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FUNDAMENTOS E METODOS DA GESTÃO ESCOLAR-Portifólio Ciclo 3

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
LICENCIATURA
	Disciplina: FUNDAMENTOS E METODOS DA GESTÃO ESCOLAR
	Tarefa: Portifólio Ciclo 3
	Nome: Alexandre de Oliveira
	RA: 8084964
	Turma: Ed. Física Licenciatura- 4° Semestre- DGEFL1901SPOASOS
	Parecer do Tutor: 
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE:
O artigo de Abdian et al. (2013) denominado “Função do Diretor na Escola Pública Paulista: mudanças e permanências”, apresenta questões correlativas às concepções sobre a administração escolar como, também, a concepção dos Diretores e Professores sobre a função do diretor da escola.
Dessa forma, escreva um texto dissertativo a partir das perguntas a seguir:
1) Quais das concepções apresentadas vão ao encontro da gestão e escola democrática? Justifique a sua resposta. (Cite e comente o pensamento de no mínimo dois autores).
2) Em específico, o que dizem os diretores acerca do seu trabalho? E os professores sobre o trabalho do diretor?
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 Texto baseado no artigo: Função do Diretor na Escola Pública Paulista: Mudanças e Permanências- Abdian et al (2013):
 O artigo de Abdian et al (2013), nos revela que existe no Brasil um debate extenso e antigo em relação as funções e atribuições do profissional: diretor escolar, a partir da década de 60 esse debate se intensificou; durante esse período autores como: Ribeiro (1968), Lourenço filho (2007) e Alonso (1976), se destacaram em relação ao tema, durante essa época equiparava-se o modelo de administração escolar à administração de uma empresa. Sendo que, de acordo com as principais concepções do período temos: Ribeiro, (1968), em que seu modelo baseava-se na eficiência; com a racionalização do trabalho, divisão do trabalho e trato administrativo. Lourenço, 2007, baseava-se na liderança; atribuindo ao diretor as funções: planejamento, dirigir e coordenar, comunicar e inspecionar e controlar e pesquisar. Alonso, (1976), se pauta pelo equilíbrio entre os componentes internos e externos; utilizando da: Teoria geral dos sistemas e análises, define que a função do diretor é condicionar reações daqueles que serão afetados por certos objetivos e ações.
 Após, essa década e com a criação da (ANPAE), Anísio Teixeira (1968); fazendo um contraponto, defendeu que de modo algum poderia a administração escolar equiparar-se à administração de empresas, reforçando que cabia ao papel do administrador escolar a função de mediador, inovador na função de serviço e não de mando.
 Já na década de 80, marcada pelo processo de redemocratização do país, surgiram novos debates e novas perspectivas que casavam com os novos anseios da sociedade por um país mais justo e com uma maior participação popular. Segundo Paro (1986), em contrapartida às perspectivas dos anos 60, afirma que a função do diretor escolar difere-se da administração empresarial, sendo que a função do diretor segundo esse autor é de mobilizar o grupo que envolve o contexto escolar na luta pela democratização da sociedade, através da administração coletiva, tendo o caráter político.
 Entrando na década de 90 temos : Freire, (1991); que era um dos defensores da escola popular e democrática, destaca a importância do: Conselho Escolar (CE), para a tal gestão democrática; segundo Freire a administração escolar atuando isoladamente não consegue atender os anseios problemáticos da educação nem dos que a compõem. Em concordância a Freire, Lima (2007), segundo essa perspectiva a função do diretor escolar não deve se individualizar o diretor escolar deve favorecer a participação de todos na tomada de decisão, devendo ainda promover uma liderança democrática e criativa, para um ambiente escolar diversificado, que ao mesmo tempo seja sério, porém prazeroso e saudável. 
 Diferenciando-se de Freire, Mello( 1993), com uma perspectiva mais moderna com base nas reformas educacionais que se deram internacionalmente , globalização e neoliberalismo, conciliava aspectos e conceitos da abordagem democrática com a abordagem de uma administração do tipo empresarial, fazendo uma verdadeira ponte entre essas abordagens. 
 Já Luck, (2000), propunha um novo olhar para a figura do diretor escolar, mudando a terminologia de diretor para “gestor”, dando a esse profissional o papel responsável pelo bom funcionamento da escola como um todo, exercendo a liderança acadêmica na busca pela tal gestão democrática, buscando também a eficiência de seus resultados. 
 Podemos concluir, que as abordagens após a década de 80 vão ao encontro de um projeto de gestão e direção escolar democrático e mais participativo; e embora a dinâmica da modernidade exijam sempre uma atualização a respeito desse profissional, há uma constante tentativa por parte dos novos autores de manterem esses valores democráticos que destacam principalmente a função e importância política do diretor no âmbito escolar.
 Segundo o artigo apresentado, de acordo com os dados da referida pesquisa citada, os pontos em destaque colocados por diretores em relação à sua função, estão: a divisão de tarefas entre: diretor, vice-diretor e coordenador- pedagógico e o trabalho em conjunto entre estes. Porém, podemos dizer, que: o fato de delegar tarefas, atribuições e responsabilidades ainda deixa a desejar em relação à busca por uma gestão mais democrática, que demandaria diálogo entre as partes e um maior entendimento sobre suas necessidades. Outro fato citado, que prejudica a formação dessa gestão democrática seria a falta de interesses de pais de alunos em compor os conselhos das (APMs), que acabam por não se inteirando dos assuntos escolares , nem dão seus palpites para o processo educativo. Outro fator problemático é a cobrança excessiva por parte do Estado, na figura do diretor, o que acaba por focar obrigatoriamente nos resultados, deixando de lado as coletivas de diálogo e participação popular e de outros profissionais que compõe o cenário educativo.
 Já professores, destacam a importância da liderança democrática do diretor escolar, enfatizando que embora este tenha papel de autoridade deva atuar mediante decisão compartilhada; o que nem sempre se dá na prática, os professores criticam o fato de muitos diretores ainda terem uma visão retrógrada baseando-se a posição de diretor escolar de modo sistêmico como visto nas abordagens de administração escolar do tipo empresarial, defendidas por autores nas décadas de 60 e 70.
 Podemos concluir, que os desafios para uma administração escolar mais justa e participativa são muitos, os pontos principais destacados e queixas destes profissionais são legítimas e justificáveis; a gestão democrática portanto depende tanto da consciência participativa de todos os setores que atuam em torno do campo educativo, depende também do profissional: diretor escolar em ceder espaço e compartilhar ideias e responsabilidades entre todos e também dependeria de incentivo por conta do Estado para que isso se efetive na prática.
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REFERÊNCIAS: 
GAIA, Célia. Célia Gaia, Eurípedes Ronaldo Ananias Ferreira.CRC- Fundamentos e métodos da gestão escolar. Batatais, SP : Claretiano, 2013.
ABDIAN, Graziela Zambão; OLIVEIRA, Maria Eliza Nogueira; JESUS, Graziela de. EDUCAÇÃO & REALIDADE- Função do Diretor na Escola Pública Paulista: mudanças e permanências. v.38, n.3, p.977,998- Porto Alegre- RS, 2013.
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