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Amebíase: uma doença negligenciada

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PROTOZOÁRIOS INTESTINAIS 
AMEBÍASE – ENTAMOEBA 
A Entamoeba histolytica é uma das que 
causa mais patogenicidade entre as 
entamoebas. 
A amebíase é uma doença infecciosa 
causada por um protozoário → Não possui 
flagelos, se locomove através de 
pseudópodes (falsos pés). 
A Entamoeba histolytica, cerca de 80% dos 
portadores são assintomáticos, sendo essa 
principal dificuldade para a diminuição do 
número de casos. → É uma doença um 
pouco negligenciada, por ser assintomática. 
Essa doença mata aproximadamente 100 
mil pessoas por ano, sendo a segunda maior 
taxa de mortalidade por parasitose no 
Brasil. → Perde apenas para a malária; uma 
doença com uma agressividade muito alta. 
O Brasil é mais acometido pelas 
Entamoebas histolytica e Entamoeba Coli. 
 
 
ENTAMOEBA – AMEBÍASE 
Três espécies de Entamoeba são 
morfologicamente indistinguíveis, mas 
técnicas moleculares mostram que são 
espécies diferentes: 
- E. histolytica (patogênica ); 
- E. díspar / coli (coloniza o cólon de maneira 
inofensiva, o mais comum) 
- E. moshkovskii (patogenicidade incerta) 
\→ Ninguém sabe ao certo o que ela pode 
causar; ela não se apresenta no Brasil. 
 
 
 
 
MORFOLOGIA 
Entamoeba hystolytica – Agente etiológico 
da desinteria amebiana ou amebíase. 
→ Um dos motivos dela matar tanto é a 
desinteria 
Possui três formas evolutivas, porém uma 
das formas passa por uma divisão dentro do 
intestino onde não terá grande diferenças 
do cisto. 
 
 → Cisto → Trofozoíto 
A forma infectante será a cística (fecal/oral); 
vai estar contaminada na água, nos 
alimentos, cistos eliminados nas fezes (onde 
as moscas podem ser o vetor mecânico); a 
forma cística não se locomove, mas é a 
forma infectante. 
A forma que se locomove por pseudópodes 
é a forma trofozoíto 
O diagnóstico é feito através de cistos nas 
fezes, e algumas formas trofozoítos nas 
fezes. 
Quando o paciente chega e fala que está 
com uma desinteria que não para que não 
cessa, em intervalos de 10 a 20 minutos, 
pode-se suspeitar de uma amebíase; nessa 
situação clínica de desinteria / diarreia 
iremos observar a forma trofozoíto nas 
fezes. 
Trofozoíto – apresenta um núcleo bem 
central. A diferença para o núcleo da coli, é 
que o núcleo é mais excêntrico, mais na 
borda do citoplasma. 
Cisto – Encontramos em fezes formada, em 
indivíduos que estão assintomáticos, onde 
não apresentam desinteria; visualizamos 4 
núcleos. Na Entamoeba coli, é o mesmo 
tamanho, mesmo formato, porém a 
quantidade de núcleos que iremos 
encontrar é de 8 núcleos (4 pares). 
→ Entamoeda histolytica – 4 núcleos 
→ Entamoeba coli – 6 – 8 núcleos. 
 
Na microscopia é possível visualizar 
perfeitamente a estrutura de 2 acrossomos 
e os 4 núcleos (forma císitica). 
 
 
 
 
 
HABITAT 
Esse protozoário, habita o intestino grosso 
humano, porém a sua diferenciação começa 
no intestino delgado; tendo forma 
ameboide e locomovendo-se através de 
pseudópodes. 
 
Caracteriza-se por apresentar uma fase de 
vida comensal, por isso 90% dos casos de 
amebíase são assintomáticos, entretanto o 
parasito pode se tornar patogênico, 
provocando quadros disentéricos de 
gravidade variável; vai depender do sistema 
imunológico de cada indivíduo. 
CICLO EVOLUTIVO 
Seu ciclo evolutivo é monóxeno, ou seja, a 
Entamoeba histolytica completa seu ciclo 
em apenas um hospedeiro; e o modo de 
infecção é fecal-oral (forma cística) , ou seja, 
o homem se infecta ao ingerir cistos 
presentes na água ou nos alimentos 
contaminados. 
O desencistamento ocorre na porção final 
do intestino delgado, liberando os 
trofozoítos que passam a viver como 
comensais e a reproduzir-se por divisão 
binária. (não temos hospedeiro definitivo / 
indeterminado, pois não possui larva, não 
possui divisão sexuada) 
Através de mecanismos ainda 
desconhecidos, mas provavelmente 
relacionados com a ruptura do equilíbrio 
intestinal (baixa imunidade local, alteração 
da microbiota intestinal, lesões de mucosa, 
etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos 
e invadem a parede intestinal, alimentando-
se de células da mucosa e de hemácias. 
→ Em alguns casos, irá ter hemácias no 
citoplasma do protozoário, pois a 
Entamoeba irá fagocitar a hemácia. 
 
Em casos de infecção crônica podem invadir 
outros órgãos através da circulação 
sanguínea, especialmente ao fígado. 
→ Podem chegar no rim, no pulmão e até 
mesmo no cérebro. 
 
O trofozoíto que permanece no instestino 
sob a forma comensal reduzem o seu 
metabolismo, armazenam reservas 
energéticas e secretam uma parede cística 
ao seu redor, formando os cistos, que são 
eliminados através das fezes. 
→ Nas fezes não diarreicas encontramos a 
forma cística do parasito; na forma diarreica 
encontramos a forma trofozoíto. 
 
Dentro do cisto o parasito realiza divisão 
binária formando quatro novos indivíduos 
que desencistam quando chegam ao 
intestino de um novo hospedeiro. 
→ Vão se dividindo, de quatro para o oito, 
de oito para 16, de 16 para 32, e assim em 
diante. 
 
CICLO BIOLÓGICO (VER ESQUEMA) 
CICLO EVOLUTIVO 
Entamoeba histolytica - Amebíase 
 
A E. histolytica é a forma mais patogênica, 
enquanto a E. coli vive numa boa, como um 
comensal intestinal. 
O indivíduo ao ingerir uma forma cística, a 
ameba vai começar no intestino delgado a 
forma metacística, se rompendo, 
começando a sua divisão, divisão binária 
(forma vegetativa). 
Quando virá a forma trofozoíto, uma das 
suas nutrições são as hemácias; o trofozoíto 
pode se torna invasiva ou não invasiva. 
 
TRANSMISSÃO 
Modo de infecção é fecal-oral. 
O homem se infecta ao ingerir cistos 
presentes na água ou nos alimentos 
contaminados. 
 
PATOGENIA E SINTOMAS 
O ciclo não-patogênico, na luz do intestino 
grosso, e o ciclo patogênico (consegue 
chegar na corrente sanguínea), que se 
realiza na parede intestinal, no fígado e em 
outros órgãos, podem ocorrer 
simultaneamente. 
Com a mucosa intestinal inflamada, o 
paciente manifesta febre, dor abdominal 
prolongada, diarreia com posterior 
disenteria (fezes com muco, pus e sangue), 
distensão abdominal e flatulência. Passada 
a diarreia, não é possível observar a forma 
trofozoíto no microscópio. 
Em casos mais graves, pode ocorre anemia, 
necroses extensas da mucosa (pode ser 
confundida com um adenocarcinoma), 
colite ulcerativa, apendicite, perfuração 
intestinal e peritonite. 
Os trofozoítos podem chegar a outros 
órgãos através da circulação, especialmente 
ao fígado, onde provocam a formação de 
abcessos hepáticos e o desenvolvimento de 
um quadro frequentemente fatal, paciente 
vai estar desidratado. O abcesso pode ser 
aspirado através de punção. 
 
Entamoeba histolytica 
Parasita: monóxeno (um hospedeiro) 
Modos de infecção: passivos (não faz 
nenhuma agressão como o barbeiro faz): 
- Ingestão → água, objetos ou alimentos 
contaminados com fezes contendo o cisto; 
- Autoinfecção. 
Órgãos parasitados: 
- Íleo (intestino delgado) → colonização não 
invasiva; 
- Intestino grosso (doença intestinal); 
- Fígado; 
- Pulmões; 
- Rins; 
- Cérebro → Doença extra intestinal. 
 
ABSCESSO HEPÁTICO é geralmente único. 
Pode estar presente em pacientes que não 
tiveram sintomas prévios, é mais comum 
em homens (7:1) do que em mulheres (9:1) 
e pode se desenvolver e forma insidiosa (vai 
e volta). 
Os sintomas incluem dor ou desconforto 
sobre o fígado; febre intermitente; 
sudorese; calafrios; náuseas; vômitos; 
fraqueza (geralmente os sintomas são 
confundidos com outras doenças). Icterícia 
não é comum e, quando presente, é de grau 
leve. O abscesso pode ser perfurado no 
espaço subfrênico, na cavidade pleural 
direita, no pulmão direito, ou em outros 
órgãos adjacentes. 
LESÕES DE PELE são algumas vezes 
observadas, em especial ao redor do 
períneo e da região glútea. 
→ Pouco observada, por não seruma 
característica comum da doença. 
 
DIAGNÓSTICO 
A maioria das infecções por E. histolytica é 
assintomática e normalmente o próprio 
organismo consegue combater a doença. 
→ Quando o sistema imunológico está bem, 
a microbiota está bem, o indivíduo 
geralmente não apresenta os sintomas. 
→ Em regiões pobres podem se 
desenvolver um sistema imunológico e uma 
microbiota ineficaz o que possibilita a 
agressividade da doença. 
 
No entanto, cerca de 4 a 10% desses 
indivíduos desenvolvem disenteria 
amebiana ou as formas extra intestinais da 
doença. 
O indivíduo com disenteria amebiana aguda 
em geral apresenta dores abdominais e 
diarreia com presença de muco e sangue 
nas fezes, em alguns casos podem aparecer 
também náuseas, vômitos, mal-estar, 
cefaleia e febre. 
→ Vamos distinguir a doença de outras, 
através de exames laboratoriais. Com o 
exame de fezes é capaz de fechar o 
diagnóstico. 
Dependendo do grau do sistema 
imunológico, a amebíase pode causar 
grandes danos ao nosso organismo, o que 
irá dificultar o tratamento. 
O diagnóstico laboratorial é feito pela 
visualização de trofozoítos com hemácias 
fagocitadas, presentes com maior 
frequência em fezes diarreicas. 
→ Nas fezes diarreicas é possível observar 
as duas formas, porém não é muito comum. 
O cisto da Entamoeba histolytica é bastante 
semelhante aos cistos de espécies 
comensais de Entamoeba sp (podendo ser 
díspar, coli...), e a identificação, feita 
através da morfologia e do número de 
núcleos, torna o diagnóstico complexo. 
Atualmente, a detecção de anticorpos ou 
antígenos é uma importante ferramenta 
para o diagnóstico da amebíase e pode ser 
associado ao diagnóstico de imagem e 
histopatológico (biopsia). 
O exame de fezes é o mais comum, apesar 
de não ser específico. 
SEDMENTAÇÃO ESPONTÂNEA – MÉTODO 
DE HOFFMAN 
MÉTODO DE HOFFMAN 
 
O método de Hoffman é feito através de 
sedimentação espontânea, onde se pega 
uma porção das fezes formadas ou 
diarreicas; faz-se uma homogeinização em 
uma solução de safi (solução fisiológica, 
ácido acético e formol) ; a solução fisiológica 
irá ser utilizada para a diluição das fezes, o 
ácido acético irá diminuir a proliferação da 
bactéria e o formol irá manter a morfologia 
do cisto ou da forma trofozoíto. Faz-se 
então uma coagem com uma gaze e deixa 
sedimentar. Na maioria dos helmintos, 
deixa-se ocorrer a sedimentação em um 
cálice, onde vai ocorrer o depósito do cisto, 
porém temos que deixar um tempo mais 
prolongado que o eventual, pois o cisto é 
muito leve e demora para se decompositar 
no fundo, pela lei da gravidade ele vai 
demorar mais para sedimentar, então 
deixamos 24h ou até mesmo 48 horas, uma 
vez que nessa solução existe o formol e o 
ácido acético para que impeça a 
proliferação de bactérias e possamos 
visualizar com maior facilidade na 
microscopia. 
Outra forma, é através do método de 
Wiliam, onde fazemos o mesmo 
procedimento, porém centrifugamos o 
líquido para ocorrer a sedimentação através 
da centrifuga. Porém, a centrifuga pode 
romper a parede da forma trofozoíto e 
dificultar a visualização na microscopia. 
Com isso, o método de Hoffman é melhor, 
apesar de ser prolongado. 
 
MICROSCOPIA 
Apesar do exame parasitológico de fezes 
não ser o mais específico e sensível para um 
correto diagnóstico, é um exame de fácil 
acesso e de baixo custo, realizado em 
qualquer laboratório. 
→ Não existe um exame específico para a 
descoberta da Entamoeba. 
Quando requisitado, o utente deve fazer a 
recolha de pelo menos três amostras 
(podendo chegar a pedir até sete amostras) 
de fezes em dias alternados [vai haver um 
tempo para o parasito passar da forma 
cística para a forma trofozoíto ou vice versa; 
alguns trofozoítos podem ficar na mucosa 
(forma infectante), o que torna difícil 
observar na microscopia e outros vão 
descer e sair nas fezes] devido à eliminação 
intermitente dos parasitas (aumenta a 
sensibilidade de 33-50% para 85-95% 
comparado a apenas uma amostra). 
→Para fechamento de diagnóstico, o 
exame de amostra de fezes é 
extremamente importante. 
Por outro lado, a observação microscópica 
quando realizada por um patologista 
experiente facilita a diferenciação 
morfológica de outras amebas intestinais e 
artefatos. Pois, existe muitas amebas que 
são comensais intestinais que não podem 
ser confundidas pela Entamoeba histolytica, 
o que são bastante clássicas. 
 
MICROSCOPIA 
Na microscopia, colocamos o sedimento 
através de uma pipeta de Pasteau; coloca 
uma gotinha de lugol que irá facilitar a 
visualização dos núcleos no microscópio. 
O lugol tem a 
finalidade de 
penetrar na 
parede, deixar o 
parasita em uma 
coloração meio 
alaranjada o que 
faz com que possamos enxergar a 
Entamoba com os seus 4 núcleos. 
A Entamoeba coli (comensal) é um pouco 
maior que a histolytica (patogênica), e 
apresenta mais que 4 núcleos. Portanto, o 
que diferencia a coli da histolytica é a 
quantidade de núcleos dentro dos cistos. 
 
PROFILAXIA 
A prevenção da amebíase: 
→ Higiene pessoal e alimentar; 
→ Melhoria de condições sanitárias, com 
destino adequado das fezes; 
→ Tratamento dos doentes; 
→ Consumo de água fervida ou filtrada, 
lembrando que a cloração da água não 
inativa os cistos; 
→ Alimentos bem lavados antes do 
consumo. 
 
TRATAMENTO 
O tratamento da doença sintomática é feito 
com: 
Metronidazol ou tinidazol (conhecido 
comercialmente por “flagil, sequinidal”), 
seguido por paromomicina ou outro 
fármaco ativo contra cistos na luz do cólon. 
→ Paromomicina – combate assintomático; 
→ Metronidazol ou tinidazol – 
sintomáticos; 
Ambos são hepato tóxico. 
Metronidazol e tinidazol não devem ser 
administrados para gestantes. 
Anita – também pega por ser um 
medicamento contra parasita em geral. 
 
Diagnóstico → Outro possível diagnóstico 
laboratorial, é através do Elisa (pesquisa de 
antígeno-anticorpo); não é muito pedido 
pois, não é possível pesquisar de forma 
indireta, apenas forma direta, ou seja, só 
conseguimos pesquisar o antígeno. Um 
exame demorado e de alto custo; por outro 
lado quando o indivíduo possui abscesso no 
fígado ou algo mais grave, o Elisa pode ser 
pedido para ajudar no diagnóstico. A 
colonoscopia irá resolver nesse caso. 
PCR também é utilizado para saber se é a E. 
histolytica, porém é desnecessário, pois a 
histolytica já estará causando os sintomas. 
Além do alto custo. 
TÉCNICA DE HOFFMAN – SEDIMENTAÇÃO 
ESPONTÂNEA 
1. Colocar aproximadamente 2 g de fezes 
num copo descartável. 
2. Acrescentar aproximadamente 20 ml de 
água morna aos poucos. 
3. Homogeneizar as fezes totalmente com 
o auxílio de um palito. 
4. Transferir para um cálice afunilado 
coando em filtro para fezes. 
5. Acrescentar água da torneira até 
encher o cálice. 
6. Deixar em repouso até a sedimentação 
(2 a 24 horas). 
7. Com o auxílio de uma pipeta Pasteur 
recolher o sedimento, gotejar sobre 
uma lâmina e adicionar uma gota de lugol, 
homogeneizar o preparado com uma 
lamínula e cobrir com a própria lamínula. 
8. Examinar ao microscópio. 
EXERCÍCIOS 
1. Assinale a alternativa incorreta 
 
a) A Entamoebahistolyticaé um protozoário que, 
quando se encontra na forma vegetativa, usa os 
pseudópodos para se locomover e alimentar; na 
fase cística, não se alimenta nem se locomove e 
é revestido por uma parede resistente. 
 
b) O ciclo da Entamoeba histolytica é do tipo 
heteroxênico. 
 
c) A transmissão da Entamoeba histolytica 
ocorre pela ingestão de cistos tetranucleados 
oriundos de fezes de um portador. 
 
d) A E. histolytica é a espécie mais agressiva das 
amebíases. 
 
 
2. A amebíase é uma doença causada por um 
protozoário conhecido como Entamoeba 
histolytica. A respeito dessa patologia, marque a 
alternativa incorreta. 
 
a) A amebíase causa dores de estômago e 
diarreias. 
 
b) A transmissãoocorre pela ingestão de água 
ou alimentos contaminados com cistos desse 
protozoário. 
 
c) Para prevenir-se da doença, é importante 
beber água tratada ou fervida e sempre ter uma 
boa higiene pessoal. 
 
d) Em casos graves, a amebíase pode causar 
anemia no paciente. 
 
e) A Entamoeba histolytica é um protozoário 
flagelado. 
 
 
 
3. A amebíase é uma doença provocada 
pela Entamoeba histolytica. Sua 
contaminação é direta, não envolvendo um 
vetor. Ocorre pela ingestão de cistos, forma 
de resistência dos protozoários, adquirida 
como maneira de proteger-se de condições 
desfavoráveis do ambiente, juntamente 
com água e alimentos contaminados. 
Dentre as medidas profiláticas afim de 
evitar a contaminação com o patógeno, 
julgue a incorreta: 
 
a) Lavar as mãos antes das refeições e após 
o uso do banheiro. 
 
b) Construção de fossas e redes de esgoto. 
 
c) Só ingerir alimentos bem lavados e/ou 
protegido de moscas. 
 
d) Tratar as pessoas doentes 
 
e) Colocar telas nas janelas e evitar água 
parada em pneus e vasos 
 
 
4. A disenteria amebiana é uma inflamação 
do intestino grosso manifestada por cólicas 
e fezes liquefeitas, geralmente com muco e 
sangue. É uma doença causada pela ameba, 
por isso, esse tipo de disenteria é conhecido 
também por amebíase. Das alternativas 
descritas a seguir, assinale a que se 
caracteriza por ser o modo de transmissão 
da amebíase. 
 
a) Ingestão de cistos do parasita presentes 
nas fezes de gato. 
 
b) Ingestão de alimentos ou água 
contaminada por fezes que contenham 
cistos do ciliado. 
 
c) Ingestão de alimentos ou água 
contaminada por fezes que contenham 
cistos do parasita. 
 
d) Ingestão de alimentos ou água 
contaminada por fezes que contenham 
cistos do flagelado. 
 
 
5. Um dos principais protozoários 
causadores de doença ao homem é 
conhecida como Entamoeba histolytica. 
Com relação a este parasita é correto 
afirmar? 
a) O parasita por realizar ciclo pulmonar 
pode causar hemorragia pulmonar levando 
a pneumonia. 
b) O homem adquire a doença através da 
ingestão de larvas presente no solo. 
c) A sua contaminação ocorre através da 
ingestão de ovos contidos em água e 
alimentos contaminados com coliformes 
fecais. 
d) Em geral é assintomática, podendo em 
raros casos causar diarréia que cura 
espontaneamente. 
e) Sua gravidade pode levar a formação de 
abscessos hepáticos conhecidos como 
ameboma 
 
6. Amebíase é o nome da infecção causada 
pelo E. histolytica. As infecções que duram, 
às vezes anos, podem ser assintomáticas ou 
apresentar sintomatologia gastrointestinal 
vaga, ou disenteria (diarreia com sangue e 
muco). A maioria das infecções o corre no 
trato digestivo, mas outros tecidos podem 
ser invadidos. As complicações incluem 
ulceração e abscesso com do e, raramente, 
bloqueio intestinal. O tempo do início dos 
sintomas é altamente variável. Raramente 
há a formação de massas de amebas 
(amoebomas) que levam à obstrução 
intestinal. Os casos fatais não são 
frequentes. Com relação a amebíase, 
podemos afirmar que o início do ciclo 
biológico ocorre por: 
 a) Ingestão de ovos 
 b) Ingestão dos cistos maduros em água e 
alimentos contaminados. 
c) Ingestão de trofozoítos. 
d) Penetração de trofozoítos pela pele. 
e) Picada de mosquito inoculando pré-cistos 
maduros 
 
 
 
 
7. As parasitoses intestinais são muito 
frequentes na infância. São consideradas 
problema de saúde pública, principalmente 
nas áreas rurais e periferias das cidades dos 
países chamados subdesenvolvidos, onde 
são mais frequentes. As parasitoses são a 
doença mais comum do mundo, atingindo 
cerca de 25% da população mundial. Sua 
transmissão depende das condições 
sanitárias e de higiene das comunidades. 
Além disso, muitas dessas parasitoses 
relacionam-se a déficit no desenvolvimento 
físico e cognitivo e desnutrição. Em relação 
à amebíase é correto afirmar: 
a) A ameba fica no intestino delgado do 
homem, onde podem se juntar e cobrir toda 
a parede do intestino, impedindo a 
absorção dos alimentos e causando 
diarreia, chegando até a dar perda de peso 
e anemia. 
b) A ameba é o maior parasita do homem, 
podendo ocupar todo o intestino do 
homem. A principal complicação da 
amebíase é a neurocisticercose, que é 
quando os cistos da ameba vão até o 
cérebro das pessoas, podendo causar 
epilepsia em pessoas que nunca tiveram 
antes. 
c) A ameba fica na parte final do intestino, e 
é conhecido por causar coceira na região do 
ânus, principalmente à noite. Nas meninas 
também pode causar corrimento vaginal. 
d) A ameba é um parasita do intestino 
grosso, onde ela se aloja causando diarreia. 
Ela pode invadir a parede do intestino e 
causar diarreia com sangue, o que já é um 
caso grave. Também pode ir até o fígado, 
pulmão ou cérebro, causando doença. 
 
8. A amebíase é a terceira maior causa de 
mortalidade entre as protozooses humanas, 
ficando atrás somente da doença de Chagas 
e da malária. Além disso, a doença é 
responsável por prolongados períodos de 
incapacidade das pessoas atingidas 
requerendo assistência médica e mesmo 
hospitalização, razão pela qual constitui 
importante problema médico e de saúde 
pública. As afirmações abaixo a respeito da 
infecção amebiana estão corretas, exceto: 
a) para o desenvolvimento da infecção os 
cistos de E. histolytica devem ser ingeridos 
por um indivíduo suscetível. 
b) os cistos resistem a ação dos sucos 
digestivos e eclodem no íleo terminal ou no 
cólon. 
c) o ciclo patogênico se dá com a 
multiplicação dos trofozoítas na parede 
intestinal onde se alimentam de hemácias e 
restos celulares, causando necroses, e 
podendo haver eventual propagação da 
infecção para o fígado, pulmões ou outros 
órgãos. 
d) o ciclo não-patogênico se dá na luz do 
intestino, onde há produção de cistos que 
são expulsos com as fezes. 
e) tanto E. histolytica quanto E. dispar são 
amebas patogênicas.

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