é assexuada e por divisão direta (fissão) da célula, em duas partes 
(divisão binária). Há algumas exceções como reprodução sexuada. A célula mãe cresce de 
tamanho até seu diâmetro máximo (chega ao dobro do seu volume anterior). Aí ela se parte. A 
cada 20 minutos há uma nova geração de bactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
Reprodução Sexuada Bacteriana 
 
Para as bactérias considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de 
fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora 
se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses 
cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir. A 
transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por 
transformação, transdução e por conjugação. 
Transformação: a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à 
cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo 
ocorre espontaneamente na natureza. 
 
 
Transdução: moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como 
vetores (bacteriófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir 
pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus 
que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção 
viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma. 
 
 
 
 
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14 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
Conjugação: pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para 
uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos proteicos, chamados 
pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície. O fragmento de DNA transferido se 
recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que 
serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular. 
 
 
 
Necessidade de oxigênio bacteriano: 
 
 Aeróbios: necessitam de oxigênio para a multiplicação. São exemplos: bolores, bactérias como a 
Pseudomonas, Acinetobacter, Moraxella, Micrococcus, algumas espécies de Bacillus, e as 
leveduras oxidativas. 
 Anaeróbios: necessitam da falta de oxigênio para a multiplicação. Exemplo: bactérias do gênero 
Clostridium. 
 Facultativos: tanto faz a existência ou não de oxigênio para a multiplicação. Exemplos: leveduras 
(fermentativas), enterobactérias (bactérias proveniente do intestino) e Bacillus. 
 Microaerófilos: necessitam de pouca concentração de O2 para a multiplicação. Exemplo: bactérias 
láticas. 
 
Virulência: grau de habilidade de um microrganismo causar doença. 
Fatores de Virulência: estruturas, produtos ou estratégias, que as bactérias utilizam para driblar 
o sistema defesa do hospedeiro e causar doenças. 
 
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15 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Adesão: 
- Capsula →Biofilme 
- Pili/Fimbrias) 
 Invasão: 
- Resistencia as enzimas lisossômicas 
- Bactéria invade células não fagóciticos para driblar o sistema imunológico. 
 Toxinas (Quanta á localização quanto á resistência ao calor) 
- Endotoxinas: É uma toxina que é parte integrante da membrana externa de algumas bactérias e 
só é libertada após a destruição da membrana externa da bactéria das Gram negativas, 
libertando-se o LPS. 
- Exotoxinas: É uma substância química solúvel que incluem enzimas citolíticas e as proteínas 
que se ligam a receptores, alterando a função da célula e acarretando a sua morte. É excretada 
por microrganismos (bactérias). É o tipo de toxina liberada por bactérias para a corrente 
sanguínea. 
- Termorresistentes: Bactérias resistentes ao calor. 
- Termolábeis: Bactérias sensíveis ao calor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
 
Estudo dirigido de bactérias 
1) Conceitue microrganismos úteis, deteriorantes e patogênicos. 
R: 
 Os microrganismos uteis, são microrganismos que quando presentes em um alimento 
causam alterações benéficas, modificando suas características originais, de forma a transforma-
los em um novo alimento. 
 Os microrganismos deteriorantes são aqueles presentes nos alimentos que causam 
alterações químicas prejudiciais, resultando na chamada deterioração microbianas. Essa 
deterioração resulta na alteração do alimento. 
 Os microrganismos patogênicos são presentes nos alimentos que podem causar as 
doenças transmitidas, chamadas de DTA’s. Sérios problemas econômicos e que apresentam um 
risco de saúde. 
 
 
2) Preencha a tabela de acordo com as características das bactérias. 
 
 
Microrganismo Número de 
células 
Tipo celular Tipo de 
metabolismo 
Útil Deteriorante Patogênico 
Bactérias Unicelular Procariontes Independente Sim Sim Sim 
Vamos testar nossos 
conhecimentos de 
bactérias deste modulo 
com a resolução de um 
questionário? 
 
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17 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
3) Quais as formas que as bactérias possuem? Desenhe. 
R: 
 Coco (Diplococos, estreptococos, tétrade, sarcina, estafilococos) 
 Bacilo (Estreptobacilos, flagelado, esporo) 
 Outros (Vibrião, espirilo e espiroquetas) 
 
4) O que significa quimiotaxia e qual componente celular que pode ou não estar presente na 
bactéria responsável pelo movimento? 
R: Quimiotaxia é o nome dado ao processo de locomoção de células em direção a um gradiente 
químico. A quimiotaxia pode ser negativa (Fazendo estas células irem a sentido oposto de uma 
substancia) ou positiva (Fazendo estas células irem a sentido a favor de certa substancia) 
O componente celular que pode ou não estar presente na bactéria responsável pelo movimento, é 
os flagelos e cílios que são gradientes de meio de locomoção. 
 
5) Por que dizemos que os esporos são uma forma bacteriana de resistência? 
R: Os esporos bacterianos ou endósporos atuam como estruturas de sobrevivência quando a 
bactéria encontra-se em condições ambientais desfavoráveis. Eles são produzidos pela própria 
bactéria e encontra-se livremente em seu anterior. 
Na fase de esporo, a bactéria pode permanecer dormente por um longo tempo, até as condições 
voltem a ser favoráveis. Nesse período, há redução do metabolismo e não ocorre multiplicação e 
crescimento. 
 
6) A classificação das bactérias como gram + e gram – se deve a qual componente celular e 
por que essa diferença? 
R: As bactérias Gram positivas retém o cristal violeta á presença de uma camada de 
peptidoglicano (Polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de 
malha na região exterior da membrana das bactérias). 
 
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18 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
As bactérias Gram negativa possuem uma parede de peptidoglicano mais fina que não retém o 
cristal violeta durante o processo de descoloração e recebem a cor vermelha no processo de 
colonização. 
 
 
7) O que é biofilme? 
R: Biofilmes bacterianos são comunidades de bactérias envoltas por substancias, principalmente 
açúcares produzidos pelas próprias bactérias, que conferem a comunidade proteção contra 
diversos tipos de agressão que ela pode vir a sofrer como, por exemplo, a falta de nutrientes. 
 
8) Quais os componentes celulares não obrigatórios das bactérias? 
R: Um componente que as células podem ou não ter são os flagelos, que são estruturas 
locomotoras formadas principalmente por uma proteína denominada flagelina, as que não 
possuem são chamadas atriquias. 
 
9) Conceitue plasmídeo. 
R: Os plasmídeos são pequenos segmentos de DNA circular com replicação independente, 
presentes em bactérias. 
 
10) Assinale verdadeiro (V) ou falso (F): 
a. As bactérias possuem ribossomos e complexo de Golgi. (V) 
b. A cápsula protege as bactérias contra substâncias nocivas. (F) 
c. A técnica de coloração de gram serve para detectar se uma bactéria possui ou não uma cápsula. 
(F) 
d. A esporulação é uma forma de reprodução bacteriana. (V) 
 
11) Quais os tipos de toxinas bacterianas quanto a localização e resistência ao calor? 
R: Tipos de toxinas bacterianas quanto a sua localização: 
 
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19 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
 Toxinas endoxinas: Toxina gerada no anterior de células de microrganismos, mais incapaz de 
secretar para o meio externo. São moderadamente tóxicas e causam febre, trata-se de um 
lipopossacarideo que compõem a parede celular de bactéria Gram positivas. 
 
 
 
 Exotoxinas – Toxina secretada por uma bactéria, capaz de atuar a distancia e independentemente 
dela. É uma toxina liberada pelas bactérias para corrente sanguínea. 
Quanto a resistência ao calor: 
 Termorresistentes – Resistentes a altas temperaturas 
 Termolabeis – Sensível ao calor. 
 
12) Cite as multiplicações sexuadas das bactérias. 
R: Para as bactérias, considera-se reprodução sexuada qualquer processo de transferência de 
fragmentos de DNA de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora 
 
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20 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. Esses 
cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir. 
A transferência de DNA
de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: 
por transformação, transdução e por conjugação. 
Transformação 
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à 
cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo 
ocorre espontaneamente na natureza. 
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para 
introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas. 
 
Transdução 
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como 
vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir 
pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus 
que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção 
viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma. 
 
 
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21 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
Conjugação 
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o 
"macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos, 
chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície. 
O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", 
produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão 
celular. 
Conjugação bacteriana mostrando o pili sexual. 
 
 
13) O que significa fatores de virulência? 
R: Os fatores de virulência são necessários aos microrganismos patogênicos, para invadir, 
colonizar sobreviver e multiplicar-se no interior das células dos hospedeiros e causar doenças. 
Para todos os microrganismos tem a capacidade de virulência, uns com mais outro com menos. 
 
14) Quais os fatores de virulência bacteriana? 
R: Fatores de adesão: 
 Capsula – Biofilme 
 Pili / Fimbrias 
Não todas as bactérias que produzem toxinas. 
 
 
 
 
 
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22 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
15) Quais as funções das fímbrias/ pili? 
R: As fimbrias ou pili, tem como função de aderência a conjugação, pois transportam material 
genético. 
 
16) Como as bactérias são classificadas quanto à necessidade de oxigênio? 
R: Suas necessidades de oxigênio: 
 Aeróbias: Precisa de oxigênio 
 Anaeróbias: Não precisa de oxigênio para se multiplicar 
 Facultativas: Tanto faz ter oxigênio ou não ter 
 Microaerofilos: Contração de baixo oxigênio. 
 
17) Como varia a velocidade de multiplicação bacteriana em relação à temperatura? 
R: Algumas bactérias (principalmente as do gênero Clostridium e Bacillus), quando em condições 
desfavoráveis, desidratam-se formando estruturas muito resistentes chamadas de endósporos. 
Essas estruturas são capazes de resistirem a altas temperaturas, à falta de água e até à ação de 
substâncias que, na maioria das vezes, matam micro-organismos. Quando encontram condições 
ambientais favoráveis, os endósporos se reidratam e a bactéria se reconstitui, voltando a se 
reproduzir por divisão binária. O combate aos endósporos bacterianos é um grande desafio para a 
indústria de alimentos e para a medicina, pois, como vimos, eles são extremamente difíceis de 
serem exterminados. 
 
18) Explique a reprodução bacteriana. 
R: A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: 
por transformação, transdução e por conjugação. 
Transformação 
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA dispersas no meio e são incorporados à 
cromatina. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo 
ocorre espontaneamente na natureza. 
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para 
introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas. 
Transdução 
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como 
vetores (bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir 
 
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23 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
pedaços de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus 
que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção 
viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma. 
Conjugação 
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora, o 
"macho", para uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos proteicos, 
chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície. 
O fragmento de DNA transferido se recombina com o cromossomo da bactéria "fêmea", 
produzindo novas misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão 
celular. 
Conjugação bacteriana mostrando o pili sexual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
24 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
Vírus 
Seres de tamanho microscópio (80.000 cabem na cabeça de um alfinete; caberiam apenas 2.000 
bactérias nesse mesmo espaço). Biologicamente, os vírus são organismos vivos, parasitas 
obrigatórios, que se desenvolvem em células vivas animais, vegetais ou bacterianas. Possuem 
duas características geralmente associadas aos seres vivos: capacidade de reprodução e 
capacidade de sofrer modificações. Mas esta reprodução não é uma verdadeira reprodução, pois 
eles só podem produzir cópias de si mesmos, quando no interior de algum organismo vivo. 
Os vírus não possuem partes típicas de uma célula (não têm núcleo nem parede celular). É 
composto por proteína e ácido nucleico (DNA ou RNA), sendo assim uma núcleo-proteína 
circundada por um capsídeo proteico ou por revestimentos chamada invólucros. Tem diferentes 
formatos. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 Acelular 
 Partícula proteica 
 Parasita intracelular obrigatório 
 Não possui metabolismo próprio 
 Evolui e faz mutações 
 São patogênicos 
 Hospedeiros específicos 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
25 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Estrutura Geral dos Vírus: 
 Invólucro (Envelope) → Feito por proteínas 90% 
 Cerne: RNA ou DNA 
 Capsídeo: Todos os vírus tem dentro dele o material 
genético 
 Capsômeros 
 Nucleocapsídio 
 Vírion: Vírus que está fora da célula (Vírus bem menores 
que as bactérias) 
Formas: 
 Simetria Cúbica 
 Simetria Helicoidal 
 Estrutura Complexa 
 
 
Fases da replicação viral 
 
 
(Ordem importante para decorar – Questão de prova) 
1) RECONHECIMENTO (especificidade) 
2) LIGAÇÃO (célula alvo) 
3) PENETRAÇÃO (fusão ou vacúolo) 
4) DESNUDAMENTO OU DECAPSIDAÇÃO (Tirada da capa do vírus) 
5) REPLICAÇÃO ( Copias do vírus no núcleo) 
6) MONTAGEM (após a replicação) 
7) LIBERAÇÃO (brotamento ou rompimento celular) 
 
Vírus 
 
Após invadir uma célula ou um microrganismo, um vírus 
tem a habilidade de induzir a maquinaria genética da 
célula hospedeira a fazer muitas cópias do vírus 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
26 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
Ciclo lítico → Ciclo de lise (quebra) celular 
No ciclo lítico, o vírus insere seu material genético na célula hospedeira, e, ao contrário do outro 
ciclo o lisogênico, passa a dominar o metabolismo da mesma, destruindo-a por final. 
Etapas desse ciclo reprodutivo: 
1. Adsorção – fase em que ocorre o reconhecimento e a fixação do vírus à célula. Esses seres são 
parasitas específicos, ou seja, acometem um tipo exclusivo de células. O hospedeiro é dotado 
de substâncias químicas capazes de permitir que o vírus detecte-o e se prenda à membrana. 
2. Penetração – inserção do genoma viral no interior da célula hospedeira.
Tal processo pode 
ocorrer de três formas diferentes: 
Direta – apenas o material genético do vírus é injetado na célula, enquanto sua parte proteica 
permanece no lado externo. 
Fusão do envelope viral – o envelope viral (camada lipoproteica que envolve alguns vírus) é 
fundido à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o genoma do parasita invade a célula. Esse 
processo ocorre somente com vírus envelopados. 
Endocitose – os receptores químicos da membrana celular promovem a fixação do vírus, e depois 
o parasita é englobado pelas invaginações da mesma. 
3. Síntese – estágio do ciclo em que o vírus começa a determinar as atividades metabólicas da 
célula. Nesse processo, as enzimas que antes eram utilizadas na síntese proteica e de ácidos 
https://www.infoescola.com/citologia/endocitose/
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
27 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
nucleicos da célula hospedeira, passam a ser empregadas na produção de partículas virais 
(proteínas e material genético). 
4. Montagem – nesta etapa, os componentes dos vírus que foram produzidas anteriormente, são 
organizados de modo a constituir novos parasitas. 
5. Liberação – na etapa final do processo, as dezenas de vírus formadas na fase de montagem 
produzem uma enzima viral denominada lisozima, que causa a ruptura da célula hospedeira, 
processo conhecido como lise celular. Além disso, como a célula passou a sintetizar estruturas 
virais, a produção dos seus próprios componentes se torna impossível (esgotamento celular), o 
que favorece o seu rompimento. Com a destruição da célula, os vírus se libertam e infectam 
imediatamente as células vizinhas, recomeçando o seu ciclo. 
Quando o vírus apresenta ciclo lítico, ele recebe o nome de vírus lítico ou virulento. Como 
exemplo, podemos citar os bacteriófagos ou fagos, que são vírus que infectam e destroem 
bactérias. 
 
Ciclo lisogênico 
No ciclo lisogênico, o vírus que invadiu a célula hospedeira (ou a bactéria) insere o seu material 
genético na mesma, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Desta forma, o 
DNA do vírus torna-se parte do DNA da célula infectada. Neste processo, a presença do vírus não 
interfere no mecanismo celular, isto é, toda a sua atividade, do metabolismo até a reprodução e 
ciclo celular, ocorre de maneira normal, assim como em uma célula saudável. 
No processo de divisão celular, os materiais genéticos da célula hospedeira junto com o material 
genético que foi incorporado sofrem duplicação e em seguida são divididos igualmente entre as 
células-filhas. Ou seja, quando a célula hospedeira passa por divisões mitóticas, ela passa às 
células-filhas não apenas o seu genoma, mas também o material genético do vírus que a infectou. 
Uma vez infectada, uma célula transmitirá o parasita sempre que passar por mitose; o vírus se 
multiplica e contamina novas células do organismo vivo, retomando o seu ciclo. 
É por causa deste tipo de reprodução viral que os sintomas de algumas doenças demoram muito 
tempo para se manifestarem no organismo e tendem a ser incuráveis. 
Alguns exemplos destas doenças incluem a AIDS e herpes: a célula continua desempenhando as 
suas funções enquanto o vírus está no ciclo lisogênico e, por isso, o aparecimento de qualquer 
sintoma ou sinal da doença se torna extremamente difícil. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
28 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
Os sinais das doenças são possíveis de serem detectados apenas quando o vírus atinge o ciclo 
lítico. 
 
 
 
Estudo dirigido de vírus 
1. Biologicamente como definimos os vírus? 
 
R: O vírus são pequenos parasitas formados por uma capsula proteica que podem infectar 
organismos vivos (Seres humanos ou animais) 
 
2. Preencha a tabela de acordo com as características dos vírus. 
 
3. Por que os vírus não possuem reino? 
 
R: O vírus não tem atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: Eles não podem captar 
nutrientes, utiliza energia ou realiza qualquer atividade Biosintética. A falta de hicioplasma e 
ribossomos os impede de ter metabolismo próprio, assim para executar o seu ciclo de vida, o vírus 
precisa do anterior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substancias, efetuará a 
Microrganismo Número de 
células 
Tipo 
celular 
Tipo de 
metabolismo 
Útil Deteriorante Patogênico 
Vírus Acelulares Acelular Não possui Sim Não Sim 
Vamos testar nossos 
conhecimentos de vírus 
deste modulo com a 
resolução de um 
questionário? 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
29 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
síntese das proteínas do vírus e permitirá a síntese das proteínas dos vírus e permitirá que ocorra 
a multiplicação do material genético viral. 
4. O que significa vírus bacteriófagos? 
 
R: Os bacteriófagos são vírus que infectam bactérias para reproduzirem-se como eles infectam 
apenas bactérias, podem ser utilizados no tratamento de bacterioses. 
 Bacteriófagos, também chamados de fagos, são vírus que apresentam a capacidade de 
infectar bactéria, as quais são utilizadas para o processo de replicação viral. 
5. Por que os vírus se replicam? 
 
R: Para sua proliferação. 
 
6. Cite as fases da replicação viral. 
 
R: As fases da replicação viral: 
 Reconhecimento da célula alvo 
 Ligação do vírus à célula por absorção 
 Penetração 
 Desnudamento 
 Replicação 
 Montagem 
 Liberação 
 
7. Quais os tratamentos mais indicados para infecções virais? 
 
R: Os tratamentos indicados para infecções virais: 
 Repouso, 
 Hidratação, 
 Excluir uso de antibióticos e 
 Antidiarreicos. 
 
8. Cite as medidas de controle para a contaminação viral. 
 
R: 
 Notificação dos surtos a população, 
 Cuidados com os infectados, 
 Desinfecção dos ambientes, 
 Imunização da população, 
 Educação de métodos de higiene preventiva e 
 Saneamento básico. 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
30 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
Fungos 
São organismos sem clorofila, alguns microscópicos, e outros unicelulares ou 
multicelulares (Ex.: Cogumelos). Desenvolvem-se em lugares úmidos, pouco iluminados e 
que contém matéria orgânica. Preferem alimentos mais secos, frescos, ácidos e 
quantidades maiores de açúcar. Muitas espécies são úteis. A ação dos fungos pode ser 
patogênica ou não. Os patogênicos provocam doenças em seres humanos, nos animais e 
vegetais. Os não patogênicos são: 
 Participantes de transformações da matéria orgânica do solo; 
 Deterioradores de alimentos e de outros produtos; 
 Agentes de processamentos industriais (produção de antibióticos e enzimas, 
maturação e mais sabor dos queijos etc.) 
Localização: Espalhados intensamente no solo, em terrenos úmidos, no estrume, na 
poeira do ar, em alimentos e nos utensílios mal higienizados. A presença de fungos pode 
ser comprovada a olho nu nos alimentos e culturas pelo tamanho das colônias. 
As colônias parecem massas, pontos como algodão, penugens ou aveludados, e 
às vezes gelatinosos, secos ou pulvurulentos. Às vezes são esbranquiçados e depois 
podem ter pigmentos com diferentes cores: amarelo, laranja, marrom, rosa, cinza e negro. 
Os fungos surgem em maior variedade nos alimentos do que as bactérias e levedu-
ras. Crescem em: doces, pães, frutas cítricas, presunto, toucinho defumado, compotas de 
frutas e em alimentos guardados a baixas temperaturas, até no leite, como também nas 
carnes e frutas em geral. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
31 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
BOLORES: 
 
 Multicelulares (micélio – hifas) 
 Causam doenças no homem 
 Provocam deterioração nos alimentos 
 São utilizados na produção de alimentos e medicamentos 
 Visualização macroscópica com auxílio de uma lupa 
 
São multicelulares, com células cilíndricas, ligadas nas extremidades por Hifas (filamentos) que 
podem apresentar esporos. Individualmente são microscópicas.
Com grande quantidade de hifas 
são visíveis, por exemplo, quando se acumulam em um pedaço de pão, essa massa fúngica 
visível ao olho nú é chamada Micélio. 
O micélio possui duas funções: 
Micélio vegetativo - promove a aderência do bolor ao substrato. 
Micélio reprodutor - realiza a reprodução através da produção de esporos. (Esporos são 
corpúsculos reprodutores, quando encontram condições favoráveis, germinam e dão origem as 
hifas). Os esporos: dão coloração aos bolores e disseminam-se facilmente no ambiente levados 
pelo vento. Multiplicam-se mais lentamente do que as bactérias (levam mais de 3 horas para 
duplicar a massa de células). São aeróbios (raros anaeróbios). Multiplicação ótima em 
temperatura ambiente. Sobrevive a temperatura de refrigeração. Proliferam em uma ampla faixa 
de pH. São utilizados na produção de antibióticos (penicilina), queijos, molho de soja, dentre 
outros. Além de causarem deterioração em madeiras e matéria têxtil. 
 
Reprodução dos Bolores: 
 
 
 Reprodução Assexuada Reprodução Sexuada 
 
 
 
 
 
Estruturas dos bolores: 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
32 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
 
 
 LEVEDURAS: 
 
 Unicelulares (fermentos) – Diferença de bolores 
 Causam doenças no homem 
 Causam deterioração de alimentos e bebidas (Altera as características sensórias do 
alimento) 
 São utilizados na produção de alimentos 
 Visualização ao microscópio óptico comum 
 Visualização macroscópica: colônias 
 
Características principais → Fermentação (Quando utiliza o carboidrato) 
Só deteriora só o alimento e não são patogênicos. 
 
São unicelulares. Podem ser esféricas, ovoides, triangulares ou cilíndricas. Em alguns casos 
formam pseudomicélios (fase de transição entre leveduras e fungos filamentosos). 
Caracterizam-se pela alta capacidade de fermentar (decompõem hidratos de carbono em álcool 
e CO2 ). 
As leveduras podem ser úteis ao homem, quando usadas como alimentos ou na elaboração de 
vinhos, cervejas, pães e na maturação de queijos. 
 Leveduras úteis: "bouquets" de vinhos; "olhos" no queijo suíço (CO2 que produzem); produzem 
vitaminas B1, K, ácido fólico, biotina; produzem enzimas para fins farmacêuticos e indústrias 
de alimentos. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
33 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Leveduras prejudiciais: podem alterar sucos de frutas, xaropes, carnes e outros alimentos. 
 
As leveduras são amplamente difundidas na Natureza: solo, vegetais, frutas, no leite e perto de 
vinhas e pomares. Encontrados em maior número nas frutas e verduras. Através de poeira e 
insetos as leveduras atingem os alimentos expostos. 
Condições de crescimento: . 
 Temperatura ideal entre 25 a 30C. 
 Necessitam de menos água disponível do que as bactérias e mais do que os bolores 
 pH ácido entre 4 a 4,5. 
 Crescem em aerobiose. 
 
Reprodução de Leveduras: multiplica-se por brotamento. São mais lentas que as bactérias e mais 
rápidas que os bolores (levam de 30 minutos a 2 horas para duplicarem a massa celular). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Micoses superficiais da pele 
 
As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de "tineas", são infecções causadas 
por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos estão em toda parte podendo 
ser encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos convivendo 
"pacificamente" conosco, sem causar doença. A queratina, substância encontrada na superfície 
cutânea, unhas e cabelos, é o "alimento" para estes fungos. Quando encontram condições 
favoráveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
34 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam 
então a causar a doença. 
 
Manifestações clínicas: 
 
Existem várias formas de manifestação das micoses cutâneas superficiais, dependendo do local 
afetado e também do tipo de fungo causador da micose. Veja, abaixo, alguns dos tipos mais 
frequentes: 
 Tinea do corpo ("impingem"): forma lesões arredondadas, que coçam e se iniciam por ponto 
avermelhado que se abre em anel de bordas avermelhadas e descamativas com o centro da 
lesão tendendo à cura. 
 
 
 
 Tinea da cabeça: mais frequente em crianças, forma áreas arredondadas com falhas nos 
cabelos, que se apresentam cortados rente ao couro cabeludo nestes locais. É muito 
contagiosa. 
 
 Tinea dos pés: causa descamação e coceira na planta dos pés que sobe pelas laterais para a 
pele mais fina. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
35 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
 Tinea interdigital ("frieira"): causa descamação, maceração (pele esbranquiçada e mole), 
fissuras e coceira entre os dedos dos pés. Bastante frequente nos pés, devido ao uso 
constante de calçados fechados que retém a umidade, também pode ocorrer nas mãos, 
principalmente naquelas pessoas que trabalham muito com água e sabão. 
 
 
 
 Tinea inguinal ("micose da virilha, jererê"): forma áreas avermelhadas e descamativas com 
bordas bem limitadas, que se expandem para as coxas e nádegas, acompanhadas de muita 
coceira. 
 
 
 Micose das unhas (onicomicose): apresenta-se de várias formas: descolamento da borda 
livre da unha, espessamento, manchas brancas na superfície ou deformação da 
unha. Quando a micose atinge a pele ao redor da unha, causa a paroníquia ("unheiro"). O 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
36 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera 
a formação da unha, que cresce ondulada. 
 
 Intertrigo candidiásico: provocado pela levedura Candida albicans, forma área avermelhada, 
úmida que se expande por pontos satélites ao redor da região mais afetada e, geralmente, 
provoca muita coceira. 
 
 
 Pitiríase versicolor ("micose de praia, pano branco"): forma manchas claras recobertas por 
fina descamação, facilmente demonstráveis pelo esticamento da pele. Atingem principalmente 
áreas de maior produção de oleosidade como o tronco, a face, pescoço e couro cabeludo. 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
37 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Tinea negra: manifesta-se pela formação de manchas escuras na palma das mãos ou plantas 
dos pés. É assintomática. 
 
 Piedra preta: esta micose forma nódulos ou placas de cor escura grudados aos cabelos. É 
assintomática. 
 
 Piedra branca: manifesta-se por concreções de cor branca ou clara aderidas aos pêlos. 
Atinge principalmente os pêlos pubianos, genitais e axilares e as lesões podem ser removidas 
com facilidade puxando-as em direção à ponta dos fios. 
 
 
 
 Medidas preventivas: 
 
Hábitos higiênicos são importantes para se evitar as micoses. Previna-se seguindo as dicas 
abaixo: 
 Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele como as axilas, 
as virilhas e os dedos dos pés. 
 Evite ficar com roupas molhadas por muito tempo. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de
nutrição 
38 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Evite o contato prolongado com água e sabão. 
 Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas. 
 Não ande descalço em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários, saunas). 
 Observe a pele e o pelo de seus animais de estimação (cães e gatos). Qualquer alteração 
como descamação ou falhas no pelo procure o veterinário. 
 Evite mexer com a terra sem usar luvas. 
 Use somente o seu material de manicure. 
 Evite usar calçados fechados o máximo possível. Opte pelos mais largos e ventilados. 
 Evite roupas quentes e justas. Evite os tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. 
Prefira sempre tecidos leves como o algodão. 
 
Tratamento: 
O tratamento vai depender do tipo de micose e deve ser determinado por um médico 
dermatologista. Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar 
características importantes para o diagnóstico correto da sua micose, dificultando o tratamento. 
O tratamento das micoses é sempre prolongado, variando de cerca de 30 a 60 dias. Não 
o interrompa assim que terminarem os sintomas, pois o fungo nas camadas mais profundas pode 
resistir. Continue o uso da medicação pelo tempo indicado pelo seu médico. 
As micoses das unhas são as de mais difícil tratamento e também de maior duração, podendo ser 
necessário manter a medicação por mais de doze meses. A persistência é fundamental para se 
obter sucesso nestes casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
39 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
Estudo dirigido de fungos 
1) Qual a diferença morfológica entre bolores e leveduras? 
R: Morfologicamente podemos aponta que as leveduras são fungos com a capacidade de forma 
indivíduos unicelulares, já o bolor e um fugo do reino funje que tem a capacidade de forma 
micélios assim sendo Multicelular. 
Os bolores utilizam as exoenzimas para que possam se nutri assim temos que as leveduras 
fermentam o para se nutrir. 
As leveduras são às vezes apontadas como que possuem pseudos hifas, devido as suas células 
se dividir, mas não se separa assim formando um cordão. 
 
2) Preencha a tabela de acordo com as características dos bolores e leveduras. 
 
3) Quais as formas de multiplicação de bolores e leveduras? 
R: 
 BOLORES 
 
Microrganismo Número de 
células 
Tipo 
celular 
Tipo de 
metabolismo 
Útil Deteriorant
e 
Patogênic
o 
Bolores Pluricelular Eucariontes Independente Sim Sim Sim 
Leveduras Unicelular Eucariontes Independente Sim Sim/Não Sim 
Vamos testar nossos 
conhecimentos de fungos 
deste modulo com a 
resolução de um 
questionário? 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
40 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Reprodução Assexuada Reprodução Sexuada 
 
 
 LEVEDURAS 
Reprodução Assexuada por Brotamento 
 
 
4) Qual a principal característica das leveduras? 
R: Caracteriza-se pela alta capacidade de fermentar, decompõem hidratos de carbono em álcool e 
CO2. 
 
5) Defina: micélio e esporos de bolor. 
R: Micélio é nome que se dá ao conjunto de hifas emaranhadas de um fungo. O micélio 
vegetativo é a parte correspondente a sustentação e absorção de nutrientes, se desenvolvendo no 
interior do substrato. O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o 
micélio aéreo. Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou 
propágulos, constitui o micélio reprodutivo. 
Esporos de bolor são células reprodutivas dos bolores. 
 
6) Cite características ambientais para que os bolores e leveduras se 
desenvolvam? 
R: Ambiente com oxigênio (São aeróbios), temperatura ambiente, alimentos ácidos ou doces e 
umidade. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
41 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
7) Cite as medidas de controle para bolores e leveduras. 
R: Manter o ambiente higienizado, com uma ventilação adequada e com baixa umidade, e sempre 
certificar o alimento quando começar a mostrar características inadequadas. 
 
8) Explique a importância da identificação e prevenção de micoses. 
R: Deve-se procurar auxílio médico dermatologista, na suspeita da micose. Para seu tratamento, 
que muitas das vezes a micose inicial pode ser tratada com muita facilidade, e quando prolongado 
a identificação para seu tratamento maior será a dificuldade do tratamento. A suas medidas de 
prevenção são hábitos higiênicos são importantes na prevenção das micoses. Usar somente o 
próprio material ao ir à manicure. Secar-se sempre muito bem após o banho, principalmente nas 
dobras, como as axilas, as virilhas e os dedos dos pés. Evitar o contato prolongado com água e 
sabão. Evitar andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas e lava-
pés de piscinas. Não ficar com roupas molhadas por muito tempo. Não compartilhar toalhas, 
roupas, escovas de cabelo e bonés, pois esses objetos podem transmitir doenças. Não usar 
calçados fechados por longos períodos e optar pelos mais largos e ventilados. Evitar roupas muito 
quentes e justas e aquelas feitas em tecidos sintéticos, pois não absorvem o suor, prejudicando a 
transpiração da pele. 
A suspeita de micose deve-se procurar auxílio médico. Os médicos dermatologistas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
42 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
Biossegurança 
CURVA DE MULTIPLICAÇÃO MICROBIANA: 
 
 
1) Fase LAG – Fase de adaptação (As bactérias se adaptam ao meio pH e disponibilidade de 
nutrientes) 
2) Fase LOG – Fase exponencial (Depois que as bactérias se adaptam, elas se multiplicam 
rapidamente) 
3) Fase Estacionária – A mesma quantidade de bactérias que se multiplicam é a mesma que 
morre. 
Pois o meio já não está tão propicio para sua multiplicação 
4) Fase de Declínio – Fase da morte dessas bactérias. 
 
Fase 3 e 4 são as melhores fases para biossegurança, para eliminar os patogênicos. 
 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
43 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
O controle de microrganismos significa redução ou eliminação da carga microbiana de objetos à 
tecidos biológicos e é realizado por meio de métodos físicos e químicos que interferem no 
crescimento ou promovem a morte dos microrganismos. Conhecer a aplicação desses métodos é 
fundamental para a área da saúde a fim de prevenir processos infecciosos e a contaminação de 
água, alimentos e produtos farmacêuticos, que podem gerar consequências graves quando 
consumidos. 
 
Temperatura: 
 
O desenvolvimento dos microrganismos, além dos outros fatores vistos anteriormente, somente se 
dá nas faixas preferenciais de temperatura; assim, cada grupo de microrganismo tem sua 
temperatura ótima de multiplicação. 
As oscilações de temperatura de conservação dos alimentos interferem na qualidade da 
microbiota atuante, que poderá ser substituída por outra, que encontra, na nova temperatura, 
condição adequada ao seu desenvolvimento. A velocidade das reações biológicas nos alimentos 
se eleva na relação direta com a elevação do calor. Se a temperatura decresce, as reações 
biológicas se retardam e com isso a ação dos microrganismos vai diminuindo. 
Há várias maneiras de remover microrganismos de um objeto, ambiente ou indivíduo. Há também, 
várias maneiras de impedir seu desenvolvimento nesses locais. Para isso, é importante 
compreendermos alguns conceitos. 
 
Conceitos: 
 Bacteriostático → População de bactérias estável (Fase 3). 
 Limpeza → Agua e sabão (Simples) – Só limpa o grosso. 
 Desinfetantes → Reduzir a carga microbiana (Saprófitas) eliminam totalmente os patogênicos 
em sua superfície não viva. 
 Esterilização → Usada em superfície não viva, eliminando totalmente as bactérias. 
 Bactericida
→ Produto químico para matar só bactérias. 
 
Arnaldo de Freitas Simões – Curso de nutrição 
44 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 Asséptico → Retirada de carga microbiológica da superfície viva. 
 Antisséptico → Reduzir a carga microbiológica, eliminando os patogênicos na superfície viva. 
 Séptico → Superfície com carga microbiológica. 
 Higienização → Processo de limpeza e depois desinfetação para ter uma melhor e eficiente 
higiene. 
 
 
 
 
INFECÇÕES HOSPITALARES e HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS 
 
1. Qual portaria refere- se à infecção hospitalar? 
R: A portaria que trata das diretrizes e normas para a prevenção e controle das infecções 
hospitalares é a Nº 2.616 – de 12 de maio de 1998, regulamentada pelo Ministério da Saúde 
do Brasil.·. 
2. Defina Infecção Hospitalar. 
R: A infecção hospitalar é definida como aquelas que foram contraídas após a internação do 
indivíduo no hospital ou até 72 horas após a internação ocasionada por procedimentos de 
Vamos testar nossos 
conhecimentos de 
biossegurança deste 
modulo com a resolução 
de um questionário? 
 
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45 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
primeiros socorros, e após a saída do ambiente hospitalar que tenham sido causadas 
em decorrência de procedimentos hospitalares durante o período de internação. 
3. O que são bactérias “MDR”? 
R: Bactérias multidroga resistentes são aquelas que por mecanismos de defesas presentes em 
sua composição celular e/ou por associação a outros microrganismos adquirem, na maioria das 
vezes pela má administração dos medicamentos e falta de higienização adequada, 
resistência a ação dos antibióticos. 
 
4. Quais os sítios anatômicos apresentaram maior taxa de infecção? 
R: Os sítios anatômicos que apresentaram na pesquisa maior incidência nos casos de infecção 
hospitalar causado por bactérias MRDs foram no: Trato urinário com 18 casos; na corrente 
sanguínea com 11 casos; no trato respiratório com 9 casos e patologias na pele (presença de 
feridas expostas) com 6 casos. 
 
5. Quando é considerada infecção hospitalar tanto para adultos e recém-nascidos? 
 
R: Infecção Hospitalar (IH), como toda aquela adquirida após a admissão do paciente em um 
hospital, podendo se manifestar durante a internação ou após a alta, desde que relacionado à 
permanência do paciente na instituição ou a procedimentos hospitalares. Também, segundo a 
mesma Portaria, são consideradas infecções hospitalares as que se manifestam antes de 72 
horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e ou terapêuticos 
realizados durante este período. As infecções no recém-nascido são hospitalares, exceto as 
transmitidas de forma transplacentária e as associadas à bolsa rota superiores a 24. 
 
6. A que se deve o alto crescimento de bactérias resistentes a antibióticos? 
R: A resistência aos antibióticos que as bactérias desenvolvem de uma forma natural como 
consequência da habilidade que algumas possuem de se adaptar, ocorre no meio hospitalar 
principalmente pelo uso indiscriminado de antibióticos que aumenta a exposição da bactéria aos 
mesmos e isso influencia a aquisição dos mecanismos de resistência da bactéria aos antibióticos 
administrados. 
 ·. 
7. Quais meios ou formas de transmissão dessas bactérias no hospital? 
R: As infecções hospitalares ocorrem principalmente pela má higienização da equipe hospitalar 
durante os atendimentos e dos utensílios utilizados nos procedimentos; pelo uso incorreto ou até 
mesmo o não uso dos EPIs como luvas, máscaras e aventais a cada procedimento realizado, 
levando à transferência de microrganismos de um paciente para outro, bem como do paciente 
 
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46 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
para a equipe hospitalar, ou até de meios contaminados para os pacientes. 
 
8. Segundo o estudo, quais bactérias foram identificadas como multidroga resistentes, no 
período de 2011 e 2012, no hospital de Minas Gerais? 
R: Foram encontradas: Klebsiella, Serratia, E. Coli, Proteus, Morganella, Providencia, Enterobacter e 
Staphylococcus Aureus. 
 
 
9. Quais as principais espécies de bactérias encontradas? Classifique-as de acordo com sua 
característica morfológica e tintorial. 
 
Espécie Característica Morfológica Classificação 
Tintorial 
Klebsiella pneumoniae -Anaeróbia facultativa 
-Bacilo 
-Patogênicas 
-Encapsulada 
Gram - 
Escherichia coli -Lactase positiva 
-Aeróbias 
-Anaeróbia facultativa 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Acinetobacter 
baumannii 
-Aeróbias 
-Bacilo 
-Cocoide 
-Patogênicas 
-Oxidase negativa 
Gram - 
Staphylococcus aureus -Esférica 
-Patogênicas 
-Encapsulada 
-Aeróbia 
-Anaeróbia facultativa 
Gram + 
Pseudomonas 
aeruginosa 
-Aeróbias 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Enterobacter sp -Aeróbias 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Morganella morganii -Anaeróbica facultativa 
-Bacilo 
-Patogênicas 
-Flagelado 
Gram - 
Burkholderia cepacia -Bacilo 
-Flagelado 
-Patogênicas 
-Aeróbico, 
-Oxidase e catalase positivos 
Gram - 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Flagelado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aer%C3%B3bico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxidase
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catalase
 
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47 MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA 
 
 
10. Descreva a importância da microbiota residente e transitória na área hospitalar. 
R: Esses tipos de microbiotas são importantes, pois funciona como a manutenção de um 
organismo equilibrado e saudável, é um tio de reciclagem, formando espécies de colônias nos 
tecidos e órgãos para a homeostase imunológica, hormonal e metabólica de seu hospedeiro. Na 
área hospitalar a higienização não pode ser simples, tem que obedecer as regras de higienização com 
clorexidine, para que seja feita a higienização mais profunda, incluindo as bactérias residentes. 
 
11. Quais medidas poderiam ser implementadas em hospitais para o controle de infecção 
hospitalar? 
R: 
As principais medidas que implantadas em hospitais levariam ao controle de IH seriam: 
- A higienização bem feita e regular das mãos da equipe hospitalar principalmente dos que 
prestam assistência direta aos pacientes especialmente os agudos, bem como a higienização 
adequada dos próprios pacientes e acompanhantes/visitas poderia levar ao controle de infecções; 
- O uso constante, com troca a cada paciente atendido e o descarte correto dos EPIs (como 
toucas, luvas, máscaras, aventais, etc) por aqueles que terão contato com os pacientes; 
- A limpeza e desinfecção regular de todos os ambientes hospitalares; 
- Certificar-se da procedência e esterilidade dos equipamentos e utensílios utilizados nos 
procedimentos também seria de extrema utilidade para esse controle. 
 
12. Bactérias resistentes a antibióticos também são resistentes a antissépticos? 
R: Segundo o estudo realizado por pesquisadores irlandeses, especializados no combate às 
infecções hospitalares, os antissépticos podem tornar a bactéria mais resistente não só a estes 
tipos de produto, mas também aos antibióticos. 
Serratia -Anaeróbia facultativa 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Proteus -Anaeróbia facultativa 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Providência -Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Stenotrophomonas 
maltophilia 
-Aeróbias 
-Bacilo 
-Patogênicas 
Gram - 
Enterococcus faecium e 
faecalis. 
-Esférica 
-Patogênicas 
-Anaeróbia facultativa 
Gram + 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anaer%C3%B3bia_facultativa&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacilo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anaer%C3%B3bia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacilo
 
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Os resíduos de produtos usados para limpeza e esterilização de laboratórios e hospitais que 
permanecem na superfície de certos locais, fortalecem a resistência das bactérias e a tornam 
resistente não só a esse tipo de
produto. A bactéria exposta ao produto mudou seu DNA para 
fazê-la resistente não só a ele, mas os antibióticos do tipo da “ciprofloxacina” mesmo sem ser 
exposta a estes remédios. 
13. O que significa antisséptico degermante? 
R: Refere-se aos antissépticos que são associados a um agente tenso ativo, um detergente, os 
quais são indicados para preparação da pele dos pacientes antes de uma cirurgia e para 
higienização das mãos e antebraços da equipe hospitalar. 
14. Quais as 3 regras essenciais do procedimento da técnica de higienização de mãos e 
antebraços para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos? 
R: Para prevenir a transmissão de microrganismos pelas mãos, três elementos são 
essenciais para essa prática: agente tópico com eficácia antimicrobiana; procedimento 
adequado ao utilizá-lo, com técnica adequada e no tempo preconizado; e adesão regular 
ao seu uso, nos momentos indicados (ROTTER, 1996). 
• uso de agente tópico com eficácia antimicrobiana; 
• procedimento adequado ao utilizá-lo, com técnica adequada e no tempo preconizado; 
• adesão regular ao seu uso, nos momentos indicados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
1. Chan, E. C. S. Krieg, Noel R. Pelczar Jr. Microbiologia. São Paulo: Pearson, 1997. 
2. Luiz Rachid Trabulsi e Flavio Alterthum. Microbiologia, São Paulo: Atheneu, 2008. 
3. Madigan MT, Martinko JM & Parker J. 1996. Biology of microorganisms, 8th. Prentice Hall, NJ, 
USA, edição, editora Makron Books. São Paulo, 1997. 
4. Tortora, Gerard J. Funke, Berdell R. Case, Christine L. Microbiologia. São Paulo: Artmed, 2007 
5. Trabulsi L.R et al. 1999. Microbiologia, 2a ed., Atheneu, SP. 
6. BROOKS, F.G., CAROLL, C.K., BUTEL, S.J., MORSE, A.S., MIETZNER, A.T. (2014). 
Microbiologia Médica de Jawetz, Melnick e Adelberg (Lange). 26ª edição. Rio de Janeiro: AMGH. * 
FERREIRA, M.U. (2012). Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 
7. MADIGAN, T.M., MARTINKO, M.J., BENDER, S.K., BUCKLEY, H.D., STAHL, A.D. (2016). 
Microbiologia de Brock. 14ª edição. Porto Alegre: Artmed. 
8. TORTORA, J.G., FUNKE, R., CASE, L.C. (2012). Microbiologia. 8ª edição. Porto Alegre: Artmed. 
9. http://manualdojedi.files.wordpress.com/2012/08/resumo-biologia-ii.pdf 
10. http://www.ceunes.ufes.br/downloads/2/josiseixas-2.%20V%C3%ADrus,%20II%20parte.pdf 
11. http://revista-biogenese.webnode.pt/aulas/ensino-medio/virus/

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