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Projeto Integrador II Univesp

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
Ana Caroline Guimarães 
Civa Guimarães 
Luciana Lessa 
Rosana Aparecida Ribeiro 
Tuane Medeiros 
 
 
Proposta didática voltada para as brincadeiras e socialização das 
crianças 
 
 
 
 
 Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: 
https://youtu.be/AOrSeGRtCgc 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bananal - SP 
2019 
https://youtu.be/AOrSeGRtCgc
8 
 
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
 
 
Observando e entendendo o desenvolvimento dos campos de 
experiências do brincar não estruturado na natureza 
 
 
 
 
 
Relatório Técnico - Cientifico apresentado na 
disciplina de Projeto Integrador para o curso de 
Licenciatura em Pedagogia da Fundação 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo 
(UNIVESP). 
 
Tutor: Priscila Aparecida Casciatori Frassatto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bananal - SP 
2019 
9 
 
GUIMARÃES, Ana Caroline; GUIMARÃES, Civa; LESSA, Luciana; Ribeiro, Rosana; 
MEDEIROS, Tuane. Proposta didática voltada para as brincadeiras e 
socialização das crianças. Relatório Técnico-Científico Licenciatura em Pedagogia 
– Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Priscila Aparecida 
Casciatori Frassatto. Bananal, 2019. 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este projeto tem a finalidade de abordar o tema “Proposta didática voltada para as 
brincadeiras e socialização das crianças”. As atividades lúdicas que acontecem no 
ambiente escolar promovem as relações sociais entre as crianças, criam vínculos de 
afetividade e amizade, é extremamente importante no momento de adaptação 
escolar, torna-se uma ferramenta importante na mediação do conhecimento, 
estimulando a criança a desenvolver a imaginação, competência cognitiva, 
favorecendo a autoestima. O jogar e brincar, nesta fase, enriquece o trabalho 
interdisciplinar, criando oportunidade de aprendizado significativo para as crianças 
de forma prazerosa e dinâmica. A metodologia utilizada foi qualitativa. Pode-se 
observar o entusiasmo da turma em participar, cumprir as tarefas, ajudar os colegas 
a realizar e acertar. Sempre com a alegria e a criatividade peculiar das crianças. 
Chega-se à conclusão que a fase do brincar nas escolas de educação infantil é 
primordial na formação dos conceitos e valores. É neste período que a criança 
começa a construir um ser social em um ambiente fora do contexto familiar. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Brincadeiras; Aprendizagem; Crianças,Jogar. 
 
 
 
 
 
10 
 
GUIMARÃES, Ana Caroline; GUIMARÃES, Civa; LESSA, Luciana; Ribeiro, Rosana; 
MEDEIROS, Tuane. Didactic proposal focused on children's play and 
socialization. Technical-Scientific Report (Licenciatura em Pedagogia) – 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Priscila Aparecida Casciatori 
Frassatto. Bananal, 2019. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This project has the purpose of addressing the theme “Didactic proposal focused on 
children's play and socialization”. The playful activities that take place in the school 
environment promote social relations between children, create bonds of affection and 
friendship, is extremely important at the time of school adaptation, becomes an 
important tool in mediating knowledge, stimulating the child to develop imagination, 
cognitive competence, favoring self-esteem. Playing and playing at this stage 
enriches interdisciplinary work, creating meaningful learning opportunities for children 
in a pleasurable and dynamic way. The methodology used was qualitative. One can 
observe the group's enthusiasm to participate, accomplish tasks, help colleagues 
accomplish and get it right. Always with the joy and creativity peculiar to children. We 
have come to the conclusion that the phase of play in early childhood schools is 
paramount in the formation of concepts and values. It is during this period that the 
child begins to build a social being in an environment outside the family context. 
 
KEYWORDS: Play; Learning; Children, Play. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
FIGURA 1–ESCOLA MUNICIPAL EMEIF PROF. ZENÓBIA DE PAULA FERREIRA ............21 
FIGURA 2 – BAMBOLÊS COLORIDOS E QUADRADOS DE EVA COLORIDOS ................... 22 
FIGURA 3 – ÁREAS NA ESCOLA PARA AS BRICADEIRAS ............................................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.4d34og8
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.4d34og8
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.2s8eyo1
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.2s8eyo1
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.26in1rg
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.26in1rg
12 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................7 
1.1 Problema e objetivos.............................................................................................. 9 
1.2. Justificativa............................................................................................................9 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................10 
2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador................................20 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS...........................................................21 
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS..................................................25 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................27 
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................28 
7. APÊNDICE.............................................................................................................31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.gjdgxs
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.30j0zll
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.3znysh7
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.2et92p0
https://docs.google.com/document/d/10z91aYqD1Gp28jsF1_D_xnaeewg-L_Zk2qZ-PpNxWfU/edit#heading=h.1pxezwc
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A creche e a pré-escola que antigamente eram vistas como lugares de 
depósito de crianças, apenas para essas serem tratadas fisicamente enquanto suas 
mães trabalhavam, atualmente, modificou os seus métodos, e é um espaço 
dedicado para o bem-estar e desenvolvimento infantil. Neste local são promovidas a 
aprendizagem e a interação entre as crianças. Para que esta proposta seja realizada 
da melhor forma possível, é preciso que os educadores estejam bem preparados 
com metodologias atualizadas, uma vez que, estão trabalhando com crianças e, no 
cenário da educação infantil, a principal forma de aprendizagem ocorre por meio de 
brincadeiras, músicas e jogos. Segundo Vygotsky (1991), a brincadeira é entendida 
como atividade social da criança, cuja natureza e origem específicas são elementos 
essenciais para a construção de sua personalidade e compreensão da realidade na 
qual se insere. 
A atividade de brincar é uma insinuação criativa e recreativa de caráter 
físico e mental que se desenvolve com facilidade, onde o final nem sempre pode ser 
previsto, já que o objetivo da criança é a prática da atividade em si, isto é, algo ainda 
visto apenas como uma característicada infância. Entretanto, esse processo traz 
diversas vantagens para a sua construção, proporcionando a capacitação de uma 
série de conhecimentos que irão contribuir para o seu desenvolvimento futuro. 
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades 
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Dar valor 
ao lúdico durante os processos de ensino significa considerá-lo na perspectiva das 
crianças, sendo vivido na sala de aula como algo espontâneo, permitindo-lhes 
imaginar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade. 
As brincadeiras e atividades lúdicas que ocorrem no ambiente escolar 
facilitam as relações sociais entre as crianças, criam vínculos de afeto e amizade, o 
que é muito importante no momento de adaptação escolar. Pode-se destacar a 
necessidade de garantir aos alunos o direito à infância, assegurando uma educação 
que ocorra em ambiente adequado, resguardando ainda as grandezas do cuidar e 
educar, onde o lúdico torna-se uma ferramenta importante na mediação do 
conhecimento, estimulando a criança a desenvolver a imaginação, competência 
cognitiva, favorecendo a autoestima. O jogar e brincar, nesta fase, enriquece o 
8 
 
trabalho interdisciplinar, criando oportunidade de aprendizado significativo para as 
crianças de forma prazerosa e dinâmica (ANDRADE; SOUSA, 2011). 
Neste contexto, o presente projeto tem relevância para a atualidade, pois 
promove a reflexão sobre a importância do brincar para o desenvolvimento cognitivo 
da criança. O trabalho foi realizado na escola municipal EMEIF Prof. Zenóbia de 
Paula Ferreira, com a turma de Pré II, na cidade de Bananal, estado de São Paulo. 
Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, com entrevistas e pesquisa de 
campo. O presente trabalho focou na construção de uma proposta didática 
relacionada às teorias de aprendizagem que priorize o estímulo das crianças, nos 
sentidos sensoriais e afetivos. 
Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho foi apresentar uma 
proposta didática voltada para as brincadeiras e socialização das crianças, que são 
competências exploradas na Educação Infantil, tendo como pilares os campos de 
experiência da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o brincar na natureza e o 
brincar de forma não estruturada. Neste trabalho foi desenvolvida uma brincadeira 
que consiste em separar a turma em times, após é distribuído bambolês, para que 
as crianças construam um caminho no chão, e quadrados EVA (Etil, Vinil e Acetato) 
que as crianças distribuírem dentro dos bambolês. Após colocar as crianças em fila, 
cada criança avança no caminho dos bambolês e a criança escolhe um e este tem 
perguntas simples sobre o espaço onde está acontecendo a brincadeira. A criança 
deve seguir a tarefa para que o próximo da fila possa avançar e pegar a plaquinha. 
Ninguém ganha ou perde, o objetivo é o envolvimento da criança com o ambiente da 
natureza onde acontece a brincadeira. As colaborações com as perguntas são para 
todos. Espera-se que, mesmo sem muita estrutura, as crianças possam interagir e 
brincar livremente, pensando e refletindo sobre essa relação com o meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1.1 Problema e objetivos 
 
Este projeto integrador tem como objetivo refletir sobre as contribuições 
das brincadeiras no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças. 
Analisar as razões que se fazem necessários brinquedos, brincadeiras e jogos no 
cotidiano das crianças na educação infantil, além de utilizar a brincadeira como um 
recurso escolar é aproveitar uma motivação própria das crianças para tornar a 
aprendizagem mais atraente. 
Entretanto, a escola encontra dificuldades que impedem a utilização do 
recurso da brincadeira como um facilitador para a aprendizagem, foram encontradas 
áreas malcuidadas, espaço pequeno e inadequado para o número de crianças 
gerando problemas logísticos de horário. 
 
1.2 Justificativa 
 
Na Educação Infantil, as atividades lúdicas ocupam um papel ativo no 
desenvolvimento cognitivo, pessoal e social das crianças. A partir desses 
instrumentos pedagógicos criam-se condições para que a criança possa, dentro de 
um ambiente seguro, conhecer o próprio corpo e construir uma imagem corporal que 
consista em comunicar-se por meio dos gestos e movimentos aos quais atribui um 
significado. O desenvolvimento motor envolve a afetividade e a relação com o 
ambiente e com as pessoas ao redor. 
É com esse objetivo que jogos, brincadeiras e demais atividades 
sugeridas dão grande importância à motricidade e a todos os aspectos relacionados 
ao deslocamento e ao movimento do corpo, como a organização espaço-temporal, a 
importância dessa relação espaço-tempo, o uso de uma ordem que caminhe da 
esquerda para a direita, além das percepções auditivas e visuais. Esses elementos 
fornecem também para a criança a capacidade de reconhecer formas, tamanhos e 
números, compreender ordens sequenciais e associar formas a sons. 
 
 
 
 
 
10 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Segundo Soares (2010), desde a Grécia Antiga, é incentivada a 
aprendizagem por meio de brincadeiras e jogos, por considerarem importante a 
atividade lúdica no processo de formação da criança. Os jogos contribuíram 
notadamente com aspectos formativos do ser humano, principalmente, a educação 
infantil. Os objetivos dos jogos eram, além do desenvolvimento corporal, o 
crescimento moral, auxiliando assim na formação da criança e do jovem. A partir do 
século XVIII, ganharam força as ideias sobre a importância do lúdico na educação. 
De acordo com Costa (2001), a médica psiquiatra e pedagoga Maria 
Montessori desenvolveu, entre os anos de 1907-1952, recursos e métodos 
pedagógicos que buscavam atender aos princípios da Escola Nova, primeira 
proposta para educação infantil, que tinha como ideal educar para a liberdade. 
Muitos desses recursos atualmente têm sido trabalhados dentro do ambiente 
escolar, materiais concretos, o lúdico, jogos e brincadeiras, o Material Dourado, 
números e letras de lixa, de compensado, alfabeto móvel e muitos outros. Um 
conhecimento estudado e pesquisado por ela que transmite fontes e saberes de 
suma importância para o docente trabalhar em sala de aula e faz parte de todo o 
contexto educacional. (LEAL, 2017) 
No método estabelecido por Montessori, o ambiente é disposto 
especialmente para as crianças, o professor trabalha com cada uma em particular, 
proporcionando a ajuda necessária quando é requerida. A partir de observações 
sobre o caminhar das crianças, Montessori criou o método lúdico da “Linha ou aula 
rítmica” por meio da qual é trabalhada a consciência da criança em sua realidade, 
segundo a pedagoga. É constituída por cinco fases: 1) atenção busca chamar a 
atenção das crianças; 2) concentração sem esforço, andar na linha naturalmente; 3) 
concentração com esforço, movimento mais forte da linha e trabalha o domínio dos 
menores gestos e o cuidado com seu corpo e o do outro (o colega); 4) 
desconcentração, momento em que a criança se expande, usa a criatividade e a 
espontaneidade; 5) relaxamento, momento em que as crianças são convidadas a 
ficarem em silêncio, concentradas (COSTA, 2001). 
A partir da segunda metade do século XIX, o quadro das instituições 
destinadas à primeira infância era formado basicamente da creche e do jardim de 
infância ao lado de outras modalidades educacionais, que foram absorvidas como 
11 
 
modelos em diferentes países. No Brasil, por exemplo, a creche foi criada 
exclusivamente com caráter assistencialista, o que diferenciou essa instituição das 
demais criadas nos países europeus e norte-americanos, que tinham nos seus 
objetivos o caráter pedagógico. Essas diferenças exigem que seja analisada na sua 
especificidade, para que se possa compreender a trajetória desse nível de ensino no 
caso brasileiro e na relação que estabelece como contexto universal (PASCHOAL; 
MACHADO, 2009). 
Pensar sobre o brincar é algo natural em todos os ciclos e etapas da vida 
do ser humano. É uma ação natural e necessária para o pleno desenvolvimento da 
criança em sua vida escolar e pessoal. Para se chegar à situação atual, levou-se 
muito tempo de estudos, de registros e melhoramentos nas leis que amparam as 
crianças e nas diretrizes que regem a educação infantil e básica. São esses 
caminhos que na história do brincar foram ganhando novas formas, conceitos e 
modificações necessárias para as melhorias contínuas dentro do ambiente social e 
cognitivo. 
De acordo com Sant’anna e Nascimento (2011), as teorias de Vygotsky 
afirmam que o ser humano se desenvolve a partir do aprendizado, através de 
contato direto ou indireto com outros seres humanos e que o jogo cria na criança 
uma zona de desenvolvimento proximal (ZDP), e que ao vencer desafios, ela chega 
à zona de desenvolvimento real (ZDR) que é a capacidade de realizar tarefas de 
forma independente. 
Sant’anna e Nascimento (2011) também destacam a importância do 
brincar no desenvolvimento da criança, pois, para eles, é necessário para a 
motivação, autoestima e até mesmo para desempenho da criança na escola, essa 
função é favorecida quando bem trabalhada, logo no período da Infância, pois 
favorece aspectos cognitivos, afetivos e sociais. 
O brincar estimulou novas maneiras de lazer e prazer entre as pessoas na 
sociedade, cada qual com sua forma de vivenciar, com maneiras diferentes, culturas 
e recursos que existiam em cada época. 
Por interferência da escola, buscou-se atribuir a um período da etapa 
infantil um novo termo: alunos. A partir de então, ser ou não escolarizado passou a 
ser regra de inserção na sociedade. Era dever do Estado prover escolas e criar 
condições de acesso e permanência das crianças nelas. Foram produzidos 
diferentes identificadores para a criança: ser obediente, comportada, frequentar 
12 
 
escolas, ser bom filho e bom aluno. Um aspecto relevante era a pobreza da 
população e o emprego do trabalho infantil, o que resultava na frequência irregular a 
escola (VEIGA, 2007). 
A partir do advento da modernidade, foram geradas dinâmicas sociais e 
culturais que culminaram em uma crescente preocupação com a educação e um 
maior interesse médico em preservar a saúde da criança. A confluência dessas 
atitudes levou ao desenvolvimento de uma racionalidade, especialmente no período 
do crescimento, que levaram a intervenções mais específicas e eficazes 
(FERREIRA; GONDRA, 2007). 
A escola é um amplo espaço para a socialização, é neste espaço que o 
aluno sai de sua zona de conforto e começa a se relacionar com pessoas diferentes, 
culturas diversificadas e a partir daí acontece o choque cultural, porém essas 
relações devem abranger o sentido mais amplo da questão, ou seja, respeitar e 
entender as diferenças. 
Para Maranhe e Moraes (2009), a educação centrada apenas no respeito 
e boa convivência com o semelhante a nós mesmos, ou seja, centrada na 
“identidade”, soa cada vez mais estranha num mundo em que nosso próximo é cada 
vez mais diferente de nós. O mundo de hoje exige que cada vez mais as pessoas, 
consigam se relacionar com as outras respeitando seus princípios e valores, não 
cabendo nesse diálogo, qualquer forma de discriminação. Os autores apontam o 
brincar como um dos instrumentos de grande relevância para o processo físico, 
cognitivo e social do ser humano na história da civilização, pois sempre existiu e não 
se tem uma data correta para dizer quando e como começou, mas muitos estudos 
mostram que o brincar faz parte de toda história de vida de qualquer indivíduo. 
O brincar é muito importante para a criança, pois permite que ela se sinta 
segura, confiante, ela faz do brincar o seu mundo imaginário. É tão importante para 
a criança quanto o estudar, o comer e o conviver com a família, torna o ambiente 
alegre e mais propício para a aprendizagem e formação do indivíduo. 
As explicações sobre o brincar vão muito além de um simples conceito 
lúdico, há uma interligação com o pensamento, organismo e comportamento da 
criança em sua etapa de crescimento. De fato, o brincar não pode ser mero 
resultado de algo imaginado ou inventado pela criança, mas pela lógica está 
compondo uma notável vontade de a criança se desenvolver com alegria, participar 
e interagir, o que poderá aguçar sua inteligência e seu estilo de vida. 
13 
 
Segundo Borba (2007) a criança quando brinca está aprendendo alguma 
coisa, não é algo utópico e nem menos importante, pois a dimensão do brincar na 
vida da criança tem um significado de aprendizagem, relevante para seu 
desenvolvimento, para seu corpo (físico), para seu cognitivo (pensamento) e ainda 
para seu processo de conhecimento que favorecem a autonomia e a identidade 
nessa etapa da infância. 
 O brinquedo é entendido como objeto de suporte da brincadeira, uma 
vez que, através da inter-relação da criança como o mesmo é criado um vínculo de 
afinidade simbólica, “o faz de conta”, sem que haja uma cobrança de regras 
definidas no seu desenvolvimento quanto ao uso. 
Para Vygotsky (2007, p.113), “é no brinquedo que a criança aprende a 
agir numa esfera cognitiva, em vez de uma esfera visual externa, dependendo das 
motivações e tendências internas”. Ainda de acordo com o autor, antes de aprender 
a falar e escrever, a criança sabe como fazer coisas, sem perceber que sabe. No 
brinquedo, ela usa sua capacidade de separar significado do objeto, fala em prosa, 
mesmo sem prestar atenção às palavras que diz, ou seja, através do brinquedo, a 
criança começa a dominar funções como conceitos, objetos e palavras que entende 
e começa a desenvolvê-los. 
De fato, o brincar não é apenas um conjunto de instrumentos que podem 
ser manuseados, mas de práticas e ações que vão ao encontro do processo de 
aprendizagem da criança, logo quando sua identidade está sendo formada, pois o 
brincar pode se figurar em qualquer objeto, em qualquer forma, estilo, cultura, 
valores e etnias que estão cada vez mais presentes no cotidiano pedagógico e 
escolar (KISHIMOTO, 1995). 
O planejamento de atividades lúdicas e o acompanhamento do brincar 
cabem ao educador, para que toda criança consiga se desenvolver, objetivo este 
que tem inicialmente a educação infantil, durante a qual o brincar deve ser parte 
integrante do planejamento pedagógico, para poder proporcionar o crescimento da 
criança no ambiente escolar. 
No entendimento de Santos: 
 
Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se, 
compreender-se, confrontar-se, é negociar, e se transformar, é de extrema 
importância no desenvolvimento e aprendizagem (pois facilita a construção 
da reflexão, da autonomia e da criatividade) na educação infantil. E como 
sabemos as mudanças da sociedade e das práticas sociais atualmente 
14 
 
andam extinguindo o brincar da vida do homem e tais mudanças foram 
incorporadas à infância, antes brincar era uma coisa típica que hoje é rara, é 
nossa responsabilidade, enquanto adultos e enquanto sociedade não deixar 
que o brincar desapareça. Para isso temos que elaborar a organização de 
tempo e espaços para a brincadeira, pois se não o fizermos a criança não o 
fará sozinha, temos que colocar a brincadeira na rotina das crianças na 
escola (no planejamento), organizar o ambiente para que a brincadeira 
aconteça, brincadeira é o processo de educação da criança e temos que 
reconhecer o brincar em toda a sua possibilidade e o seu potencial 
educativo. É necessário que os educadores infantis realizem um vasto 
trabalho para informar à sociedade que o “brincar” não é uma perda de 
tempo, mas um processo pelo qual a criança deve passar (2013, p.01) 
 
Sendo assim, é papel do professor de educação infantil estruturar, intervir, 
favorecer o brincar da criança na escola. A brincadeira é uma ação educativa para a 
infância, e o professor precisa seconscientizar e passar a propiciar a brincadeira 
todos os dias, em formatos diversificados, podendo ser aplicada de forma livre ou 
dirigida. 
O brincar faz parte do contexto social e pedagógico do educando, as 
oportunidades que são oferecidas no brincar tornam a criança mais interativa, mais 
questionadora e não se limita ao processo de aprendizagem, já que o brincar 
favorece a autonomia e a identidade do mesmo. 
O brinquedo é um objeto que faz parte da história da humanidade e, 
desde a antiguidade é desenvolvido por uma variedade de materiais, como a 
madeira, o vidro a pedra, até os mais modernos como o plástico e, posteriormente, 
os eletrônicos. De acordo com Santos (2013), o brinquedo não é apenas um 
instrumento evidente para a criança, pois tem valor, sentimentos, emoções e 
comportamentos que podem ser vistos quando a criança está brincando. O 
brinquedo favorece a autonomia, acentua o cognitivo e a imaginação, como também 
propicia momentos de alegria e prazer. Em uma ampla variedade de brinquedos 
mais modernos, a sua evolução é vista como um recurso pedagógico, podendo o 
professor trabalhar com esse instrumento de modo que possa favorecer o estímulo 
da criança em sala de aula, e tornar o ambiente mais prazeroso para o 
desenvolvimento da autonomia e formação desse indivíduo. (LEAL, 2017). 
De acordo com Moraes et al. (2014), Piaget (1998) as brincadeiras se 
modificam de acordo com a idade da criança. A partir das brincadeiras, a criança 
recria o real, mas, precisam existir regras a serem desempenhadas de acordo com a 
idade. Segundo Andrade e Sousa (2011), os jogos e brincadeiras superam as 
atividades como treinamento, que durante muito tempo serviram para memorização 
15 
 
e aprendizado. O professor precisa estar atento ao desenvolvimento cognitivo da 
criança, valorizar a infância e a criatividade, e para isso, deve lançar mão de 
brincadeiras e jogos para ensinar. “As brincadeiras sempre fizeram e farão parte das 
crianças. Sendo assim, usar o lúdico para educar impulsiona um crescimento 
saudável e transformador” (ANDRADE; SOUSA, 2011, p. 94). 
O desenvolvimento físico/motor deve ser estimulado durante a infância e 
no ambiente escolar o educador precisa ter consciência de que por meio de 
atividades lúdicas as crianças adquirem mobilidade corporal, orientando-se pelo 
próprio corpo. Atividades como pular corda, andar sobre uma linha no chão, pular 
com um só pé, deixam os alunos felizes e auxiliam no seu desenvolvimento motor 
(ANDRADE; SOUSA, 2011). 
Segundo Kishimoto (1995), brincadeira é a ação que a criança 
desempenha enquanto joga, enquanto faz de conta, é o lúdico em ação. “A 
brincadeira contribui para o desenvolvimento e para a construção do conhecimento 
infantil” (KISHIMOTO, 1995, p. 111). 
Na etapa infantil, através de todo o processo de desenvolvimento com as 
brincadeiras, jogos e brinquedos o indivíduo irá concretizar a sua criatividade e 
identidade. Quando a criança chega à escola é iniciada uma sondagem pelos 
professores, por meio de um trabalho de observação dos alunos, para conhecê-los 
melhor. É somente a partir de um trabalho pedagógico planejado e organizado que o 
professor conseguirá fazer uma avaliação contínua, para estabelecer tipos de 
atividades adequadas às idades, conforme série e turma, bem como adaptações de 
jogos e brincadeiras importantes para o desenvolvimento do educando (TEIXEIRA, 
2017). 
Considera-se que a utilização de jogos e brincadeiras não pode ser 
definida apenas como um ato, mas como ação e prática educativas, desenvolvidas 
para que os alunos alcancem sentido, essas ações são importantes ferramentas que 
podem enriquecer o processo de desenvolvimento físico, cognitivo, emocional, assim 
como a criatividade, a autonomia e a formação da criança (ANDRADE; SOUSA, 
2011). 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem o objetivo de nortear os 
currículos e propostas pedagógicas de todas as escolas brasileiras, da educação 
infantil ao ensino médio, pode-se destacar que uma qualidade respeitável da BNCC 
16 
 
é conferir à brincadeira um papel crucial na educação infantil, como já preconizara 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI). 
É direito da criança conforme a BNCC, “brincar cotidianamente de 
diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros 
(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, 
seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências 
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais” (p. 
36). 
Esse direito deve ser assegurado à criança da educação infantil nas 
creches e pré-escolas brasileiras através da proposição de “campos de 
experiências”, isto é, uma forma de organização curricular que também já estava 
indicada nas DCNEI e que “acolhe as situações e as experiências concretas da vida 
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que 
fazem parte do patrimônio cultural. ” (p. 38). 
Acredita-se que, assim, os bebês (crianças de 0 a 1 ano e 6 meses), 
crianças bem pequenas (de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) e crianças 
pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses) contarão com as condições 
necessárias para que “aprendam em situações nas quais possam 
desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar 
desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam 
construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural. ” (p.35). 
Baseada nos princípios de interação e brincadeira, a organização 
curricular da BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, nos quais se 
delibera os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento: (1) o eu, o outro e o nós; 
(2) corpo, gestos e movimentos; (3) traços, sons, cores e formas; (4) escuta, fala, 
pensamento e imaginação; e (5) espaços, tempos, quantidades, relações e 
transformações. Esses campos abrigam as situações e as experiências reais da vida 
cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que 
fazem parte do patrimônio cultural. 
 
O eu, o outro e o nós: 
É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão 
constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem 
17 
 
outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme 
vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na 
coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, 
diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e 
sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados 
pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de 
reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, 
é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros 
grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e 
rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas 
experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, 
valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos 
constituem como seres humanos. 
 
Corpo, gestos e movimentos: 
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou 
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o 
mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, 
brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social 
e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por 
meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras 
de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, 
emoção e linguagem. As crianças conheceme reconhecem as sensações e funções 
de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e 
seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro 
e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das 
crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas 
pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não 
para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas 
para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação 
com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, 
olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e 
uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, 
18 
 
escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, 
equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.). 
 
Traços, sons, cores e formas 
Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, 
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por 
meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e 
linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a 
música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas 
experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias 
produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com 
sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, 
modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas 
experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam 
senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade 
que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das 
crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação 
artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e 
da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, 
permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar 
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas. 
 
Escuta, fala, pensamento e imaginação 
Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas 
cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de 
interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o 
sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação 
do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu 
vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da 
língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. 
Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças 
possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na 
escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas 
elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas 
19 
 
linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente 
a um grupo social. Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à 
cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos 
textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo 
sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, 
dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura 
escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam 
transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, 
mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto 
pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. 
Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a 
familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre 
ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de 
manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão 
construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e 
garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não 
convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de 
representação da língua. 
 
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 
As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes 
dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. 
Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, 
cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também 
curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os 
animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais 
e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações 
de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que 
trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade 
entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças 
também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, 
ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos 
e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, 
conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que 
20 
 
igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover 
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, 
investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de 
informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a 
instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus 
conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu 
cotidiano. 
Para o desenvolvimento e planejamento de um jogo ou brincadeira é 
importante buscar o diálogo com os cinco campos de experiências propostos na 
BNCC. 
 
2.1. Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 
 
O projeto está apoiado nos conhecimentos adquiridos nas disciplinas 
Avaliação Educacional da Aprendizagem, Fundamentos da Educação Infantil I, 
Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem. 
Em Avaliação Educacional da Aprendizagem aprendemos que o ato de 
avaliar teve um papel estruturante na organização do sistema de ensino, 
constituindo um aspecto importante da nossa cultura escolar e das memórias que 
temos das experiências vivenciadas como alunos. Em Fundamentos da Educação 
Infantil I podemos analisar o uso de brinquedos e brincadeiras, o que implica 
conhecer as concepções de Educação Infantil e de criança. Ao trabalhar com a 
temática de jogos, espera-se analisar a relevância do planejamento das ações de 
ensino e aprendizagem, no contexto do processo de desenvolvimento cognitivo, 
analisando as diferenças e as especificidades das faixas etárias das crianças da 
Educação Infantil. 
Em Psicologia da Educação analisamos os conhecimentos de 
Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem para compreensão das 
características do desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e físico dos alunos dos 
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e em Teorias da Aprendizagem 
compreendemos os fenômenos educativos e os processos de aprendizagem tendo 
em vista as transformações que marcam o contextodo mundo contemporâneo, 
estudar os processos de aprendizagem considerando os pressupostos da 
interdisciplinaridade, da transversalidade, das múltiplas linguagens, bem como 
21 
 
a reorganização dos espaços, tempos e relações interpessoais que perpassam 
os espaços educativos. 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS EMPREGADOS 
 
A coleta de dados foi feita na escola municipal EMEIF Prof. Zenóbia de 
Paula Ferreira que atende desde Pré I e Pré II da Educação Infantil e de 1 ao 5 ano 
do Ensino Fundamental (Figura 1). 
 
 
F 
 
 
Figura 1 – Escola Municipal EMEIF Prof. Zenóbia de Paula Ferreira 
 
A Escola está situada na cidade de Bananal no Estado de São Paulo, com 
população estimada em 10.945 habitantes em 2019. As crianças que frequentam a 
escola pertencem, em sua maioria, às classes mais humildes. A cidade não tem 
muitos lugares de lazer ao ar livre que possibilitem o bem-estar das crianças e 
jovens. Como dito anteriormente o brincar na natureza traz inúmeros benefícios para 
a saúde das crianças. 
Os dados foram coletados através de entrevista feita com a professora 
Maria Aparecida Candido, que trabalha com a turma de Pré II (crianças de 4 e 5 
anos) no período da manhã, através de um questionário, onde foram feitas 
perguntas como: 
1. Faz atividades com os alunos nas áreas externas da escola? 
2. Com que frequência? 
3. Em quais momentos? 
4. Qual a importância/influência dessas atividades no ensino 
aprendizagem? 
22 
 
5. Quais dificuldades para o desenvolvimento dessas atividades? 
 
A professora reconhece a importância de brincar em contato com a 
natureza e enumerou vários benefícios como: a melhora da saúde física e mental; 
melhora na aprendizagem e no desempenho escolar, além de um importante 
estímulo ao convívio social. Relatou que, sempre que possível, leva os alunos ao ar 
livre para completar os conteúdos apresentados na sala de aula. Nesses momentos 
as crianças se mostram entusiasmadas e se sentem mais livres para atuar e 
interagir através das brincadeiras. Apesar do esforço da professora em inserir 
brincadeiras na natureza para ampliar o aprendizado, percebe-se que esta prática 
não é parte do currículo ou do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. Relatou 
também que leva os alunos para a quadra esportiva de forma aleatória quando acha 
necessário de acordo com a disponibilidade do espaço e conteúdo da disciplina 
ensinada e com seu plano de aula. 
A professora explica que as áreas externas da escola não são grandes o 
bastante para todas as turmas e muitas vezes tem que compartilhar espaços com 
crianças mais velhas o que dificulta a logística das atividades. As áreas externas 
também carecem de cuidados como corte de grama constante, acesso melhor à 
uma área de mata acima da escola que poderia ser mais usada, construção de um 
parquinho, caixa de areia, entre outros recursos para melhor atender as 
necessidades tantos dos professores como também dos alunos. 
A seguir é explicado como foi desenvolvida a brincadeira, onde serão 
necessários os seguintes materiais: bambolês coloridos e quadrados de EVA 
coloridos. (Figura 2) 
 
 
Figura 2 - Bambolês coloridos e quadrados de EVA coloridos 
 
23 
 
A brincadeira consiste em separar a turma em dois times por sorteio. 
Distribuir os bambolês para que as crianças construam um caminho no chão. Pedir 
para as crianças distribuírem os quadrados de EVA dentro dos bambolês. Cada 
criança avança no caminho do bambolê, no meio dos bambolês tem vários 
quadrados de EVA e a criança escolhe um e este contém perguntas simples sobre o 
espaço onde está acontecendo a brincadeira tais como: 
Podemos jogar lixo na natureza? 
Podemos atear fogo na natureza? 
Como preservar o meio ambiente? 
Nós precisamos da natureza? 
Como podemos ajudar o nosso planeta? 
Podemos prender passarinhos em gaiolas? 
Como devem ser tratados os animais que vivem na natureza? 
Colocar as crianças em fila. Cada criança avança no caminho do 
bambolê, escolhe um quadrado de EVA de uma cor, que embaixo dele tem uma 
pergunta ou imagem de coisas relacionada a natureza em que a criança pega e com 
ajuda do professor diz algo sobre a pergunta ou imagem, como por exemplo: a 
criança escolhe o EVA amarelo que tem a pergunta ou a imagem de alguém 
jogando lixo no rio, o professor irá perguntar a ela se isso está correto, ela dará sua 
opinião, então o professor discute com a turma algumas questões do tipo porque 
não podemos jogar lixo nos rios. Assim cada criança da fila irá escolher uma cor de 
EVA e responder com a turma a pergunta sobre a natureza, até que todos tenham 
participado da brincadeira. Ninguém ganha ou perde, o objetivo é o envolvimento da 
criança com o ambiente da natureza onde acontece a brincadeira. As colaborações 
com as perguntas são para todos. 
Espera-se, mesmo sem muita estrutura, que as crianças possam interagir 
e brincar livremente, pensando e refletindo sobre essa relação com o meio ambiente. 
Áreas na escola para as brincadeiras (Figura 3). 
 
24 
 
 
 
Figura 3 - Áreas na escola para as brincadeiras. 
 
A entrevista foi feita com a professora do Pré II, as crianças de 4 a 5 
estudam no período da manhã. Dessa entrevista levantamos algumas informações: 
 
1. A professora reconhece a importância de brincar em contato com a 
natureza para o desenvolvimento dos alunos. Relatou que, sempre que 
possível, leva os alunos ao ar livre para complementar os conteúdos 
apresentados na sala de aula. Nesses momentos as crianças se mostram 
entusiasmadas e se sentem mais livres para atuar e interagir através das 
brincadeiras. Apesar do esforço da professora em inserir brincadeiras na 
natureza para ampliar o aprendizado, percebemos que esta prática não é 
parte do currículo ou do perfil profissiográfico previdenciário (PPP) da 
escola. A professora leva os alunos para a quadra de forma aleatória 
quando acha necessário de acordo com a disponibilidade do espaço e de 
acordo com o conteúdo da disciplina ensinada e com seu plano de aula 
próprio. 
25 
 
2. A professora explica que as áreas externas da escola não são grandes o 
bastante para todas as turmas e muitas vezes tem que compartilhar 
espaços com crianças mais velhas o que dificulta a logística das 
atividades. As áreas externas também carecem de cuidados como corte 
de grama constante, acesso melhor à uma área de mata acima da escola 
que poderia ser mais usada, construção de um parquinho, etc. 
 
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES DE RESULTADOS 
 
Para desenvolvermos o projeto e levantarmos as necessidades dos 
alunos, marcamos uma visita na EMEIF Professora Zénobia de Paula Ferreira, no 
período da manhã. Fizemos uma entrevista com a professora Aparecida Cândido, 
que leciona para o Pré II, do Ensino Infantil e, diante do exposto por ela, observamos 
as dificuldades e qual seria a solução. A professora apontou que a escola tem 
carência de um espaço físico onde as crianças possam praticar atividades ao ar 
livre, que sejam benéficas para o desenvolvimento psicomotor. 
Com base no exposto e, avaliando as possibilidades, optamos 
primeiramente por adaptar um espaço que fosse seguro e possível, dentro das 
limitações da escola, para desenvolvermos um jogo. 
A brincadeira consiste em separar a turma em dois times por sorteio e 
distribuir bambolês para que as crianças construam um caminho no chão. Cada 
bambolê terá um quadrado de EVA em seu interior com perguntas relacionadas ao 
Meio Ambiente, e só avançam na trilha caso acertem as perguntas. 
Na prática a professora fez uma rodinha com os alunos, e conversou 
sobre a importância de cuidar da natureza e como funcionaria a brincadeira. Ela 
conduziu os alunos até o espaço onde seria realizada a dinâmica e os alunos 
ajudaram na construção da trilha com os bambolês e em cada bambolê colocaram 
um cartão de EVA virado para baixo. Ela dividiu a sala em dois grupos e começoua 
atividade com os alunos. Em fila, cada criança escolheu um bambolê e avançando 
até ele, pegando a plaquinha em EVA, e entregando-a para a professora, que fez a 
pergunta que estava na plaquinha. Respondendo à pergunta, o próximo da fila daria 
sequência à brincadeira. As perguntas eram do tipo “Devemos atear fogo na 
natureza? ” “Podemos prender passarinhos em gaiolas? ” “Podemos jogar lixo no 
chão? ” “Podemos jogar lixo nos rios? ” “Nós fazemos parte da natureza? ” “Nós 
26 
 
precisamos da natureza? ” “Podemos desperdiçar água? ”. A cada pergunta a 
professora fez uma pequena explicação, conscientizando os alunos. 
 Os alunos gostaram bastante da brincadeira, foram participativos e 
ficaram bem conscientes da importância de cuidar da natureza. A professora disse 
que usará essa brincadeira em seus próximos anos letivos, principalmente na 
semana do Meio Ambiente. 
Confrontados com estes dados, pensamos em como podemos contribuir 
para que a experiência das crianças nas áreas externas da escola propicie melhor e 
maior aprendizagem e desenvolvimento de suas habilidades. Que a brincadeira não 
seja um apêndice do conteúdo disciplinar da sala de aula mas tenha caráter pleno 
em si mesma. 
A estratégia didática apresentada é uma brincadeira que envolve 
desenvolvimento motor, colaboração, pensamento lógico e matemático enfocando 
os campos de experiência “corpos, gestos e movimento”, “traços, sons, cores e 
formas”, “escuta, fala, pensamento e emoções”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Aplicando a brincadeira, observou-se o entusiasmo do grupo em 
participar, cumprir as tarefas e ajudar os colegas a realizar e acertar. As crianças 
ficaram muito empolgadas com a aula fora de sala, a brincadeira fez com que eles 
ficassem mais ativas e observadoras com o que estava sendo feito, sempre com a 
alegria e a criatividade peculiar das crianças. Cada uma cumprindo as tarefas de seu 
jeito e interessadas nas performances dos colegas. Intui-se o quanto estar ao ar livre 
e brincar instiga as crianças em todos os níveis: motor, social, afetivo, cognitivo, 
além de tornar a aula mais interativa. A dinâmica do brincar e interagir em ambiente 
não limitado por paredes e cadeiras só corrobora todos os estudos sobre a 
importância do lúdico no universo infantil, isso ajuda para que a criança tenha 
interesse no aprender, e abra a mente para que elas vejam que podem aprender de 
um jeito mais divertido que é brincando. Percebe-se que aula assim feita resulta na 
interação do professor com o aluno que talvez não haja em sala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
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Horizonte: Autêntica, 2007. 
 
30 
 
VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
APÊNDICE 
 
 
 
 
 
 
Ana Caroline Guimarães 
Civa Guimarães 
Luciana Lessa 
Rosana Aparecida Ribeiro 
Tuane Medeiros 
 
 
 
 
 
 
Facilitadora: Gisele Guimarães 
Tutora: Priscila Ap Crasciatori Frassatto 
Professora Dra.: Suzana Ursi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto Integrador para Pedagogia II 
 
32 
 
1. Contexto 
 
Esta aula está inserida no contexto da brincadeira não estruturada na 
natureza. Espera-se que os alunos possam interagir entre si, com o meio ambiente e 
com a professora de forma livre e criativa, desfrutando de todas as possibilidades 
lúdicas que o ambiente natural oferece. A expectativa é que construindo, atuando e 
compreendendo a brincadeira com os colegas e sob a mediação da professora no 
espaço natural, as crianças aprendam conceitos iniciais de cuidado com a natureza. 
 
2. Objetivos 
 
A brincadeira como recurso pedagógico é fundamental para o 
ensino/aprendizagem de todos, principalmente das crianças. Durante as brincadeiras 
e jogos, percebe-se o desenvolvimento de todos os campos de experiência que 
estruturam a organização curricular na BNCC (Base Nacional Comum Curricular): 
a. O eu, o outro e nó 
b. Corpo, gestos e movimentos 
c. Traços, sons, cores e formas 
d. Escuta, fala, pensamento e imaginação 
e. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 
Em nosso projeto focamos em dois campos para análise durante a ação 
pedagógicaproposta: “o eu, o outro e nós” e “espaços, tempos, quantidade, relações 
e transformações”. 
A brincadeira tem como objetivo que a s crianças aprendam cuidados básicos 
que se deve ter com o meio ambiente. Como o princípio de uma brincadeira é a 
interação, os alunos devem construir a situação de jogo, aceitando e entendo as 
várias contribuições dos pares para este fim em comum. Inseridos na brincadeira em 
um espaço natural, os alunos manipulam vários tipos de objetos, de várias 
quantidades, cores e tamanhos, exploram o meio, precisam atuar com um tempo 
para cada etapa, desenvolver hipóteses para responder cada indagação formulada, 
desenvolvendo assim um sentido de respeito e a cuidado com a natureza. 
 
 
 
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3. Materiais Necessários 
 
15 bambolês de várias cores (quanto mais colorido melhor para a alegria da 
brincadeira e para percepção de cores) 
15 quadrados de EVA coloridos (também de várias cores) 
Escrever no verso dos quadrados de EVA perguntas simples de cuidados com 
a natureza como por exemplo: 
“Devemos atear fogo na natureza? ” 
“Podemos prender passarinhos em gaiolas? ” 
“Podemos jogar lixo no chão? ” 
“Podemos jogar lixo nos rios? ” 
“Nós fazemos parte da natureza? ” 
“Nós precisamos da natureza? ” 
 
4. Dinâmica 
 
A professora inicia a atividade reunindo os alunos e explicando sobre o meio 
ambiente, sua importância e questionando os alunos sobre suas ideias e percepções 
sobre o tema. Explica que farão uma atividade em área externa ligada ao assunto 
conversado. Leva os alunos para o lugar do jogo e explica que todos vão participar 
para construir e participar. Divide a sala em dois grupos aleatórios, coloca os 
bambolês no chão e pede que cada grupo construa uma trilha com os mesmos da 
forma que quiserem. Depois, distribui uma placa de Eva para cada criança e pede 
que coloque dentro de um bambolê com a parte escrita para baixo. Organiza em fila 
dos 2 grupos e uma criança de cada grupo se dirige para um bambolê, pega a placa 
e leva para a professora ler. Todos podem dar sua opinião e discutir sobre o 
conceito apresentado. A professora deve observar as respostas e as atitudes dos 
alunos para mediar uma construção do conceito de preservação, importância, 
respeito e pertencimento ao meio ambiente. 
 
 
 
 
 
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5. Referências 
 
FERNANDES, Odara de Sá; ELALI, Gleici Azambuja; Reflexões sobre o 
comportamento Infantil em um pátio escolar: o que aprendemos observando o 
comportamento das crianças, Paidéia (2008), 18(39), 41-52. Disponível em 
www.scielo.br/paideia. Acesso em 10 de dez. 2019. 
 
Base Nacional Comum Curricular. Disponível em https://drive. Google . com /file /d 
/ 1OYfaSKSj1oIDmIqvglz-UZ9Wo5C2y7Bt/preview. Acesso em 10 de dez. 2019. 
 
 
6. Fontes de Materiais Utilizados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/paideia
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7. Recurso Didático 
 
Para aplicar a brincadeira é necessário acesso à uma área externa em 
ambiente de natureza. Pode ser na escola ou, com a logística adequada, em local 
fora da área da instituição. O contato coma a natureza torna a brincadeira mais rica 
em interações e percepções da criança, inclusive com exemplos de atuação como: 
retirar algum lixo do chão, observar o estado de conservação do lugar e o que mais 
o professor entender como pertinente. As crianças devem participar ativamente na 
construção do caminho de bambolês e na distribuição das placas de Eva, na divisão 
dos grupos e na dinâmica da brincadeira. Essa atividade remete ao item 5 dos 
campos de experiência da BNCC, pois as crianças lidam com formas, quantidades, 
cores, tempos para o efetivo elaborar e desenvolver o jogo. O Foco no item 1 da 
BNCC vem com a interação com os pares em todos os momentos, no entendimento 
dos conceitos de cuidado e preservação do meio ambiente, na participação e 
apresentação de suas vivências e percepções do tema e contato com as percepções 
e vivências do outro para construção de nova visão após a brincadeira.

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