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Simulado ENEM SAS - Humanas e Natureza

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1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O 
ALUNO: 
a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, 
MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem 
como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE-
LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE 
QUALQUER ESPÉCIE;
b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levan-
do consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CAR-
TÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido;
c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer 
participante do processo de aplicação das provas;
d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal;
f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que 
desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE 
CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CON-
SULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante 
a realização da prova, o aluno será submetido à re-
vista por meio de DETECTOR DE METAL.
2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, 
numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira:
a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área 
de Ciências Humanas e suas Tecnologias;
b) as questões de número 46 a 90 são relativas à 
área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão 
registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, 
comunique-a imediatamente ao aplicador.
4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o car-
tão-resposta, o qual será o único documento válido para 
a correção da prova.
5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOS-
TA. Ele não poderá ser substituído.
6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 
opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas 
uma responde corretamente à questão. Você deve, por-
tanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A 
marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a 
letra correspondente à opção escolhida para a resposta, 
preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, 
com caneta esferográfica de tinta azul ou preta.
8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-
-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no 
CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu 
CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda 
assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala.
10. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e 
trinta minutos.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
CH – 1o dia | Página 2
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 1 a 45
QUESTÃO 1
Nas sociedades tupis, verificava-se, segundo as teses de 
vários antropólogos, uma predominância do sistema religioso 
sobre o sistema social, que condicionava e impregnava todas 
as atividades dessas comunidades. Os estudos efetuados 
demonstram a existência de uma grande homogeneidade 
relativa ao discurso cosmológico, aos temas míticos e à vida 
religiosa dos povos tupis-guaranis, que atravessava séculos 
e milhares de quilômetros de distância.
COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do 
povoamento a finais de quinhentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 111.
De acordo com o trecho, pode-se inferir que
 A as sociedades nativas estavam estruturadas em padrões 
coletivistas, onde a divisão do trabalho era orientada pela 
equação sexo/idade.
 B as sociedades primitivas desenvolviam padrões 
politeístas animistas, nos quais a liderança religiosa era 
coletivizada pelos líderes. 
 C as sociedades tupis foram condicionadas ao coletivismo 
apoiadas nas crenças cosmogônicas, explicadas por seu 
sistema mítico religioso.
 D as sociedades ameríndias da América do Sul desenvol-
viam sua vida religiosa distante de padrões comporta-
mentais que colocassem a esperança em uma vida futura.
 E as sociedades tupis-guaranis foram marcadas pela 
valorização de sua cultura religiosa, que se sobrepunha 
ao funcionamento da estrutura social.
QUESTÃO 2
O sistema de capitanias de mar e terra e a via diplomática 
revelaram-se incapazes de produzir os resultados desejados, 
ou seja, a eliminação da presença francesa na América do 
Sul. A manifesta insuficiência desse modelo para garantir 
o incontestável domínio português sobre o Brasil induziu o 
círculo governativo joanino a ponderar, no final da década 
de vinte, a adoção de soluções mais eficazes destinadas 
a assegurar a soberania lusitana sobre a totalidade do 
território americano que lhe pertencia, de acordo com o 
Tratado de Tordesilhas. No entanto, o monarca francês não 
lhe reconhecia legitimidade, exigindo, ironicamente, que lhe 
mostrassem a cláusula do testamento de Adão que o excluía 
da partilha do mundo.
COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do 
povoamento a finais de quinhentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 227.
A respeito do processo de implantação da empresa 
colonizadora na América portuguesa, pode-se identificar que
 A o sistema de capitanias trouxe resultados econômicos 
ineficazes, contudo possibilitou o povoamento.
 B a divisão em unidades administrativas remontou à África 
portuguesa no Hemisfério Sul e permitiu a supremacia 
lusitana nos trópicos.
 C a implantação da administração colonial, muito embora 
criticada por outros estados europeus, manteve-se por 
meio de acordos diplomáticos.
 D o modelo de colonização implantado na América 
portuguesa teve sua legitimidade contestada pelo 
contexto mercantilista internacional.
 E o sistema de capitanias liderado por investidores 
particulares conseguiu harmonizar os interesses da 
Coroa portuguesa com a Igreja.
QUESTÃO 3
Parece-me gente de tal inocência que, se homem os 
entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque 
eles não têm nem entendem nenhuma crença, segundo 
parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de ficar 
aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, 
segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fazerem-se 
cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso 
Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de 
boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer 
cunho que lhes quiserem dar.
Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 
1o de maio de 1500.
Sobre o texto apresentado e o período histórico em que foi 
escrito, pode-se inferir que
 A os portugueses viam os nativos como superiores em 
seus valores morais.
 B inexistiam preocupações econômicas dos lusos em 
relação à nova terra.
 C o autor formula juízos de valor sobre os índios a partir de 
sua própria cultura.
 D os interesses religiosos lusos eram incompatíveis com a 
catequese cristã.
 E os nativos não possuíam crenças religiosas.
CH – 1o dia | Página 3
QUESTÃO 4
Os deuses, de fato, existem, e é evidente o conhecimento 
que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das 
pessoas, essa não existe: as pessoas não costumam 
preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem 
rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui 
aos deuses os falsos juízos dessa maioria. Com efeito, os 
juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em 
noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que 
eles causam os maiores malefícios aos maus e os maiores 
benefícios aos bons. Irmanados pelas suas próprias virtudes, 
eles só aceitam a convivência com os seus semelhantes e 
consideram estranho tudo que seja diferente deles.
EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. deA. Lorencini e E. del Carratore. 
São Paulo: Editora da UNESP, 2002. p. 25-27.
A filosofia epicurista está relacionada a
 A formular questões filosóficas a respeito do Princípio do 
Universo.
 B negar o medo da morte buscando a tranquilidade da alma.
 C pregar o ateísmo como forma de libertação para os 
prazeres carnais.
 D defender a rígida separação entre o mundo ideal e o 
mundo material.
 E aceitar a devoção religiosa moderada como indispensável 
à felicidade.
QUESTÃO 5
Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, 
porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e 
aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo 
como se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o 
serviço. Por isso, é necessário comprar cada ano algumas 
peças e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas. 
E porque comumente são de nações diversas, e uns mais 
boçais que outros, e de forças muito diferentes, se há de 
fazer a repartição com reparo e escolha, e não às cegas.
No Brasil, costumam dizer que, para o escravo, são 
necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que 
comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, 
contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer 
e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer 
causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de 
muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se 
não usa nem com os brutos animais [...]. 
ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 3. ed. 
Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. p. 89. (Coleção Reconquista do Brasil). 
No fragmento sobre a escravidão no Brasil, o autor
 A minimiza a importância do trabalho escravo na economia.
 B ressalta a inferioridade religiosa dos negros.
 C assegura que as punições evitavam a desobediência dos 
escravos.
 D enfatiza as boas condições de alimentação dos cativos.
 E sugere que os senhores, às vezes, exageravam nos 
castigos físicos.
QUESTÃO 6
Texto 1
Acaso não seria uma defesa adequada dizermos que 
aquele que verdadeiramente gosta de saber tem uma 
disposição natural para lutar pelo Ser. E não se detém em 
cada um dos muitos aspectos particulares que existem na 
aparência, mas prossegue sem desfalecer nem desistir da 
sua paixão, antes de atingir a natureza de cada Ser em 
si, pela parte da alma à qual é dado atingi-lo – pois a sua 
origem é a mesma. Depois de se aproximar e de se unir ao 
verdadeiro, poderá alcançar o saber e viver e alimentar-se de 
verdade, e assim cessar o seu sofrimento; antes disso, não? 
República, 490b. 
Texto 2
Da mesma maneira, quando alguém tenta, por meio da 
dialética, sem se servir dos sentidos e só pela razão, alcançar a 
essência de cada coisa, e não desiste antes de ter apreendido 
só pela inteligência a essência do bem, chega aos limites 
do inteligível, tal como aquele chega então aos do visível. 
República, 532 a-b. 
PLATÃO. A república. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. 
Com base nos textos e nas doutrinas de Platão, pode-se 
inferir que
 A o mundo sensível é a base do conhecimento verdadeiro.
 B a razão é a única capaz de atingir a essência das coisas.
 C o conhecimento verdadeiro não é possível aos homens.
 D a verdade é relativa e dependente da perspectiva 
individual.
 E o Ser e a aparência são idênticos entre si.
QUESTÃO 7
Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude 
em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes [...]. Do Direito 
Civil, quero que saibas de cor os belos textos e que os compare 
com a Filosofia. Enquanto ao conhecimento das coisas da 
natureza, quero que a isso te entregues curiosamente [...] 
depois [...] revisita os livros dos médicos gregos, árabes 
e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e 
por frequentes anatomias adquire perfeito conhecimento 
do outro mundo [o microcosmos] que é o homem.
RABELAIS, François. Pantagruel, 1532. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos 
de História. v. 11. Lisboa: Plátano, 1976. 
O contexto cultural da Europa no qual o autor e seu texto 
estão inseridos caracterizava-se 
 A pelo controle pleno sobre a atividade intelectual por parte 
da Igreja Católica.
 B pela emergência de um saber laico e antropocêntrico em 
vários centros urbanos.
 C pelo desprezo ao pensamento científico e experimental 
em detrimento da teologia.
 D pela difusão do pensamento iluminista entre os setores 
populares.
 E pelo declínio das disciplinas humanistas nas universidades.
CH – 1o dia | Página 4
QUESTÃO 8
Oh! Se pudessem falar as ruas e os becos das cidades 
e povoações do Brasil! Quantos pecados publicariam, quem 
cobre a noite e não descobre o dia! [...] “Porque ainda a pena 
treme e pasma de os escrever” (Economia cristã dos senhores 
no governo dos escravos, 1700). Por essas e outras, Frei 
Vicente do Salvador, [...], disse que não vingou por aqui o 
nome Terra de Santa Cruz que lhe deram em 1500. Para o 
Frei, fora tudo obra do diabo, que, empenhado em remover 
o nome cristão da terra, trabalhou para que triunfasse outro 
nome, no caso, o de um “pau de cor abrasada e vermelha”, 
mais adequado aos seus propósitos.
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Casa da Palavra, 2013. p. 270.
Sobre a construção de uma memória acerca da denominação 
Brasil, pode-se inferir que
 A a substituição do nome sagrado pelo nome da madeira 
“profana” revelava a condição de funcionalidade 
mercantilista da terra, atrelada à moralidade dos 
povoadores.
 B a fabricação do nome que deu origem à nossa terra vai 
além das razões de natureza econômica, firmando-se 
nos padrões de crença e moral.
 C a definição da nomeação do referido país traduz a 
harmonia entre a natureza mercantilista da terra e a 
construção de uma memória religiosa.
 D a estruturação de uma sociedade nos trópicos transferiu 
um patrimônio cultural que fez a nação ser a responsável 
em denominar a terra.
 E a implantação de uma memória coletiva sobre a histórica 
nomeação da terra está em volta da construção de uma 
nova nação.
QUESTÃO 9
As origens da capoeira se perdem nas noites dos tempos. 
Durante decênios, praticantes e estudiosos deram créditos a 
versões sem nenhum fundamento, como a de que o berço 
da capoeira era Palmares, e que era a arma dos escravos 
fugitivos. Estudos atuais apontam a hipótese mais provável 
de que ela foi o somatório de diversas danças rituais, 
praticadas em um amplo arco da África que abasteceu os 
navios negreiros e que se encontram no ambiente específico 
da escravidão brasileira. Registros documentários de Angola, 
na era da escravidão, revelam práticas lúdicas e marciais 
tradicionais muito parecidas com a capoeira que chegou 
com os navios negreiros. Desta forma, a capoeira seria um 
mosaico formado por diversas danças africanas ancestrais, 
que se teriam amalgamado em definitivo na terra americana.
FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para os ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Casa da Palavra, 2013. p. 75.
Sobre as origens da capoeira, pode-se afirmar que 
 A é impreciso estabelecer padrões afirmativos orientados 
por exatidões históricas ou metodológicas, pois a 
manifestação afro-brasileira está em construção.
 B é resultado de um multiculturalismo étnico, que aproxima 
a Europa da África e revisita uma cultura em formação 
no Brasil.
 C é consequência de uma combinação de ritmos e 
manifestações culturais africanas que se adaptaram à 
realidade específica da escravidão no Brasil.
 D é importante, na gênese da referida manifestação, 
salientarmos a influência angolana, pois os documentos 
provam essas relações.
 E é fundamental constatarmos que essa manifestação 
afro-brasileira está associada à cultura de resistência 
fabricada nos quilombos.QUESTÃO 10
Falou o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo-lhes: “Dizei 
aos filhos de Israel: são estes os animais que comereis de 
todos os quadrúpedes, que há sobre a Terra: todo que tem 
unhas fendidas, e o casco divide em dois e rumina, entre os 
animais, esse comereis.
[...]
Destes, porém, não comereis: [...] também o porco, 
porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não 
rumina [...], da sua carne não comereis, nem tocareis no seu 
cadáver [...].” 
Levítico 11: 1-4, 7-8.
Ao longo de sua história e formação como povo, os judeus 
observaram diversas leis dietéticas que não eram encaradas 
apenas como mandamento religioso, mas também como 
regulamento sanitário. A proibição quanto ao consumo da 
carne de porco atesta
 A a crença entre os judeus de que esse animal é imundo 
(impuro).
 B um sinal da rejeição desse alimento nas sociedades 
antigas.
 C a impossibilidade de se criar porcos nas áridas terras do 
Oriente Médio.
 D o desconhecimento da existência desse animal pelos 
antigos judeus.
 E o caráter sagrado desse animal na perspectiva da religião 
judaica.
CH – 1o dia | Página 5
QUESTÃO 11
O Oriente Próximo é a encruzilhada milenar que assinala, 
na Antiguidade, o encontro de diferentes povos e diversas 
culturas. É nesse cadinho histórico de raças e civilizações 
que mergulham fundo as raízes de nossa civilização 
ocidental. Aí encontramos, com efeito, senão os primeiros 
homens, as primeiras grandes realizações que revelam 
ter o ser humano atingido um nível elevado de civilização: 
a vida urbana, a escrita, a organização estatal, o culto 
religioso altamente desenvolvido, as atividades científicas 
(Astronomia, Medicina, Matemática) e artísticas, a vida 
econômica intensa etc. De todas essas manifestações, 
herdaram as civilizações clássicas e, por meio das mesmas, 
herdou a nossa civilização preciosos legados.
GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1969. p. 53.
Entre os principais legados dos povos da Antiguidade 
Oriental (ou Crescente Fértil) para nossa civilização, pode-se 
apontar
 A o desenvolvimento do pensamento filosófico egípcio 
ancorado na razão e na lógica.
 B o alfabeto, derivado do sistema de escrita dos 
navegadores fenícios.
 C a noção de democracia e da participação dos caldeus 
nos processos políticos.
 D o monoteísmo religioso dos persas, fundamento para a fé 
cristã ocidental.
 E o conhecimento e as técnicas náuticas aperfeiçoadas 
pelos hebreus.
QUESTÃO 12
Mais de 200 municípios baianos estão em situação de 
emergência por causa da seca. A estiagem é tão forte que, 
no município de Canudos, as ruínas da histórica aldeia de 
Antônio Conselheiro reapareceram. A região foi inundada 
há mais de quatro décadas para a construção do açude 
Cocorobó.
Quando Canudos foi inundada, há 44 anos, o Brasil era 
governado pelos militares; e, naquela época, sociólogos, 
historiadores e intelectuais brasileiros reagiram revoltados, 
alegando que um episódio triste e polêmico da nossa história 
estava sendo encoberto, apagado para sempre. Era difícil 
imaginar que um dia a seca fosse revelar o que sobrou da 
velha cidade. O cenário da guerra foi apagado, mas o da 
seca está preservado. Na região, nada mudou entre os dias 
atuais e os tempos de Conselheiro e seus seguidores.
Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/04/seca-faz-ruinas-de- 
aldeia-alagada-reaparecerem-em-canudos-ba.html>.
Canudos foi um movimento social que ocorreu no sertão 
baiano, na década de 1890, e que resultou em uma das 
maiores guerras do início da república no Brasil. A Guerra 
de Canudos, como ficou conhecida, tornou-se símbolo 
da resistência sertaneja aos desmandos dos coronéis. 
As ruínas da cidade foram reconhecidas pelo Instituto do 
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e devem 
ser analisadas como
 A patrimônio imaterial, com a constituição de arquivos de 
peças museológicas.
 B patrimônio imaterial, desenvolvendo sítios arqueológicos 
em áreas de preservação cultural.
 C patrimônio material, pois apresentam expressões 
próprias e técnicas de um grupo social extinto há mais 
de um século.
 D patrimônio material, com fortes traços de uma cultura 
africana vislumbrada na culinária do povo local.
 E patrimônio material, retratando objetos arqueológicos e 
paisagísticos do sertão baiano.
QUESTÃO 13
Agora, são sete terreiros de candomblé protegidos 
pelo IPHAN, o que reafirma a postura da instituição na 
consolidação de um conceito sobre o Patrimônio Cultural, 
que inclui todas as manifestações que contribuíram para 
a formação da identidade nacional ao longo dos séculos 
e envolve a sociedade na gestão deste patrimônio. [...] Os 
terreiros já tombados pelo IPHAN são Casa Branca, Ilê Axé 
Opô Afonjá, Gantois, Alaketu e Bate-folha, em Salvador, na 
Bahia e a Casa das Minas Jejê, em São Luís (MA).
A solicitação de tombamento do Ylê Axé Oxumarê – 
considerado um dos mais antigos centros de culto afro-
-brasileiro da Bahia e de grande reconhecimento social 
– foi feita em 18 de setembro de 2002, pelo sacerdote 
Babalorixá Agoensi Danjemin, supremo dirigente do Ylê 
Oxumarê. O Babá Pecê do Terreiro, Silvanilton Encarnação 
da Mata, ressaltou que a proteção é um reconhecimento 
da contribuição do povo africano, que trouxe e deixou, no 
Brasil, seu conhecimento, sua cultura e seu legado. Para 
o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio 
Afro-Brasileiro da Fundação Palmares, Alexandre Reis, o 
tombamento reafirma o momento histórico vivido no país 
onde se consolidam as políticas de ações afirmativas pelo 
poder público e sociedade na superação das desigualdades. 
Na mesma linha, a senadora Lídice da Mata ressaltou os 
avanços frente às políticas culturais de igualdade racial 
e celebrou, ainda, o tombamento do Teatro Castro Alves, 
também na Bahia. Só na cidade de Salvador, há mais de mil 
sedes de cultos afro-brasileiros.
Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18166&sigla= 
Noticia&retorno=detalheNoticia>. Acesso em: 30 jan. 2014.
O tombamento dos terreiros de candomblé no Brasil está 
relacionado ao seu reconhecimento como
 A geradores de renda para as comunidades marginalizadas.
 B referências religiosas comuns a todas as classes sociais.
 C símbolos de identidade e resistência cultural.
 D atrações turísticas tradicionais do país.
 E organizadores da vida política local.
CH – 1o dia | Página 6
QUESTÃO 14
R
ep
ro
du
çã
o
 Catedral de Saint Denis, França.
Essa oposição entre o alto e o baixo expressa na 
construção dos castelos fortificados e das catedrais é muito 
importante na Idade Média. Corresponde, evidentemente, à 
oposição entre o céu e a terra, entre “lá em cima” e “aqui 
em baixo”. É daí que vem a importância dada a elementos 
como a muralha e a torre. As igrejas medievais possuem, 
geralmente, torres extraordinárias. As casas dos habitantes 
ricos das aldeias também tinham torres [...].
LE GOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2007.
A imagem e o texto fazem alusão ao estilo arquitetônico 
medieval conhecido como
 A barroco.
 B gótico.
 C classicista.
 D românico.
 E rococó.
QUESTÃO 15
Foi comprovado que, em lares cuja incidência de Sol é 
maior, a ocorrência de quadros alérgicos, resfriados e gripes 
é menor. Isso porque o Sol assusta os ácaros e não favorece 
o aparecimento de fungos e bactérias. Assim, uma casa com 
muita luz natural tem muito mais valor, pois apresenta níveis 
de conforto e bem-estar considerados preciosos.
5
4 3
2 1
R
u
a
N
o
e
l
R
o
s
a
R
u
a
P
e
l
é
Rua Norte-Sul
23°27’ S
23°27’ N
Levando-se em consideração que o paralelo 23°27’ N corta 
o centro da RuaPelé e o paralelo 23°27’ S corta o centro 
da Rua Noel Rosa, o único imóvel da planta que não 
apresentaria, independente da estação do ano, condições 
adequadas para o bem-estar da população é o imóvel
 A 1.
 B 2.
 C 3.
 D 4.
 E 5.
QUESTÃO 16
O termo regionalizar pode ser entendido como a ação 
de dividir um determinado espaço em áreas menores, 
com características em comum para que estas sejam mais 
facilmente estudadas. Um país de proporções continentais 
como o Brasil necessita ser regionalizado para que possamos 
compreendê-lo adequadamente.
O mapa a seguir ilustra uma nova proposta de 
regionalização do Brasil defendida por alguns autores.
Essa nova regionalização passou a ser conhecida como
 A divisão geopolítica, na qual o principal critério de 
regionalização foi o “meio científico-polarizado”.
 B divisão por regiões naturais, na qual o principal critério 
de regionalização foi o “meio científico-informacional- 
-globalizado”.
 C divisão geoeconômica, na qual o principal critério 
de regionalização foi o “meio técnico-mecanizado- 
-industrializado”.
 D divisão dos quatro brasis, na qual o principal critério 
de regionalização foi o “meio técnico-científico- 
-informacional”.
 E divisão por regiões homogêneas, na qual o principal 
critério de regionalização foi o “meio técnico-científico- 
-conurbado”.
Região Amazônica
Região Nordeste
Região Centro-Oeste
Região Concentrada
SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início 
do século XXI. São Paulo: Editora Record, 2001.
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QUESTÃO 17
D
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Em um mundo cada vez mais globalizado, espanta-nos a ideia de que certas marcas mundialmente conhecidas não 
estejam ao alcance de todos que possuem condições de adquiri-las.
Um exemplo é a marca Coca-Cola, que volta a ser comercializada em Mianmar, após 60 anos de proibição. Assim, o 
refrigerante mais famoso do mundo só não é comercializado em dois países atualmente. 
Os países que não mantêm comércio direto com a multinacional norte-americana e os motivos para esse desacordo são, 
respectivamente,
 A Cuba e Iraque, devido a embargos comerciais dos Estados Unidos.
 B Cuba e Coreia do Norte, devido a embargos comerciais dos Estados Unidos.
 C Cuba e China, devido à grande influência de marcas nacionais nesses países.
 D Cuba e China, devido ao fato de ambos ainda serem países socialistas fechados.
 E Afeganistão e Iraque, devido aos conflitos contemporâneos com os Estados Unidos.
QUESTÃO 18
E não é preciso ser oráculo para intuir que a primeira nação a se aproximar e oferecer mediação seria a Grã-Bretanha, que 
de neutra não tinha nada: na verdade, pretendia manter sua primazia, assentando, ainda mais, sua incontestável influência 
na região. Seguindo essa orientação, a Inglaterra enviava um representante especial, sir Charles Stuart, com a missão de 
conseguir, em Portugal, os termos de negociação para a Independência do Brasil.
AZEVEDO, P. C.; COSTA, A. M.; SCHWARCZ, L. M. A longa viagem da biblioteca dos reis: 
do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 394.
Ao se analisar a mediação diplomática britânica, pode-se inferir que
 A a Independência do Brasil representava a libertação de mais um parceiro comercial que os ingleses pretendiam favorecer.
 B a relação diplomática liderada pela Inglaterra perante outras nações era a concretização dos ideais iluministas.
 C a mediação inglesa foi mais um capítulo do imperialismo britânico em fazer uso de seu corpo diplomático para ampliar o 
seu mercado de consumo.
 D a intervenção britânica foi orientada por um incontestável pioneirismo político, que colocava a referida potência como 
nação libertadora de colônias.
 E a atuação da Coroa britânica revelava mais que os seus interesses comerciais, demonstrava o desejo de cooperar com 
outras nações em formação.
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QUESTÃO 19
Podemos definir um bloco econômico como sendo uma 
integração de diversos países nos aspectos econômicos e 
sociais, visando ao seu desenvolvimento e ao maior poder 
de competição. Em um mundo globalizado, eles constituem 
expressivos espaços integrados de livre-comércio, sendo, 
muitas vezes, conhecidos como verdadeiros megamercados. 
Observe as imagens a seguir:
Área de influência
Área de influência
Países associados
Área de influência
0 6 010 km
0 6 010 km
0 6 010 km
A
B
C
COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral: espaço natural e 
socioeconômico. 4. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2008.
Existe um grande número de blocos econômicos, e as figuras 
A, B e C mostram três dos maiores e mais influentes blocos 
da atualidade. Assinale a alternativa que relaciona, identifica 
e caracteriza corretamente um dos blocos apresentados.
 A O mapa A retrata a ALCA (Acordo de Livre-Comércio das 
Américas), que, atualmente, engloba todos os países da 
América, exceto Cuba e Brasil.
 B O mapa C apresenta o NAFTA (Acordo de Livre-Comércio 
da América do Norte), composto por Estados Unidos, 
Canadá, México, Chile e, atualmente, Japão e Austrália.
 C Ainda que não apareça destacado, o MERCOSUL 
(Mercado Comum do Sul) encontra-se dentro da área 
de influência da CAN, sendo assim considerado parte 
indireta do bloco. 
 D A União Europeia, que pode ser vista no mapa B, 
encontra-se em um estágio de desenvolvimento mais 
avançado, conhecido como União Política e Militar, e 
suas ações já são visíveis em vários países africanos em 
destaque no mesmo mapa.
 E No mapa C, encontra-se a APEC (Associação de 
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), que é um 
bloco econômico formado por 21 países. Muitos acreditam 
que ele poderá ser o maior bloco do século XXI, visto que 
concentra economias dinâmicas e expressivas.
QUESTÃO 20
Antes mundo era pequeno
Porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande
Porque Terra é pequena
Do tamanho da antena
Parabolicamará.
Parabolicamará, de Gilberto Gil.
A música de Gilberto Gil reflete uma realidade mundial 
pós-1990, advinda da evolução técnico-científica, que 
ocasionou
 A uma maior integração econômica entre países do norte 
e países do sul, fato este que reduziu as disparidades 
socioeconômicas.
 B uma revolução dos meios de produção, na qual ocorreu o 
uso de máquinas a vapor e uma evolução do pensamento 
ecológico global.
 C um processo de urbanização rápido e desordenado em 
países do norte.
 D uma redução tempo-espacial, na qual houve uma maior 
integração espacial pelos transportes e comunicações 
mais eficientes.
 E uma ampliação dos meios de comunicação, eliminando 
os conflitos étnico-nacionalistas e religiosos.
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No contexto do Período Colonial brasileiro, as expedições representadas no mapa 
 A contribuíram para a ampliação dos limites territoriais lusos no Brasil.
 B relacionavam-se à defesa das fronteiras contra invasões estrangeiras.
 C eram patrocinadas pelo Estado português contra expedições particulares.
 D tiveram papel decisivo no êxito da catequese indígena. 
 E propiciaram o desenvolvimento da urbanização da Região Amazônica.
QUESTÃO 21
Bandeiras e expedições de apresamento (1500-1720)
Adaptado de: MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 13.
LEGENDA
Expedições de resgate
e apresamento dos guarani,
1550-1635 (por mar)
Rio Am
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s
R
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Rio 
Paraguaçu
Belém
Natal
Recife
Salvador
Rio de Janeiro
Rio Grande
Santos
Rio Tietê
Laguna
Missões
do Tape
Sertão
dos Goiazes
Sertão
do Piauí
Sertão
do Açu
Sertão do 
ParaupabaSertão do 
Mato Grosso
Missões
do Guaira
Missões
do 
Paraguai
Sertãodos 
Cataguases
Sertão
dos Patos
Rio da Prata
São Paulo
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Rio Pardo
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 P
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Expedições de resgate
e apresamento dos guarani,
1585-1641 (por terra)
Expedições de apresamento
de outros grupos,
sobretudo pós-1640 
Expedições de mercenários 
paulistas nas guerras do
Nordeste, 1658-1720
Rota aproximada da expedição
de Raposo Tavares, 1648-1651
Rota da expedição
de Sebastião Pais de Barros,
1671-1674
Rio Pa
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Rio Doce
Rio Paranapanema
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Rio Iguaçu 
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Meridiano de Tordesilhas
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QUESTÃO 22
No ano de 679 da fundação da cidade [...], 74 gladiadores 
fugiram da escola de Cneus Lentulus. Imediatamente, sob 
a chefia dos gauleses Crixus e Oenomaus, e do trácio 
Espártaco, apoderaram-se do Monte Vesúvio, [...] depois 
descrevendo um vasto movimento circular por Consentia 
e Metaponto, em pouco tempo juntaram uma tropa. Com 
efeito, era uma massa de 10 mil homens que se atribui a 
Crixus, e a Espártaco um efetivo triplo [...].
Mal Crasso iniciara o combate contra os escravos 
fugitivos, matou 6 mil e capturou 900. Em seguida, antes de 
atacar o próprio Espártaco [...], destruiu seus companheiros 
celtas e germanos, matando 30 mil homens com seus chefes. 
Acabou travando uma batalha cerrada contra o próprio 
Espártaco, destruindo forças consideráveis de escravos que 
o acompanhavam. Os outros, que tinham passado através 
das malhas desta guerra, vagaram sem rumo e acabaram 
por cair nas muitas armadilhas que lhes fizera uma multidão 
de generais, e foram esmagados.
Histórias, de Paulo Orósio.
O texto apresentado aborda
 A uma rebelião de escravos na Sicília, sob o comando 
de Espártaco, que, por longo tempo, resistiu aos 
ataques do Exército romano, mas acabou, finalmente, 
esmagada.
 B uma greve dos soldados romanos na região da Gália, 
os quais paralisaram suas atividades como forma de 
pressão pela obtenção de melhores salários.
 C uma rebelião popular em Roma contra a derrubada do 
Primeiro Triunvirato e a ascensão de Júlio César ao poder 
como ditador.
 D a formação de uma aliança militar entre gauleses, trácios 
e germanos com o objetivo de conquistar Roma e destruir 
seu poderoso império.
 E uma revolta da plebe romana, que reivindicava leis 
capazes de estabelecer a igualdade jurídica/civil entre 
patrícios e plebeus.
QUESTÃO 23
Funcionário da soberania ou louvador da nobreza 
guerreira, o poeta é sempre um “mestre da verdade”. Sua 
“verdade” é uma “verdade” assertórica [afirmativa]: ninguém 
a contesta, ninguém a contradiz. “Verdade” fundamental, 
diferente da nossa concepção tradicional, alétheia [verdade] 
não é a concordância da proposição e de seu objeto, nem a 
concordância de um juízo com outros juízos; ela não se opõe 
à “mentira”; não há o “verdadeiro” frente ao “falso”. A única 
oposição significativa é a de alétheia [verdade] e de léthe 
[esquecimento]. Nesse nível de pensamento, se o poeta está 
verdadeiramente inspirado, se seu verbo se funda sobre um 
dom de vidência, sua palavra tende a se identificar com a 
“verdade”.
DETIENNE, Marcel. Os mestres da verdade na Grécia Arcaica. Trad. Andréa Daher. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. p. 23.
As narrativas expressas pelos mitos gregos
 A fundamentavam-se em critérios racionais e lógicos.
 B destacavam a atuação dos homens na vida política.
 C baseavam-se em noções cronológicas precisas.
 D eram verdades evidenciadas pela autoridade do poeta.
 E possuíam teor crítico aos valores sociais vigentes.
QUESTÃO 24
Texto 1
Voltei nos braços do povo. A campanha subterrânea dos 
grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais [...] 
Quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas 
riquezas através da Petrobrás; mal ela começa a funcionar, 
a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada 
até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. 
Não querem que o povo seja independente. 
Carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954.
 DEL PRIORE, Mary et al. Documentos de história do Brasil: de Cabral aos anos 90. 
São Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99. 
Texto 2
O Estado começou a ser transformado para tornar-se mais 
eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços de melhor 
qualidade à população. [...] Fui escolhido pelo povo [...]. Para 
continuar a construir uma economia estável, moderna, aberta 
e competitiva. Para prosseguir com firmeza na privatização. 
Para apoiar os que produzem e geram empregos. E assim 
recolocar o país na trajetória de um crescimento sustentado, 
sustentável e com melhor distribuição de riquezas entre os 
brasileiros. 
Discurso de posse do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2 de janeiro de 1999.
 CARDOSO, F.H. Por um Brasil solidário. 
O Estado de S. Paulo, 2 jan. 1999.
A atuação do Estado no Brasil difere nos governos de Gétulio 
Vargas e Fernando Henrique Cardoso (FHC), uma vez que
 A para Vargas, ao Estado cabia explorar as riquezas 
nacionais, base para a construção de uma nação forte; 
para FHC, ao Estado cabe estimular os investimentos 
privados, que inserem o país na economia internacional.
 B para Vargas, o Estado tinha a função de organizar os 
trabalhadores em sindicatos internacionais; para FHC, o 
Estado situa-se acima das classes sociais, estando assim 
impossibilitado de intervir nas questões trabalhistas.
 C Vargas concebia um Estado capaz de promover a aliança 
entre a burguesia nacional e a burguesia internacional; 
FHC concebe um Estado independente em relação aos 
diferentes grupos econômicos.
 D Vargas estimulou a criação de empresas privadas com 
capital nacional em substituição às empresas públicas; 
FHC defende a privatização das empresas estatais como 
meio de manter a estabilidade da economia.
 E Vargas estimulou a livre penetração de capitais 
estrangeiros no Brasil; FHC estabeleceu medidas 
protecionistas que reforçaram a política de industrialização 
e a defesa dos interesses nacionais.
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QUESTÃO 25
O cadáver era assim tratado geralmente: primeiro 
extraíam-lhe o cérebro pelas fossas nasais, com o auxílio 
de um gancho de metal; depois, com uma faca de pedra, 
faziam-lhe a incisão da barriga, tirando-lhe os intestinos (o 
que muitas vezes, provavelmente, fazia-se pelo ânus), que 
eram colocados nos chamados “canopos” (bilhas ou vasos); 
finalmente, era extraído o coração e substituído por um 
escarabeu de pedra. Seguia-se uma boa lavagem externa 
e uma “salgação”, onde o cadáver ficava mais de um mês. 
Por fim, era novamente secado – o que, segundo algumas 
notícias, levava até setenta dias.
[...] O corpo ficava em posição deitada com as mãos 
cruzadas sobre o peito ou com os braços estendidos ao longo 
do corpo. Os cabelos eram geralmente cortados curtos, nas 
mulheres, muitas vezes, deixados compridos e lindamente 
ondulados. O púbis era rapado. Para evitar a deformação, 
recheavam o corpo de argila, areia, resinas, serragem, rolos 
de pano de linho, adicionando a tudo isso drogas aromáticas 
e, singularmente, cebolas. Até os seios das mulheres eram 
recheados.
CERAM, C. W. Deuses, túmulos e sábios. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979. p. 155-156.
O fragmento descreve o processo de mumificação dos 
corpos, prática que, no contexto da antiga sociedade egípcia, 
significava
 A a crença na vida após a morte, no julgamento da alma 
e na possibilidade de esta retornar para buscar o corpo, 
que deveria estar conservado.
 B o desprezo pela vida além-túmulo, umavez que a 
conservação do corpo era uma forma de a família 
preservar o ente querido junto de si.
 C uma oportunidade para se estudar e aperfeiçoar o 
conhecimento sobre o corpo humano, sendo tal processo 
destituído de significado mítico.
 D uma forma de proporcionar aos escravos, ainda que na 
morte, o mesmo tipo de tratamento dado às camadas 
privilegiadas.
 E a afirmação do poder temporal dos reis ou faraós sobre o 
poder espiritual dos deuses, uma vez que a preservação 
do corpo desafiava as leis naturais.
QUESTÃO 26
No início do século V a.C., a plebe romana experimentava 
um significativo crescimento, e sua importância econômica 
cada vez mais se ampliava. Os patrícios, então, aumentaram 
os impostos e exigiram maior participação da plebe nas legiões 
do Exército romano. Em 494 a.C., os plebeus retiraram-se 
de Roma e concentraram-se no Monte Sagrado, também 
conhecido como Monte Aventino, recusando-se a defender 
a cidade em caso de guerra. Pressionados por tal decisão, 
os patrícios foram obrigados a fazer concessões à plebe.
O fragmento faz referência aos conflitos sociais entre 
patrícios e plebeus na Roma antiga que
 A resultaram na conquista, pelos plebeus, de leis que 
estabeleceram o princípio da igualdade civil na sociedade 
romana.
 B tiveram como principal causa a exploração da plebe nos 
serviços compulsórios prestados às legiões romanas.
 C desencadearam conquistas que permitiram à plebe a 
obtenção de uma situação de igualdade econômica com 
o patriciado.
 D produziram uma guerra civil que trouxe instabilidade 
política ao jovem regime republicano romano.
 E levaram à gradativa eliminação das instituições políticas 
que legitimavam o sistema escravista de produção.
QUESTÃO 27
Se a data da abolição, 13 de Maio de 1888, marca, 
no Brasil, o fim do predomínio agrário, o quadro político 
instituído no ano seguinte quer responder à conveniência 
de uma forma adequada à nova composição social. 
Existe um elo secreto estabelecendo, entre esses dois 
acontecimentos e numerosos outros, uma revolução lenta, 
mas segura e concertada, a única que, rigorosamente, temos 
experimentado em toda a nossa vida nacional. A grande 
revolução brasileira [...] é antes um processo demorado [...].
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 171.
Pode-se afirmar, a respeito das fases históricas que pontuam 
os processos de transformação na sociedade brasileira, que
 A a abolição representou a ruptura que permitiu a inserção 
de grupos marginalizados na construção de uma nova 
cidadania.
 B a abolição permitiu que o término da unilateralidade 
latifundiária fosse subjugado pela construção de uma 
sociedade industrial em expansão.
 C a abolição foi o acelerador para a implantação republicana, 
simbolizando a primeira grande transformação que 
possibilitou o aparecimento de novos protagonistas.
 D a abolição e a república podem ser vistas como peças de 
um mosaico revolucionário, fruto de um novo ritmo que 
potencializa transformações. 
 E a abolição e a república fazem parte da composição 
de marcos históricos, que representam a lentidão em 
processos de ruptura política e inserção social.
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QUESTÃO 28
Texto 1
A base da mão de obra do Antigo Egito eram os 
camponeses, maioria absoluta da população. Viviam em 
aldeias, pagavam impostos ao Estado (em certos casos, 
a um templo ou senhor que tivesse imunidade fiscal) em 
forma de cereais, linho, gado e outros produtos, e também 
se prestavam a corveias ou trabalhos forçados, a nível local 
(obras de irrigação) ou nas obras públicas.
Texto 2 
Sem dúvida, porém, o principal tipo de trabalhador 
no feudalismo eram os servos. Contudo, não é fácil 
acompanhar a passagem da escravidão para a servidão. Ela 
cedeu lentamente, com variações regionais, mas sempre 
acompanhando o caráter cada vez mais agrário da sociedade 
ocidental. De fato, com a atrofia da economia mercantil, era 
mais difícil recorrer-se à mão de obra escrava (caso em que 
o trabalhador é mercadoria) ou assalariada (caso em que 
a força de trabalho é mercadoria). Assim, apresentava-se 
como solução natural a mão de obra servil, isto é, produtores 
dependentes, sem liberdade de locomoção (como tem um 
assalariado), mas que escapavam à arbitrariedade de um 
senhor (que atingia o escravo).
Analisando os textos, que tratam das relações de trabalho no 
Antigo Egito e no mundo feudal, pode-se afirmar que
 A tanto no Egito como na Europa Medieval, a figura de um 
Estado forte e centralizado controlava as relações de 
trabalho e a produção.
 B o desenvolvimento de uma sólida atividade comercial/
urbana proporcionou condições para as relações de 
trabalho descritas no texto 2.
 C o texto 1 descreve as relações de trabalho no modo de 
produção asiático, que vigorou no Antigo Egito, onde o 
Estado era o dono dos meios de produção.
 D o texto 2 enfoca o modo de produção feudal, estruturado 
sobre uma economia monetária e intensa atividade 
mercantil.
 E tanto o texto 1 como o texto 2 apresentam relações de 
trabalho que se fundamentavam na posse coletiva da 
terra e na comercialização dos enormes excedentes 
agrícolas.
QUESTÃO 29
Protestos na Ucrânia
A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois 
que o governo desistiu de assinar, em 21 de novembro de 
2013, um acordo de livre-comércio e associação política com 
a União Europeia, alegando que decidiu buscar relações 
comerciais mais próximas com a Rússia. [...] Em 24 de 
novembro, milhares de ucranianos favoráveis à adesão à 
União Europeia tomaram as ruas de Kiev para exigir que 
o presidente voltasse atrás na decisão e retomasse as 
negociações com o bloco. Manifestantes tentaram romper o 
cordão policial em frente à sede do governo e atiraram pedras 
contra a polícia, que respondeu com golpes de cassetete e 
bombas de gás.
Disponível em: <http://www.g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/entenda-os- 
protestos-na-ucrania.html>.
O processo desencadeado na Ucrânia está ligado a questões 
históricas, culturais e econômicas, sobre as quais, deve-se 
inferir que
 A a Ucrânia conseguiu manter-se distante do regime da 
União Soviética durante a Guerra Fria e, nesse momento, 
encontra-se dependente do regime russo, o que a afasta 
de suas raízes culturalmente ocidentais.
 B os protestos devem ser compreendidos no âmbito étnico- 
-cultural, no qual uma parcela significativa da população, 
pró-ocidente, reivindica melhorias econômicas e maior 
democracia, apoiando a decisão do presidente ucraniano.
 C a forte dependência comercial da Ucrânia em relação à 
Rússia, que é destino de grande parte de seus produtos, 
e, principalmente, a questão do gás fornecido pela Rússia 
foram usados por esta para boicotar o acordo entre União 
Europeia e Ucrânia, fato que provocou os protestos 
ucranianos.
 D os protestos iniciados na Ucrânia em 2013 têm as 
mesmas motivações da chamada Revolução Laranja de 
2004, que tinha Yulia Tymoshenko como figura importante 
da chamada Revolução Pró-Ocidente, mas esta chegou 
à presidência do país e se corrompeu junto aos russos.
 E o desmantelamento da antiga União Soviética, em 
1991, provocou uma série de protestos anti-Moscou que 
acentuou os problemas étnico-nacionalistas na Ucrânia. 
Dessa forma, a população que vive ao leste do país, 
de tradições ocidentais, é obrigada a se submeter aos 
valores culturais do oeste, de predominância russa, que é 
contrária ao acordo com a União Europeia.
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QUESTÃO 30
Brasileiros, está acabado o tempo de enganar os homens 
[...]. Então, as províncias meridionais do Brasil, coligando-se 
entre si e tomando a atitude majestosa de um povo que 
reconhece entre seus direitos os da liberdade e da própria 
felicidade, lançaram os olhos sobre mim, o Filhodo seu Rei, 
e seu amigo [...].
O manifesto de 1o de agosto, redigido por Gonçalves Ledo.
O manifesto passou a ser visto como palavras de Dom 
Pedro I, cuja produção foi influenciada
 A pela elite agrária brasileira que almejava uma 
independência sem grandes rupturas com a estrutura 
política metropolitana.
 B pelo conselheiro do rei, que acreditava que a 
independência deveria ser um ato que combinasse o 
conservadorismo e o liberalismo.
 C pelo próprio Estado português, que incentivava a 
autonomia do Brasil para que este, em meio à libertação, 
conservasse laços com a metrópole lusitana.
 D pela combinação de princípios iluministas com valores 
retrógrados de uma elite agrária, que pretendia adaptar- 
-se aos novos tempos sem perder privilégios.
 E pela tradição libertária dos portugueses, que, de forma 
revolucionária, alimentavam as colônias por meio de 
princípios racionalistas.
QUESTÃO 31
As pretensões aristocráticas dos brasileiros do século XIX 
estavam diretamente vinculadas à escravidão. O escravo era 
a sustentação de todos os pontos da modernidade que se 
queria instaurar, e foi através do comércio de mão de obra 
africana e da exploração de seu trabalho que se acumularam 
as maiores fortunas do Brasil. Eram eles “as mãos e os 
pés” dos senhores. Apesar de idealizados por arquitetos 
estrangeiros, a construção propriamente dita das casas das 
famílias ricas era trabalho de escravo. Era pela força física 
dos escravos que se recheavam as residências de objetos 
“civilizados”, inclusive do pesadíssimo piano. Escravos 
tocavam música e serviam aos convidados em banquetes, 
bailes e saraus. A abolição da escravidão, em 1888, foi o fim 
de muitos barões do café.
FIGUEIREDO, Luciano (org). História do Brasil para ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Casa da Palavra, 2013. p. 164.
De acordo com o trecho apresentado, compreende-se que a 
escravidão, enquanto regime de trabalho,
 A foi desvinculada de qualquer relação no universo produtivo 
que permitisse a construção de hierarquias sociais.
 B colaborou para a construção de um patrimônio 
material aristocrático, que, por sua vez, contribuiu 
para a construção de uma sociedade civilizada nos 
trópicos.
 C contribuiu para que as maiores fortunas fossem 
produzidas, servindo de sustento para que as ricas 
famílias começassem a pensar na abolição.
 D serviu para que os barões do café alcançassem a 
ascensão, o que permitiu que eles transferissem um 
legado para as futuras gerações.
 E por meio da abolição, gerou um novo ciclo socioeconômico, 
que teve início no Brasil, sepultando as estruturas 
produtivas ligadas ao campesinato.
QUESTÃO 32
Entre aproximadamente 1050 e 1250 [...], ocorreu 
uma revolução agrícola que alterou, de todo, a natureza e 
aumentou muitíssimo a produção dos campos da Europa. 
Um dos primeiros e mais importantes avanços na 
agricultura foi o emprego do arado pesado. [...] No decurso 
da Idade Média inicial, criou-se um arado bem mais pesado 
e eficiente, capaz de lavrar as terras do norte. Além disso, 
esse novo arado era dotado de novos componentes que lhe 
permitiam revolver os sulcos e arejar perfeitamente a terra. 
Os benefícios foram imensos. 
Ao emprego do arado pesado, ligou-se, de perto, a 
introdução da rotação de cultivos denominada sistema de 
três campos. 
Uma terceira inovação importante foi o emprego de 
moinhos. [...] Assim que os europeus dominaram a complexa 
tecnologia da construção de moinhos de água, voltaram a 
atenção para o aproveitamento da energia eólica: por volta 
de 1170, construíram seus primeiros moinhos de vento.
Outras inovações foram o carrinho de mão e a grade de 
destorroar, um implemento que era puxado sobre a terra, 
após a aradura, para aplainar a terra e misturar as sementes.
Adaptado de: BURNS, Edward M. História da civilização ocidental. 42. ed. 
São Paulo: Globo, 2003.
O fragmento faz referência às diversas inovações 
tecnológicas experimentadas pelos europeus na transição 
da Alta Idade Média (século V ao X) para a Baixa Idade 
Média (século XI ao XV). Tais inovações permitiram
 A o aumento da produção agrícola, a formação de 
excedentes, a retomada do comércio e a gradativa 
consolidação da classe burguesa.
 B o aumento da produção agrícola, assim como o 
fortalecimento do sistema feudal e das relações servis de 
produção.
 C o aumento da produção, a criação dos laços de suserania 
e vassalagem, e o declínio do poder da Igreja.
 D o aumento da produção, o declínio das atividades 
comerciais urbanas e o fortalecimento da nobreza.
 E o aumento da produção, a descentralização do poder 
político e o desaparecimento das relações escravistas de 
produção.
CH – 1o dia | Página 14
QUESTÃO 33
Mais que um recurso natural, mais que um artigo de 
exportação. O que se descobriu em Minas, depois de dois 
séculos de colonização, foi fortuna em estado puro. Ao 
contrário do que ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste, 
o metal extraído dos leitos dos rios mineiros não dependia 
da demanda internacional e suas oscilações de cotação: 
já vinham em forma de dinheiro, pronto para ser posto em 
circulação ali mesmo.
FIGUEIREDO, Luciano (org). História do Brasil para os ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: 
Casa da Palavra, 2013. p. 152.
Sobre o advento da mineração no Brasil Colonial, pode-se 
afirmar que
 A a febre do ouro enriqueceu um grupo seleto de 
particulares, ofuscando a sede cumulativa de estados 
metropolitanos.
 B a exploração aurífera representava a obtenção de riqueza 
monetária imediata, o que contribuía para o fortalecimento 
dos cofres dos estados recebedores.
 C o ciclo do ouro teve sua exuberância potencializada pela 
literatura romântica, escondendo o profundo prejuízo 
para aqueles que o exploravam.
 D o distrito do ouro e dos diamantes foi decisivo para 
que o contrabando de metais e de pedras viesse a ser 
competentemente delimitado.
 E a economia aurífera permitiu um eficaz crescimento 
urbano em áreas interioranas, estimulando a transferência 
de recursos para a produção açucareira.
QUESTÃO 34
Mesmo as grandes invenções tendem a ficar velhas e, 
eventualmente, serem superadas. Com mais de duas 
décadas desde o lançamento do primeiro satélite, muitas 
das falhas que já existem desde o início do funcionamento 
do sistema GPS começam a ficar agravadas, como as 
provocadas pelas variações atmosféricas ou pela baixa 
precisão – com até 20 metros de margem de erro.
Concepção artística de um satélite de GPS.
W
ik
im
ed
ia
 C
om
m
on
s
Entretanto, não é somente a “idade avançada” o principal 
fator que motivou os países da Europa a buscarem uma 
alternativa para o GPS. Assinale o item que apresenta como 
será conhecido esse “novo GPS” e qual outro motivo levaria 
os europeus a gastarem nesse projeto o valor de 3,2 bilhões 
de euros.
 A O projeto é conhecido como Galileo, e o motivo seria 
o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo 
Departamento de Defesa Americano; e, assim, por temor 
de um uso por parte dos europeus, esse satélite não é 
liberado naquele continente. 
 B O projeto é conhecido como Glonass e vem sendo 
construído em sociedade com a Rússia. O motivo seria 
o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo 
Departamento de Defesa Americano; e, assim, europeus 
e russos não confiam na ação desse satélite em seus 
territórios. 
 C O projeto é conhecido como Glonass e vem sendo 
construído com fundos da União Europeia. O motivo seria 
o fato de o GPS ter de servir, primariamente, às Forças 
Armadas dos Estados Unidos, mesmo que o sinal esteja 
liberado para uso civil. 
 D O projeto é conhecido como Compass e vem sendo 
construído com fundos da União Europeia em associação 
com a China. O motivo seria tomar o mercado de vendas 
dos receptores de GPS que utilizam o sinal do GPS norte-
-americano.E O projeto é conhecido como Galileo, e o motivo seria 
o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo 
Departamento de Defesa Americano. Isso significa que 
o sistema deve servir, primariamente, às Forças Armadas 
dos Estados Unidos, mesmo que o sinal esteja liberado 
para uso civil.
CH – 1o dia | Página 15
QUESTÃO 35
Infelizmente, o agricultor comum, de instrução limitada, 
não se beneficia das informações meteorológicas, pois 
a parte que mais lhe interessa, a previsão e a medida de 
chuva, é apresentada em milímetro (mm), o que faz com que 
ele tenha dificuldade em interpretar, bem como ele não se 
interessa em usar o pluviômetro, pois sua escala de medida 
de chuva também é em milímetro (mm).
Procurando sanar essa dificuldade de comunicação, 
cheguei a uma observação simples e direta, que qualquer 
agricultor, ao conhecer, imediatamente passa a entender 
a previsão e a medida de chuva em milímetro (mm). Essa 
observação é: cada milímetro de chuva fornece um litro de 
água por metro quadrado. Ao ver o milímetro de chuva ser 
transformado em litro de água por metro quadrado, duas 
medidas de seu pleno conhecimento e domínio, as dúvidas 
se esclarecem, e o agricultor passa a conhecer o volume de 
água que cai do céu em sua propriedade.
BARROS, Antônio Carlos Sardenberg de. Previsão e medida de chuva em milímetros confundem 
agricultores. Disponível em: <http://www.seea.org.br/artigosandenberg.php>.
Levando em consideração o texto do engenheiro agrônomo 
Antônio Carlos Sardenberg de Barros, se na cidade de 
Umari, no centro-sul cearense, choveram 30,0 mm, e 
nesse município, um determinado agricultor possui uma 
propriedade de x hectares, quantos litros de chuva essa 
propriedade realmente recebeu?
 A 30 litros/hectare.
 B 300 litros/hectare.
 C 3 000 litros/hectare.
 D 30 000 litros/hectare.
 E 300 000 litros/hectare.
QUESTÃO 36
A redemocratização dos países da América do Sul é fato 
recente. Não faz tanto tempo assim que países como Chile, 
Brasil, Argentina e Peru viviam sob regimes políticos de 
exceção, onde a vontade do povo era sufocada por governos 
autoritários, normalmente de feição militar.
Pois superada a fase dos regimes ditatoriais, parecia 
que a América do Sul, pobre economicamente, poderia 
modernizar-se, pelo menos em termos políticos. Nesse 
contexto, brasileiros, argentinos e outros povos voltaram 
a eleger diretamente seus governantes. A verdadeira 
democracia parecia instalada.
Disponível em: <http://hugocesaramaral.blogspot.com.br/2009/09/fragil-democracia-latina.html>. 
Acesso em: 10 fev. 2014.
Em 2012, o Paraguai viu seu presidente Fernando Lugo 
sofrer impeachment, o que foi considerado pelos líderes 
do Mercosul como um atentado à democracia, fazendo 
com que o país fosse suspenso do bloco econômico. O 
princípio democrático do bloco foi assegurado a partir do 
Protocolo de
 A Olivos.
 B Ouro Preto.
 C Brasília.
 D Ushuaia.
 E Cusco.
QUESTÃO 37
A Constituição que nos rege nada tem a invejar a de 
outros povos; serve a eles de modelo e não os imita. Recebe 
o nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse 
do maior número, e não de uma minoria. Nos negócios 
privados, todos são iguais perante a lei [...]. Livres em nossa 
vida pública, não pesquisamos com curiosidade suspeita 
a conduta particular de nossos cidadãos [...]. Ouso dizê-lo, 
Atenas é a escola da Grécia.
Adaptado de: Discurso de Péricles. In: TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. 
Brasília: Editora Universidade Brasília, 1987. p. 98.
O trecho foi retirado de um discurso do líder ateniense Péricles 
(século V a.C.) e permite entender que a democracia grega
 A inspirou-se nos modelos de gestão e participação política 
das cidades-Estado sumerianas.
 B alcançou sua mais notável expressão nas cidades da 
Liga do Peloponeso, à época lideradas por Esparta.
 C condenava formalmente a prática do ócio, tão 
profundamente enraizada na sociedade ateniense.
 D apesar de restringir a participação de mulheres e 
escravos, foi um avanço diante das formas despóticas de 
governo.
 E só foi possível devido aos efeitos da Guerra do 
Peloponeso, que fortaleceu e amadureceu o mundo 
grego.
CH – 1o dia | Página 16
QUESTÃO 38
Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em 
palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço 
dos municípios do país, abrigando mais de 11 milhões de 
pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE). Com o declínio do mercado negreiro, 
ex-escravos e outras parcelas da população acabaram se 
fixando em fundos de vales e encostas de morros, que, 
por estarem dentro da cidade, ficavam mais próximos do 
mercado de trabalho. Com o desenvolvimento da economia 
brasileira durante o século XX, esses espaços também foram 
sendo ocupados, pouco a pouco, pelas pessoas que saíam 
do campo em busca de melhores condições nos centros 
urbanos, mas que não podiam pagar para morar nas áreas 
nobres. O tempo fez crescer o número de favelas no Brasil, 
sem que, no entanto, o Estado oferecesse a infraestrutura 
apropriada – com acesso a saneamento básico e segurança, 
por exemplo. Assim, a população se organizou.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/favela-como-espaco-
cidade-475205.shtml>. Acesso em: 09 fev. 2014.
Segundo o geógrafo Milton Santos, o espaço geográfico 
surge somente depois de o território ter sido usado, 
modificado ou transformado pelas sociedades humanas, 
ou quando estas imprimem na paisagem as marcas de sua 
atuação e organização social. Assim, o espaço das favelas 
representa
 A espaço de produção culturalmente homogêneo e 
estruturalmente isolado, em face da histórica 
marginalização social imposta por uma elite.
 B espaço segregado economicamente e culturalmente 
miserável, subjugado aos espaços elitizados por uma 
minoria etnicamente branca.
 C espaço de violência urbana e social que se autoexcluiu 
da sociedade como forma de preservação de uma 
identidade cultural.
 D espaço caracterizado por condições precárias de 
sobrevivência, mas que se apresenta multicultural, onde 
grandes manifestações populares emergiram, como o 
samba e o funk.
 E espaço de constituição recente, que remonta da primeira 
década do século XXI, onde existem problemas sociais, 
econômicos e estruturais, mas que funciona como 
inspiração para o desenvolvimento de manifestações 
culturais.
QUESTÃO 39
Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior 
garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No 
lugar dos 100 000 homens de todas as partes do Brasil que 
se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera 
cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em 
condições precárias, haverá máquinas modernas operadas 
por funcionários com carteira assinada e protegidos 
por equipamentos de segurança. Em 2010, quando a 
cooperativa dos garimpeiros ganhou do Governo Federal o 
direito de retomar a exploração de seu tesouro, os técnicos 
do Ministério de Minas e Energia estimaram em 50 toneladas 
a quantidade de ouro ainda existente no local. Se o cálculo 
se confirmar, será mais do que se conseguiu extrair nos sete 
anos em que o garimpo funcionou, entre 1980 e 1987: 40 
toneladas.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/a-nova-corrida-do-ouro-em-
serra-pelada-sem-as-tensoes-o-sofrimento-e-as-cenas-biblicas-dos-anos-80/>.
A estrutura geológica onde as jazidas de ouro de Serra 
Pelada-PA foram encontradas é uma
 A bacia sedimentar, datada do Pré-Cambriano.
 B cadeia orogenética, consolidada no Cenozoico Terciário.
 C estrutura cristalina, formada no Pré-Cambriano.
 D zona de falhamento, com gênese no Mesozoico.
 E zona de obducção tectônica, originada no Pré-Cambriano.
QUESTÃO 40
“E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo,sem 
dono.
Depois tudo isso se acaba. Voltam os dias torturantes, 
a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez 
da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a 
intermitência das chuvas – o espasmo assombrador da seca.
A natureza compraz-se em um jogo de antíteses.”
O trecho de Os sertões, de Euclides da Cunha, faz parte da 
narrativa sobre a Guerra de Canudos e reflete uma paisagem 
típica do domínio do(a)
 A Mar de Morro.
 B Mata dos Pinhais.
 C Cerrado.
 D Amazônia.
 E Caatinga. 
CH – 1o dia | Página 17
QUESTÃO 41
Mais de 30% acreditam em impactos negativos 
com volta de fuso do Acre
R
ep
ro
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çã
o
Há pouco mais de dois meses, o fuso horário do Acre e 
de 13 municípios amazonenses voltou a ser de duas horas a 
menos de diferença em relação ao de Brasília, e três horas 
durante o horário de verão. Para 33% das 45 empresas 
comerciais da capital Rio Branco, abordadas na pesquisa 
realizada pela Federação do Comércio do Acre (Fecomércio/
AC), a mudança trouxe impactos negativos.
Esses comerciantes acreditam que o motivo foi a 
necessidade de readequação de horários para os recursos 
humanos empregados. No entanto, 31% consideram que 
houve melhora, pois o horário comercial inicia com maior 
fluxo de pessoas nas ruas da cidade. Os demais 36% 
preferem não opinar sobre a questão.
Considerando que o “novo antigo” fuso horário trouxe 
mudanças para os costumes da sociedade do Acre, na 
avaliação, 65% dos estabelecimentos comerciais recebem 
mais clientes no período das 9h às 14h.
Também na opinião de 44% dos representantes do 
comércio instalado no Acre, o horário comercial deveria ser 
das 8h às 18h. Outros 27% se mostram favoráveis ao horário 
comercial no período das 9 às 19h.
Considerando a vigência de aproximadamente 5 anos 
do fuso horário, encerrado em 10 de novembro de 2013 e 
iniciado no ano de 2009, o estudo fez uma avaliação sobre 
os estabelecimentos comerciais que efetivamente tiveram 
maior expectativa quanto ao funcionamento operacional com 
duas horas em defasagem ao horário oficial de Brasília.
[...]
Disponível em: <http//g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/02/volta-de-horario-trouxe- 
prejuizos-para-33-dos-comerciantes-na-capital.html>.
Sobre os fusos horários, é correto afirmar que
 A como a porção ocidental do estado do Amazonas, 
constituída pelos 13 municípios em questão, concentra 
a maior parte da população amazonense, a mudança de 
fusos ocorrida em 2008 causava um incômodo a partir 
da drástica mudança nos relógios biológicos de seus 
moradores.
 B a existência dos fusos horários é resultado direto do 
movimento de rotação do nosso planeta, no qual a 
Terra, ao girar, leva 24 horas para apresentar cada um 
dos 360º ao Sol, o que permite concluir que cada 15º da 
circunferência terrestre equivalem a uma hora solar ou 
à passagem de um fuso horário. Outro resultado que se 
pode perceber desse movimento são as quatro estações 
do ano.
 C com o retorno da organização de quatro fusos, o Acre 
ficará com duas horas de atraso em relação aos grandes 
centros urbanos e econômicos, como São Paulo e Rio de 
Janeiro, o que pode vir a afetar e, até mesmo, a prejudicar 
as transações econômicas, visto que os grandes bancos 
fecharão, em média, duas horas mais cedo.
 D a população acriana tem razão ao exigir, por meio de um 
plebiscito, o retorno de seu antigo horário, visto que, a 
partir da aprovação da lei no 11 662, de 24 de abril de 
2008, de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC), os 
trabalhadores do Acre passaram a trabalhar duas horas a 
mais que o restante da população brasileira.
 E com a nova mudança que passou a valer desde 31 de 
outubro de 2013, a diferença entre o Acre e os grandes 
centros do Sudeste passou a ser de uma hora em 
relação ao horário de Brasília, e aumentava para duas 
horas durante o horário de verão, período em que todas 
as regiões do Brasil, a partir de 20 de outubro de 2013, 
adiantam em uma hora os seus relógios.
CH – 1o dia | Página 18
QUESTÃO 42
O Brasil pode ser caracterizado, no que se refere à sua 
localização, da seguinte maneira:
 • Localização: América do Sul;
 • Porção centro-oriental da América do Sul;
 • Cortado pelo Equador e pelo Trópico de Capricórnio;
 • 100% no Hemisfério Ocidental;
 • 93% do território no Hemisfério Sul ou Meridional;
 • 92% do território na zona tropical.
Ainda que o Brasil se encontre 92% na zona tropical, ocorrem 
diversas variações climáticas em sua superfície, tal como 
mostra o mapa a seguir.
Adaptado de: ALMEIDA, L. M.; RIGOLIN, T. B. Geografi a. 5. ed. 
São Paulo: Editora Ática, 2002.
500
P(mm)
Ocorrência
de geada 0 412 824
Equador
OCEANO
ATLÂNTICO
ESCALA
Km
Trópico de Capricórnio
Polígono
das Secas
Áreas com restrições climáticas
P(mm)T(ºC) T(ºC)
400
400
300
300
200
200
100
Pluviosidade média Pluviosidade média
Temperatura média Temperatura média
100
J F M A M J J A S O N DJ F M A M J J A S O N D
IBGE, Anuário estatístico do Brasil, 1999.
40 40
35 35
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 00 0
A B
1
3
6
4
2
5
Identifi que os climas destacados nos climogramas A e B, 
respectivamente, e, em seguida, identifi que-os no mapa de 
acordo com a numeração apresentada.
 A A – equatorial e B – subtropical; aparecem nos números 
1 e 4 no mapa.
 B A – equatorial e B – semiárido; aparecem nos números 6 
e 5 no mapa.
 C A – semiárido e B – tropical úmido; aparecem nos 
números 6 e 5 no mapa.
 D A – equatorial e B – tropical de altitude; aparecem nos 
números 1 e 2 no mapa.
 E A – tropical úmido e B – tropical de altitude; aparecem nos 
números 6 e 2 no mapa.
QUESTÃO 43
Em uma escavação realizada em uma área de campo 
experimental, os visitantes puderam visualizar, com clareza, 
a coloração da terra, que se mantém mais escura até uma 
profundidade que varia de 30 centímetros a um metro, 
aproximadamente.
Os solos são caracterizados pela ampla disponibilidade 
de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, 
fósforo e carbono. As áreas estudadas fazem um contraponto 
à maioria dos solos da região amazônica, que apresentam a 
coloração amarelada, baixa fertilidade e acidez – condições 
desfavoráveis à agricultura.
Adaptado de: ROSA, Felipe. Embrapa Amazônia Ocidental. 
O texto faz menção a uma descoberta que está quebrando 
algumas ideias preconcebidas sobre uma vasta área do 
Brasil: a região amazônica. Os solos aos quais o texto está 
se referindo são conhecidos como
 A terra preta de índio.
 B salmourão amazônico.
 C solos aluviais guaranis.
 D terra roxa de hileia.
 E tchernozion tupiniquim.
R
ep
ro
du
çã
o
CH – 1o dia | Página 19
Nos últimos anos, um dos temas ambientais de maior 
destaque refere-se ao aquecimento e às mudanças 
climáticas globais, que ocasionam desastres naturais. 
Sobre as discussões que permeiam esse assunto, pode-se 
inferir que
 A os relatórios do IPCC, composto por um grupo de 
pesquisadores que vem analisando o impacto das 
ações antrópicas sobre o clima, são considerados 
precisos, sendo respeitados, de forma unânime, por toda 
comunidade científica mundial.
 B o aumento da temperatura média do planeta está 
intimamente ligado às atividades exclusivamente 
humanas, que, desde a Revolução Industrial, vêm 
ocasionando a emissão de gases de efeito estufa em 
uma escala reduzida, desequilibrando a atmosfera da 
Terra.
 C o aquecimento global tem como principal causa a 
poluição atmosférica, pois esta camada de poluentes 
facilita a dispersão do calor, e o resultado é o aumento 
da temperatura de centros urbanos, se comparados à 
periferia.
 D o aumento da temperatura no mundo está provocando 
o derretimento das calotas polares, logo há um aumento 
do nível das águas dos oceanos, podendoocorrer, 
futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas.
 E o buraco na camada de ozônio, provocado pela poluição 
de metais pesados liberados pela queima de combustíveis 
fósseis, é outro elemento que tem contribuído para o 
aquecimento global.
QUESTÃO 44
O Açude Castanhão é um açude brasileiro que foi 
construído sobre o leito do Rio Jaguaribe, no estado do 
Ceará. A barragem está localizada predominantemente na 
cidade de Jaguaribara, embora atinja outros municípios.
A obra foi iniciada em 1995 e somente foi concluída em 23 
de dezembro de 2002, em uma parceria entre a Secretaria 
de Recursos Hídricos do Ceará (SRH-CE) e o Departamento 
Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
Muitos relembram as previsões do beato Antônio 
Conselheiro, que dizia, em suas pregações, que “o sertão vai 
virar mar”, e ainda que essa previsão não tenha se cumprido 
de forma completa, a construção do Açude Castanhão trouxe 
consigo grandes consequências que podem ser vistas nos 
mais diferentes níveis. Uma das consequências, a nível 
social, mais nítida pode ser vista
 A pelo aumento contínuo do nível das precipitações 
pluviométricas na região, resultantes do aumento da 
evaporação vinda do reservatório.
 B por meio da construção de Nova Jaguaribara, cidade 
planejada, criada com o intuito de substituir a antiga cidade 
homônima para posterior remoção de sua população.
 C pela elevação do nível econômico da população, que 
passou a dispor de novos empregos trazidos pelas 
indústrias e hidrelétricas instaladas às margens do 
referido açude.
 D por meio da diminuição da agropecuária, devido às 
elevações do nível do reservatório nas épocas de intensas 
chuvas na região do semiárido.
 E por meio da construção de uma nova hidrelétrica, que 
funciona pelo sistema de fio d’água e passou a suprir 
mais da metade da necessidade energética do Ceará.
QUESTÃO 45
Em relatório divulgado na sexta-feira, 14 de fevereiro de 
2014, a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla 
em inglês) citou o Brasil na lista de eventos climáticos extremos 
ocorridos em algumas partes do mundo desde dezembro no 
ano passado e nos dois primeiros meses deste ano.
O órgão destacou a onda de calor prolongada no país. 
No texto, a WMO diz que partes do Brasil tiveram o janeiro 
mais quente da história. Além do Brasil, onde alguns estados 
da Região Nordeste tiveram o pior período de estiagem dos 
últimos 50 anos, o órgão recorda o período de calor incomum 
registrado na Argentina, na Austrália e na África do Sul. A 
WMO ressalta ainda que grande parte dos Estados Unidos 
sofre com ondas de frio e nevascas durante o inverno, 
enquanto o estado da Califórnia enfrenta seca. Além disso, 
cita as fortes chuvas que provocaram inundações no Reino 
Unido.
Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/02/orgao-da-onu-cita-brasil-em-lista-de-
eventos-climaticos-extremos.html>. Acesso em: 15 fev. 2014.
CN – 1o dia | Página 20
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46
Quando deixamos um carro estacionado durante 
algumas horas sob o Sol, percebemos que seu interior fica 
muito quente e que, às vezes, podem até ocorrer pequenas 
rachaduras no painel, devido à exposição à radiação solar. 
Para tentar minimizar essa incidência de luz solar no painel 
do carro e melhorar a temperatura em seu interior, uma 
possível solução é o uso dos protetores solares laminados, 
como nas figuras a seguir. 
A explicação física que justifica o funcionamento desses 
protetores é que
 A por serem laminados, eles favorecem a absorção da 
radiação solar, minimizando a quantidade de calor 
irradiado para o interior do carro.
 B a estrutura laminada do protetor solar favorece a reflexão 
da luz incidente, minimizando a quantidade de calor 
absorvida por ele e transmitida para o interior do carro.
 C os protetores solares são capazes de polarizar a luz 
incidente, e é esse fenômeno de “filtragem” da luz que é 
o responsável pela minimização da quantidade de calor 
que entra no carro.
 D a estrutura laminada favorece a interferência destrutiva 
entre as ondas luminosas incidentes e as refletidas, 
minimizando a quantidade de calor que entra no carro.
 E a estrutura laminada tem dimensões que desfavorecem 
a difração da luz; logo, a quantidade de energia luminosa 
que entra no carro, sob a forma de calor, acaba sendo 
minimizada.
QUESTÃO 47
Reação de oxirredução salva vidas
A Lei Seca (Lei 11 705) foi implantada junto ao Código de 
Trânsito Brasileiro, no qual o motorista que for flagrado com 
nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/L de sangue) terá 
que pagar uma multa, e quem estiver embriagado (níveis 
acima de 0,3 mg/L) terá o carro apreendido e ainda perde a 
habilitação. 
A medida do nível alcoólico no sangue é feita por 
meio do bafômetro, aparelho que permite determinar a 
concentração de álcool analisando o ar exalado dos 
pulmões do indivíduo. 
Im
ag
en
s:
 R
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ro
du
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o
Dentro desse aparelho, ocorre a seguinte reação química. 
K2Cr2O7(aq) + 4 H2SO4(aq) + 3 C2H5OH(v) → 
→ 3 C2H4O(g) + K2SO4(aq) + Cr2(SO4)3(aq) + 7 H2O() 
O reagente dicromato de potássio (K2Cr2O7) possui 
coloração amarelo-alaranjada. O produto formado na reação 
é o sulfato de crômio III – Cr2(SO4)3 (composto verde). Como 
se observa, a reação dá origem aos sais: Cr2(SO4)3 e K2SO4. 
Para entender o funcionamento do bafômetro, é 
preciso saber que, quando o álcool (exalado pelo motorista 
embriagado) entra em contato com a solução de dicromato de 
potássio (meio ácido), provoca uma reação de oxirredução: 
o dicromato oxida o álcool etílico a aldeído acético (C2H4O). 
Na reação final, o dicromato (amarelo-alaranjada) dá origem 
ao sulfato de crômio III (coloração verde). Essa mudança de 
coloração indica a embriaguez do motorista. 
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/quimica/reacao-oxirreducao-salva-vidas.htm>.
Sobre as reações de oxirredução, pode-se inferir que o 
agente oxidante da reação será o
 A C2H4O.
 B K2Cr2O7.
 C H2SO4.
 D C2H5OH.
 E Cr2(SO4)3.
CN – 1o dia | Página 21
QUESTÃO 48
A origem provável da vida na Terra data do Pré-Cambriano, 
ou seja, de 570 milhões a 4,6 bilhões de anos atrás. Surgiram 
formas de vida de complexidade suficiente para deixarem 
os seus vestígios microfósseis nas rochas da época. Há 
evidências para considerar que há evolução biológica e suas 
teorias procuram explicar como as espécies de seres vivos 
surgiram na Terra, como sofrem modificações no decorrer 
do tempo e a especiação, a razão de suas semelhanças 
e diferenças, e também por que os seres vivos possuem 
adaptações que os ajudam a sobreviver e a se reproduzir 
em seus ambientes.
Um aspecto impressionante do mundo vivo é a sua 
biodiversidade, ou seja, a variedade de seres vivos 
existente em determinado hábitat ou no planeta como um 
todo. No decurso da vida, é possível perceber períodos 
de extinção em massa, como ocorreu na Era Mesozoica, 
período Cretáceo (66-144 milhões de anos atrás), quando 
dinossauros e diversas espécies de animais e vegetais 
desapareceram, promovendo a perda acelerada da 
biodiversidade, a qual se relaciona a genes, espécies, 
ecossistemas e nichos ecológicos.
Considerando a biodiversidade de organismos, pode-se 
afirmar que
 A a grande biodiversidade nas florestas tropicais 
surgiu porque os solos são muito ricos em macro e 
micronutrientes, entretanto, biomas de clima semiárido 
são pobres em endemismos e em diversidade, devido ao 
solo de origem cristalina.
 B todas as espécies de procariotos e insetos estão 
catalogadas, mas, em contrapartida, estima-se que todos 
os primatas estejam catalogados.
 C a grande diversidade biológica do planeta se deve à 
interação entre as tolerâncias ambientais dos diferentes 
grupos animais, à heterogeneidade de

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