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DIREITO PENAL - TEORIA DO CRIME

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DIREITO PENAL
DIA 02
	TEORIA DO CRIME
1. Conceito 
O conceito de crime varia em conformidade com o critério que se adota para defini-lo.
2. Critérios
a) Material ou Substancial: crime é toda ação ou omissão humana (ou da Pessoa Jurídica nos crimes ambientais) que lesa ou expõe a perigo de lesão um bem jurídico penalmente relevante.
b) Legal: é aquele fornecido pelo legislador. Na lei, está previsto no artigo 1º da LICP.
b.1) Infração penal = crime e contravenção penal.
b.2) Crime e contravenção penal: sistema Dicotômico (Dualista). O Brasil adota o Sistema Dicotômico, onde a infração penal é gênero da qual detém como espécies o crime ou delito e a contravenção penal
c) Conceito formal, analítico ou dogmático: esse conceito leva em conta a estrutura do crime.
c.1) Posição Tripartida: o crime é composto por três elementos (fato típico, ilicitude e culpabilidade).
3. Sistemas Penais
a) Sistema Clássico (Liszt, Belling, Raddbrush)
· Características: 
Na conduta se adota a TEORIA NATURALISTA, MECANICISTA OU CAUSAL. 
Na culpabilidade se adota uma TEORIA PSICOLÓGICA.
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE
	CULPABILIDADE
	Conduta
	
	Imputabilidade
	Resultado
	
	Dolo(normativo) e culpa
	Relação de causalidade
	
	
	tipicidade
	
	
· Conduta: para essa TEORIA MECANICISTA, NATURALISTA, VOLUNTARISTA OU CAUSAL é o comportamento humano voluntário que produz um resultado no mundo exterior. Segundo Welzel, essa causalidade é “cega”, ela não analisa o querer interno do agente, ou seja, dolo e culpa.
· Culpabilidade: adota-se a TEORIA PSICOLÓGICA. Culpabilidade é o mero vínculo psicológico representado pelo dolo e pela culpa que se estabelece entre o agente imputável e o fato típico e ilícito por ele praticado.
b) Sistema Neoclássico (ou Neokantista): surge em 1907, na Alemanha, por Reinhart Frank. Com a “Teoria da EVITABILIDADE”: Só é culpável quem pratica o fato típico e ilícito em uma situação de normalidade, isto é, quando lhe era exigível uma conduta diversa.
· Características: 
Na conduta continua valendo as TEORIAS NATURALÍSTICAS, MECANICISTA, VOLUNTARISTA OU CAUSAL.
Na culpabilidade passa a ser adotada uma TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA.
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE
	CULPABILIDADE
	Conduta
	
	Imputabilidade
	Resultado
	
	Dolo (normativo) e culpa
	Nexo causal
	
	Exigibilidade de conduta diversa
	tipicidade
	
	
c) Sistema Finalista: surge na Alemanha, em 1930, por Hanz Welzel.
· Características:
Na conduta adota-se a TEORIA FINALISTA.
Na culpabilidade adota-se a TEORIA NORMATIVA PURA.
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE
	CULPABILIDADE
	Conduta (dolo e culpa)
	
	Imputabilidade
	Resultado
	
	Exigibilidade de conduta diversa
	Nexo causal
	
	Potencial consciência da ilicitude
	tipicidade
	
	
4. Elementos do Crime
4.1. Fato Típico: é o primeiro elemento do crime.
É o fato humano (e também da pessoa jurídica nos crimes ambientais) que se amolda com perfeição dos elementos do tipo penal.
4.1.1. Elementos 
Conduta, resultado, nexo de causalidade e tipicidade
4.1.2. Crimes Materiais, Formais e de Mera Conduta
· Crimes Materiais: (causais ou de resultado): o tipo penal contém conduta e resultado naturalístico e exige a produção desse último para a consumação.
· Crimes Formais: (ou de consumação antecipada): o tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, mas dispensa esse último para fins de consumação. A consumação se dá com a prática da conduta.
· Crimes de Mera Conduta: é aquele que o tipo penal se limita a descrever uma conduta, este tipo não contém resultado naturalístico.
4.1.3. Conduta: para a TEORIA FINALISTA é a ação ou omissão humana, consciente e voluntária dirigida a um fim.
· Características: 
- Não há crime sem conduta;
- Apenas o ser humano (e Pessoas Jurídicas nos crimes ambientais);
- Somente a conduta voluntária interessa ao Direito Penal;
- Somente os atos praticados no mundo exterior ingressam no conceito de conduta.
· Formas de Conduta:
- Ação: Crimes Comissivos “norma proibitiva”;
- Omissão: Crimes Omissivos “norma preceptiva”
	- Crimes Omissivos Próprios ou Puros: são aqueles em que a omissão vem descrita no próprio tipo penal. Em regra, podem ser praticados por qualquer pessoa. Como também, NÃO ADMITEM TENTATIVA, por ser crimes unissubsistentes, que são aqueles em que a conduta é composta por um único ato suficiente para a consumação.
Em regra, portanto, são crimes de mera conduta, o tipo penal se limita ao descrever a conduta, não há previsão de resultado naturalístico.
	- Crimes Omissivos Impróprios ou Comissivos por Omissão: o tipo penal descreve uma ação, mas a inércia do agente que descumpre o seu dever de agir (art. 13, §2º, CP) leva a produção do resultado naturalístico.
Quanto ao sujeito ativo são crimes próprios ou especiais, pois só podem ser praticados por quem tem o dever de agir para evitar o resultado.
Esses CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS ADMITEM TENTATIVA, pois são plurissubsistentes, pois é possível fracionar o iter criminis, a conduta é composta de dois ou mais atos.
- Teorias da Omissão: 
	- Teoria Naturalística: “quem se omite, faz algo” – não adotada no CP;
	- Teoria Normativa: “a omissão é um nada, e o nada, nada produz” – Teoria adotada.
- Hipóteses de Exclusão da Conduta:
a) Caso fortuito ou força maior;
b) Sonambulismo e hipnose;
c) Atos ou movimentos reflexos;
d) Coação física irresistível.
4.1.4. Resultado: é o efeito/reflexo/consequência da conduta criminosa.
· Espécies:
- Jurídico/Normativo: é a mera violação da lei, com ofensa ao bem jurídico tutelado;
- Naturalístico/Material: é a modificação do mundo exterior provocado pela conduta criminosa.
4.1.5. Relação de Causalidade: é o vínculo que substabelece entre a conduta praticada pelo agente e o resultado por ele produzido
· Teorias:
a) Equivalência dos Antecedentes: regra geral. Prevista no artigo 13, caput, CP;
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Também chamada de “conditio sine qua non” ou equivalência das condições. Para essa teoria, não há diferença entre causa, condição ou ocasião. Tudo que ocorre para o resultado é causa deste. Identifica-se a causa através do método de eliminação hipotética de Thyrén.
b) Causalidade Adequada: Exceção. Contemplada no artigo 13, §1º, CP;
c) Imputação Objetiva: de Claus Roxin. Ou “Risco Proibido”. Não tem previsão legal no BR.
- Relevância da Omissão (Omissão penalmente relevante): Previsto no art. 13, §2º, CP.
	Aplica-se nos chamados crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão. 
	Há dois critérios para sua definição: o legal, que é adotado pelo nosso CP, onde diz que é a lei que indica expressamente as hipóteses do dever de agir. E o judicial, o qual ficaria a discricionariedade do juiz dizer, no caso concreto, se o dever de agir está presente ou não.
- hipóteses: Art. 13, §2º... O dever de agir incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. Ex.: pais para os filhos, policiais, tutor, curador
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. 
Aqui temos a figura do “GARANTIDOR” ou do “GARANTE”. A posição de garantidor pode ocorrer de relação contratual ou informal.
c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
Chamada de INGERÊNCIA, quem cria situação de perigo, tem a obrigação de impedir o resultado.
· Poder de Agir: algumas pessoas tem a obrigação de enfrentar situações perigosas, mas a lei não pode exigir de ninguém a adoção de atitudes heroicas.
· Concausas: há mais de uma causa contribuindo para o resultado final. É a convergência de uma causa externa à conduta do agente. E que interfere na produção do resultado final.
- Espécies: 
a) Dependentes: depende da conduta do agente para produzir o resultado final. NUNCA ROMPEM O NEXO CAUSAL, o agente responde pelo resultado final.
b) Independentes: tem força suficiente para produzir por si só o resultado.
Absolutamente Independente: não tem origem vinculada a conduta do agente.
	Preexistentes: ocorre antes da conduta e não tem relação com a conduta;
	Concomitantes: ocorre ao mesmo tempo da conduta e nãotem relação com ela;
	Supervenientes: ocorre após a conduta e não tem ligação com ela.
· Efeitos jurídicos das concausas Absolutamente Independentes: resolve com a TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES. As Concausas Absolutamente Independentes ROMPEM O NEXO CAUSAL, o agente NÃO RESPONDE PELO RESULTADO FINAL, ele só RESPONDE PELOS ATOS PRATICADOS.
Relativamente Independentes: tem origem na própria conduta do agente.
	Preexistentes: anterior à conduta e tem relação com ela;
	Concomitantes: ao mesmo tempo da conduta e tem relação com ela;
· Efeito jurídico: usa-se a TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES. Elas NÃO ROMPEM O NEXO CAUSAL. O agente RESPONDE PELO RESULTADO FINAL, pois deu causa ao resultado final. Sem conduta, não teria o resultado final.
SUPERVENIENTE: 
Não produzem por si sós o resultado: NÃO ROMPEM O NEXO CAUSAL. Ex.: Imperícia Médica e Infecção Hospitalar. Usa-se a TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES.
PRODUZEM POR SI SÓS O RESULTADO: ROMPEM O NEXO CAUSAL. Ex.: acidente de ambulância ou incêndio no hospital. O agente não responde pelo resultado final, o agente responde pelos atos já praticados. Usa-se a TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA.
4.1.5. Tipicidade: Tipicidade penal=tipicidade formal + tipicidade material. A tipicidade formal é o juízo de adequação entre fato e norma. Já a tipicidade material é a lesão ou perigo de lesão a bem jurídico penalmente tutelado. 
ILICITUDE (DE ACORDO COM AS QUESTÕES)
É o comportamento humano contrário à ordem jurídica que lesa ou expõe a perigo bens jurídicos tutelados. Por outro lado, o Código Penal prevê situações que funcionam como causas de exclusão da ilicitude, impedindo o reconhecimento da prática de crime, ainda que a conduta seja típica.
1. Excludentes 
Estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito.
Obs.: não existe legítima defesa contra ataques espontâneo de animal;
Obs.2.: aplica-se o estado de necessidade contra ataques de animal;
Obs.3.: aplica-se legítima defesa contra ataque animal se este for usado como instrumento.
	Culpabilidade 
1. Natureza Jurídica: 
Varia em conformidade com o conceito analítico de crime que é adotado. Para os adeptos ao conceito tripartido de crime, a culpabilidade é elemento do crime, sem ela não há crime.
2. Conceito
Funciona como juízo de reprovabilidade. É pela culpabilidade que se conclui se a pessoa envolvida na prática de um fato típico e ilícito deve ou não suportar uma pena.
3. Teorias da Culpabilidade
a) Psicológica: sistema CLÁSSICO;
b) Psicológico-Normativa: Sistema NEOKANTISTA;
c) Normativa Pura: Sistema FINALISTA (adotada pelo CP).: para essa teoria, a culpabilidade é formada por 3 elementos: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
4. Coculpabilidade 
Teoria criada por Zaffaroni, equivale a concorrência de culpabilidades. Segundo o autor, existem algumas situações em que o sujeito que praticou o fato típico e ilícito não é o único culpado pelo crime, ou seja, existe uma outra pessoa, também culpável, concorrendo para que o delito aconteça.
5. Dirimentes (causas de exclusão da culpabilidade)
a) Imputabilidade: é um pressuposto da culpabilidade
É a capacidade de entendimento e autodeterminação. A imputabilidade qualifica a capacidade mental do agente de entender o caráter ilícito do fato (capacidade intelectiva) e determinar-se de acordo com esse entendimento (elemento volitivo).
A imputabilidade deve ser analisada no momento da conduta (ação ou omissão)
1. Inimputabilidade: menoridade, doença mental, desenvolvimento mental incompleto, desenvolvimento mental retardado, embriaguez completa, fortuita ou acidental.
· Sistemas de identificação da inimputabilidade:
· Sistema Biológico: basta a presença de causa mental deficiente. Adota-se nos casos dos menores.
· Sistema Psicológico: basta, no momento da conduta, uma alteração de comportamento. Acontece nas hipóteses de embriaguez completa, fortuita ou acidental;
· Sistema Biopsicológico: como regra geral, adota-se no Brasil.
· MENORIDADE
Para a menoridade adota-se o SISTEMA BIOLÓGICO. Trata-se de presunção absoluta. Eventual emancipação civil NÃO INTEREFERE NA INIMPUTABILIDADE.
Nos casos de CRIMES PERMANENTES E SUPERVENIÊNCIA DA MENORIDADE PENAL o agente responde na condição de imputável em relação aos atos praticados após o momento que completou 18 anos.
· DOENÇA MENTAL
Interpreta-se como tudo que afeta a capacidade de entendimento e autodeterminação do agente.
O doente mental que pratica um fato ilícito durante um intervalo de lucidez deve ser tratado como imputável para fins penais.
· DESENVOLVIVMENTO MENTAL INCOMPLETO E RETARDADO
Tanto o surdo-mudo (desenvolvimento mental retardado) quanto o indígena (desenvolvimento mental incompleto) serão avaliados por perícia médica a fim de verificar qual é sua real condição do ponto de vista da responsabilidade penal. No caso do índio, mais especificamente, há o chamado exame antropológico, cujo objetivo é detectar o seu grau de adaptação à vida em sociedade.
· EFEITOS DA INIMPUTABILIDADE
Os menores de 18 anos: submetem-se ao ECA, não são presos e sim apreendidos, não respondem ação penal, mas sim à procedimento para apuração de ato infracional e nem recebem penas, mas sim medidas socioeducativas.
Os demais inimputáveis: a sentença proferida sempre será ABSOLUTÓRIA. O inimputável não possui culpabilidade.
2. SEMI-IMPUTABILIDADE
É uma causa de diminuição de pena, tratada no parágrafo único do artigo 26 do CP. Não excluí a culpabilidade e o réu pode ser condenado e ter sua pena diminuída de um a dois terços.
O sistema adotado para identificar a semi-imputabilidade é o BIOPSICOLÓGICO.
ADVERTÊNCIA: O SEMI-IMPUTÁVEL, OBRIGATORIAMENTE, É MAIOR DE 18 ANOS. ISTO PORQUE, SE FOSSE MENOR DE 18 ANOS, SERIA INIMPUTÁVEL.
· EFEITOS
A sentença proferida contra o semi-imputável é CONDENATÓRIA.
O CP adota o SISTEMA VICARIANTE OU UNITÁRIO, no qual o réu somente cumpre uma das sanções penais.
· EMOÇÃO E PAIXÃO
São alterações do aspecto psicológico do indivíduo.
	A EMOÇÃO é o estado afetivo que culmina na perturbação transitória do equilíbrio psíquico humano, tal como medo, ira, alegria, ansiedade.
	A PAIXÃO é a emoção mais intensa, isto é, a perturbação duradoura do equilíbrio psíquico, tal como o amor, inveja, ciúme, vingança.
Nos dois casos NÃO EXCLUI A IMPUTABILIDADE PENAL.
· EMBRIAGUEZ
É a intoxicação do organismo humano pelo álcool ou por substância de efeitos análogos ao álcool.
· EMBRIAGUEZ CRÔNICA OU PATOLÓGICA (involuntária): se equipara a doença mental e enquanto doença mental, pode excluir a imputabilidade.
· EMBRIAGUEZ SIMPLES OU FISIOLÓGICA (voluntária): Não exclui a imputabilidade.
· ESPÉCIES DE EMBRIAGUEZ:
· Quanto à intensidade
· Completa
· Incompleta
· Quanto à origem
· Voluntária: o agente quer se embriagar, mas não quer praticar crime;
· Culposa: o agente não quer se embriagar, mas é imprudente e exagera no consumo do álcool e fica embriagado;
· Preordenada/dolosa: o agente se embriaga para cometer crime;
· Nenhuma delas exclui a imputabilidade, no caso da preordenada, existe uma circunstância agravante.
· Fortuita/acidental: emana de caso fortuito ou força maior
· Isenta de pena se ao tempo da ação ou omissão o agente era INTEIRAMENTE INCAPAZ;
· Reduz a pena de um a dois terços se ao tempo da ação ou omissão o agente não possuía a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
b) POTENCIAL CONSCIENCIA DA ILICITUDE
É elemento da culpabilidade, para o sistema finalista. Diz que o autor tenha o conhecimento, ou, no mínimo, a potencialidade de entender o aspecto criminoso do seu comportamento, isto é, os aspectos relativos ao tipo penal e à ilicitude.
· EXCLUDENTE: erro de proibição INEVITÁVEL.
c) EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
O agente podia de outro modo agir, mas optou pelo ilícito.
· Excludentes: 
LEGAIS: Coação Moral Irresistível e Obediência Hierárquica.
SUPRALEGAIS: Inexigibilidade de Conduta Diversa.
A lei não pode exigir das pessoas atitudes heroicas. Logo, entende-se que as pessoas temo direito de ceder frente ameaças e coações morais irresistíveis.
OBS.: SEMPRE QUE HOUVER COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL, O COATOR RESPONDERÁ PELO CRIME PRATICADO PELO COAGIDO EM CONCURSO MATERIAL COM O CRIME DE TORTURA.
OBEDIENCIA HIERÁRQUICA: é causa de exclusão da culpabilidade prevista no artigo 22 do CP, e fundada na inexigibilidade de conduta diversa, que se verifica quando um FUNCIONÁRIO PÚBLICO SUBALTERNO PRATICA UMA INFRAÇÃO PENAL EM CUMPRIMENTO A UMA ORDEM NÃO MANIFESTAMENTE LEGAL EMITIDA PELO SUPERIOR HIERÁQUICO.

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