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Cópia de APELAÇÃO DANOS ESTÉTICOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA Y /UF.
Processo n
º XXXXXXXX
Apelante: Soraia 
Apelado: Eletrônicos S/A 
APELANTE: SORAIA, já devidamente qualificada nos autos do processo de danos morais e estéticos que promove em face de Eletrônicos S/A, por intermédio de seu advogado legalmente constituído através de instrumento procuratório em anexo, tempestivamente e respectivamente, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, interpor;
RECURSO DE APELAÇÃO
Com fundamento nos Arts. 1.009 e seguintes do NCPC/2015, conforme razões em anexo.
Outrossim, requer que seja o presente recurso recebido no efeito devolutivo e no efeito suspensivo, intimando-se a parte contrária para, querendo, apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Por fim, requer a remessa dos autos para o Egrégio Tribunal de Justiça, para seu processamento e julgamento.
Nestes termos,
Pede-se deferimento,
Local e Data.
ADVOGADO.OAB/UF.
RAZÕES RECURSAIS 
APELANTE: SORAIA
APELADO: ELETRÔNICOS S/A
AUTOS N°: XXXXXXXX
VARA DE ORIGEM: 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA Y
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
COLÊNDA CÂMARA 
NOBRES JULGADORES 
I – DO CABIMENTO, PREPARO E TEMPESTIVIDADE
É cabível o recurso com efeito, extinguiu-se o processo com resolução de mérito, em virtude disso o Art. 1.009 do CPC menciona, que da sentença cabe apelação. A apelante é parte legitima, com interesse sucumbencial, devidamente representada, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade. 
E relação ao preparo, conforme cita o Art. 1.007 do CPC, que, quando se interpõe um recurso, o recorrente comprovará o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, que estão devidamente nos autos. 
A Recorrente foi intimada da decisão, ora, combatida no tempo certo. Logo, na forma do artigo 1.003, parágrafo 5º CPC e 2019, caput do CPC, o prazo para apresentação do recurso de apelação é de 15 (quinze) dias, se encerra na presente, podendo ser protocolada até às 24 horas do dia alegado, desta forma o presente Recurso de Apelação é Tempestivo.
III - SÍNTESE DOS FATOS 
Em junho de 2009, Soraia, ora apelante, sofreu um acidente que ocorreu devido a super aquecimento de uma TV que explodiu após ter ficado ligada por 24(vinte e quatro) horas, o acidente ocasionou na perda da visão do olho direito de Soraia, pois a TV havia apenas 2(dois) meses de uso. Após 7(sete)anos, a autora, ora apelante propôs ação de indenização por danos morais e estéticos em razão do acidente de consumo, ocorrido em junho de 2009, atraindo responsabilidade pelo fato do produto.
Ocorre que a Apelante tinha apenas 13 anos de idade, sendo ainda incapaz, razão pela qual requer condenação de pagamento de 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais e 50.000,00 (cinquenta mil reais) pelo pagamento de danos estéticos sofridos. No mais ser desnecessário a delação probatória, pois juntou toda a documentação que pretende produzir, inclusive laudo pericial que apresentou na época, apontando defeitos no produto.
Após o oferecimento da contestação, o magistrado proferiu julgamento antecipado, decretando improcedente os pedidos formulados pelo requerente.
No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece prosperar, devendo ser reformada com base em dois fundamentos:
a. inexistência de relação de consumo, com consequente inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, pois a vítima/autora da ação já alegou, em sua inicial, que não participou da relação contratual com a ré, visto que foi sua mãe quem adquiriu o produto na época; e  
b.  prescrição da pretensão autoral em razão do transcurso do prazo de três anos, previsto no Art. 206, § 3º, inciso V, do Código Civil.
III- DA RAZÕES DA REFORMA
A Referida sentença referida pelo juiz a quo na ação e indenização por danos morais e estéticos proposta pela apelante em face do apelado, julgando os seus pedidos improcedentes, deve ser modificada em totum, uma vez que a importância reivindicada na inicial se traduz como uma obrigação de única e inteira responsabilidade do fabricante do produto. Nesse caso, a despeito de não ter participado, como parte, da relação contratual de compra e venda do produto, a apelante é qualificada como consumidora, pois, nas hipóteses de responsabilidade pelo fato do produto, é consumidor toda pessoa que "utiliza o produto ou serviço como destinatário final" (art. 2º, caput, do CDC), assim como  “equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento” (Art. 17 do CDC).  
É existente a relação de consumo ente a autora da ação, vítima do acidente de consumo, e a ré, fabricante do produto defeituoso, que veio lhe causar danos morais e estéticos.
IV - DO DIREITO
O código de defesa do consumidor, em seu artigo 2º,caput, estabelece o conceito de consumidor, sendo o mesmo como, pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza serviços como destinatário final, pois faz afastar a alegação do juízo, que julgou improcedente a ação da autora, por não ter participado de uma ação contratual com a ré, o que não é visto. Além disso temos o artigo 3º do mesmo código, diz que fornecedor é toda pessoa que desenvolve atividades, seja de produção ou de montagem.
Seguindo ainda pela mesma linha de raciocínio, temos no artigo 17º do CDC, que todas as vítimas do evento, são consumidores equiparados. 
Sendo assim, a ré responde objetivamente pelo dano causado, devido o defeito do produto, conforme o art. 12, caput, do CDC.
Portanto, independentemente do fato de a mãe da Apelante ter sido a compradora do aparelho defeituoso, não é possível afastar a Apelante da relação de consumo, uma vez que esta foi exposta à ao produto e foi lesionada por este, de forma que a proteção contratual deve ser estendida a esta em sua totalidade de igual maneira.
Nessa situação, o fato de o produto ter levado sérias consequências a autora do processo.
IV.I - PRESCRIÇÃO
Em relação ao segundo fundamento da sentença, requer o afastamento da prescrição, reformulando a sentença, visto que não ocorre prescrição quando falamos em absolutamente incapaz, de acordo com o artigo 198, inciso I do Código Civil. Onde se anula a tese do juízo “a quo “, que fundamentou a prescrição que prescreve em 3(três) anos.
Dessa forma, a prescrição apenas começaria a correr a partir do momento em que a Recorrente se tornou relativamente incapaz. Entretanto, diferente do disposto pelo magistrado o prazo prescricional que deve ser adotado não é o de 03 (três) anos expresso no Código Civil, e sim o de 05 (cinco) anos disposto no Código de Defesa do Consumidor. Isto porque, conforme demonstrado no tópico acima, manifestamente existe relação de consumo entre as partes.
Diante de tudo isso, a Recorrente ingressou com a Ação no Quarto ano do prazo, lhe sobrando ainda 01 (um) ano ainda do prazo para propositura.
A autora, ora apelante, efetivou- se em 2012, quando a mesma completou 16(dezesseis) anos de idade, tornando- se relativamente capaz, desde modo, a prescrição ocorreria apenas em 2017, seguindo o artigo 27 do CDC que prevê que é de cinco anos o prazo prescricional para a ação de reparação de danos, em razão de fato do produto ou do serviço. Vejamos sua redação: 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
V - PEDIDOS
Ante o exposto requer à Vossas Excelências desse Tribunal de Justiça: 
A) Que o presente recurso de apelação seja conhecido e provido afastando a prescrição reconhecida pelo juízo a quo;
B) Que haja o julgamento pelo Tribunal sem o retorno do processo ao juízo de primeiro grau, na forma do Art. 1013, parágrafo 4º, do CPC;
C) Que seja afastado o fenômeno da Prescrição da Referida Sentença, reconhecendo-se a Relação de Consumo;
D) Reformar a Sentença combatida com o provimento dos pedidos realizados de condenação ao pagamento de indenização por danos moraise estéticos;
E) A condenação do apelado nas verbas sucumbenciais, tais como as custas processuais e honorários nos termos do Art. 85 do CPC.
Termos em que, pede deferimento,
Local e Data.
ADVOGADO.
OAB/UF.
EQUIPE 8NH
ANNY KAIRA DE SOUZA LIMA 78926
FÁBIO IGOR DA SILVA FERREIRA 72781
MAURO HENRIQUE GOMES LINDOSO 74368
RAFAEL MARINHO CORREA DA SILVA 72775

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