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Orientações para condutas em primeiros socorros

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1 
 
ORIENTAÇÕES PARA CONTUDAS 
EM PRIMEIROS SOCORROS 
1) FERIMENTOS E HEMORRAGIAS 
Ferida: Lesão traumática com solução de 
continuidade da pele e/ou mucosas e tecidos 
subjacentes. Os ferimentos acidentais podem 
ser provocados por quedas, colisão de 
veículos, atropelamentos, manuseio de 
equipamentos cortantes, perfurantes, 
perfuro-cortantes, entre outros, também 
podem ser causados por arma de fogo ou 
arma branca. 
Hemorragia: Perda aguda de sangue devido 
ao rompimento de um ou mais vasos 
sanguíneos. O volume de sangue é de 7% do 
peso corporal de um adulto normal e de 8 a 
9% em crianças. A hemorragia é 
caracterizada por grandes perdas sanguíneas, 
resultando em choque, quadro grave e 
progressivo, necessitando atenção imediata. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________ 
Tipos de Ferimentos 
Incisão: corte bem definido por material 
cortante, como lâminas ou cacos de vidro; 
Laceração: ruptura irregular causada por 
esmagamento ou dilaceração, como as 
provocadas por máquinas; 
Abrasão: ferimento leve em que as camadas 
mais superficiais da pele são raspadas, 
deixando a região sensível e em “carne 
viva”; 
Contusão: qualquer golpe brusco, como um 
soco, pode romper os vasos capilares. O 
sangue escapa para os tecidos provocando 
equimoses ou hematomas, dependendo da 
violência do golpe; 
Perfurante: pisar num prego, espetar-se com 
agulha ou levar uma facada, resultam em 
perfurações, possui pequena abertura 
externa, mas lesões internas grandes; 
Penetrante: ferimento por arma de fogo, 
penetrando ou atravessando o corpo, 
podendo provocar lesões internas graves e 
contaminação. 
Tipos de Hemorragias 
Arterial: sangue oxigenado, sendo vermelho 
vivo, com a pressão das batidas do coração, 
saindo do ferimento em jatos; 
Venosa: sangue já destituído de oxigênio, 
sendo vermelho-escuro, com menos pressão, 
mas como as paredes das veias tem grande 
capacidade de distensão, o sangue pode 
acumular-se dentro delas, podendo então 
jorrar em profusão; e 
Capilar: tipo de sangramento que sai em 
gotas ocorre em todos os ferimentos. 
Embora abundante no início, a perda de 
sangue é, em geral, desprezível. 
 
Fig. 1 – quanto ao tipo de vaso 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
__________________________________ 
Sinais e sintomas 
 Palidez 
 Pele fria e pegajosa 
 Pulso fraco e rápido 
 Dor local 
 Sede 
 Confusão mental, agitação e irritabilidade. 
2 
 
ATENÇÃO: verificar pulso, cor, 
temperatura e umidade da pele e o tempo de 
enchimento capilar. 
O controle da hemorragia é prioritário, pois 
cada célula sanguínea é importante. O 
rápido controle da hemorragia é um dos 
objetivos mais importantes no atendimento 
de um doente traumatizado. A avaliação 
primária somente poderá prosseguir após o 
controle da hemorragia. 
Pode-se controlar a hemorragia da 
seguinte forma: 
1. Pressão direta: aplicar pressão no local da 
hemorragia, aplicando um curativo (com 
gaze) ou uma compressa cirúrgica 
diretamente sobre a lesão e aplicando 
pressão manual. A aplicação e manutenção 
de pressão direta exigem a atenção total do 
socorrista, ficando indisponível para outro 
aspecto do atendimento; 
 
 
 
 
 
 
Fig 2 - Compressão direta 
2. Torniquetes: Em geral, seria o último 
recurso, mas as experiências militares no 
Afeganistão e no Iraque, e, ainda a 
utilização por cirurgiões nos leva a 
reconsiderar o torniquete como último 
recurso. Os torniquetes são muito eficazes 
no controle da hemorragia grave e devem 
ser usados caso a pressão direta ou um 
curativo de pressão não consigam controlar 
a hemorragia de uma extremidade; e 
 
Fig 3 - Torniquete 
3. Agentes Hemostáticos Tópicos: na forma 
de pó ou sendo impregnado o produto na 
gaze, nos dois casos tem de ser feita a 
compressão direta. (usado quando o 
sangramento não for em extremidades) 
ATENÇÃO: nas hemorragias internas o 
atendimento consiste no transporte rápido a 
um serviço médico equipado e com equipe 
para controle cirúrgico da hemorragia. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________ 
Casos Especiais 
Evisceração: ocorre quando um segmento do 
intestino ou de outro órgão abdominal sai 
através de um ferimento e fica fora da 
cavidade abdominal, sendo assim, não se 
deve tocar ou tentar recolocar o segmento 
eviscerado, mas sim proteger com curativo 
limpo ou estéril umedecido com solução 
salina (soro fisiológico). O curativo deverá 
ser periodicamente reumedecido com a 
solução salina, podendo fazer um curativo 
grande e seco por cima do curativo 
umedecido, a fim de manter a temperatura 
do paciente; 
Objeto encravado: não remover o objeto, 
sendo necessária a estabilização ou, em 
alguns casos, a diminuição do tamanho do 
 
3 
 
objeto encravado, utilize para estabilizar o 
objeto bandagem forte cobrindo, 
aproximadamente, metade do comprimento 
externo do objeto; 
 
Fig 4 - Objeto encravado 
Epistaxe: Sangramento nasal, devido a 
pancada no nariz, espirro, limpeza com os 
dedos, esforço físico intenso ou 
temperaturas corporais elevadas, nesses 
casos peça para vítima inclinar a cabeça pra 
frente e comprima a narina contra o septo 
nasal, solicitando que a vítima respire pela 
boca. Aplique a pressão por 5min, mas se a 
vítima tiver um sangramento no nariz pelo 
aumento da pressão arterial não impeça a 
saída do sangue. 
 
Fig 5 - Epistaxe 
ATENÇÃO: Se a vítima tiver uma lesão na 
cabeça e começar a sangrar pelo nariz, isso 
indicará uma rinorragia, pois o sangue é 
aquoso e ralo, ou seja, traumatismo 
cranioencefálico com perda de líquido 
cerebroespinhal. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________ 
 
ATENÇÃO: Utilize sempre no atendimento 
a uma vítima com sangramento: luvas, 
óculos, máscaras a fim de evitar 
contaminação. 
ASPECTOS LEGAIS DO 
SOCORRISMO 
Os primeiros socorros são prestados por 
quem estiver no local do acidente, sendo 
procedimento imediatos e provisórios com a 
finalidade de manter a vida e evitar a piora. 
Art. 5º da Constituição Federal 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade. 
Art. 135º do Código Penal Brasileiro 
Deixar de prestar assistência, quando 
possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada ou extraviada, ou à pessoa 
inválida ou ferida, ao desamparo ou em 
grave e iminente perigo; ou não pedir, 
nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, 
ou multa. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________ 
4 
 
2) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA 
Avaliação da Cena: assegurar-se de que a 
cena seja segura e considerar 
cuidadosamente a natureza exata da 
situação. Uma vez realizada a avaliação da 
cena, deve-se voltar à atenção para a 
avaliação dos doentes. Se a cenaenvolver 
mais de um doente (desastres), a situação é 
classificada como múltiplas vítimas, sendo 
necessária a triagem e a prioridade muda, ao 
invés de atender o doente mais grave, 
devemos dirigir o salvamento para o maior 
número de vítimas. 
Questões de Segurança: Segurança no 
trânsito, condições climáticas e iluminação, 
Traçado das estradas, Estratégias para 
minimizar os incidentes (uniformes, 
posicionamento do veículo e dispositivos de 
sinalização), violência (ação em locais 
violentos), patógenos adquiridos pelo 
sangue (hepatite, HIV) e materiais 
perigosos. 
Avaliação Inicial da Vítima 
Impressão geral da vítima: utilizar a 
avaliação do nível de consciência da vítima 
(A, V, D, I); 
A – VÍTIMA ALERTA (acordada) 
V – RESPONDE A ESTÍMULO VERBAL 
D – RESPONDE A ESTÍMULO DE DOR 
I – VÍTIMA INCONSCIENTE 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
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____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
___________________________________ 
 
Fig 6 - Abordagem da vítima 
Acionamento do socorro especializado: 
deixe sempre a mão o telefone do serviço de 
emergência que atende as suas necessidades 
SAMU (192)/BOMBEIROS (193); 
Posicionamento da Vítima: a vítima deverá 
estar na posição supina, ou seja, com o 
ventre para cima (decúbito dorsal). 
CORRENTE DA VIDA 
 Reconhecimento imediato da PCR e 
acionamento do serviço de saúde 
especializado; 
 RCP precoce, com ênfase nas 
compressões torácicas; 
 Rápida desfibrilação; 
 Suporte avançado de vida eficaz; e 
 Cuidados pós-PCR integrados. 
 
Fig 7 – Novas diretrizes AHA 2010 
5 
 
3) CASOS DE MAL SÚBITO 
Vítima com causa de parada 
cardiorrespiratória primária, ou seja, 
problemas pré-existentes, apresentando 
fibrilação ventricular ou taquicardia 
ventricular sem pulso. 
 
Fig 7 – Sequência de atendimento 
ATENÇÃO: ao acionar o socorro 
especializado enfatize a necessidade de um 
Desfibrilador Externo Automático (DEA). 
USO DO DESFIBRILADOR 
O desfibrilador é um cardioversor 
responsável em reverter a parada cardíaca 
por causas primárias (infarto agudo do 
miocárdio), onde ocorra uma fibrilação 
ventricular/taquicardia ventricular sem 
pulso. 
Existem diversos modelos de desfibriladores 
externos automáticos (DEA), facilitando 
assim a utilização por leigos treinados. 
O DEA deverá ser acoplado ao tronco da 
vítima, seguindo as recomendações, 
independente de qualquer coisa, tendo 
apenas o cuidado de não utilizar em 
ambientes molhados (devendo secar 
primeiro) e caso a vítima possua muitos 
pelos na região do tórax, deverá ser feita 
raspagem antes de sua utilização. 
 
Fig 8 - DEA (com leitora de ECG) 
1. Circulação (parada cardíaca): deverá 
haver reconhecimento rápido da parada 
cardíaca (18 seg.) e iniciar as compressões 
torácicas num ritmo de, no mínimo, 
100x/min., com depressão do tórax de 5 cm 
no adulto e na criança e de 4 cm em bebês; 
 
Fig 9 - Compressão Torácica 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________ 
2. Liberação das vias aéreas: Utiliza-se a 
elevação do queixo (chin lift), os 
profissionais de saúde poderão estar atentos 
a possível lesão na coluna, neste caso 
utilizar a subluxação da mandíbula ou 
manobra de mandíbula modificada (jaw 
trusth). 
6 
 
 
Fig 10 - Chin Lift (elevação do queixo) 
3. Ventilação artificial: com uso de uma 
barreira de proteção, faça duas insuflações 
para cada 30 compressões torácicas, caso 
uma via aérea avançada seja estabelecida, 
mantenha a ventilação de 1seg. a cada 6 a 8 
seg. e faça apenas as compressões 
ininterruptamente. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
___________________________________ 
4) VÍTIMA DE TRAUMA 
Efetuar a avaliação da cena com atenção a 
cinemática do trauma, para poder identificar 
possíveis lesões. 
1. Liberação das vias aéreas: utilizar a 
subluxação de mandíbula ou manobra 
tríplice (jaw trusth); 
 
Fig 11 - Jaw Trusth (manobra de mandíbula) 
ATENÇÃO: a vítima pode estar acometida 
de um engasgo (OVACE), neste caso: o 
socorrista deverá realizar as compressões 
abdominais, também chamada manobra de 
Heimlich, consiste numa série de quatro 
compressões sobre a região superior do 
abdômen, entre o apêndice xifoide e a 
cicatriz umbilical. 
a) vítima em pé ou sentada: Posicionar-se 
atrás da vítima, abraçando-a em torno do 
abdômen; segurar o punho da sua outra mão 
e aplicar compressão contra o abdômen, 
entre o apêndice xifoide e a cicatriz 
umbilical no sentido superior (tórax), por 
quatro vezes; estando a vítima em pé, 
ampliar sua base de sustentação, afastando 
as pernas, e posicionar uma entre as pernas 
da vítima, para evitar-lhe a queda caso fique 
inconsciente. 
b) vítima deitada: Posicionar a vítima em 
decúbito dorsal; ajoelhar-se ao lado da 
vítima, ou a cavaleiro sobre ela no nível de 
suas coxas, com seus joelhos tocando-lhe 
lateralmente o corpo; posicionar a palma da 
mão (região hipotenar) sobre o abdômen da 
vítima, entre o apêndice xifoide e a cicatriz 
umbilical, mantendo as mãos sobrepostas; 
aplicar quatro compressões abdominais no 
sentido do tórax. 
 
Fig 12 - Manobra de Heimlich 
7 
 
2. Ventilação artificial: efetuar duas 
insuflações com expansão do tórax visível, 
utilizando barreira de proteção (pocket mask 
ou ambú); 
 
Fig 13 - Pocket Mask 
 
Fig 14 - Ambú 
3. Circulação (hemorragia e perfusão): 
controlar possíveis hemorragias externas e 
avaliar o pulso periférico palpável (carotídeo 
ou femoral por até 10 seg.) e identificar a 
presença, qualidade e regularidade. Caso 
haja parada cardíaca aplicar 100 
compressões torácicas por minuto, trocando 
o socorrista a cada 2 minutos. 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
___________________________________ 
 
Fig 15 - Compressão Torácica 
ATENÇÃO: poderá ser suspenso o RCP 
quando a vítima for de trauma contuso e não 
tenha pulso ou respiração na chegada do 
socorrista; quando a vítima for de trauma 
penetrante, caso não exista sinais de vida 
(sem reflexos pupilares, sem movimentos 
espontâneos e nenhum ritmo cardíaco 
organizado no ECG > 40 bat./min.); e ainda, 
não são indicadas as manobras de RCP 
quando o doente apresentar uma lesão 
obviamente fatal ou quando houver 
evidências de lividez, rigor mortis e 
decomposição. 
Avaliação Neurológica: Tendo avaliado e 
corrigido, na medida do possível, os fatores 
envolvidos no transporte do oxigênio aos 
pulmões e na sua circulação pelo corpo, a 
próxima etapa da avaliação primária é a 
avaliação da função cerebral, que é uma 
medida indireta da oxigenação cerebral. O 
objetivo é determinar o nível de consciência 
do doente e inferir o potencial de hipóxia. 
ESCALA DE COMA DE GLASGOW 
Abertura Ocular 
Espontânea 4 
Sob comando verbal 3 
Com estímulo doloroso 2 
Sem abertura ocular 1 
 
8 
 
Melhor Resposta Verbal 
Adequada (orientado) 5 
Confusas 4 
Inadequadas 3 
Sons ininteligíveis 2 
Sem resposta verbal 1 
Melhor Resposta Motora 
Obedece a comandos 6 
Localiza estímulos dolorosos5 
Retirada ao estímulo doloroso 4 
Flexão anormal (descorticação) 3 
Extensão anormal (descerebração) 2 
Sem resposta motora 1 
Um nível de consciência diminuído deve 
alertar o socorrista para quatro 
possibilidades: 
1. Oxigenação cerebral diminuída (hipóxia 
ou hipoperfusão); 
2. Lesão do sistema nervoso central; 
3. Intoxicação por drogas ou álcool; ou 
4. Distúrbio metabólico (diabetes, 
convulsão, parada cardíaca). 
Exposição e Ambiente: Retirar o tanto de 
roupa necessário para determinar a presença 
ou a ausência de uma condição ou lesão, 
lembrando que uma lesão não poderá ser 
tratada se não for primeiro, reconhecidas. 
No entanto, lembre-se que uma vítima de 
trauma terá grandes complicações caso fique 
hipotérmica, por isso, logo após a avaliação 
aqueça novamente a vítima, principalmente 
em ambiente externo. 
Inspeção da vítima: procure ao olhar para o 
estado geral da vítima por: 
 Deformidades 
 Contusões 
 Escoriações 
 Perfurações 
 Queimaduras 
 Lacerações 
 Inchaço 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
___________________________________ 
Palpação da vítima: na palpação, vá na 
direção céfalo-caudal, ou seja, da cabeça 
para os pés e procure por: 
 Dor 
 Instabilidade 
 Crepitação 
 Pulso 
 Motricidade 
 Sensibilidade 
Histórico SAMPLA: obter histórico e 
documentar no prontuário e repassadas à 
equipe médica no hospital: 
 Sintomas 
 Alergias 
 Medicações 
 Passado médico e antecedente cirúrgico 
 Líquidos e alimentos 
 Ambiente 
5) TRANSPORTE E IMOBILIZAÇÕES 
Regras para aplicação de talas e 
imobilizações: 
 Sempre aplicar nas fraturas ou suspeita; 
 Nas feridas, efetuar bandagem e utilizar 
talas como se fosse fratura fechada; 
 Evitar mexer nos fragmentos; 
 Verificar aperto da imobilização; 
 Acolchoar com material de fortuna; 
 Conveniente improvisar tipoia ou 
muleta. 
ATENÇÃO: Estabilizar e imobilizar 
sempre antes do transporte, salvo quando for 
o caso de desabamento, explosões ou risco 
iminente de morte. 
Posição – Decúbito dorsal, pois facilita a 
estabilização da coluna; 
Descuido – Pode aumentar a gravidade da 
lesão e levar a vítima a morte; e 
9 
 
Urgência – Prestar o socorro antes e atentar 
para utilização da maca como meio de 
transporte mais eficiente, podendo também 
ser utilizado métodos de improviso. 
Procedimentos a serem observados antes do 
transporte: 
 Respiração e circulação; 
 Hemorragias; 
 Fraturas e Luxações imobilizadas; 
 Ferimentos tratados; 
 Dor controlada; 
 Estado de choque; 
 Fixação da vítima durante o transporte 
Regras Básicas para o Transporte: 
 Imobilize totalmente a vítima antes de 
transportá-la; 
 Levantar a vítima com segurança; 
 Movimente a vítima sempre em blocos; 
 Arraste a vítima sempre no sentido 
longitudinal; 
 Proteja a cabeça da vítima; 
 Evite freadas bruscas e velocidades 
excessivas. 
 
Transporte de Acidentados: 
1. Transporte de apoio; 
2. Transporte ao colo; 
3. Transporte de extremidades; 
4. Transporte em cadeira; 
5. Transporte de cadeirinha; 
6. Transporte nas costas; 
7. Transporte Tipo Bombeiro; 
8. Transporte arrastado; 
9. Transporte na maca; 
10. Transporte com 3 ou mais socorristas. 
 
____________________________________
____________________________________
____________________________________
____________________________________
___________________________________ 
 
Fig 16 – Técnicas de transporte manual 
Transporte de Vítima não Traumática: 
 Dor torácica – tronco elevado; 
 Dispnéia – semi sentado; 
 Choque – MMII (30º) sem baixar a 
cabeceira; 
 Inconsciente – lateral esquerdo 
(broncoaspiração); 
 Dor abdominal – dorsal ou lateral com 
joelhos flexionados; 
 Gestantes – lateral para descompressão 
da veia cava. 
 
 
 
Fig 17 – Transporte arrastado 
 
10 
 
 
Fig 18 - Transporte com mais de 3 
socorristas 
6) QUEIMADURAS 
As queimaduras são lesões frequentes e a 
quarta causa de morte por trauma. Mesmo 
quando não levam a óbito, as queimaduras 
severas produzem grande sofrimento físico e 
requerem tratamento que dura meses, até 
anos. Sequelas físicas e psicológicas são 
comuns. Pessoas de todas as faixas etárias 
estão sujeitas a queimaduras, mas as 
crianças são vítimas frequentes, muitas 
vezes por descuido dos pais ou responsáveis. 
O atendimento definitivo aos grandes 
queimados deve ser feito preferencialmente 
em centros especializados. 
Classificação 
Quanto às causas: 
Térmica: vapores quentes, líquido fervente, 
sólidos quentes, revelando-se as mais 
comuns; 
Química: causadas por ácidos ou álcalis, 
podem ser graves; necessitam de um correto 
atendimento pré-hospitalar, pois o manejo 
inadequado pode agravar as lesões; 
Elétricas: geralmente as lesões internas, no 
trajeto da corrente elétrica através do 
organismo, são extensas, enquanto as lesões 
das áreas de entrada e saída da corrente 
elétrica na superfície cutânea, pequenas. 
Essa particularidade pode levar a erros na 
avaliação da queimadura, que costuma ser 
grave, levando a vítima a uma PCR. 
Radioativas: causadas por raios ultravioleta 
(UV), por raios-X ou por radiações 
ionizantes. As lesões por raios UV são as 
bem conhecidas queimaduras solares, 
geralmente superficiais e de pouca 
gravidade. As queimaduras por radiações 
ionizantes, como os raios gama, são lesões 
raras. Nesta situação, é importante saber que 
a segurança da equipe pode estar em risco se 
houver exposição a substâncias radioativas 
presentes no ambiente ou na vítima. Atender 
às ocorrências que envolvam substâncias 
radioativas sempre sob orientação adequada 
e com a devida proteção; não hesitar em 
pedir informações e apoio à Equipe de 
Saúde; e 
Biológica: são queimaduras provocadas por 
agentes biológicos como plantas, frutos e 
animais, exemplos; comigo ninguém pode, 
folha de figo, limão, lagarta, entre outros. 
Quanto à Profundidade 
Primeiro grau (espessura superficial): 
queimaduras que atingem apenas a 
epiderme, levando o indivíduo a dor, edema, 
vermelhidão e, tornando o local da 
queimadura quente; 
Segundo grau (espessura parcial): 
queimaduras que atingem a epiderme e a 
derme, produzindo dor severa. A pele se 
apresenta avermelhada e com bolhas; as 
lesões que atingem a derme mais profunda 
revelam-se úmidas. São as queimaduras que 
mais se beneficiam do curativo efetuado 
corretamente. 
Terceiro grau (espessura total): atingem toda 
a espessura da pele e chegam ao tecido 
subcutâneo. As lesões são secas, de cor 
esbranquiçada, com aspecto de couro, ou 
então preta, de aspecto carbonizado. 
11 
 
Geralmente não são dolorosas, porque 
destroem as terminações nervosas; as áreas 
nos bordos das lesões de terceiro grau 
podem apresentar queimaduras menos 
profundas, de segundo grau, portanto 
bastante dolorosas. 
 
Queimadura de primeiro grau ou superficial 
atingindo a epiderme 
 
Fig 19 - Queimadura de segundo grau ou de 
espessura parcial atingindo a derme. 
 
Fig 20 - Queimadura de terceiro grau ou de 
espessura total estendendo-se além da 
derme. 
Quanto a Extensão 
A extensão da queimadura, ou a 
porcentagem da área da superfície corporal 
queimada, é um dado importante para 
determinar a gravidade da lesão e o 
tratamento a ser instituído, tanto no local do 
acidente quanto no hospital. Utiliza-se para 
esse cálculo a "regra dos nove". O resultado 
obtido é aproximado,mas suficiente para 
uso prático. No adulto, cada membro 
superior corresponde a 9% da superfície 
corporal; as partes ventral e dorsal do tronco 
correspondem a 18% cada; cada membro 
inferior a 18%, a cabeça a 9% e a área 
genital a 1 %. As crianças pequenas 
apresentam, proporcionalmente, cabeça 
maior que a dos adultos, assim 
correspondendo a 18% da superfície 
corporal; cada membro inferior a 13,5%. 
Para avaliar a extensão de queimaduras 
menores, utilizar como medida a mão da 
vítima, que corresponde a aproximadamente 
1 % da área da superfície corporal. 
 
Fig 21 - Porcentagem corporal conforme a 
“regra dos nove”, adulto e criança. 
 
Quanto a Localização 
Queimaduras variam de gravidade de acordo 
com a localização. Certas áreas, como mãos, 
face, pés, olhos, períneo e genitais, são 
consideradas críticas. Queimaduras que 
envolvam as vias aéreas são também 
bastante graves. 
12 
 
ATENDIMENTO AO QUEIMADO 
O atendimento inicial de queimados segue a 
mesma sequencia do atendimento a vítima 
de outras formas de trauma. Considerar o 
grande queimado como um 
politraumatizado, inclusive porque, 
frequentemente, existem outras lesões 
associadas. 
 Afastar a vítima da origem da 
queimadura; 
 As vítimas não morrem rapidamente da 
queimadura; 
 Resfriar a lesão com água na temperatura 
ambiente por, no máximo, um minuto, 
quando a queimadura for muito extensa 
ou tenha trauma associado, tenha cuidado 
com a hiportermia; 
 Não aplicar gelo ou água gelada no local 
da queimadura; 
 Proteger o paciente com lençóis limpos e 
cobertores; 
 Não transportar o paciente envolvido com 
panos úmidos ou molhados; 
 Remover joias e vestes da vítima para 
evitar constrição com o desenvolvimento 
de edema; 
 Manter as flictemas intactas no Pré- 
hospitalar; 
 Ao realizar o exame primário 
normalmente priorizando a manutenção 
do ABC; 
 A regra dos nove é feita no exame 
secundário. 
 
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Referências Bibliográficas: 
1. Manual da Cruz Vermelha Brasileira – 
Filial do Estado do Rio de Janeiro – 
2011; 
2. Receitas de Primeiros Socorros – Comitê 
Internacional da Cruz Vermelha – 2013; 
3. Armonización Internacional de Primeiros 
Auxílios – Primeras Recomendaciones 
sobre técnicas de socorrismo – 
Federación Internacional de Sociedades 
de La Cruz Roja y de La Media Luna 
Roja – 2004; 
4. Manual First Aid 9th edition – British 
Red Cross – 2009; 
5. Atendimento Pré-hospitalar ao 
Traumatizado – PHTLS (prehospital 
trauma life support) – 7ª Edição – 2011; 
6. Enfermagem em Emergência – São 
Paulo, 1ª Edição – 2010. Editora: 
Martinari; 
7. Manual de Primeiros Socorros – Como 
proceder em casa, no trabalho e no lazer. 
The British Red Cross Society – 2008; 
8. Enfermagem em Emergências – Noções 
básicas de atendimento pré-hospitalar. 2ª 
Edição atualizada e ampliada – 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por: 
Professor Fabio Teixeira de Azevedo 
Coord. do Dep. de Socorro e Desastre da Cruz Vermelha 
Brasileira Filial do Estado do Rio de Janeiro.

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