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SP4- UNIDADEI V- Sinal de alerta

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CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA UNIDADE II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 4: “Sinal de alerta” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINEIROS/GO 
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS 
CURSO DE MEDICINA 
TUTORIA II 
 
 
 
 
 
 
 
SITUAÇÃO PROBLEMA 4: “Sinal de alerta” 
 
 
 
Maria Clara Trettel de Oliveira 
Mariana Oliveira Fernandes 
Matheus Fleury Alves 
Mydian Gabriela dos Santos Fernandes 
Natália Hugueney Hidalgo 
Nathalia Martins Carneiro 
Rafaella Ciconello Dal Molin 
Sara Leite Lira Santos (Relatora) 
Tamillis Martins Barbosa 
Vinícius de Moraes Laabs 
Vinícius Souza Fernandes Vieira 
Willy Johnny Araújo 
 
Docente: Dr. Severino Correia do Prado Neto 
 
 
 
 
MINEIROS 
2020 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4 
2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 5 
2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 5 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 5 
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 6 
3.1 Identificar os parasitas helmínticos e seus mecanismos de infestação. ................ 6 
3.2 Entender o ciclo biológico dos helmintos (enfoque áscaris lumbricoides), 
conceituando hospedeiro intermediário e definitivo, além de apontar as principais 
manifestações clínicas. ...................................................................................................... 8 
3.3. Descrever as principais barreiras imunológicas naturais contra helmintos;....... 9 
3.4 Identificar os principais marcadores laboratoriais das helmintoses (Hemograma)
 ......................................................................................................................................... 12 
3.5 Caracterizar a resposta imunológica frente a infestação de helmintos. ................. 12 
3.6 Conceituar os mecanismos de fuga dos helmintos das respostas orgânicas. .......... 13 
3.7 Enumerar medidas profiláticas e terapêuticas relacionadas as verminoses 
intestinais ........................................................................................................................ 15 
4 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 17 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 18 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A priori, nesta unidade tivemos como modelo de estudo um caso, no qual foi 
possível reconhecer os principais parasitas helmínticos e as principais doenças que são 
causadas por platelmintos, nematelmintos e protozoários. Foi possível perceber que, essas 
parasitoses estão intimamente relacionadas com os hábitos de higiene do indivíduo, 
saneamento básico, higiene e preparo dos alimentos e cuidados com as consultas médicas 
de rotina, visto que o organismo humano necessita de receber doses medicamentosas dos 
principais remédios que combatem os parasitas helmínticos. Além disso, tivemos 
conhecimentos no que diz respeito às principais barreiras orgânicas que funcionam como 
impedimento das infestações parasitárias, observamos também os principais sintomas e 
sinais clínicos que aparecem nas doenças e tivemos conhecimento das principais analises 
laboratoriais que são recomendadas nos possíveis diagnósticos das parasitoses. 
Foi possível também, assim como nas outras situações problemas perceber a 
resposta imunológica inata e adaptativa, essas que são imprescindíveis na manutenção da 
funcionalidade do organismo humano, visto que reagem aos principais agentes 
infecciosos, esses que podem infestar os principais órgãos e causar danos maiores a vida 
do indivíduo. Portanto, fica evidente a importância do estudo das parasitoses, pois estão 
intimamente ligadas com o modo de vida da população, tendo isso como base, os 
profissionais de saúde podem repassar os noções a população e assim sucessivamente 
reduzir os casos de doenças parasitárias, essas que se não tratadas podem vir a acarretar 
maiores danos a saúde das pessoas. 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Compreender os mecanismos de agressão por helmintos e as defesas do 
organismo. 
 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Identificar os parasitas helmínticos e seus mecanismos de infestação; 
 Entender o ciclo biológico dos helmintos (enfoque áscaris lumbricoides), 
conceituando hospedeiro intermediário e definitivo, além de apontar as 
principais manifestações clínicas; 
 Descrever as principais barreiras imunológicas naturais contra helmintos; 
 Identificar os principais marcadores laboratoriais das helmintoses; 
 Caracterizar a resposta imunológica frente à infestação de helmintos; 
 Conceituar os mecanismos de fuga dos helmintos das respostas orgânicas; 
 Destacar as principais medidas profiláticas e terapêuticas para a prevenção de 
verminoses. 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 Identificar os parasitas helmínticos e seus mecanismos de infestação. 
Dentre as principais parasitoses, pode-se citar a Teníase e a cisticercose, que são 
causadas pelo mesmo parasita, só que em fases distintas de vida. A teníase é causada pela 
Taenia solium ou Taenia saginata quando presente no intestino delgado dos humanos 
(hospedeiros definitivos), já a cisticercose, causada devido à presença da larva, pode estar 
presente em hospedeiros intermediáriaos, sendo que o cisticerco da T.solium é encontrada na 
musculatura dos suínos e da T.saginata é encontrada na dos bovinos. A teníase causada pela 
T.solium não é considerada fatal, enquanto que a cisticercose causada por ela pode levar à 
morte. A infecção pela larva da T. saginata ou T.solium se dá pela ingestão da carne bovina e 
suína, respectivamente, contaminada preparada de forma inadequada. Muitas vezes esta 
doença é assintomática, mas quando apresenta sinais clínicos, na maioria das vezes, estão 
relacionados a problemas gastrointestinais como dor abdominal, anorexia, diarreia, enjoo, 
podendo também apresentar irritação, fadiga e fraqueza (NEVES, 2005). 
A cisticercose é uma doença parasitária adquirida através da ingestão de alimentos 
contaminados (com ovos de Taenia solium), principalmente carne de porco crua ou mal 
passada. Os sintomas desta doença podem ocorrer meses ou até mesmo anos depois de ter 
consumido tais alimentos. Dentre eles podemos citar: dores de cabeça frequentes, convulsões, 
transtornos de visão, alterações psiquiátricas, vômitos, infecções na coluna, demência e perda 
da consciência. A maioria das pessoas com cisticercose nos músculos não apresenta sintomas 
(NEVES, 2005). 
Outra frequente doença parasitária é a esquistossomose. Causada por platelmintos da 
classe Trematoda. Estes ocorrem em diversas regiões do mundo sendo que, no Brasil, o 
responsável pela doença é o Schistossoma mansoni. Este tem a espécie humana como 
hospedeiro definitivo, e caramujos de água doce do gênero Biomphalaria, como hospedeiros 
intermediários. Na água, os miracídios como são denominados as larvas, são liberadas e só 
continuam seus ciclos de vida alojando-se em caramujos do gênero Biomphalaria. Esses 
possuem como característica principal concha achatada nas laterais e de cor marrom-
acinzentada. As larvas, agora denominadas cercárias, se desenvolvem e são liberadas na água. 
Em contato com a pele e mucosa humanas, penetram no organismo e podem 
causar inflamação, coceira e vermelhidão nessas regiões. Lá, se desenvolvem, reproduzem e 
eliminam ovos a partir de veias do fígado e intestino, obstruindo-as (NEVES, 2005). 
Além disso, uma verminose intestinal de suma importância é a Ascaridíase, causada 
peloparasita Ascaris lumbricóides, popularmente conhecida como lombriga, é a verminose 
mais difundida no mundo. A contaminação por Ascaris lumbricóides ocorre pela ingestão de 
água ou alimentos contaminados por seus ovos. Em infecções moderadas, os vermes adultos 
são encontrados no intestino delgado, principalmente no jejuno e íleo, enquanto nas infecções 
intensas, podem ocupar toda a extensão do intestino delgado. Podem ficar presos à mucosa, 
ou migrarem pela luz intestinal. As infestações causadas pelo Ascaris lumbricóides podem ser 
pequenas, que não apresentam alterações clínicas ao hospedeiro, médias que apresentam 
alterações brandas e maciças que desencadeia alterações graves (NEVES, 2005). 
Seguidamente, a Ancilostomose, popularmente conhecida por amarelão, é uma doença 
parasitária causada pelo nematódeo Ancylostomida, logo uma das principais espécies que 
parasitam o ser humano, denominado Ancylostoma duodenale, é predominante em regiões 
temperadas, embora ocorra também em regiões tropicais, onde o clima é mais temperado. A 
outra espécie principal denominada Necator americanus, ocorre principalmente em regiões 
tropicais, onde predominam temperaturas altas. A coexistência de ambas as espécies pode 
ocorrer em uma mesma localidade. Em consequência disso, tem uma ampla distribuição 
geográfica. Em seu ciclo biológico, os ancilostomídeos não existem hospedeiro intermediário, 
devido as formas adultas desses vermes serem encontradas no intestino delgado do indivíduo 
parasitado. Em condições ambientais favoráveis, as larvas tornam-se infectantes, capazes de 
penetrar ativamente pela via oral ou transcutânea do hospedeiro, podendo infectar facilmente 
pessoas que andam descalças, como trabalhadores rurais ou crianças que brincam em solos 
contaminados (NEVES, 2005). 
Além disso, há os mecanismos de infestação que podem ser dividos em ações 
traumáticas, anóxia, tóxicas, enzimáticas, espoliadora e mecânica. 
 Ação traumática: 
A ação varia de acordo com a localização e do parasita no organismo hospedador, 
podendo ocorrer em diversos órgãos ou cavidades (NEVES, 2005). 
Nesse sentido, a ação traumática é caracterizada por produzir algumas lesões nos 
tecidos hospedeiros, podendo ser na boca, olhos, ânus, esôfago, estômago, no tubo de 
intestinal, pulmões, fígado, pâncreas, aparelho urinário, sistema nervoso, vasos sanguíneos e 
linfáticos, tecido muscular e o tecido conjuntivo. Em alguns casos pode ser considerada uma 
ação anóxia, pois o parasita consome o oxigênio presente na hemoglobina do hospedeiro, 
podendo desencadear uma anemia. (NEVES, 2005). 
 Ação tóxica e enzimática: 
Essa ação é marcada pela produção de substâncias, oriundas de helmintos, que são 
liberados no hospedeiro e acaba por ser tóxica. Já a ação enzimática os parasitas vão dissolver 
partes do corpo do hospedeiro por meio de enzimas para sua própria alimentação (NEVES, 
2005). 
 Ação espoliadora: 
Tal ação é feita de duas formas, a primeira é no caso que o parasita desvia parte das 
substâncias digeridas pelo hospedeiro para o seu metabolismo, que é característico de 
helmintos que não possuem aparelho digestivo diferenciado e habitam o tubo intestinal, os 
quais trazem grandes consequências, como infestações intensas (NEVES, 2005). 
O segundo caso é marcado pela ação do parasita em retirar sangue do hospedador em 
algum, dos órgãos, como, o fígado, pâncreas e pulmão. (NEVES, 2005). 
 Ação mecânica: 
 Os helmintos irão causar irritações, sendo também uma ação irritativa, na parede 
intestinal, podendo até mesmo causa a obstrução desta. (NEVES, 2005). 
 
3.2 Entender o ciclo biológico dos helmintos (enfoque áscaris lumbricoides), 
conceituando hospedeiro intermediário e definitivo, além de apontar as principais 
manifestações clínicas. 
 
Os hospedeiros são seres vivos que podem oferecer condições que podem gerar 
processo infeccioso. A importância dos hospedeiros é porque sem eles o ciclo do parasita não 
é concretizado, já que a patologia é instalada devido aos danos feitos pelo helminto, mas 
como também as respostas do organismo do hospedeiro em sua presença. (MURRAY, 
ROSENTHAL; PFALLER, 2017). 
Estes podem ser de dois tipos: 
 Intermediário: Quando o helminto se encontra em fase larval ou em reprodução 
assexuada; 
 Definitivo: Quando o parasita tem a maturidade alcançada ou está em fase de 
reprodução sexuada; 
O ciclo biológico é do tipo monoxênico, isso é, que possui apenas um hospedeiro e 
cada fêmea é capaz de colocar cerca de 200.000 ovos, que vão ser embrionados ao chegarem 
ao solo, juntamente com as fezes, contudo, para que isso ocorra é necessário que a umidade 
mínima do ambiente seja de 70%, a temperatura deve estar entre 25° e 30°C e precisar ter 
muito oxigênio. (REY, 2010) 
A primeira larva (L1) se forma dentro do ovo e é chamada de rabditóide, ou seja, 
possui o esôfago com duas dilatações, esta larva, após uma semana dentro do ovo se modifica 
em L2, transformando-se em L3 logo em seguida, a qual é chamada de larva infectante, 
possuindo um esôfago filaróide (retilíneo), portanto, é importante ressaltar que a transmissão 
dessa doença ocorre devido à ingestão de alimentos contaminados com a larva infectante 
(L3). (REY, 2010) 
Acerca das manifestações clínicas, observa-se que elas estão correlacionadas com o 
número de formas presentes no parasita: 
 Sintomatologia proporcional à carga parasita: 
 Nos pulmões: edema, pneumonia, síndrome de loeffler 
 No intestino: dor abdominal, obstrução intestinal, diarreia, má absorção de nutrientes e 
perfuração no intestino. 
Vale ressaltar também, que muitos casos podem ser assintomáticos. 
 
3.3.Descrever as principais barreiras imunológicas naturais contra helmintos; 
 
De acordo com Gazzinelli (2020), existem diversas barreiras que servem para 
dificultar e combater as infecções contra os parasitas: 
 
Pele 
É uma barreira mecânica que impede e/ou dificulta a entrada dos parasitas, por meio 
de seu pH que é mais ácido, que se mantem pela glândulas sebáceas com a produção de 
ácidos graxos de cadeia longa e também pela gradação dela pela microbiota local, assim 
deixando essa entrada difícil (Gazzinelli, 2020) 
 
Pelos 
É também uma barreira mecânica e pode ser representado pelas vibrissas que são os 
pelos na porção anterior das fossas nasais, eles dificultam também a entrada dos patógenos no 
organismo humano, pois elas funcionam como um filtro para grandes partículas como as da 
toxoplasmose gondii nas fezes dos gatos que quando varridas podem ser inaladas pelos 
humanos (Gazzinelli, 2020) 
 
Microbiana 
 
Existem várias bactérias tanto na pele como nas glândulas sebáceas, são exemplos os 
Staphylococcus epidermidis e Propionibacterium acneae. E funciona como forma também a 
entrada e instalação dos parasitas no corpo humano, como já dito acima com a produção de 
substancias microbianas e a redução do pH (Gazzinelli, 2020) 
 
Cavidades revestidas por mucosas 
 
Gazinelli (2020) destaca também o as adaptações imunológicas das cavidades 
revestidas por mucosas para o combate às infecções helmínticas, sendo: 
i. Barreira mecânica: a mucosa que reveste os vários sistemas do corpo humano 
possui características histológicas que de certa forma, dificulta a aderência 
permanente de parasitas, embora essa adaptação se apresenta com pouca eficiência. 
ii. Barreira química: quimicamente, as mucosas do corpo são responsáveis por secretar 
HCl (estômago), enzimas digestivas, sais biliares e suco pancreático que tem como 
principal função atuar na degradação ou inativação de microrganismos. 
iii. Muco: as células da mucosa produzem uma substância conhecida como mucina, que 
nada mais é do que uma proteína de alta viscosidade. Essa proteína facilita a adesão 
entre de agentes biológicos, virais e partículas inertes, visando a posterior remoção. 
Além disso, a mucina mantém a superfície das mucosas úmidas, o queresulta na 
formação de uma camada protetora frente a agentes físicos e químicos. 
iv. Cílios: uma parte do tecido mucoso possui cílios que promovem a proteção dos 
tecidos através da recirculação do muco. Essa recirculação é importante realiza a 
remoção de elementos inanimados (poeira e vírus), ou biológicos (bactérias, larvas de 
helmintos e protozoários) aderidos ao muco. 
v. Microbiota Residente: nas cavidades onde existe microbiota (tais como cavidade 
oral, vagina, intestino grosso), ela atua exercendo resistência biológica frente aos 
patógenos. Essa resistência biológica se dá através da: 
a. Producão de catabólitos responsáveis por reduzir o pH; 
b. Competição por fonte nutricional; 
c. Ligação a receptores de superfície essências ao patógeno; 
d. Producão de compostos que possuem ação deletérica sobre espécies 
patogênicas. 
 
Fagócitos Profissionais 
 
De acordo com Gazzineli (2020), as principais células de defesa frente a parasitas 
helmínticos são: 
i. Neutrófilos: a ação microbicida destas células é determinado tanto pelas enzimas 
lisossomiais quanto pela sua grande mobilidade. Frente a qualquer dano tecidual, os 
neutrófilos são as primeiras células de defesa a chegar na lesão; 
ii. Eosinófilos: apesar de possuírem um menor poder fagocitário, em menor escala, 
auxiliam na defesa do organismo de maneira semelhante aos neutrófilos; 
iii. Macrófagos: O potencial microbicida dos macrófagos é determinado pela existência 
de enzimas e outras substâncias como os peróxidos em seu citoplasma. Entretando, 
diferentemente dos neutrófilos, os macrófagos precisam ser ativados e orientados 
pelos linfócitos T. 
 
Resposta inflamatória 
 
i. Aguda: ocorre, principalmente frente ao primeiro contato com o patógeno e possui 
predomínio da atuação de neutrófilos. 
ii. Crônica: se desenvolve quando o agente patogênico não é eliminado no período 
inicial, e desta forma, as células de defesa passam a ser linfócitos e macrófagos. 
iii. Células Matadoras Naturais (“Natural Killer Cell” - NK): as células NK atuam 
promovendo alterações de permeabilidade da membrana plasmática da célula alvo, 
criando assim, poros de membrana, através dos quais há entrada de microrganismo e 
células neoplásicas. 
 
Sistema complemento 
 
Gazzinelli (2020) ainda destaca o papel do sistema complemento é um sistema de 
enzimas sob a forma inativa (zimogênios), que são ativados durante a resposta inflamatória. A 
ativação desse sistema se dá sobre três vias: 
i. Via clássica – é ativada de maneira direta pelo patógeno ou indiretamente por 
anticorpos, que se ligam na superfície do patógeno; 
ii. Via da lecitina ligadora de manose; 
iii. Via alternativa – é uma via que une os mecanismos das outras vias, atuando como 
uma amplificação imunitária das outras duas vias. 
 
3.4 Identificar os principais marcadores laboratoriais das helmintoses (Hemograma) 
Em infecções por helmintos, podem ocorrer algumas alterações no hemograma do 
paciente. Dessa forma, o paciente pode apresentar quadro de eosinofilia, que é caracterizado 
pelo aumento acentuado de células de eosinófilos, que são leucócitos, na corrente sanguínea. 
Esses eosinófilos encontram-se presentes em grandes números para tentar combater esses 
invasores, realizando exocitose de substancias que são toxicas para esses parasitas. Então, 
pode-se concluir que o aumento dos eosinófilos é constante e proporcional ao aumento dos 
parasitas invasores. Outro fator importante que pode estar associado à infecção por helmintos, 
é a presença de anemia, principalmente em crianças e adultos jovens. Isso ocorre porque os 
helmintos são parasitas que estão a todo o momento se alimentando de nutrientes do 
organismo que parasitado, ou seja, se for uma grande infestação e sem nenhum tratamento 
adequado, pode surgir a anemia, reduzindo o estado de nutrição desse organismo 
(WALCHER; PEDROSO; FRIZZO, 2013). 
 
3.5 Caracterizar a resposta imunológica frente a infestação de helmintos. 
 
A resistência ativa engloba a resposta imunológica inata ou adaptativa produzida em 
resposta à infecção. Com isso, várias moléculas produzidas pelos parasitas, denominadas 
antígenos, são reconhecidas como estranhas pelo organismo, e, contra elas, o sistema 
imunológico é ativado, com a participação de células especializadas na defesa as quais 
produzem várias substâncias, tais como citocinas e imunoglobulinas. (MURRAY et al, 2014). 
A principal defesa contra os helmintos é mediada por linfócitos T-CD4 e T-CD8 do 
tipo 2, resultando na produção de IgE e ativação de eosinófilos, denominado também de 
eosinofilia. A interleucina 4 estimula a produção de anticorpos IgE e a interleucina 5 a 
ativação e desenvolvimento de eosinófilos e mastócitos. Os eosinófilos produzem enzimas 
oxidativas e hidrolíticas que são tóxicas para os parasitos. Os parasitas grandes como os 
helmintos não podem ser fisicamente fagocitados, e a destruição extracelular pelos eosinófilos 
parece ter evoluído com a finalidade de ajudar a lidar com essa situação. Eosinófilos têm 
papel importante na defesa contra helmintos, os mesmos aderem a parasitos por meio de 
receptores Fc de IgG ou de IgE dirigidas contra o parasito ou de componentes do 
complemento ativados na superfície do verme. Aderidos, os eosinófilos desgranulam sobre o 
parasito, por exemplo, proteína básica principal, proteínas catiônicas, neurotoxina e radicais 
de O2, os quais exercem poderoso efeito helminticida. (MURRAY et al, 2014). 
As células T- CD4 do tipo TH2 reconhecem os antígenos produzidos pelos helmintos 
e outros microrganismos, assim como os antígenos ambientais associados a alergias. A IL-4, 
secretada por células TH2 ou células TFH ativadas, promove a comutação de isótipo de 
células B e a produção de IgE, as quais podem recobrir os helmintos e mediar a degranulação 
dos mastócitos e a inflamação. A IL-5 secretado pelas células TH2 ativadas ativa os 
eosinófilos para liberar o conteúdo dos grânulos que destroem os helmintos, mas pode 
também danificar tecidos do hospedeiro. A IL-4 e IL-13 em conjunto fornecem proteção em 
barreiras epiteliais e induzem uma forma alternativa de ativação dos macrófagos, os quais 
controlam a inflamação e medeiam o reparo tecidual e fibrose. (MURRAY et al, 2014). 
Portanto, antígenos de helmintos e alergênios induzem migração de basófilos para os 
órgãos linfoides, onde estimulam e amplificam a resposta adaptativa do tipo Th2. Logo, os 
basófilos capturam antígenos drenados para linfonodos, processam e os apresentam a 
linfócitos T -CD4, induzindo resposta do tipo Th2. 
 
3.6 Conceituar os mecanismos de fuga dos helmintos das respostas orgânicas. 
 
Os parasitas desenvolveram mecanismos para manter infecções crônicas em 
hospedeiros vertebrados, dentre os quais estão a variação antigênica, mimetismo molecular, 
encobrimento do sítio antigênico (mascaramento), localização intracelular e a 
imunossupressão (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). 
A variação antigênica é uma forma evasiva passiva, trata-se de alterações sucessivas 
de características antigénicas e estruturais de alguns componentes do organismo parasitário. 
Faz com que os antígenos produzidos em estágios teciduais maduros sejam diferentes dos que 
são produzidos em estágio infeccioso quando, normalmente, o hospedeiro desenvolve uma 
resposta humoral contra o parasita, portanto é uma forma bastante utilizada no caso de 
hospedeiros de vida longa, visto a possibilidade de multi-reinfecções. Os intervalos de tempo 
para aparecimento de novas variantes favorecem para a continuidade de uma infecção por um 
período prolongado (MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). 
 Há também a alteração antigênica em que ocorre mimetismo, que é quando o parasita 
produz ou modifica antígenos semelhantes aos do hospedeiro para se “mascarar” impedindo 
adequado reconhecimento imunológico, por vezes, o parasita consegue expressar epitopessemelhantes ou iguais aos do hospedeiro, permitindo modular a resposta imune, por meio das 
próprias moléculas ou uma desregulação das do hospedeiro (MURRAY; ROSENTHAL & 
PFALLER, 2014). 
Ademais, outra forma de evasão passiva se trata de fuga para locais 
imunoprivilegiados, ou seja, onde normalmente a circulação de linfócitos, anticorpos e ação 
do sistema complemento são menos intensas, mesmo que elas sejam pouco benéficas aos 
parasitas, tais áreas incluem o sistema nervoso central (cérebro), os olhos e os pulmões 
(BHOPALE, 2002). 
Muitas vezes os parasitas fogem da resposte imune através da localização intracelular, 
a opsionização pode acabar por permitir tal ação, pois o parasita utiliza de fragmentos de C3i 
e C3b para se inserirem, assim, o parasita entra em algumas células especificas (ex, 
macrófagos) escapando dos processos de neutralização, salienta-se ainda que como podem 
entrar em leucócitos, também é possível com outras células, desta perspectiva, alguns 
parasitas utilizam desta evasão ativa para além de se esconderem a induzir ou inibir a 
apoptose celular.(ZIPFEL; WÜRZNER & SHERKA, 2007). 
No caso da imunossupressão ocorre uma sobrecarga antigênica ou indução de células 
supressoras que produzem proteinases degradantes de imunoglobulinas a fim de inibir a 
resposta imune, envolve também infecção de células do sistema imune com possibilidade de 
comprometer o funcionamento delas, impedindo liberação de citoquinas como a IL-2 
(MURRAY; ROSENTHAL & PFALLER, 2014). 
3.7 Enumerar medidas profiláticas e terapêuticas relacionadas as verminoses intestinais 
 
As principais medidas profiláticas, medidas tomadas para evitar a disseminação e 
contaminação, são muito semelhantes e baseiam-se, principalmente em tratamento da água, 
medidas de saneamento básico, educação sanitária, identificação e tratamento dos doentes 
assintomáticos, principalmente daqueles que são manipuladores de alimentos e destino 
adequado do lixo, são as principais medidas para evitar a propagação dos cistos e 
contaminação de novas pessoas (SOUSA, 2001). 
Os cuidados básicos com a higiene do corpo livram o homem de diversas doenças. São 
de fundamental importância, pois impedem que microrganismos penetrem nossa pele ou 
organismo, causando diversos males (SOUSA, 2001). 
No que se refere à higiene pessoal: 
 Lavagem das mãos de maneira adequada, durante todo o dia, antes e depois de 
refeições e procedimentos; 
 Não defecar ao ar livre e sim em ambiente apropriado; 
 Evitar compartilhamento de itens de higiene pessoal (escova, toalha, etc) 
 Tomar banho, realizando a higiene de todo o corpo com sabão; 
 Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia; 
 Não compartilhar roupas; 
 Manter as unhas cortadas e limpas; 
 Manter a higiene das vestimentas (lavar, secar ao sol, utilizar roupas limpas). 
Quando se trata de higiene coletiva, não basta a higienização individual. Algumas 
atitudes devem ser tomadas a fim de garantir a não propagação/desenvolvimento de doenças 
(SOUSA, 2001): 
 Limpeza dos alimentos consumidos; 
 Garantia de qualidade da água; 
 Limpeza do local de trabalho; 
 Uso de EPI’s; 
 Evitar o compartilhamento de copos e utensílios individuais; 
 Lavar bem e tratar todos os alimentos crus; 
 Proteger os alimentos contra moscas e baratas. 
4 CONCLUSÃO 
Ao final do fechamento dos objetivos, foi possível compreender que, as doenças 
parasitárias é um problema de saúde pública, que envolve uma boa estrutura de 
saneamento básico. Além disso, os cuidados individuais são de suma importância, visto 
que são as principais portas de entradas para os parasitas helmínticos. Dessa maneira, é 
imprescindível que ocorram ações de promoção e prevenção de saúde que possam orientar 
a população em geral, por isso é importante à atuação dos profissionais de saúde. Com 
uma boa orientação populacional, será possível tentar findar a diminuição dos casos de 
parasitoses e assim consequentemente o acometimento das doenças nos indivíduos. A 
unidade demonstrou grande relevância, pois assim tivemos conhecimento dos principais 
hospedeiros, sejam eles intermediários ou definitivos e assim ter uma noção de suas 
principais manifestações no estado clínico dos pacientes. 
REFERÊNCIAS 
 
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