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Constituição Republicana de 1891 Da monarquia para a República Contexto Histórico • Queda dos 3 pilares que sustentavam a monarquia: - Militares - Igreja - Elite agrária • Forte insatisfação com o regime Contexto Histórico • Manifesto Republicano (1870) • Partido Republicano Paulista (1873) • Década de 80 – Forte crise política no país • Golpe de Estado político-militar Proclamação da Reública em 1889 • Expulsão de D. Pedro II e sua família do Brasil Contexto Histórico • Instituição do Governo Provisório de Deodoro da Fonseca - Forte instabilidade: saída autoritária x instalação de um governo liberal pautado nas liberdades individuais • Substituição dos símbolos monárquicos por novos que representassem a República • Assembléia Constituinte: - Elaborar uma nova Constituição Constituição Republicana de 1891 - Eleger um novo presidente Deodoro da Fonseca eleito constitucionalmente Estrutura da Constituição • Preâmbulo, seguido da parte dogmática com 91 artigos, além dos Atos das Disposições Constitucionais; • Método de elaboração dogmático(sistemático); • Promulgada e é considerada rígida. • Disposições preliminares: - constituída por união perpétua e indissolúvel. Estrutura da Constituição • Poder Legislativo: - Dividido em duas Casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal • Do poder Executivo: a Constituição foi pioneira em trazer a figura presidencial como chefe eleito da nação • Da responsabilidade do presidente: o Presidente será submetido a processo e julgamento, nos crimes comuns e nos de responsabilidade Do Poder Judiciário • Tinha como órgão expoente o Supremo Tribunal federal e “tantos Juízes e tribunais federais, distribuídos pelo país, quantos o Congresso criar” • Era atribuído ao STF julgar o Presidente da República nos crimes comuns, os Ministros de Estado e Diplomáticos, além de resolver conflitos internos entre Estados, Juízes, desses com a União e, por fim, julgar em grau de recurso questões resolvidas pelos Tribunais Federais. • Juízes federais com cargos vitalícios e todos com foro privilegiado. • Aos Tribunais Federais, competia julgar causas fundamentadas na Constituição Federal, como todas as propostas contra a União e a Fazenda Nacional, conquanto fundamentadas na Constituição ou contratos celebrados pelo governo. Crimes políticos, litígios entre Estados e habitantes de outro Estado e questões de direito marítimo e navegação também seriam julgadas por esse órgão. • Caberia recurso ao STF quando questionadas leis federais ou ações do governo face a Constituição, após disposição de legalidade de tribunais inferiores. • Cada tribunal deveria consultar decisões dos tribunais competentes como jurisprudência, ou seja, Justiça Federal consultaria as decisões de tribunais locais, tratando-se de leis estatais, e os Tribunais locais consultariam a jurisprudência dos federais, tratando-se de lei federal. Dos Estados • Pertencem aos Estados tudo dentro de seus territórios, exceto as porções “indispensáveis para a defesa das fronteiras, fortificações, construções militares e estradas de ferro federais.” • É facultadoaos Estados celebrarconvenções e ajustes entre si, conquanto não políticos, assim como possuem eles quaisquer poder ou direito que não seja negadopelas cláusulas da Constituição. • Não podem os Estados: recusar fé a documentos públicos, rejeitar moedas e emissões bancárias do Governo, declarar guerra ou repreender outro Estado, também não poderiam negar extradição de criminosos reclamados pela justiça de outro Estado. • O Distrito Federal (na época, a cidade do Rio de Janeiro) seria administrado pela autoridade municipal. Dos Municípios • Apenas dispõe que“os Estados organizar-se-ão de forma que fique assegurada a autonomia dos Municípios em tudo quanto respeite ao seu peculiar interesse”. DAS QUALIDADES DO CIDADÃO BRASILEIRO • Cidadãos brasileiros seriam os indivíduos nascidos no Brasil; filhos de pai brasileiro ou “ilegítimos” de mão brasileira, se estabelecerem domicílio na República; filhos de pai brasileiro, que estiver a serviço da República; estrangeiros no país aos 15 de novembro de 1891, se não disporem do contrário em 6 meses; e estrangeiros naturalizados por outros modos. • Filhos de pai estrangeiro a serviço de sua nação, nascidos no Brasil, não teriam nacionalidade brasileira. • Seriam eleitores todos os maiores de 21 anos, salvo os mendigos, analfabetos, as praças de pré (cargos militares de baixa hierarquia) e os religiosos sujeitos a regra que importe a renúncia da liberdade individual. Quem não pode ser eleito, não vota. • Os cidadãos poderiam ter suspensos seus direitos por “incapacidade física ou moral” e “por condenação criminal, enquanto durarem seus efeitos”. DECLARAÇÃO DE DIREITOS (ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL DE 1926) • Seriam invioláveis os direitos relacionados à liberdade, segurança individual e à propriedade. • - “Ninguém pode ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei” • - No Artigo 72: “A República não admite privilégios de nascimento, desconhece foros de nobreza e extingue as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os títulos nobiliárquicos e de conselho.” • -Caráter laico do Estado, ou seja, separou-se o Estado da Igreja. • -Liberdade de ir e vir do território nacional em tempos de paz, mesmo sem passaporte • - Qualquer pessoa poderia denunciar abusos de autoridade e promover a responsabilidade dos culpados. • -Não seria preso o indivíduo antes de se pronunciar, sendo garantido seu direito à ampla defesa, e sem ordem escrita de autoridade competente, salvo em casos de flagrante. • -As penas de morte (com exceção à legislação militar de guerra), galés e banimento ficaram abolidas. DECLARAÇÃO DE DIREITOS (ANTERIOR À EMENDA CONSTITUCIONAL DE 1926) • Há uma série extensa de outras determinações, algumas interessantes, como o Art. 72, § 29:“Os que alegarem motivo de crença religiosa com o fim de se isentarem de qualquer ônus que as leis da República imponham aos cidadãos, e os que aceitarem condecoração ou títulos nobiliárquicos estrangeiros perderão todos os direitos políticos.” • Cargos militares e de serviço público são acessíveis a todos os brasileiros, observadas suas condições de capacidade estabelecidas em lei. • Militares teriam direito á foro privilegiado, tratando de crimes de guerra, que seriam julgados pelo Supremo Tribunal Militar e seus conselhos necessários, regulados em lei específica. • “A especificação das garantias e direitos expressos na Constituição não exclui outras garantias e direitos não enumerados, mas resultantes da forma de governo que ela estabelece e dos princípios que consigna.” Disposições Gerais • Os cidadãos funcionários de um Poder não poderão exercer as funções de outro poder. • É regulamentado o Estado de Sítio, que suspenderia as garantias constitucionais por tempo determinado.Quaisquer medidas de exceção tomadas teriam em seus ordenadores os responsáveis por abusos das determinadas exceções. • Guerras de conquista ficaram completamente proibidas. • Estabeleceu a criação de um Tribunal de Contas. • Determinou as condições para a reforma do texto constitucional. Disposições Transitórias • O primeiro Presidente e Vice-Presidente do Brasil seriam eleitos por assembleia geral do Congresso, esse que depois dividir-se-ia em Câmara e Senado pelo específico processo na Constituição descrito. • A União prestaria apoio aos Estados em seus períodos de criação. • Pensão vitalícia à D. Pedro de Alcântara. • Aquisição, por parte da Nação, da casa do Doutor Benjamin Constant Botelho de Magalhães, onde seria colocada lápide em sua homenagem como fundador da República. Características Gerais • Divisão em três poderes • Fim do voto censitário • Divisão “Estado e Igreja” • Autonomia dos estados ELEIÇÃO E VOTO A PARTIR DA CONSTITUIÇÃO DE 1891 • As eleições para cargos federaistinham suas condições e o processo reguladas pelo Congresso • Com o federalismo os cargos executivos passaram a ser escolhidos pela população • O voto deixou de ser censitário • Uma nova eleição era estabelecida no Estado que possuísse vaguidade de cargos, seja de presidente, seja de deputado ou senador • O primeiro período presidencial foi ocupado por presidente e vice eleitos pelo congresso. ELEIÇÕES DO EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO • Eleição para Senadores e Deputados ocorriam em todo o país simultaneamente • Não poderia um senador ser também deputado e vice-versa. • Deputados ficavam no poder por 3 anos para a Câmara, ter mais de quatro anos de cidadão brasileiro, e para o Senado mais de seis. • O Senado compõe-se de cidadãos na posse dos direitos de cidadão brasileiro e ser alistado como eleitor (art. 26) e maiores de 35 anos, em número de três Senadores por Estado e três pelo Distrito Federal, eleitos pelo mesmo modo por que o forem os Deputados. (voto direto e nacional) • Mandato do senador é de 9 anos. • Juízes federais eram eleitos pelo Senado e tinham cargo vitalício ELEIÇÕES DO EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO • O Presidente exercerá o cargo por quatro anos, não podendo ser reeleito para o período presidencial imediato • O Presidente e Vice-Presidente da Republica serão eleitos por voto direto e nacional, com maioria absoluta de votos. Caso a maioria absoluta n seja alcançada, o Congresso elegerá um entre os dois mais votados na eleição direta, por maioria dos votos presentes. Caso ainda permaneça empate, o mais velho tornar-se-á o presidente • Para ser presidente é necessário ter 35 anos ou mais, estar no exercício dos direitos políticos e ser brasileiro nato • São inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente os parentes consanguíneos e afins, nos 1º e 2º grau, do Presidente ou Vice-Presidente, que se achar em exercício no momento da eleição, ou que tenha deixado até seis meses antes. • Na esfera estadual, os governantes – chamados de presidentes estaduais – eram eleitos por voto direto. VOTO, DIREITOS E EXCLUSÕES • Mesmo a constituição de 1891 admitindo que “Todos são iguais perante a lei.” (§2º do Art. 72) há descriminação dentro no instituto do voto, uma vez que os mendigos, analfabetos, Militares de baixa patente e religiosos de ordens monásticas não podiam votar nem serem votados. • A constituição de 1891 assegura proteção ao regime eleitoral que permita a representação das minorias (Art. 6º, alínea “h”) além de cessar a prática de voto censitário, porém percebe-se por todo o texto constitucional uma tentativa de afastar minorias do exercício do voto, pois, como explana Carvalho (1987), a parcela populacional não sofreu ampliações significativas, inclusive sofreu retrações de 1890 para 1894. Tal fato se dá por alguns motivos, entre eles está a exclusão de parcela muito grande da população - apenas no rio de Janeiro, cidade bastante desenvolvida e urbanizada na época, havia apenas 100 mil possíveis votantes, cerca de 20% da população (1987) - e a não existência do voto secreto que, somado ao fato do voto ser facultativo e não obrigatório, fazia com que os votantes deixassem de votar, por medo de sofrerem ameaças. • Voto de cabresto foi muito comum. • As mulheres não são, pela norma proibidas de votar, pois não são citadas dentro do Art.70, mas em contraponto também não são citadas como detentoras de direito em nenhuma outra parte do código, dando a entender a não caracterização da mulher como cidadã. Atualidades e o legado deixado pela constituição de 1891 • Disposições no Preâmbulo* • Organização dos Poderes* • Sistema de Governo* • Voto* • Direitos Sociais* • Educação* • Outras novidades* • Tratamentos cruéis • Ordem social • Relações internacionais • Relação entre Estado e Igreja Agradecemos a todos pela atenção! Integrantes do grupo: Mariana Fileti Novelli, Igor mequi kasai, Fabiola Anselmo Teodoro, Thális Alves Maciel, Eliel Bezerra da Silva, Marjorie Pinto da Silva Garcia, Victor Buzzo Galvão
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