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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURÚ ESTADO DE SÃO PAULO.
PROCESSO N° XXXXXXXXXXXXXXXX
VIAÇÃO METEORO LTDA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o N°. XXXXXX, e-mail xxxxxxxxxx, sediado e estabelecido na rua xxxxxxxx, N°. xx, Bairro xx, na cidade de São Paulo/SP, por meio de seu advogado, com endereço profissional na rua xxxxxxxx, vem, perante Vossa Excelência apresentar sua 
CONTESTAÇÃO
Na ação Indenizatória por Danos Morais, que lhe move em Caipira Hortaliças Me, microempresa inscrito no CNPJ sob o N°. xxxxxxxxx, E-mail xxxxxxxx, sediada e estabelecida na rua xxxxxxx, N°. xxxx, Bairro xxxxxx, Baurú/SP, pelas razoes de fato de direito a seguir expostas. 
I- FATOS
A parte autora ajuizou ação indenizatória por perdas e danos materiais alegando que no dia 11/12/2017 dirigia seu veículo Pick-up Ford Ranger, Placa GGG1123, quando perdeu aderência na pista por conta da chuva intensa e de uma camada de óleo que cobria a pista naquele momento. Em razão desses fatores, a parte Autora derrapou e perdeu o controle de seu veículo, todavia, sem invadir a pista contrária.
Aduz que ao tentar deslocar a Pick Up para o acostamento, surpreendeu-se com a invasão do veículo ônibus placa GPW-1336, de propriedade da parte Ré, que trafegava na mão contraria, que vinha trafegando na mão contrária atingindo seu veículo, arremessando-o a uma distância de 10 (dez) metros, fazendo-o colidir com um barranco.
Devido ao impacto, o Autor sofreu várias lesões apresentando um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços. O veículo pick-up ranger, com o impacto, ficou todo amassado, com danos no chassi e por toda a lataria. Em consequência do acidente, o Autor submeteu-se a cirurgias nos braços e pernas e tomar pontos na sua testa, mas sua maior preocupação estava em que o que fazer para sustentar sua família, pois este utilizava-se do veículo como fonte de renda, e trabalhava sozinho em sua empresa
Nos pedidos requerer a condenação do réu ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), sendo R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), referentes ao conserto do veículo, de acordo com o menor orçamento, R$ 30.000,00 (trinta mil reais), correspondente aos lucros cessantes dos período em que ficou impossibilitado de transportar os seus produtos, de acordo com a incapacidade laborativa do representante da empresa, e ainda, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), concernentes ao prejuízo com fornecedores e locação do imóvel.
Em que pese as alegações da parte autora na presente ação em face da parte ré, a pretensão não merece provimento, considerando os argumentos a seguir.
II- DA VERACIDADE DOS FATOS
Em 11/12/2017, o réu conduzia um ônibus da viação meteoro trafegando normalmente, em velocidade compatível com a via de trânsito, pela br-345 do município de Jaú, SP, quando avistou um veículo atravessado na pista, uma Pick Up ford ranger que perdeu o controle na curva indo em direção ao ônibus de forma descontrolada. Em razão disso, o motorista da viação realizou uma manobra brusca, levando seu veículo para a esquerda na intenção de evitar a colisão, entretanto, já estava muito próximo da Pick Up, que com a batida, foi arremessada para o canteiro central da rodovia. Vale ressaltar, que no momento do ocorrido, os dois passageiros que viajavam nos bancos dianteiros do ônibus, são testemunhas dos fatos narrados.
Além disso, as perícias restaram inconclusivas em se tratando do causador do acidente, sendo impossível aferir as marcas de frenagem dos veículos por conta da chuva, contribuindo para a não realização do acordo, considerando não restar comprovado que assiste razão à parte autora. A transportadora possui contrato de seguro junto à Seguradora Trafegar S/A, onde diligenciou junto ao setor de contratos da mesma, obtendo cópia da apólice de seguro.
III. DAS PRELIMINARES
III- A) Da Impugnação do Valor da Causa.
Não há como contestar a veracidade dos fatos ocorridos, pois o acidente inquestionavelmente aconteceu e as provas são explícitas, tanto física quanto materialmente.
Primeiramente restou constatado que o autor atribuiu a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Insurge-se o recorrente contra o valor dado à causa pelo recorrido, considerando que no caso em comento, o valor da causa deve corresponder a R$75.000,00 (setenta e cinco mil reais), valor este, resultante da soma dos valores apurados pela parte autora que versa sobre diversas questões já explicitadas na exposição dos fatos, devendo a parte Autora ser intimada para corrigi-lo e complementaras custas iniciais, de acordo com o art. 321 e art. 337, III CPC/15.
ART. 321- O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Art. 337- Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
III - incorreção do valor da causa;
III- B). Do defeito de representação
Conforme dispõe no art. 337, inciso IX, do CPC, incube a parte Ré, apontar a ausência de Procuração e dos atos Constitutivos da Parte Autora, por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, devendo Vossa Excelência oportunizar à parte Autora a possibilidade de juntar tais documentos no prazo legal, sob pena de extinção do feito.
IV- DENUNCIAÇÃO DE LIDE:
De acordo com o CPC, é cabível a denunciação à lide, chamando terceiro ao processo, dispõe no art. 125, inciso II, quando:
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - Ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que dá evicção lhe resultam;
II - Àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Sendo assim, requerer, preliminarmente, que seja citada para integrar a lide, a denunciada SEGURADOR TRAFEGAR S/A, devidamente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda sob o número XXX com sede na Rua XXX, nº XX, Bairro XXX, município de XXXXX, com a suspensão do feito, designando-se a data para realização de audiência para prosseguimento do feito.
V- AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS À OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
A parte autora alega ter sofrido danos materiais, requerendo o conserto do veículo; danos emergentes por conta de prejuízos com fornecedores e locador e, ainda, indenização por conta de lucros cessantes. Entretanto, a parte autora não procurou juntar qualquer prova cabal, capaz de indicar que a parte ré é a causadora do acidente. Ao oposto disso, juntou apenas cópia de Boletim de Ocorrência de Trânsito e Laudo Pericial como prova emprestada, onde ambos são INCONCLUSIVOS.
Por isto, não há que se falar em responsabilidade da ré, vez que a parte autora que fora imprudente ao realizar as manobras, e consequentemente, a causadora do acidente e do dano.
O fato é que a parte autora não teve a devida cautela e os cuidados necessários ao realizar a curva, vez que poderia muito bem diminuir a velocidade antes de adentrar a curva, pelo fato das condições climáticas daquela noite estarem desfavoráveis (chuva e neblina). Neste interim, o art. 28 e 34 do CTB prevê um dos pilares básicos que o condutor deve seguir ao conduzir um veículo, senão vejamos:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Portanto, a parte demandadanão possui o dever de indenizar, tendo em vista a culpa exclusiva da autora e, que não restou demonstrado, o elemento da culpa e o nexo de causalidade entre o acidente e o dano.
Entretanto, considerando o princípio da eventualidade, caso não seja admitida a tese anterior, fato este que não se espera e nem se admite, deve ser admitida a culpa concorrente da autora no referido acidente.
Como depreende-se dos fatos arguidos pelo réu, requer o chamamento à lide da Seguradora Trafegar S/A, para que a mesma integre a relação processual, a fim de que seja condenada a indenizar eventuais terceiros a títulos de danos materiais, em razão da existência de contrato de seguro contra terceiros, conforme cópia de apólice anexa.
vi- RECONVENÇÃO
Como amplamente demonstrado no presente pedido, está evidente que a Ré não pode ser responsabilizada pelos danos decorrentes do acidente e a culpa pelo acidente é exclusivamente da parte autora, que se utilizou da ocorrência de fenômenos naturais como argumentação, não havendo incidência de fatos que comprovem culpa do réu, nem mesmo a configuração do dever de indenizar, incumbindo a autora o ônus da prova a fim de comprovar as alegações iniciais, além de arcar com as custas referentes ao conserto do veículo do réu.
Perante do demonstrado nos tópicos, está evidente que a Ré não pode ser responsabilizada pelos danos decorrentes do acidente.
Sendo assim, juntamente com a contestação, a parte Ré propõe nos termos do Art.343 do CPC, a reconvenção.
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
(...)
A parte Ré deve ser indenizada materialmente pelos danos sofridos em seu veículo, no importante de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), sendo este o valor do menor orçamento para concerto, apresentado pela OFICINA RODOCAR LTDA. (Orçamentos anexos). 
Em consonância expressa os artigos 186, 927 e 932 do atual Código Civil Brasileiro e do art. 28, 29 e 34 do CTB prevê um dos pilares básicos que o condutor deve seguir ao conduzir um veículo, senão vejamos:
 Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-la.
Art.932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.
 E do Código do transito brasileiro.
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.   
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
        I - A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Dano material
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
Assim, é notório que o Requerente causou danos ao Autor, devendo, conforme a lei repará-lo, de acordo com o artigo 159 do Código Civil e ser responsabilizado sobre tal conduta danosa.
VII. DOS PEDIDOS
A) Ante o exposto requer que seja ACOLHIDA as preliminares de defeito de representação e incorreção do valor da causa, bem como seja determinada a intimação da parte autora para emendar a petição inicial, sob pena de extinção do processo. 
B) No mérito requer que seja JULGADO INTEGRALMENTE IMPROCEDENTE os pedidos formulados na petição inicial da requerente.
C) Além disso querer que seja julgado PROCEDENTE o pedido reconvencional para CONDENAR a parte autora ao pagamento de indenização no valor de R$ 22.000,00 a títulos de danos materiais, bem como ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios previstos no art. 85, § § 2° e 6° do CPC/15.
D) Protesta pelo meio de os meios de prova em direito admitidos, especialmente a documental testemunhal, pericial e depoimento testemunhal da parte autora. 
Dá se à reconvenção o valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 27 de setembro de 2020.
_____________________
Advogado
OAB

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