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MICROBIOLOGIA Parede Celular Bacteriana É uma estrutura complexa, semirrígida e responsável pela forma da célula, que se encontra externamente à membrana plasmática. É composta por peptideoglicanos (açúcares ligados à aminoácidos), a qual a parte sacarídica é constituída de dois açúcares: o N-acetilglicosamina (NAG) e o N-acetilmurâmico (NAM), que se encontram ligados um ao outro e formam uma fileira de dissacarídeos repetidos. As fileiras adjacentes estão ligadas por polipeptídeos e esses polipeptídeos podem estar ligados a uma ponte interpeptídica em algumas espécies. “Entre suas funções, a membrana externa representa uma barreira molecular, prevenindo ou dificultando a perda de proteínas periplasmáticas e o acesso de enzimas hidrolíticas e certos antibióticos ao peptidioglicano; possui receptores para bacteriófagos e bacteriocinas e participa da nutrição bacteriana. O lipopolissacarídeo consiste no lipídio A (endotoxina), à qual estão ligadas duas regiões de natureza polissacarídica, respectivamente, o “core” e as cadeias laterais. O lipídeo A é um glicofosfolipídeo cujo papel biológico consiste na participação nos mecanismos de patogenicidade da célula bacteriana” (BURNETT & SCHUSTER, 1982; NISENGARD & NEWMAN, 1994). Clinicamente, a parede celular é importante já que contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doença, sendo assim o local de ação de alguns antibióticos. Quanto à composição da parede celular, as células bacterianas podem ser divididas em: Gram Positivas e Gram Negativas. “A forma da bactéria pode ser observada através de coloração de Gram que divide as bactérias em dois grupos: Gram- positivas e Gram-negativas, aproximadamente iguais em número e importância. A reação das bactérias à técnica de Gram expressa diferentes características, de modo especial no que diz respeito à composição química, estrutura, permeabilidade da parede celular, fisiologia, metabolismo e patogenicidade” (BURNETT & SCHUSTER, 1982; NISENGARD & NEWMAN, 1994). Gram-Positiva Apresentam além da membrana plasmática, uma fina camada de peptidioglicano e uma segunda membrana externa (bicamada lipídica assimétrica) formando a Parede Celular. Há um espaço entre o peptidioglicano e a membrana externa, chamado de periplasmático e é o local de ação de várias enzimas. Outra característica é a presença de lipossacarídeo (LPS) na membrana externa (barreira para moléculas grande e hidrofóbicas, incluindo alguns antibióticos; apresenta um antígeno o que ameniza a estruturas dos hospedeiros, o que proporciona um escape pela Coloração Gram, as bactérias G – tornam-se rosas. Gram Positiva apresentam uma membrana plasmática e parede celular grossa, possui ácidos teicóicos e lipoteicóicos (que atuam na entrada e saída de cátions, proteção de rupturas, promovem adesão e especificidade antigênica). As bactérias gram positivas são mais sensivéis penicilina. Quando coradas pelo método de gram, apresentam a coloração roxa. Gram-Negativa As paredes celulares das bactérias gram-negativas consistem de uma ou mais camadas de peptideoglicana e uma membrana externa. As camadas de peptideoglicana estão ligadas a lipoproteínas na membrana externa. As paredes celulares gram-negativas não contêm ácidos teicóicos. Por conter apenas uma pequena quantidade de peptideoglicano, a parede da gram-negativa é mais suscetível ao rompimento mecânico. Os Passos da Coloração de Gram: 1- Aplicação de Cristal de Violeta (afinidade por componentes de componentes de carga negativa). 2- Aplicação de Iodo (ajuda a fixar o cristal). 3- Lavagem com álcool (nos Gram negativos, como a camada de peptídeoglicano é menor, o álcool cria poros na parede e promove a saída do corante violeta associado ao iodo. 4- Aplicação do contracorante Safranina (Gram positivos não perdem o cristal violeta, logo permanecem com essa cor, já os negativos são corados nessa etapa e ficam róseos).
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