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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – CESTI/UEMA DEPARTAMENTO DE LETRAS CURSO DE LETRAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA LINGUÍSTICA DOCENTE: MARIA DO SOCORRO DE ANDRADE FERREIRA DISCENTE: BRUNO SOUSA RESUMO: A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA RONALD BELINE NOVEMBRO, 2019 TIMON – MA RESUMO · A língua é um tipo de comportamento estritamente social, assim como em uma cultura, porque ela releva, em suas linhas gerais, regularidades que só o cientista tem o hábito de formular, que a Linguística é importante para a ciência social. (Edward Sapir, 1929) · Uma língua é sobretudo um produto social e cultural, é como ela deve ser entendida. A sua ciência significa muito para a conduta humana em geral. · Fazer referência a um elemento do mundo por mais de um termo linguístico é apenas um dos casos que mostram que, de fato, as línguas variam. · Um mesmo vocábulo pode ser pronunciado de formas diferentes, seja conforme o lugar - variação diatópica -, seja conforme a situação em que está falando - variação diafásica. · A variável linguística é, portanto um conjunto de duas ou mais variantes. Estas, por sua vez, são diferentes formas linguísticas que veiculam o mesmo sentido. · Em relação ao léxico, é verdade que pode haver problemas quando estamos conversando com pessoas de regiões de culturas muito diferente da nossa e ao seu vocabulário que as pessoas de determinada região usam. · No estudo da variação linguística, é que ambos vocábulos podem ser usados para fazer referência a um determinado fruto, de uma determinada planta, que tem determinado tamanho, uma determinada cor, enfim, um conjunto de características que não faça ser confundido com outros. · Quando falamos de variação fonética, é sempre provável que existam outras variantes, além daquelas mais obviamente perceptíveis e marcadas no lugar em que são usadas. · Em outros termos, temos dois morfemas – as variantes – para expressar a noção gramatical de “infinitivo”: o morfema {-r} e o morfema ∅. Esse é um exemplo de variável morfológica. · De fato, a observação da variação na sintaxe não se dá de forma tão pacífica como no caso da morfologia e da fonética. · Quando se fala em variação, é comum fazer referência à sociolinguística, essa área da ciência que procura, basicamente, verificar de que modo fatores da natureza Linguística e Extralinguística estão correlacionando ao uso de variantes nós níveis de gramática. · O sociolinguista variacionista tem como principal interesse compreender de que modo a variação é regulada. · Os falantes de uma mesma língua apresentam diferenças nos seus modos de falar de acordo com o lugar que estão, de acordo com a situação de fala, ou registro, ou ainda de acordo com o nível socioeconômico do falante. · Regras de combinação de fonemas (sons), regras de combinação de morfemas, regras de combinação de palavras na frase, regras de combinação frases no texto. · Duas regras aparecem nas duas línguas, simbolizando o fato de que já semelhanças gramaticais entre elas, como a existência de morfemas flexionais para marcar o número e pessoa verbais em concordância com o sujeito. · A língua que chamamos de português, portanto, pode apresentar variantes lexicais, fonéticas, morfológicas e sintáticas. · O cientista mais conhecido, dada a importância de seus estudos para o desenvolvimento da teoria variacionista, é William Labov. · A opção científica de que a língua é um sistema variável não exclui a possibilidade de ver a língua como um sistema homogêneo, em que a variação ocupa um lugar não central. · A variação linguística pode chegar até o nível do indivíduo. · É no contato linguístico com outros falantes de sua comunidade que ele vai encontrar os limites para a sua variação individual. · Compartilham traços linguísticos que distinguem seu grupo de outros; comunicam-se relativamente mais entre si do que com outros; e compartilham normas e atitudes diante do uso da linguagem. (Guy 2001) · Quando falamos em atitude diante do uso linguístico, temos de nós transportar das diferenças geograficamente marcadas – que é no caso dos exemplos que acabamos de percorrer – para as diferenças socialmente marcadas. · Distinguimos comunidades quando as diferenças entre elas são categóricas: uma comunidade tem um traço e a outra não tem. · Estamos falando de contextos linguísticos relacionados à aplicação de uma regra: a regra do apagamento do /r/ no final de PB. · Os valores dos pesos relativos são obtidos a partir de fórmulas estatísticas complexas, do tipo de regressão logística, em que se comparam as porcentagens com que os dados se distribuem pelos diferentes fatores. · Para cada um dos fatores linguísticos, a hipótese era sempre de natureza quantitativa: os casos de ordem seriam mais frequentes em alguns casos mais raros em outros. · Podemos estudar uma língua de uma comunidade inteira partindo da fala de alguns membros. · Os pesos relativos que vão definir os usos de formas variantes pelos falantes são os mesmos que definem a comunidade inteira, ainda que possa haver diferenças nas quantidades de dados de cada falante, dentro do quadro geral de variação. · Quanto à análise quantitativa, existem programas estatísticos especialmente elaborados para o tratamento de dados linguísticos. · É essencial num estudo variacionista quantitativo, fornecer os pesos relativos com que cada fator linguístico e extralinguístico está correlacionado ao uso de uma variante. · Vazzata-Dias (2000), em seu estudo sobre a marcação do plural em predicativos e em particípios passivos na fala do sul do Brasil, demonstrou como o nível de escolaridade é decisivo na escolha de variantes. · Saussure opôs língua (langue), sistema abstrato, homogêneo, à fala (parole), execução momentânea e individual da língua. · Língua e fala são universos distintos, embora inter-relacionados. Os estudos variacionistas têm especial importância, pois acabam sugerindo que língua e fala estão mais do que inter-relacionadas uma vez que a relação parece ser de interdependência. · As variações individuais no momento da fala parecem então estar limitadas por regras sistemáticas que caracterizam o português.
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