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1. SERÁ ATRIBUÍDA NOTA ZERO À PROVA QUANDO O ALUNO: a) utilizar ou portar, durante a realização da prova, MÁQUINAS e(ou) RELÓGIOS DE CALCULAR, bem como RÁDIOS, GRAVADORES, HEADPHONES, TE- LEFONES CELULARES ou FONTES DE CONSULTA DE QUALQUER ESPÉCIE; b) ausentar-se da sala em que se realiza a prova levan- do consigo o CADERNO DE QUESTÕES e(ou) o CAR- TÃO-RESPOSTA antes do prazo estabelecido; c) agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d) comunicar-se com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e) apresentar dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal; f) for ao banheiro portando CELULAR, mesmo que desligado, APARELHO DE ESCUTA, MÁQUINA DE CALCULAR ou qualquer outro MATERIAL DE CON- SULTA relativo à prova. Na ida ao banheiro, durante a realização da prova, o aluno será submetido à re- vista por meio de DETECTOR DE METAL. 2. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões, numeradas de 1 a 90 e dispostas da seguinte maneira: a) as questões de número 1 a 45 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b) as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 3. Verifique no CARTÃO-RESPOSTA se os seus dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador. 4. Decorrido o tempo determinado, será distribuído o car- tão-resposta, o qual será o único documento válido para a correção da prova. 5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOS- TA. Ele não poderá ser substituído. 6. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções, identificadas com as letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente à questão. Você deve, por- tanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação de mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. O aluno, ao sair da sala, deverá entregar, definitivamente, seu CARTÃO-RESPOSTA devidamente assinado, devendo ainda assinar a folha de presença e o cartão de identificação de sala. 10. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e trinta minutos. EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES CH – 1o dia | Página 2 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 1 a 45 QUESTÃO 1 Nas sociedades tupis, verificava-se, segundo as teses de vários antropólogos, uma predominância do sistema religioso sobre o sistema social, que condicionava e impregnava todas as atividades dessas comunidades. Os estudos efetuados demonstram a existência de uma grande homogeneidade relativa ao discurso cosmológico, aos temas míticos e à vida religiosa dos povos tupis-guaranis, que atravessava séculos e milhares de quilômetros de distância. COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do povoamento a finais de quinhentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 111. De acordo com o trecho, pode-se inferir que A as sociedades nativas estavam estruturadas em padrões coletivistas, onde a divisão do trabalho era orientada pela equação sexo/idade. B as sociedades primitivas desenvolviam padrões politeístas animistas, nos quais a liderança religiosa era coletivizada pelos líderes. C as sociedades tupis foram condicionadas ao coletivismo apoiadas nas crenças cosmogônicas, explicadas por seu sistema mítico religioso. D as sociedades ameríndias da América do Sul desenvol- viam sua vida religiosa distante de padrões comporta- mentais que colocassem a esperança em uma vida futura. E as sociedades tupis-guaranis foram marcadas pela valorização de sua cultura religiosa, que se sobrepunha ao funcionamento da estrutura social. QUESTÃO 2 O sistema de capitanias de mar e terra e a via diplomática revelaram-se incapazes de produzir os resultados desejados, ou seja, a eliminação da presença francesa na América do Sul. A manifesta insuficiência desse modelo para garantir o incontestável domínio português sobre o Brasil induziu o círculo governativo joanino a ponderar, no final da década de vinte, a adoção de soluções mais eficazes destinadas a assegurar a soberania lusitana sobre a totalidade do território americano que lhe pertencia, de acordo com o Tratado de Tordesilhas. No entanto, o monarca francês não lhe reconhecia legitimidade, exigindo, ironicamente, que lhe mostrassem a cláusula do testamento de Adão que o excluía da partilha do mundo. COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do povoamento a finais de quinhentos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 227. A respeito do processo de implantação da empresa colonizadora na América portuguesa, pode-se identificar que A o sistema de capitanias trouxe resultados econômicos ineficazes, contudo possibilitou o povoamento. B a divisão em unidades administrativas remontou à África portuguesa no Hemisfério Sul e permitiu a supremacia lusitana nos trópicos. C a implantação da administração colonial, muito embora criticada por outros estados europeus, manteve-se por meio de acordos diplomáticos. D o modelo de colonização implantado na América portuguesa teve sua legitimidade contestada pelo contexto mercantilista internacional. E o sistema de capitanias liderado por investidores particulares conseguiu harmonizar os interesses da Coroa portuguesa com a Igreja. QUESTÃO 3 Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles não têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fazerem-se cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, esta gente é boa e de boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar. Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1o de maio de 1500. Sobre o texto apresentado e o período histórico em que foi escrito, pode-se inferir que A os portugueses viam os nativos como superiores em seus valores morais. B inexistiam preocupações econômicas dos lusos em relação à nova terra. C o autor formula juízos de valor sobre os índios a partir de sua própria cultura. D os interesses religiosos lusos eram incompatíveis com a catequese cristã. E os nativos não possuíam crenças religiosas. CH – 1o dia | Página 3 QUESTÃO 4 Os deuses, de fato, existem, e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não costumam preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria. Com efeito, os juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que eles causam os maiores malefícios aos maus e os maiores benefícios aos bons. Irmanados pelas suas próprias virtudes, eles só aceitam a convivência com os seus semelhantes e consideram estranho tudo que seja diferente deles. EPICURO. Carta sobre a felicidade (a Meneceu). Trad. deA. Lorencini e E. del Carratore. São Paulo: Editora da UNESP, 2002. p. 25-27. A filosofia epicurista está relacionada a A formular questões filosóficas a respeito do Princípio do Universo. B negar o medo da morte buscando a tranquilidade da alma. C pregar o ateísmo como forma de libertação para os prazeres carnais. D defender a rígida separação entre o mundo ideal e o mundo material. E aceitar a devoção religiosa moderada como indispensável à felicidade. QUESTÃO 5 Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar a fazenda, nem ter engenho corrente. E do modo como se há com eles, depende tê-los bons ou maus para o serviço. Por isso, é necessário comprar cada ano algumas peças e reparti-las pelos partidos, roças, serrarias e barcas. E porque comumente são de nações diversas, e uns mais boçais que outros, e de forças muito diferentes, se há de fazer a repartição com reparo e escolha, e não às cegas. No Brasil, costumam dizer que, para o escravo, são necessários PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo, dado por qualquer causa pouco provada, ou levantada; e com instrumentos de muito rigor, ainda quando os crimes são certos, de que se não usa nem com os brutos animais [...]. ANTONIL, A. J. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia/Edusp, 1982. p. 89. (Coleção Reconquista do Brasil). No fragmento sobre a escravidão no Brasil, o autor A minimiza a importância do trabalho escravo na economia. B ressalta a inferioridade religiosa dos negros. C assegura que as punições evitavam a desobediência dos escravos. D enfatiza as boas condições de alimentação dos cativos. E sugere que os senhores, às vezes, exageravam nos castigos físicos. QUESTÃO 6 Texto 1 Acaso não seria uma defesa adequada dizermos que aquele que verdadeiramente gosta de saber tem uma disposição natural para lutar pelo Ser. E não se detém em cada um dos muitos aspectos particulares que existem na aparência, mas prossegue sem desfalecer nem desistir da sua paixão, antes de atingir a natureza de cada Ser em si, pela parte da alma à qual é dado atingi-lo – pois a sua origem é a mesma. Depois de se aproximar e de se unir ao verdadeiro, poderá alcançar o saber e viver e alimentar-se de verdade, e assim cessar o seu sofrimento; antes disso, não? República, 490b. Texto 2 Da mesma maneira, quando alguém tenta, por meio da dialética, sem se servir dos sentidos e só pela razão, alcançar a essência de cada coisa, e não desiste antes de ter apreendido só pela inteligência a essência do bem, chega aos limites do inteligível, tal como aquele chega então aos do visível. República, 532 a-b. PLATÃO. A república. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996. Com base nos textos e nas doutrinas de Platão, pode-se inferir que A o mundo sensível é a base do conhecimento verdadeiro. B a razão é a única capaz de atingir a essência das coisas. C o conhecimento verdadeiro não é possível aos homens. D a verdade é relativa e dependente da perspectiva individual. E o Ser e a aparência são idênticos entre si. QUESTÃO 7 Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua juventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtudes [...]. Do Direito Civil, quero que saibas de cor os belos textos e que os compare com a Filosofia. Enquanto ao conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso te entregues curiosamente [...] depois [...] revisita os livros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem desprezar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anatomias adquire perfeito conhecimento do outro mundo [o microcosmos] que é o homem. RABELAIS, François. Pantagruel, 1532. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. v. 11. Lisboa: Plátano, 1976. O contexto cultural da Europa no qual o autor e seu texto estão inseridos caracterizava-se A pelo controle pleno sobre a atividade intelectual por parte da Igreja Católica. B pela emergência de um saber laico e antropocêntrico em vários centros urbanos. C pelo desprezo ao pensamento científico e experimental em detrimento da teologia. D pela difusão do pensamento iluminista entre os setores populares. E pelo declínio das disciplinas humanistas nas universidades. CH – 1o dia | Página 4 QUESTÃO 8 Oh! Se pudessem falar as ruas e os becos das cidades e povoações do Brasil! Quantos pecados publicariam, quem cobre a noite e não descobre o dia! [...] “Porque ainda a pena treme e pasma de os escrever” (Economia cristã dos senhores no governo dos escravos, 1700). Por essas e outras, Frei Vicente do Salvador, [...], disse que não vingou por aqui o nome Terra de Santa Cruz que lhe deram em 1500. Para o Frei, fora tudo obra do diabo, que, empenhado em remover o nome cristão da terra, trabalhou para que triunfasse outro nome, no caso, o de um “pau de cor abrasada e vermelha”, mais adequado aos seus propósitos. FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 270. Sobre a construção de uma memória acerca da denominação Brasil, pode-se inferir que A a substituição do nome sagrado pelo nome da madeira “profana” revelava a condição de funcionalidade mercantilista da terra, atrelada à moralidade dos povoadores. B a fabricação do nome que deu origem à nossa terra vai além das razões de natureza econômica, firmando-se nos padrões de crença e moral. C a definição da nomeação do referido país traduz a harmonia entre a natureza mercantilista da terra e a construção de uma memória religiosa. D a estruturação de uma sociedade nos trópicos transferiu um patrimônio cultural que fez a nação ser a responsável em denominar a terra. E a implantação de uma memória coletiva sobre a histórica nomeação da terra está em volta da construção de uma nova nação. QUESTÃO 9 As origens da capoeira se perdem nas noites dos tempos. Durante decênios, praticantes e estudiosos deram créditos a versões sem nenhum fundamento, como a de que o berço da capoeira era Palmares, e que era a arma dos escravos fugitivos. Estudos atuais apontam a hipótese mais provável de que ela foi o somatório de diversas danças rituais, praticadas em um amplo arco da África que abasteceu os navios negreiros e que se encontram no ambiente específico da escravidão brasileira. Registros documentários de Angola, na era da escravidão, revelam práticas lúdicas e marciais tradicionais muito parecidas com a capoeira que chegou com os navios negreiros. Desta forma, a capoeira seria um mosaico formado por diversas danças africanas ancestrais, que se teriam amalgamado em definitivo na terra americana. FIGUEIREDO, Luciano (org.). História do Brasil para os ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 75. Sobre as origens da capoeira, pode-se afirmar que A é impreciso estabelecer padrões afirmativos orientados por exatidões históricas ou metodológicas, pois a manifestação afro-brasileira está em construção. B é resultado de um multiculturalismo étnico, que aproxima a Europa da África e revisita uma cultura em formação no Brasil. C é consequência de uma combinação de ritmos e manifestações culturais africanas que se adaptaram à realidade específica da escravidão no Brasil. D é importante, na gênese da referida manifestação, salientarmos a influência angolana, pois os documentos provam essas relações. E é fundamental constatarmos que essa manifestação afro-brasileira está associada à cultura de resistência fabricada nos quilombos.QUESTÃO 10 Falou o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo-lhes: “Dizei aos filhos de Israel: são estes os animais que comereis de todos os quadrúpedes, que há sobre a Terra: todo que tem unhas fendidas, e o casco divide em dois e rumina, entre os animais, esse comereis. [...] Destes, porém, não comereis: [...] também o porco, porque tem unhas fendidas e o casco dividido, mas não rumina [...], da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver [...].” Levítico 11: 1-4, 7-8. Ao longo de sua história e formação como povo, os judeus observaram diversas leis dietéticas que não eram encaradas apenas como mandamento religioso, mas também como regulamento sanitário. A proibição quanto ao consumo da carne de porco atesta A a crença entre os judeus de que esse animal é imundo (impuro). B um sinal da rejeição desse alimento nas sociedades antigas. C a impossibilidade de se criar porcos nas áridas terras do Oriente Médio. D o desconhecimento da existência desse animal pelos antigos judeus. E o caráter sagrado desse animal na perspectiva da religião judaica. CH – 1o dia | Página 5 QUESTÃO 11 O Oriente Próximo é a encruzilhada milenar que assinala, na Antiguidade, o encontro de diferentes povos e diversas culturas. É nesse cadinho histórico de raças e civilizações que mergulham fundo as raízes de nossa civilização ocidental. Aí encontramos, com efeito, senão os primeiros homens, as primeiras grandes realizações que revelam ter o ser humano atingido um nível elevado de civilização: a vida urbana, a escrita, a organização estatal, o culto religioso altamente desenvolvido, as atividades científicas (Astronomia, Medicina, Matemática) e artísticas, a vida econômica intensa etc. De todas essas manifestações, herdaram as civilizações clássicas e, por meio das mesmas, herdou a nossa civilização preciosos legados. GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1969. p. 53. Entre os principais legados dos povos da Antiguidade Oriental (ou Crescente Fértil) para nossa civilização, pode-se apontar A o desenvolvimento do pensamento filosófico egípcio ancorado na razão e na lógica. B o alfabeto, derivado do sistema de escrita dos navegadores fenícios. C a noção de democracia e da participação dos caldeus nos processos políticos. D o monoteísmo religioso dos persas, fundamento para a fé cristã ocidental. E o conhecimento e as técnicas náuticas aperfeiçoadas pelos hebreus. QUESTÃO 12 Mais de 200 municípios baianos estão em situação de emergência por causa da seca. A estiagem é tão forte que, no município de Canudos, as ruínas da histórica aldeia de Antônio Conselheiro reapareceram. A região foi inundada há mais de quatro décadas para a construção do açude Cocorobó. Quando Canudos foi inundada, há 44 anos, o Brasil era governado pelos militares; e, naquela época, sociólogos, historiadores e intelectuais brasileiros reagiram revoltados, alegando que um episódio triste e polêmico da nossa história estava sendo encoberto, apagado para sempre. Era difícil imaginar que um dia a seca fosse revelar o que sobrou da velha cidade. O cenário da guerra foi apagado, mas o da seca está preservado. Na região, nada mudou entre os dias atuais e os tempos de Conselheiro e seus seguidores. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/04/seca-faz-ruinas-de- aldeia-alagada-reaparecerem-em-canudos-ba.html>. Canudos foi um movimento social que ocorreu no sertão baiano, na década de 1890, e que resultou em uma das maiores guerras do início da república no Brasil. A Guerra de Canudos, como ficou conhecida, tornou-se símbolo da resistência sertaneja aos desmandos dos coronéis. As ruínas da cidade foram reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e devem ser analisadas como A patrimônio imaterial, com a constituição de arquivos de peças museológicas. B patrimônio imaterial, desenvolvendo sítios arqueológicos em áreas de preservação cultural. C patrimônio material, pois apresentam expressões próprias e técnicas de um grupo social extinto há mais de um século. D patrimônio material, com fortes traços de uma cultura africana vislumbrada na culinária do povo local. E patrimônio material, retratando objetos arqueológicos e paisagísticos do sertão baiano. QUESTÃO 13 Agora, são sete terreiros de candomblé protegidos pelo IPHAN, o que reafirma a postura da instituição na consolidação de um conceito sobre o Patrimônio Cultural, que inclui todas as manifestações que contribuíram para a formação da identidade nacional ao longo dos séculos e envolve a sociedade na gestão deste patrimônio. [...] Os terreiros já tombados pelo IPHAN são Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonjá, Gantois, Alaketu e Bate-folha, em Salvador, na Bahia e a Casa das Minas Jejê, em São Luís (MA). A solicitação de tombamento do Ylê Axé Oxumarê – considerado um dos mais antigos centros de culto afro- -brasileiro da Bahia e de grande reconhecimento social – foi feita em 18 de setembro de 2002, pelo sacerdote Babalorixá Agoensi Danjemin, supremo dirigente do Ylê Oxumarê. O Babá Pecê do Terreiro, Silvanilton Encarnação da Mata, ressaltou que a proteção é um reconhecimento da contribuição do povo africano, que trouxe e deixou, no Brasil, seu conhecimento, sua cultura e seu legado. Para o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da Fundação Palmares, Alexandre Reis, o tombamento reafirma o momento histórico vivido no país onde se consolidam as políticas de ações afirmativas pelo poder público e sociedade na superação das desigualdades. Na mesma linha, a senadora Lídice da Mata ressaltou os avanços frente às políticas culturais de igualdade racial e celebrou, ainda, o tombamento do Teatro Castro Alves, também na Bahia. Só na cidade de Salvador, há mais de mil sedes de cultos afro-brasileiros. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=18166&sigla= Noticia&retorno=detalheNoticia>. Acesso em: 30 jan. 2014. O tombamento dos terreiros de candomblé no Brasil está relacionado ao seu reconhecimento como A geradores de renda para as comunidades marginalizadas. B referências religiosas comuns a todas as classes sociais. C símbolos de identidade e resistência cultural. D atrações turísticas tradicionais do país. E organizadores da vida política local. CH – 1o dia | Página 6 QUESTÃO 14 R ep ro du çã o Catedral de Saint Denis, França. Essa oposição entre o alto e o baixo expressa na construção dos castelos fortificados e das catedrais é muito importante na Idade Média. Corresponde, evidentemente, à oposição entre o céu e a terra, entre “lá em cima” e “aqui em baixo”. É daí que vem a importância dada a elementos como a muralha e a torre. As igrejas medievais possuem, geralmente, torres extraordinárias. As casas dos habitantes ricos das aldeias também tinham torres [...]. LE GOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2007. A imagem e o texto fazem alusão ao estilo arquitetônico medieval conhecido como A barroco. B gótico. C classicista. D românico. E rococó. QUESTÃO 15 Foi comprovado que, em lares cuja incidência de Sol é maior, a ocorrência de quadros alérgicos, resfriados e gripes é menor. Isso porque o Sol assusta os ácaros e não favorece o aparecimento de fungos e bactérias. Assim, uma casa com muita luz natural tem muito mais valor, pois apresenta níveis de conforto e bem-estar considerados preciosos. 5 4 3 2 1 R u a N o e l R o s a R u a P e l é Rua Norte-Sul 23°27’ S 23°27’ N Levando-se em consideração que o paralelo 23°27’ N corta o centro da RuaPelé e o paralelo 23°27’ S corta o centro da Rua Noel Rosa, o único imóvel da planta que não apresentaria, independente da estação do ano, condições adequadas para o bem-estar da população é o imóvel A 1. B 2. C 3. D 4. E 5. QUESTÃO 16 O termo regionalizar pode ser entendido como a ação de dividir um determinado espaço em áreas menores, com características em comum para que estas sejam mais facilmente estudadas. Um país de proporções continentais como o Brasil necessita ser regionalizado para que possamos compreendê-lo adequadamente. O mapa a seguir ilustra uma nova proposta de regionalização do Brasil defendida por alguns autores. Essa nova regionalização passou a ser conhecida como A divisão geopolítica, na qual o principal critério de regionalização foi o “meio científico-polarizado”. B divisão por regiões naturais, na qual o principal critério de regionalização foi o “meio científico-informacional- -globalizado”. C divisão geoeconômica, na qual o principal critério de regionalização foi o “meio técnico-mecanizado- -industrializado”. D divisão dos quatro brasis, na qual o principal critério de regionalização foi o “meio técnico-científico- -informacional”. E divisão por regiões homogêneas, na qual o principal critério de regionalização foi o “meio técnico-científico- -conurbado”. Região Amazônica Região Nordeste Região Centro-Oeste Região Concentrada SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. São Paulo: Editora Record, 2001. CH – 1o dia | Página 7 QUESTÃO 17 D iv ul ga çã o Em um mundo cada vez mais globalizado, espanta-nos a ideia de que certas marcas mundialmente conhecidas não estejam ao alcance de todos que possuem condições de adquiri-las. Um exemplo é a marca Coca-Cola, que volta a ser comercializada em Mianmar, após 60 anos de proibição. Assim, o refrigerante mais famoso do mundo só não é comercializado em dois países atualmente. Os países que não mantêm comércio direto com a multinacional norte-americana e os motivos para esse desacordo são, respectivamente, A Cuba e Iraque, devido a embargos comerciais dos Estados Unidos. B Cuba e Coreia do Norte, devido a embargos comerciais dos Estados Unidos. C Cuba e China, devido à grande influência de marcas nacionais nesses países. D Cuba e China, devido ao fato de ambos ainda serem países socialistas fechados. E Afeganistão e Iraque, devido aos conflitos contemporâneos com os Estados Unidos. QUESTÃO 18 E não é preciso ser oráculo para intuir que a primeira nação a se aproximar e oferecer mediação seria a Grã-Bretanha, que de neutra não tinha nada: na verdade, pretendia manter sua primazia, assentando, ainda mais, sua incontestável influência na região. Seguindo essa orientação, a Inglaterra enviava um representante especial, sir Charles Stuart, com a missão de conseguir, em Portugal, os termos de negociação para a Independência do Brasil. AZEVEDO, P. C.; COSTA, A. M.; SCHWARCZ, L. M. A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 394. Ao se analisar a mediação diplomática britânica, pode-se inferir que A a Independência do Brasil representava a libertação de mais um parceiro comercial que os ingleses pretendiam favorecer. B a relação diplomática liderada pela Inglaterra perante outras nações era a concretização dos ideais iluministas. C a mediação inglesa foi mais um capítulo do imperialismo britânico em fazer uso de seu corpo diplomático para ampliar o seu mercado de consumo. D a intervenção britânica foi orientada por um incontestável pioneirismo político, que colocava a referida potência como nação libertadora de colônias. E a atuação da Coroa britânica revelava mais que os seus interesses comerciais, demonstrava o desejo de cooperar com outras nações em formação. CH – 1o dia | Página 8 QUESTÃO 19 Podemos definir um bloco econômico como sendo uma integração de diversos países nos aspectos econômicos e sociais, visando ao seu desenvolvimento e ao maior poder de competição. Em um mundo globalizado, eles constituem expressivos espaços integrados de livre-comércio, sendo, muitas vezes, conhecidos como verdadeiros megamercados. Observe as imagens a seguir: Área de influência Área de influência Países associados Área de influência 0 6 010 km 0 6 010 km 0 6 010 km A B C COELHO, Marcos de Amorim; TERRA, Lygia. Geografia Geral: espaço natural e socioeconômico. 4. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2008. Existe um grande número de blocos econômicos, e as figuras A, B e C mostram três dos maiores e mais influentes blocos da atualidade. Assinale a alternativa que relaciona, identifica e caracteriza corretamente um dos blocos apresentados. A O mapa A retrata a ALCA (Acordo de Livre-Comércio das Américas), que, atualmente, engloba todos os países da América, exceto Cuba e Brasil. B O mapa C apresenta o NAFTA (Acordo de Livre-Comércio da América do Norte), composto por Estados Unidos, Canadá, México, Chile e, atualmente, Japão e Austrália. C Ainda que não apareça destacado, o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) encontra-se dentro da área de influência da CAN, sendo assim considerado parte indireta do bloco. D A União Europeia, que pode ser vista no mapa B, encontra-se em um estágio de desenvolvimento mais avançado, conhecido como União Política e Militar, e suas ações já são visíveis em vários países africanos em destaque no mesmo mapa. E No mapa C, encontra-se a APEC (Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), que é um bloco econômico formado por 21 países. Muitos acreditam que ele poderá ser o maior bloco do século XXI, visto que concentra economias dinâmicas e expressivas. QUESTÃO 20 Antes mundo era pequeno Porque Terra era grande Hoje mundo é muito grande Porque Terra é pequena Do tamanho da antena Parabolicamará. Parabolicamará, de Gilberto Gil. A música de Gilberto Gil reflete uma realidade mundial pós-1990, advinda da evolução técnico-científica, que ocasionou A uma maior integração econômica entre países do norte e países do sul, fato este que reduziu as disparidades socioeconômicas. B uma revolução dos meios de produção, na qual ocorreu o uso de máquinas a vapor e uma evolução do pensamento ecológico global. C um processo de urbanização rápido e desordenado em países do norte. D uma redução tempo-espacial, na qual houve uma maior integração espacial pelos transportes e comunicações mais eficientes. E uma ampliação dos meios de comunicação, eliminando os conflitos étnico-nacionalistas e religiosos. CH – 1o dia | Página 9 No contexto do Período Colonial brasileiro, as expedições representadas no mapa A contribuíram para a ampliação dos limites territoriais lusos no Brasil. B relacionavam-se à defesa das fronteiras contra invasões estrangeiras. C eram patrocinadas pelo Estado português contra expedições particulares. D tiveram papel decisivo no êxito da catequese indígena. E propiciaram o desenvolvimento da urbanização da Região Amazônica. QUESTÃO 21 Bandeiras e expedições de apresamento (1500-1720) Adaptado de: MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 13. LEGENDA Expedições de resgate e apresamento dos guarani, 1550-1635 (por mar) Rio Am azona s R io X in gu Rio Paraguaçu Belém Natal Recife Salvador Rio de Janeiro Rio Grande Santos Rio Tietê Laguna Missões do Tape Sertão dos Goiazes Sertão do Piauí Sertão do Açu Sertão do ParaupabaSertão do Mato Grosso Missões do Guaira Missões do Paraguai Sertãodos Cataguases Sertão dos Patos Rio da Prata São Paulo R io das Velhas Assunção R io T ap aj ós Rio M ad eir a Ri o Cu iab á Rio Pardo Rio Taquari R io P ar ag ua i Expedições de resgate e apresamento dos guarani, 1585-1641 (por terra) Expedições de apresamento de outros grupos, sobretudo pós-1640 Expedições de mercenários paulistas nas guerras do Nordeste, 1658-1720 Rota aproximada da expedição de Raposo Tavares, 1648-1651 Rota da expedição de Sebastião Pais de Barros, 1671-1674 Rio Pa ra ná Rio Doce Rio Paranapanema R io T oc an tin s Rio Pa rnaí ba R io S ão F ra nc isc o Ri o U rug ua i R io A ra gu aia Rio Iguaçu Rio P ar an aíb a Rio Par aíba Meridiano de Tordesilhas CH – 1o dia | Página 10 QUESTÃO 22 No ano de 679 da fundação da cidade [...], 74 gladiadores fugiram da escola de Cneus Lentulus. Imediatamente, sob a chefia dos gauleses Crixus e Oenomaus, e do trácio Espártaco, apoderaram-se do Monte Vesúvio, [...] depois descrevendo um vasto movimento circular por Consentia e Metaponto, em pouco tempo juntaram uma tropa. Com efeito, era uma massa de 10 mil homens que se atribui a Crixus, e a Espártaco um efetivo triplo [...]. Mal Crasso iniciara o combate contra os escravos fugitivos, matou 6 mil e capturou 900. Em seguida, antes de atacar o próprio Espártaco [...], destruiu seus companheiros celtas e germanos, matando 30 mil homens com seus chefes. Acabou travando uma batalha cerrada contra o próprio Espártaco, destruindo forças consideráveis de escravos que o acompanhavam. Os outros, que tinham passado através das malhas desta guerra, vagaram sem rumo e acabaram por cair nas muitas armadilhas que lhes fizera uma multidão de generais, e foram esmagados. Histórias, de Paulo Orósio. O texto apresentado aborda A uma rebelião de escravos na Sicília, sob o comando de Espártaco, que, por longo tempo, resistiu aos ataques do Exército romano, mas acabou, finalmente, esmagada. B uma greve dos soldados romanos na região da Gália, os quais paralisaram suas atividades como forma de pressão pela obtenção de melhores salários. C uma rebelião popular em Roma contra a derrubada do Primeiro Triunvirato e a ascensão de Júlio César ao poder como ditador. D a formação de uma aliança militar entre gauleses, trácios e germanos com o objetivo de conquistar Roma e destruir seu poderoso império. E uma revolta da plebe romana, que reivindicava leis capazes de estabelecer a igualdade jurídica/civil entre patrícios e plebeus. QUESTÃO 23 Funcionário da soberania ou louvador da nobreza guerreira, o poeta é sempre um “mestre da verdade”. Sua “verdade” é uma “verdade” assertórica [afirmativa]: ninguém a contesta, ninguém a contradiz. “Verdade” fundamental, diferente da nossa concepção tradicional, alétheia [verdade] não é a concordância da proposição e de seu objeto, nem a concordância de um juízo com outros juízos; ela não se opõe à “mentira”; não há o “verdadeiro” frente ao “falso”. A única oposição significativa é a de alétheia [verdade] e de léthe [esquecimento]. Nesse nível de pensamento, se o poeta está verdadeiramente inspirado, se seu verbo se funda sobre um dom de vidência, sua palavra tende a se identificar com a “verdade”. DETIENNE, Marcel. Os mestres da verdade na Grécia Arcaica. Trad. Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. p. 23. As narrativas expressas pelos mitos gregos A fundamentavam-se em critérios racionais e lógicos. B destacavam a atuação dos homens na vida política. C baseavam-se em noções cronológicas precisas. D eram verdades evidenciadas pela autoridade do poeta. E possuíam teor crítico aos valores sociais vigentes. QUESTÃO 24 Texto 1 Voltei nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais [...] Quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas riquezas através da Petrobrás; mal ela começa a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. DEL PRIORE, Mary et al. Documentos de história do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo: Scipione, 1997. p. 98-99. Texto 2 O Estado começou a ser transformado para tornar-se mais eficiente, evitar o desperdício e prestar serviços de melhor qualidade à população. [...] Fui escolhido pelo povo [...]. Para continuar a construir uma economia estável, moderna, aberta e competitiva. Para prosseguir com firmeza na privatização. Para apoiar os que produzem e geram empregos. E assim recolocar o país na trajetória de um crescimento sustentado, sustentável e com melhor distribuição de riquezas entre os brasileiros. Discurso de posse do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2 de janeiro de 1999. CARDOSO, F.H. Por um Brasil solidário. O Estado de S. Paulo, 2 jan. 1999. A atuação do Estado no Brasil difere nos governos de Gétulio Vargas e Fernando Henrique Cardoso (FHC), uma vez que A para Vargas, ao Estado cabia explorar as riquezas nacionais, base para a construção de uma nação forte; para FHC, ao Estado cabe estimular os investimentos privados, que inserem o país na economia internacional. B para Vargas, o Estado tinha a função de organizar os trabalhadores em sindicatos internacionais; para FHC, o Estado situa-se acima das classes sociais, estando assim impossibilitado de intervir nas questões trabalhistas. C Vargas concebia um Estado capaz de promover a aliança entre a burguesia nacional e a burguesia internacional; FHC concebe um Estado independente em relação aos diferentes grupos econômicos. D Vargas estimulou a criação de empresas privadas com capital nacional em substituição às empresas públicas; FHC defende a privatização das empresas estatais como meio de manter a estabilidade da economia. E Vargas estimulou a livre penetração de capitais estrangeiros no Brasil; FHC estabeleceu medidas protecionistas que reforçaram a política de industrialização e a defesa dos interesses nacionais. CH – 1o dia | Página 11 QUESTÃO 25 O cadáver era assim tratado geralmente: primeiro extraíam-lhe o cérebro pelas fossas nasais, com o auxílio de um gancho de metal; depois, com uma faca de pedra, faziam-lhe a incisão da barriga, tirando-lhe os intestinos (o que muitas vezes, provavelmente, fazia-se pelo ânus), que eram colocados nos chamados “canopos” (bilhas ou vasos); finalmente, era extraído o coração e substituído por um escarabeu de pedra. Seguia-se uma boa lavagem externa e uma “salgação”, onde o cadáver ficava mais de um mês. Por fim, era novamente secado – o que, segundo algumas notícias, levava até setenta dias. [...] O corpo ficava em posição deitada com as mãos cruzadas sobre o peito ou com os braços estendidos ao longo do corpo. Os cabelos eram geralmente cortados curtos, nas mulheres, muitas vezes, deixados compridos e lindamente ondulados. O púbis era rapado. Para evitar a deformação, recheavam o corpo de argila, areia, resinas, serragem, rolos de pano de linho, adicionando a tudo isso drogas aromáticas e, singularmente, cebolas. Até os seios das mulheres eram recheados. CERAM, C. W. Deuses, túmulos e sábios. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979. p. 155-156. O fragmento descreve o processo de mumificação dos corpos, prática que, no contexto da antiga sociedade egípcia, significava A a crença na vida após a morte, no julgamento da alma e na possibilidade de esta retornar para buscar o corpo, que deveria estar conservado. B o desprezo pela vida além-túmulo, umavez que a conservação do corpo era uma forma de a família preservar o ente querido junto de si. C uma oportunidade para se estudar e aperfeiçoar o conhecimento sobre o corpo humano, sendo tal processo destituído de significado mítico. D uma forma de proporcionar aos escravos, ainda que na morte, o mesmo tipo de tratamento dado às camadas privilegiadas. E a afirmação do poder temporal dos reis ou faraós sobre o poder espiritual dos deuses, uma vez que a preservação do corpo desafiava as leis naturais. QUESTÃO 26 No início do século V a.C., a plebe romana experimentava um significativo crescimento, e sua importância econômica cada vez mais se ampliava. Os patrícios, então, aumentaram os impostos e exigiram maior participação da plebe nas legiões do Exército romano. Em 494 a.C., os plebeus retiraram-se de Roma e concentraram-se no Monte Sagrado, também conhecido como Monte Aventino, recusando-se a defender a cidade em caso de guerra. Pressionados por tal decisão, os patrícios foram obrigados a fazer concessões à plebe. O fragmento faz referência aos conflitos sociais entre patrícios e plebeus na Roma antiga que A resultaram na conquista, pelos plebeus, de leis que estabeleceram o princípio da igualdade civil na sociedade romana. B tiveram como principal causa a exploração da plebe nos serviços compulsórios prestados às legiões romanas. C desencadearam conquistas que permitiram à plebe a obtenção de uma situação de igualdade econômica com o patriciado. D produziram uma guerra civil que trouxe instabilidade política ao jovem regime republicano romano. E levaram à gradativa eliminação das instituições políticas que legitimavam o sistema escravista de produção. QUESTÃO 27 Se a data da abolição, 13 de Maio de 1888, marca, no Brasil, o fim do predomínio agrário, o quadro político instituído no ano seguinte quer responder à conveniência de uma forma adequada à nova composição social. Existe um elo secreto estabelecendo, entre esses dois acontecimentos e numerosos outros, uma revolução lenta, mas segura e concertada, a única que, rigorosamente, temos experimentado em toda a nossa vida nacional. A grande revolução brasileira [...] é antes um processo demorado [...]. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 171. Pode-se afirmar, a respeito das fases históricas que pontuam os processos de transformação na sociedade brasileira, que A a abolição representou a ruptura que permitiu a inserção de grupos marginalizados na construção de uma nova cidadania. B a abolição permitiu que o término da unilateralidade latifundiária fosse subjugado pela construção de uma sociedade industrial em expansão. C a abolição foi o acelerador para a implantação republicana, simbolizando a primeira grande transformação que possibilitou o aparecimento de novos protagonistas. D a abolição e a república podem ser vistas como peças de um mosaico revolucionário, fruto de um novo ritmo que potencializa transformações. E a abolição e a república fazem parte da composição de marcos históricos, que representam a lentidão em processos de ruptura política e inserção social. CH – 1o dia | Página 12 QUESTÃO 28 Texto 1 A base da mão de obra do Antigo Egito eram os camponeses, maioria absoluta da população. Viviam em aldeias, pagavam impostos ao Estado (em certos casos, a um templo ou senhor que tivesse imunidade fiscal) em forma de cereais, linho, gado e outros produtos, e também se prestavam a corveias ou trabalhos forçados, a nível local (obras de irrigação) ou nas obras públicas. Texto 2 Sem dúvida, porém, o principal tipo de trabalhador no feudalismo eram os servos. Contudo, não é fácil acompanhar a passagem da escravidão para a servidão. Ela cedeu lentamente, com variações regionais, mas sempre acompanhando o caráter cada vez mais agrário da sociedade ocidental. De fato, com a atrofia da economia mercantil, era mais difícil recorrer-se à mão de obra escrava (caso em que o trabalhador é mercadoria) ou assalariada (caso em que a força de trabalho é mercadoria). Assim, apresentava-se como solução natural a mão de obra servil, isto é, produtores dependentes, sem liberdade de locomoção (como tem um assalariado), mas que escapavam à arbitrariedade de um senhor (que atingia o escravo). Analisando os textos, que tratam das relações de trabalho no Antigo Egito e no mundo feudal, pode-se afirmar que A tanto no Egito como na Europa Medieval, a figura de um Estado forte e centralizado controlava as relações de trabalho e a produção. B o desenvolvimento de uma sólida atividade comercial/ urbana proporcionou condições para as relações de trabalho descritas no texto 2. C o texto 1 descreve as relações de trabalho no modo de produção asiático, que vigorou no Antigo Egito, onde o Estado era o dono dos meios de produção. D o texto 2 enfoca o modo de produção feudal, estruturado sobre uma economia monetária e intensa atividade mercantil. E tanto o texto 1 como o texto 2 apresentam relações de trabalho que se fundamentavam na posse coletiva da terra e na comercialização dos enormes excedentes agrícolas. QUESTÃO 29 Protestos na Ucrânia A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois que o governo desistiu de assinar, em 21 de novembro de 2013, um acordo de livre-comércio e associação política com a União Europeia, alegando que decidiu buscar relações comerciais mais próximas com a Rússia. [...] Em 24 de novembro, milhares de ucranianos favoráveis à adesão à União Europeia tomaram as ruas de Kiev para exigir que o presidente voltasse atrás na decisão e retomasse as negociações com o bloco. Manifestantes tentaram romper o cordão policial em frente à sede do governo e atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com golpes de cassetete e bombas de gás. Disponível em: <http://www.g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/entenda-os- protestos-na-ucrania.html>. O processo desencadeado na Ucrânia está ligado a questões históricas, culturais e econômicas, sobre as quais, deve-se inferir que A a Ucrânia conseguiu manter-se distante do regime da União Soviética durante a Guerra Fria e, nesse momento, encontra-se dependente do regime russo, o que a afasta de suas raízes culturalmente ocidentais. B os protestos devem ser compreendidos no âmbito étnico- -cultural, no qual uma parcela significativa da população, pró-ocidente, reivindica melhorias econômicas e maior democracia, apoiando a decisão do presidente ucraniano. C a forte dependência comercial da Ucrânia em relação à Rússia, que é destino de grande parte de seus produtos, e, principalmente, a questão do gás fornecido pela Rússia foram usados por esta para boicotar o acordo entre União Europeia e Ucrânia, fato que provocou os protestos ucranianos. D os protestos iniciados na Ucrânia em 2013 têm as mesmas motivações da chamada Revolução Laranja de 2004, que tinha Yulia Tymoshenko como figura importante da chamada Revolução Pró-Ocidente, mas esta chegou à presidência do país e se corrompeu junto aos russos. E o desmantelamento da antiga União Soviética, em 1991, provocou uma série de protestos anti-Moscou que acentuou os problemas étnico-nacionalistas na Ucrânia. Dessa forma, a população que vive ao leste do país, de tradições ocidentais, é obrigada a se submeter aos valores culturais do oeste, de predominância russa, que é contrária ao acordo com a União Europeia. CH – 1o dia | Página 13 QUESTÃO 30 Brasileiros, está acabado o tempo de enganar os homens [...]. Então, as províncias meridionais do Brasil, coligando-se entre si e tomando a atitude majestosa de um povo que reconhece entre seus direitos os da liberdade e da própria felicidade, lançaram os olhos sobre mim, o Filhodo seu Rei, e seu amigo [...]. O manifesto de 1o de agosto, redigido por Gonçalves Ledo. O manifesto passou a ser visto como palavras de Dom Pedro I, cuja produção foi influenciada A pela elite agrária brasileira que almejava uma independência sem grandes rupturas com a estrutura política metropolitana. B pelo conselheiro do rei, que acreditava que a independência deveria ser um ato que combinasse o conservadorismo e o liberalismo. C pelo próprio Estado português, que incentivava a autonomia do Brasil para que este, em meio à libertação, conservasse laços com a metrópole lusitana. D pela combinação de princípios iluministas com valores retrógrados de uma elite agrária, que pretendia adaptar- -se aos novos tempos sem perder privilégios. E pela tradição libertária dos portugueses, que, de forma revolucionária, alimentavam as colônias por meio de princípios racionalistas. QUESTÃO 31 As pretensões aristocráticas dos brasileiros do século XIX estavam diretamente vinculadas à escravidão. O escravo era a sustentação de todos os pontos da modernidade que se queria instaurar, e foi através do comércio de mão de obra africana e da exploração de seu trabalho que se acumularam as maiores fortunas do Brasil. Eram eles “as mãos e os pés” dos senhores. Apesar de idealizados por arquitetos estrangeiros, a construção propriamente dita das casas das famílias ricas era trabalho de escravo. Era pela força física dos escravos que se recheavam as residências de objetos “civilizados”, inclusive do pesadíssimo piano. Escravos tocavam música e serviam aos convidados em banquetes, bailes e saraus. A abolição da escravidão, em 1888, foi o fim de muitos barões do café. FIGUEIREDO, Luciano (org). História do Brasil para ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 164. De acordo com o trecho apresentado, compreende-se que a escravidão, enquanto regime de trabalho, A foi desvinculada de qualquer relação no universo produtivo que permitisse a construção de hierarquias sociais. B colaborou para a construção de um patrimônio material aristocrático, que, por sua vez, contribuiu para a construção de uma sociedade civilizada nos trópicos. C contribuiu para que as maiores fortunas fossem produzidas, servindo de sustento para que as ricas famílias começassem a pensar na abolição. D serviu para que os barões do café alcançassem a ascensão, o que permitiu que eles transferissem um legado para as futuras gerações. E por meio da abolição, gerou um novo ciclo socioeconômico, que teve início no Brasil, sepultando as estruturas produtivas ligadas ao campesinato. QUESTÃO 32 Entre aproximadamente 1050 e 1250 [...], ocorreu uma revolução agrícola que alterou, de todo, a natureza e aumentou muitíssimo a produção dos campos da Europa. Um dos primeiros e mais importantes avanços na agricultura foi o emprego do arado pesado. [...] No decurso da Idade Média inicial, criou-se um arado bem mais pesado e eficiente, capaz de lavrar as terras do norte. Além disso, esse novo arado era dotado de novos componentes que lhe permitiam revolver os sulcos e arejar perfeitamente a terra. Os benefícios foram imensos. Ao emprego do arado pesado, ligou-se, de perto, a introdução da rotação de cultivos denominada sistema de três campos. Uma terceira inovação importante foi o emprego de moinhos. [...] Assim que os europeus dominaram a complexa tecnologia da construção de moinhos de água, voltaram a atenção para o aproveitamento da energia eólica: por volta de 1170, construíram seus primeiros moinhos de vento. Outras inovações foram o carrinho de mão e a grade de destorroar, um implemento que era puxado sobre a terra, após a aradura, para aplainar a terra e misturar as sementes. Adaptado de: BURNS, Edward M. História da civilização ocidental. 42. ed. São Paulo: Globo, 2003. O fragmento faz referência às diversas inovações tecnológicas experimentadas pelos europeus na transição da Alta Idade Média (século V ao X) para a Baixa Idade Média (século XI ao XV). Tais inovações permitiram A o aumento da produção agrícola, a formação de excedentes, a retomada do comércio e a gradativa consolidação da classe burguesa. B o aumento da produção agrícola, assim como o fortalecimento do sistema feudal e das relações servis de produção. C o aumento da produção, a criação dos laços de suserania e vassalagem, e o declínio do poder da Igreja. D o aumento da produção, o declínio das atividades comerciais urbanas e o fortalecimento da nobreza. E o aumento da produção, a descentralização do poder político e o desaparecimento das relações escravistas de produção. CH – 1o dia | Página 14 QUESTÃO 33 Mais que um recurso natural, mais que um artigo de exportação. O que se descobriu em Minas, depois de dois séculos de colonização, foi fortuna em estado puro. Ao contrário do que ocorria com a cana-de-açúcar no Nordeste, o metal extraído dos leitos dos rios mineiros não dependia da demanda internacional e suas oscilações de cotação: já vinham em forma de dinheiro, pronto para ser posto em circulação ali mesmo. FIGUEIREDO, Luciano (org). História do Brasil para os ocupados. 1. ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. p. 152. Sobre o advento da mineração no Brasil Colonial, pode-se afirmar que A a febre do ouro enriqueceu um grupo seleto de particulares, ofuscando a sede cumulativa de estados metropolitanos. B a exploração aurífera representava a obtenção de riqueza monetária imediata, o que contribuía para o fortalecimento dos cofres dos estados recebedores. C o ciclo do ouro teve sua exuberância potencializada pela literatura romântica, escondendo o profundo prejuízo para aqueles que o exploravam. D o distrito do ouro e dos diamantes foi decisivo para que o contrabando de metais e de pedras viesse a ser competentemente delimitado. E a economia aurífera permitiu um eficaz crescimento urbano em áreas interioranas, estimulando a transferência de recursos para a produção açucareira. QUESTÃO 34 Mesmo as grandes invenções tendem a ficar velhas e, eventualmente, serem superadas. Com mais de duas décadas desde o lançamento do primeiro satélite, muitas das falhas que já existem desde o início do funcionamento do sistema GPS começam a ficar agravadas, como as provocadas pelas variações atmosféricas ou pela baixa precisão – com até 20 metros de margem de erro. Concepção artística de um satélite de GPS. W ik im ed ia C om m on s Entretanto, não é somente a “idade avançada” o principal fator que motivou os países da Europa a buscarem uma alternativa para o GPS. Assinale o item que apresenta como será conhecido esse “novo GPS” e qual outro motivo levaria os europeus a gastarem nesse projeto o valor de 3,2 bilhões de euros. A O projeto é conhecido como Galileo, e o motivo seria o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo Departamento de Defesa Americano; e, assim, por temor de um uso por parte dos europeus, esse satélite não é liberado naquele continente. B O projeto é conhecido como Glonass e vem sendo construído em sociedade com a Rússia. O motivo seria o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo Departamento de Defesa Americano; e, assim, europeus e russos não confiam na ação desse satélite em seus territórios. C O projeto é conhecido como Glonass e vem sendo construído com fundos da União Europeia. O motivo seria o fato de o GPS ter de servir, primariamente, às Forças Armadas dos Estados Unidos, mesmo que o sinal esteja liberado para uso civil. D O projeto é conhecido como Compass e vem sendo construído com fundos da União Europeia em associação com a China. O motivo seria tomar o mercado de vendas dos receptores de GPS que utilizam o sinal do GPS norte- -americano.E O projeto é conhecido como Galileo, e o motivo seria o fato de o GPS ter sido desenvolvido e mantido pelo Departamento de Defesa Americano. Isso significa que o sistema deve servir, primariamente, às Forças Armadas dos Estados Unidos, mesmo que o sinal esteja liberado para uso civil. CH – 1o dia | Página 15 QUESTÃO 35 Infelizmente, o agricultor comum, de instrução limitada, não se beneficia das informações meteorológicas, pois a parte que mais lhe interessa, a previsão e a medida de chuva, é apresentada em milímetro (mm), o que faz com que ele tenha dificuldade em interpretar, bem como ele não se interessa em usar o pluviômetro, pois sua escala de medida de chuva também é em milímetro (mm). Procurando sanar essa dificuldade de comunicação, cheguei a uma observação simples e direta, que qualquer agricultor, ao conhecer, imediatamente passa a entender a previsão e a medida de chuva em milímetro (mm). Essa observação é: cada milímetro de chuva fornece um litro de água por metro quadrado. Ao ver o milímetro de chuva ser transformado em litro de água por metro quadrado, duas medidas de seu pleno conhecimento e domínio, as dúvidas se esclarecem, e o agricultor passa a conhecer o volume de água que cai do céu em sua propriedade. BARROS, Antônio Carlos Sardenberg de. Previsão e medida de chuva em milímetros confundem agricultores. Disponível em: <http://www.seea.org.br/artigosandenberg.php>. Levando em consideração o texto do engenheiro agrônomo Antônio Carlos Sardenberg de Barros, se na cidade de Umari, no centro-sul cearense, choveram 30,0 mm, e nesse município, um determinado agricultor possui uma propriedade de x hectares, quantos litros de chuva essa propriedade realmente recebeu? A 30 litros/hectare. B 300 litros/hectare. C 3 000 litros/hectare. D 30 000 litros/hectare. E 300 000 litros/hectare. QUESTÃO 36 A redemocratização dos países da América do Sul é fato recente. Não faz tanto tempo assim que países como Chile, Brasil, Argentina e Peru viviam sob regimes políticos de exceção, onde a vontade do povo era sufocada por governos autoritários, normalmente de feição militar. Pois superada a fase dos regimes ditatoriais, parecia que a América do Sul, pobre economicamente, poderia modernizar-se, pelo menos em termos políticos. Nesse contexto, brasileiros, argentinos e outros povos voltaram a eleger diretamente seus governantes. A verdadeira democracia parecia instalada. Disponível em: <http://hugocesaramaral.blogspot.com.br/2009/09/fragil-democracia-latina.html>. Acesso em: 10 fev. 2014. Em 2012, o Paraguai viu seu presidente Fernando Lugo sofrer impeachment, o que foi considerado pelos líderes do Mercosul como um atentado à democracia, fazendo com que o país fosse suspenso do bloco econômico. O princípio democrático do bloco foi assegurado a partir do Protocolo de A Olivos. B Ouro Preto. C Brasília. D Ushuaia. E Cusco. QUESTÃO 37 A Constituição que nos rege nada tem a invejar a de outros povos; serve a eles de modelo e não os imita. Recebe o nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse do maior número, e não de uma minoria. Nos negócios privados, todos são iguais perante a lei [...]. Livres em nossa vida pública, não pesquisamos com curiosidade suspeita a conduta particular de nossos cidadãos [...]. Ouso dizê-lo, Atenas é a escola da Grécia. Adaptado de: Discurso de Péricles. In: TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: Editora Universidade Brasília, 1987. p. 98. O trecho foi retirado de um discurso do líder ateniense Péricles (século V a.C.) e permite entender que a democracia grega A inspirou-se nos modelos de gestão e participação política das cidades-Estado sumerianas. B alcançou sua mais notável expressão nas cidades da Liga do Peloponeso, à época lideradas por Esparta. C condenava formalmente a prática do ócio, tão profundamente enraizada na sociedade ateniense. D apesar de restringir a participação de mulheres e escravos, foi um avanço diante das formas despóticas de governo. E só foi possível devido aos efeitos da Guerra do Peloponeso, que fortaleceu e amadureceu o mundo grego. CH – 1o dia | Página 16 QUESTÃO 38 Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 11 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o declínio do mercado negreiro, ex-escravos e outras parcelas da população acabaram se fixando em fundos de vales e encostas de morros, que, por estarem dentro da cidade, ficavam mais próximos do mercado de trabalho. Com o desenvolvimento da economia brasileira durante o século XX, esses espaços também foram sendo ocupados, pouco a pouco, pelas pessoas que saíam do campo em busca de melhores condições nos centros urbanos, mas que não podiam pagar para morar nas áreas nobres. O tempo fez crescer o número de favelas no Brasil, sem que, no entanto, o Estado oferecesse a infraestrutura apropriada – com acesso a saneamento básico e segurança, por exemplo. Assim, a população se organizou. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/geografia/pratica-pedagogica/favela-como-espaco- cidade-475205.shtml>. Acesso em: 09 fev. 2014. Segundo o geógrafo Milton Santos, o espaço geográfico surge somente depois de o território ter sido usado, modificado ou transformado pelas sociedades humanas, ou quando estas imprimem na paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Assim, o espaço das favelas representa A espaço de produção culturalmente homogêneo e estruturalmente isolado, em face da histórica marginalização social imposta por uma elite. B espaço segregado economicamente e culturalmente miserável, subjugado aos espaços elitizados por uma minoria etnicamente branca. C espaço de violência urbana e social que se autoexcluiu da sociedade como forma de preservação de uma identidade cultural. D espaço caracterizado por condições precárias de sobrevivência, mas que se apresenta multicultural, onde grandes manifestações populares emergiram, como o samba e o funk. E espaço de constituição recente, que remonta da primeira década do século XXI, onde existem problemas sociais, econômicos e estruturais, mas que funciona como inspiração para o desenvolvimento de manifestações culturais. QUESTÃO 39 Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No lugar dos 100 000 homens de todas as partes do Brasil que se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em condições precárias, haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança. Em 2010, quando a cooperativa dos garimpeiros ganhou do Governo Federal o direito de retomar a exploração de seu tesouro, os técnicos do Ministério de Minas e Energia estimaram em 50 toneladas a quantidade de ouro ainda existente no local. Se o cálculo se confirmar, será mais do que se conseguiu extrair nos sete anos em que o garimpo funcionou, entre 1980 e 1987: 40 toneladas. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/a-nova-corrida-do-ouro-em- serra-pelada-sem-as-tensoes-o-sofrimento-e-as-cenas-biblicas-dos-anos-80/>. A estrutura geológica onde as jazidas de ouro de Serra Pelada-PA foram encontradas é uma A bacia sedimentar, datada do Pré-Cambriano. B cadeia orogenética, consolidada no Cenozoico Terciário. C estrutura cristalina, formada no Pré-Cambriano. D zona de falhamento, com gênese no Mesozoico. E zona de obducção tectônica, originada no Pré-Cambriano. QUESTÃO 40 “E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo,sem dono. Depois tudo isso se acaba. Voltam os dias torturantes, a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a intermitência das chuvas – o espasmo assombrador da seca. A natureza compraz-se em um jogo de antíteses.” O trecho de Os sertões, de Euclides da Cunha, faz parte da narrativa sobre a Guerra de Canudos e reflete uma paisagem típica do domínio do(a) A Mar de Morro. B Mata dos Pinhais. C Cerrado. D Amazônia. E Caatinga. CH – 1o dia | Página 17 QUESTÃO 41 Mais de 30% acreditam em impactos negativos com volta de fuso do Acre R ep ro du çã o Há pouco mais de dois meses, o fuso horário do Acre e de 13 municípios amazonenses voltou a ser de duas horas a menos de diferença em relação ao de Brasília, e três horas durante o horário de verão. Para 33% das 45 empresas comerciais da capital Rio Branco, abordadas na pesquisa realizada pela Federação do Comércio do Acre (Fecomércio/ AC), a mudança trouxe impactos negativos. Esses comerciantes acreditam que o motivo foi a necessidade de readequação de horários para os recursos humanos empregados. No entanto, 31% consideram que houve melhora, pois o horário comercial inicia com maior fluxo de pessoas nas ruas da cidade. Os demais 36% preferem não opinar sobre a questão. Considerando que o “novo antigo” fuso horário trouxe mudanças para os costumes da sociedade do Acre, na avaliação, 65% dos estabelecimentos comerciais recebem mais clientes no período das 9h às 14h. Também na opinião de 44% dos representantes do comércio instalado no Acre, o horário comercial deveria ser das 8h às 18h. Outros 27% se mostram favoráveis ao horário comercial no período das 9 às 19h. Considerando a vigência de aproximadamente 5 anos do fuso horário, encerrado em 10 de novembro de 2013 e iniciado no ano de 2009, o estudo fez uma avaliação sobre os estabelecimentos comerciais que efetivamente tiveram maior expectativa quanto ao funcionamento operacional com duas horas em defasagem ao horário oficial de Brasília. [...] Disponível em: <http//g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/02/volta-de-horario-trouxe- prejuizos-para-33-dos-comerciantes-na-capital.html>. Sobre os fusos horários, é correto afirmar que A como a porção ocidental do estado do Amazonas, constituída pelos 13 municípios em questão, concentra a maior parte da população amazonense, a mudança de fusos ocorrida em 2008 causava um incômodo a partir da drástica mudança nos relógios biológicos de seus moradores. B a existência dos fusos horários é resultado direto do movimento de rotação do nosso planeta, no qual a Terra, ao girar, leva 24 horas para apresentar cada um dos 360º ao Sol, o que permite concluir que cada 15º da circunferência terrestre equivalem a uma hora solar ou à passagem de um fuso horário. Outro resultado que se pode perceber desse movimento são as quatro estações do ano. C com o retorno da organização de quatro fusos, o Acre ficará com duas horas de atraso em relação aos grandes centros urbanos e econômicos, como São Paulo e Rio de Janeiro, o que pode vir a afetar e, até mesmo, a prejudicar as transações econômicas, visto que os grandes bancos fecharão, em média, duas horas mais cedo. D a população acriana tem razão ao exigir, por meio de um plebiscito, o retorno de seu antigo horário, visto que, a partir da aprovação da lei no 11 662, de 24 de abril de 2008, de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC), os trabalhadores do Acre passaram a trabalhar duas horas a mais que o restante da população brasileira. E com a nova mudança que passou a valer desde 31 de outubro de 2013, a diferença entre o Acre e os grandes centros do Sudeste passou a ser de uma hora em relação ao horário de Brasília, e aumentava para duas horas durante o horário de verão, período em que todas as regiões do Brasil, a partir de 20 de outubro de 2013, adiantam em uma hora os seus relógios. CH – 1o dia | Página 18 QUESTÃO 42 O Brasil pode ser caracterizado, no que se refere à sua localização, da seguinte maneira: • Localização: América do Sul; • Porção centro-oriental da América do Sul; • Cortado pelo Equador e pelo Trópico de Capricórnio; • 100% no Hemisfério Ocidental; • 93% do território no Hemisfério Sul ou Meridional; • 92% do território na zona tropical. Ainda que o Brasil se encontre 92% na zona tropical, ocorrem diversas variações climáticas em sua superfície, tal como mostra o mapa a seguir. Adaptado de: ALMEIDA, L. M.; RIGOLIN, T. B. Geografi a. 5. ed. São Paulo: Editora Ática, 2002. 500 P(mm) Ocorrência de geada 0 412 824 Equador OCEANO ATLÂNTICO ESCALA Km Trópico de Capricórnio Polígono das Secas Áreas com restrições climáticas P(mm)T(ºC) T(ºC) 400 400 300 300 200 200 100 Pluviosidade média Pluviosidade média Temperatura média Temperatura média 100 J F M A M J J A S O N DJ F M A M J J A S O N D IBGE, Anuário estatístico do Brasil, 1999. 40 40 35 35 30 30 25 25 20 20 15 15 10 10 5 5 0 00 0 A B 1 3 6 4 2 5 Identifi que os climas destacados nos climogramas A e B, respectivamente, e, em seguida, identifi que-os no mapa de acordo com a numeração apresentada. A A – equatorial e B – subtropical; aparecem nos números 1 e 4 no mapa. B A – equatorial e B – semiárido; aparecem nos números 6 e 5 no mapa. C A – semiárido e B – tropical úmido; aparecem nos números 6 e 5 no mapa. D A – equatorial e B – tropical de altitude; aparecem nos números 1 e 2 no mapa. E A – tropical úmido e B – tropical de altitude; aparecem nos números 6 e 2 no mapa. QUESTÃO 43 Em uma escavação realizada em uma área de campo experimental, os visitantes puderam visualizar, com clareza, a coloração da terra, que se mantém mais escura até uma profundidade que varia de 30 centímetros a um metro, aproximadamente. Os solos são caracterizados pela ampla disponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio, zinco, manganês, fósforo e carbono. As áreas estudadas fazem um contraponto à maioria dos solos da região amazônica, que apresentam a coloração amarelada, baixa fertilidade e acidez – condições desfavoráveis à agricultura. Adaptado de: ROSA, Felipe. Embrapa Amazônia Ocidental. O texto faz menção a uma descoberta que está quebrando algumas ideias preconcebidas sobre uma vasta área do Brasil: a região amazônica. Os solos aos quais o texto está se referindo são conhecidos como A terra preta de índio. B salmourão amazônico. C solos aluviais guaranis. D terra roxa de hileia. E tchernozion tupiniquim. R ep ro du çã o CH – 1o dia | Página 19 Nos últimos anos, um dos temas ambientais de maior destaque refere-se ao aquecimento e às mudanças climáticas globais, que ocasionam desastres naturais. Sobre as discussões que permeiam esse assunto, pode-se inferir que A os relatórios do IPCC, composto por um grupo de pesquisadores que vem analisando o impacto das ações antrópicas sobre o clima, são considerados precisos, sendo respeitados, de forma unânime, por toda comunidade científica mundial. B o aumento da temperatura média do planeta está intimamente ligado às atividades exclusivamente humanas, que, desde a Revolução Industrial, vêm ocasionando a emissão de gases de efeito estufa em uma escala reduzida, desequilibrando a atmosfera da Terra. C o aquecimento global tem como principal causa a poluição atmosférica, pois esta camada de poluentes facilita a dispersão do calor, e o resultado é o aumento da temperatura de centros urbanos, se comparados à periferia. D o aumento da temperatura no mundo está provocando o derretimento das calotas polares, logo há um aumento do nível das águas dos oceanos, podendoocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas. E o buraco na camada de ozônio, provocado pela poluição de metais pesados liberados pela queima de combustíveis fósseis, é outro elemento que tem contribuído para o aquecimento global. QUESTÃO 44 O Açude Castanhão é um açude brasileiro que foi construído sobre o leito do Rio Jaguaribe, no estado do Ceará. A barragem está localizada predominantemente na cidade de Jaguaribara, embora atinja outros municípios. A obra foi iniciada em 1995 e somente foi concluída em 23 de dezembro de 2002, em uma parceria entre a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH-CE) e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Muitos relembram as previsões do beato Antônio Conselheiro, que dizia, em suas pregações, que “o sertão vai virar mar”, e ainda que essa previsão não tenha se cumprido de forma completa, a construção do Açude Castanhão trouxe consigo grandes consequências que podem ser vistas nos mais diferentes níveis. Uma das consequências, a nível social, mais nítida pode ser vista A pelo aumento contínuo do nível das precipitações pluviométricas na região, resultantes do aumento da evaporação vinda do reservatório. B por meio da construção de Nova Jaguaribara, cidade planejada, criada com o intuito de substituir a antiga cidade homônima para posterior remoção de sua população. C pela elevação do nível econômico da população, que passou a dispor de novos empregos trazidos pelas indústrias e hidrelétricas instaladas às margens do referido açude. D por meio da diminuição da agropecuária, devido às elevações do nível do reservatório nas épocas de intensas chuvas na região do semiárido. E por meio da construção de uma nova hidrelétrica, que funciona pelo sistema de fio d’água e passou a suprir mais da metade da necessidade energética do Ceará. QUESTÃO 45 Em relatório divulgado na sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014, a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) citou o Brasil na lista de eventos climáticos extremos ocorridos em algumas partes do mundo desde dezembro no ano passado e nos dois primeiros meses deste ano. O órgão destacou a onda de calor prolongada no país. No texto, a WMO diz que partes do Brasil tiveram o janeiro mais quente da história. Além do Brasil, onde alguns estados da Região Nordeste tiveram o pior período de estiagem dos últimos 50 anos, o órgão recorda o período de calor incomum registrado na Argentina, na Austrália e na África do Sul. A WMO ressalta ainda que grande parte dos Estados Unidos sofre com ondas de frio e nevascas durante o inverno, enquanto o estado da Califórnia enfrenta seca. Além disso, cita as fortes chuvas que provocaram inundações no Reino Unido. Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/02/orgao-da-onu-cita-brasil-em-lista-de- eventos-climaticos-extremos.html>. Acesso em: 15 fev. 2014. CN – 1o dia | Página 20 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 QUESTÃO 46 Quando deixamos um carro estacionado durante algumas horas sob o Sol, percebemos que seu interior fica muito quente e que, às vezes, podem até ocorrer pequenas rachaduras no painel, devido à exposição à radiação solar. Para tentar minimizar essa incidência de luz solar no painel do carro e melhorar a temperatura em seu interior, uma possível solução é o uso dos protetores solares laminados, como nas figuras a seguir. A explicação física que justifica o funcionamento desses protetores é que A por serem laminados, eles favorecem a absorção da radiação solar, minimizando a quantidade de calor irradiado para o interior do carro. B a estrutura laminada do protetor solar favorece a reflexão da luz incidente, minimizando a quantidade de calor absorvida por ele e transmitida para o interior do carro. C os protetores solares são capazes de polarizar a luz incidente, e é esse fenômeno de “filtragem” da luz que é o responsável pela minimização da quantidade de calor que entra no carro. D a estrutura laminada favorece a interferência destrutiva entre as ondas luminosas incidentes e as refletidas, minimizando a quantidade de calor que entra no carro. E a estrutura laminada tem dimensões que desfavorecem a difração da luz; logo, a quantidade de energia luminosa que entra no carro, sob a forma de calor, acaba sendo minimizada. QUESTÃO 47 Reação de oxirredução salva vidas A Lei Seca (Lei 11 705) foi implantada junto ao Código de Trânsito Brasileiro, no qual o motorista que for flagrado com nível de álcool acima do permitido (0,1 mg/L de sangue) terá que pagar uma multa, e quem estiver embriagado (níveis acima de 0,3 mg/L) terá o carro apreendido e ainda perde a habilitação. A medida do nível alcoólico no sangue é feita por meio do bafômetro, aparelho que permite determinar a concentração de álcool analisando o ar exalado dos pulmões do indivíduo. Im ag en s: R ep ro du çã o Dentro desse aparelho, ocorre a seguinte reação química. K2Cr2O7(aq) + 4 H2SO4(aq) + 3 C2H5OH(v) → → 3 C2H4O(g) + K2SO4(aq) + Cr2(SO4)3(aq) + 7 H2O() O reagente dicromato de potássio (K2Cr2O7) possui coloração amarelo-alaranjada. O produto formado na reação é o sulfato de crômio III – Cr2(SO4)3 (composto verde). Como se observa, a reação dá origem aos sais: Cr2(SO4)3 e K2SO4. Para entender o funcionamento do bafômetro, é preciso saber que, quando o álcool (exalado pelo motorista embriagado) entra em contato com a solução de dicromato de potássio (meio ácido), provoca uma reação de oxirredução: o dicromato oxida o álcool etílico a aldeído acético (C2H4O). Na reação final, o dicromato (amarelo-alaranjada) dá origem ao sulfato de crômio III (coloração verde). Essa mudança de coloração indica a embriaguez do motorista. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/quimica/reacao-oxirreducao-salva-vidas.htm>. Sobre as reações de oxirredução, pode-se inferir que o agente oxidante da reação será o A C2H4O. B K2Cr2O7. C H2SO4. D C2H5OH. E Cr2(SO4)3. CN – 1o dia | Página 21 QUESTÃO 48 A origem provável da vida na Terra data do Pré-Cambriano, ou seja, de 570 milhões a 4,6 bilhões de anos atrás. Surgiram formas de vida de complexidade suficiente para deixarem os seus vestígios microfósseis nas rochas da época. Há evidências para considerar que há evolução biológica e suas teorias procuram explicar como as espécies de seres vivos surgiram na Terra, como sofrem modificações no decorrer do tempo e a especiação, a razão de suas semelhanças e diferenças, e também por que os seres vivos possuem adaptações que os ajudam a sobreviver e a se reproduzir em seus ambientes. Um aspecto impressionante do mundo vivo é a sua biodiversidade, ou seja, a variedade de seres vivos existente em determinado hábitat ou no planeta como um todo. No decurso da vida, é possível perceber períodos de extinção em massa, como ocorreu na Era Mesozoica, período Cretáceo (66-144 milhões de anos atrás), quando dinossauros e diversas espécies de animais e vegetais desapareceram, promovendo a perda acelerada da biodiversidade, a qual se relaciona a genes, espécies, ecossistemas e nichos ecológicos. Considerando a biodiversidade de organismos, pode-se afirmar que A a grande biodiversidade nas florestas tropicais surgiu porque os solos são muito ricos em macro e micronutrientes, entretanto, biomas de clima semiárido são pobres em endemismos e em diversidade, devido ao solo de origem cristalina. B todas as espécies de procariotos e insetos estão catalogadas, mas, em contrapartida, estima-se que todos os primatas estejam catalogados. C a grande diversidade biológica do planeta se deve à interação entre as tolerâncias ambientais dos diferentes grupos animais, à heterogeneidade de
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