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Resumo_Cavidades Nasais

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Histologia – Paula Toneli
 Cavidades Nasais
As cavidades nasais são formadas por um par de câmaras entremeadas por um septo ósseo e cartilaginoso; são espaços alongados com uma base larga que repousa sobre o palato duro e o palato mole. 
As câmaras são divididas em três regiões:
- Vestíbulo do nariz, um espaço dilatado da cavidade nasal, imediatamente dentro das narinas e revestido por pele
- Região respiratória, que constitui a maior parte (os dois terços inferiores) das cavidades nasais e é revestida por mucosa respiratória
- Região olfatória, localizada no ápice (terço superior) de cada cavidade nasal e revestida por uma mucosa olfatória especializada
vestíbulo do nariz
Faz parte da porção externa do nariz e comunica-se, anteriormente, com o ambiente externo. É revestido por epitélio estratificado pavimentoso, uma continuação da pele da face, e contém um número variável de vibrissas, que aprisionam materiais particulados antes que sejam transportados na corrente de ar para o restante da cavidade. Há glândulas sebáceas, cujas secreções ajudam no aprisionamento do material particulado, exceto na região posterior onde o vestíbulo termina e ocorre a transição do epitélio estratificado pavimentoso para o epitélio pseudroestratificado, que caracteriza a região respiratória. 
região respiratória 
Constitui a maior parte do volume das cavidades nasais. É revestida pela mucosa respiratória, que contém um epitélio pseudroestratificado colunar ciliado em sua superfície. 
O epitélio pseudroestratificado colunar ciliado da mucosa respiratória é composto de cinco tipos de células:
- Células ciliadas, que são células colunares altas com cílios que se projetam no muco que cobre a superfície do epitélio. Os cílios executam um movimento de varredura coordenado de toda a extensão da camada mucosa das vias respiratórias em direção à faringe. De fato, as células ciliadas atuam como “escada rolante mucociliar”, que desempenha importante mecanismo protetor do pulmão pela remoção de pequenas partículas inaladas
- Células caliciformes, que sintetizam e secretam muco. Estão intercaladas entre as células ciliadas ao longo de toda a extensão do epitélio
- Células em escova, um termo geral para descrever as células no trato respiratório que apresentam microvilosidades arredondadas e curtas. A superfície basal das células faz contato sináptico com uma terminação nervosa aferente (sinapse epitélio dendrítica), razão pela qual a célula em escova é considerada uma célula receptora
- Células de grânulos pequenos (células de Kulchitsky), que se assemelham às células basais, mas que contêm grânulos secretores. Trata-se de células endócrinas do sistema neuroendócrino difuso (SNED). Seu núcleo está localizado próximo da membrana basal; o citoplasma é um pouco mais extenso que o das células basais menores. Em um dos tipos de células de pequenos grânulos, a secreção é uma catecolamina; um segundo tipo produz hormônios polipeptídicos, tais como serotonina, calcitonina e peptídio de liberação da gastrina (bombesina). Algumas células de pequenos grânulos parecem ser inervadas. A função dessas células não está bem elucidada. Algumas são encontradas em grupos, em associação a fibras nervosas, formando corpos neuroepiteliais, que se acredita que possam funcionar nos reflexos que regulam o calibre das vias respiratórias ou vasculares
- Células basais, que são células tronco a partir das quais se originam outros tipos de células. Se destacam por seus núcleos proeminentes, que formam uma fileira em íntima proximidade à lâmina basal. Embora os núcleos de outras células se localizem também na camada basal, eles estão relativamente esparsos. Desse modo, a maioria dos núcleos próximo à membrana basal pertence às células basais
A lâmina própria da mucosa respiratória contém uma rica rede vascular, que inclui um conjunto complexo de alças capilares. O arranjo dos vasos possibilita o aquecimento pelo sangue do ar inalado que flui através da parte da alça mais próxima da superfície. A lâmina própria também contém glândulas mucosas, muitas das quais exibem meias luas serosas. Suas secreções suplementam as das células caliciformes no epitélio respiratório.
rEGIÃO OLFATÓRIA
Está localizada em parte da cúpula de cada cavidade nasal e, em grau variável, nas paredes nasais lateral e medial contíguas. Essa região é revestida por mucosa olfatória especializada. No tecido vivo, essa mucosa caracteriza-se pela sua ligeira coloração castanho-amarelada caudada pelo pigmento do epitélio olfatório e glândulas olfatórias associadas. 
A lâmina própria da mucosa olfatória é diretamente contígua com o periósteo do osso subjacente. Esse tecido conjuntivo contém numerosos vasos sanguíneos e linfáticos, nervos olfatórios não mielinizados, nervos mielinizados e glândulas olfatórias. 
O epitélio olfatório é pseudroestratificado, mas contém células diferentes do epitélio da região respiratória. 
O epitélio olfatório é formado por:
- Células receptoras olfatórias são neurônios olfatórios bipolares, que se estendem pela espessura do epitélio e entram no sistema nervoso central. O domínio apical de cada célula receptora olfatória apresenta um único prolongamento dendrítico, que se projeta acima da superfície epitelial como uma estrutura semelhante a uma maçaneta, denominado vesícula olfatória. Vários cílios finos e longos (10 a 23) com corpúsculos basais típicos originam-se da vesícula olfatória e estendem-se radialmente, em um plano paralelo à superfície epitelial. Esses cílios são considerados imóveis. 
- Células de sustentação são células colunares, que se assemelham às células neurogliais e fornecem suporte mecânico e metabólico às células receptoras olfatórias. Sintetizam e secretam proteínas de ligação de odores. São as células mais numerosas do epitélio olfatório. Os núcleos dessas células colunares ou de sustentação altas ocupam uma posição mais apical no epitélio do que os outros tipos de células. Apresentam numerosas microvilosidades em sua superfície apical e abundante quantidade de mitocôndrias. No citoplasma, são observados numerosos perfis de retículo endoplasmático liso (REL) e, em grau mais limitado, de retículo endoplasmático rugoso (RER). Além disso, contêm grânulos de lipofuscina.
- Células basais são células tronco a partir das quais se diferenciam novas células receptoras olfatórias e células de sustentação. Seus núcleos são frequentemente invaginados e localizados em um nível abaixo dos núcleos das células receptoras olfatórias. O citoplasma contém poucas organelas, uma característica condizente com o seu papel como célula de reserva ou célula tronco. Uma característica condizente com a sua diferenciação em células de sustentação é a observação de prolongamentos em algumas células basais que envolvem parcialmente a primeira porção do axônio da célula receptora olfatória.
- Células em escova são o mesmo tipo celular que ocorre no epitélio respiratório. As células em escova parecem estar envolvidas na transdução da estimulação sensorial geral da mucosa. Além disso, a existência de uma borda com microvilosidades, vesículas próximas da membrana celular apical e um complexo de Golgi bem definido sugere que as células em escova poderiam estar envolvidas em funções absortivas, bem como secretoras.
As glândulas olfatórias (glândulas de Bowman), um aspecto característico da mucosa, são glândulas serosas tubuloalveolares ramificadas, que lançam suas secreções proteicas através de ductos na superfície olfatória. Os grânulos de lipofuscina são prevalentes nas células glandulares e, em combinação com os grânulos de lipofuscina nas células de sustentação do epitélio olfatório, conferem à mucosa a sua coloração amarelo acastanhada natural. Ductos curtos e compostos de células cuboides partem das glândulas, atravessam a lâmina basal e alcançam o epitélio olfatório, em que continuam até a superfície epitelial, na qual descarregam o seu conteúdo.
A secreção serosa das glândulas olfatórias atua como armadilha e solvente para as substâncias odoríferas. O fluxo constantedas glândulas livra a mucosa dos remanescentes de substâncias odoríferas detectadas, de modo que novos odores possam ser continuamente detectados à medida que surgem.
A característica marcante da região olfatória da mucosa nasal em uma preparação histológica é a existência, na lâmina própria, dos nervos olfatórios em associação a glândulas olfatórias. Os nervos são particularmente nítidos, em virtude do diâmetro relativamente grande de cada fibra não mielinizada que eles contêm.

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