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Resumo_Farmacologia básica dos fármacos anti

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Farmacologia básica dos fármacos anti-hipertensivos
Todos os agentes anti-hipertensivos atuam em um ou mais dos quatro locais anatômicos de controle, produzindo efeitos ao interferirem nos mecanismos normais de regulação da pressão arterial. 
Uma classificação útil desses fármacos consiste em dividi-los de acordo com o principal local regulador ou mecanismo sobre o qual atuam. 
Em virtude de seus mecanismos comuns de ação, os fármacos dentro de cada categoria tendem a produzir um espectro semelhante de toxicidades. As categorias incluem as seguintes: 
· Diuréticos: reduzem a PA por meio da depleção do sódio corporal, ↓volume sanguíneo e, talvez, outros mecanismos.
· Agentes simpaticoplégicos: baixam a PA por meio da ↓resistência periférica, inibição da função cardíaca e ↑acúmulo venoso nos vasos de capacitância (os últimos dois efeitos ↓débito cardíaco).
· Vasodilatadores diretos: reduzem a pressão ao relaxarem o m. liso vascular, dilatando, assim, os vasos de resistência e, em graus variáveis, aumentando também a capacitância. 
· Agentes que bloqueiam a produção ou a ação da angiotensina: reduzem a resistência vascular periférica e (potencialmente) o volume sanguíneo. 
diuréticos 
Mecanismo de ação e efeitos hemodinâmicos dos diuréticos
Os diuréticos reduzem a PA sobretudo ao produzirem depleção das reservas corporais de sódio. Inicialmente, reduzem a PA ao diminuírem o volume sanguíneo e o débito cardíaco; pode ocorrer aumento da resistência vascular periférica. 
Acredita-se que o sódio possa contribuir para a resistência vascular por meio de aumento da rigidez dos vasos e reatividade neural, o que possivelmente se relaciona com uma alteração da troca de sódio/cálcio, com consequente aumento do cálcio intracelular. Esses efeitos são revertido pelos diuréticos ou pela restrição dietética de sódio. 
Os diuréticos são efetivos na redução da PA em 10 a 15 mmHg na maioria dos pacientes, e, com frequência, os diuréticos utilizados isoladamente proporcionam um tratamento adequado para a hipertensão essencial leve ou moderada. Na hipertensão mais grave, os diuréticos são usados em associação com agentes simpaticoplégicos e vasodilatadores para controle da tendência à retenção de sódio causada por esses fármacos. 
toxicidade dos diuréticos 
No tratamento da hipertensão, o efeito colateral mais comum dos diuréticos (exceto os diuréticos poupadores de potássio) consiste em depleção de potássio. 
A perda de potássio está acoplada com a reabsorção de sódio, de modo que a restrição do aporte nutricional de sódio minimiza a perda de potássio. 
Os diuréticos também podem causar depleção de magnésio, comprometer a tolerância à glicose e aumentar as concentrações séricas de lipídeos. 
Os diuréticos aumentam as concentrações de ácido úrico e podem precipitar a gota. 
agentes bloqueadores dos receptores β-adrenérgicos 
propranolol 
O propranolol foi o primeiro β-bloqueador que demonstrou ser efetivo no tratamento da hipertensão e da cardiopatia isquêmica. Na atualidade, o propranolol foi substituído em grande parte por bloqueadores β cardiosseletivos, como o metoprolol e o atenolol. 
Mecanismo e locais de ação 
O propanol diminui a PA, principalmente em decorrência de redução do débito cardíaco. Outros β-bloqueadores podem diminuir o débito cardíaco ou reduzir em vários graus a resistência vascular periférica conforme a cardiosseletividade e as atividades agonistas parciais. 
O propranolol inibe a estimulação da produção de renina pelas catecolaminas (mediadas pelos receptores β1). É provável que o efeito do propanol se deva, em parte, à depressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
É possível que os β-bloqueadores também atuem sobre os receptores β-adrenérgicos pré-sinápticos periféricos, reduzindo a atividade nervosa simpática vasoconstritora. 
Efeitos colaterais 
Muitos efeitos colaterais têm sido relatados sobre o propranolol, mas em sua maioria leves. Bradicardia é o efeito colateral cardíaco mais comum dos fármacos β-bloqueadores. Às vezes pacientes observam frieza das mãos e pés no inverno. Os efeitos no SNC incluem sedação leve, sonhos vívidos e, raramente, depressão. 
O bloqueio de receptores β2 associado ao uso de agentes não seletivos causa piora da asma preexistente e de outras formas de obstrução das vias respiratórios, sem ter essas consequências em individuas normais. 
O bloqueio de receptores β deprime a contratilidade e excitabilidade do miocárdio. Em pacientes com função miocárdica anormal, o débito cardíaco pode depender do impulso simpático. Se esse estimulo for removido por bloqueio β, pode suceder descompensação clínica.
Β-bloqueadores podem interagir com o antagonista de cálcio verapamil; hipotensão grave, bradicardia, insuficiência cardíaca e anormalidades da condução cardíaca têm sido, todas, descritas. 
INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA)
Fármacos dessa classe inibem a enzima conversora, a peptidildipeptidase, que hidrolisa a angiotensina I em angiotensina II e inativa a bradicinina, um potente vasodilatador, que atua, pelo menos em parte, estimulando a liberação de óxido nítrico e de prostaciclina. 
A atividade vasopressora do captopril resulta de uma ação inibitória sobre o sistema renina-angiotensina e de uma ação estimulante sobre o sistema calicreína-cinina. 
Os inibidores da angiotensina II reduzem a PA principalmente ao diminuir a resistência vascular periférica. Não ocorre alteração significativa do débito cardíaco e da frequência cardíaca. Esses agentes não resultam em ativação simpática reflexa e podem ser utilizados com segurança em indivíduos portadores de cardiopatia isquêmica. A ausência de taquicardia reflexa pode decorrer do reajuste para baixo dos barorreceptores ou do aumento da atividade parassimpática. 
Os inibidores da ECA desempenham uma função particularmente útil no tratamento de pacientes com doença renal crônica, visto que diminuem a proteína e estabilizam a função renal (mesmo na ausência de redução da PA). Esse efeito é bastante valioso no caso de portadores de diabetes e, hoje, os fármacos são recomendados a esses pacientes, mesmo na ausência de hipetensão. 
toxicidade 
Pode ocorrer hipotensão grave após a administração inicial de doses de qualquer inibidor da ECA a pacientes com hipovolemia, em decorrência de diuréticos, restrição de sal ou perda de líquido gastrointestinal. Outros efeitos colaterais comuns a todos os inibidores da ECA incluem insuficiência renal aguda, hiperpotassemia, tosse seca, algumas vezes acompanhada de sibilos e angioedema. A hiperpotassemia tende a ocorrer em pacientes com insuficiência renal ou diabetes. A bradicinina e a substancia P parecem ser responsáveis pela tosse e pelo angioedema observados com a inibição da ECA. 
Os inibidores da ECA estão contraindicados durante o segundo e o terceiro trimestre de gravidez, devido ao risco de hipotensão fetal, anúria e insuficiência renal, algumas vezes associadas a malformações ou morte do feto. 
Os efeitos tóxicos de menor gravidade geralmente observados consistem em alteração do paladar, erupções cutâneas alérgicas e febre medicamentosa. 
agentes bloqueadores dos receptores de angiotensina 
Esses fármacos não exercem nenhum efeito sobre o metabolismo da bradicinina e, portanto, são bloqueadores mais seletivos dos efeitos da angiotensina do que os inibidores da ECA. Além disso, têm o potencial de exercer uma inibição mais completa da ação da angiotensina, em comparação com os inibidores da ECA. 
Os bloqueadores dos receptores de angiotensina proporcionam benefícios semelhantes àqueles dos inibidores da ECA em paciente com insuficiência cardíaca e doença renal crônica.
Farmacologia – Paula Toneli 
Os efeitos colaterais assemelham-se àqueles descritos sobre os inibidores da ECA, incluído o risco durante a gravidez. Podem ocorrer tosse e angioedema, embora sejam incomuns. Os bloqueadores dos receptores de angiotensina são mais comumente usados em pacientes que tiveram reações adversas aos inibidores da ECA.

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